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CORREÇÃO COMPLETA O Cinema como instrumento de conscientização democratica no ambiente Escolar

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO
ANA PAULA MENDES MOTTA DE SOUZA 
O CINEMA COMO INSTRUMENTO DE CONSCIEÊNTIZAÇÃO DEMOCRÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR: UMA ABORGADEM SOBRE OS FILMES MARIGHELLA E BATISMO DE SANGUE
JOÃO MONLEVADE, MG 
2023
UNIVERSIDADE ESTÁCIO
Ana Paula Mendes Motta de Souza 
O CINEMA COMO INSTRUMENTO DE CONSCIEÊNTIZAÇÃO DEMOCRÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR: UMA ABORGADEM SOBRE OS FILMES MARIGHELLA E BATISMO DE SANGUE
Dissertação apresentada à Universidade Estácio de Sá, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil, para obtenção do título de Mestre em História do Brasil.
JOÃO MONLEVADE 
2023
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
	SOUZA, Ana Pala Mendes Motta de 
Cutter O CINEMA COMO INSTRUMENTO DE CONSCIEÊNTIZAÇÃO DEMOCRÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR: UMA ABORGADEM SOBRE OS FILMES MARIGHELLA E BATISMO DE SANGUE / Ana Paula Mendes Motta de Souza – João Monlevade – 2023. 00 f. : il. 
 
Dissertação (Mestrado) – Faculdade Estácio de Sá – Campus João Monlevade, 2023. Orientador: Titulação. Nome completo. 
Bibliografia 
Palavra-chave: 1. Educação. 2. Cinema 3. Democracia 
Faculdade Estácio de Sá – Campus João Monlevade.
Ana Paula Mendes Motta de Souza 
Dissertação apresentada à Universidade Estácio de Sá, como parte das exigências do Programa de Pós-Graduação em História do Brasil, para obtenção do título de Mestre em História do Brasil.
Aprovado em , de 2023.
BANCA EXAMINADORA
Dedico este trabalho ao meu amado pai, Paulo Assis de Souza (in memoóriam), e ao professor Doutor Tiago de Melo Gomes (in memoóriam) por terem sido exemplos de seres humanos em minha vida. 
Agradeço imensamente a minha mãe, irmãs, cunhados e sobrinhos pelo apoio durante o processo e pelas horas em que não estive presente em suas vidas, por estar dedicada aos estudos. Aos ex-alunos e amigos, Cristóvão Borba e Alexandre de Almeida, por estarem constantemente incentivando a continuidade dos estudos e acreditarem ser eu, a melhor professora de História de suas vidas. ÀAs minhas amigas Zeide Dutra, Erika Cerqueira, Cinara Carvalho e Maira Castro por serem exemplos de pessoas, profissionais e acreditarem em mim, mesmo quando eu estava repleta de dúvidas. Aos meus mestres do curso de História, no Unileste-MG, em especial ao Roberto Abdala e Miguel Lopes, com quem tanto aprendi e aprendo sobre Cinema aplicado a educação;, a Betzaida Mata, por ter me ensinado – me a compreender o real sentido da arte;, ao doutor Tiago de Melo Gomes (in memoriam), meu orientador da graduação; e ao doutor Erisvaldo Santos, pelo aprendizado durante o projeto de iniciação cientifica. Ao Davidson Oliveira, por todas as horas de lamentações durante esse processo do mestrado e pelo incentivo. Por fim, aos alunos com os quais tive a honra de aprender ao longo de minha carreira e amigos com os quais não estive presente durante o desenvolvimento desta dissertação.
“Viver sem conhecer o passado, é viver no escuro”. 
(Filme: Uma História de Amor e Fúria)
RESUMO
Esta dissertação O presente artigo visa traçar uma abordagem pedagógica do Cinema como instrumento de conhecimento, acerca da História Brasileira, especialmente por meio de filmes que retratam demonstrando a luta por democracia, durante o período Civil Militar (1964 a 1985). Uma pequena abordagem da sua história, seu lugar de magia, entretenimento, conhecimento e produto de arte é necessáriasão necessários aos docentes, para a fim de que possam utilizar o cinema de forma satisfatória em sala de aula utilização desta arte, como de outras ditas como tradicionais. Os filmes analisados serão:em questão, “Marighella”, do diretor Vagner Moura, lançado de 2021;, e “Batismo de Sangue”, lançado em 2006, dirigido por Helvécio Ratton.
Palavras Chaves: Educação, Cinema e Democracia
ABSTRACT
This article aims at a pedagogical approach to Cinema as an instrument of knowledge about Brazilian History, demonstrating the struggle for democracy during the Civil-Military period (1964 to 1985). A small approach to its history, its place of magic, entertainment, knowledge and art product are necessary for teachers, for the use of this art, as well as others said to be traditional. The films in question, Marighella, by director Vagner Moura, released in 2021, and Baptism of Blood released in 2006, directed by Helvécio Ratton.
Key Words: Education, Cinema and Democracy
Sumário
RESUMO	10
ABSTRACT	10
Introdução	12
1.Cinema	14
1.1História do Cinema Mundial	14
1.2 Cinema no Brasil	20
1.3 	Os desafios do estudo da História na contemporaneidade:	31
2.O Cinema como prática pedagógica sendo o agente de transformação e representação social	40
2.1 Estratégia pedagógica	42
3.História do Brasil	46
Entendendo o período de ditadura Civil Militar no Brasil	46
4.As personalidades das películas	62
4.1Wagner Moura	62
4.2Helvécio Luis de Amorim Ratton	63
4.3 MarighelaMarighella uma história real	64
4.4 História de Frei Betto	74
4.5 Frei Tito sua história	79
4.6 Frei Ivo sua história	81
4.7 Frei Oswaldo sua história	82
4.8 Frei Fernando sua história	82
4.9 Ordem Dominicana	83
5 Sinopse dos Filmes	85
5.1 Marighella O Filme	85
5.2 Filme Batismo de Sangue	92
Considerações finais.	101
REFERÊNCIAS	102
Introdução 
Esta dissertaçãoO presente artigo de conclusão do Mestrado em História do Brasil, abordando os filmes “Marighella” (2021 – estilo: Drama, Biografia, Histórico) e “Batismo de Sangue” (2006 – estilo: Drama), aqui entendidos como arte e instrumento pedagógico., Cconsiderando as atuais conjunturas de crescimento mundial de linhas de extrema direita e de apelo por governos ditadores, estse trabalho objetiva orientar docentes a aproveitar os recursos audiovisuaispelículas de modo a despertar nos discentes o espíirito democrático e o repúudio a todo modo de repressão e ditaturas. É Como também uma contribuiçãomaneira para desmistificar a ideia do brasileiro pacíifico, que não questiona, não luta por seus direitos, aquela ideia do homem cordial e pacato. pacifico, quebrando destes paradigmas.	Comment by Pedro Tito Teodoro da Mata: SUGIRO EXCLUIR "quebrando destes paradigmas", quando você fala lá em cima em desmistificar isso já fica claro. 
NesteNeste estudoartigo, questões em torno de ser o cCinema uma cultura de massas, cultura industrial, dentre outraos, não foram colocadas como questões principais,. eE sim, o cCinema como arte, como instrumento pedagógico facilitador do aprendizado e meio de informação cultural. É claro que considerar um filme como produto de mercado é importante para compreendê-lo em um contexto mais amplo, porém, enxergá-lo em sua dimensão artística e educativa, para além da dimensão mercadológica, é essencial ao docente e ao discente no processo de construção do conhecimento. 
Os filmes aqui analisados em questão, servem como apoio para a História Púublica, a História do Tempo presente e os novos desafios de ensinar História em um mundo aáudio visual, para além das paredes das salas de aulas. Para fFalar sobre a importância de compreender o cinema como arte e como, misturado a produção cultural, e de conhecer a sua um pouco da história do Cinema e nnão apenas , na condição de produto como produção da indúustrial cultural, o professor precisa ler o filme em suas especificidades, ou seja, compreender o contexto que foi feito para além da película propriamente dita. Outro ponto importante é entendercompreender o contexto histórico envolvido no filme para um melhor aproveitamento desste instrumento pedagógico. Devemos considerar, ainda, Considerando o fato de muitos professores da Educação Básica , trabalharem toda a Históriaa Humana (Geral e do Brasileira), o que implica, levando assim, muitas vezes, a restrição de saberes profundos acerca de certos períodos históricos. 	Comment by Pedro Tito Teodoro da Mata: DÚVIDA: O contexto histórico que o enredo do filme aborda ou o contexto histórico em que o filme foi produzido?	Comment by PedroTito Teodoro da Mata: Modifiquei para que os termos fiquem de acordo com a nomenclatura. Como a história é o estudo das sociedades humanas, História Humana é considerado pleonasmo. 
Os filmes analisados –, Marighella (2021), do diretor Wagner Moura e roteiro de produção desendo Felipe Braga, tendo o ator e cantor Seu Jorge no papel de Marighella; e o filme Batismo de Sangue (2006), com de roteiro de Dani Patarra, Helvécio Ratton e direção de Helvécio Ratton, tendo Caio Blat no como Frei Tito; e no papel de Frei Betto o ator Daniel de Oliveira – r. Retratam o período Ditatorial Brasileiro 1964 a 1985, demonstrando a luta de vários setores da sociedade contra a Ditadura Civil Militar. Ambos os filmes são baseados em obras da literatura nacional:, o primeiro, no livro “Marighella”, do jornalista Mário Magalhães (2012); e o segundo, no livro “Batismo de Sangue –- Os dominicanos e a morte de Carlos Marighella” (1982), de autoria de Frei Beto., sendoAmbos os livros são premiados os dois livros premiados. 
