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Prof. Dr. Wellington Piveta Oliveira PRÁTICA DE ENSINO: HISTÓRIA DA MATEMÁTICA E ETNOMATEMÁTICA RELEMBRANDO... História da Matemática? História da Educação Matemática? História da Matemática na Educação Matemática? (MENDES; CHAQUIAM, 2016, p. 32-34) Objetivo: subsidiar o exercício cognitivo do aluno acerca das relações entre os aspectos geométricos e numéricos relacionados ao teorema de Pitágoras. Contextualização Histórica sobre o teorema de Pitágoras Os triângulos retângulos são fundamentais para a trigonometria plana e lembram imediatamente o nome de Pitágoras. Além disso, acredita-se que ele tenha obtido estes conhecimentos com os agricultores egípcios, os esticadores de cordas. Por volta de 2000 a. C. os egípcios já sabiam que um triângulo cujos lados mediam 3, 4 e 5 unidades de comprimento, possuía um ângulo de 90◦. 3² + 4² = 5², mas não sabiam como provar que o ângulo oposto ao lado de comprimento 5 é um ângulo reto, embora usassem esse fato nos seus cálculos. Essa observação corresponde à recíproca do Teorema de Pitágoras. Para os pitagóricos, entretanto, os resultados apresentados anteriormente significavam que ao considerarmos um triângulo de lados 3u, 4u e 5u e construirmos um quadrado sobre cada um dos lados: Área do quadrado formado pelo lado maior (hipotenusa) = soma das áreas dos quadrados formados pelos lados menores (catetos). Contextualização Histórica sobre o teorema de Pitágoras As demonstrações do teorema pitagórico representadas na figura 5 a seguir, foram atribuídas ao matemático indiano Bhaskara (c. 1150), que apresentou tal diagrama sem nenhuma explicação, pois segundo ele, a própria figura e a álgebra forneceria a prova. Demonstração geométrica do Teorema de Pitágoras, atribuída ao matemático indiano, Bhaskara. Contextualização Histórica sobre o teorema de Pitágoras 1. A partir do quadrado representado pela figura 5A, considere que a, b e c representam os comprimentos dos segmentos, tal como está indicado na referida figura. Qual é o comprimento do lado do quadrado total representado por 5A? Qual a área do quadrado branco (menor; interno)? 2. Qual o tipo dos quatro triângulos coloridos de 5A? Qual é a área de cada um deles? 3. Explique por que a área do quadrado grande (de 5A) menos a área dos quatro triângulos coloridos é igual a área do quadrado (interno). 4. A partir do quadrado total representado pela figura 5B, considere que a, b e c representam os comprimentos dos segmentos, tal como está indicado na referida figura. Qual a área do quadrado branco maior? Qual a área do quadrado branco menor? Qual o tipo dos triângulos coloridos? Qual é a área de cada um deles? 5. Apresente os detalhes, omitidos por Bhaskara, para provar o Teorema de Pitágoras usando a figura 5A. Considere que você tem dois quadrados, um de lado medindo a + b e o outro medindo c. 6. Faça a mesma coisa com a figura 5B. Nesse caso você tem três quadrados, cujos lados medem a, b e a + b. Algumas problematizações temáticas RELEMBRANDO... Boa Hora-PI, temos a cultura do reisado, para a realização desse espetáculo, são produzidas vestimentas de palhas para os “caretas” dançarem, onde são tiradas várias medidas, com intuito de não sobrar nenhuma palha desigual, é uma cultura muito rica aqui da nossa região, e a matemática está muito presente nesse meu cultural. Que abordagem cultural é possível? FONTE: www.campomaioremfoco.com.br Didaticamente, como esse chapéu/bolsa poderia ser explorado, na aula, para ensinar Matemática? -Produção das tiras e observação da estrutura resultante e as figuras geométricas. - Observar vários polígonos e analisar as relações entre eles (triângulos, losangos, trapézios, paralelogramas, pentágonos, hexágonos). - Inventar novas estruturas e analisá-las. Quais são as letras que se podem entrançar com a mesma técnica? Que figuras se pode entrecruzar com esta técnica e de quantas se precisa em cada caso? GERDES, Paulo. Reflexões sobre o ensino da matemática e diversidade cultural. Revista Latinoamericana de Etnomatematica , vol. 7, não. 2, junho-setembro. 2014, pág. 108+. MENDES, Iran Abreu; CHAQUIAM, Miguel. História nas aulas de Matemática: fundamentos e sugestões didáticas para professores. Belém: SBHMat, 2016. REFERÊNCIAS