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Aula 11
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do
Trabalho - AFT) Contabilidade Geral -
2023 (Pré-Edital) Prof. Gilmar Possati
Autor:
Gilmar Possati
25 de Fevereiro de 2023
78664969515 - Maria Auxiliadora Silva Araujo
Gilmar Possati
Aula 11
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - Teoria 3
..............................................................................................................................................................................................2) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - Questões Comentadas 29
..............................................................................................................................................................................................3) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - Lista de Questões 72
..............................................................................................................................................................................................4) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - Resumo 95
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DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA (DFC) 
Aspectos Introdutórios 
Algumas questões sobre a DFC referem-se a aspectos conceituais introdutórios previstos na Lei 6.404/76 e 
na doutrina. Esses pontos são objetivamente abordados a seguir. 
Previsão 
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) está prevista na Lei nº 6.404/76, conforme descrito abaixo: 
 Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as 
seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as 
mutações ocorridas no exercício: 
[...] 
IV – demonstração dos fluxos de caixa; 
[...] 
Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: 
I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de 
caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: 
a) das operações; 
b) dos financiamentos; e 
c) dos investimentos; 
Observe que a DFC informa as variações (entradas e saídas) de dinheiro no disponível de uma empresa em 
determinado período segregando as informações em três fluxos: das operações, dos financiamentos e dos 
investimentos. No decorrer da aula estudaremos os detalhes sobre esses fluxos. 
Veja como isso já foi exigido em prova. 
 
(COPERGÁS) A Demonstração dos Fluxos de Caixa tem por objetivo evidenciar as variações ocorridas entre 
o início e o final do exercício no 
a) grupo de Outros Resultados Abrangentes da companhia. 
b) Capital Circulante Líquido da companhia. 
c) Patrimônio Líquido da companhia. 
d) Ativo circulante da companhia. 
e) Disponível da companhia. 
Comentários 
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Para fixar! A Demonstração dos Fluxos de Caixa tem por objetivo evidenciar as variações ocorridas entre o 
início e o final do exercício no disponível da companhia. 
Gabarito: E 
Obrigatoriedade 
Objetivamente, devemos saber que a DFC é uma demonstração obrigatória para as Sociedades Anônimas. 
Para as Companhias fechadas com PL < 2 milhões não é obrigatória. Nesse ponto é isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa informação é básica e costuma ser exigida, senão vejamos: 
 
(TCE-AM) A apresentação da Demonstração dos Fluxos dos Caixas não é obrigatória para as companhias 
fechadas com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a dois milhões de reais. 
Comentários 
Para fixar! A DFC é uma demonstração obrigatória para as Sociedades Anônimas. Para as Companhias 
fechadas com PL < 2 milhões não é obrigatória. 
Gabarito: Certo 
DFC x DOAR 
Com o advento da Lei n. 11.638/07, que alterou a Lei n. 6.404/76, a DFC veio substituir a antiga 
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). Não vamos entrar no mérito da DOAR. O que 
importa é saber que a DFC veio substituir a DOAR e ponto! Isso já foi alvo de exigência: 
 
OBRIGATÓRIA 
 
SOCIEDADES ANÔNIMAS 
 
FACULTATIVA 
 
COMPANHIAS FECHADAS 
PL < 2 Milhões 
 
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(TSE-CE) A Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos, obrigatória para as companhias abertas e 
para as companhias fechadas com patrimônio líquido, igual ou superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões 
de reais), na data do balanço, foi substituída pela Demonstração 
a) do Resultado Abrangente. 
b) do Valor Adicionado. 
c) de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
d) das Mutações Patrimoniais. 
e) dos Fluxos de Caixa. 
Comentários 
Para fixar! A DFC veio substituir a antiga Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR). 
Gabarito: E 
Nobre audaz, fechamos a primeira parte do nosso estudo da DFC. Agora que já superamos os aspectos 
introdutórios, podemos efetivamente iniciar o estudo do CPC 03. Avante! 
Objetivos, Utilidade e Benefícios da DFC 
Segundo o CPC 03 (R2), 
Informações sobre o fluxo de caixa de uma entidade são úteis para proporcionar aos usuários 
das demonstrações contábeis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e 
equivalentes de caixa, bem como as necessidades da entidade de utilização desses fluxos de 
caixa. As decisões econômicas que são tomadas pelos usuários exigem avaliação da capacidade 
de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa, bem como da época de sua ocorrência e do 
grau de certeza de sua geração. 
As informações da DFC permitem, em conjunto com as demais demonstrações: 
▪ Equacionar as entradas e saídas de recursos, dispostos no tempo; 
▪ Avaliar a capacidade de a empresa gerar fluxos de caixa positivos no futuro; 
▪ Visualizar os fluxos monetários (entradas e saídas de dinheiro) da entidade; 
▪ Avaliar a capacidade de a empresa honrar os compromissos com os seus credores; 
▪ Indicar os valores esperados de entrada e de saída de recursos financeiros, ao longo de um período 
de tempo especificado; 
▪ Identificar a parte do lucro líquido ou prejuízo líquido apurado pelo regime de competência 
convertido em dinheiro; 
▪ Avaliar os efeitos decorrentes das operações de investimentos e financiamentos na posição 
financeira da empresa; 
▪ Avaliar o grau de precisão dos fluxos de caixa estimados no passado e a sua realização no futuro etc. 
Além disso, o CPC 03 (R2) informa que 
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Informações históricas dos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas como indicador do 
montante, época de ocorrência e grau de certeza dos fluxos de caixa futuros. Também são úteis 
para averiguar a exatidão das estimativas passadas dos fluxos de caixa futuros, assim como 
para examinar a relação entre lucratividade e fluxos de caixa líquidos e o impacto das 
mudanças de preços. 
Vamos ver como isso já foi explorado em prova? 
 
(TRT18) Um dos objetivos da Demonstração do Fluxo de Caixa, recém tornada obrigatória em virtude da 
modificação introduzida pela Lei nº 11.638/2007 na Lei das Sociedades por Ações, é 
a) permitir calcular o índice de liquidezcorrente. 
b) avaliar quanto do lucro da entidade foi aplicado no seu Disponível. 
c) evidenciar a variação do Capital Circulante Líquido da entidade de um exercício para o outro. 
d) avaliar a situação financeira da empresa no curto prazo (até um ano). 
e) permitir a auditoria das disponibilidades da empresa com custo menor. 
Comentários 
Um dos objetivos da DFC é identificar a parte do lucro líquido ou prejuízo líquido apurado pelo regime de 
competência convertido em dinheiro. Em outras palavras, avaliar quanto do lucro da entidade foi aplicado 
no seu Disponível. 
Gabarito: B 
Classificação das movimentações de caixa por atividade 
Antes de passarmos à classificação, cabe destacar algumas definições descritas no CPC 03 (R2): 
Caixa: compreende numerário em espécie e depósitos bancários disponíveis. 
Equivalentes de Caixa: são aplicações financeiras de curto prazo (3 meses ou menos), de alta liquidez, que 
são prontamente conversíveis em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco 
de mudança de valor. 
Fluxos de Caixa: são as entradas e saídas de caixa e equivalentes de caixa. 
Atividades Operacionais: são as principais atividades geradoras de receita da entidade e outras atividades 
que não são de investimento e tampouco de financiamento. 
Atividades de Investimento: são as referentes à aquisição e à venda de ativos de longo prazo e de outros 
investimentos não incluídos nos equivalentes de caixa. 
Atividades de Financiamento: são aquelas que resultam em mudanças no tamanho e na composição do 
capital próprio e no capital de terceiros da entidade. 
Professor, essas definições são exigidas em prova? 
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É claro, camarada! Veja a questão abaixo! 
 
