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5 PREVIDÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

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5 PREVIDÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR 
Pedro Edmundo Boll 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 Pedro Edmundo Boll é Mestre em Ciências Empresariais e Especialista em Contabilidade e Auditoria pela UFP – 
Universidade Fernando Pessoa de Portugal, Especialista em Administração e Planejamento para Docentes e Bacharel 
em Ciências Contábeis pela ULBRA – Universidade Luterana do Brasil, Bacharel em Direito pela UNISINOS – 
Universidade do Vale do Rio dos Sinos. É sócio de escritório contábil desde 1988, atuando em assessoria e consultoria 
empresarial nas áreas contábil, fiscal, tributária, pessoal e societária. É perito-contador atuando em processo judiciais 
desde 1992 nas esferas trabalhista, cível e federal. 
INTRODUÇÃO 
No presente capítulo serão abordados os temas relativos à Previdência Social e 
Complementar no Brasil, iniciando por um breve histórico e como desenvolveu-se, passando pelos 
atuais princípios constitucionais que norteiam toda interpretação e aplicação da legislação 
previdenciária. 
Não há a intenção de exaurir completamente o tema, mas com o estudo deste capítulo 
serão apresentadas as ferramentas necessárias para o entendimento de conhecimentos teóricos 
e práticos, inclusive as fontes de pesquisa para estudos complementares. 
Previamente indica-se o estudo introdutório que pode ser realizado por meio do seguinte 
material complementar: HISTÓRICO E PRINCÍPIOS PREVIDENCIÁRIOS. 
 
 
5.1 UM BREVE HISTÓRICO DA PREVIDÊNCIA NO BRASIL 
 
A primeira legislação previdenciária brasileira foi proposta pelo então Deputado Federal 
Eloy Chaves e assinada em Janeiro/1923 (Decreto nº 4.682/1923), a qual criava a figura das 
Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAP’s), que a partir de 1930 passaram a se chamar 
Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP’s). 
Em 1960 houve a publicação da Lei Orgânica da Previdência Social (Lei nº 3.807/1960), 
que ainda está em vigor. Com a promulgação do Decreto-Lei nº 72/1966, os IAP’s foram 
unificados na criação de um único Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). 
Em 1977, por meio da Lei nº 6.439/1977 foi estruturado o Sistema Nacional de Previdência 
e Assistência Social (SINPAS), que criou e passou a ser composto por diversos institutos e 
autarquias com atuação em áreas específicas, era um esboço bem próximo do que é a 
organização atual do sistema. 
A partir da vigência da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CF/1988), 
em seu Artigo nº 6, foi reconhecido o direito à previdência social, como um direito social. 
Posteriormente surgiu o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), que conhecemos 
dos dias atuais, por meio da Lei nº 8.029/1990, a partir da fusão do INPS - autarquia que 
administrava os benefícios, com o Instituto de Administração Financeira da Previdência Social 
(IAPAS) – autarquia responsável pela arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições. 
Percebe-se que ao longo das últimas oito décadas aquela legislação básica inicial 
transformou-se em um complexo e abrangente sistema de proteção social, com significativa 
cobertura de riscos sociais, evoluindo até seus moldes atuais. 
E, para melhor compreensão é necessário abordar os princípios que regem toda legislação 
e estrutura previdenciária brasileira, a seguir. 
 
 
5.2 PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS PREVIDENCIÁRIOS 
 
Como referido na seção anterior foi a CF/1988, que reconheceu o direito à previdência 
social, como direito social. 
E no Capítulo II – DA SEGURIDADE SOCIAL, Seção I – DISPOSIÇÕES GERAIS, Artigo nº 
194, Parágrafo Único, foram definidos os princípios que norteariam o direito previdenciário, como 
seguem: 
 
 
https://drive.google.com/file/d/1R4GJqITiCc4EX7B4nhlHXcntiuo956z4/view?usp=sharing
5.2.1 Princípio da: Universalidade de Cobertura e do Atendimento 
 
