Buscar

ACUMULAÇÃO INDEVIDA DE CARGOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processo Administrativo Disciplinar
SEGUNDA ATIVIDADE AVALIATIVA
30 PONTOS
Ricardo De Luca Rossetto
PARECER Nº XXX/2023
ASSUNTO: Processo Administrativo Disciplinar - Acusação de Infração Disciplinar.
INTERESSADO: Autoridade Administrativa do Órgão Público Federal.
EMENTA: Servidor público. Processo administrativo disciplinar. Denúncia anônima. Infração disciplinar. Legalidade do processo. Extinção do vínculo funcional. Ampla defesa e contraditório.
I - ANÁLISE:
O servidor público federal em questão foi acusado de facilitar a emissão de decisões favoráveis aos requerentes mediante ocultação e adulteração de documentos, supostamente recebendo gratificações para agilizar tais decisões. A denúncia anônima levou à instauração de um processo administrativo disciplinar (PAD), que culminou com a sugestão da comissão processante pela demissão do servidor.
a) Quanto à legalidade do processo, é importante ressaltar que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) têm entendimento consolidado de que a autoridade pode discordar das conclusões da comissão processante, desde que em decisão devidamente fundamentada, conforme o artigo 168 da Lei nº 8.112/1990.
b) A extinção do vínculo funcional sugerida no relatório conclusivo possui fundamento legal na Lei nº 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União. No entanto, é necessário observar os princípios da proporcionalidade e razoabilidade na aplicação da pena.
c) Quanto à garantia da ampla defesa e do contraditório, a jurisprudência do STF e do STJ é clara ao afirmar que o controle judicial no PAD restringe-se ao exame da regularidade do procedimento e da legalidade do ato, à luz desses princípios. No caso em tela, o servidor foi intimado para conhecimento da denúncia e sobre a instauração do PAD no mesmo momento em que foi comunicada a decisão que determinou seu afastamento do cargo. Além disso, o servidor apresentou defesa por conta própria, mediante razões escritas, precedido de vista, em secretaria, dos documentos que instruíam os autos do PAD.
d) A autoridade administrativa deve analisar o relatório e as conclusões da comissão processante para fundamentar a decisão sobre a demissão do servidor. No entanto, é importante lembrar que a autoridade pode discordar das conclusões da comissão processante, desde que em decisão devidamente fundamentada.
II - CONCLUSÃO: 
Diante do exposto, conclui-se que o processo administrativo disciplinar foi conduzido de acordo com a legalidade. A extinção do vínculo funcional sugerida no relatório conclusivo possui fundamento legal. Foi garantida a ampla defesa e o contraditório ao servidor. A autoridade administrativa deve analisar o relatório e as conclusões da comissão processante para fundamentar a decisão sobre a demissão do servidor.
É o parecer.
Ijuí/RS, 11 de setembro de 2023.
Ricardo De Luca Rossetto
Acadêmico de Direito na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul 
PARECER Nº XXX/2023 – REFERENTE AO QUESTIONÁRIO DIAGNÓSTICO
ASSUNTO: Acumulação ilegal de cargos no âmbito federal.
EMENTA: Servidor público. Acumulação ilegal de cargos. Demissão. Improbidade administrativa. Processo administrativo disciplinar.
I - ANÁLISE LEGAL:
A Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso XVI, proíbe a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto nos casos previstos em lei. A Lei nº 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, também veda a acumulação de cargos, empregos ou funções públicas, salvo as hipóteses de compatibilidade de horários e de atividades previstas no artigo 118.
A acumulação ilegal de cargos é uma infração administrativa que pode levar à demissão do servidor público, conforme o artigo 132, inciso XIII, da Lei nº 8.112/1990. Além disso, pode configurar ato de improbidade administrativa, sujeitando o servidor às sanções previstas na Lei nº 8.429/1992.
A administração pública deve identificar os casos de acumulação indevida de cargos por meio de sistemas de cruzamento de dados ou denúncias. Em seguida, deve notificar os servidores envolvidos para que apresentem defesa ou optem por um dos cargos no prazo legal. Caso não haja opção ou comprovação da legalidade da acumulação, deve instaurar processo administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade e aplicar a penalidade cabível, respeitando o contraditório e a ampla defesa. Por fim, deve comunicar ao Ministério Público Federal sobre a ocorrência de acumulação ilegal de cargos para a adoção das medidas judiciais pertinentes.
