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Questões Dalgalarrondo PSICOPATOLOGIA GERAL CAP 2, 3, 4, 9, 14, 16, 17, 18, 19, 24

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Capítulo 2
Definição de psicopatologia e ordenação dos seus fenômenos
1- Defina psicopatologia e comente suas origens e seu campo de atuação.
A psicopatologia pode ser definida como o conjunto de estudos sobre o adoecimento mental, tem sua história traçada por parâmetros médicos, nutre-se de uma tradição humanista e acadêmica. A psicopatologia é uma ciência básica que serve de auxílio para psiquiatria e à psicologia clínica. 
2- Discuta os dois aspectos básicos dos sintomas psicopatológicos: forma e conteúdo. 
Forma: estrutura básica, relativamente semelhante nos diversos pacientes e nas diversas sociedades (a forma “alucinação”, “delírio”, “ideia obsessiva”, “fobia”, etc.)
	Conteúdo: preenche a alteração estrutural (o conteúdo de culpa, religioso, de perseguição, de um delírio, de uma alucinação ou de uma ideia obsessiva, por exemplo)
3- Defina e descreva o que é patogenia e patoplastia. 
Patogenia: processo de como os diferentes sintomas da psicopatologia se formam e se estruturam.
	Patoplástia: configuração e preenchimento dos conteúdos dos sintomas, ou seja, como a forma é preenchida pelos temas específicos.
	A forma (patogênese) seria mais geral e universal, comum a todos os pacientes, em todas ou quase todas as culturas, enquanto o conteúdo (patoplastia) seria algo bem mais pessoal, dependendo da história de vida singular do indivíduo, de seu universo cultural específico e da personalidade e cognição prévias ao adoecimento
4- Relacione os temas centrais da existência humana com o conteúdo dos sintomas psicopatológicos
Os temas centrais da existência humana são base para os sintomas psicopatológicos. Esses temas nutrem e constrói a experiência psicopatológica. 
Capítulo 3
Os principais campos e tipos de psicopatologia 
1- Cite e defina oito correntes da psicopatologia. 
1. Psicopatologia Descritiva: interessa fundamentalmente a forma das alterações psíquicas, a estrutura dos sintomas, aquilo que caracteriza a vivência patológica como sintoma mais ou 
menos típico; 
 
2. Psicopatologia Dinâmica: interessa o conteúdo da vivência, os movimentos internos de afetos, desejos e temores do indivíduo, sua experiência particular, pessoal, não necessariamente classificável em sintomas previamente descritos; A boa prática em saúde mental implica a combinação hábil e equilibrada de uma abordagem descritiva, diagnóstica e objetiva e uma abordagem dinâmica, pessoal e subjetiva do doente e de 
sua doença. 
 
 3. Psicopatologia Médica (médico-naturalista): trabalha com uma noção de homem centrada no corpo, no ser biológico como espécie natural e universal, sendo o adoecimento mental visto como, um mau funcionamento do cérebro. 
 
4. Psicopatologia Existencial: o doente é visto como “existência singular”, como ser lançado ao mundo que é apenas natural e biológico na sua dimensão elementar, mas que é fundamentalmente histórico e humano. O ser é construído por meio da experiência particular de cada sujeito, na sua relação com os outros sujeitos. 
 
 5. Psicopatologia Comportamental-Cognitiva: o homem é visto como um conjunto se comportamentos observáveis, verificáveis, regulados por estímulos específicos e gerais, e por certas leis determinantes do aprendizado, centrando a atenção sobre as representações cognitivas conscientes. 
 
6. Psicopatologia Psicanalítica: o homem é visto como ser “determinado”, dominado, por forças e desejos e conflitos inconscientes, dando grande importância aos afetos. Nessa visão, os sintomas e síndromes mentais são apenas formas de expressão de conflitos, inconscientes, de desejos que não podem ser realizados, de temores aos quais o indivíduo não tem acesso. 
 
7. Psicopatologia Categorial: as entidades nosologias ou transtornos mentais específicos podem ser compreendidos como entidades completamente individualizadas, com contornos e fronteiras bem demarcados. As categorias diagnósticas seriam “espécies únicas”.
8. Psicopatologia Dimensional: esta perspectiva seria hipoteticamente mais adequada à realidade clínica. Haveria, então, dimensões como por ex., o espectro esquizofrênico, que incluiria desde formas muito graves, tipo “demência precoce”, formas menos deteriorantes de esquizofrenia, formas com sintomas afetivos, chegando até um outro polo, de transtornos afetivos, incluindo formas com sintomas psicóticos até formas puras de depressão e mania. 
 
9. Psicopatologia Biológica: enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou neurofisiológicos das doenças e sintomas mentais. A base de todo transtorno mental são alterações de mecanismos neurais e de determinadas áreas e circuitos cerebrais. 
 
10. Psicopatologia Sociocultural: visa estudar os transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir de fatores socioculturais, como discriminação, pobreza, migração, estresse ocupacional, desmoralização sociofamiliar e etc. Os sintomas e os transtornos mentais devem ser estudados, no seu contexto sociocultural, simbólico e histórico. 
 