Este trabalho discorre sobre os desafios de lecionar História contemporânea, dialogando com no tangente as práticas pedagógicas discutidas por, Duarte (2002), Teixeira e Lopez (2003), Ferreira (2014), Abdala Junior (2020); e considerando as legislaçãoões vigentes no país,, especificamente a Constituição Federal (1988), a LDB (1996) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018).
Dentre os referenciais teóricos que norteiam este estudo, estão os autoresA compreensão da História do Cinema Mundial e Brasileiro em diálogos com Tthebas (s. d.), Ddutra (2019), Vveschi (2019), Mmarques (s.d), Mmurari (2017), Kkreutz (2019), Ssena (2020), Mmonteiro (2021), além do e site oficials da ANCINE e do site Papo de Cinema, com os quais estabelecemos um diálogo acerca da compreensão da História do Cinema Mundial e Brasileiro estão entre os referencias teóricos. 
UPara uma revisão histórica do período da Ditadura Civil Militar (1964 a 1985), a maioria das referências estão disponíveis em sites tais como como Memórias da Ditadura, História do Mundo, Planalto, Senado e YouTube, o que possibilita fácil acessondo a docentes e discentes acesso fácil, como Memorias da Ditadura, História do Mundo, Planalto, Senado e YouTube. Para lidar com os aspectos relativos à biografiaNa parte biográfica dos personagens principais, tomamos como base os autores a base Mata (2011) e , Teixeira (2014), além dos sites Memórias da Ditadura, Comissão da Verdade e das obras publicadas dede Marighella e Frei Betto. Esses, juntamente , constituindo assim o referencial teórico, incluindo as análises dos filmes disponíveis nos sites da ANCINE e, Papo de Cinema, constituem o referencial teórico deste trabalho. 
1.Cinema 
1.1História do Cinema Mundial
O cCinema desperta o imaginário da população, desde a mais tenra infância, uma mistura de imagens em movimentos, sons, histórias reais ou fictícias, que emocionam, instruem e divertem os apaixonados por essa que é, conhecida como a sétima arte. Segundo Veschi (2019), em dicionário de etimologia, a palavra – que originalmente era “cinematógrafo” – possui raízes no grego,, Kínema, que expressa a ideia de movimento e é associada ao verbo Kinein (, mover);, e Graphein, referindo-se àa gravação aplicável em qualquer campo ou meio. E a criação do Cinema foi possível devido a invenções anteriores, 
“(...) de um ponto de vista técnico, houve dois avanços prévios determinantes: a invenção da fotografia na década de 1830 e os rolos de filme de celulóide no final da década de 1880. Por outro lado, no final do século XIX, camadas sociais de diversos tipos buscavam novas formas de diversão. (...)Em 1911, o jornalista italiano Riccioto Canudo publicou o "Manifesto das Sete Artes" e, desde então, a cinematografia passou a ser considerada a sétima arte. A criação dos irmãos Lumiére é uma mistura de várias criações artísticas: o roteiro, o cenário, o figurino, a fotografia, a interpretação e a música. Estas e muitas outras peças são combinadas pelo diretor e acabam tornando a projeção de um filme para satisfazer o espectador. Os gêneros tradicionais do teatro (tragédia, comédia e drama) acabaram diversificando-se nos longa-metragem. Nas telas grandes cabem de tudo: terror, aventura, western, fantasia, musical, ciência ficção, animação, comédia ou pornografia.” VESCHI (2019)
Segundo Thebas (s d), a história do Cinema remete-se ao pré-cinema, como os Teatros de Sombras, na China Antiga, há cerca de 5 mil anos atrás.C. 
“(...) Ao longo de séculos, inventos, ideias e dispositivos foram desenvolvidos e convergidos para delinear os princípios que criaram tecnicamente o cinema. Luz e sombra, reflexão e refração, os estudos da óptica e cinética, aliados à fisiologia do olho humano, constituíram os elementos formadores para a técnica cinematográfica... a primeira “tecnologia cinematográfica” desenvolvida (primeiramente por Leonardo Da Vinci no século XV, e depois por Giambattista Della Porta no século XVI) foi a “Câmara Escura”. Esse aparato consistia em uma caixa fechada com um pequeno orifício coberto por uma lente que permitia a entrada de luz. Assim, a imagem dos objetos exteriores é projetada no interior da caixa (de forma invertida). Trata-se da primeira grande descoberta da fotografia, uma vez que o princípio da propagação retilínea da luz permite que os raios luminosos que atingem o objeto e passam pelo orifício da câmara sejam projetados em um anteparo fotossensível na parede da caixa paralela ao orifício, fixando sua imagem. No século seguinte, o alemão Athanasius Kirchner se baseia na Câmara Escura para criar a “Lanterna Mágica”, que funciona no sentido oposto à tecnologia do italiano Della Porta. O aparelho é composto por uma caixa cilíndrica iluminada por dentro com uma vela que projeta imagens desenhadas em uma lâmina de vidro. É o primeiro aparelho destinado a projeções coletivas, onde um narrador, algumas vezes com acompanhamento musical, se encarregava de contar histórias. A lanterna mágica se tornou uma grande atração em feiras urbanas, e também foi muito utilizada no ambiente acadêmico. ... Em 1832, Joseph-Antoine Plateau criou o Fenacistoscópio, o instrumento apresentava várias figuras de um mesmo objeto em posições diferentes desenhadas em um disco, de forma que ao girá-lo, essas imagens passavam a formar um movimento (...) aparecem aparelhos como o Praxinoscópio e o Fuzil Fotográfico. O primeiro, construído em 1877 pelo francês Charles Émile Reynaud, consistia num aparelho de formato circular no qual imagens se sucediam e criavam a sensação de que estavam se movendo. Inicialmente o uso da máquina era reservado ao ambiente doméstico, mas em 1888 Reynaud conseguiu aumentar seu tamanho tornando possível projetar desenhos para plateias maiores, performances essas que ficaram conhecidas como “teatro ótico”. Essas projeções alcançaram um enorme sucesso e a máquina só foi superada pela invenção dos irmãos Lumière. (...)” (THEBAS s.d)
Na abordagem acerca do cCinema como o conhecemos, Thebas (s. d.), destaca o aperfeiçoamento, por parte dos irmãos Lumière, de tecnologias existentes e como os irmãos popularizaram a arte de imagens em movimentos. 
“(...)Alguns dizem que o cinema de fato teve início com o Cinetoscópio. Em 1890, o norte-americano Thomas Edison, que já havia inventado o filme perfurado e uma película de celulóide capaz de fixar as imagens e projetá-las através de lentes, produz e exibe uma série de filmes curtos no que seria o primeiro estúdio de cinema, o Black Maria em West Orange. Esses pequenos filmes não eram projetados em uma tela grande, mas sim no interior de uma máquina, o Cinetoscópio, um instrumento individual onde se assistiam filmes de até 15 minutos. (...) No ano de 1895, os irmãos Lumière criaram, a partir do aperfeiçoamento do Cinetoscópio, o Cinematógrafo (de onde se originou o termo cinema). O aparelho desenvolvido por eles, filhos de um fotógrafo e proprietário de uma indústria de filmes e papéis fotográficos, é o ancestral da filmadora. Era movido à manivela e utilizava negativosperfurados. Como era leve, o instrumento facilitava filmagens externas e, ao longo dos anos os irmãos usaram a câmera para fazer mais de mil curtas-metragens, a maioria dos quais retratava cenas da vida cotidiana. Desta maneira, o invento dos irmãos franceses superou os concorrentes e transformou-se no aparelho preferido daqueles que desejavam registrar imagens em movimento. A sua primeira exibição, “La Sortie de l’unsine Lumière à Lyon” (A saída da Fábrica Lumière em Lyon) aconteceu no dia 22 de março de 1895 no Grand Café Paris para uma pequena plateia, mas foi um grande passo para um novo rumo na indústria do entretenimento. Os primeiros filmes representavam cenas cotidianas e cativavam cada vez mais públicos fascinados com a tecnologia “moderna”. (THEBAS s.d)
A princípio, o cinema funcionou como uma espécie de relato do cotidiano, que Thebas (s. d.), em seu artigo, chama de "teatro filmado". Nesse mesmo texto, o autor e ressalta que no mesmo artigo serem os “dois pioneiros do cinema vão utilizar as câmeras para contar histórias, criar técnicas e narrativas que somente seriam possíveis com este aparelho. Eles são Alice Guy-Blaché (1873-1968) e Georges Méliès (1861-1938).”
Dutra (2019), por sua vez, apresentaborda em seu artigo, uma pequena biografia dea Alice Guy- – Blaché, seus primeiros passos como diretora cinematográfica e seu papel como feminista, demonstrando, assim, o perfil democrático do cCinema. 
