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AGLOMERAÇÃO, DESAGUAMENTO E TRATAMENTO UNIDADE III DESAGUAMENTO Elaboração Cristiane Oliveira de Carvalho Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE III DESAGUAMENTO .................................................................................................................................................................................5 CAPÍTULO 1 MECANISMO DE DESAGUAMENTO ....................................................................................................................................... 6 CAPÍTULO 2 ESPESSAMENTO ......................................................................................................................................................................... 11 CAPÍTULO 3 DIMENSIONAMENTO DOS ESPESSADORES .................................................................................................................... 15 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................19 4 5 UNIDADE IIIDESAGUAMENTO A Unidade III se restringe a apresentar o desaguamento. O Capítulo 1 conceitua o desaguamento e cita os diversos equipamentos utilizados para realizar essa operação. Ainda explica como é a influência de alguns fatores no desaguamento. O segundo capítulo explica sobre a etapa do espessamento, como acontece, além de citar os tipos de espessadores. O Capítulo 3 apresenta o dimensionamento do espessador convencional contínuo, apresentando as principais equações e citando alguns métodos entre os diversos aplicados para o dimensionamento desses equipamentos. Objetivos da Unidade » Entender o processo desaguamento. » Conhecer os principais equipamentos utilizados na operação de desaguamento. » Estudar o processo de espessamento. » Dimensionar um espessador convencional contínuo. A Imagem abaixo mostra o comportamento da curva de sedimentação da polpa com 70,7% de sólidos. Esse teste de sedimentação utilizou uma amostra de Pellet feed de minério nomeada como AdoB352. Fonte: Lara (2011). 6 CAPÍTULO 1 MECANISMO DE DESAGUAMENTO Ao realizar a concentração mineral, que é baseada nas diferenças de propriedades entre mineral valioso e mineral de ganga, é preciso, antes de um produto ser transportado, remover uma parte da água que está presente nesse concentrado. Esse conjunto de operações para remoção de água é conhecido como desaguamento (espessamento e filtragem) e secagem. Chaves (2004) explica que a finalidade das operações de desaguamento é diminuir a umidade de produtos das operações unitárias do beneficiamento de minérios para sua aplicação final (venda) ou para alcançar as condições requeridas para operações unitárias posteriores. Essa mesma referência ressalta que diversos equipamentos são utilizados para a operação de desaguamento, e, entre eles, estão: » as peneiras vibratórias horizontais e peneiras DSM; » classificadores espirais; » cones desaguadores; » ciclones desaguadores; » pilhas e silos de drenagem; » centrífugas; » espessadores; » filtros a vácuo. A figura abaixo mostra alguns equipamentos utilizados no desaguamento em função do tamanho das partículas. 7 DESAGUAMENTO | UNIDADE III Figura 18. Equipamentos citados de acordo com o tamanho da partícula que será separada. Tamanho 1m 1dm 1cm 1mm 100mícron 10 mícron 1 mícron Prensas de Tubo Filtros de Pressão Filtros de vácuo Peneira de desidratação Espirais de desidratação Pressão alta Pressão média Pressão baixa Gravimétrica Alimentação água para recirculação. Sólidos desidratados Drenagem primária Movimento circular Descarga Fonte: Metso (2006) apud Luz et al. (2010). Os espessadores e filtros são os equipamentos mais largamente usados para as operações de desaguamento. Osrine (2014) categoriza o desaguamento em três grupos: » sedimentação; » filtragem; » secagem. No entanto, Chaves (2004) distingue desaguamento de secagem. O desaguamento é uma operação que utiliza apenas métodos mecânicos, e ainda sobra alguma umidade residual naquele minério ou no concentrado; já na secagem, aplica-se calor, a fim de que a umidade final seja igual a ou se aproxime de zero. As técnicas de separação sólido-líquido, no caso mais específico do desaguamento, podem ser divididas em dois modos. 