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6-ModelodeRelatorio-Licenciaturas (1)

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM LÍNGUA PORTUGUESA I	Comment by Marcia Dias Lima Da Silva: Todas as informações destacadas em amarelo devem ser ajustadas ao seu curso e ao seu relatório e, posteriormente, esse amarelo deve ser retirado do seu relatório.
LETICIA BIANCA MOMESSO CARVALHO
(201701057654)
Local (Ex.: Rio de Janeiro)
2022/02
RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM LÍNGUA PORTUGUESA I
Este trabalho é pré-requisito para aprovação na disciplina Estágio em Língua Portuguesa I, do Curso de Letras: Português/Inglês (modalidade EAD), da XXX (nome de sua IES).
Local
2022/02
SUMÁRIO
LISTA DE ANEXOS	4
INTRODUÇÃO	5
1. Estrutura e Funcionamento da Escola	6
1.1. Aspectos físico, humano e material da escola	6
1.2. Projeto Político-Pedagógico	8
1.3. A escola como um grupo social	8
1.4. Atividades docentes e discentes	9
CONSIDERAÇÕES FINAIS	13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	14
ANEXOS	15
LISTA DE ANEXOS
Anexo 01 – Fotos ....................................................................................................	Comment by Usuário do Windows: Escrever o número da página.
Anexo 02 – Entrevistas com os alunos........................................................................
Anexo 03 – Entrevistas com os professores................................................................
Anexo 04 – Exercícios realizados em aula + Jogo......................................................
INTRODUÇÃO
O presente trabalho busca retratar a realidade de um determinado período na escola onde ocorreu a experiência de estágio. Nesse espaço, os conceitos adquiridos por meio de leitura complementar, bem como o conteúdo formal da disciplina e as disciplinas já estudadas, serão somados às informações obtidas por meio de observações em sala de aula.
O Estágio descrito neste relatório realizou-se na Escola Estadual Profa. Edera Irene Pereira de Oliveira, no período da tarde, situado na cidade de São José dos Campos, no período de 24/04/2023 a 20/06/2023, no Ensino Fundamental II com o objetivo de aperfeiçoar os conhecimentos adquiridos no Curso de Letras Português/Inglês
Foram realizadas atividades de observação da rotina escolar, participação e colaboração em atividades da prática diária, e em alguns momentos apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem. Sendo também observados os seguintes aspectos: atividades desenvolvidas em sala de aula; integração entre professor e aluno e vice-versa; e a análise da teoria integrada à prática.
O trabalho realizado durante o período de estágio abrangeu algumas disciplinas do curso, e nos serviu como fonte de aprendizado e aplicabilidade da teoria com a prática, uma vez que, a prática é de grande importância para que possamos ter consciência da realidade da escola, assim como dos alunos e professores. Da mesma forma, quando observamos adquirimos experiência, e sanamos dúvidas antes mesmo de nossa própria prática. Nesse sentido, o presente trabalho visa fortalecer a relação teoria e prática, baseado nas competências profissionais em utilizar conceitos adquiridos na vida acadêmica, profissional e pessoal.
Dando conclusão à etapa do Estágio do curso de Letras, e tendo em vista a necessidade de uma experiência prática onde se aplicou fundamentos teóricos, fica claro, o quanto é importante e enriquecedor esta etapa na formação acadêmica de um futuro docente. O Estágio teve o objetivo de observar e aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas, bem como confrontá-los com a prática pedagógica, buscando firmar uma prática significativa. Neste trabalho encontra-se descrito as observações não só do processo em sala de aula, como também, do ambiente escolar como um todo.
1. Estrutura e Funcionamento da Escola
 Descrição do espaço físico da escola
A escola Profa. Edera Irene Pereira de Oliveira possui uma estrutura adequada, as salas são amplas com boa iluminação, carteiras e cadeiras apropriadas, assim como, quadro negro e recurso audiovisual. A instituição é composta por profissionais experientes. Existem várias dependências para atividades extraclasse tais como: laboratório de informática equipado com vários computadores, sala de leitura, sala de educadores, salas administrativas, sala de recursos multifuncionais para atendimento educacional especializado (AEE) quadra coberta, refeitório, assim como cozinha com todos os utensílios necessários.
Descrição sobre o funcionamento da escola (horário, profissionais, serviços).