“(...)Junto à equipe da Gaumont, Alice Guy foi convidada a presenciar a mágica do primeiro cinematógrafo desenvolvido pelos irmãos Lumière. O dispositivo, revolucionário para a época, funcionava como câmera e projetor ao mesmo tempo. Enquanto assistia às cenas de La Sortie de l’usine Lumière à Lyon (“A saída das usinas Lumière em Lyon“), seus olhos anteviram o potencial da nova tecnologia. Filha de um vendedor de livros. Alice sempre havia sido acostumada a ler e chegou a praticar teatro durante algum tempo. A familiaridade com a narrativa fez com que lançasse um novo olhar sobre o cinema. Ela decidiu transformá-lo em um veículo para contar histórias. (...) Foi assim que, em 1896, Alice lança o primeiro filme de não-ficção do mundo. La Fée aux choux (“A Fada do Repolho”), com duração de apenas um minuto, foi escrito, produzido e dirigido por ela. (...)o primeiro filme de Alice Guy traz cenários, cortes, efeitos especiais e uma narrativa, ainda que breve. Ele é baseado em uma antiga lenda francesa, segundo a qual bebês meninos nascem de repolhos, enquanto as meninas nasceriam de rosas. (...) Desde muito cedo, a diretora tinha paixão por explorar a arte que acabava de surgir. Foi assim que, ainda no início do século passado, viria a criar uma linguagem cinematográfica que anos depois se tornaria um clichê: o uso de close-ups em cena para garantir efeito dramático. (...) Já nos Estados Unidos, Alice cria a sua própria empresa, a Solax, em 1910. As primeiras produções foram um sucesso e, em 1912, ela já era a única mulher ganhando mais de 25 mil dólares ao ano no país. Com o sucesso, constrói seu próprio estúdio em Fort Lee, no valor de 100 mil dólares – o que equivale a um investimento de 3 milhões de dólares atualmente. (....) O estúdio administrado por Alice logo se tornaria o maior dos Estados Unidos. Em uma entrevista realizada ainda em 1912, a diretora causou ao dizer aos jornais que as mulheres já estavam preparadas para votar – o que só se tornaria realidade no país em 1920. (...) Em 1922, os diretores se separam oficialmente e Alice volta para a França, mas percebe que seu trabalho já havia sido esquecido no país. Com a falta de apoio, a pioneira não consegue produzir novos filmes e passa a se dedicar a escrever histórias infantis, usando pseudônimos masculinos.” DUTRA (2019)
Sobre Uma pequena biografia sobre Georges Méliès, existe um site oficial (https://www.melies.eu/English.html) queno site Mileis. apresenta uma breve biografia do cineasta. Nela, é relatado que desdeEu, relata seu interesse desde criança ele já demonstrava interesse pelas artes, com um interesse particular pela cenografia e pelas marionetes. 
Em 1895, ele estava presente na foi membro da plateia, em queonde os irmãos Lumière apresentaram seu invento. , Méliès ficou encantado, iniciando, assim, seu caminho pela sétima arte. 
“(...) Quando os irmãos Lumière revelaram seu Cinématographe ao público em 28 de dezembro de 1895, Méliès foi um membro da plateia. O que ele testemunhou claramente teve um efeito profundo sobre ele. Depois do show, ele se aproximou dos Irmãos Lumière com o objetivo de comprar sua máquina - eles recusaram. Determinado a investigar imagens em movimento, Méliès procurou Robert Paul em Londres e viu sua câmera - projetor construindo o seu próprio, logo depois. Ele foi capaz de apresentar sua primeira exibição de filme em 4 de abril de 1896. Méliès começou exibindo filmes de outros povos - principalmente aqueles feitos para o Cinescópio, mas em poucos meses ele estava fazendo e mostrando seu próprio trabalho, seus primeiros filmes sendo um rolo, uma cena de vista durando cerca de um minuto. A principal contribuição de Méliès para o cinema foi a combinação de elementos teatrais tradicionais ao cinema - ele procurou apresentar espetáculos de um tipo não possível no teatro ao vivo. No Outono de 1896, ocorreu um evento que, desde então, passou para o folclore cinematográfico e mudou a forma como Méliès olhava para o cinema. Enquanto filmava uma simples cena de rua, a câmera de Méliès emperrou e levou alguns segundos para corrigir o problema. Pensando não mais no incidente, Méliès processou o filme e ficou impressionado com o efeito que tal incidente teve na cena - objetos apareceram de repente, desapareceram ou foram transformados em outros objetos. Méliès descobriu a partir deste incidente que o cinema tinha a capacidade de manipular e distorcer o tempo e o espaço. Ele expandiu suas ideias iniciais e criou alguns efeitos especiais complexos. Ele foi pioneiro na primeira exposição dupla (La caverne Maudite, 1898), a primeira tela dividida com artistas atuando em frente a si mesmos (Un Homme de tete, 1898), e a primeira disso dissolveção (Cendrillon, 1899). Méliès abordou uma ampla gama de assuntos, bem como os filmes de fantasia geralmente associados a ele, incluindo filmes publicitários e dramas sérios. Ele também foi um dos primeiros cineastas a apresentar nudez na tela com "Apres le Bal". Diante de um mercado em declínio quando a novidade de seus filmes começou a passar, Méliès abandonou a produção cinematográfica em 1912. Em 1915, ele foi forçado a transformar seu estúdio inovador em um Variety Theatre e retomou sua carreira pré-filme como showman. (...).”(MÉLIÈS, George. Website Oficial, s.d.s.d)
No início dos anos 1900, o cinema estava presente em vários continentes, e despertava interesse de inúmeros grupos sociais, servindo não apenas como objeto de captura do tempo presente, mas como instrumento de reflexão acerca do passado. Produções como as de Charles Chaplin, utilizavam-se de narrativas históricas e serviam comode críticas àas questões sociais em contexto amplo, a exemplo do consagrado Tempos Modernos (1936), muito apreciado por várias gerações, incluindo os jovens contemporâneos, pela maneira divertida cdomo personagem Carlitos (Charles Chaplin) evidenciava as contradições de uma sociedade industrial. Do Passando pelo cinema mudo no início do século XX àas grandes produções tecnológicas a partir dos anos 2000 – com e filmes totalmente produzidos por computação gráfica, como o Avatar (2009), ou pinturas sobre película, a exemplo de Ccom amor, Vvan Ggogh (2017). – oO cinema desperta atenção, levando milhares de pessoas às salas de projeçãoaos cinemas e a baixarem Aaplicativos de streaming (traduçãot Transmissão) com o objetivoo de apreciar um filme, sejando para mera diversão ou para a compreensão de fatos históricos. 
Um longo caminho foipercurso percorrido, dase exibições particulares, àas grandes salas de cinema, chegando àsaos grandes produtoras e àas produções independentes, realizadascom aparelhos de celulares e aplicativos. É inegável o fascínio que a por esta Sétima Arte exerce sobre as pessoas., Sseja pela junção de imagens, sons es, enredo, ou pela presença de tantos outros elementos que compõem a dentre tantos as linguagemns fílmicas, o fato é que essa arte a película está presente na vida de grande parte da população mundial, diminuindo fronteiras, ampliando conhecimentos e,como também, distorcendo fatos e servindo de manipulação social. Considerando todos esses fatores, é fundamental levar aos docentes desta arte com todas as suas peculiaridades positivas e negativas, afinal, o conhecimento não é adquirido apenas dentre os muros da escola, ele é amplo e vivenciado em todos os espaços, cabendo ao educadordocente orientar sobre como ler os fatos e o mundo no qual estamosá inseridos. 	Comment by Pedro Tito Teodoro da Mata: SUGESTÃO: É fundamental que os docentes levem o cinema até a sala de aula, com todas suas peculiaridades positivas e negativas, afinal, o conhecimento...
Segundo Marques (s.d), falar de história do cinema é obrigatoriamenteória passar pelas produções estadunidenses, especialmente aquelas deconsiderando Hollywood, é uma cidade- - distrito de Los Angeles que se, tornou conhecida mundialmente por abrigar grandes produções cinematográficas. E parte de realizações de 
“Thomas Edison realizou, no final do século 19 e início do 20, diversas patentes no que diz respeito a dispositivos para produção de filmes, as quais utilizou como saída para persuadir outros detentores de patentes a formarem uma associação. (...) Em uma década o método dos pequenos empreendedores que viram Hollywood como saída passou a dominar o cinema. Era realmente um sistema, onde trabalhava-se com custo-benefício e fluxo constante de filmes. Assim, no início dos anos 20 o sistema de estúdios começa a reinar. A “fábrica de sonhos” começa a funcionar e apresenta o cinema como entretenimento e negócio de viés econômico. Os estúdios estavam presentes em todo o processo, da produção à distribuição e até publicidade e exibição. Controlavam praticamente o mercado internacional, cada qual a seu estilo próprio e com seus próprios criadores e estrelas. MGM, o mais glamouroso. Paramount, o mais europeu. Warner Bros estava em sintonia com a classe trabalhadora. Universal Pictures ficou associada aos filmes de terror. Columbia cresceu como concorrente graças aos seus diretores criativos. RKO procurava extrair boas rendas com seus astros. Fox tinha apuro técnico e brilho visual. E surge a United Artists, por três grandes estrelas de Hollywood, Douglas Fairbanks, Mary Pickford e Charlie Chaplin, juntos ao diretor D. W. Griffith. A UA começa quando os artistas se sentiram insatisfeitos com a falta de autonomia das produtoras. Não tinham astros e equipe técnica contratada, e atuava como distribuidora de produtores independentes. (MARQUES, (s.d),
Marques (s.d), retrata o cinema estadunidense nas suas três fases, sendo.: Aa primeira delas é a Era de Ouro no período de (1917 a 1960), e traz exemplificando filmes como “Branca de Neves e os 7 anões” (1937), que foi tornar-se a primeira animação colorizada;, “... E o Vento Levou” ”e (1939) e “O Mágico de Oz”, ambas de 1939 e dirigidas por Victor Fleming (1939);, “O Grande Ditador” (1940), de Charlie Chaplin; e “Rebecca” (1940), do também consagrado diretor Alfred Hitchcock.;, “Cantando na Chuva” (1952), de Gene Kelly e Stanley Donen, consideradao a grande obra- prima do gênero;, de Hitchcock, “Psicose” (1960), de Hitchcock; e “A Primeira Noite de um Homem” (1967), de Mike Nichols. 
