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GRUPO SER EDUCACIONAL FACULDADE MAURICIO DE NASSAU CURSO DE GRADUAÇÃO EM “PEDAGOGIA” MARISA CONCEIÇÃO DE OLIVEIRA SOUZA PROJETO DE PESQUISA – TCC1 EDUCAÇÃO INFANTIL E INCLUSÃO SOCIAL Araçatuba/SP 2023 2 SUMÁRIO CAPA......................................................................................................................1 SUMÁRIO................................................................................................................2 1 INTRODUÇÃO......................................................................................................3 1.1Tema ..................................................................................................................5 1.1.2Delimitação do Tema .......................................................................................6 1.2 Problematização................................................................................................10 1.3 Problema de Pesquisa.......................................................................................10 1.4 Justificativa ........................................................................................................10 2 OBJETIVOS .........................................................................................................11 2.1 Objetivo Geral ....................................................................................................12 2.2 Objetivos Específicos ........................................................................................12 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...........................................................................13 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................16 4.1 Caracterização do estudo ..................................................................................16 4.2 Universo da pesquisa.........................................................................................17 4.3 Instrumentos de coleta de dados .......................................................................18 4.4 População e amostra..........................................................................................18 4.5 Cronograma.......................................................................................................18 5 REFERÊNCIAS ....................................................................................................19 3 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objetivo falar sobre Os Desafios da Inclusão de Crianças com Necessidades Especiais na educação Infantil, refletir a respeito dos desafios e as perspectivas que a educação enfrenta atualmente, analisando de forma mais aprofundada que a falta da sensibilidade entre as pessoas tem gerado preconceitos exacerbados a essas crianças, que sofrem na pele no seu dia a dia, esse preconceito. Que por sua vez, não vemos apenas na escola, mas em toda uma sociedade. A educação inclusiva consiste no ajuste de escolas de ensino básico para atender a todas as crianças, não apenas as deficientes, mas também as que possuem dificuldades de aprendizagem ou altas habitabilidade. Inclusão na Educação Infantil é uma ação social e cidadã de suma importância, pois ajuda diretamente as crianças com necessidades especiais e realiza um aprendizado de grande valor para todos os alunos, que é o respeito às diferenças. A educação inclusiva é muito importante porque, diferentemente da educação especial, ela não separa o aluno do convívio e aprendizado dos estudantes de uma escola regular, permitindo que ele se desenvolva como parte integrante da sociedade. Percebe se que a Educação especial dentro da escola regular e transforma a escola em um espaço para todos. Ela enriquece a diferença na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar. Vale ressaltar ainda, as dificuldades recorrentes que a comunidade escolar enfrenta para que aconteça a verdadeira inclusão. Através de uma pesquisa bibliográfica procuramos mostrar o conceito de inclusão e educação especial, historicamente como se iniciou no Brasil, e como se encontra essa situação atualmente. Com esse estudo, percebemos que na prática há muito que se fazer, devido não serem cumpridas as leis que regem a inclusão de crianças com deficiências, o que observamos é que as normas que regem sobre esses casos não são colocadas na prática como afirma a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que possui um capítulo específico que trata sobre a Educação Especial. 