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COMÉRCIO-INTERNACIONAL-E-ESTRATÉGIA-1

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1 
 
 
COMÉRCIO INTERNACIONAL E ESTRATÉGIA 
1 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ....................................................................................... 3 
COMÉRCIO INTERNACIONAL ............................................................. 4 
Comércio internacional x comércio exterior .......................................................... 5 
Modelos que relacionam comércio internacional e crescimento econômico ..... 6 
TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL ...................................... 8 
Teorias das vantagens absolutas ........................................................................... 9 
Teorias das vantagens comparativas ................................................................... 10 
Teorema Hecksher-Ohlin ....................................................................................... 11 
Economias de escala ............................................................................................. 12 
Concorrência monopolística ................................................................................. 12 
POLÍTICAS COMERCIAIS ................................................................... 14 
Protecionismo ........................................................................................................ 15 
Liberalismo ............................................................................................................. 16 
BARREIRAS TARIFÁRIAS E NÃO TARIFÁRIAS ............................... 19 
ESTRATÉGIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL ........................... 20 
Inteligência comercial ............................................................................................ 21 
Estratégia ................................................................................................................ 21 
Marketing ................................................................................................................ 22 
Habilidades demandadas pelo comércio internacional ...................................... 22 
Eventos internacionais .......................................................................................... 23 
REFERÊNCIAS .................................................................................... 25 
 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a INSTIUIÇÃO, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A INSTIUIÇÃO tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Define-se Comércio Internacional como as operações comerciais entre países 
que estão em pleno desenvolvimento, sendo este um dos responsáveis pela economia 
de um país, gerando um aumento das barreiras internacionais que ajudam a proteger 
o desenvolvimento de empresas locais, representando, dessa forma, uma grande 
parcela do PIB1. 
Dentre as importâncias do comércio internacional para as economias podemos 
citar de imediato: 
 a possibilidade de importar produtos não existentes no país; 
 exportar produtos em sobra para outros países; 
 diluir os riscos de atividades, permitindo a empresas seguirem comercializando 
mesmo com uma crise econômica interna no país (BUENO, 2020). 
O comércio internacional teve seu nascimento numa época histórica conhecida 
como Mercantilismo, quando as nações dominantes da época iniciaram suas 
expedições rumo às índias na busca de produtos raros e de alto valor (especiarias, 
tecidos, pedras e metais preciosos, etc.). 
O objetivo de então era aplicar todo o conhecimento e ferramentas disponíveis 
visando transpor milhares de quilômetros por terra ou mar na busca dos melhores 
produtos, adquiri-los por quantias ínfimas e revende-los no mercado europeu por 
preços exorbitantes, garantindo assim uma alta lucratividade e a riqueza dos 
empreendedores da época. 
O conceito básico era identificar e fornecer produtos escassos e desejados pelo 
mercado, buscando-os onde fossem abundantes e pouco cobiçados. Nascia então o 
motor que poria em movimento uma reação em cadeia que se transformaria no 
comércio internacional que conhecemos hoje (MANFRÉ, 2009). 
 
1 O PIB – Produto Interno Bruto, é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, 
estado ou cidade, geralmente em um ano. Todos os países calculam o seu PIB nas suas respectivas 
moedas. 
4 
 
 
 
Figura 1 – Comércio Internacional 
 
Hoje, a melhor forma de visualizarmos o desempenho do comércio 
internacional de um país é por meio de sua balança comercial. Esse indicador registra 
as importações e exportações de bens e serviços. Se seu saldo for positivo, 
consequentemente significa que o país está exportando mais do que importando. Se 
for negativo, certamente o valor das importações ultrapassa o das exportações 
(BUENO, 2020). 
Esta breve introdução nos mostra o que vem ao longo do caderno: teorias do 
comércio internacional, políticas comerciais, modelos de industrialização e estratégias 
usadas pelo setor. 
COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
O comércio internacional compreende toda a circulação de bens e serviços 
entre as fronteiras dos países, abrangendo as operações de compra e venda, aluguel, 
leasing, doação, financiamento e consignação, dentre outras. Em suma, não importa 
a natureza da operação realizada; se ela envolver circulação de mercadorias e 
serviços entre países, poderemos considerá-la dentro do escopo do comércio 
internacional (VALE, 2018). 
5 
 
