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Mastites

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Obstetrícia – Amanda Longo Louzada 
1 MASTITES 
DEFINIÇÃO: 
 É o processo infeccioso agudo das glândulas mamárias, caracterizado por inflamação local (rubor, calor, dor 
nas mamas) associado a sintomas sistêmicos como febre maior que 38,5ºC (deve ser medida oralmente), mal-
estar geral, astenia, prostração, até abscessos e sepse. 
ETIOLOGIA: 
 Em 60% dos casos é causada pelo S. aureus, destes, cerca de 40 a 60% são resistentes à meticilina (MRSA). 
A resistência é resultado do gene mecA que produz uma nova proteína ligadora de penicilina (PBP) com baixa 
afinidade pelos betalactâmicos. 
 O desenvolvimento da mastite está relacionado com a pega incorreta e fissuras mamárias. 
FATORES DE RISCO: 
 Ingurgitamento mamário 
 Fissuras nos mamilos 
 Obstrução ductal 
 Primíparas e jovens (antes dos 25 anos). 
TRATAMENTO: 
 Recomenda-se a massagem nas mamas, seguida de ordenha, aumento da ingestão de líquidos e repouso. 
 Pode ser necessário também o uso de analgésicos antiinflamatórios, antitérmicos e antibióticos. Compressas 
frias podem ajudar. 
 O aleitamento é mantido. Devemos orientar a pega correta. 
 Antibiótico de escolha: cefalosporinas de 1º geração, que possuem ação contra o MRSA. 
 A descontinuação da amamentação não está indicada na mastite 
 O leite materno é rico em anticorpos e fatores antibacterianos, eventuais toxinas bacterianas digeridas pela 
criança são destruídas no tubo digestivo. 
 O desmame abrupto favorece a estase láctea e a formação de abscessos. 
ABCESSOS MAMÁRIOS: 
 Sintomas de mastite porém com área tensa e flutuante. Alguns sinais sistêmicos podem estar presentes. É 
tratado com drenagem cirurgia e antibióticos. 
 A presença de abscesso não contraindica a amamentação, exceto em casos de saída de pus pela papila. 
 Nesse caso, suspendemos temporariamente o aleitamento na mama afetada e orientamos a ordenha 
mamária. 
 O abscesso subareolar está ligado ao tabagismo, portanto, o tratamento é ressecção do ducto acometido e 
interrupção do tabagismo.

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