(DPU) São denominados equivalentes de caixa os investimentos conversíveis em moeda e que apresentam 
alto risco de alteração de valor, sendo necessária a exposição, no relatório de administração, dos critérios 
adotados para identificar as aplicações em equivalente de caixa. 
Comentários 
A questão apresenta dois erros. Os equivalentes de caixa representam os investimentos conversíveis em 
moeda e que apresentam insignificante risco de alteração de valor. Além disso, a companhia deve expor em 
notas explicativas (e não no relatório de administração) os critérios adotados para identificar as aplicações 
em equivalentes de caixa. 
Gabarito: Errado 
Bem... já estudamos que a DFC deve apresentar os fluxos de caixa do período classificados por atividades 
operacionais, de investimento e de financiamento. Vimos acima os conceitos estabelecidos pelo CPC 03. 
Vamos agora entrar em alguns detalhes importantes para “detonarmos” as questões! 
Segundo o CPC 03, a entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de 
investimento e de financiamento da forma que seja mais apropriada aos seus negócios. A classificação por 
atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a 
posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem 
ser usadas também para avaliar a relação entre essas atividades. 
O Manual de Contabilidade Societária (FIPECAFI) destaca que a natureza da transação deve levar em 
consideração a sua intenção subjacente para fins de classificação. Nesse sentido, os desembolsos de caixa 
efetuados em investimentos adquiridos com a intenção de revenda (títulos, máquinas, terrenos etc.), por 
exemplo, não devem ser classificados como atividades de investimento, mas como atividades operacionais. 
Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por exemplo, 
quando o desembolso de caixa para pagamento de empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte 
dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada 
como atividade de financiamento. 
Vamos estudar cada um dos fluxos com os devidos detalhes! 
Fluxo de caixa das atividades operacionais 
Segundo o CPC 03 (R2), o montante dos fluxos de caixa advindos das atividades 
operacionais é um indicador chave da extensão pela qual as operações da 
entidade têm gerado suficientes fluxos de caixa para amortizar empréstimos, 
manter a capacidade operacional da entidade, pagar dividendos e juros sobre 
o capital próprio e fazer novos investimentos sem recorrer a fontes externas 
de financiamento. 
As atividades operacionais estão relacionadas às principais atividades geradoras de receita da entidade. 
Nos termos do CPC 03 (R2), geralmente resultam de transações e outros eventos que entram na apuração 
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do lucro do exercício. Referido Pronunciamento traz os seguintes exemplos de fluxos de caixa que decorrem 
das atividades operacionais: 
(a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; 
(b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas; 
(c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; 
(d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; 
(e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros 
benefícios da apólice; 
(f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente 
identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e 
(g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis 
para venda futura. 
O CPC 03 (R2) destaca que algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em 
ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais 
transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em 
caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são 
vendidos, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das 
vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais. 
Fluxo de caixa das atividades de Investimento 
Segundo o CPC 03 (R2), a divulgação em separado dos fluxos 
de caixa advindos das atividades de investimento é 
importante em função de tais fluxos de caixa representarem 
a extensão em que os dispêndios de recursos são feitos pela 
entidade com a finalidade de gerar lucros e fluxos de caixa no 
futuro. Somente desembolsos que resultam em ativo reconhecido nas demonstrações contábeis são 
passíveis de classificação como atividades de investimento. 
As atividades de investimento relacionam-se normalmente com o aumento (aquisição) e diminuição 
(venda) dos ativos de longo prazo (não circulantes) que a empresa utiliza para produzir bens e serviços. 
As atividades de investimento incluem, ainda, outros investimentos não incluídos como equivalentes de 
caixa. 
Referido Pronunciamento cita os seguintes exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de 
investimento: 
(a) pagamentos em caixa para aquisição de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo prazo. 
Esses pagamentos incluem aqueles relacionados aos custos de desenvolvimento ativados e aos ativos 
imobilizados de construção própria; 
(b) recebimentos de caixa resultantes da venda de ativo imobilizado, intangíveis e outros ativos de longo 
prazo; 
(c) pagamentos em caixa para aquisição de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida de outras 
entidadese participações societárias em joint ventures (exceto aqueles pagamentos referentes a títulos 
considerados como equivalentes de caixa ou aqueles mantidos para negociação imediata ou futura); 
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(d) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais ou instrumentos de dívida 
de outras entidades e participações societárias em joint ventures (exceto aqueles recebimentos referentes 
aos títulos considerados como equivalentes de caixa e aqueles mantidos para negociação imediata ou 
futura); 
(e) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos 
feitos por instituição financeira); 
(f) recebimentos de caixa pela liquidação de adiantamentos ou amortização de empréstimos concedidos 
a terceiros (exceto aqueles adiantamentos e empréstimos de instituição financeira); 
(g) pagamentos em caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos 
forem mantidos para negociação imediata ou futura, ou os pagamentos forem classificados como atividades 
de financiamento; e 
(h) recebimentos de caixa por contratos futuros, a termo, de opção e swap, exceto quando tais contratos 
forem mantidos para negociação imediata ou venda futura, ou os recebimentos forem classificados como 
atividades de financiamento. 
Fluxo de caixa das atividades de Financiamento 
Segundo o CPC 03 (R2), a divulgação separada dos fluxos de caixa advindos das 
atividades de financiamento é importante por ser útil na predição de exigências 
de fluxos futuros de caixa por parte de fornecedores de capital à entidade. 
As atividades de financiamento relacionam-se com os empréstimos de credores 
e investidores à entidade. Resultam em mudanças no tamanho e na composição do capital próprio e do 
capital de terceiros da entidade. 
Referido Pronunciamento cita os seguintes exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de 
financiamento: 
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; 
(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade; 
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida, 
hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; 
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e 
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil 
financeiro. 
 
O CPC 03 (R2) encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos 
e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais, e os dividendos 
e juros sobre o capital próprio pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento. Alternativa 
diferente deve ser seguida de nota evidenciando esse fato. 
Assim, temos: 
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Juros Recebidos ou pagos: Atividades Operacionais 
Dividendos e Juros sobre o capital próprio recebidos: Atividades operacionais 
Dividendos e Juros sobre o capital próprio pagos: Atividades de financiamento 
 
 
Vamos ver como esse ponto já foi exigido! 
 
(METRÔ-SP) Na elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa são classificados como itens das 
atividades de financiamentos a venda de ações emitidas e o pagamento de dividendos e juros sobre o 
capital próprio. 
Comentários 
Para fixar! Conforme vimos, o caixa recebido pela emissão de ações, ou seja, a venda de emissões emitidas 
e o pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio são classificados como itens das atividades de 
financiamento. 
Gabarito: Certo 
Observação: Algumas informações não se enquadram em nenhum dos três fluxos. Como assim? Observe o 
seguinte item do CPC 03 (R2): 
Ganhos e perdas não realizados resultantes de mudanças nas taxas de câmbio de moedas estrangeiras não 
são fluxos de caixa. Todavia, o efeito das mudanças nas taxas cambiais sobre o caixa e equivalentes de 
caixa, mantidos ou devidos em moeda estrangeira, é apresentado na demonstração dos fluxos de caixa, a 
fim de reconciliar o caixa e equivalentes de caixa no começo e no fim do período. Esse valor é apresentado 
separadamente dos fluxos de caixa das atividades operacionais, de investimento e de financiamento e 
inclui as diferenças, se existirem, caso tais fluxos de caixa tivessem sido divulgados às taxas de câmbio do fim 
do período. 
Antes de passarmos ao estudo dos métodos de elaboração, vamos esquematizar o que estudamos acima 
sobre os fluxos. 
 
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Muitas questões de DFC exploram os exemplos dispostos no CPC 03, acima descritos. Logo, saber esses 
exemplos é fundamental! Vamos ver como isso é explorado? 
 