11. Psicopatologia Operacional-Pragmática: nessa visão, as definições básicas de transtornos mentais e sintomas são formuladas e tomadas de modo arbitrário , em função de sua utilidade pragmática, clínica ou orientada à pesquisa. Não são questionados a natureza da doença ou do sintoma e tampouco os fundamentos filosóficos ou antropológicos de determinada definição. Trata -se do modelo adotado pelas modernas classificações de transtornos mentais, o DSM-IV e a CID-10. 
 
12. Psicopatologia Fundamental: visa centrar a atenção d a pesquisa psicopatológica sobre os fundamentos de cada conceito psicopatológico . Dá ênfase à noção de doença mental como pathos, que significa sofrimento, paixão e passividade.
2- Discuta as principais diferenças entre a psicopatologia médica e a existencial, assim como entre a psicopatologia categorial e a dimensional.
A psicopatologia médica acata de uma visão centrada no corpo, no biológico como funcionamento geral da raça humana, onde o adoecimento mental é visto como fator biológico, mau funcionamento do cérebro. Já a psicopatologia existencial, vê a questão sob um viés subjetivo, existência singular, o indivíduo biológico como ser lançado no mundo que tem de relevante suas características históricas. Por viés existencial os transtornos mentais próprios da existência humana, uma forma, muitas vezes trágica de traçar o caminho como ser lançado ao mundo, um evento na existência.
3- Comente sobre as relações da psicopatologia com a psicologia geral.
A psicopatologia como patologia do psicológico, a psicologia é quem provê o estudo sistemático da vida psíquica, sendo assim a psicopatologia não pode ser vista como um campo de estudo isolado e autônomo, mas sim como parte de da psicologia geral. Os fenômenos (delírios, alucinações, entre outros) são derivados dos fenômenos psicológicos normais.
A psicopatologia como psicologia (especial) do patológico, neste caso a psicopatologia pode ser vista como autônoma, servindo de base para a psicologia especial ao traçar caminhos ao patológico. Seriam fenômenos originais, não deriváveis dos fenômenos psicopatológicos normais.
Capítulo 4
A questão da normalidade e da medicalização
 1- Por que o conceito de normalidade é uma questão controversa em psicopatologia?
 
