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FISIOLOGIA III - 10 07 - AULA PRÁTICA ESPIROMETRIA

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FISIOLOGIA III – AULA 10/07 – AULA PRÁTICA ESPIROMETRIA
PARTE 1
... nessa máquina de hoje esse não é um espirômetro clínico e a gente vai ter mais uma aula no lab e eu mostro o clínico pra vocês, não tem nada demais. Ele é ate parecido com esse aqui. Aqui nós vamos procurar construir o resultado, por isso vamos fazer a aula passo a passo pra que a gente possa ver como obtemos os parâmetros. Vocês lembram os parâmetros de espirometria: volume corrente, volume de reserva inspiratório, volume de reserva expiratório, volume residual. Capacidade virtual forçada e volume expiratório forçado de primeiro segundo. Nós vamos medir isso tudo, a exceção do volume residual, pois ele é estimado. Como é um volume que não vai passar pela máquina, a gente não consegue detectar volume residual. Pra detecção só algumas clínica tem um aparelho chamado plexmógrafo de corpo inteiro. Você entra na máquina e ela fica medindo diferença de pressão entre o ar inspirado e expirado e relaciona isso com diferença de volume dentro da caixa e aí você consegue medir volume residual. Os espirômetros clínicos não medem volume residual. Mas como a gente tem uma estimativa, quando você coloca peso e altura do indivíduo os espirômetros clínicos acabam colocando o que seria aquele volume residual estimado com base nos dados que vão aparecer.
Então vejam, aqui eu tenho um sistema que é um conversor analógico digital, que vai pegar os dados analógicos que é fluxo de ar e vai transformar numa curva que vai aparecer aqui. E quais serão os dados analógicos? Você tem aqui um transdutor de fluxo, a Lívia vai respirar aqui dentro e a diferença da passagem de fluxo de um ponto até outro mostra volumes e mostra fluxo. Na verdade ele mostra fluxo, ele é calibrado e vai detectar um volume através da diferença de fluxo entre um ponto e outro num intervalo de tempo. Isso chega nesse aparelho aqui que é um pré-amplificador de fluxo, que vai mandar pro conversor analógico digital. A gente tem aqui um filtro anti-bactérias acoplado ao nosso conversor de fluxo. Temos os bocais, que são descartáveis, mas também temos os não descartáveis.
O que a Lívia vai fazer? Respirar aqui dentro. Vai respirar tranquilamente pra gente medir volume corrente e em determinado momento vou pedir para fazer uma inspiração forçada e expiração forçada para ver volume de reserva inspiratório e volume de reserva expiratório. 
Então primeira coisa que vou fazer é zerar o espirômetro. Pra que a pessoa respire completamente dentro do aparelho a gente tem um clipe nasal. Aí você vai pegar isso aqui e respirar completamente dentro do sistema. Calmamente, tranquilamente. Vamos ver se a gente consegue fazer isso por 1min ou 1,5min. Então primeiro a gente zera, pra ele poder se adaptar as condições normais. Pode começar Lívia. 
Aqui a gente ta vendo fluxo, ta? Inspira, solta o ar... Inspira... Solta o ar e prende a respiração toda. Agora pode respirar normal... Com o negócio. Mas tá errado. Tem que meter a boca no trem! Sem deixar escapar pro lado. Bruno agradece não ter sido o escolhido, apesar de estar acostumado com situações semelhantes... A espirometria não um dos exames mais fáceis, não é confortável e tem alguns comandos que a pessoa tem dificuldade de atender. Então temos que ficar repetindo... Aí temos medida de fluxo em L/min, é uma medida indireta, ele ainda vai calcular o volume. 
Aqui temos nossa curva de fluxo, se expandirmos vemos fluxos que não são necessariamente regulares, vamos ver na nossa aula de controle da respiração... Agora já ta calculando volume. Como ele saiu um pouco do zero nós vamos fazer mais uma vez, mas não precisa ser 1min não. 
Pode ir... Lívia, inspira com o máximo de força que você conseguir e depois solta tudo até acabar... Faz uma inspiração, agora. Pode soltar... Inspira de novo e aí solta tudo tudo tudo...
