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Contabilidade Avancada - Ebook 3

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WebAula 3
Contabilidade 
Avançada
Profa. Ma. Maíra Jessika Fernandes Silva
 
CONTABILIDADE 
AVANÇADA
LIVRO 3
1ª EDIÇÃO
GOIÂNIA
Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS 
2022
Catalogação: Biblioteca Anhanguera
____________________________________________________________
Contabilidade Avançada - WebAula 3 / Dr. Cosme Massi (orga-
nizador); Maíra Jessika Fernandes Silva – Goiânia : Centro 
Universitário de Goiás UNIGOIÁS, 2022.
31 p. : il.
ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
1.Contabilidade Avançada. I. Massi, Cosme. II. Silva, Maíra 
Jessika Fernandes. III.Título. 
CDU: 658
____________________________________________________________
2022
Direitos exclusivos em língua portuguesa cedidos ao
Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS
Avenida João Cândido de Oliveira, 115,
Cidade Jardim Cep: 74423-115- Goiânia - GO
Tel: (62) 3246 1404Fax: 3246 1444
site: www.anhanguera.edu.br
CONTABILIDADE AVANÇADA
Organização
Pró-Reitor de Ensino a Distância
Dr. Cosme Massi
Autora
Profa. Ma. Maíra Jessika Fernandes Silva
Produção
Supervisão do Processo Instrucional (SPI) 
Supervisora Prof.ª Esp. Karina Adorno de La Cruz
Instrução de Material Didático Impresso (IMADIM)
Diagramador Hugo Sávio de Carvalho Melo
Revisor de Língua Portuguesa
Profª. Ms. Mairy Aparecida Pereira Soares Ribeiro
©2022 por Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida 
de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação 
ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia 
autorização por escrito, do Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS.
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 5
WEBAULA 3
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO 
DO CUSTO, MÉTODO DO VALOR JUSTO 
E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA 
PATRIMONIAL
Prezado (a) acadêmico (a),
Nesta WebAula você vai apren-
der sobre os métodos de reavaliação 
utilizados na contabilidade: o 
método do custo de aquisição, o 
método do valor justo e o método da 
equivalência patrimonial. Você verá em 
quais situações cada método deve ser aplicado conforme a 
legislação. Além disso, verá exemplos práticos da contabiliza-
ção de cada método para elaboração dos demonstrativos finan-
ceiros. 
 
Vamos lá? 
 
3.1 CONCEITUAÇÃO
Os métodos de avaliação (mensuração) dos investimen-
tos são tratados nos artigos 183 e 248 da Lei 6.404/1976, com as 
devidas alterações das Leis 11.638/2007 e 11.941/2009, e, tam-
bém, pelas Normas Brasileiras de Contabilidade e órgãos regu-
SUMÁRIO
WEBAULA 3
Métodos de Reavaliação: Método do Custo, 
Método do Valor Justo e Método da Equivalência 
Patrimonial .................................................................. 5
3.1 Conceituação ................................................................. 5
3.2 Método do Custo ........................................................ 12
3.3 Método do Valor Justo ............................................... 16
3.4 Método da Equivalência Patrimonial ....................... 22
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 76 CONTABILIDADE AVANÇADA
ladores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o 
Banco Central do Brasil (Bacen), etc. 
Para a avaliação são utilizados três métodos: 
a. Método do Custo; 
b. Método do Valor Justo; e 
c. Método da Equivalência Patrimonial.
Os investimentos a serem avaliados por esses métodos 
podem estar classificados tanto no Ativo Circulante, como nos 
subgrupos Ativo Realizável a Longo Prazo e Investimentos do 
Ativo Não Circulante. Os conceitos importantes para a compre-
ensão do assunto aqui tratado são apresentados no Quadro 1:
Quadro 1: 
Conceitos importantes para estudo de métodos de reavaliação.
É qualquer contrato que dê origem a um ativo 
financeiro para a entidade e a um passivo 
financeiro ou instrumento patrimonial para 
outra entidade.
É qualquer ativo que seja: a. caixa; b. instru-
mento patrimonial de outra entidade; c. direito 
contratual de receber caixa ou outro ativo 
financeiro de outra entidade; d. direito contra-
tual de troca de ativos financeiros ou passivos 
financeiros com outra entidade sob condições 
potencialmente favoráveis para a entidade; e. 
um contrato que seja ou possa vir a ser liqui-
dado por instrumentos patrimoniais da pró-
pria entidade, e que: • não é um derivativo no 
qual a entidade é ou pode ser obrigada a rece-
ber um número variável de instrumentos 
patrimoniais da própria entidade; ou • um 
derivativo que será ou poderá ser liquidado de 
outra forma que não pela troca de um mon-
tante fixo de caixa ou outro ativo financeiro, 
por número fixo de instrumentos patrimoniais 
da própria entidade.
É um contrato realizado com a finalidade de 
gerenciar incertezas existentes em outro con-
trato. É um contrato que decorre (deriva) de 
outro e pode envolver tanto os mesmos contra-
tantes do contrato original, como também sur-
gir terceiros que estejam dispostos a assumir 
os riscos.