(SEFAZ-SP) Durante o ano de 2012, a Cia. Desenvolvida S.A. adquiriu ações de sua própria emissão, pagou 
fornecedores de matéria-prima e pagou três prestações de um arrendamento mercantil financeiro 
referentes à aquisição de uma máquina. Estas transações devem ser classificadas, respectivamente, na 
Demonstração dos Fluxos de Caixa como fluxos de caixa decorrentes das atividades 
a) operacionais, de financiamento e de financiamento. 
b) de financiamento, operacionais e operacionais. 
c) de investimento, operacionais e de financiamento. 
d) de financiamento, operacionais e de investimento. 
e) de financiamento, operacionais e de financiamento. 
Comentários 
O CPC 3 traz os seguintes exemplos de fluxos de caixa advindos das atividades de financiamento: 
(a) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; 
(b) pagamentos em caixa a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade; 
(c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, outros títulos de dívida, 
hipotecas e outros empréstimos de curto e longo prazos; 
(d) amortização de empréstimos e financiamentos; e 
(e) pagamentos em caixa pelo arrendatário para redução do passivo relativo a arrendamento mercantil 
financeiro. 
Ademais, estudamos que as atividades operacionais estão relacionadas às principais atividades geradoras de 
receita da entidade. Segundo o CPC 03 (R2), geralmente resultam de transações e outros eventos que entram 
na apuração do lucro do exercício. Do exposto, temos: 
Aquisição de ações de sua própria emissão → financiamento 
Pagamento de fornecedores de matéria-prima → operações 
Pagamento de três prestações de um arrendamento mercantil financeiro → financiamento 
Gabarito: E 
Agora que já sabemos o que entra em cada um dos fluxos, vamos dar mais um passo importante para 
“detonarmos” o CPC 03: estudaremos agora os métodos de elaboração da DFC. 
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Métodos de elaboração da DFC 
Objetivamente, você deve saber que a DFC pode ser elaborada por dois métodos: direto e indireto. 
Método Direto: as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos são divulgadas. 
Método Indireto: o lucro líquido ou o prejuízoé ajustado pelos efeitos de transações que não envolvem 
caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de 
caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou 
despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento. 
A diferença entre os dois métodos reside na apresentação dos fluxos de caixa das atividades operacionais. 
Os demais fluxos (investimento e financiamento) seguem o mesmo raciocínio nos dois métodos. 
O CPC 03 (R2) faculta a utilização tanto do método direto, quanto do indireto. No entanto, exige para a 
empresa que utilize o método direto a conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das 
atividades operacionais. 
Vejamos com os devidos detalhes cada um dos métodos. 
DFC – Método Direto 
Segundo o método direto, a apresentação dos fluxos das atividades operacionais consiste na evidenciação 
direta dos recebimentos (entradas) e pagamentos (saídas) durante o período. Representa, portanto, o fluxo 
do disponível durante o exercício. Assim, temos: 
Entradas de recursos: fluxo de caixa positivo. 
Saídas de recursos: fluxo de caixa negativo. 
Segundo esse método, as informações sobre as principais classes de recebimentos brutos e de pagamentos 
brutos podem ser obtidas: 
▪ dos registros contábeis da entidade; ou 
▪ pelo ajuste das vendas, dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços vendidos (no caso de 
instituições financeiras, pela receita de juros e similares e despesa de juros e encargos e similares) e 
outros itens da demonstração do resultado referentes a: 
- variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar; 
- outros itens que não envolvem caixa; e 
- outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de 
financiamento. 
Segundo o Manual de Contabilidade Societária (FIPECAFI), ao utilizar o método direto, as empresas devem 
determinar os fluxos das operações, no mínimo, nas seguintes classes: 
▪ recebimentos de clientes, incluindo os recebimentos de arrendatários, concessionários e similares; 
▪ recebimentos de juros e dividendos; 
▪ outros recebimentos de operações, se houver; 
▪ pagamentos a empregados e fornecedores de produtos e serviços, aí incluídos segurança, 
propaganda, publicidade e similares; 
▪ juros pagos; 
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▪ impostos pagos; 
▪ outros pagamentos das operações, se houver. 
A seguir temos a estrutura da DFC pelo método direto: 
Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Direto 
Atividades Operacionais 
(+) Recebimento de clientes 
(+) Recebimento de juros 
(+) Recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio 
(+) Duplicatas Descontadas 
(-) Pagamentos 
 Fornecedores 
 Impostos e Contribuições 
 Salários 
 Juros 
 Despesas Operacionais 
Despesas Pagas Antecipadamente 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais (I) 
Atividades de Investimento 
(+/-) Compra/venda de investimentos, imobilizado e intangível (parte do AÑC) 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Investimento (II) 
Atividades de Financiamento 
(+) Aumento/integralização de capital (PL) 
(+) Recebimento de empréstimos e financiamentos 
(-) Pagamento de dividendos e Juros sobre o capital próprio 
(-) Pagamento de Empréstimos e Financiamentos (exceto juros) 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Financiamento (III) 
IV - Variação Líquida do Disponível (I + II + III) 
V - Saldo inicial do Disponível 
VI - Saldo Final do Disponível (IV + V) 
Para resolvermos as questões pelo método direto, a partir de informações do balanço patrimonial e DRE, 
usamos a seguinte fórmula para determinar os recebimentos e pagamentos. 
Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final 
De modo geral, os saldos iniciais e finais são extraídos do BP e as entradas são extraídas da DRE. 
Meus camaradas, uma boa parte das questões sobre o método direto solicitam o cálculo envolvendo alguma 
conta, principalmente a conta Duplicas a Receber (Clientes) e a conta Fornecedores. Geralmente, as bancas 
pedem qual o valor recebido de clientes ou qual o valor pago a fornecedores. Para resolver essas questões, 
basta usarmos a fórmula que vimos acima. 
Para facilitar sua vida, veja como você pode estruturar o seu cálculo na hora da prova. 
 
 
 
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Recebimento de Clientes (duplicatas a receber) 
Saldo Inicial de Clientes 
(+) Entradas (Vendas) 
(-) Saídas (Recebimentos) 
(=) Saldo Final de Clientes 
Se houver algum adiantamento de clientes nas informações da questão, isso afetará o cálculo, afinal estamos 
recebendo de clientes (mesmo que seja de forma adiantada!). Além disso, as devoluções de vendas, os 
abatimentos sobre vendas e os descontos incondicionais (comerciais) sobre vendas também afetam o 
cálculo. Assim, de forma mais detalhada, temos: 
Saldo Inicial de Clientes 
(+) Entradas (Receita Bruta de Vendas) 
(-) Devoluções/Abatimentos de vendas 
(-) Descontos Incondicionais (comerciais) sobre vendas 
(+) Adiantamento de Clientes (saldo inicial) 
(-) Adiantamento de Clientes (saldo final) 
(-) Saídas (recebimentos) 
(=) Saldo Final de Clientes 
Geralmente as questões não entram nesses detalhes. 
Pagamento de Fornecedores 
Saldo Inicial de Fornecedores 
(+) Entradas (Compras*) 
(-) Saídas (Pagamentos) 
(=) Saldo Final de Fornecedores 
* Para calcularmos as compras usamos a “velha” fórmula: 
CMV = Estoque Inicial (EI) + Compras – Estoque Final (EF) 
Simplificando: Compras = EF – EI + CMV 
Aqui vale a mesma observação anterior. Se houver algum adiantamento a fornecedores nas informações da 
questão, isso afetará o cálculo, afinal estamos pagando fornecedores (mesmo que seja de forma adiantada!). 
Assim, de forma mais detalhada, temos: 
Saldo Inicial de Fornecedores 
(+) Entradas (Compras) 
(+) Adiantamento a Fornecedores (saldo final) 
(-) Adiantamento a Fornecedores (saldo inicial) 
(-) Saídas (Pagamentos) 
(=) Saldo Final de Fornecedores 
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Vamos ver na prática como “detonar” exigências do método direto? 
 
(ISS-SP) A Cia. Novo Horizonte elabora a demonstração do fluxo de caixa pelo método direto. São dadas 
as seguintes informações extraídas de sua contabilidade, referentes ao exercício de 2005, em R$: 
Saldo inicial da conta Fornecedores 200.000,00 
Saldo final da conta Estoque de Mercadorias 400.000,00 
Custo das mercadorias vendidas 950.000,00 
Saldo inicial da conta Estoque de Mercadoria 380.000,00 
Saldo final da conta Fornecedores 260.000,00 
O valor pago pela companhia a fornecedores no exercício de 2005 correspondeu a, em R$: 
a) 950.000,00 b) 910.000,00 c) 890.000,00 d) 870.000,00 e) 840.000,00 
Comentários 
Nesse tipo de questão o melhor caminho para a resolução é utilizarmos a fórmula: 
Saldo inicial (fornecedores) + compras - pagamentos = saldo final (fornecedores) 
Observe que a questão nos informa o saldo inicial e o saldo final. Assim, se encontrarmos o valor das 
compras, basta aplicarmos a equação acima para acharmos o valor pago pela companhia a fornecedores. 
Logo, como a questão nos informa o valor do CMV, podemos aplicar a “velha” equação: 
CMV = EI (estoque inicial) + Compras – EF (estoque final). Assim, temos: 
950.000,00 = 380.000,00 + Compras - 400.000,00Compras = 970.000,00 
Agora, basta aplicarmos a equação: 
Saldo inicial (fornecedores) + compras - pagamentos = saldo final (fornecedores) 
200.000,00 + 970.000,00 - Pagamentos = 260.000,00 
Pagamentos = 910.000,00 
Gabarito: B 
Veja que não há mistério! Basta aplicar a técnica. Vamos ver outra questão, agora exigindo o recebimento 
de clientes. 
 