 
A dinâmica do comércio exterior vai muito além do simples processo de compra 
e venda de mercadorias entre residentes e não-residentes. Ela pode representar um 
elemento-chave sobre as condições de desenvolvimento de determinadas economias 
nacionais ou regiões. Uma região sujeita à influência do exterior pode utilizar-se do 
comércio com este, particularmente na sua capacidade de exportar, como um 
instrumento para o crescimento econômico, desde que tal atividade sirva de suporte 
para a expansão da região exportadora (MUNDURUCA; SANTANA, 2012). 
A expansão das exportações é capaz de exercer um efeito multiplicador sobre 
as atividades do mercado interno não-exportador, impactando no setor terciário da 
economia local por meio da criação de demanda por serviços e, por conta disso, 
incrementando os níveis de renda e de emprego da população. As exportações, 
portanto, seriam um indutor do crescimento econômico do país ou região, sobretudo 
em economias pequenas. 
Dessa forma, dá-se o nome de comércio internacional ao conjunto global de 
relações comerciais estabelecidas pelos países entre si, por meio das quais estes 
buscam satisfazer suas necessidades. É um conceito que pode se referir tanto à 
circulação de bens e de serviços como ao movimento de capitais. 
Já falamos que o comércio internacional existe desde os primórdios da 
civilização. Um exemplo que podemos citar é a Rota da Seda. Nas últimas décadas, 
sua importância tem crescido com o avanço dos transportes, das comunicações e da 
indústria, sendoessa uma das características da globalização. 
 
Comércio internacional x comércio exterior 
 
Importante se faz distinguirmos Comércio Internacional de Comércio Exterior! 
Embora similar, o conceito de comércio internacional não deve ser confundido 
com o de comércio exterior. A diferença entre os dois está nas normas que os regulam. 
O comércio internacional segue acordos bilaterais ou regras negociadas em 
órgãos internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) e blocos 
regionais, como o Mercosul e a União Europeia. 
6 
 
 
O comércio exterior tem como perspectiva um país específico em relação aos 
demais. Por isso, ao contrário do comércio internacional, o comércio exterior é 
regulado pela legislação interna do país, por exemplo, por sua legislação aduaneira. 
O objetivo das normas internas é assegurar os interesses do país em suas 
relações comerciais. Isso, no entanto, deve ser feito preferencialmente dentro dos 
limites da legislação internacional. 
Veremos na próxima unidade, as teorias que buscam explicar o comércio 
internacional, ou seja, explicar o fundamento das trocas internacionais, determinando 
o porquê de os países comercializarem bens e serviços entre si. Ao mesmo tempo em 
que fundamentam a origem do comércio internacional, elas também explicam as 
vantagens do livre comércio e seus efeitos econômicos. 
Segundo Krugman e Obstfeld (2010), os países participam do comércio 
internacional por dois motivos básicos: 
 Em primeiro lugar, em razão dos benefícios decorrentes das diferenças entre 
eles, o que lhes permite se especializarem na produção daquilo que fazem 
melhor em relação aos outros. 
 Em segundo lugar, porque a especialização leva a economias de escala, isto 
é, ao se especializarem, os países produzem numa escala maior e de maneira 
mais eficiente do que se produzissem eles mesmos todos os bens de que 
necessitam. 
 
Modelos que relacionam comércio internacional e crescimento econômico 
 
Estudos de Silva et al (2018) apontam várias relações entre comércio 
internacional e crescimento econômico mostradas a partir de modelos, alguns dos 
quais achamos interessante aportar aqui. 
O modelo de crescimento liderado pelas exportações de Kaldor (1970), 
segundo Freitas (2009), é o ponto de partida para explicar a relação entre comércio 
externo e crescimento econômico. Este modelo sugere que o elemento chave para o 
crescimento econômico de uma determinada região é o crescimento da demanda 
7 
 
 
pelas exportações desta. A primeira explicação para esta suposição, que ficou 
conhecida como a Lei de Verdoorn (1951, 1956, 1980), sugere que os efeitos 
cumulativos do crescimento das exportações são resultados dos retornos crescentes 
de escala, associados à produção em grande escala e as economias de aprendizado 
e aglomeração. 
A segunda explicação para o argumento de Kaldor sugere que os salários reais 
são relativamente constantes entre as regiões, dada a mobilidade de mão de obra. No 
entanto, em decorrência da Lei de Verdoorn, espera-se que a produtividade seja maior 
em regiões que apresentem um rápido crescimento da produção. Por consequência o 
salário-eficiência é menor em regiões de crescimento acelerado, proporcionando um 
mecanismo para um continuado crescimento destas regiões no futuro (FREITAS, 
2009). Portanto, no modelo de Kaldor, as exportações podem gerar um círculo vicioso 
de crescimento, em que o aumento das exportações leva a um aumento do produto 
da economia. Desde que produza bens de exportação, a produtividade também se 
eleva, por meio da ligação entre o crescimento da produtividade, e há crescimento do 
produto. O outro efeito cumulativo refere-se a uma redução nos custos e no salário-
eficiência que irão contribui para elevar a competitividade das exportações. 
O modelo de Krugman (1991) sugere que há relação de causalidade 
bidirecional entre comércio e crescimento econômico. No referido modelo, é 
demonstrado que o comércio externo, na presença de externalidades positivas, leva 
à concentração regional de indústrias escala intensivas. Considerando que 
determinado local se estabeleça como centro de produção e exportação, economias 
de aglomeração tendem a proporcionar, a este local, vantagem de custo em relação 
às demais localidades. Como os salários pagos aos trabalhadores nas indústrias 
escala intensivas são relativamente mais altos, as vantagens de escala e custo são 
reforçadas. Krugman argumenta, ainda, que os salários mais altos atuam como 
estímulo aos mercados locais, por meio do multiplicador keynesiano de renda, e que 
consequentemente levam a economias de escala adicionais, que, por sua vez, 
induzem a um novo crescimento das exportações. 
De acordo com Balassa (1978), com base na vantagem comparativa dos 
países, as exportações promovem a alocação de recursos de forma a explorar suas 
economias de escala, bem como possibilita o avanço tecnológico dado a competição 
internacional. Neste sentido, as firmas ao se inserirem no mercado exportador podem 
8 
 
