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AO2 Antropologia e Identidade

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 AO2 Antropologia: Identidade e Diversidade 
 
 
Pergunta 1 
0,6 / 0,6 pts 
Leia o texto a seguir: 
 
Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado 
como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos 
nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No 
plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; 
no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc. 
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 5. 
 
Considerando as afirmativas abaixo e seus conhecimentos em antropologia, 
analise as afirmações a seguir: 
 
I. O etnocentrismo pode ser compreendido tanto como uma perspectiva 
culturalmente demarcada como uma forma de lidar com as diferenças existentes 
entre diferentes culturas. 
 
II. A perspectiva etnocêntrica tende a tornar desiguais as diferenças, ou seja, 
hierarquizar como “centrais” e “marginais” os padrões culturais dos “outros”. 
 
III. A definição de etnocentrismo apresentada não pode ser relacionada ao 
conceito de xenofobia, uma vez que este não prevê o estabelecimento de 
desigualdades entre culturas distintas. 
 
IV. A Antropologia Cultural, enquanto disciplina que procura investigar 
diferentes modos de produção simbólica entre grupos humanos, tende a se 
distanciar da visão etnocêntrica para compreender as culturas em seus próprios 
termos. 
 
É correto o que se afirma apenas em: 
https://famonline.instructure.com/courses/5033
 
IV. 
 
 
I, II e IV. 
 
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações I, II e IV são verdadeiras. A 
afirmação I é verdadeira, pois, conforme o texto, o etnocentrismo é uma visão de 
mundo e uma ação que não procuram relativizar a compreensão das diferenças. A 
afirmação II é verdadeira, pois o etnocentrismo define as diferenças culturais como 
hierarquizadas através de julgamentos dicotômicos, tais como inferiores/superiores, 
boas/más, centrais/marginais, normais/anormais etc. A afirmação III é falsa, pois o 
conceito de xenofobia indica a aversão de um determinado grupo ou individuo sobre 
origens étnicas e culturais distintas. Desse modo, o etnocentrismo serve de base para a 
construção dos preconceitos xenófobos. A afirmação IV é verdadeira, pois a 
antropologia moderna parte da noção de que é necessário relativizar as produções 
simbólicas, sendo necessária a suspensão provisória dos valores adotados pelo 
antropólogo em seu cotidiano cultural. 
 
I e III. 
 
 
I, II e III. 
 
 
II, III e IV 
 
 
Pergunta 2 
0,6 / 0,6 pts 
Leia o texto a seguir: 
 
Concebo na espécie humana dois tipos de desigualdade: uma a que chamo 
natural ou física, por se estabelecida pela natureza, e que consiste na diferença 
das idades, da saúde, das forças do corpo e das qualidades do espírito ou da 
alma; a outra, a que se pode chamar desigualdade moral ou política, por 
depender de uma espécie de convenção e ser estabelecida, ou pelo menos 
autorizada, pelo consentimento dos homens. Esta consiste nos diferentes 
privilégios que alguns usufruem em prejuízo dos outros, como de serem mais 
ricos, mais reverenciados, mais poderosos do que eles, ou mesmo em se fazerem 
obedecer por eles. 
 
ROUSSEAU, J. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre 
os homens. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 
1999. p. 159. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas. 
 
1. A partir dos escritos de Rousseau, e com base nas atualizações modernas 
realizadas pela Antropologia, é possível afirmar a existência de ao menos dois 
tipos de desigualdades humanas. 
 
PORQUE 
 
2. Os seres humanos possuem características naturais e físicas que os tornam 
desiguais, bem como também características morais e políticas, nomeadas nos 
dias de hoje como culturais e sociais. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
 
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é 
uma justificativa da I. O autor procura evidenciar que nem todas as desigualdades são 
naturais, pois algumas delas são históricas, sociais e culturais, definidas por Rousseau 
como desigualdades morais e políticas. 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa 
da I. 
 
 
As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 
 
Pergunta 3 
0,6 / 0,6 pts 
Leia os textos a seguir: 
 
Texto 1: 
 
Imagine-se o leitor sozinho, rodeado apenas de seu equipamento, numa praia 
tropical próxima a uma aldeia nativa, vendo a lancha ou barco que o trouxe 
afastar-se no mar até desaparecer de vista [...]. Imagine-se entrando pela 
primeira vez na aldeia, sozinho ou acompanhado de seu guia branco. Alguns dos 
nativos se reúnem ao seu redor – principalmente quando sentem cheiro de 
tabaco. Outros, os mais velhos e de maior dignidade, continuam sentados onde 
estão. 
 
MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do 
empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné 
melanésia. Traduções de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri Mendonça. São 
Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 19. 
 
Texto 2: 
 
Falar em encontro etnográfico é falar numa particular aventura marcada pelo 
duplo esforço, de uns para contar, e de outros para compreender, tal como – na 
leitura de Ítalo Calvino, em As Cidades Invisíveis – protagonizaram Marco Polo e 
Kublai Khan – seu objetivo: a busca de um código compartilhado para entender 
e apreciar as diferenças entre as inúmeras cidades do vasto império e que, no 
fundo, eram uma só. 
 
MAGNANI, J. G. C. O (velho e bom) caderno de campo. Disponível 
em: http://nau.fflch.usp.br/Links to an external site.. Acesso em 13 jul. 2019. 
 
Considerando os textos e seus conhecimentos de Antropologia, analise as 
afirmações a seguir: 
 
I. A etnografia, enquanto técnica de registro sistemático dos códigos 
compartilhados pelas pessoas, consolidou-se como uma das principais formas de 
http://nau.fflch.usp.br/
se compreender a dimensão simbólica dos grupos humanos estudados pela 
antropologia. 
 
II. Ao procurar a interpretação adequada dos códigos compartilhados pelos 
grupos humanos, o antropólogo necessita se distanciar dos códigos culturais 
nativos, de modo a projetar sobre eles seus próprios valores. 
 
III. Quando o antropólogo ingressa em território por ele desconhecido, passa a 
se confrontar com a contínua relativização de seus juízos de valor, uma vez que 
os grupos humanos se organizam de acordo com formas culturais diferentes das 
dele. 
 
IV. Os dois textos citados apresentam dilemas que caracterizam a etnografia, ou 
seja, a necessidade de estabelecer contatos com os grupos estudados, de 
maneira a compreender e desenvolver com os nativos uma relação que 
possibilite a compreensão de seus códigos culturais específicos. 
 
É correto o que se afirma em: 
 
II e IV 
 
 
I, III e IV 
 
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações I, III e IV são verdadeiras. A 
afirmação I é verdadeira, pois a Antropologia encontra na etnografia uma maneira de se 
aproximar das ideias, valores e comportamentos compartilhados pelas pessoas 
pertencentes aos grupos estudados. A afirmação II é falsa, pois o antropólogo, quando 
de sua inserção no campo de estudos, necessita confrontar seus valores, de maneira a 
suspendê-los temporariamente para, daí então, compreender quais são os referenciais 
culturais específicos das categorias nativas. A afirmação III é verdadeira, pois ao atuar 
em campo, buscando realizar a etnografia das práticas culturais dos grupos estudados, o 
antropólogo se vêdespojado de seus referenciais culturais particulares, uma vez que é 
preciso compreender os códigos culturais por ele estudados a partir dos referenciais 
específicos dos grupos que serão objetos de análise antropológica. A afirmação IV é 
verdadeira, pois os dois textos apresentam a perspectiva do antropólogo, uma vez que a 
etnografia exige o esforço de estabelecer contatos e relações complexas necessárias 
para a compreensão das interações culturais dos grupos estudados. 
 
III e IV 
 
 
I e II 
 
 
I, II e III 
 
 
Pergunta 4 
0,6 / 0,6 pts 
Leia o texto a seguir: 
 
Os resultados da pesquisa científica, em qualquer ramo do conhecimento 
humano, devem ser apresentados de maneira clara e absolutamente honesta. 
Ninguém sonharia em fazer uma contribuição às ciências físicas ou químicas sem 
apresentar um relato detalhado de todos os arranjos experimentais, uma 
descrição exata dos aparelhos utilizados, a maneira pela qual se conduziram as 
observações o número de observações, o tempo a elas devotado e, finalmente, o 
grau de aproximação com que se realizou cada uma das medidas”. 
 
MALINOWSKI, B.. Argonautas do Pacífico ocidental: um relato do 
empreendimento e da aventura dos nativos nos arquipélagos da Nova Guiné 
melanésia. Traduções de Anton P. Carr e Lígia Aparecida Cardieri Mendonça. São 
Paulo: Abril Cultural, 1978. p. 18. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas. 
 
