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Trabalho Psicologia de Aprendizagem

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Estudante:
Zeca Papelo
PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM E ACTIVIDADE DOCENTE
O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
 
Universidade Mussa Bin Bique
Nampula, 2020
Estudante:
Zeca Papelo
PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM E ACTIVIDADE DOCENTE
O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
 
Docente: 
Docente:
Universidade Mussa Bin Bique
Nampula, 2020
Trabalho de a ser submetido ao Departamento de Gestão e Contabilidade, cadeira de Psicologuia de Aprendizagem, Curso de Licenciatura em Ensino de História com Habilitações em Geografia, Ensino a Distância, 2020
 
Índice
I.	INTRODUÇÃO	1
II.	OBJECTIVO GERAL	1
II.I. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS	1
III.	METODOLOGIA	1
1.	PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM E ACTIVIDADE DOCENTE	2
2.	PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: CARACTERÍSTICAS	3
2.1.	CARACTERÍSTICAS DO PEA	3
2.1.1.	Carácter Social	4
2.1.2.	Carácter Educativo	5
2.1.3.	O PEA desenvolve a personalidade	6
2.1.4.	O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialéctico	6
2.1.5.	O PEA tem carácter sistemático e planificado	7
2.1.6.	O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades	7
3.	DIMENSÕES DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM	8
4.	FACTORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM	9
IV.	CONCLUSÃO	11
V.	BIBLIOGRAFIA	12
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I. INTRODUÇÃO
O Processo Ensino-Aprendizagem é uma denominação para um complexo sistema de interacções comportamentais entre professores e estudantes. Segundo esta autora, o instrutivo é "um processo de formar homens capazes e inteligentes". Entendendo por homem inteligente quando, diante de uma situação problema ele seja capaz de enfrentar e resolver os problemas, de buscar soluções para resolver as situações. Ele tem que desenvolver sua inteligência e isso só será possível se ele for formado mediante a utilização de actividades lógicas.
Portanto, este trabalho serve como avaliação final da cadeira de Didáctica Geral, uma das disciplinas que, nos sistemas de formação de professores, se coloca ao centro de formação pedagógica do professor contribuindo significativamente para desenvolver a compreensão prática de realização do processo de ensino e aprendizagem que favoreça um ensino activo e, ainda, desenvolver a capacidade de reflexão do professor sobre o processo de ensino e aprendizagem e sobre a sua prática, de modo a poder melhorá-los. 
II. OBJECTIVO GERAL
· Compreender aspectos da Psicologia de Aprendizagem voltados a actividade docente
II.I. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS
· Posicionar a Psicologia de Aprendizagem dentro da actividade docente
· Definir o conceito do Processo de Ensino-Aprendizagem;
· Descrever as características do Processo de Ensino-Aprendizagem;
· Mencionar as dimensões do Processo de Aprendizagem;
· Descrever os factores que interferem no processo de aprendizagem
III. METODOLOGIA
Este trabalho busca descrever vários aspectos da Psicologia de Aprendizagem, num olhar pela docência, para tal, foi necessariamente, usada a pesquisa exploratória para a obtenção das informações contidas neste trabalho, pelas consultas de fontes bibliográficas e, em vista a organização lógica, o trabalho foi estruturado baseando-se na ordem: introdução, desenvolvimento e conclusão.
1. PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM E ACTIVIDADE DOCENTE
Antes, porém, é necessário compreender que a educação é um processo de ensino não restrito a sala de aula, além de ser uma prática social que acontece a todo o momento em diversas instituições e actividades. A docência é a integrante mais abrangente do processo educativo, pois ele engloba a sociedade de tal maneira, que ela acaba por ser responsável em preparar as pessoas para participarem de uma vida social. Para a existência e o funcionamento de qualquer sociedade, é necessário que ocorra o fenómeno social chamado educação (LIBÂNEO, 1994: 16).
Portanto, a sociedade e a educação estabelecem entre si uma relação dialéctica, mas uma dependente da outra. A educação produz a sociedade e ao mesmo tempo é produzida por ela. Cada sociedade tem suas características e educação própria, sendo assim, a educação se faz presente em todos os contextos sociais, ela é um elemento constitutivo da sociedade. Para Libâneo (1994: 17), "os indivíduos são influenciados pelo meio sociais em que estão inseridos, estabelecendo uma relação com ele e recebendo suas influências: costumes, hábitos, valores, que são perpetuados por gerações. 