A escola Profa. Edera Irene Pereira de Oliveira funciona no período da manhã, e da tarde. Consta no quadro de seus funcionários: 57 professores, 3 auxiliares de secretarias e atendentes, 1 Diretor. A escola disponibiliza os serviços de orientação educacional, e reunião com os pais.
Caracterização das classes estagiadas (espaço físico, alunos, profissionais, atividades)
Na escola Profa. Edera Irene Pereira de Oliveira as salas de aula são amplas, arejadas, e com mobiliário adequado, assim como, mesas e cadeiras de tamanho apropriado para a idade dos alunos.
Em relação aos alunos, participam das aulas demonstrando interesse pelos conteúdos apresentados e evidenciam respeito pelos professores.
Com relação ao diretor da escola, participa da rotina escolar tanto dos professores quanto dos alunos, assim como nas demais atividades que ocorrem na instituição procurando, contribuir para o bom andamento das atividades realizadas na escola.
Na sala de aula as atividades são produtivas e tranquilas.
4. Observação sobre o cotidiano escolar (habilitação)
1.1 Professores: preparam suas aulas antecipadamente, e são pontuais em relação aos seus horários. 
1.2 Conteúdo: sempre atuais e diversificados. 
1.3 Metodologias: sociointeracionista.
1.4 Avaliações: O professor avalia seus alunos através de trabalhos individuais e coletivos, participação e através de provas bimestrais.
1.5 Rotina escolar: A aula inicia às 7h, o intervalo é das 9h30 às 9h50 termina às 12h. À tarde a aula inicia às 13h, o intervalo é das 15h30 às 15h50 e a saída é a partir das 18h.
1.6 Alunos: Os alunos mostram grande interesse nas aulas.
1.7 Relação professor-aluno: O professor é bem dinâmico, e procura ter uma boa relação com os alunos.
1.8 Rendimento escolar: O rendimento escolar foi consideravelmente satisfatório.
1.9 Reuniões escolares: Bimestrais
5. Avaliação do Estágio de Observação
O estágio de observação mostra a importância da teoria aplicada na pratica partindo do principio metodológico de que o desenvolvimento profissional implica, em utilizar conhecimentos adquiridos, na vida acadêmica como também na vida profissional e pessoal.
Sendo assim, o estágio é necessário para a formação do profissional .
PARTE III – ESTÁGIO DE PARTICIPAÇÃO
1 . Relação do estagiário com o professor
Durante o período de Estagio estabeleceu-se uma relação de respeito e cooperação com as professoras e os demais funcionários da escola. Participei auxiliando as professoras quando necessário ou a pedido das mesmas. Com esta experiência pude colocar em pratica toda teoria adquirida na graduação. 
2. Relação do estagiário com os alunos
A relação com os alunos foi muito gratificante, pois pude auxiliá-los sempre que necessitavam, Aprendi muito com eles, houve uma troca de experiências e isso contribui muito para a minha pratica como docente. 
3. Atividades de participação realizadas (descrição e análise)
Participei auxiliando as crianças com o apoio das professoras, atendendo sempre aqueles com mais dificuldades. As professoras me deram apoio e liberdade para realizar as atividades em sala de aula.
Concluímos que o estágio é importante para nosso crescimento profissional, uma vez que podemos observar e participar ao mesmo tempo, colocando em pratica o que aprendemos na teoria.
1.1. Aspectos físico, humano e material da escola (Discorrer conforme é a estrutura da escola).
	Situado XXXXXXXX, o XXXXX teve a sua entrada reformada recentemente e conta com uma modesta portaria para receber os pais e os alunos.Ao atravessar o portão principal, chega-se ao térreo – local utilizado para mostra de trabalhos, ações de responsabilidade social, refeições dos alunos e momentos de descanso. Nele também ficam dois dos laboratórios técnicos, a cantina, a secretaria, dois banheiros, ala para funcionários da limpeza e a coordenação pedagógica com a sala de professores e a sala da diretoria anexas. 
	A cantina é um espaço pequeno, com pouca variedade de lanches e sem opção para refeições mais completas, como o almoço e o jantar. Simpáticos e educados, os atendentes precisam gerenciar uma demanda muito grande de alunos. O intervalo dos alunos dura vinte minutos e nem sempre é possível atender a todos. Muitos trazem lanche de casa ou pedem para descer antes ou depois do horário para lanchar.