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(TRT-MG) Considere as informações extraídas do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do 
Exercício da empresa Horizonte, empresa comercial, referentes ao exercício de X2: 
 
Com base nestas informações, o valor recebido de clientes em X2 foi, em milhares de reais, 
a) 870.000,00 
b) 930.000,00 
c) 900.000,00 
d) 875.000,00 
e) 547.000,00 
Comentários 
Trata-se de questão que exige a aplicação do método direto para cálculo do fluxo de caixa. Para tanto, vamos 
utilizar a fórmula que estudamos: 
Saldo Inicial + Entradas – Saídas = Saldo Final 
Geralmente, os saldos iniciais e finais são obtidos do Balanço Patrimonial. Já as entradas são obtidas da DRE. 
Assim, efetuando o cálculo, temos: 
Saldo inicial = 110.000,00 (saldo inicial da conta clientes) 
(+) Entradas (vendas) = 900.000,00 (receita bruta de vendas) 
(-) Saídas (recebimentos) = ??? 
(=) Saldo Final = 140.000,00 (saldo final da conta clientes) 
Recebimentos = 110.000,00 + 900.000,00 – 140.000,00 = 870.000,00 
Gabarito: A 
Vamos agora estudar o método indireto. 
 
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DFC – Método Indireto 
Conforme já comentado, segundo esse método o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado basicamente pelos 
efeitos de transações que não envolvem caixa. Esse método é também conhecido por “método da 
reconciliação” ou “método da conciliação”, pois faz a conciliação entre o lucro líquido e o caixa gerado pelas 
operações. É o método mais exigido em concursos. 
Esse detalhe já foi exigido em prova! 
 
(TCM-CE) A apuração da Demonstração do Fluxo de Caixa que reconcilia o Lucro Líquido e o Caixa gerado 
pelas operações, e que é por isso também chamada de “método de reconciliação”, utiliza o método 
a) direto. 
b) equivalente de produção. 
c) indireto. 
d) de equivalência patrimonial. 
e) de capital circulante líquido. 
Comentários 
Para fixar! A apuração da Demonstração do Fluxo de Caixa que reconcilia o Lucro Líquido e o Caixa gerado 
pelas operações, e que é por isso também chamada de “método de reconciliação”, utiliza o método 
indireto. 
Gabarito: C 
A lógica do método indireto é simples. Parte-se da premissa que todo o lucro afeta diretamente o caixa. 
Como sabemos que isso não corresponde à realidade, são efetuados alguns ajustes. Assim, partimos do lucro 
líquido (ou prejuízo líquido) extraído da DRE e fazemos as adições e subtrações a este dos itens que, no 
exercício, afetam o lucro, mas não afetam o caixa. Pelo método indireto, a DFC pode ser estruturada da 
seguinte forma: 
Demonstração dos Fluxos de Caixa – Método Indireto 
Das Operações 
Resultado Líquido do Exercício (Lucro ou Prejuízo) 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão; 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(+) Despesa Financeira que não afeta o caixa (não paga) 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 
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(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 
(-) Lucro nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Receita Financeira que não afeta o caixa (não paga) 
(=) Resultado Líquido Ajustado 
(+/-) Variações nos Ativos Operacionais 
(-) Aumentos das Contas do Ativo Circulante, exceto Disponível 
(+) Diminuição das Contas do Ativo Circulante, exceto Disponível 
(+/-) Variações nos Passivos Operacionais 
(+) Aumentos das Contas do Passivo Circulante 
(-) Diminuição das Contas do Passivo Circulante 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais (I) 
Dos Investimentos 
(+) Valor da Alienação de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Aquisição de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(+) Redução do Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo (recebimento de empréstimos ou 
financiamento concedidos) 
(-) Aumento do Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo (desembolso de empréstimos ou 
financiamentos concedidos) 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Investimento (II) 
Dos Financiamentos 
(+) Realização do Capital Social e Contribuições para Reservas de Capital 
(+) Aumento do Passivo Não Circulante - Longo Prazo (recebimento de empréstimos) 
(-) Dividendo pagos/Resgate ou Reembolso de Ações/Resgate de Debêntures 
(-) Redução do Passivo Não Circulante - Longo Prazo (pagamento de empréstimos) 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Financiamento (III) 
Variação Líquida do Disponível = I + II + III (IV) 
(+) Saldo Inicial do Disponível (V) 
(=) Saldo Final do Disponível = IV + V 
A estrutura acima é apenas um modelo! Trata-se da estrutura básica, ou seja, contém as principais 
informações que constam na DFC elaborada pelo método indireto. 
Sabendo apenas essa estrutura já conseguimos “matar” algumas questões de prova. Veja como pode ser 
exigida uma questão teórica sobre a estrutura da DFC. 
 
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(TJ-AP) Na elaboração do Fluxo de Caixa pelo método indireto, para a determinação do fluxo de caixa 
líquido das atividades operacionais, correspondem a ajustes do resultado líquido 
a) as variações cambiais não-realizadas, o resultado de equivalência patrimonial e as perdas com clientes. 
b) a provisão para crédito de liquidação duvidosa, as recuperações de perdas com clientes e as receitas 
eventuais recebidas. 
c) as depreciações reconhecidas no período e os resultados líquidos obtidos com alienação de investimentos. 
d) os dividendos recebidos, a amortização de parcelas de empréstimos de longo prazo e os recebimentos por 
alienação de imobilizados. 
e) a conversão de passivo de longo prazo em capital, os valores correspondentes a descontos de duplicatas 
e as aquisições de imobilizados. 
Comentários 
Os principais ajustes estão discriminados no modelo estudado, quais sejam: 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão; 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 
(-) Lucro nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
Gabarito: C 
Ah, professor, em concursos mais difíceis a DFC não é exigida de forma fácil assim!? 
Ah, não? Então dê uma olhada na questão abaixo! 
 
(Receita Federal) O lucro obtido na Venda de Imobilizado e o Resultado de Equivalência Patrimonial 
representam, na Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): 
a) ingresso de caixa na atividade de investimento. 
b) aumento de atividades operacionais. 
c) ajustes do resultado na elaboração da DFC. 
d) ingressos por Receita Operacional. 
e) aumento de investimentos. 
Comentários 
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Que tal essa exigência do CPC 03 no concurso para Auditor da Receita? Veja que saber a estrutura da DFC 
pode lhe render pontos fundamentais! 
Conforme vimos, no método indireto, o lucro líquido ou o prejuízo é ajustado pelos efeitos de transações 
que não envolvem caixa, pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre 
recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens 
de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de investimento ou de financiamento. 
Para fixar, vamos inserir novamente aqui os principais ajustes que são exigidos em provas: 
(+) Depreciação, Amortização, Exaustão; 
(+) Perda de Equivalência Patrimonial 
(+) Variação Monetária Passiva de Longo Prazo 
(+) Prejuízo nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial 
(-) Variação Monetária Ativa de Longo Prazo 
(-) Lucro nas Vendas de Bens ou Direitos do Ativo Não Circulante 
Logo, percebe-se que o lucro obtido na Venda de Imobilizado e o Resultado de Equivalência Patrimonial 
representam na DFC (método indireto) ajustes do resultado. 
Gabarito: C 
Nobre audaz, estamos quase chegando ao final da aula, mas é claro que precisamos entender melhor como 
o método indireto é exigido em questões que exigem cálculos, ou seja, que necessitamos estruturar a DFC a 
partir de informações fornecidas pelo examinador. 
Para tanto, separamos duas questões que considero excelentes para esse propósito. Vamos estudá-las? 
 
(SEFAZ-RJ) Determinada empresa comercial apresentava as seguintes demonstrações contábeis (valores 
expressos em reais): 
 