O conceito de saúde e de normalidade em psicopatologia é questão de grande controvérsia, sendo fundamental o questionamento permanente e aprofundado sobre o que seriam o normal e o patológico. Há questões particularmente difíceis na determinação de normalidade/anormalidade em psicopatologia historicamente, essas noções receberam grande carga valorativa; assim, definir alguém como normal ou anormal psicopatologicamente tem sido associado àquilo que é desejável ou indesejável, ou àquilo que é bom ou ruim. tais valores, mesmo que se busque esclarecer que não devam estar presentes, retornam quase sempre,de forma explícita ou camuflada, quando se caracteriza alguém como “anormal” psicopatologicamente, além disso, o comportamento e o estado mental das pessoas não são fatos neutros, exteriores aos interesses e preocupações humanas. Não se ficar indiferente perante outros indivíduos, ao lidar com seus comportamentos, sentimentos e outros estados mentais.
2- Cite os principais desdobramentos do conceito de normalidade nas várias áreas da saúde mental e da psicopatologia. 
Psiquiatria e psicologia legal ou forense, determinação de normalidade psicológica tem importantes implicações legais, criminais e éticas podendo definir o destino do sujeito. Normalidade neste âmbito significa que o sujeito na condição de normal psicologicamente é responsável por seus atos e deve responder legalmente por estes.
Epidemiologia, estudo e trabalho da definição de normalidade, esta se encarrega de contribuir para a discussão e a aprofundamento do conceito de normalidade na saúde geral.
Psiquiatria cultural e etnopsiquiatria, conceito de normalidade em psicopatologia impõe a análise sociocultural, o estudo da relação entre fenômeno patológico e o contexto social em que está inserido.
Planejamento mental e políticas de saúde, se estabelece critérios de normalidade perante as demandas assistenciais de determinada sociedade e as necessidades que esta carece.
Orientação e capacitação profissional, importante para estabelecer conceito de normalidade em ambientes profissionais ou de risco, exemplo porte de armas, cursos e exames para classificação profissional ( cnh, a, b, c, d e e)
Prática clínica, capacidade de determinar, no processo de avaliação psicológica e intervenção clínica, se tal fenômeno é patológico ou normal 
3- Cite os principais critérios de normalidade em psicopatologia. 
Normalidade como ausência de sintomas.
Normalidade ideal.
Normalidade estatística.
Normalidade como bem-estar
Normalidade funcional.
Normalidade como processo.
Normalidade subjetiva
Normalidade como liberdade
4- O que é medicalização, psiquiatrização e psicologização? Quais os desafios dessa área de debates?
A medicalização, psiquiatrização e a psicologização são nomes dados ao processo por onde problemas não médicos passam a ser definidos como médicos. Transformação de comportamentos desviantes da normalidade em doenças ou transtornos. 
Capítulo 9 
A entrevista com o paciente
1-Uma entrevista bem conduzida é aquela em que o profissional fala muito pouco e ouve pacientemente o enfermo. Há, contudo, certas situações que exigem uma intervenção mais ativa por parte do entrevistador. Nesse sentido, que aspectos devem ser observados ao se conduzir uma entrevista? 
O sujeito como um todo, personalidade, estado mental e emocional no momento, o contexto da entrevista e seus objetivos, reatividade do sujeito perante a personalidade do entrevistador. Contudo há algumas atitudes inadequadas e/ou improdutivas como postura rígida, atitude fria, reações emocionais intensas, hostilidade, muitas anotações, entre outros.
2- Ao entrevistar um paciente, que tipo de postura/atitude o entrevistador deve evitar? 
Postura rígida, atitude fria, reações emocionais intensas, hostilidade, muitas anotações, entre outros.
3- Quais as “três regras de ouro” da entrevista em psicopatologia?
Regra 1- Pacientes organizados, com inteligência normal, escolaridade boa ou razoável, fora de estado psicótico, devem se manter entrevistas mais abertas para que se expressem de forma fluida e espontânea.
Regra 2- Pacientes desorganizados, com nível intelectual baixo, em estado psicótico ou paranoide, travados por alto nível de ansiedade, devem se entrevistar de forma estruturada, entrevistador fala mais e guia o paciente através de perguntas simples e dirigidas no contexto da demanda.
Regra 3 – Pacientes tímidos, ansiosos ou paranoides, deve se manter a entrevista de forma estruturada =, inicialmente com perguntas neutras, apenas após rapport bem definido entrar em questões sobre a queixa.
4- Diante de um paciente tímido, que fica em silêncio durante a entrevista, que estratégias podem ser usadas pelo entrevistador a fim de que esse silêncio seja rompido? 
O profissional deve ser breve e conciso de forma clara e objetiva, de modo que facilite a interpretação e estimule resposta além do sim e não, e personalizar a técnica de acordo com a subjetividade do paciente.
5- Estabeleça a diferença entre transferência e contratransferência. 
Transferência são atitudes, sentimentos, pensamentos e percepções, positivos ou negativos, de origem inconsciente do indivíduo refletidas e repetidas do passado para o presente que são projetados para o analista ou profissional que atende o sujeito.
A contratransferência é basicamente o mesmo processo de transferência mas em lado oposto, onde o analista ou profissional que atende o sujeito transfere seus sentimentos passados para seu paciente.
6- Descreva como deve ser feito o relato do caso por escrito.
Após encerrar a entrevista, elabora-se o esboço do caso importante para o acompanhamento do estado mental do individuo para o profissional. Deve-se evitar terminologias de cunho técnico, a história clínica deve ser redigida com uma linguagem simples, objetiva e compreensível, tornando de fácil leitura e acessibilidade. Evitar interpretação precoce dos dados, deve-se escrever de forma organizada e coerente, o relato atenta-se a personalidade do paciente, dinâmica de sua família e ao meio que está inserido, observando o sujeito biopsicossocial. O relato não se limita ao diagnóstico clínico, tornando-o apenas um ponte de partida na observação.
Capítulo 14 
A orientação e suas alterações
1- Como é classificada a capacidade de orientar-se? Estabeleça a diferença entre orientação espacial e orientação temporal, sem esquecer de relacioná-las com transtornos mentais e distúrbios neuropsicológicos e neurológicos. 
A capacidade de orientar-se dada como elemento básico da atividade mental e fundamental para a sobrevivência humana, constitui-se por consciência, percepção, atenção, memoria e toda a cognição. 
Orientação espacial, é consciência do sujeito diante do espaço onde se encontra, está relacionada a capacidade de ser reconhecer em locais e a habilidade de locomover-se de forma orientada entre caminhos distintos, já a orientação temporal se da na percepção adequada do tempo e na sequência de intervalos temporais, na sua correspondente representação mental e do processamento mental da temporalidade. 
2- Quais são as áreas cerebrais relacionadas à orientação espacial e à orientação temporal? 
Orientação Espacial: Lobo s parietais (hemisfério direito), Córtex parietoccipital 
Orientação Temporal: Hipocampo, Corpos mamilares, Núcleos anteriores/mediais do tálamo e núcleos septais, Córtex pré-frontal e suas conexões (núcleo caudado /giro cingulado.
3- Caracterize os tipos de desorientação segundo a alteração que os condiciona.
Capítulo 16
A sensopercepção e suas alterações (incluindo a representação e a imaginação)
1- Estabeleça a diferença entre sensação, percepção e apercepção. 
A sensação é o fenômeno gerado por estímulos físicos, químicos e biológicos, originados dentro ou fora do organismo, enquanto a percepção se dá pela tomada de consciência do sujeito perante o estimulo, não plenamente racionalizado. A apercepção é a compreensão total e plenamente consciente da percepção e seus estímulos.
2- O que e quais são as alterações quantitativas da sensopercepção? 
As alterações quantitativas, as imagens perceptivas têm intensidade anormal, para mais ou para menos, configurando hiperestesias, hiperpatias hipoestesias, anestesias e analgesias, eventualmente esses termos são empregados em neurologia com um sentido um pouco diverso do utilizado em psicologia.
3-O que e quais são as alterações qualitativas da sensopercepção? 
As alterações quantitativas, as imagens perceptivas têm intensidade anormal, para mais ou para menos, configurando hiperestesias, hiperpatias hipoestesias, anestesias e analgesias,eventualmente esses termos são empregados em neurologia com um sentido um pouco diverso do utilizado em psicologia.
	