É qualquer passivo que seja: a. uma obrigação 
contratual de: • entregar caixa ou outro ativo 
financeiro a outra entidade; ou • trocar ativos 
financeiros ou passivos financeiros com outra 
entidade sob condições que são potencialmente 
desfavoráveis para a entidade; ou b. contrato 
que será ou poderá ser liquidado por instru-
mentos patrimoniais da própria entidade, e 
seja: • um não derivativo no qual a entidade é 
ou pode ser obrigada a entregar um número 
variável de instrumentos patrimoniais da enti-
dade; ou • um derivativo que será ou poderá 
ser liquidado de outra forma que não pela troca 
de um montante fixo em caixa, ou outro ativo 
financeiro, por um número fixo de instrumen-
tos patrimoniais da própria entidade.
é qualquer contrato que evidencie uma partici-
pação nos ativos de uma entidade após a dedu-
ção de todos os seus passivos. São exemplos de 
instrumentos patrimoniais: ações ordinárias 
não resgatáveis, alguns instrumentos resgatá-
veis, alguns instrumentos que impõem à enti-
dade obrigação de entregar, para outra contra-
parte, parte de seus ativos (pro-rata) líquidos 
Instrumento 
Financeiro
Ativo 
Financeiro
Derivativo
Passivo 
Financeiro
Instrumento 
Patrimonial
Conceito Significado
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 98 CONTABILIDADE AVANÇADA
Neste contexto, é impor-
tante frisar que caixa é um ativo 
financeiro porque representa 
um meio de troca e, portanto, 
constitui a base sobre a qual 
todas as transações são mensu-
radas e reconhecidas nas 
demonstrações contábeis. Um 
depósito de caixa em banco ou instituição financeira similar 
é um ativo financeiro porque representa o direito contratual 
do depositante de obter caixa da instituição ou de descontar 
cheque, ou instrumento similar, reduzindo o saldo em favor 
de credor, em pagamento de Passivo financeiro (RIBEIRO, 
2017, p. 56). 
A Figura 1 mostra exemplos de ativos financeiros que 
representam direito de receber caixa no futuro e os correspon-
dentes passivos financeiros que representam obrigação contra-
tual de entregar caixa no futuro. Em cada caso, o direito con-
tratual de uma parte de receber (ou obrigação de pagar) é 
compensada pela correspondente obrigação de pagar da outra 
parte (ou direito de receber) (RIBEIRO, 2017, p. 56).
Figura 1: exemplos de ativos financeiros.
O dinheiro que a empresa possuir em excesso na conta 
Caixa ou na conta Bancos, podem ser aplicados em instrumen-
tos financeiros enquanto a empresa não o utiliza de outra 
maneira. Essas aplicações visam a obtenção de rendimentos, os 
quais não estão relacionados as atividades operacionais nor-
mais da organização. As aplicações podem ser feitas por meio 
da compra de títulos de crédito ou de valores mobiliários e 
podem variar quanto ao 
prazo de vencimento, 
sendo desde curtíssimo 
prazo, longo prazo e até 
assumircaráter perma-
nente. Ademais, podem 
ser investimentos de renda 
fixa ou de renda variável. 
Com rentabilidade garan-
tida ou não. 
 
No Balanço Patrimonial, os investimentos possuem 
classificação, como regra, a depender dos prazos fixados de 
seus vencimentos. E de modo geral, conforme o número de 
dias, classificam-se de acordo com as regras apresentadas na 
Figura 2.
de uma entidade somente na liquidação, alguns 
tipos de ações preferenciais, warrants e opções 
de compra lançadas (bônus de subscrição) que 
permitem ao detentor subscrever ou adquirir 
um número fixo de ações ordinárias não resga-
táveis da entidade emissora em troca de um 
montante fixo de caixa ou outro ativo finan-
ceiro.
aplicações de recursos financeiros (dinheiro) 
em instrumentos financeiros que possam gerar 
fluxos de caixa futuros para a empresa.
Investimentos
Fonte: 
Elaborado pela 
autora com base 
em Ribeiro (2017, 
p. 56).
Fonte: 
Elaborado pela 
autora com base 
em Ribeiro (2017, 
p. 56).
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 1110 CONTABILIDADE AVANÇADA
Figura 2: Classificação dos investimentos no Balanço Patrimonial 
conforme o prazo.
Apesar da classificação apresentada na Figura 2, a Lei nº 
6.404/76 no artigo 183 considera investimentos somente os 
classificados no subgrupo Investimentos do Ativo Não Circu-
lante. Ribeiro (2017) divide os investimentos em três catego-
rias: 
a. investimentos em títulos não representativos do capi-
tal de outras sociedades, como aqueles efetuados em títulos de 
crédito ou valores mobiliários (Letras do Tesouro Nacional, 
CDBS, ouro, Debêntures etc.);
b. investimentos em títulos representativos do capital de 
outras sociedades (ações ou cotas); e 
c. investimentos representativos de direitos de qualquer 
natureza, não classificáveis no Ativo Circulante ou no Ativo 
Realizável a Longo Prazo, e que não se destinem à manutenção 
da atividade da companhia (propriedades para investimento, 
obras de arte etc.). 
Por sua vez, os investimentos em títulos representativos 
do capital de outras sociedades, podem ser classificados em 
cinco categorias: a. participações em controladas; b. participa-
ções em coligadas; c. participações em controladas em con-
junto (joint ventures); d. participações em outras sociedades 
que façam parte de um mesmo grupo; e participações em 
outras sociedades (RIBEIRO, 2017). 