 
ter acesso a novos conhecimentos e técnicas de modo a permitir o aumento de sua 
produtividade e, consequentemente, podem contribuir para o crescimento econômico 
do país. 
Grossman e Helpman (1991) e Rivera-Batiz e Romer (1991) desenvolveram 
modelos nos quais o setor de pesquisa e desenvolvimento, economias de escala e 
progresso tecnológico são as principais fontes de crescimento econômico. Os autores 
evidenciam que a abertura comercial aumenta a taxa de crescimento de longo prazo, 
considerando que a integração econômica permite aos países explorarem retornos 
crescentes de escala no setor de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, o comércio 
internacional poderá aumentar a produtividade doméstica pelo aumento de spillovers 
de conhecimento. No entanto, conforme Grossman e Helpman (1991), se tais 
spillovers forem imperfeitos, a abertura comercial promoverá trajetórias de 
crescimento divergentes entre as nações (SILVA et al, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
Segundo Sarquis (2011), as teorias do comércio e do crescimento confundem-
se com a própria origem do pensamento econômico e das Ciências Econômicas. 
Adam Smith e David Ricardo, entre outros, ressaltaram a relevância do comércio para 
a riqueza das nações. Entenderam ser o comércio internacional componente eficiente 
e, em certo sentido, indispensável para a geração de maior riqueza e para o aumento 
do bem-estar dos países. Chegaram mesmo a antecipar, conquanto no nível intuitivo, 
9 
 
 
os vários fatores pelos quais o comércio atua como indutor do crescimento e vice-
versa. 
Apesar de sua origem comum no pensamento econômico, as teorias do 
comércio e do crescimento passaram a ser, especialmente no pós-Guerra, objeto de 
desenvolvimentos científicos próprios de suas respectivas agendas. Embora valendo-
se de formalizações no marco de muitas hipóteses e metodologias comuns, as teorias 
do comércio e do crescimento são hoje ensinadas separadamente. As teorias de 
comércio são estudadas como extensão da Microeconomia, e ainda são incipientes 
os modelos que procuraram dar um tratamento ao comércio dentro da 
Macroeconomia. As teorias do crescimento são, por sua vez, tradicionalmente objeto 
da Macroeconomia. Muito embora tenha sido intenso e usual o esforço de 
fundamentar os modelos macroeconômicos em bases microeconômicas, os modelos 
de crescimento mais marcantes foram tipicamente concebidos em uma economia 
fechada, sem relações econômicas com o resto do mundo. O esforço de integrar o 
comércio nas teorias de crescimento é recente. 
As teorias tradicionais do comércio são comumente classificadas em duas 
gerações: teorias clássicas e neoclássicas do comércio. Conformam, grosso modo, o 
arcabouço teórico das “vantagens comparativas” do comércio. Tradicionalmente, 
estas teorias enfatizam os elementos estáticos dessas vantagens e, assim,contrastam com as novas teorias do comércio, que procuram, em maior medida, 
sublinhar o caráter dinâmico dessas vantagens (SARQUIS, 2011). 
 
Teorias das vantagens absolutas 
 
De acordo com Adam Smith, o Estado não deveria intervir na economia, a não 
ser para impedir a existência de monopólios, ou em atividades que, embora não 
despertem interesse da iniciativa privada, sejam fundamentais. Maia (2008) também 
afirma que a filosofia liberal limitava a participação dos Estados às atividades de 
preservação da justiça, defesa nacional e complementação da iniciativa privada 
(realização de empreendimentos para os quais há desinteresse da iniciativa 
particular). 
10 
 
 
 
 
Figura 2 – Vantagens absolutas 
No campo do comércio internacional, as ideias de Adam Smith deram 
fundamento à divisão internacional da produção. Cada país se especializaria na 
produção de bens em que possuísse maior eficiência, isto é, em bens que pudesse 
produzir a um custo menor. O excedente de produção (aquilo que excede a 
capacidade de consumo interno) deveria ser objeto de trocas comerciais com outros 
países. Essa era a Teoria das Vantagens Absolutas, segundo a qual o comércio 
internacional resultante da divisão da produção possibilita diminuição de custos e 
aumento do bem-estar à sociedade como um todo. 
 
