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caderno de doenças equinos

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DOENÇAS DE EQUIDEOS – P3 
18/10/2017 
 PAPILOMATOSES EQUINAS 
Os equinos possuem 6 tipos de papilomatoses: 
 Papilomatose dos potros 
 Papilomatose do cavalo adulto 
 Papilomatose congênita 
 Papilomatose auricular 
 Placas aurais 
 Papilomatose venérea – é erroneamente chamada de Condilomatose 
 
PAPILOMATOSE DOS POTROS 
- Acomete potros em seu primeiro ano de vida 
- É mais comum nos animais de até 6 meses de vida 
- Eventualmente pode acometer animais adultos, porém é raro 
- É caracterizada por múltiplos papilomas pequenos e esféricos 
- É auto-limitante, melhorando em até 4 meses, mesmo sem tratamento 
- O tratamento é realizado por causa de questões estéticas, pois as lesões melhoram mais rápido 
 
Tratamento: 
1. Fitoterapia: Thuya ocidentalis 
Modo de preparo: 9 litros de água + 1 litro de álcool + 1 kg de folhas, flores e caule de Thuya, tampa e deixa 
em temperatura ambiente por 24 horas. 
Modo de utilização: aspergir 2,5 l da solução em cada animal, de 2 a 3 vezes por semana. 
 
2. Auto-hemoterapia 
Retira 10 ml de sangue do próprio animal (via jugular) e injeta embaixo da pele da axila, totalizando 4 
aplicações com intervalo de 10 dias entre cada aplicação. Pode suspender o tratamento assim que o animal 
apresentar melhora. 
 
PAPILOMATOSE DO ADULTO 
- É caracterizada por poucas verrugas grandes (máximo 5) no rosto e região dos olhos 
- Existem vários tratamentos 
 
Tratamentos: 
1. Medicamentoso: Pomada de Podofilina 20% ou Ácido Tricloroacético 50% (uso tópico sobre as 
lesões 2 vezes / dia até remoção completa) 
2. Cirúrgico: Faz com cauterização (remove derme e epiderme) ou crioterapia quando o tratamento 
com a pomada não funcionou 
3. Medicina Popular: Faz a ligadura com um fio, a verruga cai, mas volta, pois não remove todo o 
tecido infectado 
 
PAPILOMATOSE CONGÊNITA (NEONATAL) 
- É clinicamente igual à Papilomatose do Adulto 
- A transmissão é transplacentária de éguas infectadas para seus fetos 
- O tratamento é igual ao da Papilomatose do Adulto 
 
PAPILOMATOSE AURICULAR 
- A lesão não é esférica, mas sim ovalada e alongada 
- Atinge somente o pavilhão auricular, invadindo até mesmo a cartilagem, podendo deixar o animal troncho 
- Acomete vários cavalos no local 
 
Tratamento: 
1. Diaceturato de Diazoaminodibenzamidina (Ganazeg) 
Uso intramuscular (1 ml/25 kg PV 1 vez/semana- 4 aplicações) 
Tópico (2 vezes/ dia até remoção das lesões) 
 
2. M.M.D.H. (Monometilol dimetil hidantoína) - Spray Formoped 
Tópico- 2 vezes / dia até remoção das lesões 
 
3. Remoção manual 
A partir do 5º dia de tratamento faz massagem no local para remover as lesões 
 
Obs.: NUNCA usar Pomada de Podofilina 20% ou Ácido Tricloroacético 50% 
 
PLACA AURAL 
- Tem vários nomes: Placa Auricular, Acantose Pineal e Hiperqueratose Pineal 
- Causada pelo Papilomavirus 3 e 4 
- Caracterizado por uma lesão queratótica plana nas orelhas 
- A transmissão se dá pela mosca negra da orelha do cavalo (Simulium spp.) 
- Atualmente é considerada uma epidemia, principalmente porque os criadores têm removido os pelos das 
orelhas dos animais, deixando-as desprotegidas 
 
Tratamento 
1. Pomada manipulada 
• Thuya…………………….….5% 
• Citronela…………………..5% 
• Ácido Salicílico…………..1% 
• Desonida…………….….0,1% 
• Pomada Uréia q.s.p……..100 gramas 
• Uso local 2 vezes/dia por 14 dias 
 
2. Aciclovir (Pomada antiviral) 
Uso tópico sobre as lesões 2 a 3 vezes ao/dia por mais 14 dias 
 
3. Ixium (Imiquimode) - creme/pomada 
Uso tópico (local) sobre as lesões 3 vezes /semana durante 12 semanas. Se houver reação ao 
medicamento interromper sua utilização e comunicar o Médico Veterinário 
 
PAPILOMATOSE VENÉREA 
- Não pode ser chamada de Condilomatose 
- As éguas são apenas transmissoras da doença, os casos preocupantes ocorrem nos machos 
- Os cavalos apresentam lesões sérias no pênis, que se não forem tratadas podem levar ao carcinoma de 
células escamosas 
- DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Exantema Coital (Herpesvírus) > o pênis apresenta vesículas e úlceras, e não 
lesões queratinizadas 
 
Tratamento: 
A dificuldade está em expor o pênis do animal, por isso pode-se utilizar sub doses de Acepromazina, 
Xilasina ou Detomidina. Os produtos utilizados no tratamento são cáusticos, por isso o pênis não pode voltar 
rapidamente para o prepúcio. 
 
1. Pomada Podofilina 20% e Pomada Thuya 
2. Imiquimode (Aldara ou Ixium): só se após 10 dias de utilização das pomadas acima não tiver havido 
melhora 
Observações: 
- Não é recomendado interromper o tratamento antes de todas as lesões terem sido removidas. 
- Pode-se utilizar pomadas anestésicas no pênis do animal. 
- O pênis fica saudável, mas com coloração esbranquiçada. 
- Nas éguas utiliza a pomada de Podofilina 20% na vulva e retira ela da reprodução por monta natural (ela é 
a disseminadora do vírus para os machos). 
- Em bovinos a Papilomatose é mais grave e pode levar o animal à morte 
 
 CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS 
A Papilomatose Venérea pode se tornar CCE, se não for tratada corretamente. Nestes casos pode-se fazer a 
quimioterapia ou amputação do pênis com orquiectomia. Utiliza a técnica triangular para reduzir as chances 
de estenose uretral. 
 
