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CIRCUITOS DE FRAGMENTAÇÃO, PENEIRAMENTO E CLASSIFICAÇÃO UNIDADE I COMINUIÇÃO Elaboração Cristiane Oliveira de Carvalho Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE I COMINUIÇÃO .........................................................................................................................................................................................5 CAPÍTULO 1 FUNDAMENTOS DA COMINUIÇÃO ........................................................................................................................................ 7 CAPÍTULO 2 BRITAGEM ..................................................................................................................................................................................... 12 CAPÍTULO 3 EQUIPAMENTOS DE BRITAGEM ............................................................................................................................................ 17 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................20 5 UNIDADE ICOMINUIÇÃO A primeira unidade deste caderno introduz o entendimento de cominuição. O capítulo 1 é responsável por explicar o conceito da cominuição, seus objetivos, os mecanismos de fragmentação e a leis que regem a fragmentação. O capítulo 2 explica o que é operação de britagem, os tipos de britagem e os fatores necessários para selecionar um britador. O capítulo 3 mostra alguns equipamentos utilizados em cada tipo de britagem. Objetivos da Unidade » Entender a cominuição e seus circuitos. » Estudar o mecanismo de fragmentação. » Estudar as leis da cominuição. » Aprender sobre a etapa da britagem. » Conhecer alguns equipamentos utilizados na britagem. » Dimensionar os equipamentos britagem. 6 UNIDADE I | COMINUIÇÃO Curiosidade Para realizar a cominuição de um minério de ferro é utilizado um circuito tradicional. É realizada a britagem com três ou quatro estágios, logo após a moagem em moinhos e bolas em circuito fechado. Rota convencional Produto de moagem Britagem Terciária e Quaternária Peneira Terciária /Quaternária Pilha Pulmão Moagem de bolas em circuito fechado com ciclones Britagem Secundária Britagem Primária Peneira Secundária Fonte: Pinto (2016). 7 CAPÍTULO 1 FUNDAMENTOS DA COMINUIÇÃO A cominuição é definida como um conjunto de operações que visam reduzir o tamanho de partículas minerais, de forma a atingir um propósito. Para que isso ocorra adequadamente, é necessário o controle do tamanho das partículas, além de impedir a quantidade excessiva de finos. No processo de beneficiamento de minérios, as principais finalidades da cominuição são: » Liberação de partículas: na maioria das vezes é necessário liberar as partículas do mineral de interesse e dos minerais de ganga e, assim, possibilitar sua separação posterior na etapa de concentração. » Adequação granulométrica: isso permite que o material tenha o tamanho ideal para o próximo estágio do processo. » Manuseio do material: materiais de mineração extremamente volumosos precisam ser reduzidos para serem movimentados mais facilmente. » Transporte contínuo: para transportes em correias o material precisa passar por um processo de britagem, isso devido à limitação do tamanho do material a ser transportado por causa largura da correia utilizada. As operações de cominuição (fragmentação) no beneficiamento de minérios reúne um grupo de técnicas que tem como finalidade reduzir, por meio do emprego de forças mecânicas externas, e às vezes interna, um sólido de certo tamanho em fragmentos menores. Essas operações abrangem diferentes etapas que vão desde a mina até o seu ajuste nos processos industriais posteriores. Os principais estágios de cominuição de minério são: 1. Desmonte mecânico ou detonação do maciço rochoso, cujo objetivo é produzir blocos de minério com tamanho adequado para manuseio, transporte e alimentação da britagem; 2. Britagem, utilizada tanto para permitir o manuseio do material através de transportadores de correia e máquinas de pátio, quanto para adequar a granulometria do minério para a etapa de moagem. Para minérios que não necessitam de concentração (e.g. minério de ferro de origem hematítica), a etapa de britagem é utilizada para se obter o tamanho