1. Movimento relativo das fases: em que o sólido se movimenta por meio do líquido que permanece em repouso, processo conhecido como decantação, podendo exemplificar o espessamento; ou ainda o líquido realiza o movimento por uma fase estacionária, tal como acontece na filtragem ou na drenagem em pilhas ou silos e peneiras. 2. Uso de forças auxiliares à separação: gravitacionais, centrífuga, de pressão ou vácuo. 8 UNIDADE III | DESAGUAMENTO Luz et al. (2010) descrevem alguns fatores que devem ser ponderados em uma operação de separação sólido-líquido. Capacidade desejada O equipamento utilizado em separação sólido-líquido precisa ser selecionado de acordo com a capacidade de processo desejada. Para situações em que o processo necessita de baixa capacidade de alimentação e produção, normalmente a operação de filtragem, sem interrupções ou em batelada, seja a mais apropriada. Já para os processos em que se exigem maiores capacidades, é normalmente utilizado o espessamento. O parecer pela operação unitária mais adequada a ser usada no processo está vinculado também aos dispêndios operacionais. Relacionando os custos operacionais, os espessadores têm uma maior vantagem sobre os filtros, pois seu custo operacional é baixo e não necessitam de grande demanda operacional e de manutenção, apesar de ocuparem extensas áreas na instalação. Distribuição da dimensão e o formato das Partículas É considerada uma das mais relevantes variáveis para definir eficiência e custo dos processos que envolvem a separação de sólido-líquido. Se a polpa de minérios a ser beneficiada possui muitas partículas finas ou ultrafinas, é importante que se tenha uma maior atenção à medida da área superficial específica. Ainda é importante ressaltar que, quanto mais finas são as partículas presentes na polpa a ser beneficiada, menores serão a capacidade e a eficiência na separação, e mais limitada será a seleção do equipamento. Além disso, deve-se atentar para a distribuição de tamanho de partículas com uma menor faixa de partículas ultrafinas. Estas são mais simples de serem tratadas do que as que são dotadas de distribuição mais ampla. Essas partículas ultrafinas agem na eficiência de espessamento, diminuem as taxas de filtragem e ainda podem provocar o acúmulo de mais umidade do que o requerido nas tortas provenientes da filtração. Por causa disso, é importante que ocorra um tratamento prévio dessas polpas. Em relação à forma, as partículas podem ter efeito na eficiência na separação sólido- líquido conforme o formato se distancia do esférico. Aquelas partículas que possuem 9 DESAGUAMENTO | UNIDADE III o formato lamelar ou placoidal não são desejadas. É possível exemplificar o processo de filtração formando tortas que possuem baixa permeabilidade e consequentes baixas taxas de filtragem. Já as partículas dotadas de forma mais alongada, que se assemelham à de uma agulha, provocam problemas na formação de torta de filtração, bloqueando os poros do filtro (meio filtrante) e impossibilitando a permeação do líquido. Para esse caso, é possível citar como exemplo as polpas do minério de ferro, que, por causa da granulometria grossa e da alta densidade do minério, aglomeram-se no fundo dos espessadores, dificultando a remoção. Para escapar desse tipo de impedimento operacional, é preciso escolher polpas de minérios com baixas concentrações de sólidos, pequenas velocidades de rotação e desenhos adequados para os raspadores. Aglomeração das Partículas A aglomeração de partículas é um processo relevante para melhorara eficiência das operações de separação sólido-líquido e é caracterizada pelos mecanismos de coagulação e floculação. O crescimento no uso desses mecanismos de aglomeração na indústria tem proporcionado, com o passar dos anos, o aperfeiçoamento dos reagentes químicos inorgânicos e orgânicos usados, assim como do conhecimento que abrange os fenômenos na dupla camada elétrica. Quantidade de Sólidos na Polpa A concentração de sólidos na polpa é de grande relevância na seleção dos equipamentos no processo separação sólido líquido, isso porque normalmente essas operações são executadas antes dos estágios de desaguamento. Desse modo, as suspensões que estão diluídas precisarão passar por uma