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PERSONALIDADE PERIGOSA E ASSASSINA


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04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681248&atividadeDesc… 1/22
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INTRODUÇÃO
É muito importante o diagnóstico da saúde mental, investigando o indivíduo desadaptado do controle social
sustentando o seu valor e seu lugar, sendo fatores indispensáveis para os diagnósticos os aspectos pessoais dos
indivíduos, compreendendo adequadamente o sofrimento entre o particular e o construto (ideias).
Nessa aula aprofundaremos o conhecimento tanto do indivíduo como das entidades nosológicas, permitindo a
ciência e antevisão de um prognóstico, proporcionando a comunicação entre os pro�ssionais e pesquisadores
de um diagnóstico.
A importância da entrevista, dos conhecimentos psíquicos e da consciência farão parte de nossa jornada.
Vamos embarcar nessa?
Bons estudos!
AVALIAÇÃO E ENTREVISTA
Aula 1
DA AVALIAÇÃO DO PACIENTE E FUNÇÕES PSÍQUICAS
ALTERADAS
Nessa aula aprofundaremos o conhecimento tanto do indivíduo como das entidades nosológicas,
permitindo a ciência e antevisão de um prognóstico, proporcionando a comunicação entre os
pro�ssionais e pesquisadores de um diagnóstico.
31 minutos
PERSONALIDADE PERIGOSA E ASSASSINA
 Aula 1 - Da avaliação do paciente e funções psíquicas alteradas
 Aula 2 - Das vivências
 Aula 3 - Dos pensamentos
 Aula 4 - Funções Psíquicas
 Referências
131 minutos
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681248&atividadeDesc… 2/22
A técnica e a habilidade de realizar entrevistas são atributos fundamentais e insubstituíveis para um
entrevistador técnico. Tal habilidade é em parte atribuída à personalidade do pro�ssional e a sua sensibilidade
nas relações pessoais. É a respeito dos aspectos passíveis de serem desenvolvidos, aprendidos, corrigidos e
aprofundados no decorrer do tempo e experiência de acordo com a sua aplicação e manejo.
O psiquiatra Harry Stack Sullivan (1983) a�rma que o domínio da técnica de realizar entrevistas é o que quali�ca
especi�camente o pro�ssional habilidoso.
A habilidade do entrevistador que formula as perguntas, considerando aquelas que evita formular e decidindo
quando e como falar ou apenas se calar, estabelece uma relação ao mesmo tempo empática e tecnicamente útil
à prática da entrevista.
São condições para acolher o indivíduo, que pode estar em estado de sofrimento mental, ouvi-lo realmente e
escutar suas di�culdades. A arte da paciência e o respeito, o pro�ssionalismo, necessitam de certa têmpera
para administrar limites aos indivíduos invasivos ou agressivos, proteger-se e assegurar o contexto da
entrevista. As entrevistas bem conduzidas são aquelas nas quais o pro�ssional fala pouco e ouve mais o
indivíduo. Em outros casos, o indivíduo exige que o entrevistador técnico seja mais ativo, mais participante,
falando mais, formulando mais perguntas, intervindo frequentemente. Alguns aspectos que devem ser levados
em conta:
1. Personalidade do indivíduo e do seu estado mental.
2. Contexto do ambiente da entrevista (presídio, enfermaria, CAPS ou ambulatório).
3. Do objetivo (laudo).
4. Personalidade do entrevistador (o ponto certo de acertar o equilíbrio da aceitação mínima da empatia do
indivíduo).
Evitando sempre que possível:
1. Postura muito rígida (buscando ser um ponto �exível para abertura do relato/entrevista).
2. Atitudes excessivamente neutras ou frias (não passando ao indivíduo a sensação de distanciamento ou
desprezo).
3. Emotividades (ser o mais pro�ssional possível).
4. Julgamentos – manter a ética pro�ssional.
5. Reações de compaixão ou pena (manter a postura discreta).
6. Responder com hostilidade ou ironia.
7  Entrevistas prolixas – falar demais e sair sem base/conteúdo. Interromper, caso seja necessário para buscar
melhor abordagem para encontrar o objetivo/resposta dos questionamentos.
8. Fazer muitas anotações – pode incomodar o indivíduo e passar descon�ança. Realizar com palavras-chaves e
reconhecer para confecção de laudos.
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=geilmaarmil2019%40gmail.com&usuarioNome=GEILMA+AZEVEDO+DA+SILVA&disciplinaDescricao=&atividadeId=3681248&atividadeDesc… 3/22
O entrevistador, ao entrar em contato com cada novo indivíduo, deve preparar o seu espírito para encarar o
desa�o de conhecer essa pessoa, formular um diagnóstico e compreender, quando possível, o seu interior e
suas relações interpessoais. Assim, a paciência é um elemento fundamental.
A entrevista inicial é considerada crucial no diagnóstico. O primeiro contato bem conduzido deve produzir no
indivíduo a sensação de con�ança por meio do olhar, da comunicação não verbal, da postura, das vestimentas,
do modo de sorrir ou expressar sofrimentos.
Mayer-Gross, Slater e Roth (1970) assinalam, nesse sentido, que “A primeira impressão tem o seu valor próprio
e di�cilmente poderá ser recapturada em ocasiões posteriores [...]”. E prosseguem:
A quantidade de entrevistas e o tempo necessário não são possíveis de determinar. A experiência e a atitude do
pro�ssional, a curiosidade, a atenção e a receptividade determinam o quão necessária e abrangente será a
extração das informações nas entrevistas.
FUNÇÕES E ALTERAÇÕES PSÍQUICAS E DA CONSCIÊNCIA
As funções psíquicas são um estudo mais detalhado e aprofundado de determinados fatos da vida psíquica
normal e patológica. A memória, sensopercepção, a consciência do Eu, a vontade, a afetividade, entre outras,
são áreas autônomas e naturais, separadas umas das outras e com vida própria. São construtos aproximativos
da psicologia e da psicopatologia que permitem uma comunicação mais fácil e um melhor entendimento dos
fatos. Não existem funções psíquicas isoladas e alterações psicopatológicas compartimentalizadas, ou seja, o
indivíduo adoece na sua totalidade.
As funções perturbadas fazem com que os transtornos sejam ligados à personalidade inteira, atingida na sua
estrutura e em seu modo de existir. A psicopatologia geral dos manuais que Minkowski (1966) critica seria
apenas a descrição mecânica e irre�etida dos sintomas, um exercício classi�catório vazio sem indicar o
essencial, ou seja, a signi�cação dos fenômenos.