Teorias das vantagens comparativas 
 
A vantagem comparativa ou teoria dos custos comparados, busca explicar 
diferenças de produção e comércio entre dois países ou nações diferentes, baseando-
se em um mesmo produto. A ideia é analisar qual dos envolvidos possui um menor 
custo de oportunidade de um mesmo bem. 
O termo foi apresentado pela primeira vez por David Ricardo, em seu livro The 
Principles of Political Economy and Taxation, lançado em 1817. 
11 
 
 
Surpreendentemente, esta teoria foi criada como um contraponto ao já 
existente conceito de vantagem absoluta, criado por Adam Smith. 
Ela tem como objetivo principal explicar que o comércio internacional seria 
possível mesmo quando um país fosse mais eficiente na produção de todos os bens. 
Em outras palavras, o comércio internacional existirá ainda que um país possua 
vantagens absolutas na produção de todos os bens considerados (VALE, 2018). 
 
Teorema Hecksher-Ohlin 
 
Essa teoria que leva o nome dos economistas suecos que a propuseram, 
buscam explicar a causa do comércio internacional. 
Segundo o Teorema Hecksher-Ohlin, os países se especializam na produção 
de bens intensivos no fator de produção abundante em seu território. Dessa forma, se 
um país possui abundância do fator de produção terra, ele irá se especializar na 
produção e exportação de bens que sejam intensivos em terra. Do mesmo modo, se 
um país possui abundância do fator de produção capital, ele se especializará na 
produção e exportação de bens intensivos em capital. 
O Teorema Hecksher-Ohlin não nega a Teoria das Vantagens Comparativas, 
mas sim a complementa, explicando o porquê cada país possui vantagem na 
produção de determinado bem. Com efeito, o fator determinante da especialização é 
a dotação de fatores de produção. Da’ esse teorema ser também conhecido como 
Teoria da Proporção dos Fatores (VALE, 2018). 
O comércio internacional é, assim, decorrente das diferentes dotações dos 
fatores de produção entre os países. Em outras palavras, o comércio internacional 
somente existe em função de os países possuírem diferentes dotações de terra, 
capital e produtividade da mão-de-obra. Ao comercializarem seus produtos, é como 
se os países estivessem comercializando fatores de produção. Cabe destacar que no 
modelo Hecksher-Ohlin considera-se que as tecnologias dos países são as mesmas, 
somente variando a dotação dos fatores de produção. Destaque-se que dizer que as 
tecnologias dos países são as mesmas significa assumir que a tecnologia é uma 
constante nesse modelo (VALE, 2018). 
12 
 
 
 
Economias de escala 
 
Economia de Escala é um conceito econômico cujo significado é a possibilidade 
de reduzir o custo médio de um determinado produto pela diluição dos custos fixos 
em um número maior de unidades produzidas. Como os custos fixos são constantes 
até um determinado patamar, quanto maior o volume produzido, menor será o custo 
médio. Isso ocorre quando uma empresa tem capacidade instalada de produção e 
aumenta o volume de produtos utilizando os mesmos recursos como maquinário, 
instalações e mão de obra. 
 
Entende-se por economias de escala, associadas a um bem em particular, a 
redução do custo médio de longo prazo (de produção e de distribuição), à 
medida que se eleva o nível de produção. É basicamente uma relação entre 
custos médios e nível ou volume de produção, entendidos os dois últimos 
como escala ou tamanho de produção (GOMES, 192, p. 60). 
 
Ladeia (2017) reforça que a economia de escala só pode ser utilizada quando 
existe demanda no mercado por um determinado produto, pois de nada adianta 
aumentar o volume de produção se o produto não for absorvido pelo mercado. Neste 
caso, a empresa ficará com um grande estoque de produtos com custo médio baixo, 
porém encalhado gerando custos financeiros. 
 
Concorrência monopolística 
 
A concorrência monopolista é um tipo de concorrência imperfeita. Ela ocorre 
quando uma só empresa é responsável por comercializar um produto que possui 
características em termos de qualidade e aparência, por exemplo, sem oportunizar 
que outra também oferte o produto. A característica principal da concorrência 
monopolista é essa, a falta de opções para que o cliente possa decidir de qual 
empresa vai comprar. 
13 
 
 
No mercado monopolista, as organizações apresentam um poder que tem 
como resultado a persuasão do cliente. Assim, o produto particular, por ser 
diferenciado dos outros concorrentes, pode apresentar uma diferença de preço 
expressiva. 
É válido destacar que há diferentes formas de monopólio. Nessa competição 
monopolista, há um grau de substituição (ou seja, o quanto o produto pode ser trocado 
por outro), que varia bastante inclusive. Alguns produtos podem ser substituídos com 
base em uma qualidade inferior, já outros sequer contam com opções. 
Os produtos podem até ser similares, porém, cada empresa precisa mostrar ao 
público o que a faz diferente dos demais, como biscoitos. Existem diversos tipos desse 
tipo de alimento, com gostos, embalagens e formas diferentes para se destacar entre 
as demais empresas que disputam o mesmo público. 
 
