Webconferencia IV PRÉ E PÓS OPERTARÓRIO NAS CIRURGIAS PLÁSTICAS

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PRÉ E PÓS OPERATÍRIO DE CIRURGIA PLÁSTICA
Webconferência IV
Unidade IV
Professor(a): Dra. Nara Porto
Atuação do esteticista, eletroterapia 
e técnicas manuais aplicadas à cirurgia 
plástica
• Com o crescimento das áreas estética e cosmética, o mercado de trabalho 
exige profissionais que estejam altamente capacitados e informados, não 
só para aplicação dos serviços oferecidos, mas também com cuidados às 
normas de biossegurança.
• No contexto da estética, a biossegurança tem o objetivo de controlar e 
minimizar os riscos químicos e biológicos. 
• Para tanto, destaca-se a importância do uso de Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI), da higienização das mãos, do descarte de materiais 
perfurocortantes, da cobertura vacinal e do processamento de dispositivos 
usados na prática.
• A biossegurança abrange também cuidados que incluem os Equipamentos 
de Proteção Coletiva (EPC), desinfecção e esterilização de todos os 
instrumentos não descartáveis, sejam perfuro cortantes ou não, além de 
cumprir as regras definidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA), no tocante ao armazenamento, controle de produtos e 
Manutenção dos equipamentos.
O que o cliente busca?
• Procura por qualidade do serviço
• Procura por Higiene e segurança na saúde= Biossegurança
• Atendimento diferenciado
• Limpeza
• Climatização ( ambiente fechado)
• Material descartável
• Segregação de resíduos 
• Qualificação do atendente
O que é Biossegurança?
• É um conjunto de medidas voltadas para prevenção, 
minimização ou eliminação de riscos inerentes às 
atividades que tenham alguma ligação com a saúde.
BIOSSEGURANÇA
• RISCO: perigo mediado pelo conhecimento!
• É a probabilidade de ocorrer um evento bem definido no espaço 
e no tempo, que causa dano à saúde, às unidades operacionais, 
ou dano econômico/financeiro.
 
Quem está em risco?
•Clientes/pacientes
•Funcionários
• Precisam ser fiscalizados quanto aos EPIs
TIPOS DE RISCOS
• GRUPO 1: RISCOS FÍSICOS
• GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS
• GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOS
• GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS
• GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES
Risco Biológico
• Substâncias e objetos contaminados por micro-organismos, bactérias, 
fungos, parasitas, protozoários ou vírus. 
• Algodão com secreção
• Cutículas
• Bulbo capilar
• Cera de depilação
• Cortes e fissuras
Risco Químico
• Destacam-se substâncias, compostos ou produtos que podem entrar em contato com 
o organismo por via:
• Respiratória ou ocular
• Absorvidos pela pele ou
• Por ingestão na forma de gases, vapores, neblina, poeira.
• Exemplos:
• Tintuta de Cabelo
• Esmaltes
• Escovas progressivas
• Cremes Corporais
• Máscaras faciais
Riscos Físicos
• São definidos como formas de energia a que possam estar expostos os 
trabalhadores, cujos agentes mais comuns são ruído, calor, vibração, 
pressões anormais e radiações ionizantes.
Riscos de Acidentes
• Além dos físicos, químicos e biológicos, destacam-se:
• Arranjo físico deficitário;
• Eletricidade;
• Máquinas e equipamentos
• Incêndio/ explosão
• Armazenamento
• Ferramentas
Acidentes na área da Beleza
• A luva impede a 
passagem de 40% dos 
microorganismos em 
casos de cortes.
Temperaturas excessivas
• O calor pode provocar desidratação, erupção da pele, cãibras, fadiga 
física, problemas cardiovasculares, insolação, entre outros.
• O frio pode provocar feridas, rachaduras e necrose da pele, 
congelamento, agravamento de doenças reumáticas, predisposição 
para acidentes e doenças das vias respiratórias.
• Em beleza: Secador, autoclave, ambiente sem climatização.
Riscos Ergonômicos
• São os fatores que podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, 
proporcionando-lhe desconforto ou causando doenças. 
• Riscos:
• Esforço físico / levantamento de peso
• Postura inadequada (Manicure)
• Jornadas prolongadas
• Monotonia e repetitividade
• Falta de organização no trabalho
• Condições inadequadas no ambiente (layout, posto de trabalho)
Exemplo área da Beleza
• Estética Corporal
• Risco ergonômico (posição inadequada, mov. Repetitivos)
• Biológicos ( exposição a fluidos orgânicos e secreções)
• Químico ( exposição a produtos e compostos químicos pela via cutânea ou respiratória).
Ambientes de Beleza
• Sempre que as operações a executar o permitam, é indispensável a 
utilização de luvas adequadas para evitar a exposição cutânea, 
precedida de uma boa higiene das mãos, sem uso de anéis e 
pulseiras.