	A secretaria é multifuncional. Nela os alunos realizam Xerox e impressão de materiais, assim como a liberação de documentos específicos e solicitação de uniformes. Uma bancada média sustenta um sino que deve ser tocado para possibilitar o atendimento. Não há nenhum aviso para fazê-lo, então, se for desavisado, possivelmente ficará muito tempo esperando atendimento.
	A coordenação pedagógica é o local para resolver assuntos acadêmicos: matrículas, transferências, organização de dependências, calendário acadêmico, horários de aulas, currículo escolar etc. Nesta sala, as coordenadoras realizam um trabalho em parceria para atender a escola de forma integrada. 
	Em um anexo, ligada à sala da coordenação pedagógica, está a sala de professores e a sala da diretora. Munido de simples arquivos, uma mesa larga e grande e cadeiras confortáveis, a sala é usada para reuniões pedagógicas, debates entre a equipe docente e a equipe da coordenação e para descanso do professor. Os alunos têm acesso a essa sala quando necessário.
	Além do térreo, a escola conta com mais quatro andares, dos quais apenas três são utilizados. Não foi autorizado o acesso ao último, logo não posso descrever qual é o seu objetivo. Nos três andares nos quais pude andar, ficam os laboratórios técnicos restantes e as salas de aula. Em todos os andares, existe um bebedouro, mas apenas no primeiro andar tem um banheiro feminino funcionando. Os alunos do sexo masculino precisam descer ao térreo para usar o banheiro. Há dois banheiros – um feminino e um masculino – no segundo andar, mas estão inoperantes. No segundo andar, está a biblioteca, que se diferencia da sala de aula única e exclusivamente por apresentar um local vazio de cadeiras e de alunos. Têm poucas estantes de livros e não foi avistado nenhum aluno utilizando-a. 
	A quadra esportiva termina as dependências da escola, sendo esta descoberta, cimentada, pequena e de pouca qualidade para as atividades físicas. 
	As cadeiras dos alunos são desconfortáveis – em geral, são aquelas que apresentam um braço só (para destros) e tortas. Todas as salas possuem ar condicionado e ventilador, mas se provam recursos nocivos, visto que as salas não possuem janelas, logo o ar ventilado dentro de sala é viciado e disseminador de doenças. Os ventiladores estão sempre sujos e o ar condicionado, quando funcionando, é um veículo de ácaros e doenças, já que não passa por manutenção periódica. Em menos de duas semanas de estágio, após entrar e sair de salas com essa aparelhagem, apresentei um episódio de gripe grave com sinusite. Outros alunos estavam com casos semelhantes.
	Apenas um dos professores que acompanhei utiliza realmente o quadro durante sua aula. O restante já desistiu porque, além da grande maioria dos alunos não copiar, não tem apagadores suficientes e tem professores que usam canetas que não apagam. 
1.2. Projeto Político-Pedagógico
	Sendo uma instituição fornecedora de ensino fundamental, ensino médio e cursos técnicos profissionalizantes, o maior propósito pedagógico XXXX é educar e formar cidadãos e profissionais qualificados para o mercado de trabalho, proporcionando uma educação básica completa. 
	Tendo como base valores como a ética, o respeito, o compromisso e a responsabilidade social, o colégio realiza as suas atividades com tradição, inovação e tecnologia. 
	Baseado no fato de que a escola é uma ferramenta de transformação social, o XXXXXX assume um ambiente familiar ao mesmo tempo em que oferece desafios diários aos alunos de forma a oferecer uma aprendizagem diferenciada.
1.3. A escola como um grupo social
	O XXXXXXXXXXXXX tem um papel agregador na vida de seus alunos e da comunidade. Anualmente, a coordenação pedagógica alia-se aos professores que auxiliam os alunos a elaborarem um projeto que possa ser apresentado na Mostra Pedagógica – enquanto aluno do ensino fundamental – e na Mostra Técnica – enquanto aluno do ensino médio. Além disso, esporadicamente, no portão principal do XXXXXXX seus alunos oferecem serviços gratuitamente.