concentração preliminar, frequentemente realizada em espessadores, antecedendo ao desaguamento final. Se é preciso realizar a floculação das partículas, vale ressaltar que polpas que possuem uma concentração de sólido alta não exibem comportamento exemplar sobre a floculação; já aquelas polpas que são mais diluídas possibilitam uma floculação mais eficaz, com flocos que são mais fácies de sedimentar e também de realizar o desaguamento. A título de exemplo, é possível citar uma planta de lavagem de finos de carvão com alta concentração de sólidos na polpa, impossibilitando o processo de floculação das partículas, 10 UNIDADE III | DESAGUAMENTO o que levou à baixa eficiência do espessador relacionada às taxas de sedimentação, concentração de sólidos no underflow e arraste de sólidos no overflow. Esse problema pode ser resolvido com diluição da polpa antes do processo de floculação, usando o líquido clarificado do próprio espessador. 11 CAPÍTULO 2 ESPESSAMENTO O espessamento é um processo que busca, especialmente, separar as fases que compõem a lama (líquida e sólida) com o objetivo de minimizar o volume e elevar a matéria sólida, a partir do resultado alcançado a sedimentação. Assim, é na verdade uma forma de separar o material sólido do líquido, diferenciando as densidades que formam o produto, com sua suspensão. O processo de espessamento combina os efeitos da sedimentação e a compressão. Segundo Dursen (2016), a compressão “é o efeito das forças, peso das partículas ou aglomerados suprajacentes em camadas inferiores”. Luz et al. (2010) esclarecem que a sedimentação é um dos processos fundamentados nas diferenças entre as densidades dos compostos que estão presentes em uma suspensão. Nesse processo de separação sólido-líquido, ocorre a eliminação das partículas que estão na corrente líquida pela atividade do campo gravitacional, promovendo baixo dispêndio e trivialidade operacional. Os sedimentadores são categorizados em espessadores e classificadores. Os primeiros equipamentos têm sólidos com produtos e são responsáveis por produzir um material resultante do espessamento, com alta concentração de sólido. Os classificadores visam obter um material com baixas concentrações de sólido e têm como produto o líquido. Os espessadores são os equipamentos mais usados na indústria e normalmente trabalham em regime permanente. Na mineração, os espessadores são aplicados principalmente para: » conseguir polpa com concentrações apropriadas para serem utilizadas em processos posteriores; » realizar o espessamento de rejeitos com alta concentração de sólidos, buscando o transporte e um descarte mais eficiente. Para esse procedimento, são utilizados os espessadores de rejeito; » executar a recuperação de água para reciclo na indústria – nos dias atuais, grande parte dos espessadores de concentrado e de rejeito utilizado; » efetuar a recuperação de sólidos ou solução para as técnicas de lixiviação, usadas na hidrometalurgia. 12 UNIDADE III | DESAGUAMENTO Chaves (2004), Luz et al. (2010) e Orsine (2014) esclarecem que o espessamento é processo que foi concebido fundamentado na análise de sedimentação de partículas sólidas em polpas diluídas, baseando-se nos ensaios em tubos longos ou curtos que apresentam graduação. Esses testes de sedimentação foram realizados em proveta e podem estabelecer a variação da interface sólido/líquido no decorrer do tempo, assim como a formação de regiões distintas, como mostrado na figura abaixo. Essas regiões dissimilares são: a região de líquido clarificado, a de sedimentação livre e a de compactação. É preciso realizar algumas ponderações físicas com o objetivo de descrever cada região. Região de sedimentação livre – a sedimentação das partículas acontece sem que haja a interação entre elas, e são consideradas constantes a velocidade de sedimentação e a concentração de sólidos. Região de compactação – as partículas sólidas iniciam o processo de interação entre si, e é observada a variação da concentração de sólidos por toda a extensão dessa região por causa da desaceleração que essas partículas experimentam. Figura 19. Interfaces do teste de sedimentação. t=0 t1>0 t2>t1 T3>t2 tfinal Região de Líquido Clarificado (RLC) Região de sedimentação Livre (RSL) Região de compactação (RC) Região de desaceleração (RD) Fonte: Reis (2010); Orsine (2014). 