1. A Antropologia se distancia do senso comum cotidiano e se define como 
ciência. 
 
PORQUE 
 
2. A Antropologia apresenta procedimentos específicos de investigação 
sistemática, incluindo relatos detalhados e rigor na observação empírica 
realizada. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa 
da I. 
 
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
 
As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
 
Esta opção está correta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma 
justificativa da I. A antropologia procura investigar os fenômenos culturais a partir de 
estudos aprofundados sobre interações humanas empíricas – ou seja, baseadas na 
experiência – compartilhadas entre os grupos. 
 
Pergunta 5 
0,6 / 0,6 pts 
Leia o texto a seguir: 
 
Do etnocentrismo à relativização, a Antropologia foi criando seus instrumentos 
de abertura. Ideias, métodos, teorias de compreensão da diferença foram 
fazendo das sociedades do “outro” um espelho para a sociedade do “eu” e não 
um fantasma a ser exorcizado. O “outro” é, cada vez mais, a “diferença” feita 
alternativa possível de existência. 
 
ROCHA, E. P. G. O que é etnocentrismo. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 29. 
Com base no texto e em seus conhecimentos sobre Antropologia, é correto 
afirmar que: 
 
A passagem da visão etnocêntrica para a visão relativista, na Antropologia, 
ocorreu sem mudanças significativas dos métodos e técnicas empregados pelos 
antropólogos. 
 
 
A Antropologia é um campo de estudos que prioriza a alteridade, sendo este 
conceito entendido como o reconhecimento da identidade do “outro”. 
 
Esta alternativa está correta. A Antropologia se constituiu como campo de estudos que 
procura evidenciar a diversidade e as diferenças entre as culturas, de maneira a 
reconhecer a pluralidade de possibilidades culturais produzidas pela ação humana. 
 
De acordo com o texto, o “outro” passa a ser compreendido pela Antropologia 
como aquele individuo ou grupo em estágio de evolução necessariamente 
distinto das sociedades industriais e urbanas. 
 
 
Ao investigar os seus próprios padrões culturais, o antropólogo deve deixar de 
lado os métodos e as técnicas utilizadas para a análise dos grupos distantes. 
 
 
Embora os estudos antropológicos tenham como objeto de investigação a 
diversidade humana, essa diversidade não é a diversidade do “outro”, mas sim a 
do próprio meio cultural do qual o antropólogo faz parte. 
 
 
Pergunta 6 
0,6 / 0,6 pts 
Leia o trecho a seguir, extraído de uma entrevista concedida pela historiadora e 
antropóloga Lilia Schwarcz, sobre a Abolição da escravidão, para a BBC Brasil: 
 
Lilia Schwarcz - A lei simplesmente abolia. Dizia que a partir desta data não há 
mais escravos no Brasil. Ponto final. A República, que viria um ano e meio depois, 
tentaria colocar uma pedra no tema da escravidão. Como se tivesse ficado morto 
no passado junto com o Império. Temos um hino da República, aquele que canta 
"liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós". E há uma estrofe que diz: "Nós 
nem cremos que escravos outrora tenha havido em tão nobre país". Ou seja, um 
ano e meio depois, (os republicanos) afirmavam não acreditar mais (que tivesse 
havido escravidão). Era um processo de amnésia nacional. 
 
BBC Brasil - Quais foram as consequências imediatas desta abolição sem 
salvaguardas? 
 
Lilia Schwarcz - O (momento) pós-emancipação não teve nenhuma preocupação 
com inclusão dessas populações (de ex-escravos). Eu me refiro a educação, 
saúde, habitação, todos os problemas estruturais. 
 
Mas isso não quer dizer que a gente só deva culpar o passado. O que vemos hoje 
no país é uma recriação, uma reconstrução do racismo estrutural. Nós não somos 
só vítimas do passado. O que nós temos feito nesses 130 anos é não apenas dar 
continuidade, mas radicalizar o racismo estrutural. 
 
Brasil viveu um processo de amnésia nacional sobre a escravidão, diz 
historiadora. BBC Brasil, 10 mai. 2018. Disponível 
em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767Links to an external 
site.. Acesso em 13 jul. 2019. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas. 
 
