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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA PITÁGORAS AMPLI LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS JUVENAL MANOEL GUILHERME ATIVIDADE PRÁTICA GENÉTICA FLORIANÓPOLIS-SC 2023 LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ATIVIDADE PRÁTICA GENÉTICA FLORIANÓPOLIS-SC 2023 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 SISTEMA DE ABO E RH 1.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL SISTEMA ABO 1.2 MATERIAIS 1.3 REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO 1.4 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS INTRODUÇÃO Através da plataforma ALGETEC, apresento o relatório da atividade prática da disciplina de genética, tendo como objetivo pesquisar fundamentar teoricamente os experimentos a serem realizados, comprovar a existência de compatibilidade e incompatibilidade entre os tipos sanguíneos do sistema ABO. Para este experimento utilizaremos sucos de fruta em pó e água, que ao serem misturados simularemos diferentes tipos sanguíneos, para que então possamos entender como podem se misturar e o que acontece quando a mistura é incompatível. No decorrer dos estudos, compreenderemos o processo de pesquisa do cientista Landsteiner, que foi quem provou que a espécie humana possui diferentes tipos sanguíneos. Entenderemos também o processo que Landsteiner desenvolveu provando que os tipos sanguíneos erma muitas vezes incomparáveis levando muitas vezes a morte durante uma transfusão, com essa pesquisa ele desenvolveu a classificação a qual estudamos e chamamos de ABO. No sistema desenvolvido por Karl Landsteiner, o tipo sanguíneo se divide em quatro tipos(A, B, AB, O). A partir destes estudos, foi possível relacionar o fenômeno das reações entre anticorpos e antígenos, que são substâncias que nosso organismo entende como invasores, pode ser uma proteína ou um polissacarídeo e os anticorpos são proteínas encontradas no plasma do sangue, e tem a função de neutralizar ou destruir a substância invasora. Os anticorpos têm forma complementar a do antígeno. A reação antigêno-anticorpo, especifica e possibilita o desenvolvimento no processo de ensino e aprendizagem da genética. 1 SISTEMA ABO E RH 1.1 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL DO SISTEMA ABO Desenvolvido através do sistema ALGETEC, o procedimento tem etapas de pesquisa desenvolvida sobre a fundamentação teórica dos experimentos para realizar a existência de compatibilidades e incompatibilidades entre os tipos sanguíneos do sistema ABO. Neste experimento usaremos sucos de fruta em pó e água, onde iremos misturá-los, de modo sistemático, com essa mistura simularemos os diferentes tipos sanguíneos, para que dessa forma possamos entender como pode ser feita a mistura e o que resultara quando realizamos uma mistura incompatível. 1.2 MATERIAIS Béquer de 100ml Suco em pó de morango Suco em pó d laranja Caneta Tesoura Pisseta de 500ml 1.3 REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO NO LABORATÓRIO a) PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA Lavar as mãos e colocar o jaleco e equipamento de proteção individual. b) DISSOLVENDO O SUCO (PROCEDIMENTO DE DISSOLUÇÃO) Os béqueres serão identificados como A, AB, B e O. Os béqueres são preenchidos com água utilizando a pisseta de 500ml. O pacote de suco de laranja será aberto com auxílio de uma tesoura e em seguida despejado no béquer A e no béquer AB. Da mesma forma com auxílio de uma tesoura abriremos o pacote do suco em pó de morango e depositar o pó no béquer B e ni béquer AB. c) SIMULANDO A MISTURA DOS TIPOS SANGUÍNEOS Despejamos um pouco do conteúdo do primeiro béquer O nos béqueres A, AB, B. Em seguida despejar um pouco do conteúdo do béquer A no primeiro béquer O. Despejar um pouco do conteúdo do béquer AB nos béqueres A, B, e no segundo béquer O. d) AVALIANDO OS RESULTADOS Será observado no experimento do sistema ABO, qual grupo sanguíneo é definido como doador universal. 