Os investimentos, podem ser ainda voluntários ou com-
pulsórios. Os voluntários são aqueles realizados por livre e 
espontânea vontade das empresas. Os compulsórios são aque-
les que dependem de incentivos fiscais do governo, como por 
exemplo, os derivados do Imposto de Renda devido pelas 
empresas com base no Lucro Líquido. Os investimentos efetu-
ados em instrumentos financeiros do Ativo Circulante e do 
Realizável a Longo Prazo devem ser classificados em quatro 
categorias: a. destinados a negociação; b. disponíveis para 
venda; c. mantidos até o vencimento; e d. empréstimos e contas 
a receber. 
 
Ribeiro (2017) enfatiza que 
os investimentos devem ser 
mensurados assim que ingres-
sam no patrimônio para que 
sejam definidos os seus valores 
de entrada (custo de aquisição, 
fabricação ou construção) e no 
final de cada período de apuração de resultados e elaboração 
das demonstrações contábeis. Desta forma, conforme o mesmo 
autor, no final de cada período de apuração de resultados, para 
elaborar o Balanço Patrimonial não basta coletar do livro 
Razão as contas que registram os investimentos com seus res-
pectivos saldos. 
É preciso, de acordo com o tipo do investimento, proce-
der ajustes para reconhecer:
Fonte:
Elaborado pela 
autora com base 
em Ribeiro 
(2017).
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 1312 CONTABILIDADE AVANÇADA
Exemplo de aplicação do método de custo
• Vamos admitir que em 15 de maio de X1, a sociedade 
A tenha adquirido um lote de ações representativas de parte 
do capital da sociedade B, tendo pago a importância de $ 
3.000. 
• Vamos considerar, também, que a sociedade investi-
dora tenha incorrido em gastos com a transação (corretagens e 
emolumentos) no montante de $ 200. 
• Considerando que a sociedade A tenha a intenção de 
manter esse investimento em caráter permanente, classifi-
cando-o no subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante, 
veja como contabilizar esse fato:
Ações da Sociedade B (Investimentos – ANC)
 a Caixa (AC) 
Pela aquisição de um lote etc. ........................... 3.200
No final do exercício social, por ocasião da apuração do 
resultado e elaboração das demonstrações contábeis, esse 
investimento será avaliado com base na regra “custo ou valor 
de realização, dos dois o menor”, contida no inciso III do art. 
183 da Lei n. 6.404/1976. Esse dispositivo legal estabelece que 
os investimentos serão avaliados pelo custo de aquisição, dedu-
zido de provisão para perdas prováveis na realização do seu 
valor, quando essa perda estiver comprovada como perma-
nente e que não será modificado em razão do recebimento, 
sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas.
a. rendimentos com correção monetária, variação cam-
bial, juros ou outros; b. perdas em decorrência da aplicação do 
teste de recuperabilidade; 
c. ganhos ou perdas em decorrência do confronto entre o 
valor contábil e o valor justo, da aplicação do Método da Equi-
valência Patrimonial etc. (RIBEIRO, 2017, p. 56).
3.2 MÉTODO DO CUSTO
 
 O método do custo ou método do custo de aquisição é 
o que avalia os componentes do patrimônio de uma organiza-
ção com base nos valores das transações que lhes deram ori-
gem. A regra é a seguinte:
Em relação aos investimentos realizados por uma 
empresa, devem ser avaliados no momento em que ingressam 
no patrimônio e, posteriormente, por ocasião da apuração dos 
resultados e elaboração das demonstrações contábeis. Para 
avaliação pelo método do custo, o investimento deve ser conta-
bilizado pelo valor de entrada, ou seja:
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 1514 CONTABILIDADE AVANÇADA
Situação 1: custo menor que o valor de realização 
Vamos assumir que esses títulos não sejam cotados no 
mercado de capitais. Vamos assumir, também, que em 31/12/
X1, após estudos realizados, a sociedade A (investidora) tenha 
concluído que o lote de ações adquirido da sociedade B tem 
como valor provável de realização a importância de $ 4.500. 
Sendo o custo de aquisição menor que o valor provável de rea-
lização, a sociedade A (investidora) apresentará, no seu Balanço 
de 31/12/X1, esse lote de ações pelo custo, ou seja, por $ 3.200. 
Neste caso, não cabe ajuste algum nos registros contábeis. 
Situação 2: valor provável de realização menor que o 
custo 
Vamos assumir, agora, que em 31/12/X2 o valor de reali-
zação do lote de ações da sociedade B, após estudos realizados 
pela investidora (sociedade A), seja igual a $ 2.000. Neste caso, 
o investimento deverá figurar no Balanço pelo valor provável 
de realização. Caberá, então, ajuste contábil. Esse ajuste é feito 
mediante o reconhecimento da perda com débito em conta de 
despesa e, em contrapartida, crédito em conta redutora da 
conta que registra o respectivo investimento. A contabilização 
pode ser feita como segue: 
Resultado do Exercício 
a Perdas Prováveis na Realização de Investimentos
Pelo reconhecimento de perdas tendo em 
vista estudos realizados etc. ................................1.200
Obs: 
• Com o débito na conta “Resultado do Exercício”, a 
perda ficou devidamente reconhecida no exercício em que foi 
constatada (regime de competência).