 VACINA AUTÓGENA 
- Lavar 20 g dos papilomas com soluÇão fisiológica 
- Adicionar 80 ml de solução fisiológica e triturar no liquidificador 
- Passar a mistura em uma peneira fina 
- Adicionar 0,5 ml de formol a 40% p/ cada 100 ml do filtrado 
- Adicionar 5 milhões de penicilina procaina 
- Manter o preparado por 24 horas a 37 graus 
- 5 ml por via SC. 4 aplicações com intervalos de 5 dias 
 
Em potros não se utiliza a vacinação autógena, porque: 
 É difícil coletar o material devido o tamanho das lesões; 
 Formol IM ou SC causa abscessos no local de aplicação, não sendo desejado em potros; 
 A Papilomatose dos potros é auto-limitante, não sendo necessário submetê-los à esta terapia; 
 
 
 
 
 
25/10/2017 
FOTOSSENSIBILIZAÇÃO 
As lesões dermatológicas são descamativas e eritrematosas em áreas glabras despigmentadas, além disso 
pode haver ulcerações e alopecia nas áreas que possuem pelo. 
A Fotossensibilização ocorre após o animal susceptível tomar sol, mas não precisa necessariamente ser uma 
exposição exagerada, como nos casos de queimadura. 
 
 Há 3 fatores que são essenciais para que haja lesões por Fotossensibilização: 
1. Exposição ao sol – raios UV 
2. Despigmentação ou Hipopigmentação 
3. Fator fotodinâmico: este pode ser químico, alimentício – Filoeritrina, braquiária, e etc. O fator 
fotodinâmico varia entre espécies (bovinos e pequenos ruminantes também são susceptíveis) 
 
Os animais fotossensíveis possuem alta predisposição à desenvolverem CCE. 
 
TRATAMENTO 
• Sombra e protetor solar 
• Retirada do fator Fotodinâmico 
• Pomadas protetoras e epitelizantes 
 
CREME PROTETOR SOLAR (FPS 15) 
• Eusolex 6007 ……………..7% 
• Oxibenzona ………………..3% 
• Dióxido de Titânio ……….5% 
• Creme de Óleo de Uva q.s.p. 100 g 
 
GEL FITOTERÁPICO PARA QUEIMADURAS 
 Mentol………………..0,2% 
 Aloe Vera……………..10% 
 Confrey………………..…5% 
 Gel de Carbopol…..500g 
 
 
 
PEMPHIGUS FOLIACEUS 
É uma doença auto-imune, onde o organismo do próprio animal produz proteínas que agem como antígeno 
sobre a membrana basal, provocando acantólise, que é a perda de adesão celular (atinge os desmossomos). 
 
As lesões dermatológicas são crostosas, com pústulas, úlceras e etc. O animal só responde ao tratamento 
com corticoides, pois estes causam imunossupressão. 
O Pemphigus pode ser de vários tipos, atingindos diversas camadas da pele: 
1. Subcorneal 
2. Suprabasal 
3. Subepiderme 
 
Existe o Foliaceus (não atinge mucosas), Vulgar e Bolhoso, sendo que quanto mais profundo, mais grave é a 
lesão. 
 
DIAGNÓSTICO 
É por exame Histopatológico e Imunofluorescencia direta, que procura IgG nos espaços intercelulares da 
epiderme. 
Obs.: o Pemphigus Bolhoso afetamucosas e pode ser confundido com Estomatite Vesicular. 
 
TRATAMENTO 
É uma doença sem cura, e o animal pode precisar tomar AIES por muito tempo. 
Protocolo Inicial: Prednisolona 0,1 mg/ kg oral de 12 em 12 hs por 7 dias (depois ajustamemto da dose) 
 
A longo prazo para substituicão do corticóide considerar Crisoterapia ou Aureoterapia (terapia com Sais de 
Ouro) 
• Aurotioglucose (Solganol, Shering)- 1 mg/ kg 1 vez/ semana I.M. por 1 mês e depois aplicacões 
mensais ou bimestrais 
• Aurotiomalato Sódico( Myochrysine ou Tauredon)- 0,5-1 mg/ kg 1 vez por semana I.M. ? 
• Auranofina ( Ridaura ) - oral 
Principais efeitos colaterais: toxicidade hepática e renal, anemia hemolítica e leucopenia 
 
Pesquisas estão sendo realizadas com o Tratamento Peptídico (PI- 0824), que é uma proteína com sequencia 
de aminoácidos idêntica a Desmogleina 3 (desmossomo). 
 
OBS.: O Pemphigus é uma doença de caráter genético e hereditário, por isso o animal precisa ser removido 
da reprodução. 
 
DISTROFIA DA BANDA CORONARIA 
Lesão hiperqueratótica especificamente na faixa coronária, que deve ser tratada da seguinte maneira: 
 Colodio Elástico Queratolítico por 10 dias – Uso Tópico 
 Depois Desonida pomada tópica/10 dias 
 Depois Adapaleno 0,1% gel - Aplicação tópica 1 x ao dia/30 dias 
 
INTOXICAÇÃO POR SELÊNIO – SELENOSE 
A selenose ocorre principalmente em cavalos atletas que são altamente suplementados. Os sinais clínicos 
desta afecção são distrofia da banda coronariana, rachaduras no casco, cauda mirrada (pouco pelo), alopecia 
na crina. 
 
Dose tóxica = 3,3-6 mg/kg 
Selenose = acima de 5 ppm no pelo (análise ortomolecular) 
Tratamento = 4.5 g/dia de naftaleno por 5 dias (muito forte, melhor Arsenil) 
Prevenção = cobre, metionina, arsenito de sódio 
 
SARCOIDE 
Neoplasia benigna altamente invasiva, única ou múltipla, com pouco poder metastático, que só acomete 
equinos. Nos raspados de pele e culturas microbiológicas o resultado é sempre negativo. 
 
Sarcoide oculto: área alopécica, escura e queratinizada. 
Sarcoide fibroblástico: desenvolve-se próximo aos olhos. 
Sarcoide nodular: forma um nódulo único ou múltiplo em qualquer região do corpo. 
Sarcoide verrugoso: é semelhante ao papiloma plano. 
 
A etiologia ainda não foi definida, mas algumas linhagens de equinos são mais predispostos. 
 