O termo “universalidade” por si só, no contexto deste princípio significa igualdade 
isonômica. A doutrina, no entanto, segrega a interpretação do princípio da universalidade em dois 
aspectos distintos entre si: 
O primeiro aspecto refere-se à “universalidade de cobertura”, ou seja, a previdência social 
terá por objetivo cobrir os fatos que coloquem as pessoas em estado de necessidade. 
O sistema previdenciário cobrirá as necessidades das pessoas que forem atingidas por 
contingências humanas taxativas previamente previstas no dispositivo legal, como por exemplo, 
perda da fonte salarial por incapacidade laborativa, aposentadoria por idade avançada, entre 
outros. 
E o segundo aspecto da interpretação refere-se à “universalidade de atendimento”, ou 
seja, a previdência social também terá por objetivo que todas as pessoas necessitadas sejam 
atendidas. 
O sistema previdenciário atenderá as pessoas que não mantenham condições próprias de 
assistência social, saúde, renda ou subsistência, também conforme for previsto no dispositivo 
legal. 
 
 
5.2.2 Princípio da: Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações 
Urbanas e Rurais 
 
Assim como na seção anterior, o contexto deste princípio também deve ser interpretado 
em dois aspectos distintos entre si: 
 O primeiro aspecto refere-se à “uniformidade dos benefícios e serviços”, ou seja, significa 
que as prestações da seguridade social serão idênticas para toda a população, 
independentemente do local onde, as pessoas residam ou trabalhem. 
O sistema previdenciário prestará os respectivos benefícios ou serviços, de maneira 
uniforme, às populações urbanas e rurais. 
E o segundo aspecto da interpretação refere-se à “equivalência dos benefícios e serviços”, 
ou seja, em um aspecto pecuniário os benefícios e serviços poderão não serão necessariamente 
iguais, mas equivalentes, nos limites possíveis e observando algumas variáveis definidas no 
dispositivo legal como carências, tempo de contribuição, coeficientes de cálculo, entre outros. 
O sistema previdenciário prestará os respectivos benefícios ou serviços, de maneira 
equivalente, às populações urbanas e rurais. 
 
 
5.2.3 Princípio da: Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços 
 
A partir do momento em que os recursos financeiros do Estado são insuficientes para 
atender a todas as contingências que colocam as pessoas em estado de necessidade, bem como, 
na medida em que o Estado Brasileiro não consegue proteger todas as pessoas em tal estado, 
faz-se necessário haver um princípio de “seletividade e distributividade” em contraponto ao 
princípio da “universalidade de cobertura e atendimento”. 
Deve-se interpretar a “seletividade” como a orientação ao legislador, para quando da 
elaboração das leis e reformas referentes à seguridade social, tenha a sensibilidade de elencar 
nos dispositivos legais as prestações que cobrirão as contingências que mais assolam a 
população (aquelas que ocorrem em maior quantidade de vezes e com maior freqüência). 
E, também deve-se interpretar a “distributividade” como a orientação ao legislador, para 
que tenha a sensibilidade de fazer resguardar o maior número de pessoas possível. 
Ou seja, o legislador seleciona as contingências mais comuns e freqüentes (seletividade), 
objetivando a proteção do maior número possível de pessoas acometidas pelo estado de 
necessidade (distributividade). 
 
 
5.2.4 Princípio da: Irredutibilidade do Valor dos Benefícios 
 
Este princípio emana da noção de que, uma vez substituído o salário/renda pela prestação 
de benefício, a sua função será a de manter o poder aquisitivo do segurado – do contrário, a 
seguridade não estaria sendo eficaz – lembrando dos limites do caráter alimentar dos benefícios 
sociais. 
Desta forma, os benefícios previdenciários não podem ter seu poder de compra reduzido 
pela inflação, ou seja, o INSS é responsável por calcular a Renda Mensal Inicial (RMI) do 
benefício a ser paga, e asseguraros respectivos reajustes para preservar-lhe, permanentemente, 
o respectivo valor real. 
 
