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G R A D U A Ç Ã O
ME. ÉRICA SIMIONATO MACHADO RIEGER
Princípios da Química 
e Cosmetologia
Híbrido
GRADUAÇÃO
Princípios 
de Química e 
Cosmetologia 
Me. Érica Simionato Machado Rieger
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; RIEGER, Érica Simionato Machado. 
Princípios da Química e Cosmetologia. Érica Simionato Ma-
chado Rieger. 
Maringá-PR.: Unicesumar, 2019. 
168 p.
“Graduação - EAD”.
1. Química. 2. Cosmetologia . 3. EaD. I. Título.
 ISBN 978-85-459-1965-0
CDD - 22 ed. 540
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação
CEP 87050-900 - Maringá - Paraná
unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
Impresso por:
Coordenador de Conteúdo Lilian Rosana dos
Santos Moraes.
Designer Educacional Janaína de Souza Pontes.
Revisão Textual Cintia Prezoto Ferreira e Érica 
Fernanda Ortega.
Editoração Bruna Stefane Martins Marconato.
Ilustração Mateus Calmon.
Realidade Aumentada Kleber Ribeiro, Leandro
Naldei e Thiago Surmani.
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos 
Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William 
Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de
Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente
da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. 
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James 
Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação
e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de 
Permanência Leonardo Spaine; Diretoria de 
Design Educacional Débora Leite;Fukushima; 
Gerência de Projetos Especiais Daniel F. Hey; 
Gerência de Produção de Conteúdos Diogo 
Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria 
Carolina Abdalla Normann de Freitas; 
Supervisão de Projetos Especiais Yasminn 
Talyta Tavares Zagonel; Projeto 
Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla 
Guimarães Cripaldi; Fotos Shutterstock 
PALAVRA DO REITOR
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualida-
de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
-nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo-
cional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos 
mais de 100 mil estudantes espalhados em todo 
o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, 
Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 
300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de 
graduação e pós-graduação. Produzimos e revi-
samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil 
exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo 
MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 
10 maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos 
educadores soluções inteligentes para as ne-
cessidades de todos. Para continuar relevante, a 
instituição de educação precisa ter pelo menos 
três virtudes: inovação, coragem e compromisso 
com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para 
os cursos de Bem-estar, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino presencial 
e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes 
áreas do conhecimento, formando profissionais 
cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
BOAS-VINDAS
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co-
munidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a 
Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu-
nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é 
importante destacar aqui que não estamos falando 
mais daquele conhecimento estático, repetitivo, 
local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ-
mico, renovável em minutos, atemporal, global, 
democratizado, transformado pelas tecnologias 
digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comu-
nicação têm nos aproximado cada vez mais de 
pessoas, lugares, informações, da educação por 
meio da conectividade via internet, do acesso 
wireless em diferentes lugares e da mobilidade 
dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace-
leraram a informação e a produção do conheci-
mento, que não reconhece mais fuso horário e 
atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber 
cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e 
usar a tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, prio-
rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação 
a Distância (EAD), significa possibilitar o contato 
com ambientes cativantes, ricos em informações 
e interatividade. É um processo desafiador, que 
ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores 
oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida 
sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que 
a EAD da Unicesumar se propõe a fazer.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, 
consequentemente, transformamos também a so-
ciedade na qual estamos inseridos. De que forma 
o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe-
lecendo mudanças capazes de alcançar um nível 
de desenvolvimento compatível com os desafios 
que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o 
Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa-
nhará durante todo este processo, pois conforme 
Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na 
transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação 
pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento deve 
ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos 
pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar 
lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu-
deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza-
gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas 
ao vivo e participe das discussões. Além disso, 
lembre-se que existe uma equipe de professores e 
tutores que se encontra disponível para sanar suas 
dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren-
dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili-
dade e segurança sua trajetória acadêmica.
APRESENTAÇÃO
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao universo da cosmetologia! Como 
caráter fundamental, este livro abordará a parte introdutória desta ciên-
cia: a química. Estes novos conhecimentos (ou nem tão novos para você) 
farão toda a diferença durante seus atendimentos clínicos. Na primeira 
unidade, conheceremos sobre a história da cosmetologia: como se iniciou 
a produção e utilização dos cosméticos? Quando isso ocorreu? Quais fo-
ram os primeiros povos a utilizar-se destes produtos? Você irá descobrir! 
Ainda na Unidade 1, serão apresentados os termos que são usados na área 
química para que você entenda sobre o assunto, sendo também abordada 
a legislação dos produtos cosméticos. Comentando sobre a legislação, este 
é um tema muito importante, pois evita maiores transtornosentre forne-
cedores e clientes destes produtos. Na Unidade 2, com o tema “A química e 
sua importância na cosmetologia”, serão abordadas as funções inorgânicas 
(ácido, base, sal e óxido), a escala de pH e sua influência nas funções dos 
cosméticos, as funções orgânicas e a química da vida ou bioquímica, que 
abordará as características dos lipídeos, carboidratos, vitaminas, proteínas e 
a água. A Unidade 3 foi formulada para definir as principais características 
da pele e seus anexos, a influência deles na permeação dos cosméticos e 
as principais alterações da pele, hipoderme, cabelos e lâminas ungueais. 
A penúltima unidade apresenta um dos principais temas abordados na 
terapêutica clínica: os óleos essenciais e vegetais, compostos capazes de 
alterar de forma efetiva as disfunções orgânicas sem grandes recursos. 
Por fim, na Unidade 5, os princípios ativos frequentemente utilizados nos 
atendimentos terapêuticos foram elencados e expostos de maneira simples 
e pontual. Sem mais, espero que você se identifique com este livro e com 
o tema apresentado, porém não esqueça de aprofundar seus estudos com 
outros livros, sites e artigos científicos. Tenha em mente que o conhecimento 
nunca se esgota e está em constante renovação.
Bom estudo!
CURRÍCULO DOS PROFESSORES
Me. Érica Simionato Machado Rieger
Mestre em Promoção da Saúde pelo Centro Universitário de Maringá na área de concentração 
Envelhecimento Ativo (2014), especialista em Estética Facial e Corporal (Unicesumar) e graduada 
em tecnologia em Estética e Cosmética (Unicesumar). Possui experiência docente em nível 
superior nas disciplinas de Anatomia Humana; Biossegurança, Imunologia e Microbiologia; 
Fundamentos da Nutrição; Fundamentos da Beleza, Estética, Ética Profissional e Responsa-
bilidade Civil; Projeto Integrador I, II e III; Técnicas de Maquiagem e Embelezamento Pessoal; 
Terapia Capilar; Terapias Complementares; Bioestatística e Epidemiologia. Em nível técnico, 
experiências nas disciplinas de Eletroterapia; Estética Facial; Farmacologia; Microbiologia e 
Imunologia. Na especialização, atuou como docente no módulo de Auriculoterapia. Possui 
experiência docente nos cursos de Estética e Cosmética, Podologia, Fonoaudiologia, Enfer-
magem e Farmácia e atua em atendimentos clínicos de estética e cosmetologia. 
Currículo Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.br/3533888316950653>.
Introdução 
à Química 
e Cosmetologia
13
A Química e sua 
Importância na 
Cosmetologia
43
Aplicação 
Terapêutica 
dos Cosméticos
83
Aromaterapia 
na Saúde Integral
119
Glossário
141
105 Processo inflamatório da pele
Utilize o aplicativo 
Unicesumar Experience 
para visualizar a 
Realidade Aumentada.
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Me. Érica Simionato Machado Rieger
• Destacar a importância do conhecimento sobre química 
para a compreensão da formação dos princípios ativos. 
• Descrever os primeiros relatos da aplicação dos cosméti-
cos no corpo humano, para que haja uma reflexão sobre 
a evolução desses produtos e de sua aplicabilidade para 
promover o cuidado, o bem-estar e a saúde do homem 
contemporâneo.
• Apresentar a visão geral sobre a química, de modo que 
possibilite compreender o processo de formulação de 
produtos, fornecendo bases sólidas para experiências 
clínicas com substâncias farmacológicas.
• Descrever as normas reguladoras para produção e utili-
zação dos cosméticos, a fim de que haja a manipulação 
adequada destes, por profissionais competentes.
História da Química 
Aplicada à Cosmetologia
Conceitos Básicos 
Sobre Química
Legislação 
da Cosmetologia
Introdução à Química 
e Cosmetologia 
História da Química 
Aplicada à Cosmetologia
Olá! Nesta primeira etapa dos seus estudos, você 
precisará conhecer um pouco mais sobre a área 
da química e da cosmetologia. Talvez você ques-
tione o motivo de aprender sobre química neste 
curso de graduação, então vou te explicar! Para 
tratar as diversas disfunções, contamos com re-
cursos manuais, eletroterápicos e cosmiátricos. 
Os cosméticos são produtos formados a partir de 
compostos químicos, cuja ação está relacionada 
ao tipo e à quantidade de princípios ativos. 
Lembra da tabela periódica que foi apresen-
tada a você no ensino médio? É a partir dela que 
vamos estudar sobre a cosmetologia. Os elemen-
tos químicos presentes na tabela periódica são os 
mesmos que formam o seu creme facial, o medica-
mento que lhe foi prescrito ou mesmo o alimento 
que você ingere. Compreender as substâncias quí-
micas permite avaliar o creme indicado para cada 
tipo de pele, encontrar o medicamento com ação 
específica na patologia a ser tratada e possibilita 
escolher o cosmético adequado para utilizar em 
associação com um equipamento eletroestético. 