O diagnóstico é por exame histopatológico e o tratamento cirúrgico (crioterapia é melhor) associado à 
quimioterapia com BCG (potente imunoestimulante) ou Cisplatina (no local da ferida cirúrgica, após a 
cicatrização – pode ocorrer inflamação local). 
As taxas de recidivas pós-cirúrgicas são altas. 
01-11 
SARNAS 
A incidência de sarnas em equinos reduziu bastante, porque o controle de vermes é feito com Ivermectina, e 
este é eficiente contra sarnas. Contudo, não foi erradicada porque nem todos os planteis são vermifugados 
corretamente. 
 
Existem 3 tipos: 
1. Sarna Corióptica 
2. Sarna Psoróptica 
3. Sarna Sarcóptica 
 
DIAGNÓSTICO 
É possível determinar qual sarna está acometendo o animal apenas pelo exame clínico, uma vez que se as 
lesões forem nas patas, a sarna é a Corióptica, pois esta afeta as extremidades do membro (coroa, boleto, 
quartela). Se as lesões estiverem em regiões de acumulo de pelo, como na crina, cauda e topete, a sarna é a 
Psoróptica, mas se acometer todo o corpo e o prurido for intenso, a sarna é a Sarcóptica. 
 
Também pode usar microscopia para diferenciar. 
 
TRATAMENTO 
1. Corióptica: Ivermectina sistêmica + banho localizado com Amitraz + Coleira parasiticida na pata por 
25 dias. 
2. Psoróptica: Ivermectina sistêmica + banho localizado com Amitraz 
3. Sarcoptica: Ivermectina ou Moxidectina (oral ou injetável), com intervalo de 15 dias, 4 a 6 
administrações + Banhos com ? 
 
Sarna Demodécica: Os equinos podem ter sarna demodécica, mas a frequência é baixa. Pode acometer 
animais de qualquer idade, podendo estar relacionada com componente imunológico, e não genético. Para 
tratar usa-se Ivermectina e aplicações locais de Amitraz. 
 
ÁCAROS 
No pasto existem ácaros que podem causar dermatite alérgica em cavalos mais sensíveis, porém é mais 
comum que causem problemas respiratórios. 
 
Os ácaros Euschoengastia sp. e Tromiculidiase (Trombicula spp) estão presentes no feno e causam 
problemas dermatológicos, pois são irritante para a pele do cavalo. Geralmente se torna endêmico na região 
e acomete muitos animais do plantel. 
 
Dermanyssus gallinae é um ácaro parasita de aves e é extremamente irritante para cavalos, por isso não é 
recomendado criar galinhas no mesmo local que os cavalos. 
 
BERNE 
A mosca Dermatobia hominis é a responsável por essa afecção, que é menos comum que nos bovinos. A 
larva é depositada sobre a pele íntegra do cavalo, penetra e causa um intenso processo inflamatório no 
local. Não é indicado espremer, pois pode ficar resquícios da larva e causar abcessos, fistulas e etc. 
 
MIÍASE 
As moscas colocam suas larvas nas feridas dos equinos, agravando a lesão. 
O tratamento consiste em limpar a ferida realizando um bom debridamento, Ivermectina sistêmica, 
antibiótico e antinflamatórios, soro antitetânico e repelente local. Para limpeza e remoção das larvas pode-
se utilizar Creosol. Se for possível, deve-se fazer uma bandagem para proteger o local, se não, faz o 
tratamento como ferida aberta. 
 
ONCOCERCOSE 
É causada pelo nematódeo Onchocerca cervicalis, que possui tropismo pelo ligamento cervical. A microfilária 
migra para a cernelha, onde atingem a maturidade e se alojam nos ligamentos cervicais. Provoca um 
processo reativo e inflamatório, que evolui pra bursite e há formação de uma fistula que emite secreção 
mucopurulenta. Pode ocorrer na cernelha, mas também na região atlanto-cervical. Pode provocar também 
dermatite generalizada devido à migração das microfilárias. 
 
CICLO: É transmitido através da picada do mosquito do gênero Culicoide spp., que é um vetor mecânico. 
TRATAMENTO: Manejo habitual com a ferida + 4 administrações de Ivermectina. 
 
PRURIDO NA BASE CAUDA 
O animal pode ter um prurido intenso na base da cauda, levando à áreas de alopecia na região. Pode perder 
todo o pelo da região. 
Os fatores etiológicos e predisponentes podem estar isolados ou associados, e estes são: 
• Oxiurose: só descarta por exame microscópico. 
• Pediculose 
• Sarna Psoróptica 
• Micose 
• Dermatite bacteriana 
• Culicoides 
• Nutricional > intoxicação por selênio 
• Coceira Psicogênica > estresse, animal em baia e sem trabalho 
• Excesso de carboidratos (produz muita histidina, que é precursora de histamina) e proteínas 
 
Assim como a causa, o tratamento é multifatorial: 
 ARNICA……..................5% 
 ALOE VERA…................5% 
 ÓXIDO DE ZINCO….......5% 
 LIDOCAÍNA……..........…5% 
 HIDROCORTISONA.…0,2% 
 TRICLORFON……….......1% 
 CITRONELA…….........….5% 
 PRÓPOLIS………........…..5% 
 CANFORA……………........2% 
 PASTA D’AGUA….........qsp 
 
Recomendações: 
- Deixar o animal em piquete, ou pelo menos trabalhar periodicamente com ele; 
- Diminuir alimento concentrado; 
- Diminuir ou remover os fatores estressantes; 
- CONVERT H (REAL) 
- Vermifugacão com ivermectina 
- Controle de ectoparasitas com fipronil 
 
FIBROMA/ QUELÓIDE 
São decorrentes geralmente de laceração, não respondem a tratamento porque já ocorreu calcinose e 
deposição de fibrina (?). 
O tratamento é cirúrgico: 
1. Remover o máximo de tecido possível 
2. Animal deve ficar estacado 
3. Faz-se um enxerto. 
 
LIPOMA 
Nota-se elevação na região de cernelha, é importante diferenciar se não é depósito de gordura decorrente 
de Síndrome Metabólica. 
Lipomas não são malignos, não necessitam de tratamento. 
É necessário remoção quando o lipoma cresce muito, isto porque comprime tecidos adjacentes e causa dor 
no animal. 
 