A Psicologia de Aprendizagem é uma ciência que estuda a maneira como a pessoa aprende, as condições necessárias para aprender, o que aprende e o que faz com o que aprende. Ela destina-se a professores e estudantes de cursos de magistério necessitados de saber “o que faz a mente dos alunos com a matéria que está sendo ensinada” e de relacionar os fenómenos da mente com os do conjunto da personalidade do educando. Estuda os fins da educação, os métodos, procedimentos e formas de organização. 
Assim, o Processo Pedagógico como conjunto de actividades organizadas tendo em vista o alcance dos objectivos para o desenvolvimento da personalidade, é constituído por seguintes elementos:
Fig. Esquema sobre elementos do processo pedagógicoCondições espaciais
Objectivos
Particularidades
e temporais
Psicológicas e Fisiológicas
Condições
Educador/ Educa / Educando Aprender Conteúdos
Mediador Mediar
Meios Métodos/ Técnicas, Estratégias Meios
Fonte: Nigavara (s/d)
Assim, no processo pedagógico, o educador é o primeiro elemento e tem a tarefa de desenvolver a personalidade do educando tendo em conta as particularidades psicológicas e fisiológicas do educando, os procedimentos ou métodos a usar. O educador é orientador (mediador) da aprendizagem, aquele que dirige o processo. O professor ao planificar, na execução da aula e na avaliação deve ter em conta todos elementos do Processo Pedagógico.
Por sua vez, o educando também tem seus objectivos, finalidades, capacidades que lhe leva a aprender. A sua actividade básica é de aprender. Daí que, o educador deve ter uma atitude positiva em relação aos educandos, uma sensibilidade manifestada no amor pelo género humano e, de forma geral, da educação, da sua profissão.
2. PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: CARACTERÍSTICAS 
Segundo como definem Kubo & Botomé (2017), o Processo Ensino-Aprendizagem é uma denominação para um complexo sistema de interacções comportamentais entre professores e estudantes. Mais do que “ensino” e “aprendizagem”, como se fossem processos independentes da acção humana, há também os processos comportamentais que recebem o nome de “ensinar” e de “aprender”. Para estes autores, os processos constituídos por comportamentos complexos e difíceis de perceber. Principalmente por serem constituídos por múltiplos componentes em interacção (KUBO & BOTOMÉ, 2017). 
Outrossim, "o processo de ensino-aprendizagem é uma integração dialéctica entre o instrutivo e o educativo que tem como propósito essencial contribuir para a formação integral da personalidade do aluno" (FERNÁNDEZ, 1998: 23). Segundo esta autora, o instrutivo é "um processo de formar homens capazes e inteligentes". Entendendo por homem inteligente quando, diante de uma situação problema ele seja capaz de enfrentar e resolver os problemas, de buscar soluções para resolver as situações. Ele tem que desenvolver sua inteligência e isso só será possível se ele for formado mediante a utilização de actividades lógicas. Por sua vez, "o educativo se logra com a formação de valores, sentimentos que identificam o homem como ser social, compreendendo o desenvolvimento de convicções, vontade e outros elementos da esfera volitiva e afectiva que junto com a cognitiva" permitem falar de um processo de ensino-aprendizagem quetem por fim a formação multilateral da personalidade do homem (FERNÁNDEZ, 1998: 24).
2.1. CARACTERÍSTICAS DO PEA
Na perspectiva de Kubo e Botomé (2017), o PEA é, historicamente, caracterizado de formas diferentes que vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor de conhecimento, até as concepções atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que destaca o papel do educando. Nesse último enfoque, considera-se a integração do cognitivo e do afectivo, do instrutivo e do educativo como requisitos psicológicos e pedagógicos essenciais.
Para Nivagara (s/d: 40-41), o processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se distingue pelas suas características próprias. Assim, dentre outras características, pode-se dizer que o PEA apresenta as seguintes características:
2.1.1. Carácter Social
Para Nigavara (s/d), o PEA surge como resultado do desenvolvimento da sociedade, um desenvolvimento constante e progressivo do património sociocultural e técnico-científico. Também Portanto, podemos dizer que o carácter social do PEA se reflecte, por conseguinte, nos objectivos, meios de ensino que são socialmente determinado. E ao fazermos esta constatação, surge a ideia de que o PEA em toda sua planificação, realização e avaliação deve referir-se a um contexto social preciso, reflectindo-se nele e agindo para transformai-lo e desenvolver: esta é a razão social do PEA.