A segunda fase, Nova Hollywood, destaca uma nova maneira de produzir cinema, com novada linguagem, novas as técnicas e novas produtoras, é consideradando como uma fase de contracultura, durando até o início dos anos 1980. Dela, destacam-se Destaca filmes como, “Easy Rider” (1969),, “2001: Uma Odisseéia no Espaço” (1968),, “O Poderoso Chefão” (1972),, “Tubarão” (1975),, “Taxi Driver” (1976) e “Star Wars” (1977), sendo filmes quedestacados ainda hoje sãocomo referência na história do cinema, e ganhando novas versões atualizadas com grandes bilheterias. Dessa fase, devemos citar,Citar ainda, grandes diretores, como Francis Ford Coppola, Steven Spielberg, George Lucas, Brian De Palma, Stanley Kubrick e Martin Scorsese. 
Na terceira fase, Hollywood Atual, devemos destacarstaca as dificuldades enfrentadas pelas grandes salas de cinema, resultado do causada pelo lançamentosurgimento de novas tecnologias que possibilitam que os, proporcionando filmes sejamrem assistidos em casa. Outros pontos a serem ressaltados sãoé a questão da influência da cultura pop, , dos viídeos clipes e o caráter cada vez mais mercadológico assumido pelovoltando o cinema para o mercadológico. Destacam-se, nessa fase, grandes produções e diretores, tais como, Quentin Tarantino, Robert Rodriguez, Paul Thomas Anderson, Spike Lee, Steven Soderbergh e Kevin Smith. Marques menciona, ainda,enciona grandes figuras do cinema blockbusters, e filmes de grande proporção e ação, tais como: Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis, Steven Seagal, Sylvester Stallone, e Jean-Claude Van Damme. No decorrer do artigo, ele salienta as mudanças na forma de produzir, consumir e apreciar o cinema, passando de produções históricas a ficcionais, l com o universo Marvel e as sagas Harry Potter e O Senhor dos Anéis.
Atualmente, o crescimento das plataformas de exibição de filmes, disponibilizam possibilitam o acesso a títulospelículas variadoas, tornando-osse acessíveis a um número maior de pessoas, nesse cenário, e a escola, como fonte de interação social, deve necessita trabalhar com essa arte, ensinandoo aos discentes a compreensão dos roteiros internos e não apenas as superficialidades.
1.2 Cinema no Brasil 
O cCinema é um bem cultural, uma fonte rica em informação e deve ser utilizado em sala de aula, uma vez quea para tal, como afirma a Constituição Brasileira, em seus artigos 215 e 216, é direito de todos os acesso às fontes da cultura nacional (BRASIL, 1988). Buscar uma unidade cultural em um país tão diversificado é extremamente difícil, talvez impossível, porém, ela pode ser parcialmente alcançada por meio da educação e da difusão dediminuída com informações. Para esse fim, ão e o cinema é uma estratégia riquíssima. 
O Cinema Nacional é comemorado no dia 19 de junho. Sua chegada se deuu-se em 1897, por um imigrante italiano, chamado Paschoal Segreto. e s Segundo Monteiro (2021), ae sua primeira exibição cinematográfica no Brasil ocorreu em Petrópolis/RJ, para uma pequena parcela pagante. 
“(...) As primeiras produções brasileiras foram rodadas por volta de 1897 e 1898, sendo considerado o primeiro filme brasileiro, produzido por Affonso Segreto, o curta-metragem Vista da Baía de Guanabara. Este foi um marco para o início do cinema brasileiro, que depois contou com outras produções saindo do contexto carioca e se expandindo. No ano seguinte, foi abertaabriu a primeira sala em São Paulo, sendo Vitor di Maio o responsável por isso, dando início aos filmes que contariam o cotidiano carioca. Para o cinema no Brasil, os primeiros 10 anos foram difíceis por conta da logística das fitas e da precariedade da energia elétrica, algo que postergou o desenvolvimento do cinema no país, que em 1907, melhorou essa questão de exibição de filmes. Houve o primeiro filme de ficção brasileiro, com 40 minutos de duração, em 1908, sendo o ano seguinte que abriu a hidrelétrica de Ribeirão de Lages, que melhorou a questão do cinema no Brasil. Com esta melhora, foram produzidos mais de 30 curtas e médias-metragens, fazendo com que surgissem os primeiros atores e atrizes, sendo alguns do teatro. O cinema brasileiro estava engrenando e se desenvolvendo, mas, com a chegada da Primeira Guerra Mundial, o fornecimento de matéria- prima foi defasado. Foi entrenos anos de 1912 e 1922 em que houveeram 60 filmes no Brasil, sendo predominantemente documentários. Esse período da Primeira Guerra Mundial acabou por enfraquecer o cinema nacional, como em 1911 FranciscoSerrador comprou salas de exibição, com a política de exibição de filmes estrangeiros. Algo que podemos pensar que possa refletir muito na situação atual do cinema também.” (MONTEIRO, (2021)
Segundo Kreutz (2019), a história do cinema nacional seguei no contexto dos cinemas estrangeiros, e com forte grande influência dos filmes europeus no início dos anos 1900. Com a Primeira Grande Guerra (1914- – 1918), a diminuição do cinema europeu, fez crescer as exibições norte-americanas, queessas entravam em nossono país isentas de taxas alfandegáarias, levando ao enfraquecimento do cinema nacional logo noem seu início. 
NEstando dividida nossa historiografia cinematográfica se divide em oito fases: os primeiros filmes e o domínio de Hollywood, o surgimento do cinema sonoro, as chanchadas, o Cinema Novo e o “udigrúdi”, a Embrafilme, a crise dos anos 1980, a Retomada e a Pós-Retomada. 
Os primeiros filmes brasileiros lançados são documentais. e sendo considerado o primeiro curta-metragem de ficção “Os Estranguladores (1908)”, de Francisco Marzullo e Antônio Leal, é considerado o primeiro curta-metragem de ficção. Jjá o primeiro longa-metragem é o filme, “O Crime dos Banhados (1914)”, dirigido por Francisco Santos. Segundo a legislação brasileira, conforme Medida pProvisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001, o curta- metragem temconsiste em duração de até 15 minutos; o , média-metragem, com duração de 15 a 70 minutos; e o longa-metragem tem duração superior aos 70 minutos. OSendo os filmes abordados nesta dissertação são, considerados longa-metragem:, “Marighella”, com 2 horas e 35 minutos; e “Batismo de Sangue”, com 1 hora e 50 minutos. 
De acordo com Kreutz (2019), desta influencia a partir da década de 1930, os filmes falados hHollywoodianos ocupam grandes espaços nas salas de exibição brasileiras. Ao mesmo tempo, também remonta de 1930 oE o início dedas produtoras nacionais como a Cinédia, o primeiro estúdio brasileiro, remonta de 1930,que, nesse período, produziu os seguintes filmes os primeiros filmes: “Limite” (1931), de Mario Peixoto;, “A Voz do Carnaval” (1933), de Ademar Gonzaga e Humberto Mauro e “, e Ganga Bruta” (1933), de Humberto Mauro. Luiz de Barros, com a comédia “Acabaram-se os Otários” (1929), foi o pioneiro no cinema sonoro. A produtora Vera Cruz, inauguradaos em 1949, lançou o primeiro longa-metragem brasileiro a ganhar o Festival de Cannes:, ““O Cangaceiro” (1953),” de Lima Barreto. , oOutro destaque desse período são as comédias de Mazzaropi. O surgimento da TV, tendo a Tupi como a primeira emissora nacional a Tupi, desvia os olhares dpara o cinema, e leva muitos atores a migrarem, contribuindo para dificuldade já existente no setor fílmico. 
A quarta fase da história cinematográfica no Brasil, a partir dos anos de 1940, é marcada por filmes de coméedia, muúsicais e com pequenos orçamentos. É a época , das Chanchadas, com destaque para os atores os Oscarito, Grande Otelo e Anselmo Duarte, da produtora carioca Atlântida Cinematográfica. As produções, com estilo de Teatro de Revista e temas com roteiros de fácil fáceis para o entendimento, na maioria deles cCarnavalescos, e comédias trazemndo o folclore do Rio de Janeiro, representado em forma des com sátiras. Dessa época, destacam-se: “Nem Sansão Nem Dalila” (1954) e “Matar ou Correr” (1954), de Carlos Manga. Esse estilo cinematográfico fez grande sucesso, principalmente entre os grupos negros e mais pobres da sociedade da época, e foi odiado pela crítica, que o considerava era chamado de safadeza, esgotando assim esse estilo fílmico. 
A partir da década de 1960, o cinema brasileiro entra em uma nova fase, chamada de Cinema Novo e “udigrúdi”, (com ideologias revolucionáarias, quebrando paradigmas) ou seja, um cinema de contracultura. Segundo Kreutz (2019), essa fase se destaca-se pelo movimento de contracultura, apropriando-se de estilos europeus, buscando romper com a influência hollywoodianae não transformar o cinema brasileiro em Hollywoodianos. 