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Com base nestas demonstrações contábeis e considerando, ainda, que os juros não foram pagos e foi 
recebido o valor da venda de terreno não destinado a aluguel, o fluxo de caixa gerado pelas Atividades 
Operacionais no primeiro trimestre de 2013 foi 
a) R$ 121.000,00. 
b) R$ 98.000,00. 
c) R$ 132.000,00. 
d) R$ 19.000,00. 
e) R$ 42.000,00. 
Comentários 
Essa é uma clássica questão envolvendo cálculos sobre a DFC. A máscara é sempre a mesma. A banca fornece 
o balanço patrimonial e a DRE, algumas informações acessórias e pede algum fluxo de caixa (operacional, 
investimento ou financiamento). A seguir temos duas formas de resolvermos a questão. 
Resolução 1 – Método Indireto 
Conforme estudamos, por esse método partimos do lucro líquido e efetuamos ajustes de contas que não 
afetam o caixa ou que não fazem parte das operações finalísticas da empresa, tais como despesa de 
depreciação e resultado (ganho ou perda) na venda de imobilizado. Feito o ajuste, calculamos a variação dos 
ativos e passivos operacionais. 
Passemos à elaboração da DFC pelo método indireto. 
DFC – Método Indireto 
Fluxo das Operações 
(+) Lucro Líquido 76.000 
(+) Despesa de Depreciação 10.000 
(+) Prejuízo na venda de imobilizado (terreno) 23.000 
(+) Despesa Financeira 12.000 
(=) Resultado Líquido Ajustado 121.000 
Informações 
extraídas da 
DRE 
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(+/-) Variações nos Ativos Operacionais 
(-) Aumento em Duplicatas a Receber (48.000) 
(+) Redução em estoques 8.000 
(-) Aumento em Seguros antecipados (5.000) 
(+/-) Variações nos Passivos Operacionais 
(-) Redução em fornecedores (35.000) 
(+) Aumento em Salários a Pagar 6.000 
(-) Redução em Adiantamento de Clientes (5.000) 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais 42.000 (I) 
Na hora da prova podemos parar por aqui. No entanto, vamos fechar a DFC. 
Fluxo dos Investimentos 
(+) Redução em terrenos (venda) 131.000 
(-) Aumento em Máquinas (compra) (120.000) 
(=) Fluxo de Caixa Líquido dos Investimentos 11.000 (II) 
Fluxo dos Financiamentos 
(+) Aumento em Empréstimos a pagar 8.000 
(+) Aumento do Capital Social 60.000 
(=) Fluxo de Caixa Líquido dos Financiamentos 68.000 (III) 
Variação Líquida do Disponível (I + II + III) 
I - Fluxo de Caixa Líquido das Atv. Operacionais 42.000 
II - Fluxo de Caixa Líquido das Atv. de Investimento 11.000 
III - Fluxo de Caixa Líquido das Atv. de Financiamento 68.000 
Variação Líquida do Disponível 121.000 
(+) Saldo Inicial do Disponível 133.000 
(=) Saldo Final do Disponível (IV + V) 254.000 
Observe que o saldo final do disponível encontrado “bateu” com o saldo final do disponível em 31/03/2013 
no Balanço Patrimonial. 
Observação: Na próxima questão será explicada a lógica dos aumentos e reduções referentes ao fluxo das 
operações. Vamos nos concentrar agora em entender outra técnica para resolver as questões. 
Resolução 2 – Pela Variação do Disponível (“método da variação das disponibilidades”) 
Pessoal, vocês não vão encontrar esse “método” em livros, pois é uma dedução da estrutura, inclusive esse 
nome é uma invenção nossa para facilitarmos a fixação ☺. 
Atenção: Um detalhe que nos quebra é que nem sempre usando esse método vamos chegar à resposta. Para 
fechar o examinador tem que colocar todos os valores adequados. Assim, o que ocorre algumas vezes é que 
ele altera apenas as informações necessárias para se chegar a algum fluxo (normalmente o das operações) 
Informações 
extraídas do 
BP 
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e aí não fecha os demais fluxos. Logo, a dica é não se desesperar se não consegue fechar por esse método, 
pois são as informações fornecidas pela questão que estão distorcidas para o fechamento total da DFC. 
Ressalva realizada, uma maneira (mais fácil) de resolvermos esse tipo de questão é calcularmos a variação 
do disponível, dos fluxos de investimento e financiamento e, então, do fluxo operacional, da seguinte forma: 
 Variação do Disponível (caixa gerado ou consumido nas atividades) = FCO + FCI + FCF 
De forma simplificada: ∆ Disponível = FCO + FCI + FCF 
Em que: 
FCO → Fluxo de Caixa Operacional; 
FCI → Fluxo de Caixa Investimentos; 
FCF → Fluxo de Caixa Financiamentos. 
Assim, temos: 
FCI 
Redução em terrenos (venda) → + 131.000 
Aumento em Máquinas (compra) → - 120.000 
FCI = + 11.000 
FCF 
Aumento em Empréstimos a pagar → + 8.000 
Aumento do Capital Social → + 60.000 
FCF = + 68.000 
∆ Disponível = FCO + FCI + FCF 
254.000 – 133.000 = FCO + 11.000 + 68.000 
FCO = 121.000 – 79.000 
FCO = 42.000,00 
Observe que esse método é mais fácil, pois não precisamos efetuar os ajustes quando a questão solicitar o 
fluxo das operações, pois basta calcularmos os demais fluxos e aplicar a lógica acima. 
Gabarito: E 
Agora chegou o momento de entendermos melhor a lógica dos aumentos e reduções considerados na 
elaboração da DFC. Para tanto, selecionamos a questão abaixo que é excelente para o nosso propósito. 
 
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(TCE-SP) A Empresa Corrente S.A. apresentou, em 31/12/2011, as seguintes demonstrações contábeis: 
 
