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– Infecções do Trato Urinário – → Divisão anatômica ● ITU baixas: cistites, uretrite, prostatite e epididimite ○ Colonização e invasão do meato uretral por bactérias do TGI → Por isso situações que eliminem a flora comensão não patogênica, como uso de ATB, atrofia do epitélio vaginal pós-menopausa e espermicidas, que diminuem o número de lactobacilos produtores de água oxigenada, favorecem a adesão de enterobactérias. ○ Mais comum em mulheres (uretra mais curta, uretra próxima ao anus) ● ITU alta: pielonefrites agudas e crônicas ○ Ascensão de bactérias do trato urinário baixo → Pielonefrite. ○ Há fatores predisponentes: → Instrumentação, gravidez, diabetes, obstrução (cálculo, mecânica ou funcional), anomalias estruturais ou anatômicas → Além do sítio anatômico, divide pela gravidade e tipo de paciente. ● Não Complicada ○ ITU aguda, esporádica ou recorrente sem complicação alta ou baixa ○ Ausência de sinais e de sintomas que sugerem acometimento alto ou sintomas sistêmicos ○ Limitada a mulheres não grávidas, sem alterações anatômicas ou funcionais no TU nem comorbidades ● Complicada ○ Homem, gestantes, alterações anatômicas ou funcionais do TU ○ Uso de cateter urinário, doenças renais ou doenças imunossupressoras; ○ Associada a cateter e sonda vesical; ○ Sinais de acometimento extra-vesical; → Febre >37,7, calafrios fadiga e mal-estar, dor nos flancos, rigidez no ângulo costo vertebral e dor pelvica e perineal em homens ● Recorrente ○ Complicada ou não ○ Frequência de pelo menos 3 em 1 ano e 2 em 6 meses; ● Urosepse ○ Disfunção orgânica ameaçadora à vida causada por resposta desregulada a uma infecção do trato urinário ou genital masculino; Fisiopatologia ● Vias de Infecção ○ Hematogênica: é menos frequente. Nestes casos pensar em S. Aureus e Candida Spp; ○ Ascendente por refluxo ureteral ○ Também há a via linfática e fístulas vesico uretral ● Fatores Predisponentes na Pielonefrite Aguda ○ Anormalidades no rim e ureter ○ Cálculos e obstrução mecânica ou funcional ○ Diabetes mellitus ○ Gestação ○ Bexiga neurogênica ○ Instrumentação Diagnóstico Sintomas ITU + EAS + Urina rotina - Quando pedir exame sem sintoma: gestação e procedimento crurgico urológico Laboratorial Punção supra-púbica → Inviável na prática mas é o padrão ouro. ● Indicações – Dificuldade de coleta em crianças – Adultos com suspeita porém resultados inconclusivos ou discordantes – Suspeita de ITU por germes anaeróbios Urina de Rotina - EAS ● Colta da amostra de urina de jato médio na primeira micção do dia, pois está mais concentrada, mais chance de cultivo → Primeiro se despreza uma pequena quantidade e despreza a última porção também ● Cateter Vesical , trocar se inserido há mais de sete dias. ● Encaminhar imediatamente ao laboratório em até 1 hora, quando não possível, refrigerar a 4ºC ● Dipstick (Fita de urina) ○ Esterase leucocitária → Piúria → Piúria sozinha não é diagnóstico de ITU! ○ Nitrito → Presença de Enterobacteriaceae → Nitrito isolado não é diagnóstico de ITU → Nem toda bactéria causa aumento de nitrito, como os enterococcus, pois não convertem nitrato em nitrito ● Piúria (>10 leucócitos/campo) ○ Ops: Nefrite intersticial, infecções por germes atípicos (TB e clamídia), neoplasias do tecido uroepitelial são condições que também podem causar piúria ○ Também podemos quantificar a piura pela contagem na câmara de Bürker (≥ 5 piócitos por ml). → Pode ocorrer proteinúria em níveis baixos (<2g/24h) → Um quadro de piúria com urinoculturas repetidamente negativas