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Paper 2-1

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Investimento x Depreciação em Tecnologia da Informação
1 Igor Dias Paulino
1 Alexandre Reis
 1 Caio Rufino Cabral
1 Ivan Nogueira de Souza
2 Rodrigo Fiorin
RESUMO
A crescente intensidade dos fluxos globais de conhecimento aponta para importantes benefícios da globalização. Traz um benefício fundamental, estimula a disseminação de conhecimento e tecnologia, ajudando a espalhar o potencial de crescimento entre os países,metade da década de 1990 marcou uma clara descontinuidade na dinâmica competitiva e o início de um período de inovação em TI corporativa, quando a Internet e os aplicativos de software corporativos — como gerenciamento de recursos corporativos (ERP), gerenciamento de relacionamento com clientes (CRM) e gerenciamento de conteúdo corporativo (ECM) — se tornaram ferramentas práticas para negócios. Nesta mesma década de 1990, quando a taxa de gastos com TI começou a aumentar drasticamente, a disseminação entre os líderes e os retardatários em um setor aumentou. Existem mais mercados do vencedor que leva tudo. Mas o aumento da concentração aumentou, em vez de atenuar, a rotatividade entre os jogadores restantes. E essas dinâmicas são maiores nos setores que exigem mais TI.
INTRODUÇÃO
A área de Tecnologia da Informação (T.I) vem se tornando cada vez mais popular no Brasil e no mundo dentro de organizações e empresas, sejam elas públicas ou privadas, devido ao grande investimento aplicado neste setor nos últimos anos, fazendo com que cresça a demanda de profissionais qualificados nesta área e a constante busca de novas tecnologias para se manterem sempre atualizadas, pois, a tecnologia é fundamental para o desenvolvimento e melhor desempenho em diversos setores importantes dentro das empresas, ajudando-as com seus objetivos trazendo lucro e aumentando sua produtividade como resultado.
Esses investimentos são importantes para o crescimento dessas empresas que estão sempre buscando novos ativos e novas tecnologias mais sofisticadas e modernas para se aprimorarem. Porém, esses ativos possuem um prazo de vida útil e irão se desgastando conforme o passar do tempo ou pelo uso do contínuo do mesmo, assim, surgindo a necessidade de melhor gerenciamento e controle dessa depreciação para os gestores sempre estarem tomando melhores decisões de como e onde aplicar estes investimentos, ativos são tudo aquilo que compõe a estrutura de uma organização seja software ou hardware.
O presente estudo contém o tema "Investimento e Depreciação em T.I" e tem como objetivo geral, mostrar como a gestão da depreciação presente nos investimentos de ativos no setor de T.I é necessária e pode ajudar as organizações que buscam a constante evolução e crescimento dentro deste mercado para se manter em relevância, fazendo que esta gestão resulte em uma visão mais ampla dos gastos para a melhor tomada de decisões dos investimentos no futuro.
Resumidamente, conceituar e explicar a importância dos Investimentos em T.I.; entender a importância da gestão da Depreciação de ativos; Quais decisões a serem tomadas ao aplicar o investimento; como a Depreciação pode impactar os resultados; As causas que fazem ocorrer esta depreciação, apresentar métodos de calcular a vida útil para a melhor eficácia na gestão destes ativos; quais as novas tecnologias podem ser aplicadas para melhor otimização de softwares.
INVESTIMENTO EM TI
O setor de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil, que engloba os mercados de software, serviços, hardware e as exportações do segmento, cresceu 22,9% e investiu cerca de R$ 200,3 bilhões em 2020. Segundo o estudo “Mercado Brasileiro de Software – Panorama e Tendências 2021”, realizado pela Associação Brasileiras das Empresas de Software (Abes), com dados da consultoria IDC, o país subiu uma posição no ranking mundial de TI, da 10ª colocação em 2019 para a 9ª em 2020, e manteve a liderança no mercado latino-americano, com 44% de participação na região. A pesquisa engloba empresas que trabalham com desenvolvimento de software, além de informações coletadas junto a companhias usuárias de TI. 
Investimento é quando se faz algum gasto em um determinado ativo, esperando que aquele ativo gere um fluxo de caixa, que ao ser descontando por uma taxa que leve em conta o risco do projeto, tenha um valor presente maior que o valor do investimento. Em outras palavras, espera-se que dele resulte um fluxo de caixa com valor presente líquido positivo. Custos são todos os gastos necessários para criar, produzir ou comercializar produtos e serviços da empresa.