MELANOMA 
É uma neoplasia que acomete principalmente cavalos de pelagem tordilha.Se desenvolve na base da cauda, 
lábios e próximo a glândula parótida. Pode ser retirado cirurgicamente, mas a taxa de recidiva é enorme. O 
ideal é estacionar com Cimetidina, ela age no mecanismo de produção dos melanócitos mutados, impedindo 
a evolução tumoral. 
 
Quando o melanoma é maligno, mas ainda localizado, deve-se fazer a remoção cirúrgica, e associar 
Cimetidina + Cisplatina (anti-neoplásico), quando há comprometimento sistêmico a indicação é eutanásia. 
 
CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS 
É uma neoplasia maligna cutânea, pouco metastática, e quando ocorre metástase é para os linfonodos da 
região. É um câncer bastante invasivo e de curso rápido. 
 
A aparência clínica é de úlceras que não cicatrizam, mas pode aparecer como granulações e etc. É mais 
comum em áreas despigmentadas e a exposição excessiva ao sol é um fator predisponente. 
 
O tratamento consiste em remover cirurgicamente todos os nódulos e fazer quimioterapia adjuvante com 
Cisplatina. O ideal é intervir bem no inicio e o diagnóstico é por histopatologia. 
Fitoterapia com Cansema (Salvia negra tropical). 
 
CISTO DENTÍGERO DA BASE DA ORELHA 
Há crescimento de um dente no osso temporal do cavalo, formando um aumento de volume na base da 
orelha, com fístula e liberação de material purulento. O tratamento é a partir da remoção do dente. 
 
ATEROMA DA BASE DA ORELHA 
As duas coisas tem uma fístula na base da orelha. Os ateromas podem não ter fístulas, não trazendo nenhum 
transtorno. 
 
CISTO EPIDERMICO DO DIVERTÍCULO NASAL 
Aumento de volume na cavidade nasal com certa flutuação. O tamanho é variável, mas não trás transtornos 
ao animal, pois não provoca dor. Para fechar diagnostico faz a punção no local, se sair uma secreção 
esbranquiçada, sem odor e com consistência de pasta dental, é esta afecção. 
 
 
 
 
 
08/11/17 
DOENÇAS DO SISTEMA REPRODUTIVO DA ÉGUA 
 
Quando há alguma afecção no sistema reprodutivo da égua pode-se considerar que os primeiros sinais são a 
infertilidade ou a subfertilidade. 
 
Uma fêmea fértil é aquela que consegue ter boa concepção, gestação, parto e lactação, tendo como produto 
final um potro desmamado saudável. 
 
As alterações do sistema reprodutivo podem acontecer na concepção, no pré parto, parto ou pós parto. 
 
CONCEITOS: 
• Fertilidade: uma égua fértil é aquela que consegue produzir 1 potro/ ano. 
• Perda embrionária precoce (P.E.P): a égua é fertilizada, o embrião chega até o útero e 
posteriormente a égua perde este até os 50 dias. Ocorre absorção do concepto, raramente observa-
se secreções vaginais. Pode ser causada por vários fatores, tais como nutrição inadequada, estresse, 
doenças infecciosas, trabalho em excesso e outros. É considerado normal até 5%. 
• Ausência de Concepção: a égua se apresenta vazia após protocolo de IA, pode ser causada por 
vários fatores, sendo a Endometrite a causa mais importante. 
Causas de ausência de concepção: 
a. Alterações Endometriais (Endometrite) 
b. Alterações tubárias e ovarianas 
c. Distúrbios Hormonais 
d. Extremos de Score Corporal 
e. Manejo inadequado 
f. Nutrição inadequada 
g. Garanhão 
h. Idade: as éguas podem permanecer em manejo reprodutivo por até 20 anos. 
 
 
 
 
 
 ENDOMETRITE INFECCIOSA 
Consiste na inflamação do endométrio, ocasiona infertilidade ou subfertilidade, P.E.P, aborto, natimortos ou 
potros fracos (devido a placentite no final da gestação). É a principal causa de infertilidade em éguas! 
 
Acomete cerca de 25 a 40% das éguas. 
 
A Endometrite Infecciosa apresenta um agente infeccioso envolvido, sendo estes divididos entre agentes 
determinantes, prováveis ou contaminantes. 
 
Ao realizar cultura, pode-se encontrar os seguintes tipos de agentes: 
 
1. Agentes determinantes: 
São os microrganismos responsáveis pela endometrite, cujo tratamento é complicado. Quando estes 
agentes são encontrados não é necessário realizer citologia, pois com certeza está ocorrendo endometrite. 
Exemplos: Streptococcus zooepidemicus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella pneumoniae 
 
2. Agentes prováveis: 
Podem estar envolvidos no processo de endometrite, porém é necessário realizar os exames de citologia e 
biópsia para confirmar. 
Exemplos: Actinomyces pyogenes, Proteus spp. e Staphylococcus spp. 
 
3. Contaminantes: 
Quando estes são encontrados é necessário realizar uma citologia para verificar se realmente há 
endometrite. 
Exemplos: Streptococcus alfa hemolítico, Enterobacter spp., Staphylococcus epidermidis. 
 
FATORES PREDISPONENTES X FATORES DETERMINANTES 
Fatores predisponentes: 
• Falhas no mecanismo de defesa uterino (Éguas susceptíveis): durante o ESTRO os mecanismos de 
defesa são mais potentes, há uma grande migração de células polimorfonucleares e Ac’s, contudo, 
em algumas éguas o mecanismo de opsonização é falho, e por isso o útero fica mais susceptível à ser 
colonizado por microrganismos. 
• Anatomia vulvar, vestibular ou cervical desfavorável: 
 
A vulva apresenta três selos, estes impedem a contaminação uterina. Estes selos são: selo vulvar, selo 
vestibular e selo cervical. Durante o estro ocorre a abertura e relaxamento destes, o que faz com que a égua 
se torne mais susceptível a infecções, porém, também é durante o estro que ocorre um aporte maior de 
células de defesa, como dito anteriormente. 
 
A comissura dorsal da vulva tem que estar na altura do assoalho pélvico. Quando encontra-se acima do 
assoalho, a vulva assume um formato de “colher” e não fica coaptada de forma correta, além de se 
aproximar do ânus, dessa forma entra muito ar (pneumovagina) e fezes na vagina, levando contaminação 
para o ambiente uterino. 
 