sugere muito a presença de tuberculose renal. Por outro lado, o encontro de cilindros piocitários é quase patognomônico quando o quadro clínico for típico de pielonefrite aguda!!! Urocultura Quando pedir? ● Gestantes ● Suspeita de infecção complicada (paciente grave ou refratário ao tratamento) ● Sintomas atípicos ● Sinais de pielonefrite (Giordano positivo, febre, calafrios) ● Falência do esquema antimicrobiano (Em situações ideais, esperamos uma resposta em 48 a 72 horas, caso contrário consideramos falência) ● Recorrência de sintomas em menos de 1 mês após tratamento feito sem cultura (Guideline fala duas semanas) Outros ● HEMOCULTURA → Não tem valor em caso de ITU baixa, sem caso de pielonefrite pode indicar risco de sepse; ● EXAMES DE IMAGEM → Indicação restrita a casos refratários a ATB empírico para avaliar complicações e alterações anatômicas e funcionais; ● Teste de Sensibilidade de ATB → Adjuvante a urocultura Quando considerar os testes positivo? Qualquer valor se punção supra-púbica Cistite em mulheres > 10^3 UFC/ml Pielonefrite em mulheres > 10^4 UFC/ml Homens ITU complicada > 10^4 UFC/ml Mulheres ITU complicada > 10^5 UFC/ml → Sempre considerar clínica do paciente, urocultura isolada sem contexto clínico não fecha diagnóstico Cistite Aguda Não Complicada → Cistite Aguda, esporádica ou recorrente limitada a mulheres não grávidas sem alterações anatomofuncionais relevantes - Muito frequente - Principal agente etiológico possui cepas que possuem fímbrias/estruturas de adesão, facilitando colonização e invasão ao uroepitélio - Colonização da região periuretral com microrganismos da microbiota fecal, com ascensão para uretra e bexiga → Picipaknebre Fatores de Risco: ● Atividade sexual recente ● História de ITU ● Uso de espermicidas ● DM ● Alterações estruturais e funcionais do trato urinário ● Cateter vesical e cálculos → Corpos estranhos que predispõem a formação de biofilme, ● Situações que aumentem a volume residual de urina → Bexiga neurogênica, obstruções Microbiologia ● E. coli ○ Principal etiologia, atualmente demanda tratamento com quinolona devido ao desenvolvimento de resistência → Quinolona deve ser evitada em gestantes e idosos, e se tomou nos últimos meses NÃO usar de novo ○ Algumas cepas possuem estruturas que facilitam a adesão ao epitélio. ● Klebsiella e Proteus ○ Na última principalmente se história de nefrolitíase associada ● Staphylococcus. saprophyticus ○ Em caso de mulheres com atividade sexual) Sintomas: Típicos ● Disúria, polaciúria,urgência miccional ○ Outros: hematúria, dor suprapúbica, ● Ausência de sintomas vaginais (prurido e corrimento). ● Sempre procurar febre, dos nos flancos e sintomas sistêmicos ● Diagnóstico diferencial com Uretrites/DST ○ Investigar corrimento e sinais e sintomas sistêmicos, verificar ausência de abscesso vaiginal e irritação ○ Clamídia Gonorreia e Herpes → os sintomas são mais duradouros, a urocultura é negativa, e é mais arrastado (cistite se instala em menos de 24 horas) Atipicos ● Dor abdominal inespecífica e febre Diagnóstico ● Usar o tester distick ● Urocultura: → Quando NÃO colher ○ Ausência de sintomas ○ Para mulheres com sinais e sintomas clássicos é CLÍNICO ○ Mulher que tomou ATB nos últimos 3 meses → Quando colher ○ Suspeita de pielonefrite aguda ○ Sintomas que não resolvem ou retornam em de 4 semanas de tratamento completo ○ Mulheres com sintomas atípicos ○ Gestantes ○ Germe BMR (resistência a três ou mais classes de antibiótico no antibiograma) em urocultura prévia ○ Internação nos últimos três meses ○ Uso de