Anote aí: 
As teorias tradicionais do comércio são comumente classificadas em duas 
gerações: teorias clássicas e neoclássicas do comércio. 
No rol das teorias clássicas encontramos as vantagens absolutas e 
comparativas, as quais enfatizam os elementos estáticos dessas vantagens. Elas 
contrastam com as novas teorias do comércio, que procuram, em maior medida, 
sublinhar o caráter dinâmico dessas vantagens. 
Em economia, tem vantagem absoluta na produção de um bem o produtor que 
necessita de menos fatores de produção para produzir esse mesmo bem. Trata-se 
portanto, do produtor mais eficiente. Os economistas usam o termo vantagem 
absoluta quando comparam a produtividade de uma pessoa, empresa ou nação com 
a de outra. Diz-se que o produtor que precisa de uma quantidade menor de insumos 
para produzir um bem tem uma vantagem absoluta na produção desse bem. 
Pela teoria das vantagens comparativas, mesmo que um país não possua 
vantagem absoluta, ele pode especializar-se nos setores em que apresenta vantagem 
comparativa. Um conceito relacionado é a vantagem competitiva, que tecnicamente é 
a ocorrência de níveis de performance econômica acima da média de mercado em 
função das estratégias adotadas pelas firmas. 
14 
 
 
A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado que se caracteriza 
pela presença de um grande número de empresas, cada uma possuindo o monopólio 
de seu próprio produto. Nesse tipo de estrutura mercadológica, existemcaracterísticas 
de uma concorrência perfeita (grande número de vendedores) e características de um 
monopólio (cada empresa é detentora única de seu produto) (VALE, 2018). 
 
 
 
 
 
 
 
POLÍTICAS COMERCIAIS 
 
Uma Política Comercial compreende um conjunto de medidas que visam 
estimular as exportações e restringir as importações. Até os anos 80, o Brasil adotava 
uma série de medidas que restringiam as importações das mais variadas mercadorias. 
O objetivo, então, dessa política era dar condições ao fortalecimento da indústria 
nacional em vários setores. A imposição de barreiras alfandegárias evitava que a 
indústria nacional enfrentasse a concorrência da indústria externa. 
No início dos anos 90 o Brasil iniciou um processo de abertura comercial, 
reduzindo significativamente as alíquotas de importação de várias mercadorias. Os 
empresários nacionais, acuados pela concorrência internacional, tiveram que 
reestruturar seus negócios. Muitos faliram. O processo foi agravado a partir de 1994, 
quando a importação de mercadorias passou a ser uma estratégia explícita de 
combate à inflação. 
Atualmente, as políticas comerciais são controladas pela Organização Mundial 
do Comércio (OMC). Contemporaneamente, pelo menos na teoria, não é mais 
possível um país adotar uma postura extremamente protecionista com relação às 
15 
 
 
mercadorias importadas e esperar que os demais países aceitem sem restrições os 
produtos por ele exportados. No atual mundo globalizado, espera-se das economias 
que atuam no mercado internacional certa reciprocidade, ou seja, um país que deseja 
vender suas mercadorias no mercado mundial também deve manter certa abertura no 
seu mercado interno para as mercadorias produzidas no resto do mundo. Caso 
contrário, ele pode vir a sofrer sanções internacionais. 
O organograma abaixo nos mostra os instrumentos utilizados para “fazer” uma 
política comercial. 
 
Figura 3 – Instrumentos para política comercial 
 
 
Protecionismo 
 
O protecionismo é uma política paternalista e interventora do Estado na 
economia com a pretensão de resguardar a indústria, produtores ou vendedores 
internos de concorrentes externos, o que pode ser feito em instância municipal, 
estadual ou nacional, embora seja mais comum como uma medida nacional. Em 
outras palavras, o Estado privilegia alguns em detrimento de outros baseando-se 
unicamente no critério da origem dos privilegiados. Não raro, justifica-se o 
protecionismo na economia com o nacionalismo. Por exemplo, quando o governo do 
16 
 