4- O que é alucinação? Quais são os tipos mais importantes de alucinação?
Alucinação é uma percepção sensorial que ocorre sem um estímulo real no ambiente externo. Em outras palavras, é quando uma pessoa vê, ouve, sente, cheira ou saboreia algo que não está realmente presente no ambiente. 
Existem diferentes tipos de alucinação, alguns dos quais incluem: Alucinações visuais: São as mais comuns, e envolvem a percepção de imagens que não estão presentes no ambiente, como luzes, cores, formas ou pessoas. 
Alucinações auditivas: São as mais comuns em pessoas com esquizofrenia, e envolvem a percepção de filhos que não estão realmente presentes, como vozes que falam diretamente com a pessoa ou que comentam suas ações. 
Alucinações táteis: envolvem uma sensação de algo que não está presente, como uma picada, formigamento, ou até mesmo a sensação de ser tocado. 
Alucinações gustativas: Envolvem a percepção de sabores que não estão presentes, como o sabor metálico na boca ou o gosto de um alimento específico que não está sendo consumido.
 Alucinações olfativas: Envolvem a percepção de cheiros que não estão presentes, como o cheiro de fumaça ou perfume forte.
5- Descreva e estabeleça a diferença entre as teorias que tentam explicar as possíveis causas e a etiologia das alucinações.
6- Qual é a contribuição dos estudos recentes de neurociência e de neuroimagem funcional para o conhecimento da alucinação?
7- Caracterize as alterações da representação ou das imagens representativas
Capítulo 17
A memória e suas alterações
 1- Defina memória. Descreva o que é memória coletiva.
Memoria é a capacidade compreender, armazenar e evocar os fatos que ocorrem durante nossa vida, toda experiencia e aprendizagem dependem da memória. 
A memória coletiva, social ou cultural são conhecimentos e práticas sociais e culturais produzidos e acumulados ao longo de gerações por grupos sociais, a memória coletiva é fundamental para manter a cultura transmitida de geração em geração.
 