 
5.2.5 Princípio da: Equidade na Forma de Participação no Custeio 
 
O conceito de “equidade” diverge essencialmente do conceito de “igualdade”, na medida 
em que a equidade está vinculada ao senso de justiça, tratando-se de uma “igualdade 
condicional” ou “igualdade material”. 
O princípio da “equidade na forma de participação no custeio” preconiza que o custeio da 
seguridade social seja feito de forma proporcional às possibilidades de cada indivíduo. 
Este princípio é conseqüência do princípio da “Capacidade Contributiva” do Direito 
Tributário, ou seja, contribui com mais aquele que detém maior capacidade de contribuir. 
Desta forma, as contribuições de cada indivíduo serão desiguais, porém, serão 
proporcionais à sua capacidade de contribuir, resultando, portanto, na equidade de participação 
no custeio. 
 
 
5.2.6 Princípio da: Diversidade da Base de Financiamento 
 
Este princípio determina que o custeio da previdência social seja feito por toda a 
sociedade, de forma direta ou indireta, pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos 
Municípios. 
O objetivo é garantir a estabilidade da seguridade social, e sendo a obrigação de custeio 
imposta ao maior número possível de segmentos da sociedade, maior será a capacidade da 
previdência social fazer frente aos compromissos futuros. 
 
São financiadores da Seguridade Social os seguintes: 
 
 > União Federal, Estados, Distrito Federal e Municípios; 
 
 > Empresas Privadas e Empregadores Domésticos; 
 
 > Empregados e demais Segurados da Previdência Social; 
 
 > Receitas de Concursos de Prognósticos (loterias, apostas em jogos ou corridas, etc); e 
 
 > Importadores de bens e serviços do exterior. 
 
 
5.2.7 Princípio do: Caráter Democrático e Descentralizado da Administração 
 
Este princípio também pode é interpretado em dois aspectos distintos. O “caráter 
democrático da administração” tem por objetivo aproximar a gestão, organização e os processos 
de decisão relativos à seguridade social dos cidadãos, por exemplo, através do Conselho 
Nacional de Previdência Social (CNPS). 
O CNPS é o órgão superior de deliberação colegiada composto por representantes do 
Governo Federal, representantes dos Aposentados e Pensionistas, representantes dos 
Trabalhadores em Atividade e representantes dos Empregadores. 
E o “caráter descentralizado da administração” trata-se de um conceito que tem origem no 
Direito Administrativo, o “serviço público descentralizado”, ou seja, são aqueles serviços para os 
quais o poder público (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) criam uma pessoa jurídica de 
direito público ou privado, e a ela atribui a titularidade e a execução de determinado serviço, por 
exemplo, o INSS. 
O INSS é uma autarquia do Governo Federal vinculada ao Ministério da Economia que 
recebe as contribuições para a manutenção do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), 
responsável pelo pagamento de aposentadorias, salário-maternidade, pensão por morte, auxílio-
doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão entre outros benefícios, às pessoas que adquiriram o 
direito, conforme previsto em lei. O INSS trabalha junto à DATAPREV, empresa de tecnologia que 
faz processamento de todos os dados informatizados da Previdência Social. 
 
 
5.2.8 “Regra da Contrapartida” 
 
Há, ainda a previsão do § 5º do Artigo 195 da CF/1988, que determina expressamente o 
seguinte: 
 
“§ 5º. - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.” 
 
Apesar da sua relevância, normalmente os escritores do Direito Previdenciário não tratam 
isto como um “princípio”, e sim como uma “regra” propriamente, por isso ela é conhecida como a 
“Regra da Contrapartida”. 
 