Vamos lá. Primeiro nós vamos contar a frequência respiratória. Vamos contar a frequência a partir de 1min, embora esse registro não esteja 100%, mas pra frequência dá certo, tá? Então oh, a frequência respiratória deu 19. Aqui é um gráfico.
Pergunta: o quadriculado é igual de ECG?
Resposta: é, mas aqui a escala é variável, eu coloco a escala que eu quiser.
Vejam aí os volumes e as capacidades né, já vimos na aula passada. Aqui nós vamos ter volume em L. Aquela outra figura era fluxo, fluxo/min. Aqui é volume (litros). Então eu vou calcular o volume corrente da Lívia. Então vejam que o volume corrente deu... prof fica pensando.
PARTE 2
 ... grande parte inaudível com murmúrios e algumas dicas do professor (Minuto 15:30 – 17:50). 
 Se vocês olharem a escala aqui está indo de 0 a 2 Litros e um volume de 158 mL não é um volume (palavra inaudível – Minuto 18:04).
 Olha só, para medida de comparação a partir do 0 o (palavra inaudível – Minuto 18:41) de respiração da Lívia foi de 1.24L, eu vou colocar isso como volume corrente porque depois nós iremos calcular esses valores. Eu já coloquei no painel de valores e o programa já calcula o volume/minuto inspirado, e aí nós vamos medir o V de reserva inspiratório e o V de reserva expiratório, para analisarmos a inspiração forçada e a expiração. 
 Aqui vai servir para compararmos, já que vamos fazer uma DPOC na sala, como se tivéssemos dado uns 50 cigarros para a Lívia. Olha só o volume de reserva inspiratório aí, é o pico da inspiração e aqui deu quase 4L, mais precisamente 3.928L. E o volume de reserva expiratório a partir do final da expiração normal, eu medi a distância até a expiração forçada e deu 1.382L. Vamos fazer a partir da respiração normal a inspiração forçada: Então vejam aí que o V de reserva inspiratória deu 2.3 L e o V de reserva expiratório deu 1.38L. Agora dá até pra ver V corrente melhor: Vejam lá, a partir daqui até o pico 1.15 L que é então o V corrente. Então vamos fazer de novo, eu pego e coloco meu ponto de referência e vejo a distância até o pico mínimo que nesse caso é de 1.32/1.36L (lembrando que esses valores diferem porque o como achar o Volume num gráfico), e a reserva inspiratória também é feita a partir do V corrente, e nesse caso o valor foi de 2.38L. A partir disso ai o que iremos calcular: V corrente, Reserva inspiratória e reserva expiratória. E nós já vimos que V corrente + Reserva expiratória + Reserva inspiratória = Capacidade Vital, então nós temos aqui Capacidade Vital = 4.9L que está dentro do normal. A gente tem os parâmetros de capacidade inspiratório que é o V capaz de ser inspirado e é igual a Reserva inspiratória + V corrente. E temos também a capacidade expiratória que é V corrente mais reserva expiratória. A gente não consegue medir V residual porque não passou esse ar pela máquina então nós temos uma calculadora que é a partir de uma tabela, então calculamos um valor previsto de valor residual para as características da Lívia que é de 1,81 L (cita as características da pessoa que está sendo utilizada na experiência – Sexo feminino, 1,73m, 20 anos – então o valor do V residual é dado a partir de uma tabela que utiliza as características do indivíduo). Então o V residual previsto da Lívia é de 1,81L e a capacidade pulmonar total da Lívia é 6,7 L. 
 Então vamos para a próxima parte. Vamos ver o V inspiratório forçado de 1° segundo: Então a Lívia vai respirar normalmente, e depois ela vai fazer uma inspiração forçada ( o professor cita algumas diferenças do espirômetro utilizado para um clínico, o clínico não permite a analise se a respiração estiver rápida). Lívia você então vai respirar normal, depois fazer uma inspiração forçada para posteriormente soprar todo o ar possível (tem que ensinar isso para o paciente porque ele não vai saber fazer isso), então você inspira até não caber ar no pulmão e depois você sopra tudo, isso com muita força. Ele realiza a experiência com a Lívia e fala que não pode deixar sair ar entre a boca e o aparelho.
