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HOMICIDIO QUALIFICADO

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14/08
Homicídio Qualificado
Artigo 121, §2º
Art. 121, § 2°, CP - Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
        Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido
Homicídio contra menor de 14 (quatorze) anos    
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:        
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
- Natureza Jurídica (circunstância qualificadora)
É uma circunstância qualificadora. Pois, tem pena própria e sua pena é MAIOR que a do Caput.
- Circunstâncias qualificadores e privilegiadas
São as circunstâncias em que tem pena própria e:
•	Se a pena é > que o Caput = qualificadora (pena maior que o Caput).
•	Se a pena é < que o Caput = privilegiada (Pena menor que o Caput).
- Rol do homicídio qualificado (Art. 121, §2º, I ao IX, CP)
Para ser homicídio qualificado, TEM QUE acontecer uma das qualificadoras, sua pena será de 12-30 anos. Caso não aconteça, será homicídio simples (6-20 anos). 
I) Pagamento ou promessa de recompensa (HOMICÍDIO MERCENÁRIO) ou outro motivo torpe
Homicídios mercenários (envolvem dinheiro)
O homicídio por pagamento ou promessa de pagamento são considerados homicídios mercenários (POSSÍVEL PERGUNTA PROVA).
Diferença homicídio pago e promessa de recompensa
Homicídio mediante pagamento (precede o fato)
É aquele em que o pagamento precede ao homicídio. Primeiro pago, depois mata.
Homicídio mediante promessa de recompensa (após o fato)
A promessa de recompensa procede após o fato. Primeira mata, depois recebe.
OBS: Ambos (pagamento ou promessa) são usados como interpretação analógica. Eles exemplificam os motivos torpes, para depois o artigo dizer “ou por outro motivo torpe”. Ou seja, qualquer outro além do pagamento ou promessa de recompensa. 
Quem responde? (Executor e mandante)
O executor e o mandante respondem por homicídio. O mandante terá a pena maior que a do executor por ser coautor e ter domínio do fato. 
Qualquer motivo torpe 
É aquele caracterizado por ser repugnante, cruel e atroz. É reconhecido quando tomamos conhecimento e nos espantamos de tão cruel. Matar por motivos torpes é aquele que passa dos limites, exagerado.
Qualquer motivo torpe será homicídio qualificado pelo inciso I.
Exemplo: matar para ficar com a herança é motivo torpe. 
II) Motivo fútil
Conceito
É aquele somenos importância. É aquele motivo de importância diminuta. O motivo fútil é aquele banal, gera espanto por ser fútil, motivo pequeno. 
Na ausência de motivo, temos homicídio qualificado por motivo fútil? Ou será homicídio simples?
Temos dois posicionamentos na jurisprudência:
· A) A ausência de motivo qualifica pelo motivo fútil, pois, se o motivo de pequena monta qualifica, com maior razão quando não há;
· B) A ausência de motiva não qualifica pelo motivo fútil, pois, a lei exige motivo. É a interpretação literal. (O PROFESSOR ADOTA ESSE). 
PERGUNTA PROVA: Para a prova responder que há duas posições (A) e (B), explicar os dois, e podemos dizer a minha opinião. 
III) Quanto ao meio de execução (instrumento)
Este inciso está relacionado quanto ao instrumento utilizado para praticar o homicídio. O inciso III, diz sobre os meios insidiosos ou cruéis:
Art. 121, §2º, III, CP - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum.
Exemplo: Matar a pessoa com um tiro na cabeça NÃO é qualificante do inciso III, não está no ROL.
IV) Quanto ao modo de execução (maneira)
Este inciso está relacionado quanto a forma (maneira) utilizada para praticar o homicídio. Esse inciso trás as qualificadoras em que a vítima não pode se defender.
Art. 121, §2º, IV, CP - à traição (quebra de confiança), de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.
Traição
Traição é a quebra da confiança. Para haver traição deve ter precedido a confiança. Aquele que mata, faz parte, trama, comete homicídio qualificado por traição.
Exemplo: um filho matar o pai é homicídio qualificado por traição. Pois, o pai confia que o filho não irá matá-lo.
Emboscada
	É a tocaia, os autores ficam aguardando a vítima, montam uma situação para cometer o crime. 
Exemplo: fico esperando a pessoa escondido para matá-lo.
V) Por conexão teleológica ou consequencial
	A doutrina classifica a conexão de duas formas: teleológica ou consequencial.
Art. 121, §2º, V, CP - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Conexão teleológica 
	Verifica-se quando o agente pratica o homicídio para assegurar a execução de outro crime. 
	Ou seja, o agente comete homicídio para que o outro crime seja possível.
Exemplo: quero sequestrar um empresário, para isso, mato seus seguranças. Ou seja, o homicídio dos seguranças possibilitou a execução do sequestro. 
Conexão consequencial 
	Verifica-se quando o agente pratica o homicídio para assegurar a ocultação, a imunidade ou a vantagem de outro crime. 
	Na sequencial podem ser 3 hipóteses: praticar o homicídio para ocultar outro crime OU a imunidade OU vantagem de outro crime.
OBS: Para a prova dizer que é qualificado por teleológica ou consequencial e a modalidade do consequencial (ocultação, imunidade ou vantagem).
Ocultação de outro crime
	O outro crime não é conhecido. O agente pratica homicídio para que o outro crime continue oculto.
Exemplo: estou desviando dinheiro da empresa e começam a fazer uma auditoria. Com isso, eu mato o auditor para que não descubra o crime que estou cometendo. É homicídio qualificado por conexão consequencial por OCULTAÇÃO.
Para assegurar a imunidade de outro crime
	Nesse caso, o outro crime é conhecido e mato a pessoa que sabe quem foi o agente. É a famosa queima de arquivo.
Exemplo: uma pessoa viu que eu cometi um roubo. Para assegurar minha imunidade eu mato a pessoa que me viu cometendo crime. 
Para assegurar a vantagem de outro crime
	É aquele cometido para assegurar a vantagem do outro crime. 
Exemplo: combino de roubar uma joalheria com um parceiro. Na hora da divisão eu mato meu parceiro e pego a outra metade dos bens. 
VI) Feminicídio 
Art. 121, §2º, VI, CP - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:
Requisito fundamental (ser mulher)
O sujeito passivo do homicídio qualificado por feminicídio DEVE SER MULHER.
OBS: HOMEM NÃO SOFRE FEMINICÍDIO!
Mulher (definição)
	É a pessoa do sexo feminino.
	