15UNIDADE 1
As substâncias químicas presentes nos cos-
méticos, de uma maneira geral, possuem duas 
funções: atuar diretamente no tratamento ou pre-
venção de uma disfunção, chamado de princípio 
ativo, ou garantir meio adequado para a ação dos 
princípios ativos, que são os demais componentes 
da fórmula. Então, para eleger o princípio ativo 
ou o melhor princípio ativo, você deverá ter o 
conhecimento sobre a composição química dos 
ativos farmacológicos. 
É comum, conforme vamos estudando sobre o 
assunto, surgirem outras perguntas, como: quando 
houve a primeira utilização desses produtos pelo 
homem? Qual a importância do conhecimento 
sobre eles em um atendimento clínico? Quais ca-
racterísticas principais dos ativos farmacológicos 
devemos conhecer para eleger o melhor produto? 
Em quais áreas do corpo humano irão penetrar?
 São vários os questionamentos acerca dos co-
nhecimentos sobre química e cosmetologia, mas 
fique tranquilo: ao longo desta unidade, iniciare-
mos a descoberta deste incrível mundo dos ativos 
farmacológicos – descrevo-os como incrível, pois 
se você souber as características químicas de cada 
um, existirá uma infinidade de tratamentos e al-
terações orgânicas que você conseguirá intervir, 
basta estudar sobre o assunto! Vamos lá?
Muitos se identificam com esta ciência, mas 
acredito que uma grande parte tenha medo e, 
até mesmo, aversão a ela. De fato, tudo na vida 
ocorre com a participação da química, é por meio 
da união dos vários elementos químicos que há 
a formação do corpo humano, e as reações que 
acontecem no seu organismo se devem a esses 
compostos (MATOS, 2014). 
O ar, as árvores e a água são formados pela quí-
mica, porém de forma errônea, muitas pessoas a 
veem como algo negativo. Você já deve ter ouvido 
algum destes comentários: “não coma este alimen-
to porque é cheio de ingredientes químicos”, ou “o 
produto X é ruim, pois tem bastante química”. Na 
verdade, o que essas pessoas querem dizer é sobre 
os compostos produzidos em laboratório, as subs-
tâncias sintéticas, o que não reflete a real função 
da química. Esta ciência estuda a constituição, as 
propriedades e transformações das substâncias 
(AMARAL, 1995), ou seja, ela analisa quais ele-
mentos químicos estão presentes na substância 
estudada, suas características (cor, consistência, 
forma) e como ocorre suas modificações (caso 
um composto se ligue a outro, qual o resultado?), 
e não meramente produzir produtos sintéticos. 
A química possibilita o desenvolvimento da 
sociedade, uma vez que, ao analisar todas as subs-
tâncias existentes na natureza, descobre-se suas 
funções e permite a criação e a transformação des-
tas, por exemplo, artigos de higiene, medicamen-
tos, instrumentos tecnológicos e equipamentos.
Nos cursos da área da saúde, essa disciplina bá-
sica tem a função de nortear os futuros profissio-
nais quanto ao funcionamento químico normal 
do organismo, as alterações que ocorrem durante 
um processo de doença, as substâncias químicas 
que podem ser utilizadas para melhorar o quadro 
clínico do paciente ou, até mesmo, produzir a cura, 
além de estimular a investigação científica por 
parte dos acadêmicos.
Os órgãos, o sangue e a pele também são for-
mados por compostosquímicos, mas quando 
precisamos de tratamento, por exemplo frente 
a uma acidez sanguínea, como intervir? Como 
agir quando a pele apresenta fissuras? Quais me-
dicamentos devem ser prescritos quando se tem 
uma doença? Para todos esses exemplos de casos 
clínicos, hoje, temos a possibilidade de tratar, pois 
houve, e ainda há, estudos sobre a química tanto 
dos organismos quanto dos fármacos. Entender os 
conceitos básicos e aprofundar seus conhecimen-
tos permitirão que o aprendizado dessa ciência se 
torne mais divertido.
16 Introdução à Química e Cosmetologia
A química existe desde o desenvolvimento da 
humanidade, sendo os primeiros relatos da uti-
lização dessa ciência pelos gregos antigos. Na 
China, há também registros do desenvolvimento 
de elixires para longevidade em tempos muito 
antigos, e, nessa época, a química era vista como 
mágica e misticismo realizado por alquimistas 
(FONSECA; SANTOS, 2012), há associação, até 
mesmo, com bruxaria. 
O conhecimento não científico dos povos pri-
mitivos sobre o uso de plantas para o tratamento 
de doenças revela o início da fitoterapia, sendo 
esta ciência utilizada até hoje, e definida como a 
utilização de plantas medicinais para o tratamento 
de doenças (NOGUEIRA; MONTANARI; DON-
NICIA, 2009). Isto demonstra que a utilização de 
substâncias químicas existe desde os primórdios, 
com o início da fitoterapia, porém por meio de 
um conhecimento sem bases científicas, ou seja, 
sem grandes explicações, apenas notavam-se os 
benefícios da aplicação.
No Brasil, a utilização de plantas místicas para 
prevenção do mal olhado, para benzer e para tra-
tamento de doenças persistem até os dias de hoje 
e ocorre, principalmente, na região amazônica 
por povos indígenas e afro-brasileiros, sendo que 
os benefícios se devem ao caráter químico dos 
componentes das plantas (FERREIRA; TAVA-
RES-MARTINS, 2016). 
A química, como conhecemos atualmente, é 
chamada de química moderna, tendo Robert Boy-
le (1627-1691) como um dos responsáveis pelo 
seu desenvolvimento (GUTH, 2013). Este irlandês 
com experiência também em física descobriu, em 
um de seus estudos, um padrão de comportamen-
to dos gases quando comprimidos e publicou o 
trabalho “Origem e peso do ar”, em que Mariot-
te descobriu o mesmo padrão (GOTHCHALK, 
2005), sendo chamada Lei de Boyle-Mariote. A 
partir dos estudos deste pesquisador, a química 
deixou de ser um misticismo e passou a ser cha-
mada de ciência, com técnicas comprovadas.
No Brasil, foi em Pernambuco, no Seminário 
de Olinda, a primeira aula de química do ensino 
superior e, em 1918, a abertura de cursos para 
formação em químicos, sendo a área mais antiga 
a química industrial (NETO, 2017).
Para facilitar os estudos, a química é dividida 
em duas grandes áreas: pura e aplicada, de onde 
ramificam as outras áreas. A química pura pesqui-
sa as substâncias e suas transformações químicas, 
dividindo-se em: química orgânica, inorgânica, 
analítica e físico-química. A química aplicada 
estuda os materiais e métodos adequados para 
a formulação de produtos químicos (AMARAL, 
1995), dividindo-se em: bioquímica, química far-
macêutica e química tecnológica ou industrial. A 
Figura 1 elucida as áreas da química.
A geração do impulso nervoso, a digestão, a contração muscular e o metabolismo são situações que 
podem ser descritas em termos químicos, assim como suas condições anormais e patológicas e seus 
tratamentos. Todas essas diferentes funções envolvem interações complexas entre as moléculas. 
Fonte: Vanputte, Regan e Russo (2016, p. 24).
17UNIDADE 1
QUÍMICA
PURA
Analítica
Orgânica
Inorgânica
Físico-
química
QUÍMICA
APLICADA
Química
Farmacêutica
Química
Tecnológica 
ou Industrial
Bioquímica
QUÍMICA
PURA
Analítica
Orgânica
Inorgânica
Físico-
química
QUÍMICA
APLICADA
Química
Farmacêutica
Química
Tecnológica 
ou Industrial
Bioquímica
Figura 1 - Representação das áreas da química
Fonte: a autora.
A divisão das áreas da química é realizada somente para facilitar o aprendizado e a pesquisa, porém 
o estudo das funções dos elementos e substâncias químicas dependem de todas as áreas da química, 
acrescentado por outros ramos da ciência, como a física, a biologia e a matemática. Iremos descobrir 
o motivo ao longo desta unidade.
Você já teve a curiosidade de saber do que um de-
terminado objeto é formado? Ou de quantos com-
ponentes ele é formado? O ramo científico que 
quantifica os componentes dos materiais ou subs-
tâncias e os nomeia é a Química Analítica. Nela os 
cientistas estudam a quantidade e qualidade de 
substâncias e/ou elementos químicos presentes 
em determinado material estudado (MOORE, 
2008). Foi por meio desta área que hoje sabemos 
que proteínas são importantes para a formação do 
corpo humano e a quantidade diária necessária, 
também o motivo de que o tabaco faz mal para a 
saúde, entre muitos outros saberes, que só podem 
ser conhecidos por estudarmos essa ciência.
A química analítica é dividida em análise qua-
litativa e quantitativa. A análise qualitativa iden-
tifica os tipos de elementos, íons, moléculas que 
constituem a amostra pesquisada; e a quantitativa 
define a quantidade destes componentes. Quando 
descobre-se um novo material, o ideal é realizar 
primeiro um estudo qualitativo, para verificar 
quais são seus componentes e, posteriormente, 
uma análise quantitativa dos componentes, ou 
seja, irá definir a quantidade destes elementos 
(DIAS et al., 2016). Algumas etapas são realizadas 
para a análise quantitativa de uma determinada 
substância, são elas, em sequência:
 “
Seleção do método, obtenção de uma 
amostra representativa, preparo da amos-
tra, definição de réplicas da amostra, dis-
solução da amostra, eliminação de inter-
ferentes, medição de uma propriedade do 
analito, cálculo dos resultados, estimativa 
de confiabilidade dos resultados (MERCÊ, 
2012, p. 37-38).