1.4 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS a) De acordo com o sistema ABO, qual grupo sanguíneo é definido como doador universal? O sistema ABO é um exemplo de aglutinógenos e seu isoanticorpos correspondentes. A, B e O são os três tipos de antígenos, cujos genes se localizam em um locus em cada cromossomo de um par homologo. São genes alelos oque significa que são intercambiáveis na sua localização cromossômica. Cada cromossomo do par transporta qualquer um dos três genes antigênicos. Do ponto de vista sorológico os antígenos A e B são mais fortes, pois o O se comporta como gene recessivo. O grupo O é diagnosticado pela ausência de reação dos antígenos A e B. Com isso temos o resultado de quatro grupos fenólicos principais que são: A, B, AB, e O. Vimos que A e B são dominantes em relação ao O. Quando os eritrócitos do indivíduo possuem antígeno A ou B os isoanticorpos correspondentes anti A estão ausentes no soro. O antígeno O é tão fraco que pode ser considerado antigênico. INDIVÍDUO ISOANTICORPO NO SORO AA ou AO Anti-B OO Anti-A e Anti-B BB ou BO Anti-A Os anticorpos anti-A e anti-B não são detectáveis ao nascimento, geralmente os que são presentes são de origem materna. São detectáveis fracamente aos três ou seis meses de vida, nesse período temos a obtenção do falso negativo a tipagem é adquirida fortemente aos cinco anos de idade. A situação mais comum e potencialmente grave que surge por existir subgrupos de aglutinógenos que são denominados A1+, A2 e A3+, OA1+ é o mais comum que se encontra em 80% dos eritrócitos do grupo A e AB, seguido do A2 que representa a maior parte dos 20% restantes. O A2 é tão fraco que pode passar despercebido em alguns soros anti-A, causando um sério problema pois o A2B pode ser falsamente tipado como B e o mesmo ocorre com A2O que pode ser falsamente tipado como O. Geralmente esses anticorpos não são clinicamente relevantes, mesmo assim podem produzir em algumas ocasiões, problemas de tipagem no banco de sangue. O soro do grupo O contém anticorpos (anti-A1B) que reage contra células do grupo A e B mais fortemente do que os anticorpos distintos contra células do grupo A ou B. O soro do grupo O com altos títulos de anti-A1B foi utilizado para produzir um anti-soro capaz de detectar subgrupos fracos de A ou B. A maioria dos especialistas acreditam na teoria de Wiener, pois é a que melhor se ajusta na prática, embora a teoria tenha uma desvantagem terminológica incômoda. Dentre os antígenos Rh, o D(Rho) é o mais antigênico quando presente em, pelo menos, um cromossomo o paciente é Rh positivo. O antígeno D se comporta sorologicamente como dominante e os indivíduos D positivos podem ser homozigotos ou heterozigotos, enquanto a ausência de reatividade do D comporta-se sorologicamente como gene recessivo. Os antígenos Rh necessitam de anticorpos naturais correspondentes no soro. Quando aparecem anticorpos anti-Rh eles são do tipo imune e resultam da exposição de um indivíduo Rh negativo ao fator Rh presentes no sangue proveniente de outra pessoa, processo que pode ocorrer na gravidez ou em transfusões sanguíneas. Na gravidez os eritrócitos do feto atravessam a placenta e entram em contato com eritrócitos da mãe.,dessa forma a mãe não pode produzir anticorpos anti-Rh dirigidos contra o antígeno do feto. Uma exceção ocorre quando a mãe possui anticorpos dirigidos ao grupo ABO do feto, por exemplo se a mãe é O e o feto é B, nesses casos os eritrócitos fetais são aparentemente destruídos na circulação materna antes de ocorrer a sensibilização, embora nem sempre essa situação seja observada. A incompatibilidade de Rh constituía de uma importante causa de reações transfusionais por anticorpos anti-Rh mais em menor escala do que as do grupo ABO. A sensibilização Rh após transfusão parece ter relação com a quantidade de sangue Rh incompatível, variando em cada indivíduo. Os lactentes com menos de quatro meses não produzem novos aloanticorposcontra quaisquer antígeno incompatível. O Rh pode ser tipado com anti-soro comerciais, a triagem preliminar limita-se ao antígeno D que classifica em Rh positivo ou negativo. Em particular existe um subgrupo chamado “D fraco” que é análogo ao subgrupo A2 do sistema ABO. O sangue como D fraco ´pode não reagir em soros de tipagem comerciais, ocorrendo então um resultado falso-negativo. Nos bancos de sangue que possuem o D fraco é classificado como Rh negativo, sendo que podem produzir anticorpos contra uma subunidade de antígeno D de um doador Rh positivo, pois suas células podem ser destruídas pelo soro de um receptor que contém