• Desafio exagerado de Patógenos: uma das maiores causas de endometrite em éguas é a 
manipulação inadequada ou em excesso, onde os animais são submetidos à várias manipulações e 
desafios exagerados, além disso, muitas coberturas e distocias também podem causar endometrite. 
 
• Excesso de Antibioticoterapia: favorece a seleção de bactérias multirresistentes, além disso, 
favorece também a infecção fúngica. Quase 100% dos extensores / diluentes possuem antibiótico, 
fazendo com que as bactérias criem resistência. A infecção fúngica ocorre devido ao uso prolongado 
de antibiótico, mas em subdosagem. 
 
• Obs.: a associação de fungos e bactérias é extremamente usual, em casos mais difíceis além da 
cultura bacteriana deve-se fazer cultura fúngica com fungiograma. 
 
• Falhas na drenagem uterina (principalmente em éguas velhas): principalmente durante o Estro o 
útero produz muito líquido, este não pode ficar retido uma vez que provoca alteração de pH e 
favorece a instalação de agentes infecciosos. 
Os mecanismos de drenagem uterina são: 
- Drenagem linfática (é o principal mecanismo); 
 
- Contração uterina; 
 
- Abertura e relaxamento cervical: ocorre estímulo de contração do miométrio de forma a 
possibilitar a saída de conteúdo. 
 
- Posição uterina: éguas velhas possuem o útero deslocado. 
 
Quando ocorre falha em algum desses mecanismos ocorre o acúmulo de líquido uterino. 
 
 
 
ASPECTOS DE AVALIAÇÃO CLÍNICA QUE PODEM AUXILIAR NO DIAGNÓSTICO: 
• Secreção vulvar: nem toda égua com endometrite apresenta secreção vulvar, e quando há secreção, 
esta pode ou não ser purulenta. Segundo o professor 90% das éguas com endometrite não 
apresentam secreção. 
 
Obs.: éguas com piometra apresentam secreção durante o estro, não ocorre febre e vivem bem com a 
afecção. 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
 
Lavado uterino: uma sonda específica é introduzida rumo ao seguimento cervical e esta leva solução NaCl 
0,9% ou RL à 37°C, posteriormente retira-se. Se o líquido que sair for opaco pode-se considerar que a égua 
tem endometrite. Se o líquido for de odor fétido e coloração escura, provavelmente o agente é fúngico. 
Debris celulares em líquido límpido é normal, ocorre principalmenteno período de transição sexual (sai do 
período de inverno para o verão). 
 
• US: com o ultrassom pode-se avaliar se tem líquido no útero e espessamento do endométrio. 
 
 
• Exames laboratoriais para endometrite: 
 
- Citologia: apresenta valor diagnóstico por ser bastante confiável, além disso, é simples de ser feita e 
barato. É realizada da seguinte forma: coleta-se material com swab intra uterino (a extremidade do coletor 
não pode tocar em outro lugar sem ser o útero), após a coleta no corpo e cornos uterinos faz-se o esfregaço 
na lâmina, cora e leva ao microscópio. 
 
- Cultura: demora mais para se obter resultado, tem valor diagnóstico, terapêutico e prognóstico. Também 
coleta-se o material usando swab intra uterino. 
 
- Histopatologia: apresenta valor diagnostico e prognóstico (melhor), porém não tem valor terapêutico. 
Determina a situação do endométrio. É feito da seguinte forma: coleta-se um fragmento uterino utilizando a 
“pinça jacaré”, geralmente coleta-se 3 fragmentos (corpo e cornos uterinos), posteriormente estes são 
colocados em formol (1 ml de formol em 9ml de água) e enviados ao laboratório. 
 
 
Endométrio normal. Endometrite difusa. 
 
 
Endometrite difusa: melhor prognóstico. Endométrio fibrosado: não emprenha mais. 
 
 
Atrofia endometrial e pouco trabalho glandular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO: 
 
a) Correção Vulvar caso seja necessário: é um componente extremamente importante, eventualmente 
pode ser necessário. Deve-se sempre olhar a vulva e avaliar se há necessidade de correção. Se a 
égua responder ao tratamento conservativo, não é necessário realizar cirurgia. 
b) Antibacteriano e antifúngico sistêmicos 
 
c) Lavagem uterina associada a antibacterianos e ou antifúngicos (intrauterino). Deve-se lembrar que a 
antibioticoterapia intra-uterina apresenta melhores resultados do que a sistêmica. 
 
O tratamento intra-uterino tem que ser feito diariamente, ou seja, todos os dias é necessário infundir 
antibiótico dentro do útero, o que pode ser um fator limitante devido à mão-de-obra. 
 
A lavagem com a antibioticoterapia intra-uterina é o tratamento mais adequado, e esta deve ser realizada 
preferencialmente durante o estro. 
 
Porque escolher o tratamento no ESTRO? 
Durante o estro há uma maior migração leucocitária de macrófagos, por isso este período favorece o 
tratamento. 
 
Como fazer? 
Aquecer o Soro Fisiológico/Ringer com lactato a 37°C, a cada lavagem infundir 0,5 a 1,5 L de soro, pode-se 
fazer até 3 lavagens por vez, gastando ate 4,5L de soro. 
 
Após colocar o soro deve-se espalhar o líquido no útero através de massagem transretal, em seguida deve-se 
retirar o líquido pela sonda. A infusão e remoção de líquido devem ser feitas até que o mesmo saia mais 
límpido, somente após isso deve-se infundir o antibiótico. 
 
Medicamentos que podem ser usados na lavagem uterina: 
• Antisséptico: como por exemplo, Permanganato de Potássio (1g em 2L), PVPI a 0,5% e Clorexidine 
0,05%. 
 
• Mucolíticos: Bromexina 100ml/1L ou N-acetil-cisteina 100ml/1L. Favorece a penetração do 
antibiótico e só deve ser utilizado se a secreção estiver muito espessa (Endometrite grave). 
 
• Antiinflamatório: Pode-se utilizar DMSO, este tem por objetivo ajudar a penetração do 
medicamento tópico no endométrio. Para 1l de soro fisiológico utilizar 10 ml. Além de ser anti-
inflamatório, também sequestra radicais de oxigênio livre. 
 
• Prostaglandinas e Citocinas: o uso pode aumentar as contrações intrauterinas, de tal forma a 
favorecer a saída de líquido. As citocinas possuem efeito maior, contudo apresentam curta duração, 
já as prostaglandinas possuem efeito menor, mas de são de maior duração. 
Quando não tem ocitocinas exógenas, pode-se aproximar a égua de um garanhão ou realizar massagens na 
cérvix para estimular a liberação de citocinas endógenas. 
 