“(...) o filme Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos. Uma leva de jovens cineastas passou a questionar as tentativas da indústria cinematográfica brasileira de imitar Hollywood. O foco desse novo tipo de cinema estava nas temáticas populares, com preocupações de cunho social e político, e na busca pelo realismo, em favor de uma arte autêntica. “A ‘estética da fome’, termo criado por Glauber Rocha, surgiu com o Cinema Novo, inspirada nas obras de baixo orçamento das produções Neorrealistas italianas e da Nouvelle Vague francesa. Em um país subdesenvolvido, os parcos recursos se transformaram em estética”, observa Lucilene Pizoquero. Com o mote “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, Glauber liderou um movimento que repercute até a atualidade na cultura cinematográfica mundial. Considerado um dos maiores cineastas brasileiros, Glauber Rocha dirigiu alguns dos filmes que se tornaram símbolos do Cinema Novo, como Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), Terra em Transe (1967) e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1968). Destacam-se, também, Vidas Secas (1963), de Nelson Pereira dos Santos, e Os Fuzis (1964), de Ruy Guerra. Em pleno regime militar, entre o final da década de 1960 e o início de 1970, outro grupo de cineastas optou por um movimento mais radical: o cinema marginal (ou “udigrúdi”, termo que brinca com a palavra underground, que denominava os artistas da contracultura norte-americana). A “estética do lixo”, proposta por esses diretores, rejeitava as fórmulas tradicionais de narrativa e buscava um cinema experimental. Os principais expoentes desse movimento foram Rogério Sganzerla (O Bandido da Luz Vermelha) e Júlio Bressane (Matou a Família e Foi ao Cinema). (...)” KREUTZ (2019)
Durante o regime civil militar, nos anos de 1969, é criada a Embrafilme (Empresa Brasileira de Filmes), objetivando patrocinar filmes com ideário do governo ditador. De acordo com Kreutz (2019), “(...) Sob o controle do estado, uma indústria nacional passou a se estruturar, regulamentada pelo Conselho Nacional de Cinema (Concine). A ideia era promover uma conquista de mercado pelo cinema brasileiro – ou pelo menos para os filmes que fossem aprovados pela censura. (...)”. Segundo Sena (2020), o apoio do regime àsnas produções cinematográficas visava, objetivava dificultar o pensamento crítico da população, desviando os olhares do cenário social real. ONessa época, houve muito incentivo para que ascorreu o estimulo para levar as pessoas frequentassem as salas de ao cinema, o que fez com que o filmee filmes como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” (1976), de Bruno Barreto, atingisse cujo recorde de público (10,7 milhões de espectadores), foi superado apenas em 2010, com o lançamento de Tropa de Elite 2, de José Padilha. As comédias dos Trapalhões também atraíram milhares de pessoas aos cinemas, naquela época..” (KREUTZ, (2019). Enquanto isso, por volta dos anos 1970, cineastas de São Paulo, da chamada Boca do Lixo, com produções voltadas para comédias populares italianaos, as pornochanchadas, misturando humor e erotismo, caem no gosto da população por volta dos anos de 1970. 
O período de abertura política e redemocratização n, por volta dos anos 1980, marcam uma crise econômica brasileira que, somada à pela popularização dos aparelhos de videocassete, acaba por afetarafetando as produções cinematográficas. Outro fator que marca a nova fase do cinema nacional é, a eleição, em 1989, de do presidente Fernando Collor de Melo, ,candidato que, alegando defender a democracia, uma vez no governo, SENA (2020) “encerra com as atividades da Embrafilme, extingue o Ministério da Cultura, o Concine, a Fundação do Cinema Brasileiro e acaba com as leis que promoviam incentivo à produção nacional.” Kreutz (2019) relata terem sido apenas três filmes lançados no país no ano do impeachment de Collor, em 1992. 
Considerando que o cinema não é apenas como arte, mas também aquece a como regador de economia e gera força de trabalho (, vejamos, por exemplo, o caso Hollywood), , um distrito grande produtorcinematográfico e econômicoo. O Brasilpaís vivencia, nos anos do governo Collor, um período complexo de sua nossa história econômica e cultural, afinal, o cinema contribui com a divulgação do conhecimento e cultura. 
Murari (2017) destaca as dificuldades cinematográficas durante o governo Collor (1990 a 1992): 
“(...) Com o fim desses órgãos federais fica quase impossível de se fazer cinema no Brasil, chegando à quase sua extinção. A produção de documentários brasileira permaneceu constante, graças a possibilidade da gravação em vídeo e exibição em alguns restritos canais de TV educativos. Além dos documentários, os curtas-metragens continuaram firmes às imposições do governo Collor. Um fato curioso: em 1992, o Festival de Brasília foi adiado pela falta de filmes concorrentes, apenas A Grande Arte de Walter Salles (co-produzido com os EUA) foi inscrito Com a saída de Collor e a entrada de FHC, o Cinema no Brasil voltou às produções. No ano de 1994 foram lançados: As Feras, de Walter Hugo Khouri; Era Uma Vez, de Arturo Uranga; Foolish Heart, de Hector Babenco; Perfume de Gardênia, de Guilherme de Almeida Prado; Um Grito de Amor, de Tizuka Yamasaki; O Corpo, de José Antonio Garcia; Mil e Uma, de Susana Moraes; Sábado, de Ugo Giorgetti; e O Cangaceiro, de Carlos Coimbra. Mas foi a partir de 1995, com um forte investimento nas leis de incentivo e principalmente a Lei do Audiovisual, que se começa a falar numa "retomada" ou “renascimento” do cinema brasileiro. MURARI (2017)
O filme “Carlota Joaquina, - A Princesa do Brazsil” (1994), de Carla Camurati, marca a retomada do cinema brasileiro. Segundo o site Papo de Cinema, ele o filme obteve várias premiações e indicações, tais como:: 
- 1º Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro: premiado como Melhor Atriz (Marieta Severo), Ator (Marco Nanini) e Figurino. Indicado a Melhor Filme, Direção, Roteiro e Fotografia;
- Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte 1996: premiado como Melhor Atriz Revelação (Ludmila Dayer);
- Festival de Toronto 1995: seleção oficial;
- Festival de Cannes 1995: seleção oficial.;
O sucesso de Carlota Joaquinao filme, lança o cinema nacional no cenário mundial. A partir daí, E outraos sucessivas produções se destacamdestacaram nesta nova fase. com gGrandes sucesso,s como é o caso do consagrado “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles; de o belo “Cidade de Deus” (2002), de Fernando Meirelles;, de “O Que é Isso Companheiro?” (1997), de Bruno Barreto;, dos filmes dirigidos por Guel Arraes, “O Auto da Compadecida” (2000), “, Caramuru - A Invenção do Brasil” (2001) e “, Lisbela e o Prisioneiro” (2003); e de “A Grande Família - O Filme” (2007), dirigido por Maurício Fariasos cineastas Jorge Furtado e Guel Arraes. Desses,Sendo o maior sucesso de público foineste período o filme “Cidade de Deus” (2002), de gênero Drama policial, que retrata a vivêencia de jovens negros da periferia do Rio de Janeiro, epelícula, obteve vários prêmios e indicações, destacando-se na historiografia cinematográfica brasileira. Sena e Murari, apresentam a seguir oOutras produções que se desatacam-se:
“(...) Entre os anos de 1992 e 2003, a produção nacional ganha destaque em premiações importantes, como o Oscar. Entre eles estão “O Quatrilho” (1995), de Fábio Barreto, “O Que é Isso, Companheiro?” (1997), de Bruno Barreto, e “Central do Brasil” (1998), de Walter Salles. A retomada é marcada por filmes que abordam questões sociais brasileiras. Nesse período, também tem destaque a criação e expansão da Globo Filmes. ( (...) SENA, (2020)
 “(...) Felizmente o cinema nacional está em uma fase de euforia e inovação, cada vez mais original. O abre-alas de tudo isso são os curtas-metragens. O Brasil é um grande produtor de curtas e possui vários festivais de importância que acabam consolidando e descobrindo novos aspirantes de cinema. Um dos grandes problemas do cinema nacional é seu financiamento. Os filmes são feitos com dinheiro público. São os trabalhadores, com seus impostos, que pagam estes filmes. Ironicamente, eles não têm dinheiro para ir ao cinema. Cinema, no Brasil, é feito para os ricos, com dinheiro dos pobres. Precisa-se de investimentos e iniciativas do setor privado para este tipo de arte, que gera muito dinheiro (basta olhar para Hollywood). Outro grande problema é a pós-produção. A distribuição é extremamente precária, pouca divulgação, os cinemas não cumprem a lei da obrigatoriedade de exibição do produto brasileiro. Cinemas precários, públicos piores ainda. Em 2006 o maior público que tivemos com nossos filmes foi com Zuzu Angel de Sérgio Rezende que quase chegou a 800 mil espectadores. Muitas injustiças foram cometidas neste texto, muitos bons filmes não foram citados, excelentes diretores sequer foram citados, talvez fique para um “A Retomada do Cinema Brasileiro - Parte II”. Futuramente escreverei sobre a pós-retomada, o período mais atual do cinema brasileiro. ” (...)(MURARI, (2017)
A partir dos anos 2000, início do século XX, o Cinema Brasileiro, é regularizado pela ANCINE – Agência Nacional do Cinema, criada no ano de 2001 pela Medida Provisória 2228-1, com a missão de desenvolver e regular o setor audiovisual em benefício da sociedade brasileira. ANa Constituição Brasileira de 1988, na Seção II da Cultura, em seu artigo 215, estabelece que "O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais". E, em seu artigo 216, define que: 
“Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: 
I - as formas de expressão;
II - os modos de criar, fazer e viver;
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.” Constituição Federal Brasileira (1988), (BRASIL, 1988)
A lei garante uma proteção e incentivo às produções nacionais, fomentando as tradições brasileiras., Nporém, na prática, porém, vivenciamos uma realidade diferente. Percebemos que háas dificuldades em torno do Cinema Nacional , desde o seu início. início eO apelo um forte apelo ao cinema estrangeiro é forte e, em função, devido aos dos custos de sua produção e dos interesses mercadológicos, ficando as produções nacionais o Cinema Nacionaltendem a ficar em segundo plano. 
Segundo o portal “Cinema Perto de Você”, programa instituído pela Lei 12.599/2012 e pertencente àa ANCINE, o cinema nasceu como diversão para todos, porém, na prática ao longo dos anos, ele não foi tratado desta forma pelos governos com essa perspectiva, e, nas últimas décadas, chegado a fechar a maioria das salas de exibição no Brasil foram fechadas. 