adequado ao processo de metalurgia extrativa. O peneiramento é o processo utilizado para separação por tamanho, e 8 UNIDADE I | COMINUIÇÃO 3. Moagem, é a ultima etapa de cominuição cujo objetivo é, geralmente, liberar o mineral de interesse para a etapa de concentração. Todavia, também pode ser utilizada para adequar o minério a um processo que exija uma granulometria fina (e.g. pelotização e lixiviação). De forma geral, são utilizados equipamentos de classificação hidráulica (e.g. ciclone e classificador espiral) para garantir a granulometria do produto. (PINTO, 2016, pp. 23 e 24) O desempenho de etapas de concentração depende da distribuição granulométrica dos produtos resultantes das etapas de cominuição. Esses circuitos podem ser abertos ou fechados. Nos circuitos abertos, depois de realizada a cominuição, o material segue direto para a fase seguinte do processo. Já no circuito fechado, o material segue para o processo de classificação, de modo que a fração mais grossa é recirculada para o equipamento. Esse fluxo é conhecido como carga circundante. Normalmente os circuitos abertos são usados em fases intermediárias do processo. Por outro lado, os circuitos fechados são utilizados para controlar a granulometria. Os circuitos fechados são considerados mais eficientes para alcançar a granulometria requerida que impede a sobremoagem e, portanto, reduz o consumo da energia. Chaves (2003) apresenta um circuito de cominuição clássico abrangendo os principais equipamentos utilizados. É possível observar que as últimas etapas acontecem em circuito fechado, tendo peneiras na primeira situação e ciclones no segundo. Figura 1. Circuito de cominuição clássico. Rocha desmontada por explosivos Grelha Britador cônico secundário Peneira Britador cônico terciário Moinho de barras Britador de mandíbulas em superfície ou subterrâneo ciclone Moinho de bolas Caixa bomba Fonte: Chaves (2003). 9 COMINUIÇÃO | UNIDADE I Princípios de fragmentação Grande parte dos minerais tem estrutura cristalina, isso quer dizer que os átomos encontram-se organizados tridimensionalmente. Essa configuração atômica é definida pelo tamanho e pelas ligações físico-químicas que os reúnem na rede cristalina. As ligações interatômicas são bem-sucedidas quando há uma pequena distância e podem ser rompidas pelo emprego por esforços externos. Quando o limite de ruptura é vencido, um material ideal se rompe, ou seja, ocorre o rompimento de todas as ligações atômicas de dado plano. Essa ocorrência não é facilmente observada nas rochas e minerais, isso porque são considerados materiais não homogêneos, anisotrópicos e possuem falhas e fraturas em escalas microscópica e macroscópica. As falhas microscópicas em mecânicas das rochas são conhecidas como “gretas Griffith”. Essas falhas justificam a baixa resistência mecânica desses materiais. Assim, se os esforços mecânicos forem maiores que a resistência à ruptura haverá a propagação de trincas existentes e haverá a produção de novas trincas no interior, provocando a fragmentação. Esses esforços mecânicos empregados podem ser normais (compressão ou tração) ou tangenciais (cisalhamento). Os sólidos respondem a esses esforços em forma de deformação. Essas deformações podem ser elásticas e inelásticas. Grande parte dos materiais rochosos se deforma elasticamente até o instante em que ocorre a ruptura. A deformação elástica ocorre apenas enquanto há o emprego de uma força sob o material; após a retirada dessa força, a energia acumulada ao longo do carregamentoé completamente recuperada. No entanto, alguns materiais respondem de forma inelástica, que é consequência de uma deformação permanente. Nesse tipo de deformação o consumo de energia não se recupera, produzindo um comportamento elasto-plástico e o viscoelástico. Luz et al. (2018) e Silva (2012) afirmam que a energia mecânica utilizada na fragmentação é empregada através dos seguintes mecanismos: » Impacto: é aplicada uma força rápida e com intensidade maior que a resistência da partícula. » Compressão: o emprego da força é realizado de maneira vagarosa, possibilitando a propagação de fraturas que aliviam os esforços. » Atrição / Abrasão: os esforços concentrados acarretam pequenas fraturas superficiais com pequena redução de tamanho das partículas primárias e produção de partículas finas. 