 
Brasil impõe medidas que restringem o estabelecimento de empresas estrangeiras de 
comunicação no país, empresas locais são privilegiadas simplesmente por serem 
brasileiras, protegidas da concorrência com empresas de origem estrangeira (LIMA, 
2018). 
São medidas que caracterizam o protecionismo: 
a) Adoção de tarifas altas e normas específicas para verificação de qualidade dos 
produtos estrangeiros, reduzindo o lucro destas; 
b) Subsidiar a indústria nacional com investimentos públicos, a fim de incentivar o 
desenvolvimento de produtos internos de qualidade; 
c) Impor quotas fixas, o que limita o número de produtos, a quantidade de serviços 
de fora no mercado interno, de modo a garantir proteção até mesmo do 
acionário estrangeiro que possa atingir a empresa valorizada nacionalmente. 
A fiscalização do comércio internacional fica a cargo da OMC (Organização 
Mundial do Comércio). A função principal deste órgão é a coordenação e liberalização 
de todas as ações tomadas no comércio entre nações. 
Dessa maneira, o protecionismo, apesar de suas vantagens, sobretudo o fato 
da proteção econômica contra produtos externos, garante o desenvolvimento interno 
e o aprimoramento de produtos, que, no futuro, podem ser competitivos no mercado. 
Entretanto, essa política também pode lesar em vários casos, tal como fazer 
com que o país perca parceiros internacionais, bem como afete seu desenvolvimento 
tecnológico 
Além disso, a acomodação comum de empresas nacionais é um grave 
problema, uma vez que retira a competitividade do mercado e a necessidade de 
melhoria dos serviços (AZEVEDO; SERIACOPI, 2007). 
 
Liberalismo 
 
17 
 
 
Liberalismo foi uma doutrina de pensamento econômico, político e social, que 
surgiu na Europa, no século XVIII, contra o mercantilismo e a intervenção do Estado 
na economia. 
O liberalismo econômico ganhou contornos definitivos com Adam Smith (1723-
1790), considerado o criador do liberalismo econômico. Em sua obra “A Riqueza das 
Nações”, ele mostrava a divisão do trabalho como elemento essencial para o 
crescimento da produção e do mercado. 
Esse modelo dependia da livre concorrência, que forçaria o empresariado a 
ampliar a produção, buscando novas técnicas, aumentando a qualidade do produto e 
baixando ao máximo os custos da produção. 
Isso favoreceria a lei natural da oferta e da procura, viabilizando o sucesso 
econômico geral e a prosperidade de todos. 
 
 
Figura 4 – Diferenças entre Liberalismo e Protecionismo 
 
Anote aí: 
Atualmente, o protecionismo se evidencia principalmente no campo agrícola, 
setor econômico bastante protegido, principalmente pelos países desenvolvidos. 
Como exemplo, cita-se os elevados subsídios concedidos pelos países europeus aos 
produtos agrícolas. Esse é, inclusive, um empecilho ao fechamento da Rodada de 
Doha - os países desenvolvidos não querem fazer concessões em termos de acesso 
18 
 
 
a mercado no que diz respeito aos produtos agrícolas, enquanto pedem concessões 
em NAMA (Non Agricultural Market Access). 
A Rodada de Doha ainda não foi encerrada. No entanto, o sistema multilateral 
de comércio ganhou um fôlego com a realização da Conferência Ministerial de Bali 
(2013), na qual foi celebrado o primeiro acordo multilateral desde a criação da OMC: 
o Acordo de Facilitação de Comércio. A facilitação de comércio consiste em 
desburocratizar as operações de comércio exterior e, por isso, está diretamente 
relacionada à liberalização do comércio internacional. 
A dicotomia entre protecionismo e liberalismo é uma das grandes questões da 
ciência econômica na atualidade. Segundo diversos economistas, o comércio 
internacional é considerado o grande motor do desenvolvimento econômico. Nesse 
sentido, cresce de importância a política de comércio exterior adotada por cada país, 
a qual pode variar desde o protecionismo exacerbado até a ampla liberalização 
comercial. 
A política comercial adotada por um país está, portanto, diretamente 
relacionada à estratégia de desenvolvimento por ele levada a cabo. Em outras 
palavras, a estratégia de desenvolvimento de cada país varia segundo o grau de 
exposição de sua economia ao mercado internacional. Os países que adotam políticas 
comerciais de orientação liberal são a favor dos esquemas preferenciais (SGP e 
SGPC) e dos acordos regionais de integração. 
Frise-se que todos esses acordos se baseiam na redução e até eliminação dos 
direitos aduaneiros incidentes sobre as operações de comércio exterior e, portanto, 
estão diretamente, ligados ao liberalismo (VALE, 2018). 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
BARREIRAS TARIFÁRIAS E NÃO TARIFÁRIAS 
 