4 Nele, afirma-se que “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de Educação Especial”. Salienta-se ainda, que “o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que houver necessidades relacionadas às condições específicas dos alunos, e quando não for possível a integração nas classes comuns de ensino regular”. Além disso, a presente pesquisa tratará da especialização curricular dos professores, seus métodos, técnicas e recursos usados para atender às necessidades das crianças consideradas especiais, que são aquelas com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e de aprendizado, e as de altas habilidades ou superlotação. Muitas instituições não sabem como enfrentar os desafios impostos pela inclusão, pois não estão devidamente qualificadas e muito menos preparadas para receber essas crianças, por isso as escolas impõem obstáculos, impedindo que essa inclusão de fato aconteça. Além disso, um dos obstáculos impostos se dá por haver custos não só com profissionais especializados, como também estruturais para poder receber esses alunos especiais. Por sua vez, o artigo 205 da Constituição Federal de 1988, define a educação como um direito de todos, que garante o pleno desenvolvimento da pessoa humana, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Estabelece a igualdade de condições de acesso e permanência na escola como um princípio fundamental. Por fim, garante que é dever do Estado oferecer o atendimento educacional especializado (AEE), preferencialmente na rede regular de ensino. A relação entre a educação infantil, desenvolvimento e educação inclusiva, ganharam diferentes contornos no decorrer da história. Os diferentes modos de vida da população, os sistemas, as tradições, as representações criadas por cada instância variaram no decorrer do tempo. Compreender tal processo, vislumbrar o real atendimento de crianças pequenas em um contexto de inclusão é o foco deste projeto. 5 1.1 TEMA De acordo com Marconi (2001), não existe ciência sem a utilização de métodos científicos. Portanto, foi de fundamental importância que o presente estudo tenha se embasado em métodos científicos. Para os procedimentos de coleta dos dados utilizou-se a pesquisa bibliográfica, a qual de acordo com Marconi (2001) tem por objetivo pôr o pesquisador diretamente em contato com tudo o que foi escrito sobre um assunto determinado, permitindo desse modo que o pesquisador tenha uma ajuda paralela no exame de suas observações. Desta forma, segundo este método foi abordado conteúdos e informações através da leitura e livros, artigos, Internet, revistas, bem como da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a fim de evidenciar os direitos que o aluno especial possui quando é incluso, tornando-se assim uma pesquisa documental. Por fim, conclui-se que os dados adquiridos possibilitaram uma maior compreensão sobre a atual importância da educação inclusiva, assim como do papel da escola, da família,da sociedade, do professor, voltando-se, portanto, para a integração do aluno com deficiência. Para essa pesquisa optou-se por uma metodologia de abordagem qualitativa, entendida como “uma pesquisa que não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.” (Gerhardt, Silveira, 2009, p. 31). Nesse caso, o estudo tem por finalidade analisar os discursões que permeiam a prática pedagógica inclusiva, assim como expor as metodologias que giram em volta do eixo educação inclusiva, além de trazer contribuições para ela por meio dos recursos e investigar possíveis barreiras nesse ensino. A investigação acontece por meio do instrumento metodológico questionário, que segundo Marconi e Lakatos (1999) é uma ferramenta que tem finalidade de coletar dados, mediante uma série de perguntas, devendo ser respondidas por escrito. Nesse mesmo sentido, Gil (1999), menciona o instrumento metodológico em questão como uma abordagem que tem finalidade de conhecer opiniões, situações, sentimentos etc. Ainda sobre a abordagem de pesquisa bibliográfica Marconi e Lakatos (2011) diz que esse tipo de metodologia aproxima o pesquisador de sua temática. Portanto, o presente estudo segue por essa linha de pesquisa com intuito de se aproximar sobre o tema e como forma de ter êxito nos objetivos propostos. 