10 UNIDADE I | COMINUIÇÃO Figura 2. Mecanismos de fragmentação. Cisalhamento (tensão localizada) Compressão Impacto A um ento da intensidade de Energia Fonte: Adaptado de Mazzinghy (2009) e Silva (2012). Leis da cominuição Ainda não existe uma teoria geral satisfatória com emprego prático para a cominuição. Muitos cientistas e técnicos estão em busca de uma relação que consiga mensurar a energia necessária para um material até determinado tamanho. Esse esforço tem o objetivo de reduzir os custos de energia na fragmentação. Em uma instalação industrial é essa operação que gera maiores gastos de energia. Lei de Rittinger: Proposta por P. Ritter Von Rittinger, diz que “a energia específica consumida na redução de tamanho de um sólido é diretamente proporcional à nova superfície específica gerada”. (SILVA, 2012, p. 24). Esta relação é utilizada para fragmentação muito fina, como a moagem de clinquer de cimento. E K d dR � �� � � � � � 1 2 1 1 (Eq.1) E = energia consumida; kR= constante de Rittinger; d2 = tamanho das partículas depois da cominuição – produto; d1 = tamanho das partículas antes da cominuição – alimentação. Lei de Kick: Segunda lei da cominuição estabelecida por F. Kick, que afirma que “a energia requerida na cominuição é proporcional ao volume das partículas envolvidas”. (SILVA, 2012, p. 24). É utilizada preferencialmente para a fragmentação de matacões, conhecido popularmente como rochedo. 11 COMINUIÇÃO | UNIDADE I E K ln d dK � � � � � � � 1 2 (Eq.2) Kk= constante de kick Lei de Bond: Conhecida como a terceira lei da cominuição proposta por F. C. Bond, explica que uma partícula dotada de diâmetro D é fragmentada, a concentração média de tensão por unidade de volume é proporcional ao volume da partícula (D3). Já área superficial em que a ponta da fratura é constituída é proporcional à área (D2). Portanto, o trabalho que é preciso para que ocorra a quebra é proporcional à raiz quadrada D3XD2=D5/2. O trabalho para quebrar uma unidade de volume da rocha será D5/2/D3 ou 1/D1/2. Logo, a energia que seria necessária para quebrar as partículas é dada pela diferença entre os fatores 1/D1/2, multiplicada Work index, Wi (um índice característico do minério). W WI P A � � 10 80 10 80 (Eq.3) W = energia requerida para moagem (kWh/t); WI = índice de trabalho do minério (work index), calculado por meio de ensaio padronizado de laboratório (kWh/t); P80 = abertura da malha em μm, através da qual passam 80% do produto moído; A80 = abertura da malha em μm, através da qual passam 80% da alimentação. Charles resumiu as três postulações e apresentou uma equação que associa a fragmentação e a energia consumida com o tamanho da partícula. dE k dx xn � � (Eq.4) Em que: dE = incremento de energia aplicada a uma massa unitária de minério; x = tamanho das partículas; dx = incremento na diminuição de tamanho das partículas; K e n = constantes do minério. Se se substituir o valor de n por 2,1, 1,5 e calculando a integral dessa equação será possível encontrar as relações citadas acima. 12 CAPÍTULO 2 BRITAGEM Nos circuitos de cominuição as partículas são fragmentadas por: britagem e moagem. Elas não são semelhantes nem nas faixas de tamanho e nem nos mecanismos que reduzem o tamanho do material envolvido. Na operação de britagem as partículas são grosseiras e são aplicadas especialmente as forças de compressão e impacto, e abrasão para as partículas com granulometria fina. Nessa operação ocorre a fragmentação dos blocos obtidos na mina, concedendo a esses granulometria necessária para a utilização direta ou em outro processamento. Essa etapa do processamento de minério é retomada por algumas vezes, sempre com a modificação do equipamento para que os tamanhos sejam reduzidos satisfatoriamente, ou mesmo para separar os minerais valiosos da ganga. Figura 3. Imagem de uma operação de britagem. Fonte: http://www.mineracaoflorense.com.br/services/britagem-primaria-movel/. Acesso em: 6/11/2019. Diferentes tamanhos de materiais são utilizados na britagem, que variam de 1m até 10mm. Não é utilizado um circuito-padrão para realizar a britagem das diversas espécies de minérios. Normalmente essa operação é realizada por diferentes estágios. Muitas vezes para que o mineral valioso seja exposto de forma adequada é preciso que o minério tenha granulometria fina. Nesses casos, a fragmentação é efetuada em três etapas, ou seja, grossa, intermediária e fina (moagem). 