 2- Explique o que significa a frase: A memória é frequentemente reeditada.
Durante nossas vidas passamos por diversas experiencias que podem alterar e acrescentar elementos da lembrança ou modificar como interpretamos as memorias do passado. Há um processo de recriação e reinterpretação no arquivo de longo prazo das memórias. 
3- Do que depende a eficácia no processo de memorização (codificação, armazenamento e futura evocação) de novos elementos da memória?
Nível de consciência e estado geral do organismo, atenção focal, organização e distribuição temporal, interesse e colorido emocional, conhecimento anterior, capacidade do compreensão do significado da informação, estabelecimento de um contexto rico e elaborado, codificação da informação nova em mais de uma via.
4- Descreva a memória segundo o tempo de aquisição, armazenamento e evocação. 
A memória é um processo que começa com a aquisição de informações pelos sentidos, seguida pela consolidação e armazenamento em diferentes formas de memória de curto e longo prazo. A evocação é o processo de acessar e recuperar essas informações da memória de longo prazo para uso posterior.
5- O que significa priming? 
O termo se refere a um tipo de memória implícita, o priming ocorre quando temos a sensação subjetiva de reencontro com algum estímulo.
6- Classifique e caracterize os tipos de memória segundo as estruturas cerebrais envolvidas: memória de trabalho e memória semântica. 
Memória de trabalho: De curto prazo, memória explicita que exige esforço, utilizada durante toda a rotina, conjunto de habilidades que permite manter e manipular informações novas com o intuito da resolução ou ação de alguma tarefa. Esta depende de regiões corticais pré-frontais para sua execução.
Memória semântica: De longo prazo, se refere ao aprendizado, à conservação e à utilização do arquivo geral de conceitos e conhecimentos do indivíduo. Inclui-se conhecimentos de objetos, fatos, operações matemáticas, assim como das palavras e seu uso. Esta depende das regiões inferiores e laterais dos lobos temporais, sobretudo no hemisfério esquerdo. 
7- Cite os transtornos nos quais mais há alterações da memória episódica e da memória de procedimentos.
Memória episódica: Alzheimer, Síndrome de Wernicke-Korsakoff.
Memória de procedimentos: Parkinson, doença de Huntington.
8- Descreva dois tipos de agnosias visuais e dois tipos de agnosias auditivas.
Agnosias visuais: 
Prosopagnosia - o reconhecimento de faces humanas está prejudicado ou abolido.
Cores - a incapacidade do indivíduo de dizer o nome da cor quando esta lhe é mostrada
Agnosias auditivas: 
Surdez verbal pura: O paciente pode falar, ler e escrever correta e fluentemente; entretanto, não entende as palavras faladas que ouve, apenas as reconhece como ruídos
Cegueira verbal pura: Indivíduo fala, escreve e entende palavras faladas normalmente; porém, não pode ler de forma compreensível um texto.
9-Defina amnésia. Quais são os tipos de amnésia? Caracterize-os. 
Amnésia é a perda da memória, seja da capacidade de fixar, seja da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.
Tipos de amnésia: 
Dissociativas ou psicogênicas – perda de parte da memória autográfica, individuo perde a memória de eventos específicos que não seriam normalmente esquecidos, mas consegue se recordar dos acontecimentos antes e depois de tais eventos.
Retrograda- o indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início do transtorno (ou trauma).
Anterógrada- o indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do evento que lhe causou o dano cerebral.
Orgânica- Perde-se primeiramente a capacidade de memorização de fatos e eventos recentes, e, em estados avançados da doença (geralmente demência), o indivíduo passa gradualmente a perder conteúdos mais antigos.
10- Quais são os principais tipos de paramnésias? Diferencie-os. 
Ilusão mnêmica: acréscimo de elementos falsos a elementos da memória de fatos que realmente aconteceram.
Alucinações mnêmicas: criações imaginativas, dotadas de sensorialidade, marcadamente com a aparência de lembranças ou reminiscências que não correspondem a qualquer elemento mnêmico, a qualquer lembrança verdadeira.
11- Descreva as alterações do reconhecimento/identificação de origem delirante (delusional misidentification syndrome).
Falsos desconhecidos- o paciente não consegue se recordar de pessoas próximas e até mesmo familiares como pai, mãe e irmão.
Falsos conhecidos- o paciente reconhece alguém desconhecido como seu íntimo.
Síndrome de Capgras- o paciente acredita que pessoas foram substituídas por sósias, um impostor.
Síndrome de Capgras inversa- paciente acredita que ele mesmo foi trocado ou substituído por um sósia.
Síndrome do duplo subjetivo- o paciente acredita que outra pessoa se transformou fisicamente a ponto de tornar-se idêntica a ele, vindo a ser o seu próprio Eu, um duplo perfeito.
Falso reconhecimento ou síndrome de Frégoli- Identificação falsa e delirante de uma pessoa estranha como se fosse alguém do círculo pessoal do paciente, disfarçada de estranho, enfermeiro ou médico.
Síndrome de Frégoli inversa- O próprio Eu físico do paciente é percebido como se transformando radicalmente; sua aparência não é mais a mesma, apenas sua identidade psicológica permanece igual.
Síndrome de intermetamorfose- Pessoa do círculo familiar do paciente, tida como perseguidor, e um estranho, também perseguidor, são percebidos apresentando características físicas e psicológicas em comum.
Capítulo 18
A afetividade e suas alterações
1- Quais são os cinco tipos básicos de vivências afetivas? Caracterize-os.
1- Humor ou estado de ânimo: Estado emocional em que se encontra o paciente e como é difundido em determinados momentos, no estado de ânimo há confluência entre a vertente somática e a vertente psíquica, que se unem de maneira indissolúvel para fornecer um colorido especial à vida psíquica momentânea.2- Emoções: Reações afetivas momentâneas, agudas, desencadeadas por estímulos significativos.
