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A matéria prima para produção de ácido sulfúrico pode ser utilizado o enxofre elementar, sulfetos metálicos, ou ácido sulfúrico usado. Qualquer que seja a matéria prima, o processo pode ser dividido em 3 etapas fundamentais: geração do SO2, conversão do SO2 a SO3 e absorção do SO3 para produzir ácido sulfúrico. No processo de contato, há quatro etapas básicas: 1) Secagem de ar e fusão de enxofre. 2) Geração de SO2, por queima de enxofre ou ustulação de sulfetos (ex. FeS2) 3) Conversão de SO2 em SO3 na presença de catalisador e em condições termodinâmicas favoráveis. 4) Absorção de SO3 para produzir H2SO4 pelo contato e formação de óleum, H2S2O7. O ar deve ser secado antes de entrar no queimador de enxofre (ou ustulador) para evitar a formação de H2SO4 gerando corrosão e nevoa ácida. Ar é secado em torres de absorção por desidratação com H2SO4 concentrado, advindo do processo. O ácido é alimentado à torre em contracorrente em relação ao ar, que é soprado para cima. Enxofre sólido é derretido. SO2 é gerado pela queima de enxofre fundido: ▸ Conversor em 4 etapas ▸ Catalisador: 4-9%(g/g) V2O5 /SiO2 ▸ Temperatura ótima: 410-430 ºC A oxidação de SO2 em SO3 representa uma questão central por motivos termodinâmicos e cinéticos. Termodinâmica: como é uma combustão, a reação é exotérmica o aumento da temperatura desfavorece o equilíbrio (∆H < 0: ↑T: ↓ Keq). Cinética: por outro lado, temperaturas baixas tornam a reação lenta (↑T: ↑k). Há um conflito entre a cinética e a termodinâmica. Há uma temperatura ótima onde a condição de equilíbrio é muito favorável, mas a velocidade de reação é muito pequena. Os gases passam inicialmente pelo catalisador e a temperatura aumenta adiabaticamente (com redução do volume) na medida em que a reação avança. A velocidade de reação cresce com a elevação da temperatura, mas diminui quando o equilíbrio se aproxima. A reação praticamente cessa quando cerca de 70% do SO2, foram convertidos, ou seja, quando a temperatura fica alta demais. Por isso o gás, antes de passar para o próximo leito, é resfriado num trocador de calor. Dessa forma são obtidos rendimentos e a reação global é muito rápida. A remoção de SO3 provoca a conversão de maior quantidade de SO2 para restabelecer o equilíbrio. Esse efeito é usado no processo de absorção dupla para aumentar a conversão. A conversão do SO2 a SO3 é feita num conversor catalítico, em geral com quatro leitos fixos. O conversor opera com resfriamento na entrada de cada leito e a absorção intermediária normalmente é feita na saída do segundo leito para a remoção de SO3 (configuração 2+2). O SO3 é absorvido pelo contato com H2SO4, de acordo com a seguinte reação: Por hidrólise, o ácido dissulfúrico (óleum) é convertido em ácido sulfúrico: SO3 é borbulhado em contracorrente com H2SO4 concentrado numa torre de aço com revestimento refratário, recheada de anéis cerâmicos. Semelhante à torre de secagem de ar.