PARTE 3
	O professor dá indicações à Lívia: “de novo”, “respira tranquilamente”, “puxa todo o ar lentamente, depois vc solta com muita forçae depois continua respirando tranquilamente no negócio” “muito lento, vamos fazer de novo” “puxa todo ar e solta como se fosse apagar um incêndio”
Vcs vejam q essa curva está saindo do zero e depois está fazendo isso. (Tem escape de ar em algum ponto, depois vou cortar essa mangueira). Mas de qualquer maneira, vejam q a gente tem uma (32:59) perto do q a gente viu na aula passada, volume de reserva inspiratório e volume de reserva expiratório. Vamos analisar isso...
Primeira coisa, nós vamos medir fluxo. Então, pra fluxo, nós vamos usar o canal de cima. Então durante a inspiração, nós tivemos um fluxo máximo. Vamos completar a tabela: fluxo inspiratório máximo e fluxo expiratório máximo. O primeiro, é a partir do que a gente considerar zero até o pico de fluxo, que foi 344 L/min. Já o fluxo expiratório máximo, 152 L/min.
A capacidade virtual forçada como medimos? A soma da expiração com a inspiração. Então podemos colocar o marcador aqui embaixo e medir até aqui em cima. 
P: Não é volume corrente mais a expiração? R: Sim, a capacidade virtual forçada é todo ar que se movimenta nos pulmões. No caso da Lívia.. (Busca um registro melhor, que é o registro máximo)... Então eu vou pegar desde o pico expiratório até o pico inspiratório. (Se precisar a gente expande pra ter uma noção melhor do que é o pico). Nesse caso, a capacidade vital forçada, que é diferente da capacidade vital normal/em repouso, foi de 3,43 Litros. E o q a gente prevê: a partir da inspiração, ela tem que expirar quanto do ar inspirado no primeiro segundo? 80% da capacidade vital forçada. Então nós vamos medir qual foi o volume expiratório forçado no primeiro segundo. Como fazemos isso? Aqui nós temos uma barra de tempo. (Tem um delta, que está em 0,001 segundos. O professor move o delta até chegar a 1 segundo) Então nós temos o pico de volume expiratório dela é onde está o tracinho. E o 1segundo é onde está essa cruzinha. Em 1 segundo, ela expirou 2,80 L. Então, de 3,43 (que era a capacidade vital forçada), 2,80 foi no primeiro segundo. Se a gente for fazer a conta, deu 81%. Então, a Lívia não tem DPOC. 
Aqui a gente mediu toda a expiração forçada dela, qual foi esse volume e quanto desse volume foi expirado no primeiro segundo. Mas vcs não terão que fazer dessa maneira que fizemos, pois o aparelho já apresentará esse dado. 
Todo ar que foi embora na expiração forçada é a capacidade vital forçada. E nós medimos o quanto de ar que foi embora no primeiro segundo, que é o volume expiratório forçado. Num indivíduo saudável, o VEF tem que ser maior do que 80% da capacidade vital forçada. No caso da Lívia foi 81%, o que está ótimo.
P: Se fosse maior essa porcentagem, teria algum problema? R: Hum.. Esse valor não é quanto maior melhor, pq vc nunca vai chegar a 100%. Mas se a sua frequência respiratória tiver muito alta (aprox. 35 irpm), obviamente que esse fluxo tem que aumentar pra que seja 80% no primeiro segundo. P: Mas nunca vai chegar a 100% né? R: Não, pois a respiração não demora 1 segundo. Pra chegar a 100% vcs têm que pensar no seguinte: se eu consigo mobilizar todo meu ar em 1 segundo, a minha frequência respiratória tinha que ser 60 irpm, mas não chega a esse valor. É normalmente menos de 20 irpm.
Agora, nós vamos fazer uma DPOC. Vou criar uma asma bruta. (O professor obstrui parte da luz da mangueira com uma fita para caracterizar a DPOC). O que é isso? Obstrução de via aérea, né? Olhem qual era a luz da “via aérea” antes e agora ficou da espessura de um tubo de caneta. Vamos zerar o aparelho e repetir as mesmas orientações para a Lívia.