3- Sentimentos: estados e configurações afetivas estáveis, longo prazo com possível planejamento e esforço para mantê-los
4- Afeto: Qualidade e estado emocional que acompanham a ideia.
5- Paixões: Estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade psíquica como um todo, captando e dirigindo a atenção e o interesse do indivíduo em uma só direção.
2- Discuta a oposição entre emoção e razão na tradição do pensamento ocidental. 
A emoção opõe-se frontalmente à razão; segundo essa tradição, a emoção cega o ser humano e o impede de pensar com clareza e sensatez
3- O que são emoções universais e quais seriam elas, segundo os autores que as defendem? 
	Seus autores defendem que comportamentos faciais específicos universalmente associados às emoções, também específicas; ou seja, era possível demonstrar empiricamente a existência de emoções universais.
4- O que são emoções não conscientes? Como elas são estudadas?
Fenômenos automáticos, não controlados e ultrarrápidos que ocorrem sem que haja tomada de consciência pelo indivíduo que as experimenta. Em um estudo, que pessoas com sede, às quais eram apresentadas faces alegres com o paradigma não consciente, bebiam muito mais água espontaneamente do que a quem não foram apresentadas as faces alegres, depois dos testes. As escolhas do tipo de obras de arte diferiam também claramente entre os expostos a estímulos emocionais não conscientes e os expostos a estímulos neutros
5- Cite e descreva três teorias das emoções.
Teoria de James-Lange (1884)
Emoção concebida como a percepção, a tomada de consciência das modificações fisiológicas produzidas por determinados eventos.
Teoria de Schachter-Singer, ou teoria dos dois fatores (1962) 
Emoção composta por dois grandes fatores: a estimulação e resposta fisiológica geral; e a avaliação cognitiva e atribuição de significado (também cognitivo) à experiência.
Teoria de Lazarus (1966, 1977)
Se valoriza a avaliação cognitiva da experiência emocional, atribuindo-lhe sentido negativo, positivo ou neutro. A avaliação cognitiva imediata dispara a ativação fisiológica e, então, ocorre a experiência completa da emoção.
6- Descreva por que a amígdala, a ínsula, o giro do cíngulo e os lobos frontais são importantes para o processamento neuronal das emoções. 
Amigdala é uma das principais estruturas neurais relacionadas às emoções. Funciona como um sistema de alerta do organismo, com 12 núcleos sensíveis diferencialmente para atenção, aprendizagem e memória. Em algumas circunstâncias, ela emite projeções para o tronco cerebral desencadeando reações de raiva e agressividade, ou reações de imobilidade e congelamento, em mamíferos, similares à catatonia e ao estupor em humanos
A ínsula, responsável sob a regulação de experiencias emocionais relacionadas a repugnância ou aversão Pesquisas revelaram que a ínsula é uma área fundamental que lê o estado fisiológico de todo o corpo, gerando sentimentos subjetivos-corporais desagradáveis e agradáveis.
Giro do cíngulo, envolvida no controle de emoções.
Lobos frontais são intimamente relacionados às emoções, utilizam informações oriundas da amígdala para monitorar o estado interno e afetivo do organismo e regular as respostas apropriadas.
7- Estabeleça um paralelo entre as concepções teóricas de Freud e Melanie Klein acerca da afetividade. 
8- Caracterize as alterações do humor: distimia, hipertimia, puerilidade e irritabilidade patológica.
Distimia - alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição como no sentido da exaltação.
Hipertimia - humor patologicamente alterado no sentido da exaltação e da alegria.
Puerilidade - humor que se caracteriza pelo aspecto infantil, simplório, regredido. O indivíduo ri ou chora por motivos banais; sua vida afetiva é superficial, sem afetos profundos, consistentes e duradouros.
Irritabilidade patológica - hiper-reatividade desagradável, hostil e, eventualmente, agressiva a estímulos (mesmo leves) do meio exterior.
9- Estabeleça a diferença entre ansiedade, angústia e medo. 
A ansiedade se remete ao futuro enquanto a angústia se remete ao passado, e o medo não carrega temporalidade e sim de uma experiência precisa.
10- Quais são os tipos de angústia ou ansiedade segundo as correntes teóricas da psicanálise e do existencialismo? Caracterize-os. 
Em psicanálise são trabalhados cinco conceitos:
Angústia de castração – no sentido de perda ou de risco de perda, de algo importante do ponto de vista narcísico para o indivíduo
Angústia de morte ou de aniquilamento - sensação intensa de angústia perante perigo ou situação (real ou fantasiada) que indiquem ao sujeito a proximidade ou a possibilidade iminente da morte ou do aniquilamento (do corpo, do ego).
Ansiedade depressiva - e teme perder seus objetos bons; teme que estes (internalizados ou reais, externos ou internos) sejam destruídos ou desintegrados, juntamente com seu próprio Eu.
Ansiedade persecutória ou paranoide - temor de retaliação feroz aos ataques imaginários, fantasmáticos, que o sujeito, em sua fantasia, perpetrou contra seus objetos internos ou externos.
Angústia de separação - reações emocionais vividas pela criança quando separada da mãe, manifestando seus afetos com choro, desespero e grande aflição.
Já na escola existencial a Angústia é representada como produto do ser livre, ser lançado ao mundo. Um estado inato básico, vital e contribuinte.
10- Descreva como são as crises de pânico. 
Crises de pânico envolvem sensação de grande perigo, desejo de fugir ou escapar da situação, ocorrem sintomas somáticos autônomos, decorrente ansiedade extrema, como palpitações , sudorese fria, tremores, parestesias, sensação de falta de ar, desconforto respiratório, dor ou desconforto no peito, náusea, sensação de cabeça leve, medo de perder o controle ou enlouquecer, medo de morrer ou de ter um infarto e, em alguns casos, despersonalização e/ou desrealização.	