6 Destacando os objetivos da pesquisa, temos, o objetivo geral: analisar práticas pedagógicas desenvolvidas em contextos inclusivos, dispomos ainda de objetivos específicos: identificar no discurso jurídico a prática sobre a inclusão escolar, além de compreender aspectos da didática que favoreçam a inclusão escolar e descrever as estratégias de ensino. O estudo é desenvolvido pelo método qualitativo, não tendo caráter quantitativo que de acordo com Silva e Menezes (2005), considera pesquisa quantitativa quando há uma relação dinâmica do mundo real e o sujeito, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade dele que não pode ser traduzida em números. A metodologia nasce da concepção sobre o que pode ser realizado e a partir da “tomada de decisão fundamenta-se naquilo que se afigura como lógico, racional, eficiente e eficaz”. (MARCONI e LAKATOS, 2007, p. 17). “EDUCAÇÃO INFANTIL E INCLUSÃO SOCIAL”. 1.1.1 Delimitação Educação Infantil e Inclusão Social. Você já imaginou chegar em uma sala de aula e ver todos os conteúdos descritos em uma linguagem incompreensível? Ou já pensou se todos os professores utilizassem metodologias de ensino que não funcionam para você? Certamente, seu processo de aprendizagem ficaria bastante comprometido, não é mesmo? Os problemas que descrevemos afetam grande parte dos estudantes com deficiência (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla). Mesmo que venha sendo muito debatida na mídia e nos contextos escolares, a educação inclusiva ainda não é uma realidade. É preciso que vários desafios sejam superados, e muitos deles começam na própria sala de aula. Além de problemas relacionados à infraestrutura da instituição, grande parte dos professores não estão capacitados para incluir todos os perfis de alunos. De acordo com o Censo Escolar 2019, apenas 6% dos professores da educação básica têm formação adequada para dar aulas para estudantes com deficiência. Na contramão, a rede brasileira atende mais de 1,25 milhão de estudantes com essas necessidades. 7 Ou seja, os dados mostram uma defasagem na preparação dos professores. Sendo a educação especial uma área de estudo relativamente nova no campo da pedagogia, muitos professores encontram-se desestabilizados frente às concepções e estruturais sociais no que diz respeito às pessoas consideradas “diferentes”. Dessa forma, a partir do século XVI, a educação busca teorias e práticas focadas ao ensino de qualidade, com profissionais comprometidos em dar aos seus alunos um ensino de qualidade, independente de suas diferenças individuais. Nessa perspectiva de está aberto a conhecer o outro, Freire (2005,p. 58) em sua obra Pedagogia da Autonomia afirma que “o ideal é que na experiência educativa, educandos, educadoras e educadores, juntos ‘convivam’ de tal maneira com os saberes que eles vão virando sabedoria. Algo que não é estranho a educadores e educadoras.”. Com base na Resolução CNE/CEE nº 02/2001, a educação especial oferta apoios e serviços especializados aos alunos com necessidades educacionais especiais. Conforme aponta Fernandes (2006), destacam-se: • Alunos surdos, que, por suas necessidades linguísticas diferenciadas, precisam conhecer a língua de sinais e exigem profissionais intérpretes; • Alunos com deficiência visual, que necessitam de recursos técnicos, tecnológicos e materiais especializados; • Alunos com deficiência física neuro motora, que exigem a remoção de barreiras arquitetônicas, além de recursos e materiais adaptados à sua locomoção e comunicação; • Alunos com deficiência intelectual, que demandam adaptações significativas no currículo escolar, respeitando-se seu ritmo e estilo de aprendizagem; • Alunos com condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos, psiquiátricos e psicológicos que demandam apoios intensos e contínuos, além de atendimentos terapêuticos complementares à educação; 8 • Alunos com altas habilidades/superdotação, que, devido às motivações e aos talentos específicos, requerem enriquecimento, aprofundamento curricular e/ou aceleração de estudos. (p. 30) O professor é o mediador entre o aluno e o conhecimento e cabe a ele promover situações pedagógicas em que os alunos com necessidades educacionais especiais superem o senso comum e avance em seu potencial humano afetivo, social e intelectual, quebrando as barreiras que se impõem. Os professores precisam pensar na educação como um todo, Farfus (2008) afirma que: A articulação entre os educadores é urgente, pois existe a necessidade de uma redefinição do papel do professor e de sua forma de atuar, no pensamento sistêmico. É necessário pensar na aprendizagem como um processo cooperativo e de transformação