• Com o crédito na conta “Perdas Prováveis na Realiza-
ção de Investimentos”, que é conta redutora da conta que regis-
tra o investimento, este figurará no Balanço pelo respectivo 
valor de realização. 
Veja, finalmente, como a conta representativa do investi-
mento figurará no Balanço da sociedade A (investidora),em 
31/12/X2:
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
INVESTIMENTOS AVALIADOS PELO MÉTODO DO 
CUSTO 
Ações da Sociedade B .................................................... 3.200
(–) Perdas Prováveis na Realização de Investimentos... (1.200)
Saldo .................................................................................. 2.000
Nos períodos seguintes, caso o valor de realização do 
investimento volte a superar o custo de aquisição, o valor pro-
visionado deverá ser revertido para receita e o investimento 
figurará no Balanço pelo respectivo custo.
A Lei 6.404/76 define que todos os investimentos classifica-
dos no Ativo Circulante e nos subgrupos Ativo Realizável a Longo 
Prazo e Investimentos do Ativo Não Circulante, estão sujeitos à 
avaliação pelo Método do Custo de Aquisição, exceto aqueles 
sujeitos aos métodos Valor Justo e Equivalência Patrimonial.
 
Conforme o artigo 183 da referida lei:
• o inciso I refere-se as aplicações em instrumentos 
financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de 
créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a 
longo prazo; • o inciso III, refere-se a investimentos (perma-
nentes) em participação no capital social de outras socieda-
des; e • o inciso IV refere-se a outros investimentos como 
obras de arte, propriedade para investimentos etc (RIBEIRO, 
2017, p. 61).
Fonte: 
Extraído de 
Ribeiro (2017, p. 
57).
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 1716 CONTABILIDADE AVANÇADA
Ribeiro (2017) explica que nos três incisos apresentados 
consta a exigência do reconhecimento de perdas para ajustar o 
valor do investimento quando for inferior ao valor provável de 
realização ou ao valor de mercado. Contudo, para os investi-
mentos em títulos representativos do capital de outras socieda-
des, classificados no Ativo Não Circulante, subgrupo Investi-
mentos, (desde que não sejam em coligadas, controladas ou em 
outras sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou 
estejam sob controle comum) somente será permitido o reco-
nhecimento de perda quando for possível provar que a perda é 
permanente e que o valor do investimento não será modificado 
em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de 
ações ou quotas bonificadas. 
3.3 MÉTODO DO VALOR JUSTO
 
 Para compreensão do 
método do valor justo é 
importante apresentar os 
conceitos de valor de realiza-
ção e valor de mercado. Na 
Lei n. 6.404/1976 no artigo 
183 são apresentados os conceitos de valor de realização e de 
valor de mercado para os investimentos e instrumentos finan-
ceiros.
art. 183o Para efeitos do disposto neste artigo, consi-
dera-se valor justo: 
... c. dos investimentos, o valor líquido pelo qual pos-
sam ser alienados a terceiros. 
d. dos instrumentos financeiros, o valor que pode se 
obter em um mercado ativo, decorrente de transação não 
compulsória realizada entre partes independentes; e, na 
ausência de um mercado ativo para um determinado instru-
mento financeiro: 
1) o valor que se pode obter em um mercado ativo com 
a negociação de outro instrumento financeiro de natureza, 
prazo e risco similares; 
2) o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros 
para instrumentos financeiros de natureza, prazo e risco 
similares; ou 
3) o valor obtido por meio de modelos matemático-
-estatísticos de precificação de instrumentos financeiros. 
Esse dispositivo legal, antes do advento das Leis ns 
11.638/2007 e 11.941/2009, referia-se a valor de mercado; agora, 
após alterações introduzidas pelas citadas Leis, refere-se a valor 
justo. Por não ser necessário incluir detalhes das técnicas con-
tábeis no texto da Lei, o legislador delegou competência para a 
Comissão de Valores Mobiliários ao incluir, no art. 177, a obri-
gatoriedade do cumprimento, por parte das sociedades por 
ações, das normas expedidas pela Comissão de Valores Mobi-
liários. No método do Valor Justo, o investimento é avaliado 
pelo respectivo valor de mercado. A NBC TG 46, no item 9, 
define valor justo como o preço que seria recebido pela venda 
de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo 
em uma transação não forçada entre participantes do mercado 
na data de mensuração (RIBEIRO, 2017).
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 1918 CONTABILIDADE AVANÇADA
Obs: 
• Com o débito na conta “Ações da Sociedade Amazonas 
S/A”, a conta representativa do investimento ficou devidamente 
avaliada pelo seu valor justo.
• Com o crédito na conta “Ajustes de Avaliação Patrimo-
nial”, a receita permanecerá no Patrimônio Líquido até que 
seja realizada pela venda do investimento, ocasião em que esse 
valor será transferido para o resultado (regime de competên-
cia). 