11- Descreva o que é apatia e anedonia.
 Apatia é a diminuição da excitabilidade emocional, conjunto de déficits ou redução motivacional de comportamentos dirigidos e objetivos. Já a Anedonia é a incapacidade total ou parcial sentir prazer em determinadas experiencias da vida. 
12- Descreva o valor diagnóstico dos sintomas afetivos na esquizofrenia, na depressão e nas demências.
Capítulo 19
A vontade, a psicomotricidade, o agir e suas alterações
1- Descreva e estabeleça a diferença entre vontade, instinto, pulsão, desejo, necessidade e motivação. 
Vontade: Força interna e subjetiva, depende da cultura e visão de mundo de sujeito em construção inserido em uma sociedade.
Instinto: organizado, fixo e mais ou menos complexo de resposta comportamental padronizada de determinada espécie, a qual, por meio dela, pode sobreviver melhor em seu ambiente natural. Geralmente envolve um conjunto de respostas e comportamentos herdados que serve à adaptação do organismo.
Pulsão: elementos inatos, inconscientes, de origem parcialmente biológica e parcialmente psicológica, que movem o sujeito em direção à vida ou à morte.
Desejo: querer, um anseio, um apetite, de natureza consciente ou inconsciente, que visa sempre algo, que busca sempre sua satisfação.
Necessidades: fixas e inatas, independentes da história individual e cultural.
2- Defina ato volitivo e caracterize as etapas do processo volitivo. 
Ato volitivo ou ato de vontade se define por expressões humanas típicas como “eu quero” ou “eu não quero”, é divide em quatro etapas ou momentos fundamentais seguidos na maioria das vezes de forma cronológica.
1- fase de intenção ou propósito: tendencias básicas do sujeito, suas inclinações ou interesses. Nesta fase, os impulsos, desejos e temores inconscientes exercem influência decisiva sobre o ato volitivo
2- fase de deliberação: requer analise básica dos aspectos negativos e positivos, favorável ou desfavorável em sua decisão. 
3- fase de decisão propriamente dita: demarca o começo da ação.
4- fase de execução: atos psicomotores simples e complexos,decorrentes da decisão, são postos em funcionamento, a fim de realizar e consumar aquilo que mentalmente foi decidido e aprovado pelo indivíduo.
3- Qual é a relação entre certas estruturas cerebrais e processos psicológicos envolvidos em julgamentos e comportamentos morais? 
4- Estabeleça a diferença entre os atos impulsivo e compulsivo. 
O ato impulsivo ocorre quando o individuo abole as fases de deliberação e decisão, agindo e reagindo de forma rápida, não planejada, respondendo a estímulos externos ou internos com pouca ou nenhuma preocupação sobre as possíveis consequências negativas para si e/ou para os outros. Já o ato compulsivo o individuo reconhecem o ato como indesejável, assim como tem plena consciência da tentativa de refreá-los ou adiá-los. 
5- Quando o investigador deve avaliar os impulsos suicidas?
Sempre que se deparar com um paciente deprimido, cronicamente ansioso e hostil, desmoralizado, sem perspectivas, que usa ou é dependente de álcool. 
6- Cite e caracterize brevemente os impulsos e compulsões relacionados a substâncias ou alimentos, desejo e comportamento sexuais. 
Bulimia - Impulso irresistível de ingerir rapidamente grande quantidade de alimentos.
Dipsomania - Impulso ou compulsão periódica para ingestão rápida de grandes quantidades de álcool.
Potomania - compulsão de beber água ou outros líquidos sem que haja sede exagerada.
Pedofilia - desejo e a atividade sexuais voltados a crianças.
Gerontofilia - desejo sexual por pessoas consideravelmente mais velhas.
Voyeurismo - impulso de obter prazer observando uma pessoa que está tendo relação sexual, ou que simplesmente está nua ou se despindo.
Fetichismo - impulso e o desejo sexuais concentrados em) partes da vestimenta ou do corpo.
7- Cite e caracterize os diferentes tipos de alterações da psicomotricidade. 
Estupor - perda de toda a atividade psicomotora espontânea, nível de consciência aparentemente preservado e de capacidade sensório-motora para reagir. Distinguem-se, quanto ao tônus muscular presente no quadro de estupor, o subtipo hipertônico, com rigidez muscular (que é a forma mais frequente), o normotônico (sem alteração do tônus) e o hipotônico, ou flácido.
Catatonia - o transtorno passível de ser diagnosticado de forma autônoma, valoriza a lentificação ou ausência de resposta psicomotora, o mutismo, as posturas rígidas, bizarras (da flexibilidade cerácea) e o negativismo.
8- Quais são as principais alterações motoras associadas ao uso de psicofármacos?
Parkinsonismo medicamentoso - Rigidez, hipocinesia (redução dos movimentos), tremores (de repouso e postural), dificuldade de deglutição, com consequente acúmulo de saliva na boca, sinal da roda denteada
Distonia aguda - Contrações musculares sustentadas e geralmente dolorosas ou muito incômodas. Manifesta-se como posturas distorcidas de membros e tronco, crise oculógira ou torcicolo, opistótono, protusão da língua, deslocamento lateral da mandíbula ou espasmo laríngeo.
Acatisia - Inquietação motora, necessidade de andar de um lado para outro, incapacidade de manter posições, em geral acompanhada de movimentos de cruzar as pernas, bater os pés no chão repetidamente, balançar o tronco quando sentado e andar no lugar quando de pé.
Discinesia tardia - expressando-se com movimentos bucolinguomastigatórios e movimentos coreoatetoicos de membros e tronco. São característicos os movimentos da região oral, do tipo mastigar, beijar e franzir.
Síndrome do coelho - tremor fino e rápido (5 Hz) que envolve os lábios e, eventualmente, a língua.
