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02 - Lei 9 868 - 1999 - Controle de Constitucionalidade (ADI, ADC e ADIO)-26

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Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 1 
 
 
LEI 9.868, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1999. 
 
Dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da 
ação declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
 
Disposições constitucionais relevantes 
 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo 
Tribunal Federal; 
 
 Esse dispositivo está relacionado com o controle de constitucionalidade difuso exercido pelo STF. 
 O concontrole de constitucionalidade concentrado já possui efeito erga omnes e vinculante. 
 Veremos mais tarde também que, segundo o STF, o art. 52, X, sofreu mutação constitucional, portanto, as 
decisões do STF em controle difuso podem ter efeito erga omnes e vinculante. A participação do Senado 
Federal seria de dar publicidade a essa decisão. 
 
Art. 93. XI nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, 
 poderá ser constituído órgão especial, 
 com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, 
 para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do 
tribunal pleno, 
 provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; 
 
Art. 97. Somente pelo voto 
 da maioria absoluta de seus membros 
 ou dos membros do respectivo órgão especial 
 poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
 
ADI ADC 
Lei ou ato normativo 
federal ou estadual 
Lei ou ato normativo 
federal 
 
p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; 
 
§ 1º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo 
Tribunal Federal, na forma da lei. 
 
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, 
 nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade 
 produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, 
 relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário 
 e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
 
 
 
 
 
Cláusula de 
reserva de plenário 
Órgão especial 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 2 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
§ 1º O Procurador-Geral da República 
 deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade 
 e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal. 
 
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, 
 será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias 
 e, em se tratando de órgão administrativo, 
 para fazê-lo em trinta dias. 
 
Inconstitucionalidade por omissão 
Poder 
 competente 
Órgão 
administrativo 
Será dada ciência para adoção das 
providências necessárias. 
Será dado um prazo de 30 dias para realizadação das 
das providências necessárias. 
 
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal 
 apreciar a inconstitucionalidade, 
 em tese, de norma legal ou ato normativo, 
 citará, previamente, o Advogado-Geral da União, 
 que defenderá o ato ou texto impugnado. 
 
PGR AGU 
Deverá ser previamente ouvido nas ações 
de inconstitucionalidade e em todos os 
processos de competência do Supremo 
Tribunal Federal. 
O STF, ao apreciar a inconstitucionalidade, em tese, 
de norma legal ou ato normativo, citará, 
previamente, o Advogado-Geral da União, que 
defenderá o ato ou texto impugnado. 
Qualquer ação de competência do STF 
(ADI, ADC, ADIO, ADPF...) 
Apreciação de inconstitucionalidade. 
 
 O STF decidiu, na ADI 3916, que o Advogado-Geral da União tem autonomia para defender a 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da norma. Segundo a Corte “a AGU manifesta-se pela conveniência 
da constitucionalidade e não da lei”. 
 Apesar da decisão do STF, atente-se para a letra da CF, que fala somente de inconstitucionalidade. 
 
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
 
§ 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa 
do Tribunal de Justiça. 
 
§ 2º Cabe aos Estados 
 a instituição de representação de inconstitucionalidade 
 de leis ou atos normativos estaduais ou municipais 
 em face da Constituição Estadual, 
 vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO I - 
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E DA 
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o processo e julgamento da ação direta de inconstitucionalidade e da ação 
declaratória de constitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal. 
 
CAPÍTULO II 
DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
 
OBJETO DO CONTROLE 
ADI ADC ADIO ADPF ADI interventiva 
Lei ou ato normativo 
federal ou estadual. 
Lei ou ato normativo 
federal. 
Omissão 
inconstitucional 
Lei ou ato 
normativo 
federal, estadual 
ou municipal, 
incluídos os 
anteriores à 
Constituição. 
Violação de princípio 
constitucional 
sensível; 
 
Recusa à execução de 
lei federal. 
 
OBJETO E PARÂMETRO DA ADI 
 
Como vimos na parte geral, o parâmetro vai ser o bloco de constitucionalidade. Veremos agora o objeto 
da ADI que, em regra, será lei ou ato normativo, federal ou estadual. 
 
O termo “lei” compreende: 
 Emendas à Constituição; 
 Leis complementares; 
 Leis ordinárias; 
 Leis delegadas; 
 Medidas provisórias; 
 Decretos legislativos; 
 Resoluções; 
 Tratados internacionais incorporados ao ordenamento jurídico; 
 Resoluções do CNJ e do CNMP 
 
O STF decidiu que é possível ADI contra: 
 Medida provisória que abre crédito extraordinário (mesmo sendo de efeito 
concreto, no entanto, se o crédito já foi utilizado ou a MP perde a sua vigência, a 
ADI perde o seu objeto) 
 ADI 5449: É cabível a propositura de ADI contra lei orçamentária, lei de diretrizes 
orçamentárias e lei de abertura de crédito extraordinário. STF. 
 
O STF já julgou procedente a ADI 1969 contra: 
 Decreto distrital 20.007/99, que proibiu “a realização de manifestação pública, 
com a utilização de carros aparelhados e objetos sonoros na Praça dos Três 
Poderes, Esplanada dos Ministérios, Praça do Buriti e vias adjacentes”, em Brasília 
(DF). 
 Nesse caso o decreto tirou sua validade diretamente da CF, não de lei. 
 Se não há lei entre o decreto e a CF, cabe ADI. 
 Se houver lei, o controle é de legalidade. 
 
 
 
 
CASO 
RARO 
Cuidado com os decretos 
legislativos. 
Decreto do Executivo, em regra, nãopode ser objeto de ADI. 
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Quanto às Emendas Constitucionais cumpre destacar: 
 
Normas constitucionais 
originárias 
Emendas 
constitucionais 
Decorrem do poder 
constituinte originário. 
Decorrem do poder 
constituinte derivado reformador. 
Não podem ser objeto de controle. Podem ser objeto de controle. 
 
Quanto às medidas provisórias, importante destacar que: 
 Se a MP for convertida em lei ou perder a sua eficácia, a ADI será prejudicada pela perda do 
objeto da ação. Nesse caso, o autor da ação pode aditar a petição inicial e incluir a nova lei criada 
a partir da conversão da MP. 
 O STF pode, de forma excepcional, analisar o caráter de urgência e relevância de MP (ADI 
1910) em sede controle de constitucionalidade. 
 Medida provisória que abre crédito extraordinário (ato normativo de efeito concreto) pode ser 
objeto de controle (tendência observada no STF). 
 
Ato normativo compreende: outros atos não abrangidos pelo termo lei dotados de autonomia jurídica, 
abstração, generalidade e impessoalidade. 
 
Podem ser objetos de ADI Não podem ser objeto de ADI: 
 
 Normas constitucionais derivadas (EC); 
 Resoluções administrativas de tribunais; 
 Regimentos internos de tribunais; 
 Excepcionalmente, portaria do Ministerio da 
Saúde e Resolução da Anvisa que restringem a 
doação de sangue de homossexuais – ADI 
5543/2020. 
 Atos normativos que retiram sua validade 
diretamente da Constituição (atos primários); 
 Decreto autônomo, de forma excepcional (art. 
art. 84, VI da CF/88); 
 Excepcionalmente, ato normativo de efeito 
concreto e materializado por lei ou medida 
provisória. Exemplo: LDO, LOA e medidas 
provisórias que abrem créditos 
extraordinários. 
 