Já nos transtornos, os sintomas coexistem com regularidade, revelando sua origem comum, e são ligados
estruturalmente entre si.
A consciência delimita uma parte central (parte mais iluminada) e uma margem (franja ou umbral). A
psicopatologia ocorre na margem da consciência dos chamados automatismos mentais, que são o conjunto de
atividades psíquicas conscientes do indivíduo (consciência aqui equivale à mente humana consciente). Podemos
destacar três acepções diferentes para a consciência:
[...] com maior frequência, essa impressão é correta, mesmo que desapareça aos
poucos ou passe a ser considerada como enganosa, quando a atenção estiver voltada
para os detalhes, as ideias e as informações fornecidas pelo paciente.
— (p. 44)
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
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De�nição neuropsicológica é a consciência no estado da vigilância que se iguala ao grau de clareza do
sensório. Estado do desperto, acordado, vígil, lúcido. Nível de consciência.
De�nição psicológica é a soma das experiências conscientes, dimensão subjetiva da atividade psíquica voltada
para a realidade. É o “eu no meio do ambiente”.
De�nição ético-�losó�ca, no campo da ética, �loso�a, do direito e da teologia. Capacidade ética de assumir
responsabilidades, os direitos e os deveres concernentes à ética.
Alterações normais da consciência, ritmos circadianos,são as oscilações endógenas autossustentadas no
ritmo biológico no período de 24 horas, segundo RDoC:
1. Sincronização por pistas ambientais (nível de luminosidade).
2. Respostas e�cientes (desa�o no ambiente físico e social).
3. Modulam a homeostase interna do cérebro (como demais órgãos e tecidos).
4. Níveis de funcionamento do organismo.
O sono é uma alteração da consciência RDoc de vigília, como estados comportamentais endógenos e
recorrentes, mudanças dinâmicas na organização da função cerebral, como �siologia, comportamento e saúde.
1. Estado reversível, estado de repouso e redução de responsividade.
2. Arquitetura neuro�siológica complexa de sono não REM e de sono REM.
3. Duração e intensidade.
4. Afetado por experiências ocorridas durante a vigília.
5. Efeitos restauradores.
O sono normal depende de estruturas neuronais relacionadas ao controle dos estados de vigília e de sonos
não REM e REM, fundamentais na importância na regulação �siológica do sono.
O sonho associado ao sono pode ser considerado uma alteração normal da consciência. É, sem dúvida, uma
experiência humana fascinante e enigmática.
Alterações patológicas da consciência como quadros psicopatológicos: o nível de consciência diminui de
forma progressiva, desde o estado normal, vígil, desperto, até o estado de coma profundo, no qual não há
qualquer resquício de atividade consciente. Os diversos graus de rebaixamento da consciência são: 1)
obnubilação (turvação da consciência ou sonolência patológica), 2) torpor (sonolência), 3) sopor (despertado
apenas por um tempo curto) e 4) coma.
UM CASO PARA SER DISCUTIDO DE COMPROMETIMENTO DA CONSCIÊNCIA
JURÍDICA
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
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Uma questão discutida são os pacientes que precisam de hospitalização. Pacientes que não são ouvidos ou que
têm um papel no processo tendem a relatar níveis mais altos de coerção relacionada à justiça dos
procedimentos, enquanto clínicos e membros da família têm uma percepção reduzida dessa coerção (HODGE,
LIDZ et al., 1997; apud LIDZ et al., 1997). Fatores coercitivos na internação de pacientes estão frequentemente
relacionados à pressão simbólica negativa (por exemplo ameaças, ordens, enganação ou demonstração de
força) ou força (legal e física). A única exceção a esse achado foi em relação ao uso da força, em que os clínicos
parecem ser as fontes mais precisas de informação. Além do mais, as discrepâncias ente os relatos dos
pacientes de coerção não parecem estar relacionadas à doença mental ou à gravidade da doença mental em
uma base consistente (LIDZ et al., 1997).
A título exempli�cativo, podemos citar o caso da Sra. Terri Schiavo, que, aos 26 anos, desmaiou devido a uma
parada cardiorrespiratória, entrando em um coma que veio a evoluir para um estado vegetativo persistente.
Sua condição física e mental ganhou longas batalhas judiciais, em que se debatia a remoção dos aparelhos de
alimentação arti�cial, sendo que os seus pais discordavam dessa decisão.
Cada uma das partes defendia que a Sra. Schiavo optaria pelo seu lado da ação se ela fosse capaz de comunicar
as suas necessidades. Ela não havia deixado nenhum documento legal, como um testamento em vida ou uma
diretiva prévia para expressar a opinião de que ela jamais queria passar pelas circunstâncias pelas quais estava
padecendo naquele momento.
A situação da Sra. Schiavo é relevante para tomar decisões em saúde mental. Diretivas de saúde mental ou
psiquiátricas identi�cam as preferências de tratamentos se alguém é incapaz de coomunicaas.
As diretivas prévias são especialmente importantes para indivíduos que têm uma história de períodos
alternados de capacidade e incapacidade. Esses pacientes estão mais vulneráveis à coerção e têm maior
necessidade de cuidados.
Um psicólogo forense nesse caso atua com restrições civis avaliando a periculosidade em relação a si mesmo e
aos outros, diagnosticando a doença mental e aplicando os métodos tradicionais e atuais de tratamento aos
doentes mentais. As tarefas de rotina ainda são realizadas em contexto legal com consequências para a família
e ao paciente com nuances sutis que não são enfrentadas na prática clínica.
1. Re�ita sobre a importância do caso quanto às consequências da consciência na parte jurídica, questão não
rotineira, porém aplicada e com certa previsibilidade pro�ssional.
2. Como seria o seu campo de atuação no caso aplicado?
VÍDEO RESUMO
Com o passo a passo de forma mais prática da entrevista e dicas importantes, o vídeo simpli�ca a condução
com o indivíduo, a abordagem das funções psíquicas e a importância das alterações da consciência. Vamos
conhecer o interior, o seu funcionamento, depois de passarmos pelos transtornos e a delinquência. Vamos para
um raio-X da questão? Aguardamos você para mais uma videoaula!
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
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 Saiba mais
Caro estudante,
Laia os artigos sugeridos para complementar seus estudos:
SANTOS, Luiza Katiellen Oliveira; DOS SANTOS ORSSATTO, Cleidiane. Análise de comportamento e
características de um assassino em série: Uma revisão da literatura. Fórum Rondoniense de Pesquisa, v.