Situação 2: valor justo menor que o custo 
Vamos admitir, agora, que em 31/12/X1, o valor justo do 
lote de ações da sociedade Amazonas S/A, conforme cotação 
no mercado ativo, tenha sido igual a $ 180.000 e não mais $ 
250.000 como na suposição anterior. Neste caso, a perda de $ 
25.000 (205.000 – 180.000), será contabilizada como segue: 
Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 
a Ações da Sociedade Amazonas S/A (AC) 
Pelo reconhecimento de perdas tendo 
em vista valor justo inferior etc. .......................25.000
Obs: 
• Com o débito na conta “Ajustes de Avaliação Patrimo-
nial”, que é do Patrimônio Líquido, a perda ficou devidamente 
registrada aguardando o momento de sua realização para que 
seja transferida para o resultado. Essa realização poderá ocor-
rer na época da alienação das ações ou quando o valor justo se 
igualar ou superar o custo em montante igual ou superior a 
perda ora reconhecida.
• Com o crédito na conta “Ações da Sociedade Amazo-
nas S/A”, essa conta ficou devidamente avaliada pelo valor 
justo.
Exemplo de aplicação do método do Valor Justo
• Vamos supor que, em 10 de junho de X1, a sociedade 
Maranhão S/A tenha adquirido um lote de ações representati-
vas de parte do capital da sociedade Amazonas S/A, pagando a 
importância de $ 200.000. 
• Vamos considerar, ainda, que essas ações estavam cota-
das no mercado de capitais e que a sociedade investidora, na 
aquisição, tenha incorrido em gastos no montante de $ 5.000 
com corretagens, emolumentos etc. 
• Considerando que a sociedade Maranhão S/A, investi-
dora, tenha adquirido esses títulos com intenção especulativa, 
isto é, pretendendo disponibilizá-los para venda a curto prazo, 
classificando-os no grupo dos Investimentos Temporários a 
Curto Prazo, do Ativo Circulante, veja como contabilizará esse 
fato: 
Ações da Sociedade Amazonas S/A (AC) 
a Caixa (AC)
Pela aquisição de um lote etc. ......................... 205.000
No final de cada período, por ocasião da apuração dos 
resultados e elaboração das demonstrações contábeis, o inves-
timento será avaliado pelo seu valor justo. 
Situação 1: custo menor que o valor justo 
Vamos admitir que, em 31/12/X1, o valor justo do lote de 
ações da sociedade Amazonas S/A, conforme cotação do mer-
cado, tenha sido igual a $ 250.000. Neste caso, o ganho de $ 
45.000 será contabilizado como segue:
Ações da Sociedade Amazonas S/A (AC)
a Ajustes de Avaliação Patrimonial (PL) 
Pelo reconhecimento de ganhos tendo 
em vista valor justo superior etc. .......................45.000
Fonte: 
Extraído de 
Ribeiro (2017, p. 
62).
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 2120 CONTABILIDADE AVANÇADA
A Lei n. 6.404/1976, estabelece no art. 183, inciso I, alínea 
“a”, que, no Balanço, as aplicações em instrumentos financei-
ros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, 
classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo, 
serão avaliados pelo seu valor justo, quando se tratar de aplica-
ções destinadas à negociação ou disponíveis para venda. Nas 
alíneas “c” e “d” do § 1o do mesmo artigo, estabelece a mencio-
nada Lei que considera-se valor justo dos investimentos, o 
valor líquido peloqual possam ser alienados a terceiros e, dos 
instrumentos financeiros, o valor que pode se obter em um 
mercado ativo, decorrente de transação não compulsória reali-
zada entre partes independentes. 
Estabelece, ainda, esse dispositivo legal, os critérios a 
serem observados para se chegar ao valor justo na ausência de 
um mercado ativo para um determinado instrumento finan-
ceiro. Portanto, os demais investimentos do Ativo Circulante 
ou do Realizável a Longo Prazo que não se destinarem à nego-
ciação e não estiverem disponíveis para venda, bem como os 
investimentos que tenham carater permanente, segundo a Lei 
n. 6.404/1976 serão avaliados pelo Método do Custo ou da 
Equivalência Patrimonial (RIBEIRO, 2017).
Para as Normas Brasi-
leiras de Contabilidade do 
tipo NBC TG, convergentes 
com as Normas Internacio-
nais de Contabilidade IFRS, 
os investimentos também 
devem ser avaliados pelo 
Método do Custo, pelo 
Método do Valor Justo ou 
pelo Método da Equivalência Patrimonial. Para saber quais 
investimentos estão sujeitos a cada um desses métodos de men-
suração é preciso, novamente, lembrar que, os investimentos, 
por decisão da própria empresa, podem estar classificados no 
Ativo Circulante ou no Ativo Não Circulante. Assim, os inves-
timentos efetuados em títulos representativos do capital de 
outras sociedades, classificados no grupo Investimentos do 
Ativo Não Circulante, efetuados em coligadas, controladas, em 
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou que este-
jam sob controle comum, salvo nos casos previstos na própria 
NBC TG 38, em harmonia com a Lei n. 6.404/1976, são avalia-
dos pelo Método da Equivalência Patrimonial.
Os demais investimentos, conforme disciplina contida 
no item 46 da NBC TG 38, como regra, serão avaliados pelo 
valor justo. É importante destacar que a NBC TG 38, para fins 
de mensuração, estabelece que os investimentos realizados em 
instrumentos financeiros classificados no Ativo Circulante e 
no Realizável a Longo Prazo devem ser segregados em quatro 
categorias: a. ativos financeiros mensurados pelo valor justo 
por meio do resultado; b. ativos financeiros disponíveis para 
venda; c. investimentos mantidos até o vencimento; e d. 
empréstimos e contas a receber. 