 
 Normas constitucionais originárias; 
 Normas anteriores à CF/88 (direito pré-
constitucional); 
 Súmulas; 
 Súmula vinculante; 
 Decretos e regulamentos expedidos pelo 
Executivo (art. 84, IV da CF/88). 
 Atos de efeitos concretos que não sejam 
dotados de generalidade e abstração; 
 Atos que retiram o fundamento de validade de 
leis (atos secundários); 
 Ato normativo de efeito concreto que não seja 
lei (se o ato normativo for concreto e 
materializado por lei ou medida provisória, 
pode ser possível o controle – exemplo – 
medida provisória que abre crédito 
extraordinário); 
 Ato normativo revogado; 
 Ato normativo com efeito exaurido; 
 Respostas emitidas pelo TSE. 
 
Não se admite o controle de constitucionalidade indireto, reflexo ou oblíquo, ou seja, atos secundários 
que retiram seu fundamento de validade da lei, não da CF diretamente, não podem sofrer controle de 
constitucionalidade. Referido controle deve ser exercido na lei, caso a lei seja inconstitucional, ocorrerá a 
inconstitucionalidade por arrastamento, ou seja, a declaração de inconstitucionalidade arrasta os atos 
normativos que retiram sua validade da lei declarada inconstitucional. 
 
 
 
 
 
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Ocorre perda superveniente do objeto da ADI (prejudicialidade da ação): 
 Lei revogada; 
 Lei com alteração substancial; 
 Lei com vigência encerrada após propositura da ADI; 
 Se o parâmetro mudar, ou seja, se há uma ADI com o parâmetro de uma norma constitucional 
originária e vem uma EC que altere o parâmetro do controle. 
 
 A mudança de paradigma na ADI e ADC, em regra, acarreta a perda superveniente 
de seu objeto. 
 Excepcionalmente, na ADI 2158, o STF, mesmo com alteração de parâmetro, julgou 
o objeto da ADI inconstitucional utilizando o parâmetro anterior. 
 
Regra Exceção (ADI 2158) 
 Entro com uma ADI contra uma lei que 
permite a vaquejada por ser cruel contra os 
animais. 
 O parâmetro principal é o art. 225, VII da 
CF/88. 
 No decorrer do processo, a EC 96/2017 é 
aprovada. 
 O parâmetro muda para o art. 225, § 7º (a 
vaquejada, seguindo os requisitos 
estabelecidos, é considerada constitucional). 
 Ocorre perda superveniente do objeto da 
ADI. 
 Lei do Paraná cria taxação de inativos, ou 
seja, aposentado deve contribuir para a 
previdência. 
 É proposta uma ADI contra essa lei. 
 Na redação original da CF/88 não havia 
previsão de taxação de inativo. 
 A EC 41/2003 trouxe a previsão de taxação 
de inativo. 
 O STF, apesar da mudança do parâmetro, 
julgou inconstitucional a Lei do Paraná. 
 
 
Na prejudicialidade da ação, mesmo que existam efeitos residuais da aplicação da lei, não é cabível a 
discussão de inconstitucionaldidade em ADI. 
 
Exceções à perda superveniente do objeto da ADI (STF analisará a ADI mesmo em alguns dos 
casos elencados acima): 
 Se a revogação ocorre por fraude processual, ou seja, se a lei é revogada apenas para escapar dos 
efeitos da análise da inconstitucionalidade (ADI 3232); 
 Se é feito a inclusão em pauta antes do exaurimento da eficácia da lei temporária impugnada e 
existindo a possibilidiade de haver efeitos em curso (ADI 446); 
 Se, apesar de revogada, cria-se uma nova norma com alteração não substancial (ou seja, a lei foi 
revogada, mas trouxe previsões semelhantes às anteriores) (ADI 2418). 
 A ADPF não carece de interesse de agir em razão da revogação da norma objeto de controle, 
máxime ante a necessidade de fixar o regime aplicável às relações jurídicas estabelecidas durante 
a vigência da lei, bem como no que diz respeito a leis de idêntico teor aprovadas em outros 
Municípios (ADPF 449/2019); 
 
Tendência de ampliação de objeto de ADI: 
 Como vimos, existem muitos exemplos em que é cabível a ADI. 
 Antes não se admitia ADI contra lei de efeito concreto, agora o STF flexibilizou para admitir 
contra LOA, por exemplo. 
 Uma portaria do Ministério da Saúde e Resolução da Anvisa que, em regra, não podem ser 
objeto de ADI, foram consideradas inconstitucionais (restringiam a doação de sangue de 
homossexuais – ADI 5543). 
 O que podemos observar é uma tendência nos julgados do STF em que será cabível ADI quando 
envolver ato com “suficiete densidade normativa, considerados os aspectos de generalidade 
abstrata e de impessoalidade”. 
 
 
 
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Considerações especiais em relação às leis do Distrito Federal: 
 O DF tem competência legislativa estadual e municipal. 
 Em se tratando de competência legislativa estadual, tal norma distrital pode ser objeto de ADI 
junto ao STF (controle concentrado e abstrato). 
 Em se tratando de competência legislativa municipal, tal norma distrital não pode ser objeto de 
ADI junto ao STF (controle concentrado e abstrato), mas pode ser objeto de ADI junto ao TJDFT 
(controle concentrado e abstrato) e tendo como parâmetro a Lei Orgânica do DF. 
 Nos termos da jurisprudência do STF: 
 
Súmula 642 - STF: Não cabe ação direta de inconstitucionalidade de lei do Distrito 
Federal derivada da sua competência legislativa municipal. 
 
ADI no DF 
Norma distrital – 
Competência estadual 
Norma distrital – 
Competência municipal 
Competência do 
STF 
Competência do 
 TJDFT 
Exemplo: 
gás canalizado (art. 25, § 2º da CF/88). 
Exemplo: transporte coletivo distrital 
(art. 30, V, da CF/88). 
 
Nos termos da ADI 3341/2014: 
 
“É certo que o Distrito Federal, por suas peculiaridades, possui tanto a competência reservada aos Estados quanto aos 
Municípios, nos termos do art. 32, § 1º, da Constituição Federal, porém, a competência desta Corte só estará afastada 
no controle direto de constitucionalidade quando o objeto da ação for ato normativo editado pelo Distrito Federal, no 
exercício de competência que o texto constitucional reserve aos Municípios. (...) Nessa ótica, assento a competência 
do Supremo Tribunal Federal para julgamento desta ação direta de inconstitucionalidade.”Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 7 
Seção I 
Da Admissibilidade e do Procedimento da 
Ação Direta de Inconstitucionalidade 
 
Art. 2º Podem PROPOR a ação direta de inconstitucionalidade: 
 
I - o Presidente da República; 
 
 Não prevê o Vice Presidente da Repúplica. 
 
II - a Mesa do Senado Federal; 
 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
 
 Nos casos previstos no II, III e IV, os legitimados são as Mesas (órgãos). 
 Não é legitimidade senador, deputado ou comissões parlamentares. 
 Não é legitimidade nenhuma mesa de Câmara Municipal. 
 