 
5.3 PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
A Lei nº 8.212/1991, além de ratificar os princípios constitucionais (abordados na seção 
anterior), em seu artigo 1º, dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de 
Custeio, e dá outras providencias. 
No âmbito da organização, a Lei Orgânica da Seguridade Social, subdivide a estrutura de 
seguridade em três áreas, que são as seguintes: 
 
 - Saúde; 
 
 - Previdência Social; e 
 
 Assistência Social. 
 
Também indica-se o estudo introdutório que pode ser realizado por meio do seguinte 
material complementar: PREVIDÊNCIA SOCIAL. 
https://drive.google.com/file/d/1glB62_gvR9-ejFmfRgbNcKxaDiqktplN/view?usp=sharing
A Previdência Social tem por fim assegurar aos seus beneficiários meios indispensáveis de 
manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego 
involuntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam 
economicamente. 
A filiação ao RGPS tem caráter obrigatório para todos os empregados assalariados, 
domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais, exceto se for servidor civil 
ocupante de cargo efetivo ou cargo militar da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos 
Municípios, bem como das suas respectivas autarquias e fundações, desde que amparado por 
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). 
 
 
5.3.1 Regime Geral da Previdência Social (RGPS) 
 
O RGPS é o sistema mais abrangente de Previdência Social, abrangendo praticamente 
todos os empregados de empresas do setor privado, os empregados domésticos, os 
trabalhadores autônomos e os segurados especiais (produtores rurais e pescadores). 
O RGPS é o regime de todos os segurados do INSS, assim, quando se fala em qualquer 
exemplo de pessoa que esteja percebendo qualquer espécie de prestação ou benefício do INSS, 
trata-se de um segurado do RGPS. 
 
 
5.3.2 Regimes Próprios da Previdência Social (RPPS) 
 
O RPPS é o regime dos servidores civis ocupantes de cargos efetivos ou cargos militares 
da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como das suas respectivas 
autarquias e fundações. 
Os regimes próprios são instituídos e organizados pelos respectivos entes federativos de 
acordo com as normas estabelecidas na Lei nº 9.717/98, que iniciou a regulamentação desses 
regimes. A partir da instituição do regime próprio, por lei, os servidores titulares de cargos efetivos 
são afastados do Regime Geral de Previdência Social - RGPS. 
 
 
5.3.3 Plano de Custeio e Financiamento da Previdência Social 
 
O Plano de Custeio e Financiamento da Seguridade Social está estabelecido no artigo 195 
da CF/1988, ratificado nos artigos 10 e 11 da Lei nº 8.212/1991. 
A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta ou indireta, 
mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de 
contribuições sociais. 
 
O orçamento da Seguridade Social é composto pelas seguintes receitas: 
 
- Receitas da União; 
 
- Receitas das contribuições sociais; e 
 
- Receitas de outras fontes. 
 
Constituem contribuições sociais: 
 
a) as das empresas, incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados a 
seu serviço; 
 
b) as dos empregadores domésticos; 
 
c) as dos trabalhadores, incidentes sobre o seu salário-de-contribuição; 
 
d) as das empresas, incidentes sobre faturamento e lucro; e 
 
e) as incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos. 
 
Atualmente, o custeio da seguridade social, nos termos das contribuições previstas no art. 
195 da CF/1988, é disciplinado pela Lei nº 8.213/1991 e regulamentado pelo Decreto nº 
3.048/1999. 
Além das bases de custeio diretamente previstas na CF/1988, através de Lei 
Complementar Federal, poderá ser instituído outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social. 
Mas ressalta-se que, relativamente aos compromissos da Previdência social, nenhum 
benefício ou serviço poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fontede 
custeio total. 
 
 
5.4 PREVIDÊNCIA PRIVADA 
 
Conformo o artigo 1 da Lei Complementar nº 109/2001, o regime de “Previdência Privada”, 
de caráter complementar, organizado de forma autônoma em relação ao RGPS, é facultativo. 
O regime de previdência complementar é operado por entidades de previdência 
complementar que têm por objetivo principal instituir e executar planos de benefícios de caráter 
previdenciário, na forma desta Lei Complementar. 
Relativo a este tema, indica-se o estudo introdutório que pode ser realizado por meio do 
seguinte material complementar: PREVIDÊNCIA PRIVADA. 
 