Distonia tardia e acatisia tardia - semelhante ao da distonia e da acatisia agudas, mas decorrente do uso prolongado de neurolépticos e, geralmente, persistente por longo período após a retirada do medicamento.
Tourette tardio - transtorno de Tourette, mas decorrente do uso prolongado de neurolépticos. Ocorrem tiques motores múltiplos e complexos, tiques vocais e, mais raramente, coprolalia.
Capítulo 24
O eu, o self: psicopatologia
1- Na visão psicodinâmica, como se forma o Eu na criança? 
De forma progressiva ao longo do primeiro ano de idade, a partir desse período se torna mais nítido e consistente, a criança está apta a perceber e a representar objetos autônomos e estáveis em sua mente. O autoconceito e a visão de si mesma como um ser relativamente autônomo e separado dos demais vão gradativamente ficando mais claros e estáveis.
2- Descreva como William James concebe o self e suas dimensões. 
O self de uma pessoa é a soma total de tudo o que ela considera como "seu" em um sentido íntimo, incluindo seu corpo, traços psicológicos, relacionamentos pessoais e aspectos significativos de sua vida. Essa visão reconhece a importância dos fatores internos e externos na construção da identidade de uma pessoa e destaca a natureza em constante evolução do self.
3- Quais são as características da consciência do Eu de acordo com Karl Jaspers? 
Tem dois aspectos fundamentais que são a consciência do mundo e a consciência do Eu, esta última, divide-se em quatro parte: unidade do Eu, identidade do Eu no tempo, oposição do Eu em relação ao mundo e a atividade do Eu. 
4- Descreva o que se entende por despersonalização e desrealização.
A despersonalização é vivência geralmente muito perturbadora, pois a experiência de perda ou transformação do Eu costuma assustar e inquietar o paciente marcadamente. O indivíduo sente-se estranho consigo mesmo, vive marcante transformação, na qual seu Eu familiar e cotidiano, inclusive seu próprio corpo, são vivenciados como algo estranho, diferente, bizarro.
A desrealização, que é a transformação e a perda da relação de familiaridade com o mundo comum, familiar. O indivíduo passa a estranhar muitas das coisas que sempre lhe foram familiares, bem conhecidas, como sua própria casa, seus móveis, suas roupas, os lugares que frequenta. 
5- Defina esquema corporal e descreva suas alterações. 
Esquema corporal é a representação que cada indivíduo faz de seu próprio corpo.
6- Como se apresenta o esquema corporal nos pacientes com depressão, mania, esquizofrenia e anorexia nervosa?
Depressão grave pode levar a sensações negativas em relação ao corpo, como peso, lentidão e sofrimento. Pacientes em mania podem sentir seu corpo como algo ativo e poderoso. Esquizofrenia pode resultar em alterações profundas no esquema corporal, como sentir influência externa no corpo. Anorexia nervosa pode levar à percepção distorcida do próprio corpo, com a pessoa se vendo como gorda, mesmo quando muito magra.
7- Quais são as acepções do termo “narcisismo”? Quais são suas relações com a autoestima? 
O narcisista direciona seu amor a si próprio, a ilusão de autossuficiência, sentimento de poder, de grandiosidade, de desprezo pelo mundo exterior.
8- O que é identidade psicossocial? Explique seu caráter dinâmico. 
A identidade psicossocial permite que o indivíduo se oriente em relação às outras pessoas e ao seu meio sociocultural, estabeleça e delineie as fronteiras do Eu/self.
Identidade psicossocial é a construção que fazemos de nós mesmos a partir de nossas experiências e relações sociais. É um conceito que abrange tanto aspectos psicológicos quanto sociais e culturais, e é fundamental para a formação de nossa autoimagem, nossas escolhas e nossas interações com os outros. O caráter dinâmico da identidade psicossocial se refere ao fato de que ela está em constante transformação ao longo da vida, sendo influenciada por novas experiências, aprendizados e mudanças em nossas relações sociais.
9- Descreva o que é crise de identidade segundo Erik Erikson. 
Dificuldades intensas e ao surgimento, em curto período, da sensação de insegurança e confusão em relação a identidades e escolhas do sujeito.
10- Caracterize os estados de possessão. 
Fenômenos culturais, e não psicopatológicos, apresenta perda temporária de sua identidade pessoal, que é substituída por uma entidade que “toma conta” do sujeito. Os estados de possessão de natureza psicopatológica, em quadros dissociativos, são também de curta duração (minutos ou horas), e háamnésia parcial ou total para o ocorrido.
11- Cite e descreva três das experiências anômalas do self, segundo o EASE. 
Estranhamento do self corporal: o indivíduo sente o corpo como se ele não fosse mais o que era; percebe o corpo ou partes dele como maiores ou menores, deformadas em relação ao que lhe era comum. Ocorre nas psicoses.
Transitivismo: ocorre perda das fronteiras do self, com indiscriminação em relação a pessoas, animais ou objetos.
Sensação de aniquilamento total, de desaparecimento: o sujeito tem a sensação de que vai desaparecer ou de que está desaparecendo, às vezes quando em contato físico ou sexual com outra pessoa.
12- Descreva o que são fenômenos relacionados a imagem especular, transitivismo e hiper-reflexividade, segundo o EASE.
Fenômenos relacionados à imagem especular : o indivíduo olha-se mais frequentemente no espelho e percebe mudanças em sua face, ficando muito surpreso e/ou assustado.
Transitivismo: ocorre perda das fronteiras do self, com indiscriminação em relação a pessoas, animais ou objetos.
Hiper-reflexividade: tendência a refletir quase compulsivamente sobre como se está pensando, sentindo e se comportando, a monitorar intensamente a própria vida interior, com suas percepções, sensações, imaginações.

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