3, n. 8º, 2022.
https://jiparana.emnuvens.com.br/foruns/article/view/543. Acesso em:08 mar. 2023,
RÉGIS, Jonathan Cardoso; DA SILVA, Larrisa. O SERIAL KILLER FRENTE A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA:
ESTUDOCOMPARADO NA BUSCA DA IDEIAL MEDIDA DE INTERNAÇÃO JUDICIAL. Ponto de Vista Jurídico, p.
23-37, 2019.
https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/juridico/article/view/1711. Acesso em: 08 mar. 2023
 DE PAULA, Janaína Torres; SARDINHA, Luís Sérgio; DE AQUINO LEMOS, Valdir. A PERSONALIDADE DO
PSICOPATA QUE COMETE ASSASSINATOS EM SÉRIE. Diálogos Interdisciplinares, v. 8, n. 8, p. 39-48, 2019.
http://publicacoes.unifran.br/index.php/dialogos/article/view/798. Acesso em: 08 de mar. 2023.
.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
INTRODUÇÃO
A vivência do tempo e do espaço faz parte da nossa existência de vida e é um elemento fundamental de nossa
experiência humana. Somos seres incríveis, cheios de histórias e lembranças, dentro de nossas próprias
dimensões reais e objetividades que contam as nossas existências nesse universo no Tratado do Tempo.
Somos seres ímpares, constituídos por presente e passado e possuidores do futuro, com o seu tempo
determinado, sem saber a sua duração e a sua temporalidade.
O tempo e o espaço coexistem independentemente da existência do ser humano.
O tempo é a mágica e o ser humano é a máquina.
Aula 2
DAS VIVÊNCIAS
A vivência do tempo e do espaço faz parte da nossa existência de vida e é um elemento
fundamental de nossa experiência humana.
32 minutos
https://jiparana.emnuvens.com.br/foruns/article/view/543
https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/juridico/article/view/1711
http://publicacoes.unifran.br/index.php/dialogos/article/view/798
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
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Vamos vivenciar o tempo, o espaço e as suas alterações?
Aguardamos você!
Bons estudos!
A IMPORTÂNCIA DA VIVÊNCIA DO TEMPO E DO ESPAÇO
Para o �lósofo Henri Bergson (1859-1941), uma das principais di�culdades para compreender o que o tempo
realmente é origina-se na história da �loso�a, quando o espaço e o tempo foram considerados do mesmo
gênero. Segundo esse �lósofo, o problema é que os pensadores sempre se referiram à duração (temporalidade)
como extensão (espacialidade): “Quando evocamos o tempo, é o espaço que responde ao chamado”(BERGSON,
1984).
Os �lósofos existencialistas também deram grande ênfase à questão da temporalidade. Para eles, o tempo não
é simplesmente um objeto real, exterior ao homem (como queria Newton), nem uma entidade oca, como
postulava Kant, mas um dos elementos constituintes do ser.
Para Martin Heidegger (1889-1976), o homem deve ser compreendido pelas condições básicas do “estar/ser no
mundo”, “estar/ser com os outros” e, fundamentalmente, como “ser para a morte”. Assim, a morte e, por
consequência, a temporalidade, de�nem a condição humana. A dimensão temporal da experiência humana
relaciona-se com os chamados ritmos biológicos. Os de maior importância para a psicopatologia são: o ritmo
circadiano (duram cerca de 24 hs, alternando-se dia e a noite); os ritmos mensais, relacionados principalmente
ao ciclo menstrual (duram cerca de 28 dias); as variações sazonais (as quatro estações do ano); e as grandes
fases e marcos da vida humana (infância, adolescência, período adulto, velhice e morte).
Muitos dos ritmos biológicos associam-se tanto a �utuações hormonais e bioquímicas como a símbolos
culturais (datas festivas, representações culturais das fases da vida, ritos de passagens, etc.), contribuindo para
determinação do estado mental do indivíduo.
A experiência da temporalidade é fundamental para o senso de coerência e continuidade do self e da
identidade pessoal (STANGHELLINI et al., 2016). Como experiência, podemos citar a percepção do tempo,
estimação prospectiva e retrospectiva de intervalos, percepção da duração, experiência da passagem do tempo
e duração antecipada.
É inquestionável que a vida psíquica, além de ocorrer e se con�gurar no tempo, tem ela mesma um aspecto
especi�camente temporal e, por isso, é legitima a distinção do tempo em:
• Tempo subjetivo (interior pessoal).
• Tempo objetivo (exterior, cronológico, mensurável).
O ritmo psíquico também é oposto nesses dois transtornos: na mania, há taquipsiquismo geral, com aceleração
de todas as funções psíquicas (pensamentos, psicomotricidade, linguagem, etc.), e, na depressão grave, ocorre
bradipsiquismo, com lenti�cação de todas as atividades mentais (KITAMURA; KUMAR, 1982).
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
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AS VIVÊNCIAS E ALTERAÇÕES
A ilusão sobre a duração do tempo ocorre nas intoxicações por alucinógenos ou psicoestimulantes (cocaína,
anfetamina, etc.), como em fases agudas e iniciais da psicose e em algumas situações emocionais intensas. O
tempo parece transcorrer de modo extremamente veloz ou comprimido, ou de forma muito lenta e dilatada.
Atomização do tempo é quando o indivíduo não consegue inserir-se naturalmente na continuidade do devir;
adere a momentos quase descontínuos. Esse fenômeno ocorre nos estados de exaltação e agitação maníaca,
geralmente acompanhados da chamada fuga de ideias e de distraibilidade intensa. A alteração ou a falta da
experiência aos acontecimentos passados e às possibilidades do porvir decorrem da perda ou enfraquecimento
de ambas as margens do tempo (passado e futuro).
Com a inibição da sensação de �uir do tempo, a sua experiência normal implica a ampliação de um agora que
se estende ao passado e se dirige ao porvir, um movimento que integra o �uir dos acontecimentos objetivos e
externos. A anormalidade da sensação do �uir do tempo corresponde à falta da sensação do avançar do tempo,
na qual o sujeito perde o sincronismo entre o passar do tempo objetivo cronológico.
Pacientes com depressões graves e ansiosas sentem que há insu�ciência de tempo. Pacientes com
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) experimentam lentidão no tempo quando devem completar alguma
tarefa.