 
A Lei também determina que a ação do Estado será exercida nos objetivos de: 
 
I - formular a política de previdência complementar; 
 
II - disciplinar, coordenar e supervisionar as atividades reguladas por esta Lei 
Complementar, compatibilizando-as com as políticas previdenciárias e de desenvolvimento social 
e econômico-financeiro; 
 
III - determinar padrões mínimos de segurança econômico-financeira e atuarial, com fins 
específicos de preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos planos de benefícios, 
isoladamente, e de cada entidade de previdência complementar, no conjunto de suas atividades; 
 
IV - assegurar aos participantes e assistidos o pleno acesso às informações relativas à 
gestão de seus respectivos planos de benefícios; 
 
V - fiscalizar as entidades de previdência complementar, suas operações e aplicar 
penalidades; e 
 
VI - proteger os interesses dos participantes e assistidos dos planos de benefícios. 
 
 
https://drive.google.com/file/d/1d18rc6TczrTuoi0jarxaW4F6tBX3OoLd/view?usp=sharing
5.4.1 Entidades ABERTAS de Previdência Complementar 
 
As “Entidades Abertas” de Previdência Complementar são constituídas unicamente sob a 
forma de sociedades anônimas e têm por objetivo instruir e operar planos de benefícios de caráter 
previdenciário concedidos em forma de renda continuada ou pagamento único, acessíveis a 
quaisquer pessoas físicas. 
As entidades abertas são as seguradoras autorizadas a atuar no ramo de “vida”, portanto, 
ficam submetidas à regulamentação e fiscalização da Superintendência de Seguros Privados 
(SUSEP). 
 
 
5.4.2 Entidades FECHADAS de Previdência Complementar 
 
As “Entidades Fechadas” de Previdência Complementar, na forma regulamentada pelo 
órgão regulamentador e fiscalizador, serão acessíveis: 
 
I - aos empregados de uma empresa ou grupo de empresas e aos servidores da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, entes denominados patrocinadores; e 
 
II - aos associados ou membros de pessoas jurídicas de caráter profissional, classista ou 
setorial, denominadas instituidores. 
 
As entidades fechadas ficam submetidas à regulamentação e fiscalização da 
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC). 
 
 
5.4.3 Planos de Benefícios de Entidades Abertas 
 
Os planos de benefícios das entidades abertas de previdência complementar podem 
garantir o pagamento de um benefício ao próprio participante do plano (coberturas por 
sobrevivência ou de invalidez) ou aos seus beneficiários (coberturas de morte). 
Como exemplo, o plano de previdência complementar oferecido pelas entidades abertas, 
mais conhecido, é o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL), cujo objetivo é pagar uma renda 
por sobrevivência ao próprio participante, de forma complementar à aposentadoria oferecida pelo 
regime geral de previdência social. 
Os planos previdenciários podem ser contratados de forma individual ou coletiva 
(averbados ou instituídos); e podem oferecer, juntos ou separadamente, os seguintes tipos 
básicos de benefício: 
 
a) Renda por sobrevivência: renda a ser paga ao participante do plano que sobreviver ao 
prazo de diferimento contratado, geralmente denominada de aposentadoria; 
 
b) Renda por invalidez: renda a ser paga ao participante em decorrência de sua invalidez 
total e permanente ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de 
carência estabelecido no plano; 
 
c) Pensão por morte: renda a ser paga ao(s) beneficiário(s) indicado(s) na proposta de 
inscrição em decorrência da morte do participante ocorrida durante o período de cobertura e 
depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano; 
 
d) Pecúlio por morte: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao(s) 
beneficiário(s) indicado(s) na proposta de inscrição, em decorrência da morte do participante 
ocorrida durante o período de cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido 
no plano; e 
 
e) Pecúlio por invalidez: importância em dinheiro, pagável de uma só vez ao próprio 
participante, em decorrência de sua invalidez total e permanente ocorrida durante o período de 
cobertura e depois de cumprido o período de carência estabelecido no plano. 
 