Investir em TI é uma grande necessidade e objetivo das empresas. Afinal, a tecnologia tem sido um mecanismo fundamental para auxiliar empresas de diversos níveis e setores e em diversos processos, seja na automatização de tarefas repetitivas, armazenamento de dados ou até mesmo no atendimento ao cliente.
GESTÃO FINANCEIRA 
Ao administrar uma área de Tecnologia da Informação, é preciso ter em mente os desafios que essa área traz. Como em qualquer outro tipo de gestão financeira, se buscará, com a gestão financeira de TI, planejar, gerenciar e reinvestir os recursos financeiros da empresa. A gestão financeira é um ponto-chave para o sucesso e a geração de valor de qualquer empresa, independentemente de seu tamanho ou natureza, sendo indispensável para os processos decisórios. 
Por meio de uma gestão financeira eficiente, é possível identificar saídas excessivas e desnecessárias de capital, assim como reconhecer potenciais oportunidades de geração de receita ainda pouco exploradas. 
Isso porque é a gestão financeira em diálogo, evidentemente, com outras áreas que justamente fornece subsídios para que as decisões possam ser tomadas de modo assertivo e coerente.
DECISÕES DE INVESTIMENTO 
As decisões de investimentos são aquelas que exigem muita cautela, pois interferem diretamente no futuro das empresas.
DECISÕES OPERACIONAIS 
Já as decisões operacionais são aquelas que, como o próprio nome sugere, dizem respeito a todos os aspectos da operação.
DECISÕES DE FINANCIAMENTO 
Por fim, as decisões de financiamento se relacionam às fontes de geração de capital para a operacionalização e lucratividade do negócio.
GESTÃO DE VALOR PARA A EMPRESA
Os três grupos de decisões financeiras que vimos acima, de modo nenhum, são estanques. Pelo contrário, fazem parte de um grande fluxo de decisões que atravessam e interligam todas as áreas de uma organização.
NOVAS TECNOLOGIAS ACELERAM INVESTIMENTOS 
A tecnologia vem sendo uma grande aliada no acompanhamento dessa evolução, se tornando responsável pelo aumento da eficiência dos processos, da produtividade das equipes e da rentabilidade nos negócios.
Um estudo realizado pela TNS Research mostra que empresas que investem em tecnologia têm um crescimento de 60% a mais se comparado com empresas que não investem. Na pesquisa, as vantagens que mais tiveram destaque foram a otimização de processos, redução dos custos e eficiência nas tarefas.
Um dos principais pontos relacionados ao investir em TI é a flexibilidade da operação. Agir de maneira estratégica dá a possibilidade de criar uma rotina capaz de acompanhar as demandas à medida que vão surgindo.
Investir em TI também proporciona maior mobilidade na execução de tarefas.
Estudos do Gartner apontam que os gastos globais com Tecnologia da Informação (TI) em 2021 deverão registrar um aumento de 6,2%. O valor corresponde a quase US $4 trilhões. A expectativa é que este mercado cresça 8% até o fim do ano, totalizando um investimento de mais de US $700 bilhões.
AVANCOS TECNOLÓGICOS 
Indústria 4.0 também chamada de Quarta Revolução Industrial, engloba um amplo sistema de tecnologias avançadas como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem que estão mudando as formas de produção e os modelos de negócios no Brasil e no mundo.
A indústria 4.0 tem impacto significativo na produtividade, pois aumenta a eficiência do uso de recursos e no desenvolvimento de produtos em larga escala, além de propiciar a integração do Brasil em cadeias globais de valor.
 A InteligênciaArtificial (IA) é um dos principais avanços em tecnologia e vem sendo utilizada por muitos profissionais de TI. As aplicações de negócios a soluções de segurança, a IA passa a ser um elemento essencial para lidar com volumes cada vez maiores de eventos e informações. Com a ampliação do uso desta tecnologia, os gastos no Brasil chegarão ao total de US$ 464 milhões em 2021, puxados principalmente por serviços de consultoria de TI e negócios. 
Nesse cenário, o Brasil ocupa um papel de destaque. O país conta com 206, ou seja, 42% do total de empresas identificadas.As formas mais básicas de IA não possuem memória. No entanto, são capazes de analisar situações e responderem com uma série de respostas pré-programas. No atendimento ao cliente, essas funções são um excelente aliado para agilizar tarefas repetitivas.