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal; 
 
VI - o Procurador-Geral da República; 
 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
 
 É o Conselho Federal, não o Conselho Seccional. 
 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
 Para o PP ter representação no CN, basta que um deputado ou um senador do respectivo partido esteja eleito. 
 A perda de representação do partido político no Congresso Nacional, após o ajuizamento da ADI, não 
descaracteriza a legitimidade ativa, que é aferida no momento da propositura da ação. 
 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
 Não tem associação. 
 Associação de associação, para o STF, é considerado legitimado. Exemplo: Federação Nacional das 
Associações dos Produtores de Cachaça de Alambique. 
 Entidade de classe que representa apenas uma fração da categoria não é legitimado. Exemplo: Associação 
Nacional dos Magistrados Estaduais. 
 A entidade de classe tem que ser representativa de uma determinada categoria social, profissional ou 
econômica. Ex: Central Única dos Trabalhadores – CUT não pode ser legitimada, pois não representam 
interesses de apenas uma categoria. Não há homogeneidade de interesses (ADI 271). 
 Para ser considerada de âmbito nacional, a entidade deve estar presente em pelo menos um terço dos estados 
(nove estados) da federação, tendo como base a lei dos partidos políticos. STF, dependendo da relevância 
nacional, pode excepcionar a regra. 
 Em relação às entidades de âmbito nacional, na ausência de especificação na lei, o STF estabeleceu três 
condicionantes: 
 a homogeneidade entre os membros integrantes, 
 a comprovação do caráter nacional mediante a presença de associados em pelo menos nove estados 
da Federação e 
 a pertinência temática entre seus objetivos institucionais e a norma objeto de impugnação. 
 
 
PT 
PT 
PT + CP 
CP 
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Pertinência temática - PT 
Não precisa 
(legitimados neutros ou universais) 
Precisa 
(legitimados interessados ou especiais) 
 Presidente da República 
 
 Mesa do Senado Federal 
 
 Mesa da Câmara dos Deputados 
 
 Procurador-Geral da República 
 
 Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil 
 
 Partido político com representação no CN 
 Mesa de Assembléia Legislativa 
 Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal 
 
 Governador de Estado 
 Governador do Distrito Federal 
 
 Confederação sindical 
 
 Entidade de classe de âmbito nacional 
 Pertinência temática consistente no nexo entre a norma questionada e os objetivos institucionais específicos do órgão ou 
entidade. 
 A pertinência temática refere-se à necessidade de demonstração de que o objeto da instituição guarda relação (pertinência) 
com o pedido da ação direta proposta por referida entidade. 
 
 
 
Capacidade postulatória - CP 
Não precisa de advogado Precisa de advogado 
 Demais 
 Partido político com representação no CN 
 Confederação sindical 
 Entidade de classe de âmbito nacional 
 O requisito da capacidade postulatória exige que a parte, para postular em juízo, se faça representar por advogado. 
 O STF entendeu que somente os partidos políticos e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito 
nacional deverão ajuizar a ação por advogado (art. 103, VIII e IX). 
 Quanto aos demais legitimados (art. 103, I-VII), a capacidade postulatória decorre da Constituição. 
 
 
DICAS 
 
 Sempre que envolver Estados e DF (Mesas da AL, CL, GOV) precisará de pertinência temática. 
 Confederação e entidade de classe sempre precisam de pertinência temática e capacidade postulatória (mais fácil decorar). 
 O partido político com representação no CN não precisa de pertinência temática, mas precisa de capacidade postulatória. 
 Decore assim: 
 4 PESSOAS - PR, GOV DE ESTADO, GOV DO DF e PGR 
 4 MESAS - MESA CD, MESA SF, MESA AL e MESA da CL 
 4 ENTES - CFOAB, PP com representação no CN, confederação sindical e entidade de classe nacional 
 
Art. 3º A petição indicará: 
 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos jurídicos do pedido em 
relação a cada uma das impugnações; 
 
II - o pedido, com suas especificações. 
 
Parágrafo único. A petição inicial, 
 acompanhada de instrumento de procuração, 
 quando subscrita por advogado, 
 será apresentada em duas vias, 
 devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos 
necessários para comprovar a impugnação. 
 
 
Se subscrita por 
advogado, a 
procuração deve 
ser com poderes 
especiais. 
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Art. 4º A petição inicial 
 inepta, 
 não fundamentada e a 
 manifestamente improcedente 
 serão liminarmente indeferidas pelo relator. 
 
Inepta Não fundamentada Manifestamente improcedente 
Exemplos: faltar pedido ou causa de 
pedir; pedido for indeterminado, 
ressalvadas as hipóteses legais em que 
se permite o pedido genérico; da 
narração dos fatos não decorrer 
logicamente a conclusão; contiver 
pedidos incompatíveis entre si. (art. 
330, § 1º, do CPC/15). 
Exemplo: ausência da exposição do 
fundamentos de fato e de direito. 
Exemplo: constitucionalidade ou 
inconstitucionalidade expressamente já 
declarada pelo STF. 
 
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. 
 
 Vamos tecer alguns comentários sobre as modificações realizadas pelo CPC/2015 e que modificaram 
o processo em sede de controle de constitucionalidade. Essas alterações também se aplicam às demais 
ações, portanto, vamos comentar somente aqui, para não estender ainda mais o material. 
 Antes do CPC de 2015, o prazo para interposição de agravo era de 5 dias. 
 No entanto, o CPC dispõe que: 
 
Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente 
os dias úteis. 
 
Art. 1.003. O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade 
de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da 
decisão. 
 
§ 5º Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-
lhes é de 15 dias. 
 
Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão 
colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. 
 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 dias, em petição dirigida ao juiz, com 
indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. 
 
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso 
no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a 
julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. 
 
Art. 1.070. É de 15 dias o prazo para a interposição de qualquer agravo, previsto em lei ou em 
regimento interno de tribunal, contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida emtribunal. 
 
Portanto, da decisão de indeferimento liminar da petição inicial pelo relator: 
 Recurso cabível: agravo interno. 
 Prazo: 15 dias úteis. 
 Competência: Pleno do STF. 
 
Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. 
 
 Nos termos da jurisprudência do STF (RTJ 178/554-555): “Mais do que não admitir a desistência da própria ação direta, o 
STF sequer reconhece ao autor a possibilidade de desistir, até mesmo, do pedido de medida cautelar formulado em sede de 
controle normativo abstrato. O princípio da indisponibilidade, que rege o processo de controle normativo abstrato, impede 
por razões exclusivamente fundadas no interesse público que o autor da ADI venha a desistir do pedido de medida cautelar 
por ele eventualmente formulado.” Portanto, não se admite desistência da ADI, nem do pedido de cautelar. 
Agravo: 15 dias. 
Embargo de 
declaração: 5 dias. 
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Art. 6º O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a lei ou o ato 
normativo impugnado. 
 
Parágrafo único. As informações serão prestadas no prazo de 30 dias contado do recebimento do pedido. 
 
Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade. 
 
Regra: ADI não cabe intervenção de terceiros, exceto, “amicus curiae”. 
 
Conceito: Amicus curiae é uma expressão latina que significa “amigo da corte” ou “amigo do 
tribunal”, é a pessoa ou entidade estranha à causa, que vem auxiliar o STF, provocada ou 
voluntariamente, oferecendo esclarecimentos sobre questões essenciais ao processo. 
 
