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EQUILÍBRIO ESTÁTICO ANA PAULA BARABACH 20000525 Fev/2022 1. Introdução Isaac Newton (1642-1721) descobriu a relação que existe entre uma força e a aceleração produzida por essa força. O estudo dessa relação foi denominado mecânica newtoniana. A mecânica newtoniana não pode ser aplicada a todas as situações, como por exemplo, se as velocidades dos corpos envolvidos são muito elevadas, comparáveis à velocidade da luz, a mecânica newtoniana deve ser substituída pela teoria da relatividade restrita, de Einstein. Se os corpos envolvidos possuem dimensões atômicas e subatômicas, como os elétrons de um átomo, a mecânica newtoniana deve ser substituída pela mecânica quântica. Ainda assim, a mecânica newtoniana pode ser aplicada ao estudo do movimento dos mais diversos objetos, desde corpos muito pequenos, quase de dimensões atômicas, até corpos muito grandes, galáxias e aglomerados de galáxias (HALLIDAY e RESNICK, 2016). Newton formulou três princípios fundamentais usados para analisar os movimentos dos corpos, tais princípios ficaram conhecidos como Leis de Newton. A Primeira Lei de Newton, conhecida como inércia, diz que “se nenhuma força atua sobre um corpo, sua velocidade não pode mudar, ou seja, o corpo não pode sofrer aceleração”, assim, se o corpo está em repouso, permanece em repouso; se está em movimento, continua com a mesma velocidade (HALLIDAY e RESNICK, 2016). A Segunda Lei de Newton afirma que a força resultante que age sobre um corpo é igual ao produto da massa do corpo pela aceleração, podendo ser observada na equação 1 (TANAKA, 2022). Já a Terceira Lei de Newton, conhecida como Lei de Ação e Reação, afirma que “quando dois corpos interagem, as forças que cada corpo exerce sobre o outro são iguais em módulo e têm sentidos opostos”, ou seja, para cada ação há uma reação (HALLIDAY e RESNICK, 2016). Equação 1: Calculo força resultante Fonte: https://www.todoestudo.com.br/fisica/forca-resultante Ademais, segundo as leis de Newton, para que uma partícula esteja em equilíbrio estático é necessário que a resultante das forças que sobre ela atuam seja nula. A força resultante é calculada por meio da 2ª lei de Newton, na condição de equilíbrio, como citado, a soma vetorial dessas forças deve ser zero. Desse modo, de acordo com a 1ª lei de Newton, quando a resultante das forças que atuam sobre um corpo é nula, o corpo permanece em seu estado de repouso ou em movimento retilíneo uniforme (MRU), situações que são chamadas de equilíbrio estático e equilíbrio dinâmico, respectivamente (HALLIDAY e RESNICK, 2016). Dito isso, o objetivo deste experimento é fazer a demonstração de um sistema em equilíbrio estático e realizar a decomposição das forças atuantes sobre ele. 2. Procedimento Experimental 2.1 Materiais ● Mesa redonda de forças ● 4 polias ● 4 linhas ● Massas de prova de peso variado ● Balança digital ● Nível de água ● Transferidor 2.2 Métodos A mesa redonda com graduação estava disposta sobre a bancada, na qual quatro polias estavam anexadas a mesma, para cada polia havia uma linha, totalizando quatro linhas, que possuíam o seu ponto de encontro em uma pequena argola, cujo o objetivo era ficar https://www.todoestudo.com.br/fisica/forca-resultante Julio Cesar Sczancoski massas de prova Julio Cesar Sczancoski Manter tanto o tipo quanto o tamanho da fonte similar ao do texto. Esqueceu de enumerar a equação. A referência da imagem vai para o tópico de Referências Bibliográficas Julio Cesar Sczancoski Mesa de forças centralizada no mesmo ponto em que se encontrava o centro da mesa graduada, e assim, o sistema estaria em equilíbrio. Inicialmente, de forma aleatória, escolheu-se quatro pesos de diferentes massas. Após a escolha dos pesos, conferiu-se se o nível de água localizado abaixo da mesa de forças estava centralizado. Em seguida passou-se às linhas pela polia e