As alterações da vivência no tempo na esquizofrenia, em surtos agudos, apresentam fragmentação, alteração
da percepção do �uir do tempo, bem como vivências anormais, como déjà vu e estranhamento do passado e
futuro, relacionados a delírios e alucinações (STANGHELLINI et al., 2016).
Alguns pacientes com esquizofrenia experimentam passividade ao �uir do tempo, controlada por instância
exterior ao seu Eu. Outros mais graves sofrem verdadeira desintegração da sensação do tempo e do espaço,
que, de modo geral, está associada a alterações da experiência do self, marcantes na esquizofrenia
(STANGHELLINI et al, 2016).
Anormalidades da vivência do espaço no estado de êxtase podem ser classi�cadas como transtorno da
consciência do eu, como se esse estivesse fundido ao mundo exterior
A vivência do espaço no indivíduo em quadro maníaco é um espaço extremamente dilatado que invade o das
outras pessoas, desconhecendo as fronteiras espaciais e vivendo como se todo o espaço exterior fosse seu.
Nos quadros depressivos, o espaço exterior não é vivenciado por ser muito encolhido, contraído, escuro e
pouco penetrável pelo indivíduo e pelos outros.
No quadro paranoide, o espaço interior é invadido por aspectos ameaçadores, perigosos. Já na agorafobia o
espaço exterior é percebido como sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.
SURDO E MUDO
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
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Thiago Santos era um surdo-mudo de 27 anos que não sabia ler ou escrever e praticamente não tinha
capacidade de se comunicar. Ele foi originalmente acusado por agressão a um idoso por surto psicótico violento
em uma pequena sala estreita e abafada, em que dava até para tocar o braço do idoso, que estava aguardando
longos minutos pelo atendimento com o seu psiquiatra em um hospital público da região onde morava.
Minutos antes da agressão, Thiago nem conseguia se movimentar de tão apertada que era a sala. Qualquer
movimento seu tocava no idoso. Ele começou a transpirar exageradamente, percebeu que o idoso olhava
�xamente em seus olhos e o medo de que o homem o atacasse com a sua bengala começou a se tornar
ameaçador. As mãos de Thiago começaram a tremer, as pernas começaram a fraquejar, quando o idoso se
levantou e tocou sem querer em Thiago. Neste instante? Tudo aconteceu!
Antes do julgamento, ele foi avaliado por dois diferentes peritos em saúde mental e foi considerado incapaz de
se submeter a julgamento, porque sua de�ciência intelectual e a incapacidade de se comunicar impossibilitaram
que ele entendesse a natureza dos procedimentos ou participasse de sua defesa.
Como suas incapacidades não eram tratáveis, isso levou a uma sentença perpétua para Thiago. Essa prática era
comum na época, já que muitos incapazes eram con�nados em hospitais do estado durante anos, e era muito
mais provável que morressem ali do que um dia fossem libertados.
No entanto, o propósito da exigência de capacidade era assegurar justiça, e não parecia justo dar uma sentença
perpétua a um homem por ter agredido um idoso em uma sala de espera para uma consulta psiquiátrica
minúscula, sem saber ao menos o motivo. Fato é que Thiago violou as leis, mas a justiça falhou em obter um
julgamento rápido e dar continuidade ao seu aprisionamento sem acusação criminal, sendo que ele deveria ser
libertado ou, então, restringido civilmente depois de estar preso durante um período de tempo razoável. O júri
não de�niu melhor o que seria um período de tempo razoável, mas ele era frequentemente relacionado à
quantidade de tempo que, de outra forma, um acusado cumpriria se fosse condenado pelo crime original.
Quanto a avaliação da Inimputabilidade e da capacidade, lembre-se:
Quadro 1 | Inimputabilidade x Capacidade
Inimputabilidade Capacidade
Foco no estado mental no momento do delito
Foco no estado mental em qualquer ponto ao longo
do processo
Requer presença de doença mental
Não é necessário haver doença mental
Defesa para acusações criminaisRequer admissão do crime Não requer admissão do crime
Fonte: elaborado pela autora.
04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
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VÍDEO RESUMO
A vivência e o tempo têm a sua lógica na saúde mental. A sua sabedoria em nosso tempo! Conhecer as suas
alterações em cada transtorno em seus aspectos e suas visões tornam o assunto interessante. A ciência
transborda o conhecimento, vamos aprofundar o que ela pode nos oferecer agregando nesse raio-x da
consciência. Aguardamos você nesta videoaula!
 Saiba mais
Caro estudante,
Faça a leitura do seguinte artigo e aprenda ainda mais sobre os assuntos abordados em aula:
GARSTKA, Alisson. A Psicopatia sob análise da Criminologia. Anais do Salão de Iniciação Cienti�ca
Tecnológica ISSN-2358-8446, 2019.
https://phantomstudio.com.br/index.php/sic/article/view/378. Acesso em: 06 mar. 2023.
INTRODUÇÃO
O pensamento faz parte do nosso juízo e da nossa realidade (a linguagem do nosso ser). Os aspectos dos
nossos pensamentos e as importâncias na psicopatologia serão tratados nesta unidade.
A linguagem, embora distinta, muitas vezes é sobreposta e considerada sua simples e automática expressão,
embora o pensamento e a linguagem se articulem de formas individuais e especí�cas aos seres humanos.
São expressões de nossos juízos, re�etidos em nossos comportamentos, em nossas atitudes e escolhas, que
revelam a nossa saúde mental.
Estudar os aspectos dos juízos, a sua linguagem e as suas alterações, será primordial nessa etapa.
Bons estudos!
O PENSAMENTO E SUAS ALTERAÇÕES
Segundo os �lósofos da Grécia antiga, intelectivos do pensamento costumam ser divididos em três categorias
básicas constitutivas do pensamento: os conceitos, os juízos e o raciocínio.
Aula 3
DOS PENSAMENTOS
O pensamento faz parte do nosso juízo e da nossa realidade (a linguagem do nosso ser).
32 minutos
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Para Harky Vallée (2013), os conceitos se formam a partir de três concepções e representações. Diferentemente
das percepções, o conceito é algo puramente cognitivo, intelectivo, não devendo ter qualquer resquício
sensorial. Não é possível ouvi-lo ou senti-lo. Nos conceitos, exprimem-se características abstratas gerais dos
objetivos e dos fenômenos.
Juízo: para o �lósofo francês Robert Blanché (1898-1975), “um conceito nunca está só. Sem falar da rede
in�nitamente complexa que o liga, pouco a pouco, ao conjunto de outros conceitos” (BLANCHÉ, 2012, p. 65).