que proporcione a formação de alunos inseridos no mundo, e não mais em apenas uma comunidade local. Finalmente pensar na educação em relação aos aspectos da ética, da estética e da política; a educação fundamentada em um ideal democrático. (p. 30) Um dos fatores primordiais para uma proposta inclusiva em sala de aula é que os professores mudem a visão incapacitante das pessoas com necessidades educacionais especiais para uma visão pautada nas possibilidades, elaborando atividades variadas, dando ênfase no respeito às diferenças e às inteligências múltiplas. Segundo Minetto (2008), para que isso seja possível: O professor precisa organizar-se com antecedência, planejar com detalhes as atividades e registrar o que deu certo e depois rever de que modo as coisas poderiam ter sido melhores. É preciso olhar para o resultado alcançado e perceber o quanto “todos” os alunos estão se beneficiando das ações educativas. (p. 101) Concordando com a citação acima, os profissionais que buscam uma ação educativa, devem estar atentos às diversidades de seus alunos, procurando exercer 9 seu papel de maneira justa e solidária, pautado no respeito mútuo, eliminando todo e qualquer tipo de discriminação com o intuito de formar cidadãos conscientes para o convívio com as diferenças. Além do professor, a família dos alunos com necessidades educacionais especiais pode participar a todo o momento do processo de ensino-aprendizagem dessas crianças, pois o tripé escola-família- comunidade é de suma importância, pois através dessa participação os professores têm a oportunidade de melhor conhecer o seu educando e suas especificidades, surgindo a partir daí uma troca de informações a fim de possibilitar omelhor aprendizado a todos, pois sozinho não poderá efetivar uma escola fundamentada numa concepção inclusiva Nota-se que houve um grande avanço nas instituições de ensino para a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais, fazendo com que os professores buscassem novos paradigmas e novas formas de ensinar, a fim da inclusão de todos no ensino regular, melhorando a autonomia e independência desses alunos. Cabe ao professor realizar seu trabalho voltado ao direito da igualdade e de oportunidade a todos, o que não exige um único modo de educar, mas o de poder oferecer a cada indivíduo o que melhor atende às suas necessidades frente às suas características, interesses e habilidades. Formar um ensino que respeite a diversidade das pessoas e aprender com isso, usufruindo de conhecimentos construídos por cada um na perspectiva de um crescimento interpessoal, pois a possibilidade de aprendizagem dessas pessoas está diretamente relacionada ao intuito de aprender, estimulado pelo professor e por todos os sujeitos que se relacionam, possibilitando a aquisição de novas funções cognitivas que será essencial para sua trajetória escolar, independente de suas necessidades e/ou capacidades. A inclusão implica uma mudança nas políticas educacionais e de implementação de projetos educacionais do sentido excludente ao sentido inclusivo, formando um ambiente onde a prática não precisa estar limitada a um sistema paralelo de educação. Para que os professores possam trabalhar na educação inclusiva é necessário que ocorram mudanças estruturais e pedagógicas, quebrando barreiras e abrindo portas para os alunos com diversos tipos e graus de dificuldades e habilidades. Por fim, nota-se a importância do professor nesse processo, pois é através dele que os alunos aprendem a conviver com as diversidades e diferenças na sala de aula, fazendo com que haja um ensino 10 voltado à compreensão e ao respeito mútuo, onde não haja discriminações, pois não existem pessoas melhores e nem piores devidos às suas particularidades, o que existe são diferenças que precisam ser superadas. 1.2 PROBLEMATIZAÇÃO O interesse em desenvolver esta pesquisa nasceu da necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre as dificuldades enfrentadas na educação infantil sobre inclusão, as oportunidades de aprendizagem que os alunos especiais necessitam. A inclusão escolar de pessoas com necessidade educacionais especiais é um tema de grande relevância e vem ganhando espaço cada vez maior em debates e discussões que explicitam a necessidade de a escola atender as diferenças intrínsecas à condição humana. 1.3 PROBLEMA DE PESQUISA O ingresso das crianças especiais nas instituições de ensino garante realmente a inclusão delas no ambiente escolar? 