colocou-se os pesos na ponta de cada linha e regulou-se a posição dos mesmos de acordo com a graduação da mesa para que então a argola ficasse centralizada no ponto anteriormente citado. Com as precisões exatas dos pesos, usou-se um transferidor para obter os ângulos. Após encontrar o equilíbrio, utilizou-se a balança digital para medir a massa de cada peso. Desse modo, obtendo a massa e adotando a aceleração da gravidade como 9,8m/s² foi possível calcular as forças presentes nesse sistema, os resultados foram anotados e esse procedimento repetiu-se por mais duas vezes, a fim de obter-se um total de três configurações de um sistema em equilíbrio. 2.3 Cuidados na Execução do Experimento Para o início do experimento é necessário ter cuidado com o nível de água, uma vez que se não estiver centralizado pode ocorrer algum erro nos resultados. A balança precisa estar calibrada para que não haja nenhuma variação da pesagem; deve-se sempre ter cuidado ao observar se a argola está centralizada, uma maneira de ter um resultado mais preciso é puxando a argola para cima e soltando, analisando assim se ela estará centralizada. Além dos pontos citados, é importante tomar cuidado ao anotar os dados para que não haja uma leitura errada das massas ou ângulos. 3. Resultados e discussão Os resultados obtidos para cada uma das forças, na realização de três configurações, foram expressados na tabela a seguir: Tabela 1 – Resultados obtidos na realização do experimento Fonte: elaborada pelo excel Julio Cesar Sczancoski massas diferenciadas. Os resultados das forças também podem ser expressados em gráficos, como demonstrado na figura 1. Figura 1: gráfico representando as forças Fonte: elaborado pela autora Após a obtenção dos resultados foi realizada a decomposição de cada uma das forças, seguindo as regras de vetores (Figura 2) – para o cálculo utilizou-se os valores em graus, obtendo assim o seno e cosseno referente o valor em graus e não em radiano. Em seguida calculou-se a força resultante para cada uma das configurações. Os resultados foram expressados na tabela 2. Julio Cesar Sczancoski Faltou colocar os ângulos. Figura 2: Propriedades de decomposição de vetores Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1735431/ Tabela – 2 decomposição de vetores Fonte: Excel Após a obtenção do resultado das decomposições das forças, foi possível expressar os valores em representação vetorial das forças e da força resultante para cada uma das configurações, como demonstrado na tabela 3. https://slideplayer.com.br/slide/1735431/ Tabela 3 – representação vetorial das forças na forma cartesiana 4. Conclusão Após a realização do experimento, com os resultados da primeira configuração, pode-se comprovar as leis de Newton que referem-se a corpos em equilíbrio tendo uma força resultante nula. As configurações dois e três apresentaram um resultado minimamente diferente do que o esperado, pois esperava-se que as forças resultantes fossem zero. Tal fato pode ser explicado por algum erro experimental, uma vez que não foi desconsiderado o último digito da balança, que é considerado a incerteza, esse fator influenciou no resultado das massas, consequentemente da decomposição das forças e na força resultante; outro erro possível pode ter sido uma leitura errada da argola (constando que estava em equilíbrio quando poderia não estar) ou ao mexer na argola pode ter centralizado errado. Ademais, o experimento foi de extrema importância para o aprendizado da mecânica de newtoniana e de grande valor para o crescimento acadêmico. 5. Referências HALLIDAY, David; RESNICK, Robert. Fundamentos de física, volume 1: mecânica. 10. ed. - Rio de Janeiro: LTC, 2016. TANAKA, Hugo Shigueo. Força resultante. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/fisica/forca-resultante. Acesso em: 21 de February de 2022.
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