 
Com base nas demonstrações da Empresa Corrente S.A. e sabendo que houve distribuição e pagamento de 
dividendosde 70.000, e que as despesas financeiras não foram pagas, o fluxo de caixa gerado pelas 
Atividades Operacionais foi, em reais, 
a) 202.000. 
b) 274.000. 
c) 280.000. 
d) 295.000. 
e) 316.000. 
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Comentários 
Vamos aproveitar essa questão para destrincharmos mais a lógica dos aumentos e reduções, para que não 
precisemos ficar decorando regras do tipo “se for ativo e aumentar o saldo, devemos ...”. 
Para tanto, vamos elaborar a DFC completa pelo método indireto e a seguir teceremos algumas observações 
que vão ajudar a entender a lógica, beleza? Avante! 
DFC – Método Indireto 
Fluxo das Operações 
(+) Lucro Líquido 183.000 
(+) Despesa de Depreciação 10.000 
(-) Ganho de Equivalência Patrimonial (6.000) 
(+) Despesa Financeira 15.000 
(=) Resultado Líquido Ajustado 202.000 
(+/-) Variações nos Ativos Operacionais 
(+) Redução em Duplicatas a Receber 20.000 
(+/-) Variações nos Passivos Operacionais 
(+) Aumento em IR/CSLL a Pagar 93.000 
(-) Redução em Fornecedores (41.000) 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais 274.000 (I) 
Fluxo dos Investimentos 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Investimento 0 (II) 
Fluxo dos Financiamentos 
(+) Realização do Capital Social 10.000 
(-) Dividendo Pagos (70.000) 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades de Financiamento (60.000) (III) 
Variação Líquida do Disponível (I + II + III) 
I - Fluxo de Caixa Líquido das Atv. Operacionais 274.000 
II - Fluxo de Caixa Líquido das Atv. de Investimento 0 
III - Fluxo de Caixa Líquido das Atv. de Financiamento (60.000) 
Variação Líquida do Disponível 214.000 
(+) Saldo Inicial do Disponível 100.000 
(=) Saldo Final do Disponível (IV + V) 314.000 
Observe que o saldo final do disponível encontrado “bateu” com o saldo final do disponível em 31/12/2011 
no Balanço Patrimonial. 
Observações: 
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A seguir temos alguns comentários que ajudam a entender a sistemática da elaboração da DFC pelo método 
indireto. 
(i) Sempre o saldo final do disponível encontrado na DFC deverá “bater” com aquele descrito no balanço 
patrimonial. Na hora da prova (caso houver tempo para tanto) você poderá elaborar a DFC completa e 
verificar se está “batendo”. 
(ii) Duplicatas a Receber → observe que houve uma redução de 20.000,00 nessa conta (140.000 para 
120.000). Essa redução ocasiona um aumento no lucro ajustado. 
A ideia é a seguinte: como a empresa tinha 140 mil para receber e agora tem somente 120 mil, significa que 
ela recebeu 20 mil, não é mesmo? E se ela recebeu, houve entrada no caixa, por isso a redução nessa conta 
ocasiona um aumento no saldo do caixa. O lançamento é o seguinte: 
D – Caixa 
C – Duplicatas a Receber 
(iii) Investimento → observe que houve um aumento de 6.000,00 nessa conta (150.000 para 156.000). Esse 
aumento é resultado de equivalência patrimonial (ganho), evidenciado na DRE. O lançamento desse fato é: 
D - Investimento (Ativo Não Circulante) 
C - Resultado de Equivalência Patrimonial (Receita) ....... 6.000 
Como essa operação não afeta o caixa, na apuração do lucro ajustado o valor referente a esse resultado deve 
ser subtraído, pois foi somado na DRE, aumentando o lucro. 
(iv) Imobilizado → observe que a conta edifícios não apresentou alterações no saldo. No entanto, a conta 
de depreciação acumulada apresentou variação (aumento) de 10.000,00, evidenciada na DRE como 
“Despesas de Depreciação”. Esse aumento ocasiona um aumento no lucro ajustado. A ideia é a seguinte: 
 O lançamento dessa operação é: 
D - Despesas de Depreciação (Despesa) 
C - Depreciação Acumulada (Retificadora do AÑC/Imobilizado) ... 10.000 
Como essa operação não afeta o caixa, na apuração do lucro ajustado o valor referente a esse resultado deve 
ser somado, pois foi subtraído na DRE, aumentando o lucro. 
(v) Fornecedores → observe que houve uma redução de 41.000,00 nessa conta (160.000 para 119.000). Essa 
redução ocasiona uma redução no lucro ajustado. A ideia é a seguinte: como a empresa tinha 160 mil para 
pagar e agora tem somente 119 mil, significa que ela pagou 41 mil, não é mesmo? E se ela pagou, houve 
saída no caixa, por isso a redução nessa conta ocasiona uma diminuição no saldo do caixa. 
(vi) IR/CSLL a Pagar → observe que houve um aumento de 93.000,00 nessa conta (0 para 93.000). Se houve 
aumento, significa que não houve desembolso de dinheiro para pagar esse passivo. Logo, foi provisionado 
mais imposto do que pago. Esse excesso de despesa em relação ao caixa está evidenciado na DRE como 
“Despesas com IR e CSLL”. Nesse sentido, a diferença é compensada indiretamente por meio de seu 
acréscimo ao lucro. 
(vii) Empréstimos → observe que houve um aumento de 15.000,00 nessa conta (210.000 para 225.000), 
evidenciado na DRE como “Despesa Financeira”. Esse aumento ocasiona um aumento no lucro ajustado. A 
ideia é a seguinte: 
O lançamento dessa operação é: 
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D - Despesas Financeira (Despesa) 
C - Empréstimos (passivo não circulante) ... 15.000 
Como essa operação não afeta o caixa (a questão informa que as despesas financeiras não foram pagas no 
período), na apuração do lucro ajustado o valor referente a esse resultado deve ser somado, pois foi 
subtraído na DRE, aumentando o lucro. 
Lembrando que podemos resolver a questão pelo “método da variação das disponibilidades”: 
FCI 
FCI = 0 
FCF 
Aumento do Capital Social → + 10.000 
Dividendo Pagos → - 70.000 
FCF = - 60.000 
∆ Disponível = FCO + FCI + FCF 
214.000 = FCO + 0 - 60.000 
FCO = 214.000 + 60.000 
FCO = 274.000,00 
Gabarito: B 
Com isso fechamos o estudo teórico do “famigerado” CPC 03 (R2). Com o que estudamos hoje, aliado a uma 
boa dose de treino por meio de questões que selecionamos a seguir, você estará preparado(a) para o que 
der e vier! 
Bora praticar? Então, avante! 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (FGV/Analista/TJDFT/2022) Na perspectiva da Demonstração dos Fluxos de Caixa, os equivalentes de 
caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo. Quanto a esse 
componente, o Pronunciamento CPC 03 dispõe que: 
a) a gestão de caixa desconsidera o investimento do excesso de caixa em equivalentes de caixa; 
b) há circunstâncias em que saldos bancários a descoberto são incluídos como componente de caixa e 
equivalentes de caixa; 
c) um investimento normalmente deve ser enquadrado como equivalente de caixa se for resgatável a partir 
de noventa dias; 
d) o risco de mudança de valor é um fator secundário na qualificação de um investimento como equivalente 
de caixa; 
e) investimentos em instrumentos patrimoniais são considerados como equivalentes de caixa se forem 
resgatáveis no curto prazo. 
Comentários 
a. Errado. A gestão de caixa considera o investimento do excesso de caixa em equivalentes de caixa. 
b. Certo. Segundo o CPC 03, os empréstimos decorrentes de operações bancárias são tratados como 
atividade de financiamento. Todavia, as entidades podem captar recursos para abater o chamado “cheque 
especial” ou saldo bancário a descoberto,onde a entidade passa a ter uma dívida junto a instituição 
financeira, resultando em um saldo credor. Portanto, esse saldo a descoberto será incluído como caixa e 
equivalente de caixa. 
c. Errado. O investimento será enquadrado como caixa e equivalente se for resgatável até 3 meses ou menos 
(menos de noventa dias). 
d. Errado. O risco de mudança de valor é um fator primário. 
e. Errado. Conforme comentário à opção C. 
Gabarito: B 
2. (FGV/Consultor/SEFAZ-ES/2022) Uma sociedade empresária do ramo imobiliário possuía um edifício com 
salas comerciais. Enquanto não conseguia vender as salas, ela as alugava a terceiros. 
Em dezembro de X0, as salas foram vendidas por R$ 100.000. Do valor, metade foi recebido à vista e o 
restante, em janeiro de X1. 
Assinale a opção que indica o impacto da venda na Demonstração dos Fluxos de Caixa da sociedade 
empresária, em 31/12/X0. 
 a) Aumento de R$ 100.000 na atividade de investimento. 
 b) Aumento de R$ 100.000 na atividade de financiamento. 
 c) Aumento de R$ 50.000 na atividade de investimento. 
 d) Aumento de R$ 50.000 na atividade de financiamento. 
 e) Aumento de R$ 50.000 na atividade operacional. 
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Comentários 
O “X” da questão está em seu ramo de atuação: imobiliário. Nesse caso, tanto a venda como o aluguel de 
imóveis representam atividade fim da empresa. Logo, nesse caso o fluxo de caixa (recebimento) decorrente 
da venda do imóvel representa uma atividade operacional. Como houve o recebimento da metade da venda 
à vista (R$ 50mil), esse é o valor que impactou o caixa ao final de dezembro. 
Gabarito: E 
3. (FGV/Investigador/PC-AM/2022) Uma entidade do setor de varejo recebe juros por aplicações 
financeiras. De acordo com o CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa, na Demonstração dos Fluxos 
de Caixa elaborada pelo método direto, o montante recebido em dinheiro é contabilizado como fluxo de 
caixa gerado pela atividade 
a) operacional, apenas. 
b) de investimento, apenas. 
c) de financiamento, apenas. 
d) operacional ou de financiamento. 
e) operacional ou de investimento. 
Comentários 
Os juros recebidos podem ser classificados de duas formas, segundo o CPC 03, 
33. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos são comumente 
classificados como fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há consenso sobre 
a classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e os dividendos e os 
juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa operacionais, porque 
eles entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros pagos e os juros, os 
dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados, respectivamente, como fluxos 
de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são custos de obtenção de recursos 
financeiros ou retornos sobre investimentos 
Gabarito: E 
4. (FGV/Perito/PC-AM/2022) A Demonstração dos Fluxos de Caixa deve apresentar os fluxos de caixa do 
período classificados como atividades operacionais, de investimento e de financiamento. Assinale a opção 
que indica uma transação que pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade, de acordo 
com as recomendações do Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) – Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
a) Captação de debênture de longo prazo. 
b) Aumento de capital social pelos acionistas, sendo uma parte em dinheiro e o restante por meio de 
imóveis. 
c) Pagamento de dividendos obrigatório e adicionais aos acionistas. 
d) Pagamento simultâneo de principal e juros de empréstimo bancário. 
e) Pagamentos a investidores para adquirir ou resgatar ações da entidade. 
Comentários 
a. Errado. Atividade de financiamento. 
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b. Errado. Atividade de financiamento (aumento em dinheiro). 
c. Errado. Atividade de financiamento (segundo “as recomendações” do CPC, conforme exposto no 
enunciado da questão). 
d. Certo. O pagamento do principal representa atividade de financiamento. Já o pagamento dos juros 
representa atividade operacional (segundo o encorajamento/recomendação do CPC). Segundo o CPC 03, 
12. Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por exemplo, 
quando o desembolso de caixa para pagamento de empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte 
dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada 
como atividade de financiamento. 
e. Errado. Atividade de financiamento. 
Gabarito: D 
5. (FGV/Perito/PC-AM/2022) Uma sociedade empresária reconheceu e pagou imposto de R$ 2.000 
referente à venda de um veículo que era utilizado em sua atividade operacional. 
Na Demonstração dos Fluxos de Caixa da sociedade empresária, o imposto pago deve ser reconhecido como 
a) Ajuste do lucro. 
b) Caixa e equivalentes de caixa. 
c) Atividade Operacional. 
d) Atividade de Investimento. 
e) Atividade de Financiamento. 
Comentários 
Questão que tomou como base o disposto no item 36 do CPC 03, senão vejamos: 
36. [...] os impostos pagos são comumente classificados como fluxos de caixa das atividades operacionais. 
Todavia, quando for praticável identificar o fluxo de caixa dos impostos com uma determinada transação, 
da qual resultem fluxos de caixa que sejam classificados como atividades de investimento ou de 
financiamento, o fluxo de caixa dos impostos deve ser classificado como atividade de investimento ou de 
financiamento, conforme seja apropriado. Quando os fluxos de caixa dos impostos forem alocados em mais 
de uma classe de atividade, o montante total dos impostos pagos no período também deve ser divulgado. 
Basicamente, temos que o acessório (imposto pago) acompanha o principal (nesse caso, venda de um 
veículo = atividade de investimento). 
Gabarito: D 
6. (FGV/Auditor/SEFAZ-AM/2022) Em 01/01/X0, uma sociedade empresária contrai um empréstimo 
bancário de longo prazo no valor de R$100.000. Pelo empréstimo, ela reconhece e paga juros trimestrais de 
R$10.000. 
Na elaboração de sua Demonstração dos Fluxos de Caixa, os contadores da sociedade empresária optam por 
não seguir o encorajamento do Pronunciamento Técnico CPC 03 (02) - Demonstração dos Fluxos de Caixa, 
evidenciando o fato em nota explicativa. 
Assinale a opção que indica o impacto gerado na Demonstração dos Fluxos de Caixa da sociedade 
empresária, em 31/12/X0. 
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a) Aumento de R$60.000 na atividade operacional. 
b) Aumento de R$60.000 na atividade de investimento. 
c) Aumento de R$60.000 na atividade de financiamento. 
d) Aumento de R$100.000 na atividade de financiamento e diminuição de R$40.000 na atividade 
operacional. 
e) Aumento de R$100.000 na atividade de investimento e diminuição de R$40.000 na atividade operacional. 
Comentários 
Houve uma entrada de caixa de R$ 100 mil (captação de empréstimo = atividade de financiamento) e uma 
saída de caixa de R$ 40 mil (10 mil trimestrais), pois a empresa não segue o encorajamento (pagamento de 
juros = atividade operacional) e, portanto, deve classificar o pagamento de juros como saída de caixa 
decorrente da atividade de financiamento. 
Fluxo de caixa líquido (impacto) na atividade de financiamento = 100– 40 = 60 (aumento) 
Gabarito: C 
7. (FGV/Analista/MPE-GO/2022) Em janeiro de X0, uma entidade comprou, à vista, móveis para o seu 
escritório, por R$20.000. Na data, pagou o frete e o seguro para o transporte dos móveis até a sede da 
empresa, no valor de R$500 e de R$800, respectivamente. 
Assinale a opção que indica o fluxo de caixa consumido, respectivamente, pela atividade operacional e pela 
atividade de investimento, apresentado na Demonstração dos Fluxos de Caixa da entidade, elaborada pelo 
Método Direto. 
a) Zero e R$21.300. 
b) R$500 e R$20.000. 
c) R$800 e R$20.000. 
d) R$1.300 e R$20.000. 
e) R$21.300 e zero. 
Comentários 
Questão que envolve conhecimento do entra no custo do imobilizado, segundo o CPC 27. Além disso, 
conhecimento de DFC, segundo o CPC 03. Nesse caso, o valor do imobilizado será de R$ 21.300,00 (20.000 + 
500 + 800*). Segundo o CPC 03, nas atividades de investimento estão inclusos os pagamentos em caixa 
referentes à aquisição de ativos de longo prazo (caso dos móveis para escritório). Cabe destacar que, nesse 
caso apresentado pela questão, não há impacto no fluxo de caixa das atividades operacionais. 
* segundo o CPC 27, o custo do imobilizado inclui, entre outros, o preço de aquisição e qualquer custo diretamente atribuível para 
colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração. 
Logo, o valor do frete e do seguro pagos devem compor o custo do imobilizado. 
Gabarito: A 
8. (FGV/Contador/TJ-TO/2022) Na estrutura de apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), 
os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente derivados das principais atividades 
geradoras de receita da entidade. Na apuração do fluxo de caixa líquido das atividades operacionais, devem 
ser considerados(as): 
a) adiantamentos em caixa e empréstimos feitos a terceiros (exceto se feitos por instituição financeira); 
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b) caixa recebido pela emissão de ações ou outros instrumentos patrimoniais; 
c) caixa recebido pela emissão de debêntures, empréstimos, notas promissórias, hipotecas de curto e longo 
prazos; 
d) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para 
venda futura; 
e) recebimentos de caixa provenientes da venda de instrumentos patrimoniais de outras entidades e 
participações societárias em joint ventures. 
Comentários 
Questão clássica sobre classificação dos fluxos a partir de exemplos inseridos nas opções (exemplos extraídos 
do CPC 03). 
a. Errado. Atividade de investimento. 
b. Errado. Atividade de financiamento. 
c. Errado. Atividade de financiamento. 
d. Certo. Atividade operacional. 
e. Errado. Atividade de Investimento. 
Gabarito: D 
9. (FGV/Auditor/SEFIN-RO/2018) A Cia. B efetuou as seguintes transações, em 2017. 
• Integralização de capital social, por meio de um imóvel no valor de R$ 200.000; 
• Compra de computadores, para pagamento em agosto de 2018, por R$ 10.000; 
• Pagamento de empréstimo bancário, contraído em 2014 no valor de R$ 30.000; 
• Pagamento de despesas diversas, no valor de R$ 50.000; 
• Resgate de debênture, no valor de R$ 18.000; 
• Pagamento de dividendos, que haviam sido reconhecidos no ano anterior no valor de R$ 15.000; 
• Venda de mercadorias à vista, por R$ 300.000; 
• Reconhecimento dos custos das mercadorias vendidas, no valor de R$ 200.000; 
• Compra de participação em empresa coligada, no valor de R$ 40.000. 
Sobre a Demonstração dos Fluxos de Caixa da Cia. B, com base nas recomendações do Pronunciamento 
Técnico CPC 03 - Demonstração dos Fluxos de Caixa, assinale a afirmativa correta. 
a) A atividade operacional gerou R$ 50.000. 
b) A atividade de investimento consumiu R$ 70.000. 
c) A atividade de investimento consumiu R$ 88.000. 
d) A atividade de financiamento consumiu R$ 63.000. 
e) A atividade de financiamento gerou R$ 185.000. 
 