Ademais, ao abordar sobre o carácter social do PEA, é necessário compreender que:
· Apareceu/surgiu com o desenvolvimento/aumento constante do património sócio-cultural e técnico-científico da sociedade; 
· É a sociedade que o organiza, determinando os objectivos, motivos, conteúdos, meios e métodos do PEA; 
· É a sociedade que o organiza, determinando os objectivos, motivos, conteúdos, meios e métodos do PEA; 
· Os actores principais (professor e alunos) interagem como seres sociais.
Por fim, Nigavara (s/d) orienta a reflexão no PEA de que:
· Os aspectos didácticos devem estar subordinados à definição de propósitos educativos válidos (socialmente) para orientar nosso trabalho; 
· Os objectivos que nos propomos alcançar junto aos alunos são o elemento fundamental em nosso trabalho lectivo e quando realmente nos propomos ser educadores; 
· Diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, a ideia de educação não é a mesma e, consequentemente, os propósitos de educação e do PEA também não são os mesmos, havendo, inclusive, possibilidade de adaptações no interior da mesma nação em função das características dos alunos (sobretudo no que diz respeito ao nível de progresso e dificuldades de aprendizagem), do contexto social e regional onde se localiza a escola, etc.
Portanto, como pudemos notar na descrição acima, o PEA é um processo contextualizado cuja finalidade é conseguir a partir do nível de partida dos alunos, chegar à uma verdadeira aprendizagem.
2.1.2. Carácter Educativo
Como Nivagara descreve (s/d: 45), a reclamação de que a escola, através dos professores e, particularmente, do processo de ensino-aprendizagem "deve não somente ensinar, mas também educar atravessa fronteiras, atingindo todos os sistemas de educação e, igualmente, se coloca desde a tempos atrás até aos nossos dias: é uma questão actual e de todas as nações". Segundo este autor, "no âmbito do processo de formação do homem, os termos educação e instrução são inseparáveis. De facto, a instrução é a transmissão/mediação de conhecimentos, capacidades, habilidades; podemos também defini-la como sendo o processo e o resultado da assimilação de conhecimentos sistemáticos, assim como das acções e procedimentos inerentes a eles" (NIVAGARA, s/d: 45). Por seu turno, a educação, pela sua característica fundamental, "é o desenvolvimento/formação de comportamento, atitude e convicções; isto é, a formação de traços/sinais da personalidade" (NIVAGARA, s/d: 45).
Assim, é impossível, no verdadeiro sentido, educar sem instruir e vice-versa, daí que, como se reflecte na figura abaixo, a educação e a instrução estão intrinsecamente unidos e se relacionam dialecticamente no PEA, apesar de que o alcance dos objectivos da educação é resultado mais que o ensino, é resultado de todo o conjunto de influências que actuam sobre o aluno/educando.
De acordo com Libâneo (1994), o processo de ensino, ao mesmo tempo em que realiza as tarefas da instrução de crianças e jovens, também é um processo educacional. No desempenho de sua profissão, o professor deve ter em mente a formação da personalidade dos alunos, não apenas no aspecto intelectual, como também nos aspectos morais, afectivos e físicos. Como resultado do trabalho escolar, os alunos vão formando o senso de observação, a capacidade de exame objectivo e crítico de fatos e fenómenos da natureza e das relações sociais, habilidades de expressão verbal e escrita. A unidade instrução-educação se reflecte, assim, na formação de atitudes e convicções frente à realidade, no transcorrer do processo de ensino.
Entretanto o carácter educativo está relacionado aos objectivos do ensino crítico e é realizado dentro do processo de ensino. È através desse processo que acontece a formação da consciência crítica dos indivíduos, fazendo-os pensar independentemente, por isso o ensino crítico, chamado assim por implicar directamente nos objectivos sociopolíticos e pedagógicos, também os conteúdos, métodos escolhidos e organizados mediante determinada postura frente ao contexto das relações sociais vigentes da prática social, (LIBÂNEO, 1994). 
Ademais, é através desse ensino crítico que os processos mentais são desenvolvidos, formando assim uma atitude intelectual. Nesse contexto os conteúdos deixam de serem apenas matérias, e passam então a ser transmitidos pelo professor aos seus alunos formando assim um pensamento independente, para que esses indivíduos busquem resolver os problemas postos pela sociedade de uma maneira criativa e reflexiva.