13 COMINUIÇÃO | UNIDADE I Essas fragmentações são efetuadas nos britadores, nas duas primeiras etapas, e no moinho, na última etapa. De modo geral, são usados quatro estágios de britagem nas instalações de beneficiamento de minério. Esses estágios podem trabalhar em circuito aberto ou fechado. E ainda o circuito fechado pode utilizar o peneiramento seco ou úmido. (PINTO, 2016). O quadro a seguir mostra os estágios de britagem e seu respectivo tamanho máximo de material para alimentação e redução. Quadro 1. Estágios de britagem. Estágio de Britagem Tamanho máximo de alimentação (mm) Tamanho máximo de redução (mm) Britagem primária 1.000 100,00 Britagem secundária 100 10,0 Britagem terciária 10 1,0 Britagem Quaternária 5 0,8 Fonte: Luz et al. (2018). Britagem primária Neste estágio inicial são utilizados britadores de grande porte e sempre trabalhando em circuito aberto e sem a rejeição da parcela fina presente na alimentação. Essa operação é efetuada a seco e tem uma redução com razão de 8:1. Os principais tipos de britadores empregados são: britador de mandíbulas, britador giratório, britador de impacto e britador de rolos dentado. Britagem secundária Como o próprio nome indica, a britagem secundária é a britagem posterior à primária. Tem como finalidade, em grande parte das situações, a redução da granulometria do material para a etapa da moagem. Normalmente, nesse estágio a fração fina é rejeitada na alimentação, com o objetivo de elevar a capacidade de produção, procedimento conhecido como escalpe. Geralmente os equipamentos usados na britagem secundária são: britador giratório secundário, britador de mandíbulas secundário, britador cônico, britador de martelos, britador de rolos. 14 UNIDADE I | COMINUIÇÃO Os britadores giratórios, mandíbulas e martelos são similares àqueles utilizados na britagem inicial, com dimensões reduzidas. Britagem terciária Normalmente, é a última fase da britagem, porém há algumas usinas que ultrapassam essa quantidade de estágios e isso está diretamente ligado com as características da fragmentação ou a granulometria do produto. Os britadores cônicos são os equipamentos usados nesse estágio e suportam a granulometria máxima de 25 a 3mm e redução com 4:1 ou 6:1, esses necessitam de maior controle de operação e normalmente operam em circuito fechado. Para realizar o dimensionamento dos britadores é preciso usar curvas e tabelas de operação que são cedidas pelos fabricantes do equipamento. Normalmente é necessário: » Avaliar a tabela de especificação técnica e determinar os equipamentos que se enquadram nas condições requisitadas; » Confirmar as capacidades de produçãode cada equipamento escolhido é compatível com as condições exigidas; » Consultar as curvas granulométricas do equipamento para determinar em quais condições podem ser operadas; » Analisar a condição de recepção. Cada britador só opera com partículas inferiores a 0,8 A, logo o britador depende do tamanho máximo da alimentação (A). A seleção dos britadores também depende de alguns aspectos vinculados ao minério, tais como descrito abaixo: Tamanho máximo de blocos na alimentação A seleção de operação na mina depende da capacidade de produção e do tamanho máximo dos blocos. Essas informações são essenciais, porque definem a boca de entrada dos britadores primários. A seguir, uma tabela mostra a seleção dos tamanhos máximos do bloco para um britador primário. 