Assim, os conceitos se articulam, próximos ou distantes, estabelecendo relações de conjunção ou de negação.
Raciocínio: a sua função relaciona o conceito e o juízo formando uma narrativa ou argumentação, recebendo a
denominação de raciocínio. Representa o modo especial de ligação de termos ou conceitos, de sequência de
juízos, conhecimentos derivando sempre uns dos outros, a�rmando-os ou confrontando-os. Assim como a
ligação entre os conceitos permite a formação de juízos, a ligação entre juízos conduz à formação de novos
juízos. Dessa forma, o raciocínio e o próprio pensamento se desenvolvem (LALANDE, 1996).
Alterações do Pensamento: ocorrem quando os conceitos sofrem um processo de perda ou transformação
radical de seu original. Segundo Paim (1986), os conceitos se desfazem, e uma mesma palavra passa a ter
signi�cados cada vez mais diversos. A ideia de determinado objeto e a palavra que normalmente a designa
passam a não mais coincidir.
Alterações dos Juízos: quando os conceitos são inconsistentes e o raciocínio, pobre e defeituoso. Às vezes, é
difícil diferenciar um juízo de�ciente com um caráter muito fantasioso de um delírio. (De modo geral, os erros
de juízo que não são delírios, mas produzidos pela de�ciência intelectual. Tendem a não ser persistentes e
irredutíveis, mudando com certa frequência, diferentemente dos delírios, que tendem a ser mais contínuos).
Pensamento inibido: quadro demencial, inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e do número de
conceitos, juízos e representações no processo de pensar, é pouco produtivo e o tempo não �ui.
Pensamento vago: quadro demencial inicial, formação de juízo e concatenação em raciocínio pela imprecisão e
empobrecimento do pensamento. Podendo ser um sinal de esquizofrenia.
Pensamento prolixo: podendo ocorrer em transtornos de personalidade, lesões cerebrais, de�ciência
intelectual, processo de esquizofrenia, transtorno obsessivo compulsivo, o indivíduo não consegue chegar a
qualquer decisão, sem objetividade ou algo substancial.
Pensamento concreto ou concretismo: de�ciência intelectual ou esquizofrenia. Pensamentos em que não há
distinção entre dimensão abstrata, simbólica, e a dimensão concreta, imediata, dos fatos. Não compreende
metáforas, experiências ou coisas concretas.
Pensamento demencial: demencial inicial, pensamento pobre é desigual e demencial, conceitos abstratos e
complicados, é desorganizado e com di�culdades cognitivas.
Pensamento confusional: delirium, rebaixamento e turvamento da consciência, pensamento incoerente,
di�culdade em estabelecer vínculos entre conceitos e juízos.
Pensamento desagregado: esquizofrenia, incoerência, conceitos e juízos não articulam de forma lógica e os
pensamentos se manifestam de forma ilógica.
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Pensamento obsessivo: ideias obsessivas que voltam de forma recorrente à consciência gerando angústia
constante.
Ruminações ou pensamento perseverativo: pré-adolescentes em fase inicial de transtornos do humor,
pensamento obsessivo, as ruminações são formas de pensamentos repetitivos, preocupações e pensamentos
negativos recorrentes, vivenciados de forma passiva.
O JUÍZO (DELÍRIO), A LINGUAGEM E SUAS ALTERAÇÕES
Segundo Karl Jaspers (1883-1969), as ideias delirantes, ou delírios, são juízos patologicamente falsos. Dessa
forma, o delírio é um erro ajuizar que tem origem no adoecimento mental. Sua base é mórbida, pois ele é
motivado por fatores patológicos (JASPERS, 1979).
Karl Jaspers (1979) descreveu três características ou indícios externos que, do ponto de vista prático, são
muito importantes para a identi�cação clínica do delírio:
1. O indivíduo que apresenta o delírio tem convicção extraordinária, uma certeza subjetiva praticamente
absoluta. Sua crença é total; a ver, não se pode colocar em dúvida a veracidade de seu juízo delirante.
2. É impossível a modi�cação do delírio pela experiência objetiva, provas explícitas da realidade. O delírio é
irremovível, irrefutável, mesmo pela prova de realidade. Ele não pode ser in�uenciado externamente por
pessoas que queiram demover o delirante de suas crenças.
3. O delírio é, quase sempre, um juízo falso; seu conteúdo, impossível. Alguns pacientes delirantes podem
eventualmente ter delírios verídicos, mas o modo como construíram seu ajuizamento e como mantêm a crença
são patológicos, determinados por fatores mórbidos. Entretanto, cabe reforçar: na maioria dos casos, o delírio
é, de fato, um juízo falso.
Alteração da consciência – delírio onírico: delírios associados a quadros de turvação da consciência, vivências
oníricas, com alucinações cênicas, ansiedade intensa e certa confusão do pensamento.
Alterações sensoperceptivas – delírio alucinatório: experiências alucinatórias ou pseudoalucinatórias
intensas, como alucinações auditivas de conteúdo persecutório ou alucinações visuais muito vívidas. Sendo tão
marcante suaalucinação e penetrante que não lhe resta alternativa a não ser integrá-la a sua vida por meio de
delírio.
A linguagem, particularmente na sua forma verbal, é uma atividade especi�camente humana de nossas
características mentais. É nosso instrumento de comunicação, fundamental na elaboração e na expressão do
pensamento e das emoções.
As alterações de linguagem na esquizofrenia tornam-na empobrecida e lacônica (alogia), podendo ser de
difícil compreensão porque não se encaixa no sentido contextual dos diálogos compartilhados. Tais
desorganizações são tradicionalmente vistas como indicativos de como o processo de pensar, a formação e a
utilização de conceitos, juízos e raciocínios podem estar profundamente comprometidos pela desestruturação
psicótica na esquizofrenia, sobretudo nos quadros mais graves. O descarrilhamento é uma forma de
desorganização de pensamento.
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Os neologismos patológicos, tanto passivos, como ativos, são com certa frequência encontrados na
esquizofrenia, produzidos por um grupo sociocultural do qual o indivíduo participa.
Estilizações, rebuscamentos e maneirismos são transformações do pensamento e do comportamento em
geral no sentido de adotar posturas e funcionamentos estereotipados rígidos, perdendo a �exibilidade do
comportamento não verbal.
Jargonofasia ou esquizofasia são saladas de palavras, com �uxos verbais desorganizados e caóticos.