1.4 JUSTIFICATIVA Tendo visto as dificuldades de inclusão nas escolas, o projeto surgiu para dar ênfase a esse problema, com o intuito de combater e eliminar a falta de sensibilidade gerada e exposta pelo preconceito e pela falta de estrutura das escolas, pois esses são as principais causas de diversos problemas psicológicos nas crianças portadoras de alguma deficiência, além da baixa autoestima, bullying, exclusão, e consequentemente a evasão escolar. Esse estudo nos ajuda a entendermos como funciona o processo da educação inclusiva, tendo em vista que muitos educadores não estão capacitados e preparados para transmitir o conhecimento de forma diferenciada, de maneira que, o ensino dedicado às crianças com deficiência necessita ser diferenciado das demais em virtude de os estímulos serem diferentes, mantendo o cuidado para não as restringir, pois os assuntos ensinados podem ser o mesmo, o que muda é a metodologia. E nesse sentido a sala de aula inclusiva necessita possibilitar um novo arranjo pedagógico, transferindo um ensino dinâmico e estratégico, complementando, adaptando e suplementando o currículo quando for necessário. Pensando assim o que deve ser alterado é a escola, a sala de aula e estáticas, de ensino, com o propósito de o aluno ampliar e aprender. Professores e funcionários da educação têm dificuldades em lidar com a reduzida capacidade ou recessividade de aprendizado dos alunos especiais, pois 11 muitos não estão qualificados ou até a escola não possui um preparo suficiente para recebê-las. Por conta disso, há que se fazer uma conscientização deste tema. E não é só pela falta estrutural e nem por ausência de uma formação adequada que há os conflitos envolvendo a inclusão escolar, os familiares de outros alunos e a sociedade em si também colaboram negativamente por meio do preconceito e da discriminação, e o resultado disso é que a inclusão ocorre de forma superficial, onde algumas escolas aceitam as matrículas desses alunos, porém mesmo com seu ingresso na escola, eles não são incluídos e nem se sentem aceitos da forma correta ao convívio escolar. Por fim, em relação ao aspecto acadêmico, a pesquisa se justifica pela construção e formação de conhecimento científico, servindo como base teórica de conhecimento que pode impactar direta ou indiretamente os profissionais da educação, principalmente no período de formação de modo a conscientizar esses profissionais sobre seu papel frente à inclusão, visando romper com as barreiras de inclusão no sistema educacional contemporâneo. 2 OBJETIVOS O objetivo da educação inclusiva não é tornar todas as crianças iguais, mas sim respeitar e valorizar as diferenças. Quando citamos que a educação é para todos estamos nos referindo da inclusão, inclusão esta que precisa ser compreendida como um eixo norteador a legitimação da diferença (diferentes práticas pedagógicas), ou seja, o aluno com deficiência precisa ser inserido na sala regular de ensino, tendo o mesmo objeto de conhecimento das outras crianças. Pois quando se inclui uma criança com deficiência no âmbito educacional estamos oferecendo o mesmo direito das demais. Aqui no Brasil a Educação Inclusiva somente iniciou a ter fundamentos a partir da Conferência Mundial de Educação Especial em 1994, quando foi proclamada a Declaração de Salamanca. E apenas no decorrer dos anos 2000 é que foi implantada uma política denominada “Educação Inclusiva”. Declaração de Salamanca (1994) estabelece que: Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem, aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodar- lós dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades. De Acordo com os problemas ocasionados pela má atuação do de muitos professores e no ambiente familiar que tem muita resistência na aceitação, no processo de inclusão, busca-se por meio desse trabalho conscientizar docentes ativos e em formação, a fim de auxiliar suas práticas educativas. Assim partimos dessa premissa para direcionar nossa pesquisa, e entender os objetivos deste projeto citados a seguir a fim de alcançar o objeto de estudo mencionado. 12 2.3 OBJETIVO GERAL Demonstrar os principais obstáculos e desafios encontrados para o correto cumprimento da inclusão escolar. 2.