15 COMINUIÇÃO | UNIDADE I Quadro 2. Tamanho máximo de blocos. Capacidade de Produção (1.000t/a) Tamanho Máximo de Blocos Céu aberto (cm) Subterrânea (cm) Pequena (500) 50-60 25-35 Média (500-3.000) 70-100 40-50 Grande (3.000-9.000) 90-100 60-70 Muito Grande (9.000) 120 - Fonte: Luz et al. (2010). Nos estágios intermediários de britagem, o tamanho máximo de alimentação está ligado às condições operacionais dos estágios precedentes. Distribuição granulométrica da alimentação Para escolher a instalação é necessário saber a distribuição granulométrica. Por exemplo, a fração de finos na alimentação determina se será necessário ou não um escalpe (separar) antecedente a alimentação do britador. Os aspectos econômicos e operacionais determinam qual a extensão do escalpe, geralmente tem como base um valor máximo de 30% de finos na alimentação. Isso não vale para a britagem primária. As britagens posteriores possuem finos em sua alimentação e isso explica o escalpe antecedente. Conteúdo de argila e umidade Minérios que têm elevada quantidade de argila e alta umidade inviabilizam a britagem com granulometria de 20-25cm, porque causa dificuldade na etapa de peneiramento e no trabalho com alguns britadores. Existem alguns britadores que são bastante vulneráveis à presença de argila e à umidade do minério, tais como o giratório, cônico e de mandíbulas. Densidade do material Os britadores possuem como constante a capacidade volumétrica de produção. Esses equipamentos têm a sua capacidade em t/h e diretamente proporcional à densidade do minério. 16 UNIDADE I | COMINUIÇÃO Forma das partículas A boca de entrada dos equipamentos é definida pelas formas das partículas. Formas lamelares requisitam maior relação entre a boca de entrada e o tamanho da partícula, do que os normalmente requisitados para minérios não lamelares. Corrosividade do minério Minérios corrosivos precisam de diferentes condições na seleção dos materiais e equipamentos utilizados na instalação. 17 CAPÍTULO 3 EQUIPAMENTOS DE BRITAGEM Britador de mandíbulas Empregado na britagem primária de blocos com grandes dimensões e durezas e com diversos tamanhos de alimentação. É composto de uma mandíbula fixa e outra móvel, unida ao excêntrico, de forma direta ou indiretamente, provocando o movimento de aproximação e distanciamento entre elas. Logo, o bloco é alimentado na “boca” do britador que desce pelas mandíbulas, ao mesmo tempo em que recebe o impacto para a fragmentação. Britador giratório Este britador é usado quando é necessário fragmentar uma grande quantidade de material. Ele é mais operacional que o britador anterior, pois pode ter sua alimentação realizada por ambos os lados e ainda possibilita uma armazenagem pequena no topo. O britador giratório tem um cone central que produz o movimento de aproximação e afastamento em relação à carcaça invertida. O movimento circular produzido permite que toda a área da carcaça seja usada na britagem, fornecendo uma grande capacidade de operação. Além disso, esse britador possui grande seção de alimentação e pequeno dispêndio operacional. A figura a seguir mostra o britador de mandíbula e o giratório, respectivamente. Figura 4. Britadores. Fonte: https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/03._Britagem.pdf. 18 UNIDADE I | COMINUIÇÃO Britador de impacto No britador de impacto, como o próprio nome sugere, a fragmentação é realizada por impacto. As barras se movimentam e uma parcela da energia cinética é transferida para o material, lançando-a sobre as placas fixas de impacto, provocando a fragmentação. Este equipamento possui elevado custo de manutenção e desgaste, sendo recomendado para casos em que as rochas não sejam abrasivas e materiais com teor de sílica superior a 15%. Britador de rolo dentado Basicamente formado por um rolo dentado móvel e carcaça fixa. Seu movimento giratório é que faz com que ocorra a compressão e cisalhamento entre os dentes e a placa, presa à câmara. Com uso restrito pelo alto desgaste dos dentes e por ser suscetível à abrasão. É recomendado para o uso em rochas de fragmentação fácil e para britagens móveis, uma vez que possui dimensões pequenas. A figura a seguir apresenta o britador de impacto e o de rolo dentado, nessa ordem. Figura 5. Britadores de impacto e de rolo dentado. Placas fixas de impacto Alimentação Barras de impacto Produto Câmara de fragmentação Fonte: Luz et al. (2018). Britador cônico Com o mesmo princípio de operação do britador giratório; porém, o britador cônico difere do giratório, pois o manto e cone exibem extensas superfícies paralelas, para assegurar que as partículas fiquem retidas por longo tempo na região. 