2.1.3. O PEA desenvolve a personalidade
Para Nigavara (s/d), quando falamos de personalidade, trata-se de um termo com múltiplas definições, podendo serem retidas as seguintes: 
· Pessoa com as suas capacidades e propriedades intelectuais, produtivas, políticas, estéticas e emocionais determinadas pela sociedade (onde se incluem todas as instituições), mas com a participação do seu cunho individual, sendo por isso única; 
· Uma determinada pessoa que se distingue na sociedade pelas suas qualidades e traços.
Para este autor, no período escolar a personalidade desenvolve-se principalmente no PEA; o PEA é de grande importância para a maneira como a personalidade vai-se desenvolver, para as facetas da personalidade que são desenvolvidas e para a direcção em que ela se desenvolve através da actividade de aprendizagem.
Ademais, "o propósito do PEA é desenvolver nos alunos o saber, saber fazer e saber ser e estar, que constituem a base/conteúdo da formação da personalidade. Quer dizer, o PEA desenvolve a personalidade graças a actividade escolar a que os alunos são envolvidos durante a sua carreira estudantil" (NIGAVARA, s/d: 53).
2.1.4. O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialéctico
Segundo como explica Nigavara (s/d: 60), a relação dialéctica fundamental no PEA "é a relação entre ensino (ensinar) e aprendizagem (aprender)". Posto isto, a questão que se levanta sempre é saber se o professor deve agir predominantemente em função do que ele sabe, dos seus objectivos...ou em função dos alunos, mesmo reconhecendo que esta ultima posição não nega a anterior. Portanto, "a relação professor-aluno, como dissemos, é a relação dialéctica fundamental no PEA" (NIVAGARA, s/d: 65).
O professor no processo de ensino e aprendizagem é o mediador entre o indivíduo em formação e os conhecimentos prévios de uma matéria. Tem como função planejar, orientar a direcção dos conteúdos, visando à assimilação constante pelos alunos e o desenvolvimento de suas capacidades e habilidades. É uma acção conjunta em que o educador é o promotor, que faz questionamentos, propõemproblemas, instiga, faz desafios nas actividades e o educando é o receptor activo e actuante, que através de suas acções responde ao proposto produzindo assim conhecimentos. "O papel do professor é levar o aluno a desenvolver sua autonomia de pensamento" (NIVAGARA, s/d: 65).
Nesta relação, entendemos que, quanto mais o trabalho educativo escolar disponibilizar aos alunos conhecimentos que possibilitem a eles responder tais questões de maneira não fantasiosa, não ilusória, não mistificada e não folclórica - ou seja, disponibilizar aos alunos instrumentos teóricos, por meio da mediação do conhecimento científico, artístico e filosófico, de forma tal que as respostas a essas perguntas cada vez mais tenham aproximação objectiva e concreta com o próprio real, o que exige um ”método” adequado para tal -, mais nós estaremos contribuindo para a formação de uma concepção de mundo baseada não na aparência dos processos sociais e naturais da realidade, mas sim na sua essencialidade concreta.
2.1.5. O PEA tem carácter sistemático e planificado
Segundo como descreve Nivagara (s/d: 55), "em nossas escolas, tanto no ensino primário, secundário geral e técnico-profissional, o ensino deve ser minuciosamente planificado". Isso começa desde o nível central que planifica os curricula e outros materiais de apoio para o trabalho do professor na escola e na sala de aulas e, este, por sua vez realiza a sua actividade devendo obedecer algumas regularidades que, por assim dizer, se transformam em leis devido ao seu carácter de “obrigatoriedade” profissional que se coloca à todos professores desejosos de alcançar a qualidade do ensino.
Portanto, quando falamos do carácter sistemático e planificado do PEA isto significa que este processo: 
· Tem objectivos; 
· Tem programas com conteúdos estruturados;
· Decorre num ano lectivo estruturado (com horários e outras actividades planificadas); 
· Os alunos estão distribuídos por classes na base de um critério especificado (ex: critério idade, talento no caso de sistemas de ensino diferenciado, etc); e
· As actividades a realizar na sala de aula são previstas com antecedência, em função das características dos alunos e do professor, da mateira a ensinar, dos objectivos, dos meios/condições materiais e humanos existentes, etc.
2.1.6. O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades
Acima foi descrito que o professor, por sua vez, realiza a sua actividade devendo obedecer algumas regularidades que, por assim dizer, se transformam em leis devido ao seu carácter de “obrigatoriedade” profissional que se coloca à todos professores desejosos de alcançar a qualidade do ensino.