18 Introdução à Química e Cosmetologia
Na físico-química, a matéria é estudada tanto 
pelas suas propriedades físicas como químicas 
(PANITZ, 2003) com o propósito de determinar 
o comportamento de um sistema químico (MOO-
RE, 2008). Para entendermos as transformações 
da matéria, por exemplo, como uma substância 
química pode evaporar, precisamos conhecer tam-
bém sobre suas propriedades físicas, que seriam 
a concentração, forças intermoleculares, tempera-
tura, entre outras. A físico-química é subdividida 
em Termodinâmica; Cinética Química; e Estrutura 
Molecular e Atômica, e percebemos a forte relação 
entre essas duas ciências ao analisarmos a tabela 
periódica, a qual descreve as características físicas 
e químicas dos elementos. De fato, a química inte-
rage não somente com a física, mas também com a 
biologia e a matemática e é por meio desta relação 
com outras áreas que podemos estudar profun-
damente as substâncias e suas transformações e 
desenvolver tecnologias cada vez mais avançadas 
(VOLLHARDT; SCHORE, 2013).
A divisão entre química orgânica e inorgânica 
foi proposta, em 1777, pelo químico sueco Tor-
bern Olof Bergman (SENAI, 2015). Este definiu 
que a matéria extraída de seres vivos seria estuda-
da pela química orgânica e os compostos minerais 
estudados pela química inorgânica.
A química inorgânica estuda sobre todos os 
compostos existentes, exceto compostos que pos-
suem átomos de carbono, os quais são investiga-
dos pela química orgânica (SENAI, 2015; GOMES; 
DAMAZIO, 2009). A química inorgânica vem 
evoluindo ao longo do tempo exponencialmente, 
e este crescimento é percebido, principalmente, 
em áreas que as pesquisas impactam mais como 
“a física da matéria condensada, a ciência dos ma-
teriais e a química do meio ambiente” (WELLER 
et al., 2017). A química inorgânica direciona seus 
estudos para quatro substâncias: ácidos, bases, 
sais e óxidos.
Um mineral é um sólido de ocorrência natural 
com um arranjo atômico altamente ordenado 
e uma composição química homogênea e defi-
nida (mas não necessariamente fixa). Minerais 
são frequentemente formados por processos 
inorgânicos.(Cornelis Klein e Barbara Dutrow)
A química orgânica estuda sobre compostos que 
contêm carbono em suas cadeias, sendo que estes 
são mais numerosos que os compostos inorgâni-
cos. São formados, por meio do elemento carbono, 
os hidrocarbonetos, álcoois, éster, éter, aldeídos, 
cetonas e aminas. Sobre este ramo da química, 
veremos de maneira aprofundada na próxima 
unidade. 
A química farmacêutica investiga, planeja e 
desenvolve novos fármacos utilizados para o tra-
tamento de patologias, seus estudos abrangem 
áreas da “química, bioquímica, biologia molecu-
lar, fisiologia e farmacologia” (MENEZES, 2005, 
on-line). Esta ciência correlaciona os estudos das 
substâncias e suas ações sobre o organismo, por 
isso os cientistas deste ramo devem ter pensamen-
to crítico e serem criativos.
A bioquímica, a química da vida, é uma ciência 
comum nos cursos da área da saúde. Seu objetivo 
é investigar os fatores determinantes para a for-
mação e função de todos os organismos biológi-
cos. Estudos bioquímicos foram os responsáveis 
por descobrir que o funcionamento de todos os 
organismos vivos é semelhante (NELSON; COX, 
2014). Esta ciência estuda as biomoléculas, como 
os carboidratos, lipídios, vitaminas, proteínas, o 
metabolismo, enzimas, entre outros.
19UNIDADE 1
A química industrial é responsável por transfor-
mar elementos já existentes na natureza em mate-
riais que facilitem o cotidiano da população. São 
exemplos de produtos fabricados pela indústria 
química: alimentos, vestuários, artigos de constru-
ção, objetos plásticos, medicamentos, cosméticos, 
ou seja, uma infinidade de itens que utilizamos no 
dia a dia e não nos damos conta. Ela também trans-
forma substâncias químicas, que não poderíamos 
utilizar diretamente (por exemplo, ácido sulfúrico, 
soda, formol), em produtos propícios para o uso, 
como: cosméticos, perfumes, medicamentos, ar-
tigos de limpeza (GAUTO; ROSA, 2013). A saber, 
segundo o estudo de Oliveira (2005), a indústria 
química brasileira, em 2004, apresentou um fatu-
ramento expressivo, sendo US$ 3,4 bilhões obtidos 
por meio de produtos de higiene pessoal. Você já 
deve ter percebido que todas as áreas da química, 
devido ao seu caráter investigativo, descritivo e ex-
perimental, são relevantes para a evolução tecnoló-
gica. O impacto econômico dessa ciência é notável, 
por isso as pesquisas devem ser estimuladas. 
Por fim, além de ser explicada por meio de vá-
rias áreas da química, a cosmetologia também faz 
parte dos estudos da física, biologia e matemática. 
Ela estuda desde a formulação de um cosmético 
até a sua aplicação final (RIBEIRO, 2010) e teve 
seus primeiros relatos pelos povos primitivos, que 
faziam o uso de produtos naturais para ornamen-
tar seus corpos, como um culto de cunho religioso 
(KADUNC et al., 2012). 
A saber, ainda fazemos uso, atualmente, de vá-
rios produtos utilizados nos tempos mais antigos 
O estudo da bioquímica mostra como o conjunto de moléculas inanimadas que constituem os orga-
nismos vivos interagem para manter e perpetuar a vida exclusivamente pelas leis físicas e químicas 
que regem o universo inanimado. 
Fonte: Nelson e Cox (2014, p. 1).
da história. Um exemplo é o emulsificante Cold 
Cream, desenvolvido pelo médico Claudius Galen 
por volta de 180 d.C.: esse produto à base de cera 
de abelha é utilizado como veículo cosmético até 
hoje. A expansão da indústria cosmética ocorreu 
no final do século XX com a criação de produtos 
para o embelezamento de corpo, e rosto e para 
prevenção do envelhecimento. 
 “
O termo cosmecêutico foi introduzido por 
Albert Kligman, em 1938, quando o con-
gresso americano aprovou o Food, Drug and 
Cosmetic Act, que, pelo seu estatuto, definia 
um produto tópico como medicamento ou 
cosmético (KADUNC et al., 2012).
Os cuidados com a beleza e a saúde do corpo são 
uma preocupação antiga que vigora até os dias 
atuais. É um desejo do homem ter uma boa saúde, 
porém não somente ser saudável, a busca pela 
valorização, bem-estar e autoestima também são 
desejáveis. Para alcançar esses objetivos, a cosme-
tologia e a química são ciências que complemen-
tam nossos tratamentos clínicos, por isso grande 
importância em estudá-los.
O conhecimento dessas ciências, segundo Ri-
beiro (2006), é fundamental, pois proporciona 
ao profissional da saúde subsídio para entender 
as mudanças das estruturas do corpo humano, 
quando tratadas com esses produtos, pois os cos-
mecêuticos afetam, de maneira considerável, a 
estrutura da pele mediante seus componentes 
químicos.
20 Introdução à Química e Cosmetologia
A fim de compreendermos as formulações dos 
produtos cosméticos ou farmacológicos, precisa-
mos, primeiramente, conhecer os conceitos bási-
cos sobre a química, assim, o profissional saberá 
o que existe na formulação escolhida e permitirá 
entregar resultados mais satisfatórios e reduzir o 
risco de efeitos danosos ao cliente/paciente. 
Quando preciso comprar um produto e não 
tenho experiência sobre sua eficácia, o correto é 
ler a sua composição química, que está descrita na 
embalagem, porém, para interpretar as informa-
ções, preciso ter conhecimentos básicos sobre es-
tes ingredientes. Neste tópico, vamos descobrir as 
nomenclaturas mais utilizadas e seus significados.
• Macroscópico: estruturas ou fenômenos 
que vemos sem auxílio de instrumentos ou 
equipamentos de ampliação. Ao vermos 
a nossa pele, enxergamos essa estrutura 
macroscópica.
• Microscópico: estruturas ou fenômenos 
que não temos condições de visualizá-los 
sem o auxílio de equipamentos. Como no 
exemplo acima, as estruturas que compõe a 
nossa pele não podem ser vistas a olho nu.
Conceitos Básicos 
sobre Química
21UNIDADE 1
• Matéria: é tudo aquilo que possui massa e ocupa um lugar no espaço, é formada por um con-
junto de átomos. São exemplos de matéria: o corpo humano, o ar, a água e os cosméticos. 
• Átomo: unidade elementar da matéria, é formado por núcleo e elétrons e sua função é cons-
tituir a matéria. O átomo é uma partícula extremamente pequena e pode se ligar para formar 
moléculas. A junção de dois átomos, ou de três átomos, pode parecer insignificante, porém as 
funções e características dessas composições poderão ser extremamente diferentes.
• Propriedades da matéria: são as características apresentadas, que diferem uma das outras, 
como: ponto de fusão e ebulição, cor, densidade, solubilidade, tenacidade, dureza, impermea-
bilidade, combustão, divisibilidade, comprimento, elasticidade, inércia, massa, volume e com-
pressibilidade.
• Estados físicos da matéria: a matéria pode apresentar-se sob forma sólida, líquida ou gasosa. 
• Gás ou vapor: a matéria não possui forma física definida ou volume, sua forma será defini-
da, somente se colocada em um recipiente (Figura 2). Suas moléculas não possuem coesão 
(Figura 3).
• Líquido: não contém forma física definida, mas possui volume. Assim como o gás, a matéria 
líquida toma forma conforme o recipiente que ela é colocada, e suas moléculas apresentam-se 
pouco distanciadas.
• Sólido: sua forma física e volume são bem definidos, as moléculas apresentam-se coesas. 
Um desafio para os químicos é modificar a composição ou a estrutura das moléculas de uma maneira 
controlada, criando novas substâncias com propriedades diferentes.
Fonte: Brown et al. (2005, p. 4).