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Proporcionar uma reflexão sobre a importância da inclusão escolar de alunos especiais. Promover uma análise histórica sobre a educação especial e das políticas adotadas pelo Brasil com relação a esse tema. Sensibilizar a comunidade escolar e a sociedade para que haja uma conscientização e de fato aconteça à integração dos alunos com necessidades especiais, dentro e fora do ambiente escolar. Definir os conteúdos e metodologias citadas nas salas de aula. Exemplos de objetivos específicos: O presente trabalho tem como objetivocompreender o papel das famílias no processo de inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular, na perspectiva dos professores. Para a execução da pesquisa, adotou-se a metodologia qualitativa por meio da observação participante, e da aplicação de entrevistas semiestruturadas aos professores regentes da turma e pais dos alunos. De acordo com a análise dos dados coletados, pôde-se constatar por meio dos relatos a falta de experiência para lidar com as crianças e as famílias, que são consideradas fundamentais para o desenvolvimento da criança com necessidade educacional especial, assim como para um processo de educação e aprendizagem, ou simplesmente para a socialização. Palavras-Chave: inclusão; necessidades educacionais especiais; escola; professores; família. 13 3 REVISÃO DE LITERATURA OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.3 EDUCAÇÃO INFANTIL E INCLUSÃO SOCIAL A educação inclusiva é uma maneira democrática de inserir todos os indivíduos dentro das escolas sem preconceito e discriminação, oferecendo oportunidade a todos (JOSE ALMEIDA E DEISE LEITE,202 1). Nessa lógica, o ato de acolhimento em sala de aula, tem se mostra da como forte aliada para construção e transformação social, ou seja, em busca de uma sociedade inclusiva e igualitária. A aceitação na rede regular de ensino foi um grande marco democrático para educação, ao incluir o aluno deficiente no ensino regular mostra uma quebra de preconceitos enraizados na sociedade que foram construídos desde antiguidade e diminuídos ao longo do tempo, mas até hoje presentes em pequeno geral. A ação inclusiva no ensino regular possibilita e favorece a quebra de preconceitos sociais e estimula a aprendizagem de modo mais colaborativo, onde alunos com necessidades especiais se sentem mais acolhidos e motivados pelo convívio e interação com outros alunos. A educação é direito de todos perante a lei, sendo ferramenta socializadora para participação dos alunos em meio social, por meio da educação os indivíduos se incluem socialmente, participando ativamente e exercendo sua cidadania de direitos e deveres sociais. No entanto as escolas em sua grande maioria sofrem com esse processo inclusivo, sendo prejudicadas pela presença de várias lacunas em seu espaço. Falta de instrumentos específicos, falta de professores capacitados e estrutura física precária para atendimento das especificidades dos alunos são alguns de muitos empecilhos presentes nas escolas que por vezes ocasionam em exclusões em seu ambiente. Compreende-se, portanto, que a Inclusão escolar não é tarefa fácil, os desafios são muitos para implementação da educação inclusiva de forma plena, significativa e efetiva, onde de fato todos sejam incluídos na rede regular de ensino, sem excluir e privar ninguém do direito a educação. Apenas integrar o aluno na rede de ensino não adianta na da, de acordo com GLAT; PLETSCH; FONTES (20 07): A inclusão escolar só é significativa se proporcionar o ingresso e permanência do aluno na escola com aproveitamento 14 acadêmico, e isso só ocorrerá a partir da atenção às suas peculiaridades de aprendizagem e desenvolvimento. Em contrapartida a esse desafio, percebe-se que atualmente o sistema de ensino é mais exclusivo do que propriamente inclusivo, pois encontrasse escolas com salas de aulas cheias de indivíduos diferentes sem um profissional capacitado e habilitado para atendê-los. Nesse caso, o professor é um elemento essencial no processo de inclusão e de garantia de aprendizagem dos alunos, sendo um dos pilares de uma educação inclusiva: o professor deve ser visto como mediador e estimulador, tornado a sala de aula um ambiente onde seus limites seja estimulador de sua autonomia. Em concordância com o raciocínio dos autores, o professor inclusivo é aquele que acolhe todos os indivíduos em sala de aula e procura conhecê-los profundamente e entender seus ritmos e maneiras de aprender, tenta inserir todos os alunos no processo de ensino aprendizagem mesmo aqueles com certas deficiências (totais ou parciais) e oferece espaço para integração do aluno deficiente com o convívio e relacionamento com outros alunos que não possuem deficiência. Esse perfil de profissional docente está em