 
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==245596==
Comentários 
Pessoal, nesse tipo de questão precisamos antes de qualquer medida avaliar se o fato impacta o caixa ou 
não. Confirmado o impacto no caixa aí precisamos classificar em qual atividade ocorre esse impacto: 
operações, investimentos ou financiamentos. Assim, temos: 
• Integralização de capital social, por meio de um imóvel no valor de R$ 200.000; 
Como a integralização não foi em dinheiro, não há impacto no caixa. 
• Compra de computadores, para pagamento em agosto de 2018, por R$ 10.000; 
A aquisição foi a prazo, logo sem impacto no caixa. 
• Pagamento de empréstimo bancário, contraído em 2014 no valor de R$ 30.000; 
Nesse fato há uma saída no caixa. Como se trata de um empréstimo, relaciona-se às atividades de 
financiamentos. Financiamentos – 30.000,00 
• Pagamento de despesas diversas, no valor de R$ 50.000; 
Nesse fato há uma saída no caixa. Como se trata de despesas diversas, o impacto ocorre nas atividades 
operacionais. Operacionais – 50.000,00 
• Resgate de debênture, no valor de R$ 18.000; 
Nesse fato há uma saída no caixa. Como a debênture é uma forma de captação de recursos financeiros da 
empresa, classifica-se como atividade de financiamento. Financiamentos – 18.000,00 
• Pagamento de dividendos, que haviam sido reconhecidos no ano anterior no valor de R$ 15.000; 
Nesse fato há uma saída no caixa. O pagamento de dividendos é classificado nas atividades de financiamento. 
Financiamentos – 15.000,00 
• Venda de mercadorias à vista, por R$ 300.000; 
Nesse fato há uma entrada no caixa. Venda de mercadorias está relacionado às atividades operacionais. 
Operacionais + 300.000,00 
• Reconhecimento dos custos das mercadorias vendidas, no valor de R$ 200.000; 
Nesse fato não há impacto no caixa. 
• Compra de participação em empresa coligada, no valor de R$ 40.000. 
Nesse fato há uma saída no caixa. Participação em empresa coligada é um investimento. Investimentos - 
40.000,00 
De posse dessa análise podemos enfrentar as opções. 
a. Errado. A atividade operacional gerou R$ 250.000 (300 – 50) 
b. Errado. A atividade de investimento consumiu R$ 40.000. 
c. Errado. A atividade de investimento consumiu R$ 40.000. 
d. Certo. A atividade de financiamento consumiu R$ 63.000 (30 + 18 + 15) 
e. Errado. A atividade de financiamento consumiu R$ 63.000. 
Gabarito: D 
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10. (FGV/Analista/BANESTES/2018) Uma empresa apresentou no ano de 2017 um fluxo de caixa negativo. 
Considerando que o fluxo de caixa total de uma empresa é sempre resultante do fluxo de caixa operacional 
(+) fluxo de caixa de financiamento (+) fluxo de caixa de investimento, aquele fato só foi possível pois a 
empresa apresentou em 2017: 
a) fluxo de caixa operacional negativo; 
b) fluxo de caixa de investimento negativo; 
c) caixa inicial superior ao módulo do fluxo de caixa do ano; 
d) caixa final maior que o caixa inicial; 
e) prejuízo na DRE. 
Comentários 
Vamos analisar as assertivas. 
a. Errado. Caso a soma do fluxo dos investimentos com fluxo dos financiamentos for maior que fluxo das 
operações, o fluxo de caixa líquido será positivo, mesmo com o fluxo das operações sendo negativo. 
b. Errado. Mesmo raciocínio do comentário anterior. 
c. Certo. Típica assertiva que na hora da prova você deixa “de molho” e analisa as demais. Caso as demais 
você identifique que de fato estejam erradas, volta na assertivae “tasca” um “X” nela! É o que faremos aqui... 
d. Errado. Se o caixa final for maior que o caixa inicial significa que no exercício houve um fluxo de caixa 
líquido positivo. Como a questão informa que foi negativo, podemos excluir essa opção. 
e. Errado. Nada a ver o prejuízo da DRE com o fluxo de caixa líquido. O prejuízo da DRE decorre do valor 
maior das despesas frente as receitas, as quais são reconhecidas por competência, independentemente do 
impacto no caixa (recebimentos/pagamentos). 
Logo, por exclusão, ficamos com a opção “C”... confesso que não consegui visualizar um exemplo prático que 
tornasse essa assertiva sempre válida, ou seja, que pudéssemos afirmar que “sempre quando o saldo inicial 
do caixa for maior que o módulo do fluxo de caixa do ano temos uma geração líquida negativa de caixa”. 
Mas, enfim... o importante é acertar a questão ☺ se aparecer novamente aceitamos! 
Gabarito: C 
11. (FGV/Contador/SEFIN-RO/2018) Uma sociedade empresária apresentava os seguintes balanços 
patrimoniais, em 31/12/2016 e em 31/12/2017. 
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Além disso, a Demonstração do Resultado do Exercício, em 31/12/2017, era a seguinte: 
 