Os planos de previdência só podem ser comercializados após prévia aprovação, pela 
SUSEP, dos respectivos regulamentos e notas técnicas atuariais, que devem ser previamente 
submetidas pelas entidade ao respectivo órgão. 
 
 
5.4.4 Planos de Benefícios de Entidades Fechadas 
 
Os planos de benefícios de entidades fechadas são semelhantes aos planos abertos, 
porém, normalmente, são oferecidos por empresas ou por associação de classe aos seus 
empregados ou associados. Ou seja, não são oferecidos no mercado para o público em geral. 
A entidade fechada de previdência age apenas como a “administradora” dos recursos 
captados, e a empresa ou associação que decide oferecer um plano fechado é denominada 
“patrocinadora”, e os empregados ou associados que fazem adesão ao plano são denominados 
“participantes”. 
Os planos fechados podem oferecer vantagens em relação aos planos abertos, por 
exemplo, a patrocinadora também pode verter contribuições ao plano em contrapartida às 
contribuições dos participantes. 
Outro exemplo são as taxas cobradas pela administradora que normalmente têm como 
objetivo apenas a manutenção da estrutura necessária para administração do plano, e devido a 
isso os planos fechados costumam ter taxas muito menores do que os planos abertos. 
 
Os planos de previdência complementar fechada, podem ser de três modalidades distintas: 
 
a) Benefício definido (BD): em que o participante já sabe qual será o seu nível de 
benefício na aposentadoria no momento da adesão ao plano, exemplo: 70% do último salário. Em 
função disso, o valor da contribuição é calculado pelo atuário, de forma que garanta o recebimento 
desse benefício. Esse plano tem natureza mutualista, ou seja, de caráter solidário entre os 
participantes, sendo determinante o seu equilíbrio atuarial. Assim, o valor da contribuição 
realizada ao longo do tempo é que varia, de forma que o valor do benefício pré-determinado 
possa ser atingido. 
Obs.: Este tipo de Plano não é mais oferecido pelo segmento de previdência 
complementar, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência 
Complementar (ABRAPP); 
 
b) Contribuição definida (CD): em que os benefícios são mensurados em função das 
contribuições realizadas ao plano mais a remuneração alcançada nos investimentos, formando 
assim, o saldo de conta do participante. Ou seja, o valor da contribuição é acertado no ato da 
contratação do plano, e o benefício que será recebido no momento da aposentadoria varia em 
função desta quantia acumulada, do tempo de acumulação e da rentabilidade. Quando o 
participante se torna elegível à aposentadoria, com base nos valores informados, ele escolhe 
como quer receber seu dinheiro acumulado ao longo da vida: em 5 ou em 10 anos, por exemplo, 
ou um percentual do saldo acumulado, exemplo: 1,00% do saldo. 
Obs.: O valor da contribuição pode ser revisto ao longo da fase contributiva, conforme a 
vontade do participante; e 
 
c) Contribuição variável (CV): em que o participante estabelece a contribuição mensal 
que deseja realizar e o valor do benefício éresultado deste esforço de poupança. Esse tipo de 
plano oferece benefícios programados, que apresentam a conjugação das características das 
modalidades de contribuição definida (na fase contributiva) e de benefício definido (na fase de 
percepção de benefícios). Os valores dos benefícios são calculados em função da idade, gênero, 
recursos acumulados e também da taxa de juros no momento do pedido de aposentadoria. Pode 
ser vitalícia (valor é calculado atuarialmente para durar até a morte do participante) ou por tempo 
determinado, dependendo do plano. 
 