	Os projetos devem ser condizentes com os conteúdos ensinados dentro de sala de aula, mas devem ter uma missão maior do que comprovar o estudo. Devem oferecer algo de positivo para a comunidade – pais dos alunos e visitantes. Por exemplo, na última Mostra Técnica, os alunos do curso de enfermagem realizaram testes de glicose gratuitos e mediram a pressão de dezenas de visitantes.
	Nas suas dependências, também são oferecidas aulas de dança, futebol, música e informática para alunos e não alunos. Os cursos livres e os cursos preparatórios para as forças armadas também são excelentes oportunidades para os moradores da região. 
1.4. Atividades docentes e discentes
	No XXXXXXX, existe apenas o segundo segmento do Ensino Fundamental, contemplando o sexto, o sétimo, o oitavo e o nono anos. A média de alunos por sala é de quinze a vinte e cinco estudantes. O currículo base do segmento inclui as seguintes disciplinas: língua portuguesa, redação, matemática, geografia, história, biologia, educação física, sociologia, filosofia, inglês, espanhol e informática. Os alunos do nono ano também têm física, química e robótica.
	Eles têm acesso a cursos livres, cursos preparatórios, apostilas especializadas e atividades extracurriculares, como dança e música. 
	A nota acadêmica dos alunos do Ensino Fundamental é formada por prova com peso dois, trabalho e teste. Somam-se todas e divide-se por quatro. O resultado é a nota bimestral. A nota final do ano letivo é a soma das medidas dos quatro bimestres dividida por quatro. Estando acima ou igual a sete, o aluno está aprovado.
	A nota relativa ao trabalho bimestral é composta por exercícios realizados em sala de aula e em casa, matérias escritas no caderno e outras atividades adicionais (exercícios na apostila, pesquisas etc.). O teste pode ser tanto uma prova com conteúdo parcial quanto um trabalho de alto valor pedagógico, como, por exemplo, a Mostra Pedagógica realizada anualmente. 
	No final do segundo bimestre, os alunos com média abaixo de sete são direcionados para a recuperação de meio de ano. No final do quarto bimestre, o mesmo processo é repetido. As chances de reprovação são, portanto, baixas. 
	A equipe de professores responsável pelo ensino das disciplinas de língua portuguesa e redação da instituição no Ensino Fundamental é composta atualmente por dois membros. Todos dois têm Formação de Professores e são formados em Letras, sendo um deles especializado em Língua Inglesa e outro na Língua Espanhola.
	Acompanhei cada professor por carga horária semelhante, logo a análise de sua didática pôde ser igualitária e imparcial. Nas observações foi possível notar as diferenças pedagógicas e as diferentes reações dos alunos diante de cada estratégia.
	Os professores elaboram um plano de aula para cada turma, assim como um diário de classe – para frequência escolar e plano de atividades – e um diário de trabalhos, no qual são anotadas as entregas referentes à composição da nota de trabalho bimestral do aluno. 
	Para falar sobre as observações realizadas, os membros da equipe de professores serão denominados professor A e B. 
	O professor A leciona há dezesseis anos e é formado em Letras: Português/Inglês e em Letras: Português/Literaturas. É um dosrepresentantes para elaboração dos materiais da Mostra Pedagógica. Sua experiência e formação permitem uma vivência positiva no Ensino Fundamental, pois cria um ambiente de respeito e de cooperação. Ele incentiva o desenvolvimento dos alunos demonstrando fé de que conseguem aprender com seus erros e que só o farão se tentarem realizar as coisas.
A matéria-prima do trabalho do professor é o conhecimento. Não é conseguir que o aluno faça isto ou aquilo, mas conseguir que ele compreenda, por reflexionamento próprio, como fez isto ou aquilo. Se uma criança desmontou e remontou corretamente um brinquedo por sugestão do professor (...) não significa que ele tenha progredido em termos de conhecimento. (BECKER, 2001, p. 56)
	Em sua aula, os alunos se sentem à vontade para explorar suas habilidades e a tentar participar ativamente das atividades propostas. Claramente, a política da escola e, mais principalmente, da coordenação pedagógica não incentiva a pedagogia da autonomia, mas as poucas iniciativas do professor A são o suficiente para destacá-lo dos demais.
	O professor B leciona há 23 anos e é formado em Letras: Português/Espanhol. Tem auxiliado em atividades específicas a elaboração de materiais para a Mostra Pedagógica. Ele investe na criação de um ambiente pautado na amizade e na confiança. Tendo trabalhado com Educação Infantil por alguns anos, entende a importância de tais sentimentos em sala de aula, trazendo muitos métodos deste segmento para o Ensino Fundamental.