“(...)O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado: quase 3.300 salas em 1975, uma para cada 30.000 habitantes, 80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou. Quase 120 milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades. A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1.000 salas. 
Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às atuais 2.200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente (o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala), ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas: o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenase médias do interior. (...)” (Cinema Perto de Você, (s.. d.)
A atual fase do cinema nacional, iniciada em 2003 e, conhecida como Pós- Retomada, é consagrada pelascom grandes produções de repercussão nacional e internacional, a exemplo dos filmes ““Tropa de Elite”” (2007), de José Padilha;, “Aquarius” (2016), de Kleber Mendonça Filho;, “De Pernas pro Ar” (2010), do diretor Roberto Santucci; e “Minha Mãe é uma Peça” (2013), dirigido por André Pellenz e com roteiro de Paulo Gustavo. Esses filmes, caíramcaem no gosto popular, levando grande público àas salas de cinema e aos aplicativos de transmissão, os Streamago, consolidando, dessa forma, o cinema brasileiro. Como parte desse período de retomada, No ano deem 2006 é lançado o “Filme Batismo de Sangue” e, em 2021, o filme “Marighella”, os quais serão analisados nesta dissertação. sendo os filmes abordados neste artigo. 
Kreutz (2019), fazendo referência autilizando Lucilene Pizoquero (s. d), destaca o novo período do cinema nacional a partir dos anos de 2016: , 
“(...)as crises econômicas e políticas que abalam o país desde 2016, com a ameaça de extinção do Ministério da Cultura, acabam surtindo efeitos negativos sobre as políticas de fomento público. “A boa notícia é que o meio digital proporcionou uma democracia em termos de produção e custos. E, a partir de 2013, os canais por assinatura têm a obrigação de exibir conteúdo nacional e produção independente, em horário nobre, regulamentada pela lei no 12.485. Além disso, seguem as negociações sobre o streaming para o conteúdo audiovisual brasileiro”, completa a professora. (...)” KREUTZ, (2019)
A história do cinema brasileiro, perpassa por altos e baixos., Aassim como em outras instâncias sociais e culturais, a nossa história, momentos conturbados nos setores políticos e econômicos, abalam as suas estruturas. A situação do cCinema chegou a ser, em 2019, tema da redação do ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio, sendo constituindo uma polêmica na prova ndaquele ano. Considerando os dados apresentados na proposta de redação, em seus textos norteadores, percebe-se que há umaa centralização das salas de projeçãoo Cinema em grandes centros urbanos. Dessa forma,, desfavorecendo a maior parte da população brasileira, que vive fora dessas regiões, não tem garantido o acesso a esse veículo cultural o acesso a este tipo de cultura. 
No site “Mundo do Vestibular”, Silvia a TANCREDIancredi (2019) relatou em um artigo, que a proposta de tema de redação do ENEM daquele ano teria “tem dividido opiniões entre estudantes e professores. Enquanto alguns gostaram do assunto, julgando-o fácil, outros acreditam que ele foi aleatório demais. Houve até aqueles que não o entenderam.”(TANCREDI, 2019) Esses e outros questionamentos foram feitos em vários grupos e redes sociais, demostrando que parte significativa da população dá pouca importância a pouco importância dada por muitos ao Cinema e àa Cultura Nacional.
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) foi criado pela Portaria no 438, de 28 de maio de 1998, objetivando avaliar o desempenho dos alunos ao téermino da educação básica. EmNo ano de 2009, passou a ser utilizado como instrumento de acesso ao ensino superior. Ao longo dos anos, ele e sofreu mudanças diversas e, ao longos dos anos. Sendo em 2020, passou a existir a possibilidade de provas digitais. 
A fim de compreender como essa temática foi abordada na prova, a seguir, inserimos a apresentaçãoSegue a da Proposta da Redação do ENEM 2019 e de seus textos norteadores: : 
INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO
1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas.
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto insuficiente".
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
• apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificação no espaço destinado ao texto.
MOTIVADORES
TEXTO I
No dia da primeira exibição pública de cinema — 28 de dezembro de 1895, em Paris —, um homem de teatro que trabalhava com mágicas, Georges Mélies, foi falar com Lumière, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho, e Lumière desencorajou-o, disse-lhe que o “Cinematógrapho” não tinha o menor futuro como espetáculo, era um instrumento científico para reproduzir o movimento e só poderia servir para pesquisas. Mesmo que o público, no início, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumière enganou-se. Como essa estranha máquina de austeros cientistas virou uma máquina de contar estórias para enormes plateias, de geração em geração, durante já quase um século? 
BERNARDET, Jean-Claude. O que é Cinema. In BERNARDET, Jean-Claude; ROSSI, Clóvis. O que é Jornalismo, O que é Editora, O que é Cinema. São Paulo: Brasiliense, 1993.
TEXTO II
Edgar Morin define o cinema como uma máquina que registra a existência e a restitui como tal, porém levando em consideração o indivíduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o universo pessoal, solicitando a participação do espectador. GUTFREIND, C. F. O filme e a representação do real. E-Compós, v. 6, 11, 2006 (adaptado).
TEXTO III
TEXTO IV
O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado: quase 3 300 salas em 1975, uma para cada 30 000 habitantes, 80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou.
Quase 120 milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades. A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1 000 salas. Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às atuais 2 200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente (o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala), ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas:
O Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas e médias do interior.
Disponível em: https://cinemapertodevoce.ancine.gov.br.
Acesso em: 13 jun. 2019 (fragmento).
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
(REDAÇÃO ENEM, 2019)
A importância do cinema na educação, fica clara no momento que ela se torna um tema deao ser destaque na redação do principal instrumento de acesso às universidades brasileiras. Compreender a historiografia dessta sétima arte e suas peculiaridades como instrumento de conhecimento, exige sua incorporação como prática pedagógica. 	Comment by Pedro Tito Teodoro da Mata: Esse trecho não ficou muito claro, confira se a ideia é essa: "Entretanto, para que a sétima arte seja incorporada às práticas pedagógicas é necessário que os docentes compreendam sua historiografia e suas peculiaridades como instrumento do conhecimento." 
Segundo dados a ANCINE, a maioria das salas de cinema no país, exibem filmes estrangeiros. Um dos fatores que pode explicar esse fenômeno éda procura por produções estrangeiras, pode ser determinada peloo forte apelo das plataformas de exibição fílmica disponíveis, com custosmedianos e um grande investimento em marketing. , atendendo a um grande público, e forte apelo de marketing destes, Eem contra partida,o o cinema nacional não possui o mesmo investimento, tampouco o mesmo e apelo. Isso, colocando em segundo plano as produções com roteiros envolvendo os contextos culturais do nosso paísbrasileiros. Por isso, a discussão a se fazer no campo da educação não se resume ao uso dos filmes nasSente sentido, não é apenas fazer uso das películas com práticas pedagógicas, mas sim, na seleção preferencial abordagens de filmes com roteiros que envolvam a envolvendo a cultura e a história brasileira, que sirvam comocomo instrumento de difusão da nossa história e de compreensão do mundo no qual vivemos. Esse foi um dos elementos que levaram à escolha do recorte desta dissertação, que Deste modo, este artigo, tem como base, produções brasileiras que abordamcom contextos da história nacional recssente e que, além disso, apelo por práticas antiautoritárias,trazem como ponto central a valorização da valorizando a democracia e da cultura brasileira, como ponto central em ambas as obras. 
2. Os desafios do estudo da História na contemporaneidade: 
O estudo da História humana é fundamental para o sujeito, tanto no processo de autoconhecimento de nós mesmos quanto no processo de entendimento de do mundo ao qual se pertencemos. A sociedade atual, talvez, não valorize esse conhecimento – a de modo amplo, pois está voltada ao imediatismo. Seguindo essa perspectiva Fernandes (s.d.(SD), afirma: 
“(...) Quando se indaga hoje sobre que utilidade tem a história para a vida, pensa-se “utilidade” em termos de soluções imediatas ou “utilitárias”. Se a história é útil para vida, não o é de forma utilitária, mas de forma “pragmática”, isto é: pode fornecer elementos para ação na vida prática. Elementos como: compreensão alargada da sociedade e da cultura, perspectiva crítica sobre fenômenos políticos, entendimento das diferenças entre as pessoas, os países e as civilizações e uma série de outras contribuições. Muitas formas de comportamento que observamos atualmente, como a violência motivada por xenofobia ou por racismo, a estranheza por certos hábitos alimentares e por certas tradições que cultivam práticas culturais muito diferentes, geralmente existem por falta de conhecimento histórico ou por um mau conhecimento da história. O estudo da história, portanto, tem a importância de dar, sobretudo, suporte compreensivo às pessoas, para que ajam com maior prudência, civilidade e tolerância, em seu meio e em situações estranhas à sua cultura. Podemos dizer que, em grande parte, a história continua sendo a “mestra da vida”, como entendia Cícero. Mas devemos reeducar nossa percepção sobre essa disciplina para poder compreender sua importância para a vida. (“FERNANDES,. (s..d.) 