5.4.5 Fiscalização 
 
Há no "CAPÍTULO V" intitulado "DA FISCALIZAÇÃO", da Lei Complementar nº. 109/2001, 
previsão para estrutura institucional de órgãos reguladores e fiscalizadores e os procedimentos de 
fiscalização a serem adotados, conforme transcreve-se abaixo, "in verbis", como segue: 
 
Art. 41. No desempenho das atividades de fiscalização das entidades de 
previdência complementar, os servidores do órgão regulador e fiscalizador terão 
livre acesso às respectivas entidades, delas podendo requisitar e apreender livros, 
notas técnicas e quaisquer documentos, caracterizando-se embaraço à 
fiscalização, sujeito às penalidades previstas em lei, qualquer dificuldade oposta à 
consecução desse objetivo. 
 
§ 1º. O órgão regulador e fiscalizador das entidades fechadas poderá 
solicitar dos patrocinadores e instituidores informações relativas aos aspectos 
específicos que digam respeito aos compromissos assumidos frente aos 
respectivos planos de benefícios. 
 
§ 2º. A fiscalização a cargo do Estado não exime os patrocinadores e os 
instituidores da responsabilidade pela supervisão sistemática das atividades das 
suas respectivas entidades fechadas. 
 
§ 3º. As pessoas físicas ou jurídicas submetidas ao regime desta Lei 
Complementar ficam obrigadas a prestar quaisquer informações ou 
esclarecimentos solicitados pelo órgão regulador e fiscalizador. 
 
§ 4º. O disposto neste artigo aplica-se, sem prejuízo da competência das 
autoridades fiscais, relativamente ao pleno exercício das atividades de 
fiscalização tributária. 
 
Art. 42. O órgão regulador e fiscalizador poderá, em relação às entidades 
fechadas, nomear administrador especial, a expensas da entidade, com poderes 
próprios de intervenção e de liquidação extrajudicial, com o objetivo de sanear 
plano de benefícios específico, caso seja constatada na sua administração e 
execução alguma das hipóteses previstas nos arts. 44 e 48 desta Lei 
Complementar. 
 
Parágrafo único. O ato de nomeação de que trata o caput estabelecerá as 
condições, os limites e as atribuições do administrador especial. 
 
Art. 43. O órgão fiscalizador poderá, em relação às entidades abertas, 
desde que se verifique uma das condições previstas no art. 44 desta Lei 
Complementar, nomear, por prazo determinado, prorrogável a seu critério, e a 
expensas da respectiva entidade, um diretor-fiscal. 
 
§ 1º. O diretor-fiscal, sem poderes de gestão, terá suas atribuições 
estabelecidas pelo órgão regulador, cabendo ao órgão fiscalizador fixar sua 
remuneração. 
 
§ 2º. Se reconhecer a inviabilidade de recuperação da entidade aberta ou a 
ausência de qualquer condição para o seu funcionamento, o diretor-fiscal proporá 
ao órgão fiscalizador a decretação da intervenção ou da liquidação extrajudicial. 
 
§ 3º. O diretor-fiscal não está sujeito à indisponibilidade de bens, nem aos 
demais efeitos decorrentes da decretação da intervenção ou da liquidação 
extrajudicial da entidade aberta. 
 
 
 
Em termos de regulamentação e fiscalização, atualmente o quadro institucional da 
Previdência Complementar no Brasil, está organizado conforme abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ministério da 
Economia 
Conselho Nacional de 
Previdência Complementar 
(CNPC) 
Previdência Complementar 
Privada Fechada (EFPP) 
 
Lei Complementar nº. 
109/2001 
Conselho Nacional de 
Seguros Privados (CNSP) 
Previdência Complementar 
Privada Aberta (EAPP) 
 