Competência: Quem admite o amicus curiae no processo é o relator. Caso o relator não admita a 
participação, essa decisão é irrecorrível. No entanto, mesmo que o relator admita a participação, o 
Pleno poderá deixar de referendá-lo. 
 
Requisitos para admissão do amicus curiae: relevância da matéria e a representatividade dos 
postulantes. 
 
Natureza jurídica do amicus: mero colaborador informal ou agente colaborador. 
 
Amicus curiae pode: apresentar sustentação oral. 
 
Amicus curiae não pode: formular pedido, aditar o pedido já delimitado pelo autor da ação ou interpor 
recurso. 
 
Observações: 
 Para o STF, o amicus curiae representa um fator de legitimação social das decisões da Suprema 
Corte. 
 Cabe amicus curiae na ADC (efeito dúplice da ADI e ADC) e cabe também na ADIO (aplica-se 
à ADIO, no que couber, as disposições da ADI). 
 Cabe amicus na ADPF (aplica-se por analogia o art. 7º, § 2º). 
 Cabe amicus curiae em Reclamação. (RCL 28197) 
 Cabe amicus curiae na edição, revisão e cancelamento de Súmula Vinculante, exceto se o STF a 
provocou de oficio. Sobre o tema, cabe transcrever parte do julgado da SV 02: 
 
“Inadmissão da associação requerente como amicus curiae, pela incompatibilidade lógica dessa 
atividade com a razão de ser da criação legal, paralela à provocação externa, da figura da edição 
ex officio de enunciados de súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal”. O argumento 
utilizado foi o de que “a figura do relator somente faz sentido quando a Corte for provocada a 
editar, a revisar ou a cancelar determinada súmula vinculante, instaurando-se aí verdadeiro 
contraditório, com abertura de prazos, oitiva de interessados e admissão de manifestação de 
terceiros”, razão pela qual, agindo o STF de ofício, não haveria incidência de norma legal e, 
portanto, estaria vedada a manifestação do amicus curiae. 
 
 O STF não vem admitindo a participação de pessoa física como amicus curiae, tendo em vista a 
existência do interesse em concreto na ação. O amicus curiae tem que ser representante de uma 
coletividade. 
 
§ 1º (VETADO) 
 
§ 2º O relator, considerando a 
 relevância da matéria e a 
 representatividade dos postulantes, 
 poderá, 
 por despacho irrecorrível, 
 admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, 
 a manifestação de outros órgãos ou entidades. 
Amicus curiae 
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Art. 8º Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, 
 sucessivamente, 
 o Advogado-Geral da União e o 
 Procurador-Geral da República, 
 que deverão manifestar-se, 
 cada qual, 
 no prazo de 15 dias. 
 
Art. 9º Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, 
e pedirá dia para julgamento. 
 
§ 1º Em caso de 
 necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato 
 ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, 
 poderá o relator requisitar informações adicionais, 
 designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou 
 fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com 
experiência e autoridade na matéria. 
 
§ 2º O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos 
Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma impugnada no âmbito de sua jurisdição. 
 
§ 3º As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no 
prazo de 30 dias, contado da solicitação do relator. 
 
Manifestação: 
Prazo sucessivo. 
1º 10 dias AGU 
2º 10 dias PGR 
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Seção II 
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade 
 
Requisitos gerais da medida cautelar - MECA: 
 
 Periculum in mora: risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação. Caso não seja concedida 
a cautelar, o provimento final vai ser inefetivo ou os efeitos serão graves, difíceis de serem reparados, 
seja pela impossibilidade fática, seja pela onerosidade excessiva. 
 
 Fumus boni iuris: alto grau de probabilidade do direito invocado. Muito provavelmente a decisão 
será favorável ao autor. 
 
O STF, via de regra, exige os pressupostos legitimadores da medida cautelar: a probabilidade do direito 
(fumus boni iuris) e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora). Nos 
termos da jurisprudência do STF (ADI 3401/2005): 
 
“A análise dos requisitos do fumus boni iuris e periculum in mora para a concessão de medida 
liminar em sede de controle abstrato de constitucionalidade admite maior discricionariedade por 
parte do STF, com a realização de verdadeiro juízo de conveniência política da suspensão da 
eficácia.” 
 
Art. 10. Salvo no período de recesso, 
 a medida cautelar na ação direta 
 será concedida por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, 
observado o disposto no art. 22, 
 após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato 
normativo impugnado, 
 que deverão pronunciar-se no prazo de 5 dias. 
 
 
 
Decisão de medida cautelar 
Quórum de Instalação 
(para discutir se cabe MECA) 
Quórum de decisão 
(para decidir de fato se cabe MECA) 
Maioria qualificada 
(8 ministros) 
Maioria absoluta 
(6 ministros) 
 
§ 1º O RELATOR, 
 julgando indispensável, 
 ouvirá o 
 Advogado-Geral da União e o 
 Procurador-Geral da República, 
 no prazo de 3 dias. 
 
§ 2º No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes 
judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela expedição do ato, na forma 
estabelecida no Regimento do Tribunal. 
 
§ 3º Em caso de EXCEPCIONAL URGÊNCIA, 
 o Tribunal poderá deferir a medida cautelar 
 sem a audiência dos órgãos ou das autoridades 
 das quais emanou a lei ou o ato normativo impugnado. 
 
 
 
 
Liminar: 
 Prazo comum 
de 3 dias 
(AGU e PGR). 
Liminar inaudita 
altera pars 
Medida cautelar 
MECA 
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Art. 11. Concedida a medida cautelar, 
 o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial 
da União e do Diário da Justiça da União 
 a parte dispositiva da decisão, 
 no prazo de 10 dias, 
 devendo solicitar as informações à autoridade da qual tiver emanado o ato, 
 observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I deste 
Capítulo. 
 
§ 1º A medida cautelar, 
 dotada de eficácia contra todos, 
 será concedida com efeito ex nunc, 
 salvo 
 se o Tribunal entender que deva conceder-lhe eficácia retroativa. 
 
Medida cautetar 
em controle concentrado 
Decisão definitiva 
em controle concentrado 
Eficácia contra todos Eficácia contra todos 
Regra: 
ex nunc (não retroage) 
Regra: 
ex tunc (retroage) 
Exceção: 
ex tunc (retroage). 
Exceção: 
ex nunc (não retroage) – 
aplicação da modulação de efeitos. 
 
§ 2º A concessão da medida cautelar 
 torna aplicável a legislação anterior 
 acaso existente, 
 salvo expressa manifestação em sentido contrário. 
 
 O efeito repristinatório em sede de cautelar ocorre apenas na ADI, tendo em vista que na ADC essa 
decisão não torna aplicável a legislação anterior, pois a norma foi declarada, de forma liminar, como 
constitucional, portanto, ainda aplicável. 
 
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, 
 em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social 
e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, 
 no prazo de 10 dias, 
 e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da 
República, sucessivamente, no prazo de 5 dias, 
 submeter o processo diretamente ao Tribunal, 
 que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação. 
 