Desarmonia das estruturas do pensamento e de linguagem geram o desenvolvimento de uma linguagem
completamente incompreensível, denominada criptolalia (linguagem falada) e criptogra�a (linguagem escrita).
Alterações na linguagem nas demências, como di�culdades em encontrar as palavras, ou em achar a “palavra
certa”, são perdas de memórias. Parafasias fonêmicas e semânticas são prejuízos na compreensão da
linguagem falada e escrita. Na fase grave, ocorre a afasia nominal, a perda de conhecimentos a associações
das semânticas em particular. Proporcionalmente, há mais prejuízos na �uência semântica do que na
�uência fonêmica ou fonológica. A estrutura e a organização de sua memória semântica são mais deterioradas.
Nas fases mais avançadas da doença, pode haver perda completa da capacidade de produzir e utilizar
qualquer linguagem verbal.
DELÍRIOS MENOS FREQUENTES (QUADRO)
Abaixo segue o quadro para ser aplicado como apoio em entrevistas pro�ssionais com indivíduos com
alterações do juízo (delírio). Apesar de serem menos frequentes (porém, não menos rotineiros), podem ser
utilizados como ponto de partida para pesquisa para diagnósticos.
Quadro 1 | Delírios menos frequentes
Delírios de reivindicação (ou de querelância)
Nesse caso, o indivíduo, de forma completamente desproporcional em relação à realidade, a�rma ser vítima
de terríveis injustiças e discriminações e, em consequência disso, envolve-se em intermináveis disputas legais,
querelas familiares, processos trabalhistas, etc. São frequentes os delírios de reivindicações associados a
questões de herança e trabalhistas (aposentadorias, direitos não recebidos, etc.). O indivíduo considera-se o
representante dos mais injustiçados, dos perseguidos, e engaja-se tenazmente contra as injustiças, das quais
julga ser a principal vítima. Ocorre mais comumente em transtornos delirantes (paranoia).
Delírios de invenção ou de descobertas
Aqui, o indivíduo, mesmo completamente leigo na ciência ou na área tecnológica em questão, revela ter
descoberto a cura de uma doença grave (da AIDS, do câncer, etc.) ou ter desenvolvido um aparelho moderno
fantástico; en�m, descobertas ou invenções que irão mudar o mundo. Veri�cam-se principalmente nos
transtornos delirantes (antiga paranoia), na esquizofrenia e na mania.
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Delírio de reforma (ou salvacionista)
Ocorre entre indivíduos que se sentem destinados a salvar, reformar, revolucionar ou redimir o mundo ou a
sociedade. Tal plano revolucionário ou salvacionista está muitas vezes fundamentado em dogmas ou sistemas
religiosos ou políticos, desenvolvidos pelo próprio delírio. Esses sujeitos têm convicção plena de que seu
sistema religioso ou político é absolutamente o único capaz de salvar de fato a humanidade. Às vezes, é difícil
diferenciar a pessoa com delírio de reforma daquelas com crenças religiosas ou políticas marcadamente
fanáticas.
Delírio de infestação (síndrome de Ekbom, em referência ao neurologista sueco Karl-Axel Ekbom (1907-
1977)).
Em 1938, Ekbom descreveu vários casos de mulheres adultas ou idosas que apresentavam o delírio de que
vermes e micróbios estavam infestando suas peles. Nesses casos, o indivíduo acredita que seu corpo
(principalmente sua pele /ou seus cabelos) está infestado por pequenos organismos. Relata, no mais das
vezes, que há “bichinhos sob a pele”, insetos nos cabelos, vermezinhos, aranhas, etc. Acompanhando o delírio,
podem ocorrer alucinações táteis (correspondentes aos “pequenos insetos”). Esse tipo de delírio ocorre mais
em mulheres, pacientes com esquizofrenia, com depressão psicótica, do delirium tremens, em intoxicações
por cocaína ou alucinógenos, e em indivíduos obcecados pela higiene corporal. Dos pacientes com esse tipo
de delírio, 34% remitem espontaneamente e 52%, com uso de antipsicóticos
Delírio fantástico ou mitomaníaco
O indivíduo descreve presenciar ou viver histórias fantásticas, mirabolantes, com convicção plena, sem
qualquer crítica. Esses tipos de delírio são notáveis pelas histórias e narrativas fabulosas, totalmente irreais,
descrições que se assemelham a contos fantásticos, ricos em detalhes e francamente inverossímeis. O delírio
fantástico ocorre tipicamente na esquizofrenia, sobretudo de surgimento tardio (denominada parafrenia
fantástica, por Kraepelin, 1996).
Fonte: elaborada pelo autor.
VÍDEO RESUMO
Os pensamentos, o juízo e a linguagem formam o conjunto do nosso ser e a representação do nosso externo
psicológico saudável. Sem eles, o nosso complemento psíquico sofre alterações visíveis e os comprometimentos
são notados. Vamos compreender essa abordagem em mais uma videoaula e aplicar os nossos conhecimentos
na vida pro�ssional? Aguardamos você!
 Saiba mais
Caro estudante,
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Laia esse artigo para aprofundar seus conhecimentos:
HAMON, Romuald. Do delírio paranoico de reivindicação: crimes de gozo e em nome do ideal. Revista
Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, v. 23, p. 291-312, 2020.
https://www.scielo.br/j/rlpf/a/xJ8Q67Q3VQ6JNkRq4LdvbTv/?format=html. Acesso em: 06 mar. 2023.
INTRODUÇÃO
A inteligência não pode ser compreendida como uma função psíquica, ela é um conjunto especial de
habilidades, talentos, limitações e capacidades cognitivas individuais.
A personalidade é a soma das características psicológicas e nossas marcas pessoais, formas de sentir e reagir
relativamente estáveis no tempo, no espaço e no decorrer do nosso desenvolvimento mental e físico.
A isso se chamam “funções compostas”: atenção, orientação, sensopercepção, pensamento, etc.
Construtos, noções de Eu, de self, de identidade, e o domínio de personalidade (sujeito, tipos humanos,
temperamento, traços individuais).
Vamos conhecer e aprofundar as nossas habilidades e as alterações quando elas não estão em equilíbrio?
Bons estudos!
FUNÇÕES PSÍQUICAS COMPOSTAS, ALTERAÇÕES, CONSCIÊNCIA E VALORAÇÃO
DO EU
O Eu desenvolve-se na criança progressivamenteao longo do primeiro ano de vida. Ao �m desse período, a
imagem do Eu torna-se um tanto mais nítida e consistente (PAPALIA; FELDMAN, 2013).