1. O racismo estrutural está presente na sociedade brasileira contemporânea. 
 
PORQUE 
 
2. O país não soube lidar com o passado escravista, de modo que a mentalidade 
escravista ainda permanece em nosso presente, pois atualmente não ocorrem 
esforços suficientes por parte da sociedade de compreensão dos efeitos 
perversos da escravidão em nosso país. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
 
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é 
uma justificativa da I. No que concerne aos efeitos sociais e culturais do passado 
escravista, a crítica apresentada pela historiadora e antropóloga aponta tanto para as 
ações insuficientes ocorridas no passado, quanto também para as ações insuficientes do 
presente. 
 
As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa 
da I. 
 
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-44034767
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 
 
Pergunta 7 
0,6 / 0,6 pts 
Leia o texto a seguir: 
 
Um xamã ou cacique, embora tenha um nome próprio, ao falar com os brancos 
fala de si como “índio” porque quer se fazer entender pelos não-índios. Assim as 
mulheres e as feministas que já desconstruíram o natural também falam de si 
com intenção política, e também didática, de fazer o outro entender. Foi a partir 
daí que se começou a sustentar a ideia de um lugar de fala atualmente em voga 
na vida contemporânea. Ora, uma característica de nossa época é a sustentação 
da singularidade, a forma subjetiva que expressa a existência de cada um como 
um ser de diferença. Por meio da singularidade fica claro que cada um quer 
conquistar um lugar. Esse lugar tornou-se, pela autoafirmaçãoda singularidade 
que se expressa, um lugar de fala. 
 
TIBURI, M. Lugar de fala, lugar de dor. 29 mar. 2017. Revista Cult. Disponível 
em: https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-
luta/Links to an external site.. Acesso em 10 jul. 2019. 
A propósito da noção de “lugar de fala”, analise as afirmações a seguir. 
 
I. Trata-se de uma noção que busca tornar indiscernível o espaço de produção de 
certos discursos produzidos por grupos específicos. 
 
II. É uma noção voltada à censura, impedindo que pessoas deem suas opiniões 
sobre temas específicos relacionados a grupos particulares. 
 
III. Possibilita uma identificação da posição que um determinado enunciador 
ocupa ao proferir seu discurso. 
 
IV. Contribui para a delimitação do universo social e cultural que determinadas 
pessoas ocupam. Não se trata de impedir que outras pessoas falem sobre certos 
https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-luta/
https://revistacult.uol.com.br/home/lugar-de-fala-e-etico-politica-da-luta/
grupos, mas sim de reconhecer os limites aos quais determinados discursos 
estão circunscritos. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
 
I, II e III. 
 
 
II, III e IV. 
 
 
I e IV. 
 
 
III e IV. 
 
Esta alternativa está correta, pois apenas as afirmações III e IV são verdadeiras. A 
afirmação I é falsa, pois se trata de noção que procura evidenciar os limites sociais e 
culturais de cada discurso. A afirmação II é falsa, pois não se refere à censura, uma vez 
que procura ressaltar justamente o componente democrático dos posicionamentos 
sociais, identificando as origens dos discursos e sua relação com as experiências das 
pessoas que os enunciam. A afirmação III é verdadeira, pois se trata de noção que 
evidencia a origem e os limites dos discursos sociais. A afirmação IV é verdadeira, pois a 
noção de “lugar de fala” procura associar certos discursos aos seus espaços sociais de 
produção, ou seja, procura tornar evidentes a posição e a tomada de posição de pessoas 
e grupos no espaço público. 
 
I e II. 
 
 
Pergunta 8 
0,6 / 0,6 pts 
Leia o texto a seguir: 
 
O interesse teórico e epistemológico de articular sexo e raça, por exemplo, fica 
claro nos achados de pesquisas que não olham apenas para as diferenças entre 
homens e mulheres, mas para as diferenças entre homens brancos e negros e 
mulheres brancas e negras, como fica claro nos trabalhos realizados no Brasil, 
mobilizando raça e gênero para explicar desigualdades salariais ou diferenças 
quanto ao desemprego (GUIMARÃES, 2002; GUIMARÃES; BRITTO, 2008). A 
partir dos dados da pnad 1989 e 1999, Nadya Araújo Guimarães mostra que, 
considerando sexo e raça, os homens brancos possuem os salários mais altos; em 
seguida, os homens negros e as mulheres brancas; e, por último, as mulheres 
negras têm salários significativamente inferiores (GUIMARÃES, 2002, p. 13). 
 