O professor chama a atenção para as diferenças das curvas de curso e dá instruções à Lívia: “inspira normalmente”, “inspira com toda força e solta todo ar” “repita só mais uma vez”. O professor diz que o sistema do próprio aparelho não está muito bom. Pergunta à Lívia se foi ruim e ela diz que sim pois não conseguiu soltar todo ar que tinha inspirado. 
PARTE 4
Vamos ver o fluxo inspiratório. 78L. Antes tava 344L. O fluxo expiratório deu 124L. 
O fluxo inspiratório (não deu pra entender direito, parece ins) máximo que é ar, volume de ar em unidade de tempo, em L/min. De 344L/min foi pra 124 com a obstrução. O fluxo expiratório, de 152 foi pra 80. 
Vamos ver a capacidade vital forçada. Vai do pico expiratório até o pico inspiratório. Deu 3.5L. A capacidade vital forçada se manteve, mas vamos ver o volume expiratório forçado do primeiro segundo. To aqui em 0s, na tela do computador aparece direitinho esse parâmetro. Deu 1,02s. 1 s depois que a Lívia estava expirando deu 1.28L. 28% de volume expiratório forçado no primeiro segundo. Como ela tinha obstrução de via aérea, de todo ar que ela conseguiu inspirar, só 28% dele que saiu no primeiro segundo. Antes, foi 81%. Aqui temos, de fato, indicativo de doença pulmonar obstrutiva crônica. Pra eu saber se isso aí é um enfisema pulmonar ou bronquite crônica, o que eu faria? Só com a espirometria. Vamos imaginar que a Livia não tivesse feito o primeiro exame, que deu 81%. Fez lá e deu um valor de 60%. Você dá o bronco dilatador, espera 10 min, faz de novo, repete o teste e vê se os parâmetros vão estar aumentados. Se for problema de broncodilatação, o problema vai ser resolvido com o teste do bronco dilatador. Se o problema for enfisema pulmonar, questao de elasticidade dos pulmões, não há condição de corrigir isso com o teste do bronco dilatador. Você pode pedir outros exames, mas você já tem indicativo de enfisema pulmonar. 
Tem aqui os parâmetros e uns exercícios, vou ver se faço isso virar um pdf. Coloco na página pra vocês. 
PARTE 5
Começam a apresentação 
Bom dia, vamos falar sobre traqueostomia e sua influência respiratória.
Para começar vamos falar o que é traqueostomia, essa palavra significa abertura da traquéia que é exatamente esse o procedimento cirúrgico, ela é utilizada com muita freqüência em pacientes que estão com ventilação mecânica prolongada, mas para vc ter um acesso rápido da via aérea desse paciente normalmente se utiliza da intubação orotraqueal que é a intubação que a gente conhece mesmo, para vc realizá-la vc utiliza um laringoscópio Rechaçar a língua para a esquerda e para cima no campo do operador e vc vai visualizar as pregas vocais do paciente e vc o entubar, caso vc não vê as pregas vocais se considera uma intubação difícil e aí vc utiliza um broncofibroscópio que é um aparelho utilizado para fazer uma broncospia e uma fibrocospia, é um tubo com uma câmera no final para vc visualizar essas estruturas e vai fazer essa intubação meio que a cegas né, só com a visualização daquela câmera ali.
Existem Tb outros métodos como uma punção na membrana tireóidea com agulha, mas são menos utilizados a intubação é a mais utilizada mesmo.
A traqueostomia é classificada de acordo com três coisas:
Primeiro quanto a finalidade ela pode ser uma traqueostomia preventiva, ou seja, vc vai realizar um procedimento que vai gerar uma obstrução das vias aéreas e aí vc faz a traqueostomia preventivamente, por exemplo uma ressecção de tumor, uma laringectomia, só que isso não é comum ta.
Ela pode ser curativa quando a via aérea já está obstruída. E também ela pode ser paliativa quando vc te uma paciente terminal que já está na ventilação mecânica prolongada á muito tempo e vc quer da um conforto respiratório para esse paciente.
Quanto ao tempo apropriado para realização ela pode ser de urgência ou ela pode ser eletiva
A de urgência pode ser por uma via aérea obstruída por algum corpo estranho, não é o mais recomendado na urgência normalmente, vc faz uma cricotireoscomia que é na membrana cricotireioidea, mas quando essa cricotireoscomia possa gerar uma lesão na laríngea vc faz a traqueostomia.