Sãos exemplos de tecnologias utilizadas na industria 4.0:
· Inteligência artificial
· Computação em nuvem
· Big data
· Cyber segurança
· Internet das coisas
· Robótica avançada
· Manufatura digital
· Manufatura aditiva
· Integração de sistemas
· Sistemas de simulação
· Digitalização
DEPRECIAÇÃO 
Segundo Faro (1979), a depreciação pode ser conceituada sob três óticas diferentes: física, econômica e contábil: a) a física consiste na perda do valor causada pelo desgaste do bem, incluindo-se tanto os que provêm da utilização normal quanto os que derivam da ação do tempo e de intempéries; b) a econômica consiste no declínio da capacidade que o bem apresenta de gerar receitas decorrentes da exaustão física e, da obsolescência do equipamento e do próprio produto; e, c) a contábil consiste na estimativa de redução do valor contábil para a possibilidade de registro. 
Hirschfeld (2000) defende que a depreciação pode ser abordada em duas diferentes óticas: a contábil que é a diminuição do valor contábil do bem, decorrente do decurso do prazo desde a sua aquisição até o instante atribuído ao desgaste físico, ao uso ou à obsolescência; e por outro lado, a depreciação real que é a efetiva diminuição do valor do bem resultante do desgaste por uso, ação da natureza ou obsolescência. A problemática, nesse caso, consiste na impossibilidade de se mensurar com certeza o desgaste de um bem. Não existe uma forma “correta” de alocar custos conjuntos para tornar o cálculo do valor da depreciação relativamente arbitrário, apesar de sistemático (STICKNEY; WEIL, 2001), consistindo-se, dessa forma, em uma estimativa (FARO, 1979). Bonbright (apud GRANT; IRESON; LEAVENWORTH, 1982) aponta quatro diferentes conceitos básicos para o termo depreciação: 
• redução de valor, que considera o valor de um ativo em duas diferentes datas – o valor do ativo numa data, menos o valor do ativo numa data posterior; 
• amortização de custo, utilizado pela contabilidade, consiste no tratamento da depreciação como a amortização de um custo que foi antecipado no momento da aquisição do ativo; 
• diferença entre o valor de um ativo velho e um ativo hipotético novo utilizado como padrão de comparação; e, 
• perda de utilidade (impaired serviceableness) que consiste na perda de utilidade causada pela degradação física do ativo, ou mesmo a perda de eficiência. Conceitualmente, no meio contábil, percebe-se que o mais aceito é a depreciação
QUAL É A IMPORTÂNCIA DE FAZER O CONTROLE DE DEPRECIAÇÃO EM TI?
A área de TI é uma das que mais mudam em uma companhia, afinal, os profissionais devem observar constantemente tendências e inovações. Da mesma forma, ativos se tornam ineficientes e insuficientes de forma rápida, o que exige um trabalho intenso de controle de depreciação.
QUAL SÃO AS CAUSAS DA DEPRECIAÇÃO?
O desgaste pelo uso e a obsolescência são os dois principais fatores que causam a depreciação de computadores. Com o uso, equipamentos eletrônicos sofrem desgaste e envelhecem, como qualquer outra ferramenta.
Ao mesmo tempo, a evolução tecnológica acontece em alta velocidade e as atualizações são feitas o tempo todo. Assim como computadores de alta performance há 5 anos já não suportam softwares atualizados, o próprio hardware também sofre upgrades.
Não apenas os equipamentos de TI evoluem. O próprio trabalho é renovado e funções mais complexas são adicionadas às tarefas profissionais das mais diversas áreas. Principalmente para empresas em crescimento, é comum que o computador usado no primeiro ano o negócio não tenha capacidade para processar os softwares usados após a evolução da empresa.
Computadores defasados ficam mais lentos, vulneráveis a ataques e apresentam maior risco de dar defeito. Por isso o gerenciamento dos ativos de TI (ITAM) é importante. É essa gestão que possibilita o planejamento da aquisição do computador, o acompanhamento de sua vida útil e sua substituição no momento mais oportuno.
Redução de custos, tecnologia sempre atualizada. A gestão de ativos de TI só tem a ganhar com o outsourcing.
GESTÃO DE ATIVOS EM TI
A gestão de ativos em TI é uma prática importante dentro das empresas. É ela quem cuida de todos os dispositivos tecnológicos, sejam físicos, como os hardwares, ou virtuais, como os softwares, e é uma ótima forma de organização. 
É um ponto importante para determinar o melhor momento para substituir ou atualizar um equipamento e assegurar um maior desempenho dentro da organização. Ela contribui para otimizar os equipamentos e conseguir maior eficácia nos processos, além da economia de tempo e dinheiro.
COMO SE CALCULA A DEPRECIAÇÃO E A VIDA ÚTIL DE EQUIPAMENTOS?