Figura 2 - Definição quanto à forma e volume dos estados sólido, líquido e gasoso da matéria
22 Introdução à Química e Cosmetologia
Como você pôde notar na Figura 2, o diamante possui forma e volume definidos; a água não possui 
forma definida, somente volume; e o gás não possui forma e volume definidos.
Figura 3 - Coesão entre as moléculas nos estados sólidos, líquidos e gasosos
• Corpo da matéria: é uma porção limitada da matéria (exemplo: o caule de uma árvore).
• Objeto: é o resultado da transformação do corpo da matéria (exemplo: uma cadeira). Matéria, 
corpo e objeto estão representados na Figura 4.
Na Figura a seguir, a árvore representa a matéria, o caule representa o corpoda matéria e a cadeira o objeto.
Figura 4 - Demonstração sobre a matéria, corpo e objeto
23UNIDADE 1
Figura 5 - Tabela periódica atual
• Compostos: combinação de dois ou mais elementos diferentes, pode ser dividido por meio 
de reações químicas. A água é um composto, formado pela união de Hidrogênio e Oxigênio 
(H2O). A diferença entre compostos está entre os tipos de átomos presentes e ao arranjo que 
estes fazem (BROWN et al., 2005). A esta explicação, segue o exemplo com a Figura 6, o catecol 
é um composto orgânico que, quando sofre uma reação de oxidação, gera a benzoquinona, 
utilizado como antisséptico tópico. 
Já o resorcinol é um componente 
ácido utilizado como queratolítico, 
suas características químicas estão 
associadas ao fenol. As duas fórmu-
las químicas apresentam os mes-
mos componentes, porém ligações 
diferentes e, consequentemente, 
funções biológicas distintas.
• Substâncias: qualquer matéria com característica e propriedade constante, ou seja, definida. 
Independentemente das variáveis, como temperatura e pressão, suas características são preserva-
das. Existem inúmeras substâncias, por exemplo: a água destilada, o etanol e o cloreto de sódio.
• Mistura: resultado da união de duas ou mais substâncias, que, obrigatoriamente, devem con-
servar suas características. 
• Elementos: substância que não pode ser dividida por reação química. Os elementos são repre-
sentados pela primeira letra em maiúsculo e, quando há, a segunda minúscula. São conhecidos, 
atualmente, 118 elementos, sendo que estes estão ordenados na tabela periódica (Figura 5). São 
exemplos: hidrogênio (H), cálcio (Ca), potássio (K) e zinco (Zn).
Não metais Metal Gases Nobres
Lantanoides
Actinoides
Metaloide
Halogênios
Metais alcalinos
Metais de transição
Metais alcalinos
terrosos
Catecol Resorcinol
Figura 6 - Moléculas de Catecol e Resorcinol
24 Introdução à Química e Cosmetologia
• Molécula: espécime química formada com, pelo menos, dois átomos. 
• Massa: é representada pela quantidade e tipo de átomos que constituem a matéria (PIRES, 2008). 
Para materiais sólidos, sua medida é expressa, na maioria das vezes, em gramas. Para medições 
mais precisas, é indicado a verificação em uma balança analítica (MERCÊ, 2012).
• Volume: é o espaço ocupado pela matéria, essa medida é utilizada para materiais líquidos, assim 
o valor é expresso em litros ou mililitros (MERCÊ, 2012).
• Mol: unidade de medida de uma matéria (molécula, átomos, íons). Essa unidade de medida é 
comparada com uma dezena, dúzia ou centena. “Assim como o quilograma é uma quantidade 
padrão da grandeza massa, o mol é uma quantidade padrão da grandeza quantidade de matéria” 
(SILVA, ROCHA-FILHO, 1995).
• Massa atômica: é a massa de um único átomo, que seria a massa de um único elemento químico 
e é medida em g/mol (MERCÊ, 2012).
• Massa molecular: “somatório das massas atômicas de todos os átomos que compõe uma 
molécula, expressa em g/mol” (MERCÊ, 2012).
• Energia: é a capacidade de desempenhar uma atividade. Todos os seres vivos precisam de 
energia para o seu bom funcionamento.
• Energia química: “é uma forma de energia armazenada nas unidades estruturais das substân-
cias químicas [...]. Quando elas participam de reações químicas, a energia química é liberada, 
armazenada ou convertida” (CHANG; GOLDSBY, 2013).
• Eletrólitos: “substâncias cujas moléculas dissociam, ou se partem em íons” (LEWIS et al., 2013).
• Íons: átomo que pode ter carga positiva ou negativa.
• Cátions: íons com carga positiva, por exemplo: Na+ (sódio) e K+ (potássio).
• Ânions: íons com carga negativa, por exemplo: cloro (Cl-) e iodeto (I-).
Agora ficou fácil entender como se dá a formação do corpo humano: os átomos se unem e formam as 
moléculas. Várias moléculas se organizam e constituem as células; estas formam os tecidos; e, por fim, 
25UNIDADE 1
os órgãos, que unidos a outros órgãos chamamos de sistema. O trabalho entre eles permite as funções 
orgânicas, como respiração, excreção, digestão, entre outras. Esse esquema está representado na Figura 7.
Como você pode ver, na sequência, temos o átomo, a célula, o organismo formado por sistemas e 
o resultado desta união: o corpo humano.
Figura 7 - Constituição do corpo humano
26 Introdução à Química e Cosmetologia
Agora que já temos uma base teórica sobre quí-
mica e cosmetologia, e somado às nossas expe-
riências diárias, é correto afirmar que os produtos 
químicos podem nos ajudar a restabelecer a saúde 
ou podem ser os causadores de uma doença, isto 
dependerá do tipo de produto, a quantidade apli-
cada e a frequência de uso. 
A Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o 
órgão do Ministério da Saúde que tem por objetivo 
 “
[...] proteger e promover a saúde da popula-
ção, por intermédio do controle sanitário da 
produção e da comercialização de produtos e 
serviços submetidos à vigilância sanitária, in-
cluindo os cosméticos (BRASIL, 2007, on-line)
As empresas que desejam produzir, importar ou 
armazenar produtos cosméticos devem seguir a 
legislação tanto de fabricação quanto registro e 
autorização da ANVISA. 
Para que as indústrias utilizem de normas claras 
para a produção de produtos e, consequentemente, 
estes não causem efeitos danosos na pessoa que os 
aplica, as leis são importantes. Em forma de Reso-
luções, a Diretoria Colegiada determina as regras, a 
fim de representar a população e tomar decisões. A 
Legislação 
da Cosmetologia
27UNIDADE 1
Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) que dispõe da definição de produtos cosméticos é a RDC 211, de 
14 de julho de 2005, que os agrupa com os produtos de higiene pessoal e perfumes, e os caracteriza como:
 “
Preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do 
corpo humano, pele, sistema capilar, unhas, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas mucosas 
da cavidade oral, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-los, perfumá-los, alterar sua aparência 
e ou corrigir odores corporais e ou protegê-los ou mantê-los em bom estado (BRASIL, 2005, on-line).
Algumas das primeiras Resoluções que tratam sobre cosméticos são do Grupo Mercado Comum 
(GMC) MERCOSUL Nº. 07/05 “Classificação de Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes”, 
36/04 “Rotulagem Obrigatória Geral para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes” e 
36/99 “Rotulagem Específica para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes”.
Apesar dos cosméticos serem utilizados para regiões externas, não exclui a possibilidade de que esses 
produtos causam uma reação contrária ao organismo, por isso a ANVISA classifica as preparações 
quanto ao seu Grau de Risco 1 e 2:
 “
Grau 1: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes com propriedades básicas ou elemen-
tares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária e não requeiram informações detalhadas 
quanto ao seu modo de usar e suas restrições de uso, devido às características intrínsecas do produto.
Grau 2: são produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes que possuem indicações específicas, 
cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cui-
dados, modo e restrições de uso (BRASIL, 2015, on-line).