escassez no sistema educativo, sendo o padrão a ser alcançado pelas autoridades que pouco preparam o professor em formação para atuar na pratica inclusiva: as universidades de ensino superior em seus cursos de formação de professores pouco preparam para lidar com alunos especiais, uma vez que não possibilitam o acesso as experiências práticas com alunos especiais, em vez disso apenas enchem a cabeça de seus alunos com teorias, causando insegurança ao entrar em sala e encontrar alunos especiais. (ANA PAULA, APARECIDA LUVIZZIOTO, 2014, pg.8). Nessa ótica, percebe-se falhas nos princípios da formação docente que pouco capacitam para atuar de maneira significativa frente a realidade escolar, o que se contempla nas universidades é totalmente diferente do contexto prático vivido no cotidiano das escolas. Nesses níveis, modificados pela negligência das autoridades educativas nas diferentes esferas, surge a imagem do professor contemporâneo vinculada a inconveniência, incapacidade e falta de habilidades para atuar corretamente frente aos desafios educacionais impostos pela atual sociedade e modelo de educação. Assim, a dificuldade se predomina ao encontrar alunos especiais em sala de aula, de modo que muitos docentes passam a se sentir confusos, despreparados e 15 incapazes para acolher esses estudantes e, sobretudo, para trabalhar com propostas que atenda m à necessidades, expectativas e demandas próprias de cada um. Devido a essa inoperância dos cursos superiores de formação inicial de professores que pouco trabalham e abordam a prática inclusiva, faz -se necessárias ações de formação continuada desses professores para o preenchimento das lacunas deixadas pela primeira graduação. A formação contínua de professores se define como um instrumento norteador para os educadores dentro do processo de ensino aprendizagem, de modo que os docentes possam adquirir conhecimento contínuo para modificar e aprimorar seu fazer pedagógico. (LUIZ EDUARDO, TAIS CAMPOS E CINARA ALINE, 2010 pg.8) concordando com o raciocínio dos autores sobre a importância da formação continuada para atualização dos professores, sendo um elemento para reflexão e ressignificação sobre o fazer pedagógico de cada professor, buscando analisar e reanalisar as práticas docentes. Nesse sentido, torna-se, relevante abordar conceitos e ações inclusivas na formação continuada (processos contínuos de aperfeiçoamento profissional) para lidar e preencher as lacunas dos docentes, de modo a prepará-los para tratar de alunos especiais e atender a demanda diversa de alunos em sala de aula. A formação permanente de professores é condição de possibilidade de reconhecimento dos docentes nas diferentes instâncias do saber, uma vez que carrega um sentido pedagógico, prático e transformador. (FABIO C ESA, CHARL ES KETZER, VFREITAS, 2018, pg. 2) O autor menciona a formação continuada como ação de grande potencial para se vencer os desafios encarregados pelos professores, além de transformação do fazer pedagógico de acordo com as demandas da atual sociedade adjetivada como democrática. Assim, preparar o professor para o reconhecimento e valorização das especificidades de cada sujeito em sala de aula multe diversificada é um dos princípios racionais para transição educacional moderna. De acordo com o que foi exposto, compreendemos que a inclusão é uma forte ferramenta de garantia do direito a educação a todos os indivíduos, colocando em prática os termos legaisimpostos nos documentos como LBD (lei de diretrizes bases), e constituição federal. Também se evidencia com os estudos uma 16 necessidade de mudança na prática docente a começar pela sua formação inicial, de modo que se torne solida e massiva para possibilitar um protagonismo após de formado. 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Nesta parte, vamos apresentar a metodologia do projeto de pesquisa que tem por finalidade apresentar as ações adotadas, esta seção está dividida 3 partes: caracterização do estudo, universo pesquisado e instrumentos de coleta de dados. 