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Período Pré-Colonial
As datações por carbono-14 mais antigas obtidas até o momento sugerem que os primeiros grupos humanos se estabeleceram no atual estado de São Paulo nos milênios iniciais do Holoceno, entre 11 e 9 mil anos atrás.[1][2][3] Essa ocupação inicial se deu por populações indígenas nômades que viviam em pequenos acampamentos, possuíam uma economia caçadora que necessitava de uma diversidade de artefatos líticos produzidos pela técnica de lascamento, bem como instrumentos confeccionados a partir de matéria prima orgânica (como osso e madeira). Entre os artefatos líticos produzidos podem ser destacados os raspadores unifaciais de grandes dimensões, bastante utilizados para atividades de descarne de animais, assim como pontas de projéteis e percutores.[4][5] A princípio, como forma de facilitar o entendimento dos processos de ocupação da região, pesquisas arqueológicas voltadas para o contexto do território paulista associaram essas populações a duas tradições arqueológicas distintas: Umbu e Humaitá.[4]
Por sua vez, os registros arqueológicos mais antigos já descobertos no município de São Paulo foram coletados no sítio Morumbi,[6] apresentando uma datação estimada de 5 500 anos Antes do Presente.[7] Encontrado por acaso em 1964, no sítio Morumbi foram identificadas mais de 200 000 peças líticas ao longo de quatro etapas de escavações, o que reforçaria a hipótese de que se tratava de uma área para obtenção de matéria-prima para produção de ferramentas de pedra.[8][9][10] Em 2002, durante as obras do Rodoanel, foi encontrado um outro sítio arqueológico com grande número de fragmentos de pedras lascadas, o qual foi denominado Jaraguá 2.[11]
Os registros arqueológicos referentes às populações horticultoras e ceramistas são logicamente mais recentes em São Paulo e arredores, provavelmente remontando aos primeiros séculos da era cristã.[2] Dominando a agricultura de cultivares ricos em carboidratos como o milho e a mandioca, tais grupos apresentavam uma densidade demográfica maior, sendo estes os antepassados das populações falantes de línguas filiadas aos troncos Macro- Jê e Tupi.[12][13] Apesar de também produzirem ferramentas a partir de rochas e outros materiais, os vestígios arqueológicos pelos quais são mais conhecidos são as cerâmicas. É o caso dos sítios Jaraguá 1,[14] Jardim Princesa 1,[15] Jardim Princesa 2[16] e Penha,[17] locais onde a cerâmica encontrada foi associada à Tradição Tupiguarani. Outros sítios arqueológicos onde material cerâmico indígena foi encontrado, porém sem associação com tradições arqueológicas conhecidas são: Olaria II,[18] Jaraguá Clube[19] e Paulistão.[20] Há também evidências abundantes da presença de populações ceramistas Jê, geralmente associados pela literatura arqueológica à Tradição Itararé-Taquara.[8][21]
Durante o século XIX, diversas pesquisas históricas concluíram, com base em documentos do período colonial, que as terras do Planalto de Piratininga eram habitadas pelos Guaianás (também conhecidos como Guaianazes). Embora hoje saiba-se que estes grupos eram relacionados ao tronco linguístico Macro-Jê, possivelmente ancestrais dos atuais Kaingang, foram frequentemente associados aos povos de língua tupi-guarani pela historiografia paulista oitocentista.[22] De acordo com Monteiro:[23]
Período Pré
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Colonial
 
As datações por carbono
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14 mais antigas obtidas até 
o momento sugerem que os primeiros grupos 
humanos se estabeleceram no atual estado de São 
Paulo nos milênios iniciais do Holoceno, entre 11 e 9 
mil anos atrás.[1][2][3] Essa ocupação inicial se deu 
por po
pulações indígenas nômades que viviam em 
pequenos acampamentos, possuíam uma economia 
caçadora que necessitava de uma diversidade de 
artefatos líticos produzidos pela técnica de 
lascamento, bem como instrumentos confeccionados 
a partir de matéria prima org
ânica (como osso e 
madeira). Entre os artefatos líticos produzidos podem 
ser destacados os raspadores unifaciais de grandes 
dimensões, bastante utilizados para atividades de 
descarne de animais, assim como pontas de projéteis 
e percutores.[4][5] A princípi
o, como forma de 
facilitar o entendimento dos processos de ocupação 
da região, pesquisas arqueológicas voltadas para o 
contexto do território paulista associaram essas 
populações a duas tradições arqueológicas distintas: 
Umbu e Humaitá.[4]
 
 
Por sua vez, os
 
registros arqueológicos mais antigos 
já descobertos no município de São Paulo foram 
coletados no sítio Morumbi,[6] apresentando uma 
datação estimada de 5 500 anos Antes do 
Presente.[7] Encontrado por acaso em 1964, no sítio 
Morumbi foram identificadas mai
s de 200 000 peças 
líticas ao longo de quatro etapas de escavações, o 
que reforçaria a hipótese de que se tratava de uma 
área para obtenção de matéria
-
prima para produção 
de ferramentas de pedra.[8][9][10] Em 2002, durante 
as obras do Rodoanel, foi encontr
ado um outro sítio 
arqueológico com grande número de fragmentos de 
pedras lascadas, o qual foi denominado Jaraguá 
2.[11]
 
 
Os registros arqueológicos referentes às populações 
horticultoras e ceramistas são logicamente mais 
recentes em São Paulo e arredores,
 
provavelmente 
remontando aos primeiros séculos da era cristã.[2] 
Dominando a agricultura de cultivares ricos em 
Período Pré-Colonial 
As datações por carbono-14 mais antigas obtidas até 
o momento sugerem que os primeiros grupos 
humanos se estabeleceram no atual estado de São 
Paulo nos milênios iniciais do Holoceno, entre 11 e 9 
mil anos atrás.[1][2][3] Essa ocupação inicial se deu 
por populações indígenas nômades que viviam em 
pequenos acampamentos, possuíam uma economia 
caçadora que necessitava de uma diversidade de 
artefatos líticos produzidos pela técnica de 
lascamento, bem como instrumentos confeccionados 
a partir de matéria prima orgânica (como osso e 
madeira). Entre os artefatos líticos produzidos podem 
ser destacados os raspadores unifaciais de grandes 
dimensões, bastante utilizados para atividades de 
descarne de animais, assim como pontas de projéteis 
e percutores.[4][5] A princípio, como forma de 
facilitar o entendimento dos processos de ocupação 
da região, pesquisas arqueológicas voltadas para o 
contexto do território paulista associaram essas 
populações a duas tradições arqueológicas distintas: 
Umbu e Humaitá.[4] 
 
Por sua vez, os registros arqueológicos mais antigos 
já descobertos no município de São Paulo foram 
coletados no sítio Morumbi,[6] apresentando uma 
datação estimada de 5 500 anos Antes do 
Presente.[7] Encontrado por acaso em 1964, no sítio 
Morumbi foram identificadas mais de 200 000 peças 
líticas ao longo de quatro etapas de escavações, o 
que reforçaria a hipótese de que se tratava de uma 
área para obtenção de matéria-prima para produção 
de ferramentas de pedra.[8][9][10] Em 2002, durante 
as obras do Rodoanel, foi encontrado um outro sítio 
arqueológico com grande número de fragmentos de 
pedras lascadas, o qual foi denominado Jaraguá 
2.[11] 
 
Os registros arqueológicos referentes às populações 
horticultoras e ceramistas são logicamente mais 
recentes em São Paulo e arredores, provavelmente 
remontando aos primeiros séculos da era cristã.[2] 
Dominando a agricultura de cultivares ricos em

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