anti-D. Geralmente os anticorpos anti-Rh são univalentes e reagem melhor in vitro. Os grandes bancos de sangue efetuam a triagem do soro dos doadores para esses anticorpos através de técnicas. Quando anticorpos anti-Rh atacam eritrócitos in vitro quer em transfusões ou doenças hemolíticas do recém-nascido, eles recobrem a superfície dos eritrócitos da mesma maneira que os anticorpos univalentes, fornecendo, portanto resultados positivos, até que os eritrócitos afetados sejam destruídos. b) Referente ao sistema ABO, uma criança nascida de uma mãe que possui o grupo sanguíneo A e o pai possui grupo sanguíneo B, quais são os possíveis grupos sanguíneos da criança? Para sabermos a tipagem sanguínea da criança que vai nascer, primeiro temos que ter conhecimento do tipo sanguíneo dos pais o qual já sabemos, o que nos falta que não foi mencionado é o fator Rh dos pais positivo ou negativo, sendo que o recém-nascido será a combinação genética dos pais. Então podemos ter algumas possibilidades do tipo sanguíneo. A+ com B= A+,B+,AB, O+,A-,B-,AB-ou O- A+ com B-= A+,B+,AB+,O+,A-,B-,AB-ou O- A- com B+=A+,B+, AB+,O+,A-,S-,AB-ou O- A- com B- = A-, B-, AB-ou O- Existem alguns tipos de incompatibilidade sanguínea, o principal deles é a incompatibilidade do sistema ABO, quando o sangue da mãe é diferente do sangue do pai, independente do fator Rh, mas não há muito que se preocupar, o máximo que poderá acontecer é a criança apresentar icterícia, podendo ser tratado na maternidade com fototerapia. Em 2% dos casos de incompatibilidade de tipos sanguíneos ocorrem em tipos sanguíneos não pesquisados. A principal preocupação é a incompatibilidade do sistema Rh, que ocorre caso a criança tenha o Rh positivo herdado do pai e a mãe possua fator Rh negativo. Essa incompatibilidade é menos frequente, ela apresenta os casos mais graves doenças hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal. Nessa doença , o feto pode falecer na gestação ou após o nascimento. A doença hemolítica pode também resultar em anemia profunda, provocando icterícia grave, além de surdez e paralisia cerebral.. Quando a incompatibilidade sanguínea é devido ao fator Rh, a mãe se sente mais sensível, pois o sangue dela reconhece o feto como um “intruso” e começa a criar anticorpos contra ele, como os anticorpos produzidos na primeira gravidez são moléculas grandes, elas não atravessam a barreira da placenta. Portanto se na primeira gravidez o sangue da mãe entrar em contato com o sangue do bebê que seja incompatível nada acontece. Mas é bom deixar claro que é feito um tratamento, pois caso acorra uma segunda gravidez sem o devido tratamento os anticorpos que serão produzidos serão moléculas menores que conseguem atravessar a placenta e vão destruir as hemácias do bebê, causando sérios riscos. A prevenção é feita com medicamento anti-D nas primeiras 71 horas após o parto. CONSIDERAÇÕES FINAIS Compreendemos diante do sistema ABO, que o responsável por sua criação foi o médico austríaco Karl Landsteiner O sistema ABO é muito importante, através dele é possível realizar uma transfusão sanguínea sem riscos de incompatibilidade ou óbito. Um indivíduo com tipo sanguíneo A só pode receber sangue do tipo O ou dele mesmo. O tipo sanguíneo B só pode receber do tipo O ou dele mesmo. O tipo AB pode receber do tipo A, B,O e dele mesmo. E o tipo sanguíneo O só recebe dele mesmo. Diante das informações estudadas e analisadas, podemos observar claramente que o tipo O é o doador universal, não apresenta aglutinógeno A e B e, por isso pode doar sangue para qualquer indivíduo. O tipo AB chamamos de receptor universal , pois pode receber qualquer tipo sanguíneo. Conclui-se que a herança genética determina a presença de um antígeno nas células de ambos ou a ausência destes, produzindo anticorpos anti-A e anti-B contra o aglutinógeno ausente no organismo. REFERÊNCIAS MONIZ, Priscila. Grupos sanguíneos. Educação.globo.com/biologia, disponível em: http://educaçao.globo.com/biologia/assunto/hereditariedade/grupos-sanguineos.html.. Acesso em 28 de jul. 2023 HADAD, Carolina. Tipo Sanguíneo de Papai e da Mamãe. Biogera.com.br, disponível em: http://www.biogera.com.br/tipo-sanguíneo-do-papai-e-da-mamãe/. Acesso em 2 ago. 2023 http://www.biogera.com.br/tipo-sangu%C3%ADneo-do-papai-e-da-mam%C3%A3e/