II - ANÁLISE PROCEDIMENTAL:
Evidenciando o texto supramencionado, elenco em tópicos os procedimentos:
1. Identificação dos casos: A administração pública deve identificar os casos de acumulação indevida de cargos por meio de sistemas de cruzamento de dados ou denúncias.
2. Notificação ao servidor: A autoridade competente deve notificar o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência.
3. Instauração do Processo Administrativo Disciplinar (PAD): Deve ser instaurado um PAD para apurar a responsabilidade e aplicar a penalidade cabível, respeitando o contraditório e a ampla defesa. O PAD para apuração de acumulação ilegal de cargos possui um rito sumário, com prazos abreviados para o seu desenvolvimento, conclusão e julgamento, que não poderão exceder trinta dias, admitindo-se, excepcionalmente, sua prorrogação por até quinze dias se circunstâncias imperiosas o exigirem.
4. Comunicação ao Ministério Público Federal (MPF): A administração pública deve comunicar ao MPF sobre a ocorrência de acumulação ilegal de cargos para a adoção das medidas judiciais pertinentes.
5. Aplicação das penalidades: Caso seja comprovada a acumulação ilegal de cargos, o servidor público pode sofrer várias penalidades, incluindo a perda do cargo público; perda de bens (conforme o caso); suspensão temporária dos direitos políticos; pagamento de multa de até 100 vezes o valor do salário; proibição de contratação com o Poder Público ou de recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios; ressarcimento de eventuais danos.
III - CONCLUSÃO: 
Diante do exposto, conclui-se que a administração pública deve proceder à apuração da acumulação ilegal de cargos por meio de processo administrativo disciplinar, garantindo ao servidor o direito ao contraditório e à ampla defesa. O servidor deverá optar por um dos cargos dentro do prazo estabelecido pela autoridade competente, sob pena de ser demitido de ambos. A administração pública também deve comunicar ao Ministério Público Federal sobre a infração cometida pelo servidor para as providências cabíveis. 
É importante ressaltar que esses procedimentos devem ser seguidos para garantir que os direitos do servidor sejam respeitados e que a administração pública atue dentro da legalidade.
É o parecer[footnoteRef:1]. [1: Professor, tomei a liberdade de anexar junto ao Parecer as pesquisas que realizei, bem como um breve resumo sobre a temática abordada nas próximas páginas. ] 
Ijuí/RS, 11 de setembro de 2023.
Ricardo De Luca Rossetto
Acadêmico de Direito na Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul 
No caso de acumulação ilegal de cargos no âmbito federal, como deverá proceder a administração pública?
A acumulação ilegal de cargos no âmbito federal é uma infração grave que pode acarretar a demissão do servidor público e a responsabilização por improbidade administrativa. A administração pública deve proceder da seguinte forma:
- Identificar os casos de acumulação indevida de cargos por meio de sistemas de cruzamento de dados ou denúncias.
- Notificar os servidores envolvidos para que apresentem defesa ou optem por um dos cargos no prazo legal.
- Instaurar processo administrativo disciplinar para apurar a responsabilidade e aplicar a penalidade cabível, respeitando o contraditório e a ampla defesa.
- Comunicar ao Ministério Público Federal sobrea ocorrência de acumulação ilegal de cargos para a adoção das medidas judiciais pertinentes.
RESPOSTA COM TRECHOS LEGAIS:
A acumulação ilegal de cargos no âmbito federal é uma infração administrativa que pode levar à demissão do servidor público. A Constituição Federal, em seu artigo 37, inciso XVI, proíbe a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto nos casos previstos em lei. A Lei nº 8.112/1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, também veda a acumulação de cargos, empregos ou funções públicas, salvo as hipóteses de compatibilidade de horários e de atividades previstas no artigo 118. 
A administração pública deverá proceder à apuração da acumulação ilegal de cargos por meio de processo administrativo disciplinar, garantindo ao servidor o direito ao contraditório e à ampla defesa. O servidor deverá optar por um dos cargos dentro do prazo estabelecido pela autoridade competente, sob pena de ser demitido de ambos. A demissão por acumulação ilegal de cargos é uma penalidade prevista no artigo 132, inciso XIII, da Lei nº 8.112/1990.