Uso dos EPIs
Atuação na plástica
• Pós-operatório imediato
• Compreende as primeiras 12 a 24 horas após o término da cirurgia.
• Pós-operatório mediato
• Inicia-se após as primeiras 24 ou 48 horas e se desenvolve por um período até o dia 
da alta hospitalar.
• Pós-operatório tardio
• Sucede após os primeiros sete dias e dura até a completa cicatrização das lesões
Eletroterapia
• Ultra-som
• Radiofrequência
• Lipocavitação
• Alta-frequência
• Laser de baixa potência 
Flacidez pós-lipoaspiração, Reorganização dos fibroblastos
Melhora da circulação
Redução de adiposidade reparando assimetrias pós-cirurgia
Bactericida e fungicida
Melhora do processo cicatricial
Laser de baixa potência
• A laserterapia pode auxiliar na resolução do processo inflamatório, 
estimulando a liberação de substâncias pré-formadas como histamina, 
serotonina e inibindo a formação de bradicinina, atuando similarmente às 
drogas anti-inflamatórias.
• O uso desse equipamento nas primeiras 24 horas promove os melhores 
resultados, pois é nessa fase que se observa maior afluência de elementos 
defensivos e um elevado número da mitose das células do estrato 
germinativo na área lesada.
• Em suas discussões, descreve que o “laser após uma lesão da pele 
possibilita a angiogênese, estímulo da mitose celular, regulação dos 
fibroblastos, normalizando a produção de fibras elásticas e colágenas, 
impedindo a ocorrência de queloides, hipertrofias e alargamentos.
Alta Freqüência
• A alta frequência é um recurso de eletroterapia aplicado 
em disfunções estética faciais, corporais e ainda, 
capilares. Costuma ser utilizada associada a outras 
modalidades terapêuticas, de modo a potencializar os 
resultados obtidos com os tratamentos estéticos.
• Correntes alternadas de alta frequência, cujos 
parâmetros de frequência e tensão podem variar de 
acordo com o fabricante.
• Ação: Passagem de ondas eletromagnéticas pelo ar ou 
outros gases rarefeitos, provoca a formação de ozônio.
Tipos de Eletrodos
oEsférico;
oCogumelo ou cebola
oCauterizador ou fulgurado;
oSaturador;
oForquilha;
oPente.
Efeitos Fisiológicos
• Efeitos térmicos: 
• Produção de calor Vasodilatação periférica local.
Efeitos Fisiológicos
• Efeito Térmico é inversamente proporcional à superfície 
do eletrodo.
• A hiperemia em casos de intensidade alta por tempo 
maior.
Efeitos Fisiológicos
• Bactericida e anti-séptico
• Ocorre pela formação do ozônio na superfície da pele;
• As “faíscas” geram ozônio á partir do oxigênio do 
ambiente; 
• Ozônio formado possui ação oxidante, e portanto é 
um bom bactericida, germicida e anti-séptico em 
geral.
Efeitos Fisiológicos
• Anti-inflamatório
• Usado em processos de reparo tecidual onde há 
solução de continuidade da pele (úlceras, acne e etc), 
pois é comum a presença de germes e bactérias que 
acabam por dificultar a resolução do processo 
inflamatório. 
• Aumenta o fluxo sanguíneo aumento dos 
elementos de defesa do sangue na área.
• Não indicado para inflamação em estruturas internas 
por não ter ação em profundidade.
Indicações
• Desinfecção após extração acnéica;
• Acnes inflamadas;
• Desinfecção do couro cabeludo seborréico;
• Pós- depilação (foliculite);
• Descontinuidade da pele (úlceras de pressão 
infectadas e feridas abertas).
• Psoríase (fechamento das lesões).
• Piolhos
Direta ou efluviação
• Suave massagem
• Deslizamento de eletrodo de superfície plana
Radiofrequência
A Radiofrequência é um tipo deradiação 
eletromagnética que gera calor, 
compreendida entre 30.000Hz a 3000MHz.
Radiofrequência
• Este tipo de calor alcança tecidos a vários centímetros de 
profundidade gerando energia e forte calor sobre a 
camada mais profunda da pele, enquanto a superfície se 
mantém resfriada e protegida, causando contração das 
fibras de colágeno existentes, tornado-as mais eficientes 
na sustentação da pele, e estimulando a formação de 
outras (TECATHERAP, 2006).
Radiofrequência
• Segundo BORGES, Fábio, 2006, o principal efeito dessas correntes ao atravessar o organismo é a 
produção de calor. 
• Desse efeito térmico pode-se deduzir posteriormente o efeito de vasodilatação periférica local. 
• O calor gerado promove aumento de fluxo sanguíneo e consequentemente melhora a oxigenação 
e o metabolismo celular. 
Radiofrequência
• O aquecimento promove regeneração do colágeno, quebra de tecido adiposo e 
fibroso, e aumento da circulação e drenagem dos fluidos.
Radiofrequência
•Avaliação constante da temperatura com Termômetro.
•Não esperar a paciente referir calor.