Para os investimentos classificados no Ativo Circulante e 
no Realizável a Longo Prazo, após o seu reconhecimento ini-
cial, conforme estabelece o item 46 da NBC TG 38, a entidade 
deve mensurá-los pelos seus valores justos, sem nenhuma 
dedução dos custos de transação em que possam incorrer na 
venda ou em outra alienação, exceto quanto aos seguintes ati-
vos financeiros: a. empréstimos e contas a receber – devem ser 
mensurados pelo custo amortizado usando o método dos juros 
efetivos; b. investimentos mantidos até o vencimento – devem 
ser medidos pelo custo amortizado usando o método dos juros 
efetivos; e c. investimentos em instrumentos patrimoniais que 
não tenham preço de mercado cotado em mercado ativo e cujo 
valor justo não possa ser confiavelmente medido e derivativos 
que estejam ligados e devam ser liquidados pela entrega desses 
instrumentos patrimoniais não cotados, os quais devem ser 
medidos pelo custo.
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 2322 CONTABILIDADE AVANÇADA
3.4 MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA 
PATRIMONIAL
 O Método da Equiva-
lência Patrimonial utiliza a 
atualização dos valores dos 
investimentos feitos em coli-
gadas ou em controladas e em 
outras sociedades que façam 
parte de um mesmo grupo ou 
estejam sob controle comum, com base na variação ocorrida 
no Patrimônio Líquido dessas sociedades. Segundo o item 3 da 
NBC TG 18, o método da equivalência patrimonial é o método 
de contabilização por meio do qual o investimento é inicial-
mente reconhecido pelo custo e, a partir daí, é ajustado para 
refletir a alteração pós-aquisição na participação do investidor 
sobre os ativos líquidos da investida.
O item 11 da ITG 09, aprovada pela Resolução CFC n. 
1.262/2009, explica que: 
11. Nesse sentido, cumpre lembrar, primeiramente, 
que a equivalência patrimonial corresponde a uma forma 
simplificada de consolidação; por meio dela é consolidado 
no ativo da investidora o valor não de cada ativo e cada pas-
sivo da entidade investida, mas apenas seu ativo líquido 
(Patrimônio Líquido) na proporção detida pela investidora; 
e é consolidada no resultado da investidora não cada receita 
e cada despesa da investida, mas apenas a parte do resultado 
líquido pertencente à investidora. Assim, a equivalência 
patrimonial e a consolidação de demonstrações contábeis, 
quer esta seja integral ou proporcional, são visões diferentes 
do processo de consolidação de duas ou mais entidades, mas 
com efeitos praticamente iguais no valor final do Patrimô-
nio Líquido e do resultado líquido da investidora. Portanto, 
estão calcadas no mesmo objetivo de consolidação, mas 
mostrando seus efeitos uma de forma simplificada, outra de 
forma integral.
Os investimentos sujeitos a avaliação pelo MEC, isto é, 
aqueles efetuados em coligadas ou em controladas e em outras 
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam 
sob controle comum, quando ingressam no patrimônio, devem 
ser avaliados pelo Método do Custo. É importante destacar 
que, conforme disciplinas contidas na NBC TG 15 (itens 10, 32 
e 34), na NBC TG 18 (item 32), na ITG 09 (item 18) e no Decreto-
-lei n. 1.598/1977 devidamente atualizado pela Lei n. 
12.973/2014, (art. 20), quando o custo de aquisição for diferente 
do valor de patrimônio líquido do investimento que está sendo 
adquirido, esse custo deverá ser desdobrado para evidenciar os 
seguintes valores: valor de patrimônio líquido (equivalência 
patrimonial), valor da mais valia ou da compra vantajosa 
(menos valia ou deságio) e ainda, o valor do ágio por expecta-
tiva de rentabilidade futura (RIBEIRO, 2017). 
Exemplo 
de aplicação do método da Equivalência Patrimonial
Suponhamos que no Balanço Patrimonial da Compa-
nhia A, levantado em 31/12/X1, conste, no subgrupo Investi-
mentos do Ativo Não Circulante, um investimento no valor de 
$ 240.000, no capital da Companhia B. Vamos admitir que a 
participação de A no capital de B, sua coligada, corresponda a 
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 2524 CONTABILIDADE AVANÇADA
40%. Suponhamos, agora, que em 31/12/X2, no Balanço Patri-
monial de B, constem as seguintes contas e valores:
Patrimônio Líquido de B 
Capital.................................................................600.000 
Reservas de Lucros ..........................................300.000 
Total ................................................................... 900.000
Tendo em vista que a Companhia B (investida) é coli-
gada da Companhia A (investi-dora), ao apurar os seus resul-
tados em 31/12/X2, a investidora deverá atualizar o valor do 
seu investimento em B, em decorrência da variação ocorrida 
no Patrimônio Líquido de B, para que o valor do investimento 
constante do subgrupo Investimentos do Ativo Não Circu-
lante de A, continue a equivaler a 40% do Patrimônio Líquido 
de B. 