28 Introdução à Química e Cosmetologia
São produtos pertencentes ao Grau de Risco 1 e 2, os seguintes:
Quadro 1 - Produtos de grau 1
TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 1
Água de colônia, 
Água perfumada, 
Perfume e extrato aromático
Lápis para lábios, olhos e sobrancelhas
Amolecedor de cutícula (não cáustico)
Lenço umedecido (exceto os com ação antisséptica 
e/ou outros benefícios específicos que justifiquem 
a comprovação prévia)
Aromatizante bucal Loção tônica facial (exceto para pele acneica)
Base facial/corporal,
Batom labial e brilho labial,
Blush/rouge,
Corretivo facial (sem finalidade fotoprotetora)
Máscara para cílios
Condicionador/creme rinse/
Enxaguatório capilar (exceto os com ação an-
tiqueda, anticaspa e/ou outros benefícios es-
pecíficos que justifiquemcomprovação prévia)
Máscara corporal (com finalidade exclusiva de lim-
peza e/ou hidratação)
Creme, loção e gel para o rosto (sem ação fo-
toprotetora da pele e com finalidade exclusiva 
de hidratação)
Máscara facial (exceto para pele acneica, peeling 
químico e/ou outros benefícios específicos que jus-
tifiquem a comprovação prévia)
Creme, loção, gel e óleo esfoliante (“peeling”) 
mecânico, corporal e/ou facial Modelador/fixador para sobrancelhas
Creme, loção, gel e óleo para as mãos (sem ação 
fotoprotetora, sem indicação de ação protetora 
individual para o trabalho, como equipamento 
de proteção individual - EPI - e com finalidade 
exclusiva de hidratação e/ou refrescância)
Neutralizante para permanente e alisante
Creme, loção, gel e óleos para as pernas (com 
finalidade exclusiva de hidratação e/ou refres-
cância)
Pó facial (sem finalidade fotoprotetora)
Creme, loção, gel e óleo para limpeza facial (ex-
ceto para pele acneica)
Produtos para banho/imersão: sais, óleos, cápsulas 
gelatinosas e banho de espuma
Creme, loção, gel e óleo para o corpo (exceto 
os com finalidade específica de ação antiestrias, 
ou anticelulite, sem ação fotoprotetora da pele 
e com finalidade exclusiva de hidratação e/ou 
refrescância)
Produtos para barbear (exceto os com ação antis-
séptica)
29UNIDADE 1
Creme, loção, gel e óleo para os pés (com finali-
dade exclusiva de hidratação e/ou refrescância)
Produtos para fixar, modelar e/ou embelezar os ca-
belos: fixadores, laquês, reparadores de
pontas, óleo capilar, brilhantinas, mousses, cremes 
e géis para modelar e assentar os cabelos,
restaurador capilar, máscara capilar e umidificador 
capilar
Delineador para lábios, olhos e sobrancelhas Produtos para pré-barbear (exceto os com ação antisséptica)
Demaquilante Produtos pós-barbear (exceto os com ação antis-séptica)
Dentifrício (exceto os com flúor, os com ação 
antiplaca, anticárie, antitártaro, com indicação 
para dentes sensíveis e os clareadores quími-
cos)
Protetor labial sem fotoprotetor
Depilatório mecânico/epilatório Removedor de esmalte
Desodorante axilar (exceto os com ação anti-
transpirante)
Sabonete abrasivo/esfoliante mecânico (exceto os 
com ação antisséptica ou esfoliante químico)
Desodorante colônia Sabonete facial e/ou corporal (exceto os com ação antisséptica ou esfoliante químico)
Desodorante corporal (exceto desodorante 
íntimo)
Sabonete desodorante (exceto os com ação antis-
séptica)
Desodorante pédico (exceto os com ação an-
titranspirante) Secante de esmalte
Enxaguatório bucal aromatizante (exceto os 
com flúor, ação antisséptica e antiplaca) Sombra para as pálpebras
Esmalte, verniz, brilho para unhas Talco/pó (exceto os com ação antisséptica)
Fitas para remoção mecânica de impureza da 
pele
Xampu (exceto os com ação antiqueda, anticaspa e/
ou outros benefícios específicos que justifiquem a 
comprovação prévia).
Fortalecedor de unhas
Xampu condicionador (exceto os com ação antique-
da, anticaspa e/ou outros benefícios específicos que 
justifiquem comprovação prévia).
Kajal -
Fonte: Brasil (2015, on-line).
30 Introdução à Química e Cosmetologia
Quadro 2 - Produtos de grau 2
TIPOS DE PRODUTOS DE GRAU 2
Água oxigenada 10 a 40 volumes (incluídas as 
cremosas exceto os produtos de uso medicinal)
Esfoliante “peeling” químico
Antitranspirante axilar Esmalte para unhas infantil
Antitranspirante pédico Fixador de cabelo infantil
Ativador/ acelerador de bronzeado Lenços umedecidos para higiene infantil
Batom labial e brilho labial infantil Maquiagem com fotoprotetor
Bloqueador solar/antissolar Produto de limpeza/higienização infantil
Blush/rouge infantil Produto para alisar e/ou tingir os cabelos
Bronzeador Produto para área dos olhos (exceto os de maquia-
gem e/ou ação hidratante e/ou demaquilante)
Bronzeador simulatório Produto para evitar roer unhas
Clareador da pele Produto para ondular os cabelos
Clareador para as unhas químico Produto para pele acneica
Clareador para cabelos e pelos do corpo Produto para rugas
Colônia infantil Produto protetor da pele infantil
Condicionador anticaspa/antiqueda Protetor labial com fotoprotetor
Condicionador infantil Protetor solar
Dentifrício anticárie Protetor solar infantil
Dentifrício antiplaca Removedor de cutícula
Dentifrício antitártaro Removedor de mancha de nicotina químico
Dentifrício clareador/clareador dental químico Repelente de insetos
Dentifrício para dentes sensíveis Sabonete antisséptico
Dentifrício infantil Sabonete infantil
Depilatório químico Sabonete de uso íntimo
Descolorante capilar Talco/amido infantil.
Desodorante antitranspirante axilar Talco/pó antisséptico
Desodorante antitranspirante pédico Tintura capilar temporária/progressiva/permanente
Desodorante de uso íntimo Tônico/loção capilar
Enxaguatório bucal antiplaca Xampu anticaspa/antiqueda
31UNIDADE 1
Enxaguatório bucal antisséptico Xampu colorante
Enxaguatório bucal infantil Xampu condicionador anticaspa/antiqueda
Enxaguatório capilar anticaspa/antiqueda Xampu condicionador infantil
Enxaguatório capilar infantil Xampu infantil
Enxaguatório capilar colorante/ tonalizante -
Fonte: Brasil (2015, on-line).
Outras resoluções que abordam assuntos sobre produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes são: 
a RDC nº 69, de março de 2016, que trata sobre filtros solares e normatiza a concentração e o princípio 
ativo permitidos em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes; e a RDC nº 48, de março de 2006, 
que apresenta as substâncias que não podem ser utilizadas em Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e 
Perfumes. Todas as Resoluções estão disponíveis no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e são 
de fácil acesso, lembrando que as atualizações quanto às normas devem ser monitoradas constantemente.
A importância da ANVISA não só transcende a permissão ou não da utilização de substâncias quí-
micas para o preparo de produtos, mas também previne que os consumidores sejam enganados 
por seus fornecedores, é o caso do Parecer Técnico nº 3, de 29 de junho de 2001, que recomenda 
que os produtos cosméticos que contenham a vitamina C (ácido ascórbico), em sua composição, 
como estabilizante de formulação (sem concentrações ideais para fins de hidratação, clareamento 
ou protetor de radicais livres), não pode ter seu nome realçado na rotulagem do produto. 
Fonte: Brasil (2001, on-line).
Por fim, regras claras na manipulação e comercialização de produtos cosméticos são de grande impor-
tância para o consumidor, pois previne de danos físicos ou estéticos, e ao fornecedor por servir de bases 
legais para seu trabalho. Os setores responsáveis pelo cuidado pessoal e bem-estar, como a estética e a 
cosmética, a podologia e as terapias integrativas e complementares, estão em constante crescimento, 
haja visto anualmente o crescimento de produtos para essas finalidades. Assim, a normatização deve 
crescer com o mesmo padrão.
A química é parte fundamental do nosso dia a dia: ela participa de todas as funções do nosso 
organismo e, até mesmo, da natureza. Um produto cosmético também é formado pela união de com-
postos químicos, e entender seus conceitos permitirá a formulação de protocolos terapêuticos mais 
satisfatórios ao seu paciente/cliente. Na próxima unidade, aprofundaremos nossos conhecimentos sobre 
as substâncias químicas, vamos lá?!
32
Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução
1. Assinale a alternativa correta que revela a função dos estudos sobre química:
a) A química, seja ela pura ou aplicada, tem a função de estudar somente sobre 
materiais sintéticos produzidos em laboratório, como: detergentes, sabão, 
produtos de limpeza.
b) Além de estudar sobre as características químicas do corpo humano, os fenô-
menos que ocorre nele e os compostos químicos também são exemplos de 
estudo deste ramo.
c) Essa ciência surgiu a pouco tempo, tendo como seus primeiros estudos os 
cosméticos.
d) A química inorgânica estuda sobre as caraterísticas químicas dos minerais, 
principalmentedaqueles produzidos a partir do carbono.
e) Todas as alternativas estão corretas.
2. Sobre seus conhecimentos acerca da história e divisões das subdivisões da 
química, leia a seguir:
I) A termodinâmica é estudada pela bioquímica e tem função de determinar o 
comportamento de um sistema químico.
II) A divisão entre química orgânica e inorgânica foi realizada por Robert Boyle, 
em 1777.
III) A química farmacêutica investiga, planeja e desenvolve novos fármacos utili-
zados para o tratamento de doenças, é muito utilizada por profissionais da 
saúde.
IV) A análise qualitativa identifica os tipos de elementos, íons, moléculas que cons-
tituem a amostra pesquisada e faz parte de um dos ramos da química pura.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas I e II estão corretas.
b) Apenas II e III estão corretas.
c) Apenas III e IV estão corretas.
d) Apenas I e IV estão corretas.
e) Nenhuma das alternativas está correta.
33
3. Assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F) as sentenças a seguir:
 ) ( Matéria é uma substância que não pode ser dividida por reação química.
 ) ( Os estados físicos da matéria são: elasticidade, massa e volume.
 ) ( Na solubilização, as partículas estão mais espaçadas em relação às matérias 
sólidas.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) F-F-F.
c) V-F-F.
d) F-V-V.
e) F-F-V.
4. Quanto à classificação dos produtos de higiene pessoal, perfume e cosméticos, 
assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
 ) ( Creme, loção, gel e óleo esfoliante (“peeling”) mecânico, corporal e/ou facial são 
classificados como Grau 1 de risco.
 ) ( Antitranspirante pédico e produto para pele acneica são classificados como 
Grau 2 de risco.
 ) ( Loção tônica facial e amolecedor de cutícula são classificados como Grau 1 
de risco.
Assinale a alternativa correta:
a) V-V-V.
b) F-F-F.
c) V-F-F.
d) F-V-V.
e) F-F-V.
5. Apresente a diferença entre os produtos de higiene, perfumes e cosméticos 
Grau 1 e 2, regulamentados pela ANVISA.