HIRATA, H. Gênero, classe e raça: interseccionalidade e consubstancialidade das 
relações sociais. Revista Tempo Social. São Paulo, v. 26, n. 1, p. 61-73, 2014. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta 
entre elas. 
 
1. As mulheres negras recebem salários inferiores aos salários recebidos por 
homens negros, mulheres brancas e homens brancos. 
 
PORQUE 
 
2. As mulheres negras são mais afetadas nas relações de trabalho e nas 
dinâmicas de exploração e desigualdades no Brasil contemporâneo. 
 
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta: 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
 
Esta alternativa está correta, pois as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é 
uma justificativa da I. Segundo o texto, as análises de Nadya Guimarães apontam que as 
mulheres negras recebem salários inferiores àqueles recebidos por homens negros, 
mulheres brancas e homens brancos e são mais afetadas nas relações de trabalho e nas 
dinâmicas de exploração e desigualdades no Brasil contemporâneo. 
 
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. 
 
 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa 
da I. 
 
 
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
 
 
As asserções I e II são proposições falsas. 
 
 
Pergunta 9 
0,6 / 0,6 pts 
[...] Algumas famílias brasileiras rejeitaram, e até mesmo hospitalizaram, 
membros masculinos que se desviaram das normas sociais aceitas por uma 
sociedade heterocêntrica, enquanto outros lares mantiveram filhos transviados 
em seu seio [...] Além do mais, as correntes migratórias de homossexuais 
masculinos do Nordeste para o Rio e São Paulo, ou do campo para a cidade, 
desafiam o modelo padrão apresentado por sociólogos e historiadores, segundo 
o qual as pessoas dependem essencialmente de laços familiares para mudar-se 
de uma área do Brasil para outra. Para muitos jovens que fugiram do controle e 
condenação da família, dos parentes e de uma cidade pequena em busca do 
anonimato das metrópoles, a amizade baseada numa identidade compartilhada e 
em experiências eróticas similares propiciou laços mais fortes que os sanguíneos. 
GREEN, J. Além do Carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século 
XX. Trad. de Cristina Fino e Cássio Arantes Leite. São Paulo: Unesp, 1999. pp. 
34-35. 
De acordo com o texto, analise as afirmações a seguir: 
 
I. Determinadas identidades, como a identidade homossexual, possibilitam a 
criação de vínculos afetivos e de compartilhamento de experiências que, em 
muitos casos, sobrepõem-se aos laços definidos pela consanguinidade. 
 
II. Segundo James Green, os violentos processos de segregação decorrentes de 
ações homofóbicas podem resultar em migrações forçadas de pessoas que 
buscam a autopreservação física e identitária. 
 
III. Diferente do que certos padrões migratórios apontam, a transferência de 
localidades por determinadas pessoas pode ser também motivada por questões 
identitárias. 
 
IV. As cidades grandes possibilitam um certo anonimato que pode ser visto como 
algo positivo para quem deseja se distanciar de grupos que compartilham 
práticas e posicionamentos homofóbicos. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
 
IV. 
 
 
I e III. 
 
 
I, II, III e IV. 
 
Esta alternativa está correta, pois todas as afirmações são verdadeiras. O autor afirma 
que a identidade homossexual pode oferecer um reconhecimento de grupo mais forte 
do que vínculos familiares. A marginalização da identidade homossexual pode resultar 
em processos migratórios que têm como horizonte a tentativa de reconhecimento 
identitário em outras regiões. Conforme o texto, muitos jovens homossexuais brasileiros 
optam por deixar suas comunidades de origem em busca de locais que possam garantir 
a preservação de suas identidades e a garantia de segurança contra práticas 
homofóbicas. O texto indica a existência de fluxos migratórios de jovens homossexuais 
brasileiros que buscam se afastar de práticas e posicionamentos discriminatórios em 
relação a suas identidades. 
 
I, II e III. 
 
 
II e IV. 
 