Erga omnes 
+ 
Ex nunc (regra) 
Efeito 
repristinatório 
Com liminar e 
relator manda 
direto ao Tribunal: 
Prazo sucessivo 
1º AGU 5 dias 
2º PGR 5 dias 
 
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Capítulo II-A 
Da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
 
 A incompatibilidade entre a conduta positiva exigida pela constituição e a conduta negativa do Poder 
Público omisso configura-se na chamada inconstitucionalidade por omissão. 
 
 Nos termos do STF, “se o Estado deixar de adotar as medidas necessárias à realização concreta dos 
preceitos da Constituição, em ordem a torná-los efetivos, operantes e exequíveis, abstendo-se, em 
consequência, de cumprir o dever de prestação que a Constituição lhe impôs, incidirá em violação 
negativa do texto constitucional.” 
 
 Desse não fazer (non facer ou non praestare) resulta a inconstitucionalidade por omissão. Em termos 
simples: a Constituição manda o legislador editar uma norma. Essa norma constitucional chama-se 
norma de eficácia limitada, limitada porque depende de uma lei para tornar a norma constitucional 
aplicável ao caso concreto. O legislador, apesar de um razoável prazo dado, não edita a norma. Então 
há possibilidade de ingressar com uma ADIO para fazer com que essa norma seja editada. 
 
Previsão constitucional 
 
Art. 103, § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em 
se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
 
Poder competente Órgão administrativo 
STF dará ciência 
 para adoção das providências necessárias. 
Deve adotar as 
providências cabíveis em 30 dias. 
 
A ação direta de inconstitucionalidade por omissão é uma inovação na CF/88. 
 
No final dessa lei foi inserida uma tabela comparativa entre a ADIO e o mandado de injunção - MI 
(não deixe de estudar). 
 
A omissão a ser sanada pela ADIO pode ser parcial ou total. 
 
ESPÉCIES DE OMISSÃO 
Total 
Parcial 
Omissão parcial propriamente 
dita 
Omissão parcial 
relativa 
Não há norma regulamentadora para 
tornar efetiva a norma de eficácia 
limitada. 
Há norma regulamentadora para tornar 
efetiva a norma de eficácia limitada, 
mas essa regulamentação é deficiente, 
pois insuficiente. 
Há norma regulamentadora para tornar 
efetiva a norma de eficácia limitada, 
mas essa regulamentação é deficiente, 
pois concede o benefício da norma 
apenas a uma categoria, excluindo 
outras. 
Exemplo: 
Art. 37, VII - o direito de greve será 
exercido nos termos e nos limites 
definidos em 
lei específica; 
 
Não há referida lei. 
Exemplo: 
Art. 7º. IV - salário mínimo , fixado 
em lei, nacionalmente unificado, capaz 
de atender a suas necessidades vitais 
básicas e às de sua família com 
moradia, alimentação, educação, 
saúde, lazer, vestuário, higiene, 
transporte e previdência social, com 
reajustes periódicos que lhe preservem 
o poder aquisitivo, sendo vedada sua 
vinculação para qualquer fim; 
 
O disposto na norma é atendido, mas 
de forma inecifiente. 
Exemplo: 
Súmua Vinculante 37/2014: Não cabe 
ao Poder Judiciário, que não tem 
função legislativa, aumentar 
vencimentos de servidores públicos 
sob o fundamento de isonomia. 
 
A edição da súmula foi justamente 
evitar que decisões judiciais 
aumentassem o salário de uma 
categoria, sem conceder para outras. 
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Exemplo recente de ADIO: 
 
 O art. artigo 5º, XLI da CF/88 determina que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos 
direitos e liberdades fundamentais”. 
 Acontece que referida lei não foi editada para punir atos atentatórios à orientação sexual e à 
identidade de gênero. 
 Existe a lei 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, 
abrangendo “os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou 
procedência nacional.” 
 Veja que a lei excluiu a discriminação em razão da orientação sexual. 
 O STF, na ADIO 26, julgada em 2019, reconheceu o estado de mora inconstitucional e 
determinou que seja cientificado o STF para a colmatação (preenchimento) do estado de mora 
constitucional. 
 Enquanto a lei não for editada, o STF utilizou a técnica de interpretação conforme à Constituição 
para criminalizar as condutas homofóbicas e transfóbicas, nos termos da Lei 7.716/1989 (Lei 
do Racirsmo), até que seja editada a lei penal específica pelo Congresso Nacional. 
 
Procedimento – regra: mesmo da ADI. 
 
Procedimento – especial: 
 Cabe fungibilidade entre ADI e ADIO. 
 Lembrando que cabe fungibilidade entre ADI e ADC e entre ADI e ADPF. 
 Não cabe fungibilidade entre ADI e MI. 
 A petição inicial deverá mencionar a omissão. 
 Efeitos da cautelar (ver Bloco - Comparativos - ADI, ADC, ADIO, ADPF e ADI Interventiva). 
 
 
 
Seção I 
Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
 
Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os legitimados à propositura 
da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade. 
 
PROPONENTES DA ADIO = ADI + ADC 
 
Art. 12-B. A petição indicará: 
 
I - a OMISSÃO 
 inconstitucional 
 total ou parcial 
 quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de 
providência de índole administrativa; 
 
II - o PEDIDO, com suas especificações. 
 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso, será 
apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a 
alegação de omissão. 
 
Art. 12-C. A petição inicial 
 inepta, 
 não fundamentada, e a 
 manifestamente improcedente 
 serão liminarmente indeferidas pelo relator. 
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Parágrafoúnico. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. 
 
Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá desistência. 
 
Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que 
couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. 
 
Na ADIO, aplica-se no que couber os requisitos de admissibilidade e do procedimento da ADI. 
 
§ 1º Os demais titulares referidos no art. 2º desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, sobre o objeto da 
ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame da matéria, no prazo das informações, 
bem como apresentar memoriais. 
 
§ 2º O relator poderá solicitar 
 a manifestação do Advogado-Geral da União, 
 que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
§ 3º O Procurador-Geral da República, 
 nas ações em que não for autor, 
 terá vista do processo, 
 por 15 (quinze) dias, 
 após o decurso do prazo para informações. 
 
Seção II 
Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
 
Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, 
 o Tribunal, 
 por decisão da maioria absoluta de seus membros, 
 observado o disposto no art. 22, 
 poderá conceder medida cautelar, 
 após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão 
inconstitucional, 
 que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. 
 
Decisão de medida cautelar - ADIO 
Quórum de Instalação 
(para discutir se cabe MECA) 
Quórum de decisão 
(para decidir de fato se cabe MECA) 
Maioria qualificada 
(8 ministros) 
Maioria absoluta 
(6 ministros) 
 
§ 1º A medida cautelar poderá consistir na 
 suspensão da aplicação da lei ou do 
 suspensão do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, 
 bem como na suspensão de processos judiciais ou de 
 suspensão de procedimentos administrativos, 
 ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal. 
 
§ 2º O relator, 
 julgando indispensável, 
 ouvirá o Procurador-Geral da República, 
 no prazo de 3 dias. 
 
AGU – 15 dias 
PGR – 15 dias 
(se não for o autor) 
Medida liminar 
Agravo no prazo de 15 dias. 
Medida 
possíveis na 
liminar 
Liminar ADIO: 
 PGR 3 dias 
(AGU não tem). 
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§ 3º No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes 
judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma 
estabelecida no Regimento do Tribunal. 
 