O cálculo para fins de atualização do investimento é 
simples: como a participação de A em B corresponde a 40% do 
capital de B, faremos:
40% de $ 900.000 = $ 360.000
Esse valor encontrado, pela aplicação do percentual de 
participação no valor do Patri-mônio Líquido de B, que foi 
igual a $ 360.000, corresponde ao valor atualizado do inves-
-timento de A em B, que deverá figurar no Balanço Patrimo-
nial de A. Para apurar o valor da variação, faremos: 
Valor do Investimento Atualizado ..................... 360.000 
(–) Valor contábil (original) do Investimento..(240.000)
(=) Valor da variação .............................................. 120.000
Contabilização:
Investimentos na Coligada B 
a Receitas de Participações Societárias Avaliadas 
pelo MEP 
Atualização que se processa na conta do
 investimento, conforme variação apuradapela aplicação do MEP etc. ........................... 120.000
Obs:
• Observe que a conta “Investimentos na Coligada B”, 
sendo debitada por $ 120.000, ficou com seu saldo devida-
mente atualizado e figurará no Balanço da investidora em 
31/12/X2 pelo valor de $ 360.000, que equivale a 40% do Patri-
mônio Líquido de B.
• Observe que o valor da correção, $ 120.000, representa 
receita para a investidora. Essa receita, classificada no grupo de 
Outras Receitas Operacionais, provocará aumento no resul-
tado do exercício da investidora; entretanto, não integrará a 
base para o cálculo da Contribuição Social e do Imposto de 
Renda incidentes sobre o lucro líquido, uma vez que já sofreu 
essas tributações na investida.
• O procedimento normal das sociedades, ao apurar o 
resultado do exercício, é efetuar os cálculos e a contabilização 
das destinações do Lucro Líquido do Exercício. Essas destina-
ções, nas sociedades por ações, ficarão sujeitas à aprovação dos 
acionistas em Assembleia a ser realizada após a apuração do 
Resultado e elaboração das demonstra-ções contábeis. Nor-
malmente as destinações do Lucro Líquido são aprovadas sem 
maiores problemas. 
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 2726 CONTABILIDADE AVANÇADA
Investimentos na Coligada B 
a Receitas de Participações Societárias Avaliadas 
pelo MEP 
Receita auferida pela aplicação 
do MEP etc. ....................................................... 320.000
b. em X3: 
Pelo recebimento dos dividendos em dinheiro: 
Bancos conta Movimento 
a Investimentos na Coligada B 
Dividendos recebidos etc. .............................. 200.000
Obs: 
• Note que, nesse momento, não há que contabilizar o 
valor recebido como se fosse receita, uma vez que a receita já 
havia sido reconhecida e contabilizada no exercício de sua 
competência pelo MEP.
• Note, também, que, com a distribuição e pagamento 
dos dividendos, o Patrimônio Líquido de B equivale a $ 
900.000, e o valor do Investimento de A, tendo sido creditado 
em $ 200.000, caiu para $ 360.000, voltando a equivaler a 40% 
do Patrimônio Líquido de B, que, agora, corresponde a $ 
900.000.
Quando ocorrer redução no valor do Patrimônio Líquido 
da investida em decorrência de prejuízos por ela apurados, o 
registro contábil da atualização do investimento será:
Despesas em Participações Societárias Avaliadas 
pelo MEP 
a Investimentos na Coligada B 
Redução do Investimento que se 
processa, pela aplicação do MEP etc. .....................$
• Você sabe que o Lucro Líquido do Exercício poderá ter 
várias destinações, como: constituição de Reservas; compensa-
ção de Prejuízos Acumulados, apurados em exercícios anterio-
res; aumento do Capital e distribuição de Dividendos. Pois 
bem, das destinações apresentadas, aquela atribuída aos acio-
nistas em forma de Dividendos, no momento da elaboração do 
Balanço Patrimonial da investida, não figurará no seu Patri-
mônio Líquido.
• Diante disso, ao efetuar os cálculos para o fim de apli-
car a avaliação dos Investimentos pelo MEP, é preciso verificar 
se a investida efetuou a contabilização de dividendos, cujo 
valor deve ser adicionado ao seu Patrimônio Líquido para fins 
de cálculo. 
• Nesse caso, a investidora poderá optar em contabilizar 
a parte referente aos dividendos a débito da própria conta que 
registra o Investimento, ou a débito da conta Dividendos a 
Receber, do Ativo Circulante, uma vez que já se conhece o 
valor distribuído.
Para ilustrar, vamos assumir que no caso em questão, 
em 31/12/X2, a Coligada B tenha apurado lucro líquido de $ 
800.000, tendo distribuído aos acionistas $ 500.000 e man-
tido $ 300.000 no Patrimônio Líquido na conta Reservas de 
Lucros. 
Admitindo, ainda, que no exercício de X3 a Coligada B 
tenha pago os dividendos em dinheiro, ca-bendo a Investidora 
A a importância de $ 200.000; veja como esses novos fatos 
seriam contabilizados:
a. em 31/12/X2: 
Contabilização da receita em decorrência da equivalên-
cia patrimonial: 
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 2928 CONTABILIDADE AVANÇADA
Obs: 
• Com o intuito de permitir a você o conhecimento do 
mecanismo da aplicação do MEP, apresentamos um exemplo 
bem simples. Alertamos, no entanto, que antes de calcular o 
valor da atualização do investimento, alguns procedimentos 
são necessários, em decorrência das regras para aplicação do 
MEP contidas principalmente na Lei n. 6.404/1976, nas Nor-
mas Brasileiras de Contabilidade do tipo NBC TG e nas nor-
mas derivadas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
• Esses procedimentos envolvem: a correta seleção dos 
investimentos sujeitos ao MEP; a análise dos saldos das contas 
do Patrimônio Líquido das investidas, para ajustá-los, em 
decorrência da existência de lucros não realizados, embutidos 
em transações entre empresas do grupo; a identificação das 
contrapartidas dos acréscimos ou diminuições do investi-
mento etc.