Obs.: a hormonioterapia exógena é menos eficiente do que a endógena, isso devido à interação com 
receptores. 
 
• Antibióticos intra-uterinos: 
1) Aminoglicosídeos: Gentamicina e Micacina 
2) Cefalosporinas 
3) Quinolonas 
OBS.: Deve-se sempre associar a Gentamicina à Penicilina, pois possuem sinergismo. A Penicilina é da classe 
dos Beta-lactâmicos, e estes agem na parede celular microbiana e facilitam a entrada da Gentamicina. Além 
disso, a Penicilina é boa para bactérias gram + e anaeróbias, já a Gentamicina é boa para gram negativos, 
aumentando assim espectro de ação. 
 
• Antibióticos sistêmicos: 
1)Quinolona 
2)Penicilina + gentamicina: beta lactamicos são eficientes para gram neg e anaeróbicos, e gentamicina para 
gram positivos. 
3)Cefalosporinas de 3° geração 
4) Tetraciclina: somente em casos especiais 
 
• Antifúngicos: 
1) Anfotericina B 
2) Nistatina 
3) Lufenoron : consiste em um medicamento inibidor de quitina. 
Em casos de endometrite fúngica deve-se realizar lavagens com PVPI 0,5% + ácido acético (20ml em 1l de 
soro fisiológico). 
Antifúngicos sistêmicos não são comuns de serem utilizados. 
 
Técnicas cirúrgicas: 
• Cirurgia de Caslick: é uma cirurgia temporária, é feito uma sutura na vulva fechando-a, perto do dia 
do parto abre-se a sutura. 
 
• Técnica de Pouret: esta técnica resolve o problema definitivamente 
 
 CISTOS ENDOMETRIAIS 
O diagnóstico é realizado através de US, e devem ser diferenciados de vesículas embrionárias. 
Quando há formação de ninhos císticios glandulares o prognóstico é pior, pois são vários cistos unidos. 
O tratamento é realizado por cauterização com alça de polipectomia. Como o endométrio também é 
cauterizado, pode haver problemas gestacionais depois. 
 
 LEIOMIOMA/HIPERPLASIA CRÔNICA 
É uma afecção que ocorre no diestro, porém a causa ainda não foi estabelecida. 
O prognóstico é desfavorável quanto à gestação e à recuperação de embriões, porém as éguas ciclam 
normalmente. 
Os espermatozoides tem dificuldade de se introduzirem na tuba uterina, há alteração de pH (este passa a ser 
espermicida) e o embrião também não consegue entrar na tuba uterina 
 
 
 
22/11/2017 
 
 PERDA EMBRIONÁRIA PRECOCE (PEP) 
- É considerado PEP quando o embrião morre até o 50º dia de gestação; 
- Até 5% de PEP em um haras é aceitável; 
- Pode ser imperceptível e causada por vários fatores: 
• Doenças Infecciosas: é causa mais comum de PEP 
• Endometrite 
• Distúrbios Hormonais 
• Deficiências Nutricionais 
• Medicamentos: alguns são abortivos e teratogênicos 
• Excesso de trabalho (Inicio e final da gestação) 
• Agentes Tóxicos: carrapaticidas em altas doses e frequência inadequada, principalmente por 
organofosforados/Amitraz 
• Cobertura durante a gestação: pode ocorrer, pois as éguas manifestam 2 cios mesmo estando 
prenhes (primeiras 3 semanas e entre 110 e 130 dias de gestação) 
 
 ABORTOS INFECCIOSOS 
- É considerado aborto quando o feto morre após o 50º dia de gestação; 
- Pode ser causado pelos agentes abaixo: 
• Herpesvirus 
• Leptospirose 
• Endometrite bacteriana ou fúngica 
• Piroplasmose (Babesia equi) 
• Garrotilho 
 
Sinais clínicos: 
- Secreção mucosa, purulenta ou mucopurulenta saindo da vulva; 
- Espessamento da parede placentária (placentite), vista pela ultrassonografia; 
 
 VARICOCELE VAGINAL 
Durante a gestação pode ocorrer a formação de varizes na mucosa vaginal devido à uma alteração venosa 
provocada por mudanças hormonais. Estas varizes podem romper e provocar intenso sangramento vaginal. 
Se isso ocorrer, pode-se utilizar uma compressa com soro gelado, acrescido de adrenalina, diretamente na 
Mais comum no terço final da gestação 
vagina, por 15 minutos. Depois deve-se suturar a base dos vasos realizando varias ligaduras para que não 
volte a sangrar. 
 
Nas próximas gestações pode ocorrer novamente a formação de varizes, e por isso faz-se o 
acompanhamento com o vaginoscópio e se aparecer realiza a laqueadura dos vasos antes delesromperem. 
 
Diagnóstico Diferencial: aborto, lacerações na mucosa vaginal, afecções no útero, cérvix, bexiga e uretra. 
 
 INDUÇÃO DO ABORTO 
O aborto só pode ser realizado após as duas perguntas abaixo serem respondidas e justificadas: 
 
1. Qual é o tempo de gestação? 
2. Qual é o motivo do aborto? 
 
Na maioria das vezes o proprietário deseja abortar o feto porque a égua está em alguma competição e não 
deveria ter emprenhado, ou o cavalo que emprenhou a égua não é o desejado, ou porque a prenhes é de 
gêmeos. 
 
GEMELIDADE 
- A gemelidade é uma das causas justificáveis de aborto, pois na égua os filhotes nascem mortos ou inviáveis, 
ou seja, ela não consegue gerar dois fetos em uma única gestação. 
 
- As consequências do parto gemelar em éguas são distocias, mumificações, natimortos, filhotes deficientes 
e etc. 
 
- Quando a gestação é univitelina em cornos separados há mais chances dos babys nascerem saudáveis, mas 
se for univitelina no mesmo corno é quase impossível deles nascerem com vida ou viáveis (alto índice de má 
formação). 
 
- Se a prenhes for diagnosticada antes dos 20 dias é possível tentar transformar em gestação única, pois o 
embrião ainda não implantou no útero. Para isso, leva um dos embriões até o corno uterino e o esmaga. 
 