Art. 121, §2ºA, CPC – Razões de condição de mulher
	O Art. 121, §2ªA, CP, indica as razões de condição do sexo feminino para o crime, que são:
I - violência doméstica e familiar 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Art. 121, § 2o-A, CP - Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve:      
I - violência doméstica e familiar;       
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
VII) Contra autoridade ou agente do sistema de segurança pública (aparatus repressor)
	Se o homicídio for cometido contra agente de segurança pública (polícia, delegado), integrante do sistema prisional etc. É homicídio qualificado contra autoridade do sistema de segurança pública.
Art. 121, §2º, VI, CP – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal,integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição:
O homicídio deve ser cometido no EXERCÍDIO DA FUNÇÃO OU em RAZÃO de sua função. 
Ou seja, eu matei porque ele era agente de segurança pública ou ele estava exercendo sua função de agente de segurança pública.
Se eu matar cônjuge da autoridade por saber que é esposo ou esposa, é qualificador! Ou seja, não consigo matar a autoridade, mas mato seu cônjuge. 
Art. 121, §3º - Homicídio Culposo
- Natureza Jurídica
	É uma circunstância privilegiada. Pois, tem pena própria e sua pena é MENOR que a do Caput.
O homicídio é culposo quando preenche 5 requisitos: 
· conduta voluntária, 
· resultado involuntário, 
· previsibilidade objetiva, 
· inobservância do dever objetivo de cuidado
· tipicidade
	Só remos crime culposo quando o tipo penal prevê a modalidade culposa. 
 Art. 121, § 3º, CP - Se o homicídio é culposo: 
 	Pena - detenção, de um a três anos.
Art. 121, §4º - Aumento de Pena
- Natureza Jurídica
	É uma causa de aumento de pena. Pois, apresenta índice de aumento. 
Art. 121, §4o, CP - No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
· Inobservância significa que a pessoa conhece a regra, mas não a observa. Não confundir com imperícia, que a pessoa não conhece a regra.
Exemplo: um médico esquece de lavar as mãos antes uma cirurgia e o paciente morre por conta disso. Será homicídio culposo qualificado com aumento de pena. 
· Ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato
	Quando eu deixo de prestar socorro a vítima ou poderia diminuir as consequências do ato.
Exemplo: eu vejo um acidente e não chamo o resgate ou poderia levar para o hospital e não levo (diminuir as consequências do ato)
· Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
	Se o crime for cometido contra menor de 14 anos (13 ANOS, 12 MESES E 31 DIAS) ou maior de 60 (60 ANOS E 1 DIA). No direito penal não valem as horas, mas sim o dia!
Art. 121, §5º - Causa Instintiva de Punibilidade por perdão Judicial
- Natureza Jurídica
	Causa extintiva de punibilidade na modalidade perdão judicial (NA PROVA COLOCAR O NOME INTEIRO). 
- Aplicabilidade (homicídio culposo)
	Só é aplicável em homicídio CULPOSO. Não cabe em homicídio doloso.
Art. 121, § 5º, CP - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
	
Lembrar do exemplo que o pai esqueceu a criança no banco do carro. 
Requisitos
	As consequências da infração devem atingir o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. O fato em si já sancionou o agente. 
Art. 121, §6º - Aumento de pena de crime praticado por milicia ou grupo de extermínio.
- Natureza Jurídica
É uma causa de aumento de pena. Pois, apresenta índice de aumento.
Requisito 
	O crime deve ter sido cometido por milícia ou grupo de extermínio.
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
Art. 121, §7º - Aumento da Pena Feminicídio
- Natureza Jurídica
É uma causa de aumento de pena. Pois, apresenta índice de aumento.
Hipóteses de aumento (SÓ VALE PARA FEMINICÍDIO)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;
	O agente TEM que saber que ela pariu ou estava grávida
II - contra pessoa (MULHER) maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou com doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
	Nesse caso são 3 situações:
1) MULHER maior de 60 anos;
2) MULHER com deficiência
3) MLHER em situação de vulnerabilidade física ou mental
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
	Se o descendente ou ascendente VER fisicamente ou virtualmente o crime. O autor terá aumento de pena. Não basta ouvir, TEM QUE VER! PRESENÇA FÍSICA OU VISUAL.
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006
	Quando o agente viola medidas protetivas contra a mulher e comete o homicídio, isso é causa de aumento de pena.
Exemplo: o homem violou a medida protetiva e matou a esposa. Cometer feminicídio com aumento de pena.
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado:      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto;      (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou com doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;       (Redação dada pela Lei nº 14.344, de 2022)     Vigência
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;   (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018)
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. 
Ação Penal do Homicídio – Publica Incondicionada
	A ação penal do homicídio é pública incondicionada.
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