Art.12-G. Concedida a medida cautelar, 
 o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do Diário Oficial da 
União e do Diário da Justiça da União, 
 a parte dispositiva da decisão 
 no prazo de 10 (dez) dias, 
 devendo solicitar as informações à autoridade ou ao órgão responsável pela 
omissão inconstitucional, 
 observando-se, no que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do 
Capítulo II desta Lei. 
 
Seção III 
Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
 
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, 
 com observância do disposto no art. 22, 
 será dada ciência ao Poder competente 
 para a adoção das providências necessárias. 
 
 
§ 1º Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, 
 as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 dias, 
 ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, 
 tendo em vista as circunstâncias específicas do caso 
 e o interesse público envolvido. 
 
Poder competente Órgão administrativo 
STF dará ciência 
para adoção das providências necessárias. 
Deve adotar as 
providências cabíveis em 30 dias. 
STF apenas declara que o Poder está em mora, 
sem estabelecer um prazo. 
- 
 
 Em se tratando do Legislativo, o STF apenas dá a ciência para o órgao realizar as provicências 
necessárias, sem estabelecer um prazo e sem realizar ato prestacional para sanar a omissão. No 
entanto, na ADIO 26 (criminalização da homofobia) a Corte adotou a teoria concretista direta, geral e 
com efeito vinculante. 
 O STF reconheceu o “estado de mora inconstitucional do Congresso Nacional na implementação da 
prestação legislativa destinada a cumprir o mandado de incriminação a que se referem os incisos XLI 
e XLII do art. 5º da Constituição, para efeito de proteção penal aos integrantes do grupo LGBT;”. 
 Nesse caso, o STF, apesar da ciência ao CN, não deu nenhum prazo para o órgão sanar a omissão. 
 E o que aconteceu? A Corte aplicou a técnica de interpretação conforme a Constituição e determinou a 
criminalização da homofobia nos moldes da Lei 7.716/89 (Lei do Racismo), até que o CN edite norma 
criminalizando o ato. 
 
§ 2º Aplica-se à decisão da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, no que couber, o disposto 
no Capítulo IV desta Lei. 
 
Poder 
competente 
Órgão 
administrativo 
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CAPÍTULO III 
DA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
 A ADC foi introduzida pela EC 03/1993. 
 Toda lei, em tese, possui presunção relativa (juris tantum) de constitucionalidade, tendo em vista que 
passa por um processo prévio de controle no legislativo, em especial, pela Comissão de Constituição e 
Justiça. 
 O objetivo da ADC é transformar a presunção relativa (juris tantum) em presunção asboluta (jure et de 
jure) de constitucionalidade. 
 ADC transforma juris tantum em jure et de jure. 
 O efeito da ADC, assim como ocorre na ADI, vincula os demais órgãos do Poder Judiciário e a 
Administração Pública, no entanto, não vincula o próprio STF, que pode alterar seu entedimento. 
 Cabe ressaltar que se uma ADI for julgada improcedente (efeito dúplice), a norma objeto do controle 
também passa a ter presunção absoluta de constitucionalidade. 
 Procedimento - regra: é o mesmo da ADI, tendo em vista o caráter ambivalente ou dúplice da ADI e 
ADC. 
 Procedimentos especiais: 
 Não há necessidade de manifestação do AGU. Pedro Lenza defende que pelo caráter ambivalente 
das duas ações, deveria o AGU também se manifestar. 
 Requisito extra da petição inicial: controvérsia judicial relevante. 
 Diferença de efeitos na concessão da cautelar (ver tabela comparativa). 
 
 
LEGITIMADOS 
Redação original da 
Lei 9.868/1999 
Alteração promovida pela 
EC 45/2004 e alterou a Lei 9.868/1999 ADI interventiva 
ADC ADI, ADC, ADIO e ADPF 
Presidente da República 
Mesa da Câmara dos Deputados 
Mesa do Senado Federal 
- 
- 
Procurador-Geral da República 
- 
- 
- 
- 
Presidente da República; 
Mesa do Senado Federal; 
Mesa da Câmara dos Deputados; 
Mesa de AL ou a Mesa da CL do DF; 
Governador de Estado ou do DF; 
Procurador-Geral da República; 
CFOAB; 
Partido político com representação no CN; 
Confederação sindical 
Entidade de classe de âmbito nacional. 
Procurador-Geral da 
República 
 
- 
 
- 
 
- 
 
- 
 
Seção I 
Da Admissibilidade e do Procedimento da 
Ação Declaratória de Constitucionalidade 
 
Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal: 
 
I - o Presidente da República; 
 
II - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
 
III - a Mesa do Senado Federal; 
 
IV - o Procurador-Geral da República. 
 
 A EC 45/2004 ampliou o rol de legitimados. 
 Os legitimados a propor a ADI, são os mesmos legitimados a propor a ADC, ADIO e ADPF. 
 
 
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Art. 14. A PETIÇÃO INICIAL indicará: 
 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido; 
 
II - o pedido, com suas especificações; 
 
III - a existênciade controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação 
declaratória. 
 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por 
advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos 
documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade. 
 
Art. 15. A petição inicial 
 inepta, 
 não fundamentada e a 
 manifestamente improcedente 
 serão liminarmente indeferidas pelo relator. 
 
 
Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial. 
 
Art. 17 - Vetado 
 
Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência. 
 
Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de constitucionalidade. 
 
Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, 
 será aberta vista ao Procurador-Geral da República, 
 que deverá pronunciar-se no prazo de 15 dias. 
 
Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos os Ministros, e 
pedirá dia para julgamento. 
 
§ 1º Em caso de 
 necessidade de esclarecimento de matéria ou circunstância de fato 
 ou de notória insuficiência das informações existentes nos autos, poderá o relator 
 requisitar informações adicionais, 
 designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou 
 fixar data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência 
e autoridade na matéria. 
 
§ 2º O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais Superiores, aos Tribunais federais e aos 
Tribunais estaduais acerca da aplicação da norma questionada no âmbito de sua jurisdição. 
 
§ 3º As informações, perícias e audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no 
prazo de 30 dias, contado da solicitação do relator. 
 
Agravo no prazo de 15 dias. 
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Seção II 
Da Medida Cautelar em Ação Declaratória 
de Constitucionalidade 
 
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, 
 por decisão da maioria absoluta de seus membros, 
 poderá deferir pedido de medida cautelar 
 na ação declaratória de constitucionalidade, 
 consistente na 
 determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento dos 
processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até 
seu julgamento definitivo. 
 
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, 
 o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da 
União 
 a parte dispositiva da decisão, 
 no prazo de 10 dias, 
 devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de 180 dias, 
 sob pena de perda de sua eficácia. 
 
CAPÍTULO IV 
DA DECISÃO NA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
E NA AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
Art. 22. A decisão sobre 
 a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo 
 somente será tomada se presentes na sessão 
 pelo menos oito Ministros. 
 
Art. 23. Efetuado o julgamento, 
 proclamar-se-á a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da disposição ou 
da norma impugnada 
 se num ou noutro sentido 
 se tiverem manifestado pelo menos seis Ministros, 
 quer se trate de ação direta de inconstitucionalidade ou de ação declaratória de 
constitucionalidade. 
 