 
- Se a gestação ultrapassar o 20º dia é necessário provocar a perda dos dois, pois a chance deles nascerem 
saudáveis é mínima. Para isso deve-se seguir o protocolo abaixo: 
 
1. Aplicar uma dose de PGF2-alfa (IM) 
2. Quatro dias após essa aplicação a égua deve entrar no cio, e este pode ser aproveitado se o proprietário 
desejar. 
 
- Se a gestação ultrapassar o 45º dia, deve-se seguir o protocolo abaixo: 
 
1. Aplicar PGF2-alfa por 5 dias consecutivos 
2. Aplicar 1 dose de E2 
3. Realizar a lavagem uterina com soro fisiológico + antibioticoterapia 
O cio só pode ser aproveitado após 30 dias da realização deste protocolo. 
 
 INDUÇÃO DO PARTO 
É indicado induzir o parto quando há uma das afecções abaixo: 
 Hidroalantóide: é causado por um problema na drenagem do liquido fetal, que se acumula na bolsa 
alantoideana. É mais comum em vacas. 
 Ruptura tendão pré-púbico 
 Placentite 
 Gemelidade: quando o proprietário deseja ter os dois potros ou quando não sabia que era parto 
gemelar. 
 Endometrite 
 Histórico de Distocias 
 Gestação prolongada: o período de gestação é de 330 dias, mas pode-se esperar até 370 dias. 
 Patologias incompatíveis com gestação: Laminite, fraturas, estreitamento do canal do parto, etc. 
 Mumificação 
 Morte fetal 
 
Critérios que possibilitam a indução do parto 
• Gestação superior a 320 dias: menos que isso o potro nasce prematuro 
• Aumento da glândula mamária e presença de Colostro (ou ter o colostro de boa qualidade 
disponível) 
• Relaxamento perineal, vulvar e cervical: para isso pode-se fazer 3 doses de E2 antes da indução 
• Concentração de carbonato de Cálcio no leite acima de 20 mg/dl 
 
- A indução do parto é um procedimento eletivo, por isso pode ser agendado para segunda ou terça de 
manhã, tendo tempo para que se ocorra algum problema, esteja seja solucionado com calma. 
 
PROTOCOLO DE INDUÇÃO DO PARTO 
1 litro de soro glicofisiológico 
20 UI ocitocina 
100 ml gluconato de cálcio 
*Administrar via endovenosa; 
 
Geralmente o parto inicia de 5 a 10 minutos após a indução, mas pode demorar até 30 minutos. Se em 40 
minutos a égua não entrar em trabalho de parto deve-se repetir a dose. 
 
Observações: 
- O estágio 2 do parto pode demorar no máximo 30 minutos. 
 
- Algumas éguas ficam estressadas e não se deitam, neste caso é necessário tomar cuidado para o potro não 
se machucar ao ser expulso. 
 
- Algumas égua podem demorar até 3 horas para expulsar a placenta. 
 
- Em vacas a indução do parto é feita com corticoide, porém em éguas não funciona muito bem, porque não 
há uma previsibilidade de quando o potro vai sair. 
 
- Em éguas o concepto sempre se adapta ao tamanho do útero, por isso, mesmo que uma pônei cruze com 
um MM, o feto será de tamanho compatível ao útero da mãe. 
 
- Deve-se utilizar ocitocina, pois é o hormônio do amor e que estimula a lactação. 
 
- A indução sempre deve ser acompanhada por um médico veterinário. 
 
 
 
ALTERAÇÕES DO POTRO NO PÓS-PARTO 
DEFINIÇÕES 
 Neonato: do nascimento aos 5 dias de vida 
 Prematuro: o animal nasce antes do 320º dia de gestação 
 Dismaturo: o animal nasce no tempo certo (330 dias), porém tem característica de prematuro 
 
PARÂMETROS DO NEONATO 
 Decúbito esternal Reflexo de sucção Levantar Mamar 
Normal 5 min 5 a 10 min 0 a 1 h 0 a 2 h 
Preocupante 5 a 10 min 10 a 15 min 1 a 2 h 3 a 4 h 
Grave >10 min >15 min >2 h >4 h 
 
- HIPOMANE 
É uma concreção sólida que se forma a partir de material urinário do potro, debris, material celular e 
proteico. Sua função é manter o pH do liquido amniótico, por isso não é patológico. 
 
- SEQUELAS DA PREMATURIDADE 
 Flacidez tendínea 
 Má formação dos ossos cuboides do carpo 
 Pelo curto 
 Não consolidação do casco (casco amolecido) 
 Perda de reflexo de sucção 
 Abaulamento frontal (não é hidrocefalia) 
 Mucosas congestas 
 Anemia 
 Icterícia 
 
- DIFERENCIAR CONTAMINAÇÃO POR MECÔNIO, ISOERITRÓLISE E PIROPLASMOSE 
1. Contaminação por mecônio: o potro nasce todo amarelo, na maioria das vezes nasce natimorto, e o 
líquido amniótico/placentário é amarronzado. 
 
2. Isoeritrólise: ocorre quando há incompatibilidade sanguínea do garanhão com a égua. O potro tem o 
sangue do garanhão e a égua produz anticorpos anti-hemácia do potro. Quando o potro nasce e mama o 
colostro apresenta isoeritrolise que causa hemólise, icterícia, letargia, fraqueza, anemia e diminui mamada. 
O potro só apresenta alterações após 24/48 horas da mamada do colostro. 
3. Piroplasmose: o potro já nasce ictérico, e na sorologia encontra-se Ac’s contra o agente causador. Se a 
égua apresenta babesiose, o potro pode nascer infectado por infecção transplacentária. Os potros nascem 
com icterícia e anemia profunda. O tratamento é com imidocarb, transfusão e hidratação. 
 
- RETENÇÃO DE MECÔNIO 
O potro tem que eliminar o mecônio em ate 6 horas após o parto (colostro é laxante), e este tem coloração 
marrom escuro a preto. Se isso não ocorre, o animal apresenta disquezia, dor abdominal e diminuição da 
mamada. 
Se após 24 horas do nascimento o mecônio não tiver sido liberado faz-se o enema usando fleet (efeito 
osmótico) ou agua morna com detergente (por sonda - 150 a 200 ml) e aguarda ate 1h. Se não eliminar 
repete o enema e em ultima opção administra laxante (10 ml de leite de magnésio e 5 ml de agarol 2 a 3x 
dia). 
 