4.3 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO Considerando o objetivo geral de estudo: o papel do professor na educação inclusiva na rede regular de ensino, compreendemos que tratasse de uma investigação que tem como base a abordagem qualitativa, uma vez que não busca coleta de dados com o intuito á penas em medir o tema, mas em analisar, refletir e interpretar o conteúdo estudado. Tal abordagem é bastante utilizada em trabalhos acadêmicos, pois visa o estudo dos sentidos. Nesse sentido, a pesquisa tem por finalidade meios descritivos, pois visa descrever o máximo possível sobre o objeto de estudo a serem pesquisados apresentando suas características, seus conceitos para assim analisar as variáveis definidas no tema. Nesse tipo de pesquisa se realiza o estudo (coleta de dados), a análise, o registro e a intepretação dos fatos sem a manipulação ou interferência dos dados coletados. Para complementação, a fundamentação teórica da pesquisa será realizada por meio de procedimentos bibliográficos referenciados com revisões de literatura de artigos acadêmicos e aportes de autores renomados na área de estudo. Nessa ótica, percebesse que a pesquisa se trata do tipo bibliográfica, pois buscam analisar livros, revistas, artigos já publicados para direcionamento do assunto central a ser alcançado. 17 4.4 POPULAÇÃO E AMOSTRA A amostragem da pesquisa se dará por meio de pessoas diretamente ligadas a educação infantil e pela observação, incluindo outros objetos de pesquisa, com livros e textos disponibilizados na internet. 4.5 UNIVERSO PESQUISADO. Como mencionado anteriormente, o universo pesquisado nesta pesquisa se resume em revisão literária de artigos acadêmicos e autores renomados, assim autores com Paulo freire , Maria Teresa montam, entre outros que serão citados ao longo da obra. A fim de encontrar a resposta do principal objetivo: a prática do professor frente à educação inclusiva nas salas de aula de ensino regular. 4.6 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS. Instrumento de coleta de dados Universo pesquisado Finalidade do Instrumento Ao desenrolar a pesquisa serão analisados diversos tipos de documentos, dentre os quais se destacam: artigos, livros e relatórios. A análise da pesquisa por intermédio desses documentos tem por finalidade encontrar hipóteses capazes amenizar as dificuldades da pratica inclusiva nos ambientes escolares. Logo para alcançar o objeto central de estudo, será necessário: avaliar a pratica do docente contemporânea relacionada à educação inclusiva; investigar meios de como professor pode democratizar a sala de aula e diminuir preconceitos; discutir sobre a capacitação dos professores para lidar com as ações de inclusão com o diferente em sala de aula. Quadro 1- Instrumento de coleta de dados. 18 Fonte: CAVALCANTI e MOREIRA (2008) CRONOGRAMA É o tempo necessário para a realização de cada uma das partes propostas da monografia. Deve ser efetuado com muito realismo. Segue uma sugestão, segundo Santos (2002): MARÇO ABRIL MAIO JUNHO Introdução x Fundamentação teórica x x Procedimentos Metodológicos x Conclusão x Revisão do conteúdo x x Revisão Metodológica x Revisão Ortográfica x Preparação Para Defesa x Defesa x 19 5 REFERÊNCIAS ARANHA, M. S. F. Educação inclusiva: transformação social ou retórica? In: OMOTE, S. (Org.). Inclusão e intenção e realidade. Marília. Fundepe, 2004, p. 37- 59. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB n°9394/1996. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Lei n° 7.853 de 24 de outubro de 1989. DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: sobre Princípios, Política e Práticas em Educação Especial. Espanha, 1994. DRAGO, Rogério. Infância, educação infantil e inclusão: um estudo de caso em Vitória. Tese (Doutorado em Educação). Rio de Janeiro: PUC, 2005. DUTRA, Cláudia Pereira. A inclusão de crianças com deficiência cresce e muda a prática das creches e pré-escolas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Educinf/revista44.pdf Matéria de capa Acessado dia 17/07/2017 HOUAISS, Antônio. Dicionário Houaiss da língua português. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Educação Especial no Brasil: histórias e Políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996. SILVA, Rosana A. da. A Trajetória da Educação Especial Brasileira: das Propostas de Segregação à Proposta Inclusiva: O Olhar da Cidade de Mairiporã. Monografia apresentada para conclusão do curso de Especialização Latu Sensu “A Educação Inclusiva na Deficiência Mental”, PUC, São Paulo, 2003. LAKATOS Eva Maria, MARCONI Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo Editora Atlas s.a. 2003 https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/os-desafios-da-inclusao-de- criancas-especiais-na-educacao-infantil.htm TAVARES, Lídia Mara Fernandes Lopes; SANTOS, Larissa Medeiros Marinho dos; FREITAS, Maria Nivalda Carvalho. 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