Parágrafo único. Se não for alcançada a maioria necessária à declaração de constitucionalidade ou de 
inconstitucionalidade, estando ausentes Ministros em número que possa influir no julgamento, este será 
suspenso a fim de aguardar-se o comparecimento dos Ministros ausentes, até que se atinja o número 
necessário para prolação da decisão num ou noutro sentido. 
 
Art. 24. Proclamada 
 a constitucionalidade, 
 julgar-se-á improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; 
 e, proclamada 
 a inconstitucionalidade, 
 julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória. 
 
EFEITO DÚPLICE 
Declarada a norma constitucional Declarada a norma inconstitucional 
ADI – improcedente 
ADC - procedente 
ADI – procedente 
ADC - improcedente 
 
Efeito dúplice 
ou ambivalente 
da ADI e ADC 
Medida liminar 
Com liminar, 
deve julgar em 
180 dias. 
Quórum de 
instalação: 
8 ministros 
Quórum de 
decisão: 
6 ministros 
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Efeito repristinatório tácito 
 
 Se o STF declarar a inconstitucionalidade com efeitos retroativos (ex tunc), a legislação 
anteriormente revogada voltará a produzir efeitos (efeito repristinatório), desde que compatível com a 
Constituição. 
 A inconstitucionalidade torna a norma nula de pleno direito, nesse caso, uma lei nula não pode 
revogar uma lei válida. É como se a norma nula nunca tivesse existido. 
 
Art. 25. Julgada a ação, far-se-á a comunicação à autoridade ou ao órgão responsável pela expedição do 
ato. 
 
Art. 26. A DECISÃO 
 que declara a constitucionalidade 
 ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo 
 em ação direta ou em ação declaratória 
 é IRRECORRÍVEL, 
 ressalvada a interposição de embargos declaratórios, 
 não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
 
Decisão de constituicionalidade ou inconstitucionalidade 
Irrecorrível. 
Cabe 
embargos declaratórios. 
Não pode ser objeto de ação 
rescisória. 
 
Segundo STF (ADI 2791): É cabível a oposição de embargos de declaração para fins de modulação dos 
efeitos de decisão proferida em ação direta de inconstitucionalidade, ficando seu acolhimento 
condicionado, entretanto, à existência de pedido formulado nesse sentido na petição inicial. 
 
 
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Art. 27. Ao DECLARAR 
 a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, 
 e tendo em vista razões de 
 segurança jurídica ou de excepcional interesse social, 
 poderá o Supremo Tribunal Federal, 
 por maioria de 2/3 de seus membros, 
 restringir os efeitos daquela declaração ou 
 decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado 
 ou de outro momento que venha a ser fixado. 
 
Efeitos da decisão 
REGRA Exceção 
Ex tunc. 
Pode ocorrer a modulação de efeitos: 
 Ex tunc, mas sem retroagir à origem; 
 Ex nunc, a partir da decisão; 
 Pro futuro. 
 Apesar da modulação de efeitos ser um instituto próprio das ações de controle concentrado, o 
STF vem admitindo, de forma excepcional, a sua utilização em sede de controle difuso-concreto, 
em especial, no julgamento de recursos extraordinários, tendo como fundamento razões de 
segurança jurídica ou de interesse social.1 
 O Supremo Tribunal Federal também admite a modulação de efeitos no controle de recepção de 
normas pré-constitucionais (AI 582280). 2 
 “Não parece haver dúvida de que, tal como já exposto, a limitação de efeito é decorrência do 
controle judicial de constitucionalidade, podendo ser aplicado tanto no controle direto quanto no 
controle incidental”. 3 
 Nos termos da jurisprudência do STF (AI 641.798): 
 
“Em princípio, a técnica da modulação temporal dos efeitos da decisão reserva-se ao 
controle concentrado de constitucionalidade, em face de disposição expressa. Nao obstante, 
e embora em pelo menos duas oportunidaes o STF tem aplicado a técnica de modulação dos 
efeitos da declaração de inconstitucionalidade no controle difuso de constitucionalidade das 
leis, é imperioso que a presente Corte o fez em situações expremas, caracterizadas 
inequivocamente pelo risco à segurança jurídica ou intresse social.” 
 
1 - BARROSO, Luís Roberto. Controle de constitucionalidade no direito brasileiro, p. 127. 
1 - NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional2017 
2 - http://www.stf.jus.br/arquivo/informativo/documento/informativo442.htm#transcricao1 
3 - Curso de direito constitucional / Gilmar Ferreira Mendes e Paulo Gustavo Gonet Branco. – 11. ed. – São Paulo : 
Saraiva, 2016. – (Série IDP) página 1063 
 
Art. 28. Dentro do prazo de 10 dias após o trânsito em julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal 
fará publicar em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva do 
acórdão. 
 
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, 
 inclusive a interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de 
inconstitucionalidade sem redução de texto, 
 têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder 
Judiciário 
 e à Administração Pública federal, estadual e municipal. 
 
Efeitos 
prospectivos 
ou 
modulação 
de efeitos 
(2/3) 
Eficácia erga 
omnes 
 (contra todos), e 
efeito vinculante. 
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Decisões que têm efeito vinculante: 
 Ações de controle concentrado e abstrato: ADI, ADC, ADIO, ADPF; 
 Interpretação conforme a Constituição realizadas pelo STF; 
 Declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto realizadas pelo STF; 
 Declaração parcial de inconstitucionalidade com redução de texto (na verdade, é uma das 
hipóteses do resultado em uma ADI ou ADC); 
 Súmula vinculante; 
 Decisões em controle difuso realizadas pelo STF com declaração de efeito vinculante e erga 
omnes (abstrativização do controle difuso). 
 
 
EFEITOS DA DECISÃO 
Em relação às pessoas Em relação ao tempo Em relação aos órgãos 
Erga omnes 
(contra todos) 
Em regra, efeito ex tunc (retroage), mas 
pode usar modulação de efeitos. 
Demais órgãos do Poder Judiciárioe à 
Administração Pública federal, estadual 
e municipal. 
 
 
 Do ato que contrariar a decisão do STF, cabe reclamação para a preservação de sua competência e 
garantia da autoridade de suas decisões. (art. 102, I, l, da CF/88). 
 Nos termos do CPC/2015: 
 
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: 
 
I - preservar a competência do tribunal; 
II - garantir a autoridade das decisões do tribunal; 
III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de decisão do Supremo 
Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade; 
V – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de resolução 
de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO V 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E FINAIS 
 
Art. 29. O art. 482 do Código de Processo Civil fica acrescido dos seguintes parágrafos: 
 
"Art. 482. ........................................................................... 
§ 1º O Ministério Público e as pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato questionado, se assim 
o requererem, poderão manifestar-se no incidente de inconstitucionalidade, observados os prazos e condições fixados no 
Regimento Interno do Tribunal. 
§ 2º Os titulares do direito de propositura referidos no art. 103 da Constituição poderão manifestar-se, por escrito, sobre 
a questão constitucional objeto de apreciação pelo órgão especial ou pelo Pleno do Tribunal, no prazo fixado em 
Regimento, sendo-lhes assegurado o direito de apresentar memoriais ou de pedir a juntada de documentos. 
§ 3º O relator, considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá admitir, por despacho 
irrecorrível, a manifestação de outros órgãos ou entidades." 
 