O Eu e a consciência do Eu – segundo Karl Jaspers (1979), a consciência é a dimensão fundamental da atividade
psíquica humana. Ela tem dois aspectos ou dimensões fundamentais: a consciência do mundo e dos eventos e
objetivos contidos nele e a consciência do Eu.
Jaspers compreende em quatro aspectos a consciência do Eu:
1. Consciência de unidade do Eu.
2. Consciência de identidade do Eu no tempo.
Aula 4
FUNÇÕES PSÍQUICAS
A inteligência não pode ser compreendida como uma função psíquica, ela é um conjunto especial
de habilidades, talentos, limitações e capacidades cognitivas individuais.
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3. Consciência da oposição do Eu em relação ao mundo.
4. Consciência de atividade do Eu (consciência de existência e de execução).
A valoração do Eu – no narcisismo, de modo geral, o amor do indivíduo por si próprio faz com que ele deixe de
investir no mundo e nas pessoas. O Eu percebe o prazer como oriundo sempre de seu interior e o desprazer
como proveniente do mundo exterior.
O fundamental é o grau e a intensidade: o individuo totalmente narcisista não se relaciona, de fato, com o
mundo, e com isso empobrece-se, sente-se vazio, sem valor, sem qualidades mínimas. O transtorno da
personalidade narcisista é um bom exemplo de manutenção de um modo funcional mental e de investimento
da libido no qual predomina o narcisismo.
Frequentes: transtorno da personalidade histriônica, transtorno da personalidade antissocial e em alguns
indivíduos com quadro de mania.
Alterações do self social: alterações das identidades psicossociais e socioculturais que ocorrem com mais
frequência na esquizofrenia.
Confusão com o outro: sensação de que é outra pessoa.
Confusão radical de identidade: sensação de que o self diminuiu ou encolheu, de que não consegue
diferenciar aspectos de sua própria identidade com relação à dos outros.
Sensação de mudança em relação à identidade e à idade cronológica: sensação de que pertencem a outro
grupo etário.
Sensação de mudança em relação ao gênero: psicóticos têm a sensação de que mudaram abruptamente de
gênero, têm a experiência e o desejo de ser do gênero oposto àquele em que biologicamente nasceram.
Alterações do self total: podem estar presentes em diferentes psicoses, mas podem ocorrer com mais
frequência na esquizofrenia.
Alterações da autoconsciência e da presença
Diminuição da sensação de presença: sensação do self como existência, presença e imersão no mundo. Em
alguns casos psicóticos, há sensação de diminuição dessa presença do self e de imersão ou atração natural do
mundo. Sensação bizarra de vazio interior, de que falta um núcleo interno.
Sensação radical de centralidade: sensação de que é o ponto central do universo, apenas a sua pessoa, e
todo o resto desaparece.
Hiper-re�exividade: sintoma/experiência, especialmente em esquizofrenia, no quadro psicótico, com uma
intensa e concentrada re�exão, vivenciada como algo que se impõe ao indivíduo. Sensação irre�etida e natural
de que o self e as coisas (objetivos, eventos, lugares, pessoas) simplesmente existem, estão no mundo, e não
questionam a toda hora se o que percebemos em nós ou vemos a nossa frente realmente existe. Geralmente
percebe tudo com marcante perplexidade.
Cisão radical do self: estado psicótico desintegrando em partes, interpretação delirante (duas pessoas).
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Transitivismo: perda de fronteiras do self, confusão em se olhar e não saber quem é.
Sensação de aniquilamento total, desaparecimento: sensação de que vai desaparecer.
A PERSONALIDADE E INTELIGÊNCIA E SUAS ALTERAÇÕES
Quando falamos em alterações da personalidade, nos deparamos com “transtornos da personalidade” (TP)
nomeados de diversas formas pela psicopatologia: insanidade moral, monomania moral, neurose de caráter,
caracteropatia, psicopatia e, por �m, transtorno da personalidade.
O psicopatólogo alemão Kurt Schneider (1950) chama de “personalidades anormais ou psicopáticas”, e
in�uenciou toda a psiquiatria até os tempos atuais. Schneider concebia as personalidades anormais como
desvios estatísticos de uma norma mediana estimada. Isso incluía pessoas com personalidades anormais.
As personalidades anormais relevantes seriam as chamadas personalidades psicopáticas, que incluiriam as
pessoas cuja anormalidade de personalidade lhes faria sofrer e causaria sofrimento à sociedade (as pessoas
que com elas convivem). Para Schneider, as personalidades anormais, psicopáticas, não são doenças mentais
(que para ele deveriam ter substrato corporal conhecido ou suposto); são apenas variações de normais
populacionais. Parte das noções de Schneider sobrevive nos conceitos atuais de TP.
Classi�cação internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-11) e o DSM-5, os TPs pelas
características:
1. Surgem no �nal da infância e adolescência, tendem a durar e permanecer ao longo da vida e se manter ao
longo do ciclo vital do indivíduo, persistente e consideravelmente instável.
2. Manifestam comportamento e experiência internos, afetivos e cognitivos em vários aspectos da vida.
No padrão anormal de experiência interna e comportamento, em aspectos no psiquismo social do indivíduo:
3. Mal adaptativo com di�culdades em interagir com as pessoas com quem convivem.
4. Condições, de modo geral, não relacionadas diretamente a lesão cerebral evidente ou a outro transtorno
psiquiátrico.
5. Sofrimento (solidão, sensação de fracasso pessoal, di�culdades em relacionamentos, etc.).
6. Pior desempenho ocupacional e social.
Padrões:
1. Esquisitos e/ou descon�ados.
2. Instáveis e/ou manipuladores e/ou centro das atenções.
3. Ansiosos e/ou controlados-controladores.
A inteligência é, portanto, o conjunto das habilidades cognitivas da pessoa, resultante, o vetor �nal dos
diferentes processos intelectivos. Tais habilidades permitem ao indivíduo identi�car e resolver problemas
novos, reconhecer adequadamente situações cambiantes da vida e encontrar as soluções mais satisfatórias
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possíveis para si e para o ambiente, respondendo às exigências de adaptação às demandas do dia a dia.
As alterações da inteligência no mecanismo psicopatológico do transtorno do espectro autista fazem com que
os indivíduos não consigam se relacionar de forma natural, sintam solidão autista, relacionem-se melhor com
objetos inanimados e busquem rotinas intensas. Além disso, apresentam falta de empatia nos contatos
interpessoais, nas interações socioafetivas, não desenvolvem a linguagem adequadamente e têm dé�cit da
cognição social.