ACUMULAÇÃO INDEVIDA DE CARGOS PÚBLICOS: O QUE É E COMO EVITAR
O objetivo do presente artigo é esclarecer o que é a acumulação indevida de cargos públicos, quais são as suas consequências e como evitá-las. A acumulação indevida de cargos públicos ocorre quando um servidor exerce dois ou mais cargos em órgãos ou entidades diferentes, sem a devida autorização legal. Essa prática pode prejudicar o desempenho das funções e gerar conflitos de interesses.
A Constituição Federal permite a acumulação de cargos públicos em alguns casos específicos, desde que haja compatibilidade de horários e de remuneração. No entanto, essa permissão tem sido frequentemente desrespeitada, gerando a acumulação indevida de cargos.
A lei diz que a acumulação indevida de cargos públicos será punida com a demissão. Ou seja, o servidor será desligado do serviço público, além de poder ser condenado por improbidade administrativa. A improbidade administrativa é uma conduta inadequada, praticada por agentes públicos ou outros envolvidos, que causa danos à administração pública.
Assim, se for comprovada a prática de improbidade administrativa, relacionada à acumulação indevida de cargos públicos, o servidor público pode sofrer as seguintes penalidades:
- perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
- ressarcimento integral do dano causado ao erário;
- perda da função pública;
- suspensão dos direitos políticos;
- multa civil;
- proibição de contratação com o Poder Público ou de recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.
Portanto, são várias penalidades que podem ser aplicadas nos casos de acumulação indevida de cargos públicos, tendo muitos reflexos negativos para o servidor público.
Mas é possível evitar ou reverter esses danos, desde que seja demonstrado que o servidor agiu de boa-fé, que os serviços foram prestados e que não houve prejuízos à administração pública.
Assim, talvez seja possível evitar a demissão no processo administrativo disciplinar (PAD) ou na ação de improbidade administrativa.
Para isso, tem-se como fundamental a apresentação de uma boa tese defensiva, para que possam ser apresentadas as provas e os argumentos necessários para demonstrar a legalidade da acumulação de cargos ou a ausência de dolo ou culpa do servidor.
Além disso, é fundamental que o servidor conheça as regras para a acumulação de cargos públicos, previstas na Constituição Federal e nas leis específicas de cada área.
De acordo com a Constituição Federal, o limite máximo é de dois vínculos com a administração pública. A acumulação de cargos ou empregos públicos é permitida nas seguintes situações:
- dois cargos de professor;
- um cargo de professor com outro técnico ou científico;
- dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, com profissões regulamentadas.
Em qualquer caso, é necessário que os horários de trabalho sejam compatíveis e que haja autorização expressa da administração pública. A proibição da acumulação indevida de cargos públicos visa garantir a eficiência do serviço público e evitar conflitos de interesses.
Quando um servidor acumula mais de um cargo, ele pode ter dificuldade em cumprir suas obrigações e comprometer a qualidade do serviço prestado. Além disso, a acumulação indevida de cargos pode gerar vantagens ilícitas para o servidor, que acaba recebendo remuneração em duplicidade.
Isso é prejudicial para a sociedade, que arca com os custos dos serviços públicos e espera receber um serviço de qualidade em troca. Por isso, é essencial que os órgãos públicos fiscalizem e punam os casos de acumulação indevida de cargos, garantindo assim a legalidade e a eficiência do serviço público.
Em resumo, a acumulação indevida de cargos públicos é uma prática ilegal que pode comprometer a eficiência do serviço público e gerar conflitos de interesses. Por isso, é essencial que os servidores públicos conheçam as regras para a acumulação de cargos e evitem essa situação, que pode acarretar graves consequências para a sua carreira e para a administração pública.
É obrigatória a nomeação de advogado dativo ou representação por advogado no processo administrativo? Sua falta ocasiona a nulidade do processo?
A obrigatoriedade da representação por advogado em um processo administrativo disciplinar não é uma regra absoluta. No direito brasileiro, os meios de apuração de ilícitos administrativos são o processo administrativo disciplinar e os meios sumários, que compreendem a sindicância e a verdade sabida. 
A Súmula 343 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabelece que "é obrigatória a presença de advogado em todas as fases do processo administrativo disciplinar". No entanto, essa obrigatoriedade inclui a fase da sindicância, desde que dela possa resultar punição.
Outrossim, essa súmula foi cancelada pela 1ª seção do STJ. O cancelamento ocorreu em razão da Súmula Vinculante 5 do Supremo Tribunal Federal (STF), que diz: "A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição"¹.