Art. 30. O art. 8º da Lei nº 8.185, de 14 de maio de 1991, passa a vigorar acrescido dos seguintes 
dispositivos: 
 
"Art.8º ............................................................................. 
 
I - ..................................................................................... 
........................................................................................ 
n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica; 
....................................................................................... 
 
§ 3º São partes legítimas para propor a ação direta de inconstitucionalidade: 
 
I- o Governador do Distrito Federal; 
II - a Mesa da Câmara Legislativa; 
III - o Procurador-Geral de Justiça; 
IV - a Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Distrito Federal; 
V - as entidades sindicais ou de classe, de atuação no Distrito Federal, demonstrando que a pretensão por elas 
deduzida guarda relação de pertinência direta com os seus objetivos institucionais; 
VI - os partidos políticos com representação na Câmara Legislativa. 
 
§ 4º Aplicam-se ao processo e julgamento da ação direta de Inconstitucionalidade perante o Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e Territórios as seguintes disposições: 
 
I - o Procurador-Geral de Justiça será sempre ouvido nas ações diretas de constitucionalidade ou de 
inconstitucionalidade; 
II - declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma da Lei Orgânica do 
Distrito Federal, a decisão será comunicada ao Poder competente para adoção das providências necessárias, e, 
tratando-se de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias; 
III - somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou de seu órgão especial, poderá o Tribunal de 
Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Distrito Federal ou suspender a sua 
vigência em decisão de medida cautelar. 
 
 
§ 5º Aplicam-se, no que couber, ao processo de julgamento da ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo do Distrito Federal em face da sua Lei Orgânica as normas sobre o processo e o julgamento da ação direta de 
inconstitucionalidade perante o Supremo Tribunal Federal." 
 
Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
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Regras particulares do processo de controle concentrado 
 em relação a outras ações judiciais 
 
 Inexistência de prazo recursal em dobro ou diferenciado para contesta ou interpor RE; 
 
 Inexistência de prazo prescricional ou decadencial (enquanto existir o vício de 
inconstucionalidade, pode ajuizar a ação); 
 
 Não cabe intervenção de terceiros (assistência jurídica, denunciação da lide, chamamento ao 
processo); 
 
 Vedado a desistência da ação e de medida cautelar; 
 
 Inexistência de recurso contra a decisão que declara a constitucionalidade ou inconstitucionalidade 
da lei, exceto embargo declaratório; 
 
 Não cabe ação rescisória para descontituir a sentença proferida em sede de controle concentrado; 
 
 STF não está vinculado a causa de pedir (pode decidir além do que foi pedido, inclusive, 
declarando outra norma constitucional ou inconstitucional). No entanto, lembre-se, causa de pedir 
é um dos fundamentos obrigatórios da petição inicial, se não tiver, será considerada inepta. 
 
 
Embargo Declaratório – CPC 2015 
 
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: 
 
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; 
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; 
III - corrigir erro material. 
 
Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, 
contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo. 
 
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
 
 
Inconstitucionalidade 
FORMAL / NOMODINÂMICA 
(dinâmico, tem M = formal) 
Vício no devido processo 
legislativoMATERIAL / NOMOESTÁTICA 
(material, tem E = estática) 
Vício de matéria, 
de conteúdo 
 
 STF admite a fungibilidade entre ADI e ADO (pode ingressar com uma ADI e, faltanto pressupostos, 
receber como ADO). Ou o contrário. 
 Cabe fungibilidade entre ADI e ADPF (pode ingressar com uma ADI e, faltando pressupostos, o STF 
receber como ADPF). Ou o contrário. 
 STF entendeu inexistente a fungibilidade da ADO com o mandado de injunção, tendo em vista a 
diversidade de pedidos. 
 
Fungibilidade 
ADI e ADO ADI e ADPF 
Não há na 
ADIO e mandado de injunção. 
 
 
 
 
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Quadro comparativo ADIO e MI 
 
ADIO Mandado de injunção 
Lei 9.8681/1999: a finalidade da ADIO é combater uma 
omissão inconstitucional 
 total ou parcial 
 quanto ao cumprimento de dever constitucional de legislar 
ou quanto à adoção de providência de índole administrativa. 
Art. 5º da CF/88: LXXI - conceder-se-á mandado de injunção 
sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania; 
Combate o que a doutrina e o STF chama de 
síndrome de inefitividade 
das normas constitucionais. 
Combate o que a doutrina e o STF chama de síndrome de 
inefitividade 
das normas constitucionais. 
Objetivo é fornecer efetividade às normas constitucionais 
de eficácia limitada. 
Objetivo é fornecer efetividade às normas constitucionais de 
eficácia limitada. 
O controle é realizado de forma 
concentrada. 
O controle é realizado de forma 
difusa. 
Cabe liminar. Não cabe liminar. 
Processo constitucional objetivo. Processo constitucional subjetivo. 
Legitimidade ativa: 
 
Presidente da República; 
 
Mesa do Senado Federal; 
Mesa da Câmara dos Deputados; 
Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa 
do Distrito Federal; 
 
Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
 
Procurador-Geral da República; 
 
Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
 
Partido político com representação no Congresso Nacional; 
 
Cconfederação sindical ou 
entidade de classe de âmbito nacional. 
 
Legitimidade ativa: 
 
MI individual: 
Qualquer pessoa cujo direito esteja inviabilizado pela ausência 
de norma regulamentadora. 
 
MI coletivo: 
Ministério Público, quando a tutela requerida for especialmente 
relevante para a defesa da ordem jurídica, do regime 
democrático ou dos interesses sociais ou individuais 
indisponíveis; 
 
PP com representação no CN, para assegurar o exercício de 
direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou 
relacionados com a finalidade partidária; 
 
Organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano 
(....). 
 
Defensoria Pública, quando a tutela requerida for especialmente 
relevante para a promoção dos direitos humanos e a defesa dos 
direitos individuais e coletivos dos necessitados, na forma do 
inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal . 
Efeitos erga omnes e ultrapartes. 
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e 
produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. 
§ 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou erga omnes 
à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício 
do direito, da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. 
§ 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser 
estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do 
relator. 
Quando a omissão é da Administração, o STF comunica e 
dá o prazo de 30 dias para sanar a omissão. 
Quando a omissão é do Legislativo, em sum função típica 
de legislar, o STF comunica, mas não há especificação de 
prazo legal. O STF, no entanto, vem dando prazos razoáveis 
(em uma ADIO já deu 2 anos). 
 Legislador adotou com regra  posição concretista 
intermediária geral, individual ou coletiva (Julgando 
procedente o mandado de injunção, o Judiciário fixa ao 
órgão omisso prazo para elaborar a norma regulamentadora. 
Se o órgão não elabora no prazo definido, o Judiciário 
decide. 
 STF já adotou em alguns dos seus julgados a posição 
concretista direta (A concessão da ordem no MI 
“concretiza” o direito de forma direta, não dependendo da 
atuação do órgão omisso, até que a norma regulamentadora 
venha a ser regulamentada. É como se a decisão judicial 
fosse uma lei (judiciário como legislador positivo). 
 
 Legitimados em comum da ADIO com o MI 
coletivo: PP com representação no CN, organização 
sindical e entidade de classe. 
 Veja que associação não é legitimada na ADIO. 
 Na ADIO é somente o PGR. Na MI é o MP.

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