Assinale a opção que indica o fluxo de caixa gerado pela atividade operacional da sociedade empresária, em 
2017. 
a) R$ 81.200. 
b) R$ 88.000. 
c) R$ 108.000. 
d) R$ 138.000. 
e) R$ 158.000. 
Comentários 
Elaborando a DFC, temos: 
 
 
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DFC – Método Indireto 
Fluxo das Operações 
(+) Lucro Líquido 13.200 
(-) Ganho na venda de imobilizado (terreno) (20.000) 
(=) Resultado Líquido Ajustado (6.800) 
(+/-) Variações nos Ativos Operacionais 
(-) Aumento em Aluguel Antecipado (12.000) 
(+) Redução em estoques 80.000 
(+/-) Variações nos Passivos Operacionais 
(+) Aumento em Despesas a Pagar 20.000 
(+) Aumento em Impostos a Pagar 6.800 
(=) Fluxo de Caixa Líquido das Atividades Operacionais 88.000 
Gabarito: B 
12. (FGV/Técnico/AL-BA/2014) Determinada empresa, revendedora de material esportivo, apresentou os 
seguintes saldos em seu Balanço Patrimonial, em 31/12/2013: 
 Disponibilidades R$ 40.000,00 
Estoques R$ 30.000,00 
Clientes R$ 60.000,00 
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa R$ 2.400,00 
Terrenos R$ 30.000,00 
Máquinas e equipamentos R$ 100.000,00 
Depreciação acumulada R$ 20.000,00 
Fornecedores (curto prazo) R$ 60.000,00 
Dividendos a pagar R$ 10.000,00 
Capital Social R$ 117.600,00 
Reserva de Lucros R$ 50.000.00 
Durante o primeiro trimestre de 2014, a empresa efetuou as seguintes operações: 
Recebimento de metade do saldo com clientes. Após o recebimento, foi feita nova análise e constatou‐se 
probabilidade de inadimplência de 2%. 
Venda de um terço dos estoques por R$ 15.000,00. 
Venda do terreno por R$ 25.000,00, à vista. 
Reconhecimento e pagamento de despesas gerais, no valor de R$ 8.000,00. 
Pagamento da dívida de salários. 
Pagamento dos dividendos. 
Informações 
extraídas da 
DRE 
Informações 
extraídas do 
BP 
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Reconhecimento da depreciação das máquinas e dos equipamentos, no valor de R$ 3.000,00. 
Na Demonstração dos Fluxos de Caixa (método indireto), o valor total dos ajustes para conciliação entre 
Lucro Líquido e o Fluxo de Caixa operacional, em 31/03/2014, era de 
a) –R$ 9.800,00. 
b) –R$ 3.800,00. 
c) R$ 1.400,00. 
d) R$ 6.200,00. 
e) R$ 8.600,00. 
Comentários 
Nessa questão não precisamos elaborar toda a DFC, mas apenas os ajustes. Assim, temos: 
Ajustes 
(+) Despesa de Depreciação 3.000,00 
(+) Prejuízo na venda de imobilizado 5.000,00 (30.000 – 25.000) 
(+) Provisão para Créd. Liq. Duvidosa600,00 (30.000 x 2%) 
(-) Reversão PCLD 2.400,00 
(=) Total dos ajustes 6.200,00 
Gabarito: D 
13. (FGV/Técnico/AL-BA/2014) Uma empresa emitiu debêntures, em 2010, no valor de R$ 800.000,00, com 
juros de 12% ao ano. O valor recebido com a emissão foi usado integralmente para a compra de um imóvel. 
Em 2012, o passivo, incluindo os juros incidentes, foi liquidado pela empresa. 
O resgate da debênture é evidenciado na Demonstração dos Fluxos de Caixa (método direto), em 
31/12/2012, como fluxo de caixa 
a) gerado pela atividade de investimento. 
b) gerado pela atividade de financiamento. 
c) consumido pela atividade de financiamento. 
d) de caixa consumido pela atividade de investimento. 
e) de caixa consumido pela atividade operacional. 
Comentários 
Na emissão de debêntures temos a captação de recursos junto a terceiros, aumentando as disponibilidades 
do caixa. Em contrapartida, contabilizamos um passivo. Assim, no momento que a empresa paga a dívida, 
ou seja, efetua o resgate das debêntures, há uma saída do caixa. Essa saída é evidenciada na DFC como um 
consumo de recursos das atividades de financiamento. 
Gabarito: C 
14. (FGV/Auditor/CGE-MA/2014) O CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa versa sobre a elaboração 
e a apresentação desta demonstração. 
Em relação à classificação dos juros pagos e recebidos, o CPC determina que 
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a) os juros pagos podem ser classificados como atividade operacional ou de investimento, enquanto os juros 
recebidos podem ser classificados como atividade operacional ou de financiamento. 
b) os juros pagos podem ser classificados como atividade operacional ou de financiamento, enquanto os 
juros recebidos podem ser classificados como atividade operacional ou de investimento. 
c) os juros pagos e recebidos têm que ser classificados como atividade operacional. 
d) os juros pagos têm que ser classificados como atividade de financiamento, enquanto os juros recebidos 
têm que ser classificados como atividade de investimento. 
e) os juros pagos podem ser classificados como atividade de financiamento ou operacional, enquanto os 
juros recebidos podem ser classificados como atividade de financiamento ou investimento. 
Comentários 
Segundo o CPC 03, os juros pagos e recebidos e os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos 
são comumente classificados como fluxos de caixa operacionais em instituições financeiras. Todavia, não há 
consenso sobre a classificação desses fluxos de caixa para outras entidades. Os juros pagos e recebidos e os 
dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa 
operacionais, porque eles entram na determinação do lucro líquido ou prejuízo. Alternativamente, os juros 
pagos e os juros, os dividendos e os juros sobre o capital próprio recebidos podem ser classificados, 
respectivamente, como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa de investimento, porque são 
custos de obtenção de recursos financeiros ou retornos sobre investimentos. 
Logo, podemos concluir que os juros pagos podem ser classificados como atividade operacional ou de 
financiamento, enquanto os juros recebidos podem ser classificados como atividade operacional ou de 
investimento. 
Gabarito: B 
15. (FGV/Analista/SEFAZ-RJ/2011) Em X9, as atividades operacionais da Cia. X consumiram R$ 3.000, as 
atividades de financiamentos consumiram R$ 7.000 e as atividades de investimento geraram R$ 12.000.

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