13 DESAGUAMENTO | UNIDADE III Quando começa o teste, o tempo é igual a zero (t=0), a polpa se encontra homogênea, e a concentração de sólidos é uniforme em todos os pontos presentes na proveta. Decorrido algum tempo, as partículas dotadas de maiores dimensões iniciam a sedimentação formando uma camada delgada de sólidos no fundo da proveta. Essa camada delgada é composta por partículas mais pesadas e com grande velocidade de sedimentação e é conhecida como região de compactação (RC). Por sua vez, as partículas mais finas se sedimentam mais vagarosamente e não têm nenhuma interação (somente existe a resistência da fase líquida), concebendo a região intermediária, chamada de região de sedimentação livre (RSL), em que a concentração de sólidos é constante. Quando os sólidos começam a sedimentar, começa a formação da região de líquido clarificado (RLC), que não possui sólidos e fica localizada na parte superior da proveta. Durante o teste, são analisadas algumas modificações na altura das regiões. As regiões conhecidas como RLC e RC ficam maiores, pois ocorre o desaparecimento da RSL. Posteriormente, é alcançado um ponto em que existe somente uma RC e RLC. Depois desse ponto, a sedimentação é uma compressão vagarosa dos sólidos, expelindo o líquido que existe entre as partículas para a RLC. Ao acontecer a expulsão do líquido, as partículas sólidas sofrem um processo de acomodação, que pode ser visualizada por meio da variação que acontece na RC. Espessadores Conforme Chaves (2004), os espessadores são formados basicamente de um tanque cilíndrico-cônico. A alimentação desses equipamentos é realizada pelo centro da superfície interior, em poço de alimentação. A sedimentação das partículas sólidas acontece, e estas são removidas pelo fundo, no ápice da porção cônica (undeflow). Já o líquido sobrenadante (fase clarificada) excede e derrama, sendo apanhado pela calha que envolve o tanque (overflow). A estrutura apresentada acima ainda possui um rastelo (rake) que conduz os sólidos sedimentados para o sistema de saída central. 14 UNIDADE III | DESAGUAMENTO Figura 20. Operação de um espessador contínuo convencional. Mecanismo de rotação Canaleta do “overflow” Descarga do líquido clarificado ou “overflow’’ Região de sedimentação livre Mecanismo de raspagem da lama Região do líquido clarificado Tubo de alimentação Poço de alimentação Região de compactação Descarga da lama ou “underflow’’ Rastelos, ancinhos ou “rakes” Fonte: Luz et al. (2010). Esses equipamentos são produzidos em aço ou concreto armado, e fortuitamente usa-se argila compactada para produzir o fundo do espessador. Luz et al. (2010) cita os principais tipos de espessadores: » contínuo convencional; » alta capacidade (Super Espessadores); » lamelas. Orsine (2014) ainda afirma que, além dos três espessadores citados acima, existem:» tipo pasta; » bandeja; » hidrosseparador. 15 CAPÍTULO 3 DIMENSIONAMENTO DOS ESPESSADORES Os espessadores precisam ser dimensionados a fim de definir as características geométricas (área e profundidade) para atender o serviço solicitado (conseguir a vazão e alcançar a porcentagem de sólidos requerida no underflow) e para que possa ser realizado com segurança (CHAVES, 2004). Portanto, um espessador precisa satisfazer as diversas necessidades de operação (CHAVES, 2004): » capacidade de produção solicitada para as condições exigidas pelo processo produtivo, atendendo à demanda da usina de beneficiamento; » fornecer o underflow que se enquadre na porcentagem de sólidos necessária; » fornecer o overflow clarificado. Luz et al. (2010) afirma que, para dimensionar um espessador convencional e contínuo, é necessário que realize o cálculo da sua altura e área transversal, e isso é fundamentado em dados de operação de sedimentação em batelada. Portanto, a curva de sedimentação que exibe a variação da altura da interface de sólidos com tempo apresenta dados importantes ao projeto da unidade contínua, como: » taxa de sedimentação; » razão de concentração entre a alimentação e o espessado gerado; » concentração máxima do espessado e outros. É válido constatar que esses dados apresentam