Outro aspecto questionado em relação ao estudo e à compreensão da História, é o fato de que, durante décadas, suas narrativas estavam voltadas aos grandes feitos, às personalidades e aos grupos dominantes, sendo contada pelo olhar desstes últimos. Considerando a História uma Ciência, com transformações ao longo dos tempos, Gurgel (2017), afirma:
“(...) Vale destacar que ao longo das últimas décadas a História das Ciências deixou de ser apenas a história das ideias científicas, mas também passou a considerar as práticas, os instrumentos, os modos de publicação, as instituições, as políticas e outras dimensões do fazer científico. Estes elementos nos permitem revelar as dinâmicas internas da ciência, que demonstram que a mesma é fruto de um microcosmo social. A validação de um trabalho de pesquisa não se encerra em uma medida, mas na negociação de significados com os pares. Além disso, a ciência é parte da sociedade, influenciando e sendo influenciada por ela. Contextos e necessidades externas à ciência influenciam seu desenvolvimento, deixando com maior clareza a marca de seu período histórico. Por outro lado, não apenas produtos da ciência afetam e transformam as sociedades, como muitas de suas ideias alimentam novas mentalidades e estimulam diferentes tipos de criação. (...) (”GURGEL, (2017)
O historiador Roberto Segundo Abdala, no vídeo Televisão e história da ditadura (20212), conta que, a partir da década de 1970, com a reforma educacional, o ensino, antes voltado para a formação para cidadania, passa a assumir uma perspectiva volta-se para o tecnicistamo. EO historiador aponta, também, para a necessidade e a importância do Professor de História, como um formador de consciência e do papel da cidadania dos discentes, acerca do papel de cada um como cidadão. 
O ensino de História deve buscarser, como nas demais disciplinas, uma compreensão da sociedade na qual o educando está inserido, considerando as formas tradicionais de aprendizado e as novas tecnologias. O conhecimento não se constrói é apenas no ambiente escolar, ele se fazé no cotidiano e cabe ao docente buscar meios para demonstrar tal processo. É comum o trabalho com livros e textos variados como forma de despertar para o conhecimento e de ensinar a ler as entrelinhas na busca por cidadãos conscientes da sociedade a qual pertence. Assim também deve ser o trabalho com os meios de comunicação tecnológica, como as redes sociais e o cinema. O mundo mudou e a sociedade também, e é necessário a escola deve se adequar-se aos padrões, caso contrário, ficará obsoleta. Faz-se necessário aos docentes, compreender todo esse contexto histórico para melhor aproveitar os filmes com seus alunos. 
Infelizmente, nem todos os professores da disciplina de História, dominam, de forma satisfatória, o período da ditadura civil-militar no Brasilditatorial de forma . Isso porquenecessária , pois, a maioria dos docentes do Ensino Básico, lecionam todo o conteúdo dea a história humana,Geral e do Brasil, sendo assim, acabam por ter um conhecimento apenas superficial acerca dos diferentes temas. Entretanto, é particularmente intrigante que muitos professores conheçam tão superficialmente o período referente aos anos da ditadura civil-militar (1964-85). Isso porque é algo relativamente recente em nossa sociedade, muitos de nós, inclusive, vivenciaram esse períodoE o Regime Ditatorial, ainda fresco para muitos, considerando seu término em 1985, como o fato de por muitos anos, o período ter sido abordado de forma superficial. Além disso, em nossa contemporaneidade, é comum pessoas acreditarem que apenas gente de “má índole” foi perseguida. A história e os documentos oficiais, porém, demonstram que a perseguição ocorreu de forma indiscriminada, atingindo inclusive crianças bem pequenas e pessoas que não tinham ligação com os movimentos de resistência. 
Seguindo as mudanças e visões da educação na contemporaneidade, os Parâmetros Nacionais da Educação (1997), em seus nortes para o ensino, afirmam que: 
“(...) faz-se necessária uma proposta educacional que tenha em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos os estudantes. O ensino de qualidade que a sociedade demanda atualmente expressa-se aqui como a possibilidade de o sistema educacional vir a propor uma prática educativa adequada às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e as motivações dos alunos e garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivem. O exercício da cidadania exige o acesso de todos à totalidade dos recursos culturais relevantes para a intervenção e a participação responsável na vida social. O domínio da língua falada e escrita, os princípios da reflexão matemática, as coordenadas espaciais e temporais que organizam a percepção do mundo, os princípios da explicação científica, as condições de fruição da arte e das mensagens estéticas, domínios de saber tradicionalmente presentes nas diferentes concepções do papel da educação no mundo democrático, até outras tantas exigências que se impõem no mundo contemporâneo.Essas exigências apontam a relevância de discussões sobre a dignidade do ser humano, a igualdade de direitos, a recusa categórica de formas de discriminação, a importância da solidariedade e do respeito. Cabe ao campo educacional propiciar aos alunos as capacidades de vivenciar as diferentes formas de inserção sociopolítica e cultural. Apresenta-se para a escola, hoje mais do que nunca, a necessidade de assumir-se como espaço social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e qualquer ação de cidadania. (...) Não basta visar à capacitação dos estudantes para futuras habilitações em termos das especializações tradicionais, mas antes trata-se de ter em vista a formação dos estudantes em termos de sua capacitação para a aquisição e o desenvolvimento de novas competências, em função de novos saberes que se produzem e demandam um novo tipo de profissional, preparado para poder lidar com novas tecnologias e linguagens, capaz de responder a novos ritmos e processos. Essas novas relações entre conhecimento e trabalho exigem capacidade de iniciativa e inovação e, mais do que nunca, “aprender a aprender”. Isso coloca novas demandas para a escola. A educação básica tem assim a função de garantir condições para que o aluno construa instrumentos que o capacitem para um processo de educação permanente. (BRASIL, 1997, p.27-28). (...) PCN 1997 p 27 e 28
O discente, ao adentrar em uma sala de aula, vem cheio de bagagem do mundo do qual faz parte, não é uma folha em branco., Me esmo se tomarmos como exemplose considerarmos a folha em branco, ela também é repleta de história até ser uma folha pronta para o trabalho. CE considerando o discente como um ser pensante e que se constrói também pelasrepleto de influências externas, a partir de pressupostos de durante a sua vivência social, desdte a mais tenra infância, o cinema lhe foi apresentado, como instrumento de diversão e de ensino dase normas sociais. CNos últimos tempos como meio de proteção da criança e dos adolescentes, foram estabelecidoscriados critérios classificativos de para faixa etária para ade exibição de filmes e roteiros, com base embasamentos em princípios moraisl e valores sociais. Esse fato por si só já serviria para afirmar ser o cCinema um instrumento de informação social, porém, vamos considerar toda história do cinema, desde oseu primeiro filme, como uma exibição da realidade., Ssim, o cinema busca retratar uma realidade, seja qual for, dentro dos padrões sociais, os estereótipos de bom e mau estão sempre presentes nos roteiros mais diversos, e ensinar ao discente a percepção desstes padrões é um dos objetivos de se trabalhar com cinema em sala. Toda arte e toda produção humana deve ser analisada e compreendida ao máximo, afinal elas são repletas de sentidos ddos mais variados. 
Freire (1996) afirma a importância de se reconhecer que a relação aos saberes não estão apenas estarem não apenas nos ambientes de sala de sala de aula, eles se encontram em todas as instâncias porém em todos da humanidade e pertencentes aos seres humanos é e sendo necessário que ao professor tenha essa compreensão. 
“(...)É uma pena que o caráter socializante da escola, o que há de informal na experiência que se vive nela, de formação ou deformação, seja negligenciado. Fala-se quase exclusivamente do ensino dos conteúdos, ensino lamentavelmente quase sempre entendido como transferência do saber. Creio que uma das razões que explicam este descaso em torno do que ocorre no espaço-tempo da escola, que não seja a atividade ensinante, vem sendo uma compreensão estreita do que é educação e do que é aprender. No fundo, passa despercebido a nós que foi aprendendo socialmente que mulheres e homens, historicamente, descobriram que é possível ensinar. Se estivesse claro para nós que foi aprendendo que percebemos ser possível ensinar, teríamos entendido com facilidade a importância das experiências informais nas ruas, nas praças, no trabalho, nas salas de aula das escolas, nos pátios dos recreios. ( (...)FREIRE, (1996)
Considerando o afirmado anteriormente, é importante que o docente saiba refletir acerca dos vários ambientes de aprendizagem envolvendo o conhecimento humano e a História, bemassim como dos aspectos e metodologias para sua compreensão na sociedade contemporânea. Além disso, há que se, considerarndo os avanços e retrocessos, dos últimos anos, alguns inclusive aqueles que colocaram, colocando em risco o sistema democrático vigente. Em outras palavras, deve-se, fazer uso de abordagens educacionais adequadas e atuais na formação dos discentes, de maneira a alertar para os perigos do autoritarismo ilusório, divulgado, principalmente, natravés das redes sociais, por meio de iinverdades que se disseminam entre diferentes setores da sociedade. no consciente populacional, é necessário para a manutenção de um sistema Uma das formas de combater as notícias falsas é o conhecimento, e o ambiente escolar é o local propício para isso. As formas de desenvolver esse trabalho são variadas, e o cCinema é uma delas, por ser um instrumento repleto de informações, além de sers e atrativo aos jovens. DE de acordo com Tteixeira e Llopes (2003):
(...) O cinema participa da história não só como técnica, mas também como arte e ideologia. Ele cria ficção e realidades históricas e produz memória. É ele um registro que implica mais que uma maneira de filmar, por ser uma maneira de reconstruir, de recriar a vida, podendo dela extrair-se tudo o que se quiser. E por ser assim, tal como a literatura, a pintura e a música, o cinema deve ser um meio de explorar os problemas mais complexos do nosso tempo e da nossa existência, expondo e interrogando a realidade, em vez de obscurecê-la ou de a ela nos submetermos. (...) (TEIXEIRA e LOPES, 2003, p. 10) 
Segundo Duarte (2002, p. 10) “ver filmes é uma prática social tão importante na formação cultural e educacional quanto à leitura de obras literárias, filosóficas, sociológicas e outras”. Pode ser afirmado, ainda, que o cinema rompe barreiras culturais, sociais, políticas e econômicas, assistir a um filme é viajar em um mundo mágico onde se podem unir diversas formas de artes em uma única, além de informar, emocionar, divertir e educar. Seguindo o pensamento de Duarte (2002, p. 10) “em uma sociedade audiovisual como a contemporânea, o domínio dessa linguagem é requisito fundamental para transitar bem pelos mais diferentes campos sociais”. 