Uma barreira tarifária é o tipo mais comum de barreira alfandegária. As 
barreiras tarifárias tratam de tarifas de importações e taxas diversas. Como exemplo, 
temos o imposto de importação, as taxas alfandegárias e a valoração aduaneira. Além 
das barreiras tarifárias, outro tipo de barreira ao comércio internacional são as 
barreiras não tarifárias. 
As Barreiras Não Tarifárias (BNTs) são quaisquer mecanismos e instrumentos 
de política econômica que influenciam o comércio internacional sem o uso de 
mecanismos tarifários. 
O tipo clássico de BNT são as quotas de importação. As quotas são 
simplesmente uma forma de restrição à quantidade de produto importado, limitada a 
um número pré-estabelecido alocado sob a base globalou específica. As quotas 
possuem um sistema de administração e licenciamento próprio, que pode variar do 
leilão à concessão discricionária. 
As quotas de importação podem também ser combinadas às barreiras tarifárias 
tradicionais, com tarifas que variam entre um valor mais baixo, quando a quantidade 
importada ainda está abaixo da quota (tarifa intra-quota), para um mais alto, uma vez 
que a quota seja extrapolada (tarifa extra-quota). 
As Barreiras Técnicas são um tipo muito específico de barreira não tarifária. 
Reguladas pelo Acordo sobre Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT, em inglês), não 
são, stricto sensu, mecanismos de defesa comercial, mas sim de defesa da 
sociedade: é possível determinar barreiras técnicas à importações de determinados 
produtos motivado pelas necessidades da segurança nacional; pela prevenção contra 
práticas enganosas; pela proteção à saúde ou segurança humana, à saúde de plantas 
e animais, ou ainda ao meio ambiente. A proibição da entrada de carne produzida em 
área onde haja alguma epidemia animal ou a criação de critérios de higiene mínimos 
para o transporte de cerveja são exemplos de barreiras técnicas. 
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Um dos principais órgãos anuentes responsáveis pela imposição de barreiras 
técnicas é o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial 
(INMETRO). 
As medidas de barreira técnica têm que considerar as informações técnicas e 
científicas disponíveis, as tecnologias de processamento e a destinação final dos 
produtos. 
São tipos de barreiras técnicas, entre outros, as exigências ambientais, 
fitossanitárias, ambientais e laborais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIAS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL 
 
Segundo Manfré (2009), o objetivo imediato das ações de Estratégia é a 
elaboração de planos de ação voltados para o aumento de vendas, o que, 
necessariamente, requer aplicação de alguns elementos para uma gestão eficaz. 
Por estratégia, entende-se o processo de elaboração de planos de ação 
aplicados à conquista de objetivos, fundamentados em dados e conclusões oriundos 
da construção de nossa inteligência comercial. 
21 
 
 
A construção da inteligência comercial por sua vez, refere-se ao processo de 
determinação, coleta e análise de dados específicos que permitam a elaboração de 
planos de ação que aproveitem as oportunidades do mercado-alvo e neutralizem os 
obstáculos nele existentes. 
Por fim, a atividade de marketing tem por objetivo a promoção do aumento de 
negócios relativos a determinado produto, o que é realizado por meio de ações 
previamente traçadas de acordo com nossa estratégia, a qual foi elaborada 
considerando as conclusões de nossa inteligência comercial (MANFRÉ, 2009). 
 
Inteligência comercial 
 
O trabalho de construção de inteligência comercial é realizado por meio do 
levantamento de dados mercadológicos, aduaneiros, econômicos, políticos e sociais 
relativos aos países alvos de nossas ações. Tais dados são obtidos segundo a 
segmentação dos produtos que pretendemos comercializar. 
As informações são analisadas e utilizadas para a elaboração de planos de 
ação que aproveitem as vantagens disponíveis e neutralizem as barreiras existentes, 
tornando-os eficazes para a conquista de nossos alvos. 
O processo de formação de nossa inteligência comercial tem início com a 
escolha do país a ser trabalhado. Uma vez definido o país, iniciamos o levantamento 
de informações que serão posteriormente analisadas. 
 
Estratégia 
 
De posse do resultado de nossa construção de inteligência comercial, 
poderemos elaborar nosso plano de ação para a aproximação e conquista do 
mercado-alvo. Temos em mãos informações claras sobre as forças econômicas que 
regem o mercado em questão; detalhes setoriais quanto ao nosso produto; volume e 
importância do mercado; barreiras e benefícios para o acesso. 
22 
 
 
Diante de tais informações, resta-nos interpretar os dados colhidos de forma a 
identificar as ameaças e oportunidades nele existentes. Dessa forma, nosso plano de 
ação deverá aproveitar ao máximo as oportunidades oferecidas pelo mercado, ao 
mesmo tempo em que busca alternativas que neutralizem as barreiras existentes. 
A conclusão desse trabalho será nosso plano de ação estratégico que orientará 
nossas ações de marketing. 
 
Marketing 
 
Com o plano de ação em mãos, passamos à criação de ações de marketing 
eficazes, e para tanto, devemos considerar que o marketing é composto por quatro 
(4) elementos fundamentais, também chamados de “quatro P's”: Produto, Preço, 
Praça, Propaganda. 
 