A eletiva é quando o paciente está na ventilação mecânica por mais ou menos 14 dias para vc evitar as complicações da intubação orotraqueal prolongada que a gente sabe que pode gerar muitas infecções.
Fala do professor: Os protocolos falam 8 dias.
Sim 8 dias a precoce e 14 dias a tardia, deve-se chegar em um consenso.
 
Se vc fazer com 8 dias as chancesdo paciente se recuperar mais rapidamente, mas alguns médicos preferem fazer mais tardiamente com 13 a 14 dias .
Professor: é justificável né, pq depende do prognostico, o cara ta melhorando ela vai sair daqui dois dias vc vai fazer traqueostomia nele? Então vamos esperar se o prognostico é bom aí acaba optando em esperar que ele possa sair sem ter que fazer, mas se o prognostico for ruim é bom fazer logo para dar um conforto respiratório para o paciente.
Quanto ao tempo ela pode ser permanente ou temporária, ela é definitiva quando esta vai ser a via principal para oxigenação do paciente.
Agora um pouco sobre a técnica:
Deve ser feita preferencialmente em um centro cirúrgico, não precisa de todo o aparato cirúrgico, uma equipe especializada tanto de enfermagem quanto medica. Entretanto, nos grandes hospital ela pode ser realizada no local de terapia intensiva, pq vc deslocar determinados paciente intubados, graves para o centro cirúrgico pode gerar uma complicação ainda maior então dependendo se vc tiver o aparato ali vc pode fazer dentro do CTI, por se tratar de um procedimento na maioria das vezes eletivo deve se fazer com todos o parâmetros de coagulação sanguínea normais se tiver alguma alteração na hemostasia ela não é indicada .
Existem algumas situações que pode dificultar o procedimento como paciente com o pescoço obeso ou curto e bocioedêmico, artrose da coluna cervical então tem que ver a posição que o paciente tem que ficar na hora do procedimento, mas não vai deixar de fazer por causa disso só no caso da coagulação que deixa de fazer.
Então vc tem que estar monitorando o nível de oxigênio desse paciente com um oximetro, e vc tem que escolher a cânula que vc tem dois tipos a de plástico e a metálica, a metálica é mais fácil de limpar pq ela tem uma cânula interna e externa aí vc faz a limpeza para se evitar uma obstrução por secreção, só que ela não tem um baronet externo que da para vc fazer a ventilação mecânica no paciente, já a plástica é difícil de higienizar, então normalmente os índices de obstrução são mais altos, mas em compensação tem o baronet e vc consegue fazer a ventilação mecânica, vc escolhe o tipo de cânula, mas o calibra só depois que o paciente estiver na mesa que vc vai escolher.
O paciente deve esta em decúbito dorsal colocar em uma posição em que se expõe a traquéia, mas como já foi dito essa posição pode favorecer a dispnéia e o paciente já tem dificuldade de respirar, então vc coloca só em ultima opção.
Os reparos anatômicos são importantes né, algumas estruturas são moveis, e os principais são a cartilagem tireóidea, a cartilagem cricotireóidea, a membrana cricotireóidea e a fúrcula external.
Já a anestesia pode ser geral ou local, porque a local não é indicada pois o paciente pode ter dificuldade de deglutir, desconforto para respirar pode ficar agitado, aí normalmente da uma anestesia geral e intuba esse paciente.
A incisão pode ser transversal ou vertical, geralmente se faz a longitudinal pq a transversal pode causar mais lesão na laringe, a incisão vc pega pele, tela subcutânea platisma, rebate a rafe mediana tem uma musculatura e vc chega na traquéia .
Aqui vc tem uma imagem vejam que eles marcam com a caneta onde vai ter a incisão.
E a abertura da traquéia vai ser feita da segunda a quarta cartilagem traqueal pq na primeira vc pode lesar a laringe, e abaixo da quarta vc pode lesar a pleura, vasos da base, mas com cuidado pq na segunda vc tem o istmo da tireóidea, então na imagem vc vê essa abertura fica como uma janela retangular.