	Freire (2002, p. 27) já apontou a importância de que a personalidade de um profissional deixa marcas não só na vida estudantil da criança, como também em sua formação social e histórica. A prática pedagógica é capaz de alterar profundamente a percepção de um aluno.
	Isto acontece porque a escola é também um espaço social, na qual são transmitidos valores éticos, morais e postura humanizada. Essa nova maneira de organizar os papéis educativos torna a missão do professor ainda mais desafiadora, além de criar a necessidade de criar atividades que incentivem a crítica e a reflexão e ambientes que propiciem ideias que embasem de forma positiva essa geração.
	Para entender a tendência majoritária de cada turma, desenvolvi uma análise específica para cada ano, tendo em vista a diferenciação de sua faixa etária. Todas as turmas foram acompanhadas por carga horária semelhante. 
	A turma do sexto ano ainda é retrato do primeiro segmento do Ensino Fundamental. Seus alunos possuem idade variando entre dez e doze anos e, apesar de receber a matéria com bastante naturalidade, têm bastante dificuldade para se concentrar e em ter um comportamento mais adequado ao segundo segmento do Ensino Fundamental. É uma turma que precisa de um acompanhamento que combina rigidez – para garantir progresso – e compreensão – porque tender apenas para a rigidez criará resistência mais facilmente devido à personalidade ainda infantil dos alunos. Eles até se mostram dispostos a participar dos projetos, mas seu gerenciamento é tão complexo que, muitas vezes, se prova mais fácil de aprender quando estão vinculados a um processo de ensino mais limitado.
	A turma do sétimo ano está começando a se libertar do comportamento do primeiro segmento do Ensino Fundamental, mas isso não quer dizer que isto facilite o processo de ensino-aprendizagem ou o relacionamento com o professor. Muito pelo contrário. O professor deve ser mediador desse processo complexo de amadurecimento para a próxima fase e também descobrir formas de incentivar o aluno a descobrir melhor seus gostos e suas habilidades. Sua faixa etária varia entre onze e treze anos, uma idade que geralmente envolve um período no qual as crianças estão confusas e são arredias. Eles não sabem exatamente como se posicionar diante de tantas novidades, tantas mudanças, e o professor deve estar preparado para lidar com estas questões, pois é um momento decisivo. 
	A turma de oitavo ano possui alunos com idade entre doze e quatorze anos e estão mais propensos a trabalhar em grupo que individualmente. Eles gostam de grandes projetos e de se comunicar. São abertos para discutir de temas que entendam ou não, pois gostam de se sentir ouvidos e compreendidos. É a entrada oficial na adolescência e de muitas questões relativas ao período que permite um trabalho integrado do professor nas questões acadêmica e social. Se bem direcionados, estudam e trabalham de forma cooperativa e se mostram muito unidos, com alto potencial de engajamento.
	A turma de nono ano possui alunos com idade entre treze e quinze anos, tendo um aluno fora da faixa etária – de dezessete anos. Assim como ocorre na turma de sétimo ano, os alunos do nono ano estão passando da fase do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, que representa não só uma mudança estudantil significativa, como gera diferentes expectativas e responsabilidades. É o momento no qual eles devem abandonar completamente o espírito desenvolvido no Ensino Fundamental e começar a amadurecer para ingressar no Ensino Médio de forma adequada. Eles são dinâmicos e gostam de ação, mas não possuem iniciativa e as falhas em sua formação como estudantes e como indivíduos se mostram mais claras nesse momento. 
	Alguns alunos de idades, turmas e sexos diferentes foram convidados para responder algumas questões. Expliquei para todos que se tratava de coisas que utilizaria para um trabalho na faculdade e que poderiam ser muito sinceros, que não implicaria em nada negativo dentro do ambiente escolar. Os alunos do sexto se recusaram a participar, pois não se sentiam à vontade para conversar comigo. Os alunos do sétimo e do oitavo ano, após se apresentarem e conhecerem um pouco sobre mim, se mostraram animados em poder contribuir de alguma forma para o trabalho. Os alunos do nono ano se prontificaram antes mesmo de utilizar o quebra gelo. 