34
Química: a ciência central
Autor: Theodore L. Brown, H. Eugene Lemay Jr, Bruce E. Bursten, Julia R. Burdge
Editora: Pearson Prentice Hall
Sinopse: Química: a ciência central traz uma nova maneira de aprender química, 
que desmistifica o tema ao aproximá-lo da realidade do dia a dia e ao oferecer 
ferramentas de aplicação eficientes. Essa forma inovadora de tratar a disciplina 
também reflete na linguagem clara e objetiva, nas diversas seções que permeiam 
o texto e abordam o assunto sobre um ponto de vista prático - como “A química 
no trabalho” e “A química e a vida” - e na estratégia de resolução de problemas 
em etapas, na maioria dos exercícios (seções “Como fazer” e “Pratique”). A di-
dática do texto é complementada pelo site exclusivo que acompanha a obra, 
trazendo recursos, como filmes, modelos 3-D e animações (em inglês). Essas 
características fazem de Química: a ciência central uma obra fundamental para 
todos os estudantes de química geral, não só em cursos de química, mas tam-
bém de física, engenharia e ciências biomédicas.
LIVRO
35
AMARAL, L. A química. São Paulo: Edições Loyola, 1995.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Parecer Técnico nº 3, de 29 de junho 
de 2001. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br. Acesso em: 18 mar. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da diretoria colegiada 
- RDC nº 211, de 14 de julho de 2005. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/legislacao/?inheritRedi-
rect=true#/visualizar/27564. Acesso em: 18 mar. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Guia de controle de qualidade de 
produtos cosméticos. Brasília: Anvisa, 2007. Disponível em: https://www.crq4.org.br/. Acesso em: 18 mar. 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da diretoria colegiada - 
RDC nº 7, de 10 de fevereiro de 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/. Acesso em: 16 out. 2018.
BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E.; MATOS, R. M. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo: 
Pearson Prentice Hall, 2005.
CHANG, R.; GOLDSBY, K. A. Química. 11. ed. Porto Alegre: AMGH Editora, 2013.
DIAS, S. L. P.; VAGHETTI, J. C. P.; LIMA, É. C.; BRASIL, J. L.; PAVAN, F. A. Química analítica: teoria e prática 
essenciais. Porto Alegre: Bookman, 2016.
FERREIRA, L. R.; TAVARES-MARTINS, A. C. C. Química e etnofarmacologia de plantas místicas em uma 
comunidade amazônica. Revista Fitos, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, 2016.
FONSECA, C. V.; SANTOS, F. M. T. Descontinuidades entre Alquimia e Química: Uma análise sob a perspectiva 
epistemológica de Larry Laudan. In: Divisão de Ensino de Química da Sociedade Brasileira de Química (ED/
SBQ) UFBA, UESB, UESC e UNEB. Anais do XVI Encontro Nacional de Ensino de Química (XVI ENEQ) 
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37
1. B.
2. C.
3. E.
4. A.
5. Diferenças se dão quanto à necessidade ou não de comprovação inicial e informações detalhadas quanto 
ao modo de uso e restrições de uso, indicações específicas, características que exigem comprovação de 
segurança e/ou eficácia, informações e cuidados.
38
39
40
41
42
PLANO DE ESTUDOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
• Possibilitar a compreensão das funções inorgânicas, or-
gânicas e a bioquímica. 
• Definir potencial de hidrogênio (pH) e suas propriedades 
em um produto terapêutico.
• Elucidar a característica química das substâncias mais 
importantes para a cosmetologia, norteando quanto às 
principais características dos produtos terapêuticos.
Funções 
Inorgânicas
Funções 
Orgânicas
A Bioquímica
Me. Érica Simionato Machado Rieger
A Química e sua 
Importância na 
Cosmetologia
Funções 
Inorgânicas
Como vimos na Unidade 1, as pesquisas na área 
química ocorrem desde tempos imemoriais e são 
realizadas até os dias de hoje, revelando a impor-
tância dessa ciência para a humanidade. 
A cada ano, surgem novos compostos químicos 
ou compostos nem tão novos, porém com funções 
diferentes do original; isto só é possível graças aos 
cientistas que, incansavelmente, pesquisam sobre 
os elementos e substâncias químicas. 
Nesta unidade, exploraremos sobre três áreas 
da química: a primeira, química inorgânica, res-
ponsável por descrever as propriedades, estruturas, 
transformações e classificação dos compostos que 
não possuem carbono em sua cadeia, antigamente 
chamada de química mineral; também estudare-
mos sobre a química orgânica, todos os processos 
envolvidos pelos compostos em que está presen-
te o elemento carbono; e, por fim, exploraremos 
sobre a bioquímica, que estuda as características, 
funções e transformações da água, vitaminas, lipí-
deos, carboidratos, proteínas e aminoácidos. 
Desejo que você aproveite essas informações, 
assim, possibilitará um atendimento clínico per-
sonalizado e trará segurança a você, futuro pro-
fissional!
45UNIDADE 2
Antes de definir as funções inorgânicas, precisamos conhecer sobre a Teoria de Arrhenius, que descreve 
sobre a dissociação eletrolítica. Você já fez o experimento de acender uma lâmpada em um recipiente 
com água e sal? Ao colocarmos em um recipiente sal dissolvido em água (NaCl + H2O), e repousarmos 
os fios de uma lâmpada, ela irá acender, pois esse tipo de solução conduz corrente elétrica. Porém, se 
colocarmos em um recipiente água e açúcar (H2O + C12H22O11), a lâmpada não irá acender, pois não 
há condutibilidade elétrica (Figura 1). Esta propriedade de condução de elétrons se deve à presença 
de íons. Na solução salina, há íons livres que possuem capacidade de transportar cargas e fazer que a 
luz acenda, diferentemente da solução com sacarose (açúcar).
Na+ Cl- aquoso
(Lâmpada acende)
C12H22O11 aquoso
(Lâmpada não acende)
Na+ Cl- aquoso
(Lâmpada acende)
C12H22O11 aquoso
(Lâmpada não acende)
Figura 1 - Representação da condutibilidade elétrica (ou ausência dela) em soluções distintas
Fonte: Portal de Estudos em Química (2009, on-line)1.
Conforme vemos na Figura 1, em soluções salinas há condutibilidade elétrica, e ausência desta pro-
priedade em solução com sacarose.
Este fenômeno foi descrito, pela primeira vez, pelo químico sueco Svante August Arrhenius, que 
percebeu a capacidade de condução de energia elétrica por algumas substâncias químicas dissolvidas na 
água. Os ácidos são compostos químicos que liberam íons H+ (Hidrogênio) quando dissolvidos em água, 
e bases são substâncias que liberam ânions OH- (Hidroxila) quando diluídas em água (MOORE, 2008). 
Após esta descoberta de Arrhenius, as soluções foram divididas em: eletrolítica ou iônica; e não 
eletrolítica ou molecular. A solução eletrolítica ou iônica possui a capacidade de conduzir a corrente 
elétrica; no exemplo da solução salina, os íons presentes no sódio (Na+) e cloro (Cl-) sofrem ação da 
polaridade da água que os separa (Figura 2), resultando em cargas livres na solução que serão as res-
ponsáveis por transportar os elétrons, fazendo, com que a lâmpada acenda.
Há algum tempo, quando houve a divisão entre os elementos orgânicos e inorgânicos, a química orgâ-
nica seria responsável por estudar os compostos de origem vegetal e animal, e a química inorgânica 
exploraria sobre o reino mineral. No entanto, alguns compostos orgânicos podem ser produzidos 
em laboratório, não sendo procedentes somente do reino vegetal ou animal, por isso a classificação 
quanto à presença ou ausência de carbono é mais eficaz e utilizada.
46 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Solução de cloreto de Sódio
Cristal de cloreto 
de Sódio Moléculas deágua
Processo de dissociação
Cátion hidratado
de Sódio Na+
Ânion hidratado
de Cloro Cl-
H2O
1
1
2
2
Figura 2 - Demonstração da ação da água sobre os íons
No entanto, na solução com sacarose, as moléculas possuem ligação 
covalente estável e carga elétrica neutra, ou seja, a água não consegue 
dissociar essa molécula e não há a liberação de íons que transpor-
tariam a carga elétrica, dessa forma, a lâmpada não irá acender. A 
este tipo de solução chamamos de não eletrolítica ou molecular.
Um outro composto capaz de acender uma lâmpada quando dis-
solvido na água é o HCl (ácido clorídrico), porém este é não iônico. 
De uma maneira diferente da solução salina, a água, após separar 
as moléculas de HCl, irá transformá-las em íons. A esta reação de 
formação de cargas se dá o nome de ionização (Figura 3). Mediante 
essas informações, na Figura 4, podemos perceber a maneira que se 
comportam as soluções eletrolíticas e não eletrolíticas.
47UNIDADE 2
HCl(aq)
(Lâmpada acende)
Figura 3 - Representação da condutibilidade elétrica 
em soluções com HCl
Fonte: Portal de Estudos em Química (2009, on-line)1.
Íons dissolvidos
(NaCl) Íons dissolvidos
(Água pura)
Moléculas Dissolvidas
(Açúcar)
Vários Íons Poucos Íons Sem Íons
Não eletrolítica
Não eletrolítica
Solução eletrolítica
(fraca)
Eletrolítica
Eletrolítica
Alta condutividade Baixa condutividade Sem condutividade
Solução eletrolítica
(forte)
Eletrólito é uma substância cuja solução 
aquosa conduz uma corrente elétrica
Não eletrólito é uma substância cuja 
solução aquosa não conduz uma corrente elétrica
A separação entre cargas elétricas é nomeada 
como dissociação iônica. 
À formação de cargas elétricas, dá-se o nome 
de ionização.
Figura 4 - Comportamento das soluções eletrolíticas e não eletrolíticas
Diante disso, agora estamos preparados para estudar sobre as funções inorgânicas que são os ácidos, 
bases, sais e óxidos. 