Na esquizofrenia, sofrem de dé�cits signi�cativos de cognição social e no reconhecimento de emoções
veri�cado na psicose, sobretudo na raiva, no processamento de emoções e empatia e na identi�cação de
interpretação das regras sociais.
O dé�cit em teoria da mente se relaciona ao risco de se desenvolver esquizofrenia, aos sintomas clínicos, como
delírios de perseguição, e, com maior impacto, ao desfecho funcional (quanto maior o dé�cit em teoria da
mente, pior o diagnóstico funcional) (FETT et al., 2011).
A Síndrome de Williams (SW) revela um fenótipo comportamental intrigante: há hipersensibilidade,contato
social visual intenso e comportamentos sociais desinibidos ou indiscriminados, opostos aos do autismo.
Identi�cados nos transtornos como: bipolar (TB), transtornos da personalidade como Bordeline e antissocial,
transtornos depressivos, transtornos de dé�cits de atenção/hiperatividade (TDAH), entre outros.
TRANSTORNOS DA PERSONALIDADE E TRAÇO DO MODELO DOS CINCO
GRANDES FATORES (BIG FIVE) (QUADRO)
A seguir, con�ra um quadro para ser aplicado como apoio em entrevistas pro�ssionais com indivíduos com
alterações do juízo (delírio). Apesar de serem menos frequentes (porém, não menos rotineiros), podem ser
utilizados como ponto de partida para pesquisa para diagnósticos.
Quadro 1 | Transtornos da Personalidade e traços do modelo dos cinco grandes fatores (Big Five)
Transtorno da
Personalidade
Traços mais comuns no modelo dos cinco grandes fatores (BIG FIVE, NEO-PI-R, PID-5,
BFP)
Bordeline
- Domínio afetividade negatividade/neuroticismo: labilidade emocional,
insegurança de separação, tendência à ansiedade, tendência à depressão.
- Domínio desinibição: impulsividade, exposição a riscos.
- Domínio meticulosidade: níveis baixos de pragmatismo, autodisciplina,
organização.
- Domínio antagonismo: hostilidade.
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Antissocial
- Domínio antagonismo: manipulação, insensibilidade, desonestidade, hostilidade.
- Domínio extroversão: busca de excitação, assertividade.
- Domínio desinibição: exposição a riscos, impulsividade, irresponsabilidade.
- Domínio meticulosidade: níveis baixos de autodisciplina, con�abilidade,
organização.
Obsessivo-Compulsivo
- Domínio meticulosidade: perfeccionismo rígido.
- Domínio afetividade negativa/neuroticismo: perseverança mecânica.
- Domínio distanciamento: evitação da intimidade, afetividade restrita.
Histriônica
- Domínios extroversão, abertura e afabilidade: níveis aumentados.
- Domínio afetividade negativa/neuroticismo: níveis altos de labilidade emocional.
- Domínio antagonismo: níveis altos de grandiosidade.
Narcisista
- Domínio antagonismo: grandiosidade, busca de atenção.
- Domínio afabilidade: níveis baixos de modéstia, cooperatividade e prestatividade.
Dependente
- Domínio afetividade negativa/neuroticismo: tendência à ansiedade, insegurança
de separação, submissão, tendência à depressão, insatisfação e labilidade
emocional.
Evitativa
- Domínio afetividade negativa/neuroticismo: tendência à ansiedade, hostilidade,
tendência à depressão, insegurança, labilidade emocional.
- Domínio distanciamento: níveis altos de retraimento, self-consciousness.
Paranoide
- Domínio afetividade negativa/neuroticismo: níveis altos de hostilidade.
- Domínio antagonismo: níveis altos de descon�ança e de não cooperatividade.
Esquizotípica
- Domínio psicoticismo: desregulação cognitiva e perceptiva, crenças e experiências
incomuns, excentricidade.
- Domínio distanciamento: afetividade restrita, retraimento, descon�ança.
Esquizoide
- Domínio distanciamento/introversão: níveis altos de retraimento e de anedonia,
afetividade restrita.
Fonte: adaptado de Trull (2013)
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VÍDEO RESUMO
A consciência, o autoconhecimento da valoração do Eu, a personalidade e a inteligência em desarmonia formam
um conjunto de alterações que anteriormente denominávamos vulgarmente como “loucura”. Hoje abordamos
de forma cientí�ca e conhecemos o conjunto das variações que se re�etem no estado mental. Vamos para mais
uma aula de conhecimento? Esperamos por você!
 Saiba mais
Caro estudante,
Esse artigo trará ainda mais conhecimentos sobre o assunto estudado em aula:
DE PAULA, Janaína Torres; SARDINHA, Luís Sérgio; DE AQUINO LEMOS, Valdir. A PERSONALIDADE DO
PSICOPATA QUE COMETE ASSASSINATOS EM SÉRIE. Diálogos Interdisciplinares, v. 8, n. 8, p. 39-48, 2019.
http://publicacoes.unifran.br/index.php/dialogos/article/view/798. Acesso em: 06 mar. 2023.
Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.
Aula 1
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 3ª Edição. São Paulo: Artmed,
2019.
SULLIVAN, Harry Stack. Die interpersonale Theorie der Psychiatrie. Fischer-Taschenbuch-Verlag, 1983.
HUSS, M. T. Psicologia Forense. São Paulo: Artmed, 2011.
JUSBRASIL. Portal JusBrasil, [S. l., s. d.]. Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/. Acesso em: 2 fev. 2023. 
MINKOWSKI, Eugène. Traité de psychopathologie. Revue Philosophique de la France Et de l, v. 158, 1966.
PEPSIC. Periódicos eletrônicos em psicologia. São Paulo: Instituto de Psicologia da USP, [s. d.]. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/. Acesso em: 20 fev. 2023.
SCIELO. Scienti�c Electronic Library online. São Paulo: Scielo, [s. d.]. Disponível em: https://scielo.org/pt/.
Acesso em: 20 fev. 2023.
SLATER, Eliot; ROTH, Martin. Mayer-Gross, Slater and Roth, Clinical Psychiatry. 1970.
Aula 2
REFERÊNCIAS
4 minutos
http://publicacoes.unifran.br/index.php/dialogos/article/view/798
https://www.jusbrasil.com.br/
http://pepsic.bvsalud.org/
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04/09/2023, 13:00 wlldd_231_u3_psi_crime
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Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.
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