- RUPTURA DE BEXIGA 
O animal tem dificuldade de urinar, apresenta posição de esforço, fraqueza e letargia. O diagnostico pode 
ser por ultrassom (injeta soro por sonda e visualiza escapar o liquido) outra possibilidade é inserir azul de 
metileno na sonda e coletar o liquido abdominal, se vier azul confirma a ruptura. O tratamento é cirúrgico. 
 
- SÍNDROME DO MAU AJUSTAMENTO – HIPÓXIA POR DISTOCIA 
O potro apresenta dificuldade em se levantar, sintomas neurológicos, comprime a cabeça na parede e tem 
dificuldade para mamar. Geralmente oriundo de parto demorado/complicado ou placentite. O tratamento é 
intensivo (correção de hipotermia e hipoglicemia) e há boas chances de recuperação sem sequelas. 
 
TERAPIA PARA INDUZIR A LACTAÇÃO 
 Indução da lactação em éguas não paridas (amas de leite) 
• 50 mg Benzoato de Estradiol(Estrogin) IM- Dose única 
• 12 ml de Progesterona(P4-150 mg/ml) IM- Dose única 
• 3 comp. de Sulpirida( Equilid) oral de 12 em 12 hs- 14 dias 
• (Producão de leite 4 a 7 dias após o inicio do tratamento) 
• (Sulpirida ou Domperidona-1,1 mg/kg 1 vez ao dia oral) 
• Sulpirida e Domperidona=Antagonista de receptores D2 dopamina 
 
 Agalaxia Pós-Parto 
• Sulpirida(Equilid)- 3 comp. de 12 em 12 hs- 7 dias• Metoclopramida(5 mg/ml)- 4 amp. De 12 em 12 hs- IM 
• Ocitocina- 20 UI IM 2 vezes ao dia 
• Acepran 1%- 2 ml IM – 4 vezes ao dia 
• Feno de Alfafa à vontade 
 
MANEJO DE ADOÇÃO OU EM CASOS DE PERDA DO INSTINTO MATERNO 
• Acepran 1%- 2 ml – 3 a 4 injecões ao dia IM: acalma e faz vasodilatação 
• Vick vaporub nas narinas- 1 a 2 aplicacões: mascara o olfato da égua 
• Massagem cérvix( 1 min)- 2 a 3 vezes(interv. 10 min): libera ocitocina que é o hormônio do amor e 
aumenta lactogênese 
• Brete 
 
INDUÇÃO DE SECAGEM DO LEITE (Éguas que perderam o potro) 
1. Restrição alimentar reduzindo proteína e energia 
2. Sálvia – 3 a 4 vezes por dia / 5 xícaras (contra-indicado para gestantes) 
 
DESMAME 
A partir do 3º meses o leite da égua já não possui mais valor nutritivo, por isso, pode-se desmamar o potro e 
deixa-lo viver com outros animais (cavalos são seres gregários). 
 
 
HEMORRAGIA PULMONAR INDUZIDA POR ESFORÇO 
INCOMPLETO 
 
Resumo: 
- É muito frequente em cavalos atletas 
- Raramente ocorre epistaxe 
- O sangue é muitas vezes deglutido 
- Eventualmente compromete a performance do animal 
- Diagnóstico: Endoscopia Traqueobronquial Pós-exercício ou exame laboratorial do aspirado 
traqueobroncoalveolar 
- Furosemida é o medicamento mais utilizado 
- A causa principal é a ruptura de capilares pulmonares 
 
Anteriormente era denominada Epistaxe esporadica idiopática, mas depois com o avanço da endoscopia 
percebeu-se que a hemorragia tem origem pulmonar, e por isso mudou-se a nomenclatura. 
 
Causas: 
Pode ser causada por muitas outras afecções, como por exemplo, DPOC, pneumonia e até HSA. 
• Independente da raça 
• Diversas modalidades de competição, mas mais comum em cavalos de corrida (atividade de altas 
velocidades) 
• Intensidade de esforço: mais de 14 km/h 
• Atinge mais de 75% de cavalos PSI (corrida) 
• Quanto maior a idade, maior a prevalência. Talvez porque cavalos mais velhos têm mais DPOC (fator 
predisponente). 
 
Sinais clínicos: 
• Epistaxe durante ou após o exercício (Sómente 1 a 10% dos casos de hemorragia pulmonar 
mostrarão epistaxe) 
• Ruidos respiratórios e/ou deglutições 
• Dispnéia 
• Alteração na performance – em alguns casos 
• Processo inflamatório pulmonar ? ( causa ou Efeito?) 
• Raramente fatal 
 
DPOC x HPIE 
A DPOC pode ser a causa, pois altera a pressão pulmonar, mas pode ser consequência, pois a HPIE favorece 
infecções pulmonares. 
 
DIAGNÓSTICO 
É realizado via endoscopia, após 60 ou 90 minutos que o animal tenha sido exercitado. 
 
CITOLOGIA DO LAVADO TRAQUEOBRONQUIAL 
São visualizados Hemossiderófagos, que estão presentes até uma semana após o sangramento. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
Neoplasias, lesões traqueais, corpos estranhos, etc. 
FISIOPATOGENIA 
Há um aumento de pressão no capilar pulmonar, que quando atinge 77 mmHg ocorre o sangramento. 
 
FATORES PREDISPONENTES 
• Aumento de pressão transmural capilares pulmonares 
• Fragilidade capilar 
• Coagubilidade sanguinea aumentada ou diminuida 
• Alteracões da viscosidade sanguínea 
• Rinopneumonia, DPOC= Inflamacão e obstrucão 
• Causa ou efeito ? 
• Hemiplegia laríngea= ^ resistencia vias aereas= ^ pressão negativa pleural e alveolar 
 
NECROPSIA 
São visualizadas petéquias, áreas de hemorragia e enegrecidas 
 
TRATAMENTO 
• Diuréticos- furosemida 0.3- 0.6 mg/kg i.v. 3 a 4 hs antes exerc. 
Diminuir Pa pulmonar e resistencia pulmonar 
 
• B2 agonistas- diminuir P vias aéreas (Clembuterol)*Doping 
• Clembuterol= 0.5-0.8 mcg/kg 2x dia 
• Ipratrópio (parassimpaticolítico)- inalação 
 
• Controle poeira, alérgenos, amônia etc.

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