48 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Ácidos
Os ácidos estão presentes em nosso cotidiano seja 
em produtos de limpeza, nos medicamentos e, 
até mesmo, em plantas. Podemos utilizá-los para 
inúmeras funções, basta estudar sobre eles que sa-
beremos como aplicá-los. A seguir, começaremos 
classificando-os.
A primeira classificação dos ácidos levava em 
conta as substâncias que obtinham sabor azedo, 
hoje em dia, temos maneiras mais seguras para 
determinar a acidez ou basicidade. Segundo a de-
finição de Arrhenius, ácidos são compostos que, 
quando em contato com a água, formam íons hi-
drogênio (H+) (GUTH, 2013). A essa formação 
de um íon, chama-se ionização. 
Os ácidos são classificados quanto: à presença 
de oxigênio, ao número de hidrogênios ionizáveis, 
ao número de elementos químicos, à volatilidade 
e estabilidade. 
No que se refere à presença de oxigênio, os áci-
dos são classificados em hidrácidos e oxiácidos. Os 
hidrácidos são ácidos que não possuem oxigênio 
em sua estrutura química, por exemplo, o ácido 
clorídrico (HCl), e os oxiácidos são ácidos com 
presença de oxigênio em sua estrutura, por exem-
plo, ácido nítrico(HNO3) (SALGADO et al., 2012).
Em relação ao número de hidrogênios ionizá-
veis, ou seja, a quantidade de hidrogênios que uma 
molécula libera quando é colocada na água, os 
ácidos são classificados como monoácido, diáci-
do, triácido ou tetrácido. O monoácido libera um 
hidrogênio (exemplo: HCl), o diácido libera dois 
hidrogênios (exemplo: H2SO4), o triácido libera 
três hidrogênios (exemplo: H3PO4) e o tetrácido 
libera quatro hidrogênios (exemplo: H4P2O7).
Os ácidos podem ser binários, ternários e qua-
ternários, e esta classificação determina o número 
de elementos químicos. Binários são ácidos com-
postos por dois elementos químicos, por exemplo, 
o ácido clorídrico (HCl) é formado por Hidrogê-
nio e Cloro. Os ternários são ácidos compostos 
por três elementos químicos, por exemplo, o ácido 
nítrico (HNO3) que é formado por Hidrogênio, 
Nitrogênio e Oxigênio. Quaternários são ácidos 
compostos por quatro elementos químicos, por 
exemplo, o Ácido fulmínico (HCNO), o qual é 
obtido mediante a união de Hidrogênio, Carbono, 
Nitrogênio e Oxigênio.
Quanto à volatilidade, os ácidos são classi-
ficados em voláteis e fixos. Os ácidos voláteis, 
aqueles que facilmente evaporam, possuem 
ponto de ebulição abaixo de 100 ºC, e os áci-
dos fixos possuem ponto de ebulição acima de 
100 ºC. Por fim, com relação à estabilidade, ou 
seja, a facilidade da molécula permanecer na 
sua forma de origem, os ácidos são classificados 
em estáveis e instáveis.
Agora que aprendemos sobre a classificação 
dos ácidos, precisamos descobrir quando um áci-
do é forte ou fraco, assim saberemos qual será sua 
função e concentração ideal. A facilidade de um 
ácido ionizar em água é chamada de força ácida, 
sendo determinada pelo grau de ionização (α). 
Quando a grande maioria das moléculas de um 
ácido em solução se rompe e forma íons H+, o 
ácido é classificado como forte. Quando o ácido, 
em solução, libera poucos íons H+, é classificado 
como fraco. 
O cálculo do grau de ionização leva em con-
sideração o número de moléculas ionizadas e 
totais, sendo que ácidos fortes se ionizam mais 
que 50%, ácidos moderados entre 5 a 50% e ácido 
fraco menor que 5%. Por exemplo, o HCl tem a 
capacidade de liberar uma grande quantidade de 
íons de H+ quando dissolvido na água, portanto 
é um ácido forte. O ácido acético é um ácido fra-
co, pois, quando adicionado na água, a grande 
maioria conserva-se na forma molecular (SILVA; 
NOGARA, 2018). 
49UNIDADE 2
Alguns ácidos inorgânicos estão presentes na preparação de medicamentos e cosméticos, por 
exemplo o ácido clorídrico (HCl).
Força ácida é diferente de concentração:
• A força se refere ao potencial de ionização ou quebra que alguns ácidos e bases sofrem. 
• A concentração se refere à quantidade de ácidos ou bases que você possui inicialmente 
Fonte: Moore (2008, p. 193).
Bases ou Hidróxidos
As bases ou hidróxidos são compostos iônicos, possuem gosto amargo e são formadas por metais unidos 
com uma hidroxila (ROBAIANA, 2000). Em solução aquosa, sofrem dissociação e libera como único 
ânion OH- (hidroxila) (MAIA; BIANCHI, 2007). Por exemplo, o NaOH (hidróxido de sódio), quando 
dissolvido em água, dissocia-se em Na+ OH-, posteriormente, os íons hidróxidos unem-se com hidrogê-
nio (diminuindo sua quantidade na solução) com a finalidade de formar água (RAE SIEGFRIED, 2010). 
Em relação à força básica, ela está diretamente relacionada à solubilidade de suas moléculas. Uma 
base forte tem a capacidade de dissociar-se completamente em água, liberando íons OH- para se ligarem 
rapidamente em H+. As bases fracas não possuem alta capacidade de solubilidade, não liberam em 
grande quantidade OH-, permanecendo na solução mais moléculas do que íons (APPLEGATE, 2012).
As bases são classificadas em monobases, quando há apenas uma hidroxila (por exemplo: NaOH), 
dibases contém duas OH- (exemplo: Mg(OH)2), tribases formadas com três OH
- (exemplo: Al(OH)3), 
tetrabases possuem quatro OH- (exemplo: Pb(OH)4) (MAIA; BIANCHI, 2007).
As bases também estão presentes na cosmetologia, como o Hidróxido de potássio (KOH), utiliza-
do na fabricação de sabonetes, e o Hidróxido de alumínio (Al(OH)3), utilizado para corrigir pH dos 
cosméticos; e sobre esta função, estudaremos a seguir.
Escala de pH
Conhecer a acidez ou basicidade de um produto cosmético é fundamental para os tratamentos clí-
nicos, pois quanto mais ácido, menos agradável será a sensação. Para definir a acidez ou alcalinidade 
de uma solução, é realizado o cálculo do Potencial Hidrogeniônico (pH), que define a quantidade 
do íon hidrogênio ou hidroxila em uma solução, indicando sua acidez, neutralidade ou alcalinidade.
Os resultados são expressos em uma escala de pH de 0 a 14, sendo que as soluções com pH abaixo 
de 7 são consideradas ácidas (possuem mais H+), igual a 7 são neutras (possuem a mesma quantidade 
de H+ e OH-) e acima de 7 são consideradas básicas (possuem mais OH-), conforme está representado 
na Figura 5 (GUTH, 2013). 
50 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Quanto mais hidrogênio liberado por um ácido em uma solução, mais forte ele será e menor será seu 
pH. O contrário ocorrerá se o composto for uma base, menos íon hidrogênio e mais hidróxido estarão 
presentes e o pH será maior. Em nosso organismo, quando há um excesso de ácido no organismo, íons 
de bicarbonato (HCO3) são liberados pelos rins; quando estamos em um meio excessivamente básico, 
ácido carbônico é liberado (H2CO3); este mecanismo é conhecido como sistema tampão (MOORE, 2008).
Figura 6 - pHmetro Figura 7 - Papel indicador ácido-base
Ácido Neutro Alcalino
H+ íon OH- íon
Escala de pH
A
Cartela de cores indicadora universal de ph
Ácido de bateria
Ácido estomacal
Vinagre Tomate
Café preto
Urina
Água
Água do mar
Comprimido 
para má digestão
Solução de
Amônia
Água com
sabão
Alvejante
Limpador
de canos
Bicarbonato
de SódioSuco de Laranja
Figura 5 - Escala do Potencial Hidrogeniônico
No mercado, para expressar o pH de uma substância química, são comercializados o pHmetro (Figura 
6), aparelho eletrônico que quantifica de forma precisa o pH, e o papel indicador ácido-base (Figura 7), 
que muda de cor conforme a acidez ou alcalinidade.
51UNIDADE 2
Sais
A união do cátion (H+) do ácido e ânion (OH-) da base provoca a formação de H2O, uma substância 
neutra; a este tipo de reação chama-se neutralização. O sal é obtido por meio do ânion provido da 
ionização do ácido e do cátion da base. Sais são compostos com um cátion diferente de H+ e um ânion 
diferente de OH- (MAIA; BIANCHI, 2007) e é o resultado de uma reação de neutralização. Exemplos 
de sais: Cloreto de Sódio (NaCl), o sal de cozinha; Sulfato de Magnésio (MgSO4), laxante.
Se você retirar, de uma solução, a molécula responsável pela acidez (H+) e a alcalinidade (OH-) – o 
que ocorre na reação de neutralização (a formação de água) – o meio ficará neutro.
Todos os sais em temperatura ambiente são sólidos e são classificados em neutros, ácidos e básicos. Os 
sais neutros são obtidos através da combinação de uma base forte e um ácido forte (H+ + OH-, resulta 
em H2O), por exemplo CaF2. Os sais ácidos são resultado da combinação de um ácido forte e uma base 
fraca (hidroxilas não conseguem formar água e neutralizar o hidrogênio), exemplo NaHSO4. Os sais 
básicos são obtidos por meio da união de um ácido fraco e uma base forte (maior número de hidroxila 
em relação ao hidrogênio), por exemplo Al(OH)Cl2 (FATIBELLO-FILHO et al., 2006). 