informações relevantes à suspensão. No entanto, o comportamento da suspensão varia de acordo com o processo de sedimentação. O projeto, na verdade, é considerado uma extrapolação da operação em batelada para contínua, e, por isso, é preciso que alguns parâmetros de correção sejam adicionados ao projeto. Os agentes aglomerantes também precisam ser considerados na concepção dos espessadores, apesar de terem uma melhora significativa na eficiência de processos de separação sólido-líquido. Com isso, é possível impedir erros de escalonamento quando se aplicam os resultados obtidos em laboratórios para a simulação e projetos em escala industrial. 16 UNIDADE III | DESAGUAMENTO Seção transversal Para um espessador contínuo em operação, a região de líquido clarificado que não possui sólidos pode ter o balanço de massa para as fases sólidas e líquida, conforme as equações abaixo. Balanço de massa Sólido: � � �s a a s s e eQ C QC Q C � � , Eq. 3 e L L C CI e . Eq. 4 Em que: ρs: densidade da fase sólida; Q: vazão de suspensão descendente; c.: concentração volumétrica de sólidos; L: altura de uma seção transversal; “a” e “e” são subíndices relativos à alimentação e ao espessado. Líquido: � �f f f e eQ C Q C1 1�� � � �� � Eq. 5 Realizando o rearranjo das equações 3, 4 e 5: Q Q C c Cf a a e � � � � � � � � . 1 1 Eq. 6 Em que: ρf: densidade da fase fluida; Qf: vazão de fluido ascendente. A velocidade ascensional do líquido e a concentração mássica de sólidos na seção transversal do espessador por: 17 DESAGUAMENTO | UNIDADE III Portanto, a Eq. 8 pode ser reescrita em termos de área de sedimentação ou de capacidade do espessador: A Q c V c c a a� �� � � � � � 1 1 Eq.9 ou Q A c V c c a a e � � � � � � � � 1 1 1 . Eq.10 Em que A é a área da seção transversal do espessador. Na Equação 10, os dados de concentração e velocidade de sedimentação podem ser estabelecidos por ensaio de proveta na versão Kynch (1952) por meio da análise do deslocamento da interface dos sólidos com o passar do tempo, como apresentado na figura abaixo (Luz et al., 2010). Figura 21. Teste de proveta – Kynch. Z0 Z Z0 Zi Z 𝐜𝐜 = 𝐜𝐜𝐚𝐚𝐙𝐙𝟎𝟎𝐙𝐙𝐢𝐢 𝐕𝐕 = 𝐙𝐙𝐢𝐢𝐙𝐙𝟎𝟎𝛉𝛉 Eq. 11 Eq. 12 Fonte: Luz et al. (2010). Em 1982, Biscaia Jr. simplificou o procedimento de Kynch e minimização de (L/A)proj, fundamentando-se no fato em que uma curva de sedimentação é união de uma reta com uma exponencial, como apresentado abaixo: Figura 22. Simplificado de Biscaia Jr. (1982) apud Luz et al. (2010). (𝐿𝐿𝐴𝐴)𝑝𝑝𝑟𝑟𝑜𝑜𝑗𝑗 = 𝑍𝑍0𝜃𝜃𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 Z0 Zi θmin tempo Eq. 13 Fonte: Luz et al. (2010). 18 UNIDADE III | DESAGUAMENTO Altura do Espessador O cálculo da altura do espessador deve ser realizado com a soma das zonas de espessamento: H= H1+ H2+ H3 (LUZ et al., 2010; ROBERTO, 2018). Figura 23. Alturas em um espessador convencional e tempo de residência, respectivamente. H1 H2 H3 z 𝐜𝐜𝐚𝐚𝐙𝐙𝟎𝟎 𝐙𝐙𝐢𝐢 𝒕𝒕 Fonte: Luz et al. (2010). H1: altura da região de líquido clarificado, que varia entre 0,45 a 0,75 m; H2: altura da região de espessamento: H L C t A a a s s f esp f 2 4 3 � �� � � ��� � � � �. Eq.14 Em que: Ca: concentração e sólidos na alimentação.; La: vazão volumétrica da alimentação; t: tempo de residência da partícula sólida; e ρesp.: densidade da espessado. A fração 4/3 é um fator e tem como finalidade realizar a correção da densidade do espessado em vez da densidade média da região de espessamento. H3: altura do fundo do espessador H D3 7 3 10 2� �, * * (Eq. 15); em que D é o diâmetro do espessador. 19 REFERÊNCIAS AMARANTE, Sérgio Coutinho. Filtragem de minérios de ferro – comparação entre métodos de filtragem de laboratório: Testes de Folha e de Funil de Büchner. Dissertação (Mestrado Engenharia Metalúrgica e de Minas) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2002. AUGUSTO, Karen Soares. Identificação automática do grau de maturação de pelotas de minério de ferro. 2012. Dissertação (Mestrado Engenharia de Materiais e de Processos Químicos e Metalúrgicos) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. 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UNIDADE III DESAGUAMENTO Capítulo 1 Mecanismo de Desaguamento Capítulo 2 Espessamento Capítulo 3 Dimensionamento dos espessadores Referências