O cálculo da vida útil dos equipamentos, multiplicamos o prazo de vida em anos com o número de horas trabalhadas em um ano. 
Por exemplo, um tablet com 3 anos de duração, se trabalhado 8 horas por dia, durante 253 dias em um ano, tem vida útil de 6.072 horas. O cálculo ficou assim: 3 x (8 x 253) = 6.072. 
A porcentagem de depreciação varia de acordo com o bem analisado e, no caso de computadores, é de 20%, de acordo com a Receita Federal do Brasil. A fórmula mais usada para o cálculo é simples: subtrai-se o valor residual do valor novo e divide-se esse resultado pelo tempo de vida útil em anos.
COMO A DEPRECIAÇÃO AFETA AS EMPRESAS? 
Quando tratamos de ativos de TI e equipamentos de alta performance, a inovação é a principal causa da perda de valor de mercado. Mesmo que ainda em condições de uso, muitos computadores têm que ser substituídos por já não suportarem as atualizações necessárias em seus softwares e terem se tornado obsoletos.
SAÍDA PARA EVITAR A DEPRECIAÇÃO?
Aluguel de equipamentos é uma alternativa para se transpor esse obstáculo.Locação, ou outsourcing, permite que sua empresa substitua computadores rapidamente por novos e atualizados, adequando a disponibilidade das máquinas à necessidade da empresa e evitando as dores de cabeça com depreciação ou investimentos elevados de uma só vez.
Outsourcing 
O que é outsourcing pode começar a ser definido pela tradução desse termo de origem inglesa. Em livre tradução, “out” significa “fora”; source significa “fonte”. Então, outsourcing significa “fonte de fora”. Logo, podemos definir o outsourcing como uma estratégia em que se recorre a fontes externas para realização de determinados trabalhos.No outsourcing, contrata-se uma empresa especializada em uma área do negócio para que ela se responsabilize pelas tarefas e funções que envolvem esse processo.
Figura 1 – O principal papel do gestor de Tecnologia da Informação (T.I)
Fonte: Disponível em: <https://neteye.co/gestao-de-ativos-de-ti/>
Descrição: o gestor de ativos dentro de uma organização tem como papel principal analisar os dados obtidos com a pesquisa feita com os métodos de gerenciamento, e tomar as melhores decisões obtendo resultados positivos para a empresa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nossos objetivos ao realizar este estudo foram: entender a gestão de investimentos de uma empresa e a depreciação dos ativos de TI; reconhecer a eficácia dos investimentos em TI em organizações públicas ou privadas; e identificar a depreciação, amortização e consumo dos ativos de TI. Em suma, é necessário estabelecer considerações parciais, tendo em vista que obteras respostas que este estudo busca também é parcial.
Percebe-se que investir em ativos de TI é viável e construído para agregar valor, e mesmo que incorra em custos, os custos serão maiores ao longo do tempo se a organização não investir em novos recursos de TI e muito menos a empresa sofrer potencialmente com baixa produtividade devido à sua obsolescência. Portanto, os investimentos em TI, principalmente os de longo prazo, não representam custos, mas ativos e resultados maximizados.
Referências 
FARO, C. de. Elementos de engenharia econômica. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1979.
GRANT, E. L.; IRESON, W. G.; LEANVENWORTH, R. S. Principles of engineering economy. 7. ed. New York: John Wiley & Sons, 1982.
HIRSCHFELD, H. Engenharia econômica e análise de custos: aplicações práticas para economistas, engenheiros, analistas de investimento e administradores. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
https://abes.com.br/estudo-da-abes-aponta-que-industria-de-tecnologia-cresceu-mais-de-20-durante-pandemia/
https://hbr.org/2008/07/investing-in-the-it-that-makes-a-competitive-difference?language=pt
Https://labfinprovarfia.com.br/blog/quais-sao-os-principais-tipos-de-decisoes-financeiras/
Https://www.hays.com.br/it/blog/-/blogs/o-que-significa-investir-em-ti-#:~:text=Investir%20em%20TI%20%C3%A9%20uma,mesmo%20no%20atendimento%20ao%20cliente.
https://www.imf.org/en/Blogs/Articles/2018/04/09/globalization-helps-spread-knowledge-and-technology-across-borders
Https://www.microcity.com.br/vida-util-da-ti/
Https://www.tiespecialistas.com.br/ti-custo-ou-investimento/
STICKNEY, C. P.; WEIL, R. L. Contabilidade financeira: uma introdução aos conceitos, métodos e usos. São Paulo: Atlas, 2001.

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