Lei Complementar nº. 
109/2001 
REFERÊNCIAS E OBRAS CONSULTADAS 
 
BOLL JÚNIOR, Pedro Edmundo. Perícia Atuarial: Perícia Judicial, na condição de Perito 
Nomeado pelo Juízo, nas Fundações de Previdência Complementar Fechada. Trabalho de 
Conclusão de Curso do Grau de Pós-Graduação em Gestão de Perícias Judiciais e Extra 
Judiciais. Faculdade Meridional de Porto Alegre - IMED/POA. 2015. 
 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm> 
 
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Consolidação das Leis do Trabalho. 
Alterada pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm> 
 
BRASIL. Lei Complementar n.° 109, de 29 de maio de 2001. Dispõe sobre o Regime de 
Previdência Complementar e dá outras providências. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp109.htm> 
 
BRASIL. Lei n.° 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, 
institui Plano de Custeio, e dá outras providências. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8212compilado.htm> 
 
BRASIL. Lei n.° 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da 
Previdência Social, e dá outras providências. Disponível em: < 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8213compilado.htm> 
 
BRASIL. Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social, e 
dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm> 
 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA - INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS). 
Demonstrações Contábeis. Disponível em: < https://www.gov.br/inss/pt-br/acesso-a-
informacao/receitas-e-despesas/demonstracoes-contabeis> 
 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA - SECRETARIA ESPECIAL DE PREVIDÊNCIA E TRABALHO. 
Anuário Estatístico de Previdência Social do RPPS (AEPS). Disponível em: < 
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/estatisticas-e-
informacoes-dos-rpps-1/estatisticas-e-informacoes-dos-rpps> 
 
MINISTÉRIO DA ECONOMIA - SECRETARIA ESPECIAL DE PREVIDÊNCIA E TRABALHO. 
Perguntas e Respostas: Regime Geral - RGPS. Disponível em: < 
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/outros/regime-geral-
rgps#:~:text=O%20Regime%20Geral%20de%20Previd%C3%AAncia,do%20Desenvolvimento%20
Social%20e%20Agr%C3%A1rio.> 
 
MINISTÉRIO DA FAZENDA - SUBSECRETARIA DOS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDENCIA 
SOCIAL (SRPPS). Relatório de Indicadores de Situação Previdenciária. Disponível em: < 
https://www.gov.br/previdencia/pt-br/assuntos/previdencia-no-servico-publico/indicador-de-
situacao-previdenciaria/arquivos/indicador-de-situacao-previdenciaria-apresentacao.pdf> 
 
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PREVIDÊNCIA 
SOCIAL - DEPARTAMENTO DOS REGIMES DE PREVIDÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO. 
Debates - Previdência Social: Reflexões e Desafios. Disponível em: 
<https://www.gov.br/previdencia/pt-br/images/arquivos/office/3a_100202-164641-248.pdf> 
 
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR (SPPC). Conceitos mais aceitos no Regime de Previdência Complementar. 
Disponível em: < http://www.antigo.previdencia.gov.br/wp-
content/uploads/arquivos/office/3_111006-094552-172.pdf > 
 
MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA 
COMPLEMENTAR (PREVIC). Relatório Integrado 2019. Disponível em: < 
https://www.gov.br/economia/pt-br/orgaos/entidades-vinculadas/autarquias/previc/centrais-de-
conteudo/publicacoes/relato-integrado/relato-integrado-previc-2019.pdf/view > 
 
SENADO FEDERAL - 57ª EDIÇÃO DA SÉRIE ARQUIVO"S". A Primeira Previdência. Disponível 
em: < https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/primeira-lei-da-previdencia-de-1923-permitia-aposentadoria-aos-50-anos> 
 
SENADO FEDERAL - INSTITUTO FISCAL INDEPENDENTE. Relatório de Acompanhamento 
Fiscal (RAF). Disponível em: < 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/580954/RAF47_DEZ2020.pdf> 
 
SUSEP. Glossário de Previdência Complementar Aberta. Disponível em: < 
http://www.susep.gov.br/menu/informacoes-ao-publico/planos-e-produtos/previdencia-
complementar-aberta#TBR >

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