19 COMINUIÇÃO | UNIDADE I No britador giratório a descarga é realizada por meio da ação da gravidade, já no cônico a descarga ocorre de acordo com o movimento do cone. Isso porque o movimento vertical do cone (para cima e para baixo) manipula abertura de saída, utilizando dispositivos hidráulicos. Britador de rolos Consiste em dois rolos, fabricados de aço, girando com velocidade igual e sentidos opostos, tendo uma distância determinada. São empregados para o uso de materiais friáveis ou de fragmentação simples. A alimentação é realizada atirando blocos de material entre os rolos e os movimentos obriga-os a passar pela distância pré-estabelecida e fixada por parafusos de ajuste. O britador de rolos tem sua restrição granulométrica da alimentação definida pela distância entre os rolos e os seus diâmetros. A figura a seguir mostra o britador cônico e o de rolos, respectivamente. Figura 6. Britadores cônico e de rolos. Fonte: Adaptado de https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/03._Britagem.pdf e Luz et al. (2018). 20 REFERÊNCIAS CHAVES, Arthur Rotênio Pinto. Teoria e prática do tratamento de minérios –Vol. 1 (Bombeamento de Polpa e Classificação). Oficina de Texto, 2002. CHAVES, Arthur Rotênio Pinto; PERES, Antônio Eduardo C. Teoria e prática do tratamento de minérios – Vol. 3 (Britagem, Peneiramento e Moagem). Oficina de Texto, 2003. CARVALHO, Marly de Ávila. Avaliação da disposição de moinhos em circuitos de moagem de minério de ferro. 2015. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Minas) –Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2015. FOGGIATTO, Bianca. Previsão de desempenho do circuito de moagem de Carajás. 2009. Dissertação (Mestre em engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. IIZUKA, Eduardo Kenji. Análise de tensões em peneiras vibratórias através de modelagem numérica utilizando o método dos elementos finitos e experimentalmente por extensometria. 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006. LUZ, A. B.; SAMPAIO, J. A.; FRANÇA, S. C. A. Tratamento de minérios. 5ª edição. Rio de Janeiro: Cetem/CNPq, 2010. 932p. LUZ, A. B.; SAMPAIO, J. A.; FRANÇA, S. C. A. Tratamento de minérios. 6ª edição. Rio de Janeiro: Cetem/CNPq, 2018. 94p. MASSOLA, Camila Peres. Abrasão – corrosão em corpos moedores na moagem do minério de ferro. 2015. Tese (Doutorado em ciências ) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo,São Paulo, 2015. MAZZINGHY, Douglas Batista. Modelagem e simulação de circuito de moagem através da determinação dos parâmetros de quebra e da energia específica de fragmentação. 2009. Dissertação (Mestrado em Engenharia Metalúrgica e de Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. MILHOMEM, Felipe de Orquiza. Modelagem de desaguamento em peneira. 2013. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mineral) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2013. PINTO, Pedro. Desenvolvimento de rotas para cominuição de itabiritos compactos do quadrilátero ferrífero. 2016. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016. ROSA, Andréia Carolina. Desempenhos dos circuitos de moagem direto e inverso da Samarco. 2013. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. SILVA, Anatália Lara. Moagem semiautógena piloto do minério de ouro da Rio Paracatu Mineração. 2012. Dissertação (Mestrado em Engenharia) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2012. 21 REFERÊNCIAS SILVA, José Pedro da. Caracterização dos hidrociclones utilizados nas etapas de classificação dos concentradores I e II da Samarco Mineração. 2014. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mineral) – Universidade Federal De Ouro Preto, Ouro Preto, 2014. Referências Ilustrativas Figura 3 Fonte: http://www.mineracaoflorense.com.br/services/britagem-primaria-movel/ Figura 4 Fonte: https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/03._Britagem.pdf Figura 6 Fonte: Adaptado de https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/03._Britagem.pdf Figura 18 Fonte: Adaptado de https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/apresentacao_separacao_solido_ liquido2.pdf Figura 20 Fonte:https://cetm_engminas.catalao.ufg.br/up/596/o/apresentacao_separacao_solido_liquido2.pdf Figura 24 Fonte: http://www.imic.com.br/produtos-novos/grelhas-vibratorias/ UNIDADE I Cominuição Capítulo 1 Fundamentos da cominuição Capítulo 2 Britagem Capítulo 3 Equipamentos de britagem Referências
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