•Cuidado com cabeçote parado, deve estar sempre em movimento.
•Atenção para o condutor.
•Evitar no P.O.I
Efeitos Fisiológicos da 
Radiofrequência
• Produz aquecimento do tecido adiposo.
• Estimula a circulação sanguínea a nível cutâneo, melhorando a qualidade da pele.
• Estimula o sistema linfático e arteriovenoso do tecido adiposo, diminuindo o volume corporal.
• Estimula a colagenase da derme, tensionando a pele.
• Estimula a colagenase dos septos fibrosos. 
Contra Indicações
 Marcapasso
 Gravidez
 CA
 DM
 Infecções Sistêmicas
 Testículos
 Peelings Agressivos
 Tuberculose Ativa
 Transtornos de Sensibilidade
 Menstruação
 Prótese de soro
 Infecções locais
 Uso de anticoagulantes
 Varizes
 Globo Ocular
 Terapia por colágeno e Botox
 Microdermoabrasão por 3 meses
O Ultrassom
• O uso do ultrassom na fase proliferativa proporciona um aumento na 
proliferação dos fibroblastos, isso faz com que aumente a velocidade da 
angiogênese, da secreção de proteína e colágeno, além de estimular a 
contração da ferida, resultando assim em uma melhora significativa do 
tamanho da cicatriz. Logo, na fase de remodelamento, a aplicação do 
ultrassom aumenta a resistência do tecido, a reorientação e a quantidade 
de colágeno
Faixas de Frequência
• 1 MHz – penetração de 11 cm
• 3 MHz – penetração de 4 cm
• 5 MHz – penetração de 2,5 cm
Efeitos fisiológicos
•TÉRMICO:
•estimula o metabolismo
•aumento da circulação sanguínea
•QUÍMICO:
• liberação de subst. vasodilatadoras
Efeito Tixotrópico
• US capaz de amolecer substâncias em estado de maior consistência. 
• Diminui a consistência das estruturas teciduais endurecidas ( transforma 
colóides em estado sólido para o estado gel)
Classificação do ultrassom 
quanto ao tipo de onda
• Contínuo – a onda não tem interrupção – efeito térmico 
maior que o efeito mecânico
• Pulsado – a onda tem intervalos de pausa – efeito 
térmico menor que o efeito mecânico
ASPECTOS BIOFÍSICOS
• Cavitação:
• Pulsos liberados pelo gerador de ultra-som fazem as moléculas oscilarem de 
maneira cíclica e diretamente proporcional a intensidade. 
• Cavitação Estável;
• Cavitação Instável.
ASPECTOS BIOFÍSICOS
• Cavitação Estável: 
• Quando as bolhas de ar oscilam dentro das ondas de pressão do ultra-som, 
aumentam e diminuem de volume, mas permanecem intactas.
• Cavitação Instável:
• O volume da bolha se altera rápida e violentamente, então a bolha implode causando 
mudanças de temperatura podendo resultar em dano tecidual.
Efeitos Fisiológicos
• Efeito Mecânico;
• Microcorrente Acústica;
• Aumento da Permeabilidade;
• Efeito Térmico;
• Vasodilatação;
• Aumento do Fluxo Sanguíneo;
• Aumento do Metabolismo;
Técnicas de aplicação
Denagem linfática
• A Drenagem Linfática Manual (DLM) é indicada no PO da maioria dos 
procedimentos de cirurgia plástica, como nas cirurgias de face, 
lipoaspiração, mamas, abdominoplastias, entre outras, sendo que quando 
bem realizada, promove uma grande melhora no quadro álgico por 
diminuir a congestão tecidual.
• A aplicação da drenagem linfática manual no pós-operatório deve obedecer 
aos seguintes princípios:
• Ser suave para evitar possíveis lesões teciduais;
• Evitar os movimentos de deslizamentos;
• Seguir o trajeto das vias que não foram comprometidas pelo ato cirúrgico;
• Elevação do segmento a ser drenado;
• Ser realizada de modo que não promova um maior tensionamento na incisão 
cirúrgica,fixando-a com uma das mãos.
• A proposta da drenagem linfática reversa em cirurgias com grandes incisões é 
direcionar a linfa para vias próximas e íntegras até a reconstituição dos vasos, fato 
este que ocorre dentro de 30 dias.
• A execução da massagem de drenagem no pós-operatório deve obedecer 
aos princípios de evitar lesões teciduais, movimentos de deslizamento, 
seguindo o trajeto das vias que não foram comprometidas pelo ato 
cirúrgico, devem ser realizados de modo que não promova um maior 
tensionamento na incisão cirúrgica, fixando-a com uma das mãos.
Linfonodos
Anastomoses entre grandes feixes
Feixe cefálico (lateral MMSS) – fluxo alternativo do antebraço para linfonodo 
infraclavicular (contorna o ombro) – importante na linfonodectomia axilar com 
interrupção dos vasos linfáticos basílicos.