Sendo o cCinema uma estratégia pedagógica importante, existem: 
(...) certos sacrifícios que se precisam fazer para ingressar no mundo dos cinéfilos – é preciso conhecer um pouco de história de cinema, ver filmes consagrados, saber falar de técnica cinematográfica usando vocabulário adequado, identificar os diretores, as tendências, os movimentos (...) (DUARTE, 2002, p. 10) 
(...) complexa e delicada arte de tecer vidas e identidades humanas, fazendo fluir as capacidades lógico-cognitivas, estético-expressivas e ético-morais existentes, potencialmente, em cada criança e em cada jovem. Sabemos, ainda, que os educadores também devem ser educados, desenvolvendo tais capacidades e sensibilidades, para bem realizar seu ofício e responsabilidade histórica e social. (...). (TEIXEIRA eE LOPES, 2003, p. 9)
Infelizmente, em muitas escolas, o cinema é tratado como mera diversão ou ocupa lugar na ausência de professores, levando ao descaso e àa não compreensão por parte dos discentes de que filmes atuam como instrumento didático. de aulaI, isso ocorre porque, devido a parte parte dos profissionaisa envolvidos na educação não reconhecem essa da noção desta arte como prática pedagógica, ao contrário, entendem-nasendo vista como mera diversão ou como formae ocupar lugar vago do professor, sem intuito didático. Em reportagem do G1, de 14 de abril de 2016, é relatado que, por falta de professores , uma escola exibepassa filmes para não liberar os alunos., Oo fato relatado ocorreu Escola Municipal Uilibaldo Vieira Gobbo, em Cuiabá. Essa não é uma prática isolada, é corriqueira nas instituições brasileiras,o que deforma o propósitodeformando a pratica pedagógico do cinemaa. Além disso,E muitos professores, não possuem o costume de assistir a filmes, de ir ao cinema e, por isso, não o veem como arte e parte do aprendizado. 
De acordo com Ooliveira e Ggonçalves (2013), nos últimos anos, a forma de ensinar História, veem sofrendo grandes transformações, com o objetivo de tornar as aulas mais prazerosas e com sentido para os discentes. Isso é um avanço, uma vez que, , sendo segundo os autores, tradicionalmente essa disciplina é tida como uma das mais “chatas” na visão de muitos alunos. Recentemente,E a própria visão do educador detentor do saber e dos alunos como meros receptores vem sendo modificada, para uma visão de aprendizado com sentido prático, tornando ambos, docente e discente,s em sujeitos históricos. Os autores apontam ainda É apontado ainda pelos autores, a falta das habilidades de interpretação e leitura, por partes dos alunos, sendo essa a base para o ensino e a aprendizagem do conteúdo dea História. Para sSanar essas dificuldades e buscar novos meios para a compreensão dos processos humanos, o cinema pode ser um grande aliadoas películas podem auxiliar, considerando sua vasta abrangência deem habilidades cognitivas envolvidas no ato de assistir a um filme. importantes ao aprendizado. 
Segundo Aabdala Jjunior (2020), ao referir-se a Mitry (1989), “um filme não exige conhecimento prévio de um código linguístico para se fazer compreender, pois recorre aos códigos de percepção e apreensão do mundo da experiência e, daí, oferece dados imediatos — apresenta o mundo em imagens.” (ABDALA JUNIOR, (2020 p.37). O cinema consegue romper barreiras existentes em outros códigos, como nos os existentes em textos escritos, em que seonde exige conhecimento dos códigos linguísticos. Seguindo essa premissa, Abadala Jjunior (2020) afirmar:
“Uma das mais importantes conclusões que é possível apreender, depois de uma leitura atenta das obras desses autores, é que a análise da linguagem cinematográfica não pode estar arraigada numa compreensão isolada dos elementos que a compõem. Noutras palavras, os diversos elementos que a compõem somente têm sentido quando considerados no conjunto, no momento que todos entram na construção do bem cultural que se busca analisar, pois todos os elementos, de uma maneira ou de outra, entram na configuração dos significados que a linguagem pretende construir.” (ABDALA JUNIOR, (2020 p., 37)
Considerando a existência de uma linha de pesquisa em Educação Histórica, tendo como base, os ressignificados das práticas didáticas e a compreensão da História com ciência, considerando as novas formas de produção humana, afinal tudo é objeto de análise no estudo da sociedade, constata-se que. rRevisar e criar novas metodologias na hora de ensinar tornou-se um desafio para os profissionais da área. Nesse contexto, é importante destacar É importante destacar, o fato de as transformações sociais e as tecnologias contemporâneas, possibilitarem uma gama de acesso ao conhecimento prévio de temas históricosa história, chegando o aluno na sala com prévios conceitos formados, não apenas pelosde saberes transmitidos entre familiares, mas também vindo de aprendizado em filmes, jogos e outros meios tecnológicos da atualidade. Nesste sentido, cabe ao professor buscar ensinar os discentes, a olhar esstes novos meios de apropriação de conhecimentos e orientá-los sobre como aplicaplica-a-los, por isso, a utilização de recursos audiovisuais épelículas faz-se fundamental nas salas de aulas do século XXI21. No Brasil, como exemplo, as tTelen Novelas, são uma forma de apropriação e informação sobre acontecimentos passados e do cotidiano. SSendo séeries e filmes a que costumamos assistir no , outra pratica do dia-a-diadia a dia, muitas vezes são apontados pelos alunos e por professores, como exemplos de fonte de uma conhecimento prévio dos fatos históricos estudados em sala de aula.
Ir para além da condição de meros telespectadores, compreendera compreensão dos pontos de vistas acerca dos fatos apontados, nas películas, estudar o surgimento da sétima arte, suas estruturas e seus desdobramentos, incluindo o fato de serem fontes históricas, leva a busca pelo entendimento críitico de um filmea película, por parte de discentes e docentes., Diante dissoconsiderando o abordado anteriormente, conhecer as estruturas do cinema mundial e n no Brasil e no mundo seria uma das bases dessta nova forma de ensinar. Devemos considerar o fato de, ao longo doe último século e do início deste, o cinema ter passado por grandes transformações, incorporando valores de acordo com a época de criação dos roteiros e de sua produção, sendo assim, essta arte representa as mudanças na forma de agir e de pensar das sociedades. 
A história do Cinema, passa pelas grandes produções europeias, estadunidenses, japonesas, indianas e coreanas, com grandes destaques na atualidade. Porém, o objetivo de estudo neste trabalho é o cinema nacional, voltadoa para História Pública., Osendo os filmes aqui analisados foram produzidos no , passam-se nos contexto histórico que se situa entre a Era de Ouro e a Nova Hollywood, com grande influência na sociedade brasileira e sufocando o cinema nacional. 	Comment by Pedro Tito Teodoro da Mata: Essa parte não ficou muito clara. Faltou uma conexão entre a frase o que está sendo tratado no parágrafo. 
Considerando que o cinema pode atuar como meio de divulgação de cultura de uma nação, o país atualmente, assim como no foi no passado, o país sofre um processo de aculturamento, por meio de exibições de filmes estrangeiros, em geral norte-americanos. Como consequência disso, fFestividades como Halloween, estão se firmando em nossa cultura através deos filmes, assim como outros modos de vida, incluindo conflitos entre nossos jovens em nossas escolas, situação muito comum em filmes hollywoodianos. Por isso, éSendo necessáriao a divulgação do cinema nacional como estratégia parade combater o aculturamento e valorizardivulgar a cultura brasileira. Nesse sentido, podemos, considerarndo o aumento dos aplicativos de exibição cinematográficas na contemporaneidade como algo a ser aproveitado, já que até o momento eles têm sido muito utilizados como instrumentos de meras diversão, sem cumprirnão levando seu papel informativo. Além dissoNeste sentido, percebe-se, ao fazer uma pesquisa em relação àa análise de filmes, que há pouco referencial sobre os enredos ocultos, o que deixa superficiais as abordagens sobre essa deixando apenas esta arte. em sua superficialidade. 
2.2 O Cinema como prática pedagógica sendo o agente de transformação e representação social
Nesta contemporaneidade, os filmes são uma diversão para muitos, uma das poucas formas de lazer, e existem um grande número de sitesmuitos sites e aplicativos voltados para essa forma de entretenimento. tal, dEntretanto, devemos considerar o trabalho de pesquisa em todo o processo de construção fílmica, para além do produto finalde uma película, assim como os possíveis cenários educativos que ele pode proporcionar. Por isso, é , sendo necessário ensinar aos discentes o olhar crítico em relação a essta a sétima arte, é importante que eles reconheçam no filme algopara além de um mero lazer e instrumento mercadológico. Nesse processo de compreensão, uUm dos principais aspectos a serem analisados é quem produziu o filme, e como a história é retratada e sobre o olhar de quais personagens. O uso de filmespelícula em sala de aula, atingei vários sentidos humanos, como audição e visão, atingem o emocional, levando as pessoas a intuíremsentir cheiros e, gostos, e a sentirem alegrias, medos, tristezaspavor, dentre tantaos outraos emoções., No caso dos filmes históricos, ppodemos afirmar serque é uma forma de temporariamente sermos transportados ao passado.	Comment by Pedro Tito Teodoro da Mata: Inseri esse trecho porque nem todo filme nos transporta ao passado. Alguns nos transportam ao futuro, outros, a mundos imaginários etc. 
A arte possui seus aspectos de representação e transformação

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