Daí que, ao dissermos que o PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades, primeiro, assumimos que "a lei expressa as relações gerais, necessárias, essenciais, reiteradas e relativamente constantes do mundo real" (NIVAGARA, s/d: 57). Assim, nas ciências pedagógicas existem as chamadas relações didácticas legítimas (que são reiteradas, essenciais, estáveis e internas).
Portanto, Nivagara (s/d) apresenta a existência das seguintes leis reconhecidas por Babanskii: 
· Lei da condicionalidade social do PEA; 
· Lei da unidade entre o ensino e aprendizagem no PEA; 
· Lei da unidade ensino e desenvolvimento da personalidade;
· Lei da unidade entre planificação, a orientação e a avaliação; dos alunos em um ciclo do PEA.
Por fim, é importante enfatizar que ao caracterizarmos o PEA queremos não apenas termos o conhecimento e podermos explicara o sentido de cada uma delas, mas sim assumirmos que estamos a dizer para connosco mesmo, como profissionais de educação, que é preciso assegurar que o PEA que realizamos não simplesmente se pareça com as características deste, mas assim seja com a integralidade das características essenciais que ditam a particularidade da actividade de ensinar e fazer aprender os alunos. Portanto, é importante que tenhamos conhecimento destas características de modo a satisfazermos os anseios plasmados por diferentes níveis de monitoria educacional.
3. DIMENSÕES DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
Sendo a educação escolar uma actividade social que, através de instituições próprias, visa a assimilação dos conhecimentos e experiencias humanas acumuladas no decorrer da história, tendo em vista a formação dos indivíduos enquanto seres sociais, cabe à Pedagogia intervir nesse processo de assimilação, orientando-o para finalidades sociais e politicas e criando um conjunto de condições metodológicas e organizativas para viabilizá-lo no âmbito da escola. Neste sentido, a Didáctica assegura o fazer pedagógico na escola, na sua dimensão político-social e técnica; é, por isso, uma disciplina eminentemente pedagógica.
Correll (1973) apud Oliveira e Oliveira (op.cit.), sintetiza em duas dimensões as características principais dos bons professores que mantêm uma relação optimal na sala de aula: a) espírito aberto e interesse pelos alunos e pelo seu trabalho (dimensão mais afectiva). O professor preocupa-se com a pessoa de cada aluno, tem tempo para ouvi-los sobre os seus problemas, ocupa-se de pequenas coisas que tornem mais agradável o ambiente, aprecia os aspectos positivos dos alunos, discute com eles os seus projectos. b) Espírito de iniciativa, riqueza de ideias para enfrentar situações novas (dimensão predominantemente cognitiva). O professor formula propostas apropriadas às tarefas, vigia a realização do trabalho, resolve as situações imprevistas, confia no êxito do seu trabalho, mostra-se activo e disposto a resolver os problemas pedagógicos, estimula cada aluno a realizar o seu trabalho.
4. FACTORES QUE INTERFEREM NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM
O exame das curvas permite verificar se fogem as tendências gerais, o que indicará a existência de factores que perturbam em dado momento a marcha regular da aprendizagem, ora apressando ou diminuindo o seu ritmo. O interesse, a motivação, as perspectivas de êxito contribuem para acelerar o progresso. Pelo contrário, o desinteresse, a fadiga, o desânimo, a instabilidade, etc. entravam o progresso da aprendizagem.
Ora vejamos na seguinte tabela:
Tabela 2: Alguns factores que interferem no PEA
	No aluno
	No Conteúdo
	No professor
	· Motivações
· Conhecimentos prévios (pré-requisitos)
· Relação com o professor
· Atitude com a disciplina.
	· Estrutura: componentes e relações
· Tipos de aprendizagem requeridas
· Ordem de apresentação.
	· Situação estimuladora ambiental
· Comunicação verbal das instruções
· Informação ao aluno sobre os seus progressos
· Relação com o aluno
· Atitude com a material ensinada.
Quando falamos de curvas de aprendizagem, podemos nos referir que a aprendizagem se pode dar de seis maneiras principais; dai seis tipos de curvas:
1.ª 1. Curva A
Neste tipo de curva, regista-se pronta adaptação do aprendiz, que revela um rápido progresso e rendimento da aprendizagem.
2. Curva B
Este tipo de curva indica oscilações de maior ou menor amplitude, representando a fase crítica da aprendizagem.