Os sais são importantes compostos utilizados na produção de produtos dermatológicos, como 
o bicarbonato de sódio (NaHCO3), estando, dentre uma de suas funções, a neutralização de ácidos. 
Também são exemplos o cloreto de amônio (NH4Cl) presente em máscaras e produtos descolorantes 
e o sulfato de sódio (Na2SO4) para loções desincrustantes faciais.
O equilíbrio entre a concentração e pH dos ácidos e bases permite o funcionamento adequado do 
nosso organismo e, consequentemente, a promoção da saúde do indivíduo.
Fonte: adaptado de Chang(2010). 
52 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Óxidos 
São compostos formados por oxigênio e outro 
elemento químico. De regra, o oxigênio deve ser 
o mais eletronegativo, então, sabendo que somen-
te o Flúor é mais eletronegativo que o oxigênio, 
grande parte dos elementos químicos formam 
óxidos. Os óxidos mais comuns em nosso coti-
diano são a ferrugem (óxido de ferro III) e o gás 
carbônico (dióxido de carbono). 
Quanto ao seu comportamento químico, os 
óxidos podem ser classificados em ácidos, bási-
cos, neutros ou anfóteros. Óxidos ácidos reagem 
com a água e formam ácido; também reagem com 
bases e formam sal e água; geralmente se ligam 
com os ametais por ligação covalente. Os óxidos 
básicos formam uma solução básica quando rea-
gem com água ou neutralizam ácidos formando 
sal e água, geralmente se ligam aos metais. Óxidos 
anfóteros podem reagir com ácidos e bases; são 
exemplos de óxidos anfóteros o óxido de zinco e 
alumínio (MAIA; BIANCHI, 2007). Por fim, o 
óxido neutro não reage com água, base ou ácido, 
mas reage com outros compostos, por exemplo, 
a hemoglobina. São óxidos neutros N2O (Óxido 
Nitroso), NO (Óxido Nítrico) e CO (Monóxido 
de Carbono).
São exemplos de óxidos comumente utilizados 
na cosmetologia o óxido de zinco, para poma-
das dermatológicas, e o peróxido de hidrogênio 
(H2O2), a água oxigenada, em diversos cosméti-
cos. 
O antiácido utilizado para reduzir a acidez esto-
macal é um composto alcalino, que gera reação 
de neutralização.
53UNIDADE 2
A química orgânica recebe essa nomenclatura, 
pois, antigamente, de forma errônea, era definida 
como o estudo dos compostos produzidos por se-
res vivos, porém, atualmente, os compostos orgâ-
nicos também podem ser produzidos a partir de 
substâncias sintéticas. A química orgânica estuda 
os compostos derivados do elemento carbono, 
os quais são mais numerosos do que os compos-
tos inorgânicos. O carbono tem capacidade de 
compartilhar elétrons com outros átomos, e por 
essa propriedade ele é capaz de formar inúmeras 
substâncias com funções variadas (FERREIRA 
et al., 2007). 
O carbono é tetravalente, ou seja, faz quatro li-
gações simples e iguais e também possui a capaci-
dade de formar longas cadeias (GARCIA; LUCAS; 
BINATTI, 2015). A maioria dos combustíveis são 
compostos orgânicos, como o gás de cozinha, 
etanol e o petróleo (FERREIRA et al., 2007; AL-
BERTS et al., 2017). Devido à maior quantidade 
de compostos orgânicos apolares, que podem ser 
insolúveis em solventes polares (exemplo: água), 
há uma grande quantidade de solventes apolares 
(BJELDANES; SHIBAMOTO, 2014).
Funções 
Orgânicas
54 A Química e sua Importância na Cosmetologia
Os elementos que formam os compostos or-
gânicos são chamados de elementos organógenos 
e são eles: carbono (C), hidrogênio (H), oxigênio 
(O) e o nitrogênio (N). Em relação à quantidade 
de ligações que esses compostos conseguem fazer: 
o hidrogênio forma somente uma ligação, o oxi-
gênio duas, o nitrogênio três e o carbono quatro 
ligações (SILVA; NOGARA, 2018).
A classificação quanto ao número de carbonos 
diretamente ligados é a divisão em metílico, pri-
mário, secundário, terciário e quaternário. Carbo-
no metílico indica que o carbono não está ligado 
diretamente a nenhum outro carbono (exemplo: 
CH4); no carbono primário, o átomo de carbono 
se liga a um outro carbono (Figura 8, cor alaran-
jada); o carbono secundário possui duas ligações 
entre átomos de carbono (Figura 8, cor verde); por 
sua vez, o carbono terciário se liga a três átomos de 
carbono (Figura 8, cor vermelha); e o quaternário 
que liga-se a outros três carbonos (Figura 8, cor 
azul) (GARCIA; LUCAS; BINATTI, 2015).
C
H3C
H3C
H3C CH3
CH3
CH2
CH
Figura 8 - Representação da classificação do carbono em 
primário, secundário, terciário e quaternário
Fonte: a autora.
Outra classificação dos carbonos é referente ao 
tipo de ligação covalente, pois o carbono saturado 
apresenta apenas ligações simples, e os insatu-
rados, uma ligação dupla, tripla ou duas duplas. 
As cadeias carbônicas são classificadas em sa-
turadas – apresentam somente ligações simples 
entre carbonos – e insaturadas – apresentam, ao 
menos, uma ligação dupla ou tripla entre carbo-
nos (GARCIA; LUCAS; BINATTI, 2015). Ainda 
sobre as cadeias, também podem ser classificadas 
em abertas, quando os carbonos da extremidade 
não estão ligados (não formam anéis), e fechadas, 
quando os carbonos estão ligados e formam anéis, 
conforme podemos perceber na Figura 9.
Cadeia Aberta
Cadeia Fechada
H
H
H
H
H
H
H
H
H
HO OH
CH2H2C C
C C
C C
Figura 9 - Cadeias carbônicas abertas e fechadas 
Fonte: a autora.
Assim como a química inorgânica possui funções 
inorgânicas, a química orgânica também possui 
funções orgânicas. Com o objetivo de classificar 
os compostos orgânicos conforme suas carac-
terísticas semelhantes, dentre as várias funções 
orgânicas estudaremos sobre: hidrocarbonetos, 
funções oxigenadas e funções nitrogenadas.
Hidrocarbonetos
Os hidrocarbonetos possuem carbono e hidro-
gênio em suas estruturas, unidos por ligação 
covalente, sendo divididos em: alcanos, alcenos, 
alcinos, alcadienos, ciclanos, ciclenos e aromá-
ticos. Alcanos são hidrocarbonetos que fazem 
somente ligação simples entre os carbonos, for-
mados por cadeias abertas, e possuem fórmula 
55UNIDADE 2
geral CnH2n+2. O metano (CH4) é o alcano mais 
simples produzido a partir da decomposição 
anaeróbica de matéria vegetal. O gás natural 
é formado por metano e outros compostos 
(CHANG, 2010). Por sua capacidade de, na 
maioria das vezes, transformarem-se do esta-
do líquido para vapor, os alcanos são utilizados 
como combustíveis (PICOLO, 2014).
Os alcenos são hidrocarbonetos com uma 
única dupla ligação, que sofrem combustão fa-
cilmente. Da família dos alcenos, temos o eteno 
(CH2=CH2) e o propeno (CH3CH=CH2), popu-
larmente chamados, respectivamente, de etileno 
e propileno. São substâncias químicas bastante 
importantes, pois o etileno, além de ter a capa-
cidade de produzir polietileno (um plástico uti-
lizado para insumos farmacêuticos, construção, 
entre outras utilidades), também é capaz de for-
mar etilenoglicol (anticongelante). O propileno, 
por sua vez, pode ser utilizado na produção de 
álcool e plásticos (MOORE, 2008).
Os hidrocarbonetos alcinos possuem uma 
única tripla ligação, sua fórmula geral é CnH2n. O 
menor alcino é o etino, conhecido como acetileno 
(ORTIZ, 2018); este composto é utilizado para 
produzir a chama de isqueiros (ILHA, 2016).
Alcadienos possuem duas duplas ligações, ten-
do como fórmula geral: CnH2n-2. São exemplos 
de alcadienos o 1,4-pentadieno e 1,3-pentadieno 
(CAREY, 2011).
Os ciclanos ou cicloalcanos são formados por 
ligações simples, possuem cadeias fechadas e por 
isso contêm três ou mais carbonos em sua estru-
tura, sua fórmula molecular é CnH2n (CAREY, 
2011). Os cicloalcenos ou ciclenos possuem fór-
mula molecular CnH2n-2 e é um hidrocarboneto 
de cadeia fechada, que possui uma única dupla 
ligação (SILVA; NOGARA, 2018).
Os compostos aromáticos (hidrocarbonetos 
aromáticos) recebem esta nomenclatura devido 
aos odores que estes possuem, formam anel e es-
tão presentes nos solventes, carvão e na estrutura 
do DNA. O composto mais comum é o benzeno 
(ATKINS; JONES; LAVERMAN, 2018).
Os terpenos são formados pela união de várias 
moléculas de hidrocarbonetos e, devido essa varia-
bilidade estrutural, possuem funções diferenciadas 
(MONTEIRO; BRANDELLI, 2017). Apresentam 
dupla ligação, permitindo formar outros grupos 
funcionais, como: ácidos, fenóis, álcoois, cetonas, 
aldeídos ou éteres (FELIPE; BICAS, 2017). As 
plantas possuem uma grande quantidade deste 
composto, conhecido como óleos essenciais, o qual 
confere a elas o odor característico e são volati-
lizados pelo ar rapidamente, quando maceradas 
(VOLLHARDT; SCHORE, 2013). 
Os terpenos são responsáveis pela atração de 
insetos para dispersar o pólen da planta ou como 
seus protetores, afastando herbívoros. Esses com-

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