Habilidades demandadas pelo comércio internacional 
 
O comércio internacional é uma das atividades mais dinâmicas do mundo dos 
negócios. Ele está sujeito a influências de 5 continentes (mais de 200 países; mais de 
6 bilhões de pessoas) e ainda assim mantém sua harmonia, compensando as diversas 
forças emanadas por interesses convergentes e divergentes. 
A atividade implica em conhecimentos básicos sobre os fundamentos do direito, 
economia, geografia, história, política, antropologia e até mesmo filosofia. 
Além dos conhecimentos acima, tal atividade requer do profissional dedicado 
ao comércio internacional um conjunto de habilidades pessoais fundamentais ao seu 
bom desempenho e consequente sucesso. São elas: 
1 Visão Global. 
2 Tolerância cultural. 
3 Dedicação. 
4 Persistência. 
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5 Idiomas. 
 
Essas cinco habilidades são condições “sine qua non” (literalmente “sem o qual 
não pode existir”) para o empreendimento no cenário global. São condições básicas 
para que o profissional atue com eficácia nesse ambiente tão complexo, tendo a 
capacidade de transitar pelo mesmo evitando e transpondo os principais obstáculos. 
 
Eventos internacionais 
 
São as grandes oportunidades que a empresa tem de iniciar sua exposição ao 
mundo globalizado pois certamente contarão com a infraestrutura mínima necessária 
para os primeiros passos rumo à conquista de seus objetivos internacionais. 
Os eventos internacionais podem ser divididos em duas atividades principais: 
Feiras Internacionais e Missões Comerciais. Vejamos abaixo os elementos 
fundamentais de cada uma: 
1) Missões Comerciais: 
Após todo o trabalho da inteligência comercial, e após a tomada de decisão 
sobre implementar ações efetivas para a aproximação com o mercado em questão, a 
realização de uma missão comercial (que deverá contar com a participação de várias 
empresas de um mesmo setor industrial) se torna altamente eficaz no que se refira à 
identificação e estabelecimento de novos parceiros comerciais. Tal atividade tem 
melhor aproveitamento quando liderada por uma entidade de classe ou mesmo 
câmara de comércio. 
Considerando que esta ação deverá ser realizada por um grupo de empresas, 
a mesma deverá perseguir os seguintes objetivos: 
a) Munir participantes com informações fundamentais previamente (informativo 
mercadológico). 
b) Criar oportunidades eficazes de negócio aos associados. 
c) Garantir Infraestrutura de classe mundial. 
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d) Vender a imagem do setor ou empresa, ressaltando sua qualidade, tecnologia, 
inovação e vantagens. 
Uma vez definidos nossos objetivos, partimos para uma missão prospectiva, na 
qual são levantadas muitas informações, dentre elas: 
 Apoio local. 
 Parceiros para a coordenação do evento. 
 Apresentação do ambiente de negócios (a ser apresentado em seminário p/ 
participantes da missão): 
 Aspectos Comerciais: (Práticas comerciais; pagamentos; garantias; 
logística; aduana); 
 Aspectos Regulatórios; 
 Aspectos Legais: (Contratos; responsabilidade civil; arbitragem; marcas 
e patentes); 
 Locais de comercialização dos produtos oferecidos; Entidades 
Correlatas (Câmara de Comércio; Associação de consumidores dos 
produtos; Associação de Importadores / Fabricantes dos produtos). 
 Perfil Padrão dos Participantes (Empresa). 
 Foco do Negócio (considerando o Corpo de vendas;Corpo técnico; Tempo de 
atividade; Faturamento anual). 
 Divulgação. 
 Identificação de oportunidades e ameaças: (Evento local para trabalho paralelo; 
Conflito de datas) 
 Detalhes operacionais: (necessidade de interpretes; Equipamentos áudios-
visuais; Catering; Pacote de Viagem Vistos; Passagem Aérea; Traslados; 
Acomodação). 
E que bons negócios sejam realizados! 
 
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REFERÊNCIAS 
 
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http://www.abimaq.org.br/site.aspx/Barreiras-Tarif%C3%A1rias-e-n%C3%A3o-
tarif%C3%A1rias#:~:text=As%20Barreiras%20N%C3%A3o%20Tarif%C3%A1rias%2
0(BNTs,s%C3%A3o%20as%20quotas%20de%20importa%C3%A7%C3%A3o. 
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https://www.fazcomex.com.br/blog/comercio-internacional-o-que-e/ Acesso em: 
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GOMES, J. de M. Economia de escala: uma revisão sobre as teorias tradicional e 
moderna dos custos e sua adequação ao mundo real (1992). Disponível em: 
https://seer.ufrgs.br/AnaliseEconomica/article/view/10407/6097 Acesso em: 
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Acesso em: 02.ago.2020. 
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MANFRÉ, M. Manual de Gestão e Comércio Internacional: fundamentos, estratégia 
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VALE, R. Comércio Internacional para AFRFB, 2018. Disponível em: 
www.estrategiasconcursos.com.br Acesso em:

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