Ribeiro (2017) destaca a vantagem da aplicação do 
Método da Equivalência Patrimonial de possibilitar que a 
investidora reconheça, no seu resultado, o lucro ou o prejuízo 
apurado pela sua investida no momento em que esse lucro ou 
prejuízo é gerado e pelo seu valor integral. No Método do 
Custo, o resultado apurado pela investida somente é reconhe-
cido na investidora quando for distribuído e no montante da 
distribuição.
Na situação em que a investida decide manter parte dos 
lucros no patrimônio, aplicando-se a avaliação do investimento 
pelo Método do Custo, a investidora somente reconhecerá no 
seu resultado a parcela do lucro que receber. Essa defasagem 
não existe quando se adota a avaliação pelo MEP, pois, pelo 
MEP, a investidora reconhece em seu patrimônio o acréscimo 
total ocorrido no patrimônio da investida (proporcional à sua 
participação, obviamente), ainda que a investida mantenha, no 
seu Patrimônio Líquido, parte dos lucros apurados. Contudo, é 
importante salientar que a adoção do método de avaliação de 
investimentos (equivalência patrimonial, custo ou valor justo), 
não decorre da vontade de cada entidade, mas sim de determi-
nações legais e normativas (RIBEIRO, 2017).
Saiba mais: 
No Livro de Ribeiro (2017) intitulado Contabilidade 
Avançada há vários exemplos práticos de contabilização pelos 
métodos de custo, valor justo e equivalência patrimonial. Desta 
forma, você pode verificar diversas situações e praticar as con-
tabilizações.
Você pode encontrar o conteúdo nos capítulos 2 e 3. O 
Livro está disponível na Biblioteca Virtual e pode ser acessado 
pelo link:
ht t ps : // i nt e g r a d a . m i n h a bib l iot e c a .c om .br/#/
books/9788547224776/
Não deixe de conferir!
Conclusão 
Nesta unidade você aprendeu sobre os métodos de reava-
liação de investimentos utilizados na contabilidade. Foram 
apresentados os aspectos legais e contábeis desses métodos e as 
respectivas contabilizações por meio de exemplos práticos. 
Não deixe de consultar a Biblioteca Virtual para ampliar 
o seu conhecimento. Agora é a sua vez de praticar, acesse os 
exercícios! 
Até a próxima!
Fonte:
Extraído de 
Ribeiro (2017, p. 
84).
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224776/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224776/
MÉTODOS DE REAVALIAÇÃO: MÉTODO DO CUSTO, MÉTODO DO 
VALOR JUSTO E MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
 3130 CONTABILIDADE AVANÇADA
Referências
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IFRS e CPC . Grupo GEN, 2020. 9788597023930. Disponível 
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788597023930/. Acesso em: 15 fev. 2022.
CASAGRANDE, Miguel Â; CASAGRANDE, Luis 
Alvaro L. Contabilidade e edição avançada para concursos, 1ª 
edição . Editora Saraiva, 2013. 9788502206649. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788502206649/. Acesso em: 15 fev. 2022.
CPC. Comitê de Pronunciamento Contábil. Pronuncia-
mento Técnico 15 – Combinação de negócios. Disponívelem: 
http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/Pronun-
ciamentos/Pronunciamento?Id=46 
GELBCKE, Ernesto Rubens; SANTOS, Ariovaldo dos; 
IUDICIBUS, Sergio de; MARTINS, Eliseu. Manual de Conta-
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Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
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JR., José Hernandez P; OLIVEIRA, Luis Martins de. 
Contabilidade Avançada - Texto e Testes com Respostas. 
Grupo GEN, 2020. 9788597023602. Disponível em: https://
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Acesso em: 15 fev. 2022.
MÜLLER, Aderbal; SCHERER, Luciano; CORDEIRO, 
Claudio M. R. Contabilidade Avançada e Internacional - 4ED. 
Editora Saraiva, 2019. 9788571440135. Disponível em: https://
integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788571440135/. 
Acesso em: 15 fev. 2022.
RIBEIRO, Osni M. Contabilidade Avançada. Editora 
Saraiva, 2017. 9788547224776. Disponível em: https://inte-
grada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547224776/. 
Acesso em: 15 fev. 2022.
RIOS, Ricardo Pereira; MARION, José C. Contabili-
dade Avançada . Grupo GEN, 2020. 9788597024876. Disponí-
vel em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
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SANDE, Silvio; NEIVA, André. Contabilidade Geral e 
Avançada. São Paulo: Grupo GEN, 2020. 9788530982300. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/
books/9788530982300/. Acesso em: 15 fev. 2022.
Imagens: Banco institucional Shutterstock e Adobe Stock.

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