Dessa forma, há entendimentos que excluem a obrigatoriedade do advogado na postulação perante a Administração Pública, em processos administrativos, especialmente nos chamados contenciosos tributários, desportivos e previdenciários.
Portanto, a ausência de um advogado no processo administrativo disciplinar não necessariamente gera nulidade. É importante ressaltar que cada caso deve ser analisado individualmente, levando em consideração as circunstâncias específicas e a legislação aplicável.
Os preceitos da Lei 9.784/1999, sobre processo administrativo, são de observância obrigatória apenas ao Poder Executivo federal?
A Lei nº 9.784/1999 estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração. 
Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função administrativa. Portanto, a Lei nº 9.784/1999 não se aplica apenas ao Poder Executivo federal, mas também aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União.
Além disso, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou-se no sentido de que a Lei 9.784/1999 pode ser aplicada de forma subsidiária no âmbito dos demais Estados Membros, se ausente lei própria que regule o processo administrativo local. No entanto, a aplicação dessa lei aos municípios depende da inexistência de norma local e específica que regule a matéria.
Qual a finalidade do processo administrativo disciplinar sumário previsto na Lei 8.112/1990?
O processo administrativo disciplinar sumário, previsto na Lei 8.112/1990, é aplicável na apuração de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, de abandono de cargo e de inassiduidade habitual. 
A finalidade desse processo é apurar casos em que já se tem materialidadepré-constituída, ou seja, quando os fatos já estão evidentes e não necessitam de uma investigação aprofundada. 
O rito sumário é mais célere e possui fases específicas: instauração, instrução sumária (que compreende indiciação, defesa e relatório) e julgamento. 
Em relação à apuração de acumulação ilegal de cargos, a lei prevê uma fase pré-processual, em que a autoridade deve notificar o servidor para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias. Caso o servidor não faça uma opção ou não comprove a legalidade da acumulação, será instaurado o processo disciplinar pelo rito sumário.
QUESTÃO 6
O Estado, seu ordenamento jurídico e a própria sociedade sofrem mudanças históricas mais ou menos constantes. A sociedade contemporânea vem sofrendo mutações que se deslocam de um Estado de viés mais autoritário para outro no qual são privilegiadas as liberdades individuais e coletivas e no qual o Estado passa a exercer competências mais preocupadas com os indivíduos e, por isso, deve satisfazer os interesses da sociedade. Disso decorrem mudanças nos quadros político-institucionais e científicos de modo que o Direito Administrativo passa a regular de forma distinta seus institutos. Tais transformações proporcionam o surgimento de novos institutos e interpretações acerca do Direito e põem em relevo entendimentos até então pouco estudados.
Por outro lado, a atuação da própria administração pública passa a ser repensada para que seja compreendida sob novas balizas, de forma que a própria relação de administração passa a ser entendida de forma distinta ao pensamento tradicional. Na atual reflexão científica, cultural e política sobre os problemas da administração, um dos fulcros da atenção situa-se nas relações entre administração e administrados.
Em razão disso pode-se afirmar corretamente que:
a. o processo administrativo, a partir da obrigatoriedade do contraditório e da ampla defesa na Constituição de 1988, passa a garantir a observância dos direitos fundamentais do cidadão.
b. o processo administrativo é simplesmente uma burocracia estatal que não tem relação alguma com os direitos do cidadão.
c. todos os direitos fundamentais são privilegiados pelos governos, sejam eles mais autoritários ou não, e sua observância independe da utilização do processo administrativo como instrumento decisório.
d. o processo administrativo, como o texto menciona, possui claro viés autoritário e não garante, por si, o contraditório e a ampla defesa.
Acerca dos princípios do processo administrativo é correto afirmar:
a. A administração pública deverá observar os princípios do processo administrativo e fica liberada de observar os princípios do artigo 37 da Constituição da República.
b. Os princípios do artigo 37 da Constituição Federal de 1988 obrigam apenas a administração pública, não o processo administrativo, já que este segue princípios setoriais.
c. Os princípios específicos do processo administrativo podem ser denominados de setoriais; todavia, além deles, o processo administrativo deve seguir os princípios do artigo 37 da Constituição Federal.
d. Tendo princípios específicos, não há obrigatoriedade de observância dos princípios do artigo 37 da Constituição da República.

Continue navegando