	Conduzi pelos assuntos pertinentes, mas dei o máximo de liberdade para estruturarem suas respostas. Cada um tinha uma perspectiva diferente que gostariam de comentar. De uma maneira geral, entendi que esta parte do exercício demonstrou que os alunos do Ensino Fundamental se sentem valorizados, importantes, quando questionam sua opinião sobre alguma coisa. Não tiveram receio de eu os prejudicasse de qualquer forma com aquelas conversas. As entrevistas estão organizadas na parte de anexos deste trabalho.
	Quase todos demonstraram desprezo pela aula de robótica, esclarecendo que se tratava de uma aula teórica, sem graça e que não levava a lugar algum. Inclusive os alunos fugiam da sala durante a aula e me acompanhavam em outras atividades só para não precisar ficar assistindo à disciplina (com autorização do professor). Identificaram a precariedade das aulas de informática e do desinteresse geral pelas disciplinas, pois era tudo feito de forma muito sistemática, quase sem interação. Não encontrei nenhum aluno que gostasse de ler ou de escrever. Seus principais hobbys eram voltados para o uso de tecnologias. 
	Assim como entrevistei os alunos, fiz o mesmo processo com os professores, realizando perguntas distintas. As entrevistas foram anexadas ao final deste trabalho.
	Tive a oportunidade de realizar uma aula de língua portuguesa com os alunos do oitavo e do nono anos. A temática era oração subordinada, sendo as adjetivas para o oitavo ano e as adverbiais do nono ano. Os exercícios que passei estão disponíveis na parte de anexos do trabalho. Minha percepção durante a aula foi que os alunos têm grande dificuldade em se interessar por certas temáticas da disciplina porque não há muita flexibilidade na forma de ensinar destes pontos. Além disso, a aplicabilidade do assunto, para eles, é inexistente, tornando o assunto “inútil” na visão dos mesmos. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	A qualidade do ensino do segundo segmento da Educação Fundamental determina, em boa parte, o desenvolvimento do aluno no restante de sua vida acadêmica e refletirá em sua vida adulta. A formação destes alunos deve possuir
(...) planejamento e diretrizes norteadoras para o atendimento integral da criança em seu aspectofísico, psicológico, intelectual e social, além de metas para a expansão do atendimento, com garantia de qualidade. Essa qualidade implica assegurar um processo educativo respeitoso e construído com base nas múltiplas dimensões e na especificidade do tempo da infância (MEC, 2004)
	Tendo em vista a importância deste momento na vida dos alunos, os professores devem estar prontos para múltiplos desafios para preparar estes estudantes para se inserirem adequadamente na vida em sociedade. Em breve, eles estarão responsáveis por si mesmos e precisam começar a trabalhar nesta situação os primeiros principais conceitos de se viver em comunidade. 
	Aproveitando sua receptividade e sua criatividade, os professores ainda tem muito espaço para trabalhar com seus alunos, de maneira simples. Afinal, a interação, o respeito e o cuidado ainda são muito imprescindíveis para esta faixa e eles prezarão mais este contato do que a multifuncionalidade das atividades. 
	Assim como na Educação Infantil, creio que, no Ensino Fundamental, o melhor método de ensino ainda seria o construtivista e deveria investir massivamente em trabalhos e pesquisas mais flexíveis, mais autônomas. Os alunos mostram interesse em serem sujeitos do seu desenvolvimento e de mostrar o que gostam, o que sabem. Permitir isso possivelmente reduziria a resistência e promoveria a construção do conhecimento.
	Neste sentido, durante o período em que estive dando aula para eles, depois dos exercícios propostos pela professora – dentro da temática que cairia em prova – realizei um jogo e a animação foi contagiante. O jogo se baseava em uma forca simples, que não precisava nada além de um quadro, caneta e boas palavras. Dividi a turma em quatro grupos, para que eles pudessem dividir ideias e saber trabalhar em conjunto, cooperando um com o outro. Foi incrível ver a compreensão e o apoio entre eles. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	Comment by Usuário do Windows: Sugiro cinco autores
BECKER, F. Educação e construção do conhecimento. São Paulo: Editora Artmed, 2001, p.56.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Ensino Fundamental de nove anos: Diretrizes Gerais. Brasília: MEC, 2004.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002, p. 27.
 
ANEXOS

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