 
IncorretaPergunta 10 
0 / 0,6 pts 
Leia os textos e veja a imagem a seguir: 
 
Texto 1: 
 
Depois da independência do Brasil, e sob pressão de nações europeias, 
especialmente da Inglaterra, vários acordos e leis foram aprovados no sentido de 
extinguir o tráfico de escravos. Assim, o tratado de aliança e amizade entre o 
príncipe regente D João VI e Jorge III da Inglaterra reconhecia a injustiça do 
comércio de escravos e prometia sua abolição gradual [...] o tráfico foi proibido 
formalmente pela lei de 7 de novembro de 1831, mas somente foi suprimido real 
e definitivamente em 4 de setembro de 1850, pela Lei Eusébio de Queirós, como 
ficou conhecida. 
 
MOURA, C.. Dicionário da escravidão negra no Brasil. Edusp, 2004. p. 241. 
 
Imagem: 
 
Escravo com escarificações no rosto. Foto de Augusto Stahl.Cerca de 1864. 
Fonte: http://fotografia.ims.com.brLinks to an external site.. Acesso em 10 jul. 
2019. 
 
http://fotografia.ims.com.br/
Texto 2: 
 
A PNAD Contínua de 2017 mostra que há forte desigualdade na renda média do 
trabalho: R$ 1.570 para negros, R$ 1.606 para pardos e R$ 2.814 para brancos. 
O desemprego também é fator de desigualdade: a PNAD Contínua do 3º 
trimestre de 2018 registrou um desemprego mais alto entre pardos (13,8%) e 
pretos (14,6%) do que na média da população (11,9%). Dados também da PNAD 
só que mais antigos, de 2015, mostram que apesar dos negros e pardos 
representarem 54% da população na época, a sua participação no grupo dos 
10% mais pobres era muito maior: 75%. Já no grupo do 1% mais rico da 
população, a porcentagem de negros e pardos era de apenas 17,8%. 
 
CALEIRO, J. P. Os dados que mostram a desigualdade entre brancos e negros no 
Brasil. Revista Exame. 20 nov. 2018. Disponível 
em: https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-
entre-brancos-e-negros-no-brasil/Links to an external site.. Acesso em 10 jul. 
2019. 
Dentre os marcos que colocaram fim à escravidão no país, a Lei Eusébio de 
Queirós, de 1850, e a Lei Áurea, de 1888, foram fundamentais para impor o fim 
do tráfico de pessoas negras e a abolição do regime escravista. Na foto acima, 
temos uma imagem que data aproximadamente de 1864 e que apresenta um 
homem negro com marcas provavelmente decorrentes das torturas sofridas 
enquanto pessoa escravizada. Considerando o conjunto de discussões realizadas 
a respeito das relações étnico-raciais no Brasil, é possível afirmar que: 
 
A estrutura étnico-racial decorrente do período escravista não se reproduziu 
durante a Primeira República, uma vez que foram empreendidos notáveis 
esforços para a integração dos ex-escravizados e a restauração de sua dignidade 
na sociedade brasileira, bem como patamares adequados de renda e consumo. 
 
 
Concedida pela Princesa Isabel, a liberdade dos negros escravizados instaurou 
uma nova dinâmica de concorrência equilibrada entre negros e brancos no 
mercado de trabalho e no acesso a bens e serviços. 
 
 
O fim do tráfico de pessoas negras escravizadas e a Abolição delimitaram um 
recomeço digno para os negros no país, deixando para trás todos os estigmas 
definidos pela escravidão. 
 
 
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/
https://exame.abril.com.br/brasil/os-dados-que-mostram-a-desigualdade-entre-brancos-e-negros-no-brasil/
As marcas deixadas pela escravidão no Brasil permaneceram mesmo após o 
encerramento oficial do tráfico de pessoas escravizadas, bem como após a 
Abolição, consolidando-se como elemento estrutural de nossa cultura. 
 
 
As marcas deixadas pelo sistema escravista no Brasil foram progressivamente se 
apagando devido à intensa miscigenação entre brancos e negros. 
 
Esta alternativa está incorreta. A miscigenação não anulou as desigualdades existentes. 
Tanto negros quanto pardos permanecem ocupando posições inferiores às dos brancos 
no mercado de trabalho e na distribuição de renda do país. As relações étnico-raciais 
consolidadas durante a sociedade escravista ainda permanecem produzindo efeitos 
sociais, instaurando-se como estrutura de exclusão dos negros mesmo em períodos 
democráticos. 
 
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