O vídeo para vcs verem.... uma incisão longitudinal depois músculo aí vc faz transversalmente a abertura da traquéia e coloca a cânula .
Os cuidados pós-operatórios a ferida não pode ser fechada para se evitar um enfisema naquela região, aqui só uma imagem para vcs verem a cânula toda envolvida por gases.
Os benefícios eu só vou citar
Menor incidência de lesão na laríngea em relação a intubação laríngea prolongada. Facilita a limpeza da arvore brônquica, diminui a incidência de estenose subglotea, facilita o desmame do respirador, alimentação por via oral, transferência precoce da unidade intermediaria, propicia maior conforto, a mobilização e comunicação do paciente.
As complicações mais comuns podem ser:
Hemorragia logo após a operação, obstrução da cânula por secreção se não fazer higienização corretamente e deslocamento da cânula caso ela não esteja fixada corretamente, pneumonia enfisema uma, esofagia se tiver uma lesão de esôfago.
Aqui complicações intra-operatórias, parada respiratória, hemorragia, brocoesxpiraçao ,lesão do nervo laríngeo recorrente com prejuízo na fala.
Então, agora um pouquinho dos dados epidemiológicos para vcs:
Algumas tabelas dos artigos que a gente viu né, considerando o espaço amostral das tabelas na tabela 1 a gente vê. Que os pacientes masculinos tem maior incidência da traqueostomia, os pacientes da clinica medica são mais indicados do que a aqueles que estão na clinica cirúrgica, o que mais leva a realizá-la são comprometimentos respiratórios seguido do cardiovascular, nessa outra tabela a gente vê as indicações : as principais são para aquele paciente que já tinha uma ventilação orotraqueal prolongada e aqueles que estão sofrendo obstrução de via aérea como a estenose laríngeo traqueal que eu vou falar no próximo slide.
Na imagem de uma tomografia do tórax a gente vê uma constrição indicada pelas setas, mostrando uma estenose laríngeo traqueal e ali a gente vê que o calibre nas vias superiores e muito maior e aqui onde a gente tem a estenose é muito menor, muitos paciente que estavam com intubaçao laríngeo traqueal eles podem desenvolver essa estenose laríngeo traqueal, e o tratamento é fazer a retirada mesmo dessa parte estenosada que foi constrita só que muitas vezes não tem como pela avaliação do medico e com isso indica a traqueostomia. 
Então a gente escolheu um artigo para fazer relação da traqueostomia com a mecânica respiratória, na metodologia desse artigo é um trabalho de vários anos analisando pacientes que tiveram câncer de cabeça e pescoço, a massa crescendo se proliferando e comprimindo as vias aéreas fazendo se necessário a traqueostomia. 
A traqueostomia é muita antiga as primeiras citações dela foi no segundo século antes de cristo por Asclepíades, ela em 1909 esse sujeito chamado Jackson  padronizou essa técnica de forma tão eficiente que ate hoje foram feitas poucas modificações nessa técnica de traqueostomia .
Mas a indicações para esses pacientes com câncer de cabeça pescoço é porque e a traqueostomia vai diminuir o esforço respiratório e a resistência das vias aéreas alem de melhor tolerado para paciente consciente e menor dano a laringe quando comparada com tubo orotraqueal ate pq esse tudo é muito desconfortável para o paciente que está consciente 
Bom então existe varia estruturas anatômicas que estão colaborando para que essas vias aéreas estejam no melhor funcionamento possível um deles são os músculos cervicais torácicos então atuam como mantenedores pra a manutenção do calibre das vias aéreas, mantendo elas rígidas esticadas para que o fluxo aéreo seja otimizado, então, por exemplo, os músculos cervicais em um individuo normal eles vão fazer a tração da laríngea e a dilatação...
PARTE 6
A descendência da traqueia também é facilitada pela pressão intratorácica que já é negativa. Quando é realizada a incisão ventrolateral na região mais caudal do pescoço (região cervical) acaba ocorrendo lesão nesses músculos e acontece uma incoordenação dos mesmos.
Essa incoordenação gera colapso nas vias aéreas ou até mesmo no parênquima pulmonar, uma vez que estes músculos, cervicais e torácicos, estavam opondo-se a pressão intratorácica negativa. Logo, sua incoordenação faz com que a pressão intratorácica torne-se mais negativa levando o individuo a ficar tendencioso a ter colapso. 