3. Curva C
É chamada curva de aprendizagem negativamente acelerada. Apresenta 
progresso inicial muito rápido, chamado “aceleração negativa” para diminuir 
gradualmente, a medida que o progresso se encaminha. Quando mais se exercita, menor é a soma de progresso. Isto ocorre:
a) Quando o assunto aumenta de dificuldade, a medida que o sujeito aprende;
b) Quando a motivação declina;
c) Quando houver influências de outra aprendizagem (interferência) que atrapalha;
d) Quando o assunto é relativamente fácil para quem aprende;
e) Quando se compõe de parte de dificuldades variáveis.
4. Curva D
É chamada curva de aceleração positiva. Aqui, quando mais se exercita, maior será a suma de aprendizagem realizada, é o que mostra a curva de “aceleração positiva”. Este tipo de curva ocorrem por motivos inversos daqueles que
explicam as curvas convexas, isto é, de “aceleração negativa”.
5. Curva E
Contudo, notamos que os efeitos de aprendizagem podem ser mensurados em diferentes momentos, traduzindo-se os resultadosem forma de gráficos, facilmente inteligíveis denominado por Curvas de Aprendizagem, as tais como foi possível destacar acima.
Como professor, descobrir estas particularidades ao longo do nosso Processo de Ensino-Aprendizagem, ajudam de certa maneira para que este processo ocorra baseado nos princípios estabelecidos pelos programas estabelecidos.
6. Curva F
Também designada por curva de esquecimento, retenção ou diluição da aprendizagem. Tecnicamente são chamadas por curvas em “J”, embora, na realidade a sua forma quando muito se assemelha a um “J” invertido. Em geral, indicam uma perda inicial muito acentuada, continuando num crescente vagaroso. Como as curvas nunca atingem o eixo das abcissas, podemos supor
que jamais esquecemos totalmente algo que tenha sido aprendido.Este tipo de curva tem a forma de um “S” impresso, resulta de certas combinações de condições que determinam curvas de aceleração positiva e negativa.
IV. CONCLUSÃO
Por aprendizagem entende-se como “uma construção pessoal, resultante de um processo experiencial, interior à pessoa e que se traduz numa modificação de comportamento relativamente estável” (ALARCAO & TAVARES, 2002: 86). Ela considera-se como um processo por ser a acção de aprender que se realiza em tempo mais ou menos longo.
Portanto, o Processo Ensino-Aprendizagem é considerado como uma denominação para um complexo sistema de interacções comportamentais entre professores e estudantes. Mais do que “ensino” e “aprendizagem”, como se fossem processos independentes da acção humana, há também os processos comportamentais que recebem o nome de “ensinar” e de “aprender”.
Ao longo da abordagem, vimos que o exame das curvas permite verificar se fogem as tendências gerais, o que indicará a existência de factores que perturbam em dado momento a marcha regular da aprendizagem, ora apressando ou diminuindo o seu ritmo. O interesse, a motivação, as perspectivas de êxito contribuem para acelerar o progresso. Pelo contrário, o desinteresse, a fadiga, o desânimo, a instabilidade, etc. entravam o progresso da aprendizagem.
Por fim, é necessário entender que todos os conceitos aprendidos ao longo deste trabalho ajudam na compreensão de aspectos que fazem parte do nosso caminho a percorrer ao longo desta carreira profissional, por isso é importante que assimilemos estas bases teóricas para o melhor aperfeiçoamento ao longo da nossa carreira profissional.
V. BIBLIOGRAFIA
ARAÚJO, Estevão Alculete L. (S/D). Didáctica Geral I. 1º Ano-Módulo Único. Universidade Católica de Moçambique, CED
FERNÁNDEZ. Fátima Addine. (1998). Didática y optimización del processo de enseñanza aprendizaje. IN: Instituto Pedagógico Latinoamericano y Caribeño – La Havana – Cuba
KUBO, Olga Mitsue; BOTOMÉ, Sílvio Paulo. (2017). Ensino-Aprendizagem: Uma Interacção Entre Dois Processos Comportamentais. Biblioteca Digital de Periódicos. Rev. III. UFPR
NIVAGARA, Daniel. (s/d). Didáctica Geral – Modulo. Universidade Pedagógica
LIBÂNEO, José Carlos. (1994). Didáctica. São Paulo: Cortez
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Estudante:
 
Zeca Papelo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM E ACTIVIDADE DOCENTE
 
O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade 
Mussa Bin Bique
 
Nampula, 2020
 
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Estudante: 
Zeca Papelo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM E ACTIVIDADE DOCENTE 
O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Mussa Bin Bique 
Nampula, 2020

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