Outro grupo muscular que é importante na mecânica respiratória são os Mm. Da Laringe e Faringe que vão agir antes do diafragma, que em conjunto endurecem as vias aéreas superiores, colaborandona manutenção do calibre. Ex.: genio-glosso e gênio-hioideo ao contraírem (em indivíduos normais) anteriorizam o a língua, esticando dessa forma a faringe (língua fixa na faringe) evitando o colapso nas vias aéreas superiores. 
Os músculos supra e infra – hioideos também atuam tracionando a epiglote contra a base da língua, diminuindo a resistências das vias aéreas facilitando com que haja a passagem desse ar. Já os músculos adutores da laringe atuam na glote (que possui um papel central na alteração da mecânica respiratória no individuo pós traqueostomizado). 
No individuo normal durante a inspiração os músculos adutores da glote, entre outros, fazem com que a glote seja aberta, passando o fluxo de ar. Já na expiração a glote tende a realizar o maior estreitamento possível – tende ficar mais fechado – para controlar o volume pulmonar e o volume corrente para que não esvazie totalmente os pulmões. Quando se realiza a traqueostomia a glote será acometida tendo sua função suprimida, pois ficará constantemente aberta. Com isso, perde-se o volume pulmonar, volume corrente, podendo ocorre uma broncoaspiração, pois a glote fechada favorecia o momento de apneia para fazer a deglutição do bolo alimentar. 
A elastância pulmonar é definida como a variação de pressão necessária para produzir uma variação do volume pulmonar e se orienta pela resistência da expansão do tecido elástico pulmonar. Ela é a resistência que o tecido pulmonar possui para expandir, diferente da complacência que é a capacidade de expansibilidade do pulmão. A elastância pulmonar no indivíduo pós traqueostomizado também irá aumentar e com isso ele estará sujeito a formação de áreas micro atelectasiadas (abrindo porta para infecções, insuficiências respiratórias e aumenta o tempo de ventilação mecânica desses pacientes) principalmente nas bases pulmonares. Invariavelmente, de sujeito a sujeito, a traqueostomia pode aumentar a resistência das vias aéreas. O intuito desse procedimento é diminuir a resistências, mas conforme a resposta de cada individuo pode ocorrer o aumento da resistência final das vias aéreas.
Se o paciente pos traqueostomizado está com problema de deglutição é necessário que o profissional de saúde esteja atento, uma vez que pode ocorrer a desidratação, uma broncopneumonia devido ao problema dessa deglutição comprometida. 
No indivíduo normal o bolo sai da orofaringe, o véu palatino se eleva e joga o alimento para as vias digestórias, pois a laringe está fechada impedindo que o alimente passe. Quando realiza a traqueostomia teremos alterações na anatomia e fisiologia do sistema respiratório (Alterações: elevação laríngea, movimentos glóticos, sensibilidade da mucosa). A maioria dos pacientes que passam por esse procedimento cirúrgico estava antes no tubo orotraqueal que altera a sensibilidade da mucosa. Todos esses fatores podem colaborar para um inadequado fechamento da glote – pressão infra-glote diminui e o paciente tende a desviar o bolo alimentar para as vias respiratórias -. 
O paciente que acabou de sair do tubo orotraqueal pode ter: dessensibilização laríngea, edema de corda vocal. Quando se realiza a traqueostomia logo após a intubação pode-se aumentar as sequelas. No caso em que a glote está totalmente aberta e os movimentos estão comprometidos, possui-se uma dificuldade em realizar a elevação laríngea que é superimportante para a produção de voz, por isso o paciente apresenta dificuldade na fonação. 
Os profissionais de saúde têm feito comunicações alternativas para os pacientes que possuem dificuldade de comunicar pós-traqueostomia. Então temos, por exemplo, vibradores laríngeos. 
Gonzaga: Em caso de atelectasia pode-se colocar o paciente para respirar em pressões positivas. Pois se cria uma pressão positiva nas vias aéreas, logo o individuo respira contra uma pressão positiva, fazendo com que se aumente a pressão intrapulmonar que abre os alvéolos que estão fechados.

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