quinolona, SMT+TMP ou beta-lactâmico de amplo espectro (cefalosporina de terceira ou de quarta geração) nos últimos três meses ● EAS: Piúria, hematúria, nitrito e esterase leucocitária Tratamento - Maioria empírico ● Primeira escolha: Drogas fáceis de usar e tem baixa indução de resistência microbiana ○ Fosfomicina: 3g dose única ○ Nitrofurantoína: 50 - 100 mg b.i.d por 3 a 5 dias ○ GD: Pivmecilinam 200mg 12/12 horas por 5 dias. ● Alternativas ○ Cefpodoxima (Cefalosporina de terceira geração) ● Padrão de Resistência para E.coli> 20% ○ Trimethoprim 200 mg b.i.d 5 days ○ Bactrim 160/800 mg b.i.d 3 days - Também usada para tratar homens ● Se alergia a beta-lactâmicos ○ Ciprofloxacino 250 mg BID por 3 dias ○ Levofloxacino 250 mg BID por 3 dias ● Prescrição de fluorquinolonas ○ Guardar fluorquinolonas para infecções mais graves ○ Cuidado com idosos, TOS e uso de corticoides ○ EVITAR: - Infecções auto limitadas;- Paciente com reações adversas graves; - Infecções leves a moderadas: PAC, Cistite e exacerbação de DPOC - Idosos: risco de romper tendão Seguimento ● NÃO é necessário a coleta de urocultura de controle ○ Se sintomas se resolverem com os antimicrobianos já se entende que houve cura Tratamento em Gestantes ● Evitar no 1° Trimestre ○ Quinolona, bactrim ● Possiveis: ○ Nitrofurantoína 100mg 3xdia - Evitar em gestantes no último trimestre → hemólise neonatal - Contraindicado em IR se TFG < 30 ml/min ○ Amoxicilina 500mg 3xdia ○ Cefalexina 500 mg BID ● Tratamento em gestantes é mais longo, dura 7 dias Complicações ● Persistência ● Relapso (urocultura positiva mesmo após tratamento) ● Reinfecção (urocultura positiva para microrganismo diferente) ● Cistite Enfisematosa → Rara, mais comum em diabéticos, com gás na parede da bexiga. Pielonefrite Microbiologia ● E. coli é a mais frequente ● Pseudomonas ● Enterococcus → Principalmente em idosos e pessoas imunocomprometidas ● Candida spp (pp diabéticos e pacientes em uso de antibioticoterapia de amplo espectro) ● Staphylococcus (MSSA ou MRSA) ● Enterobacteriaceae ● Serratia Manifestações clínicas ● Típicos: ○ Febre > 38°C, calafrios, ○ Dor nos flancos (lombar) → Giordano positivo ○ Rigidez no ângulo costovertebral, ○ Sintomas de cistite ○ Náusea e vômitos, diarreia e ○ Queda do estado geral. ● Atípicos: ○ Dor no epigástrio ou andar inferior do abdômen ● Exame físico: ○ Avaliação do ângulo costovertebral (giordano), palpação abdominal e supra-púbico ● Cuidado com grávidas ○ (Risco de anemia, insuficiência respiratória e parto prematuro) Manejo Clínico ● Quando hospitalizar? ○ Sepse ○ Febre alta (maior do que 38,4) e dor persistente ○ Dificuldade de hidratação oral e uso de medicamentos orais ○ Se suspeita de obstrução/complicação ○ Causas sociais: usuário de drogas, morador rural, etc. ○ Fator de risco para BMR ● ATB Empírico → Não fica aguardando urocultura, pois demora cerca de três dias para sair o resultado. ○ Variáveis para escolher o ATB: Gravidade do quadro; Fatores de risco para germe MDR; Fatores do hospedeiro (por exemplo: imunossuprimidos - Tratamento empírico inicial, se a resistência local for <20% ○ Fluoroquinolona ○ Aminopenicilina + inibidor de beta-lactamase ○ Cefalosporina de 3ª ○ Aminoglicosídeo - Tratamento empírico em caso de falha inicial ou casos graves ○ Fluoroquinolona (se não for a escolha inicial) ○ Piperacilina + inibidor de beta-lactamase ○ Cefalosporina 3ª geração ○ Carbapenêmico - Antibióticos não recomendados para tratamento empírico ○ Aminopenicilina sem associação ○ Bactrim ○ Quinolona em pacientes que usaram a 6 meses ○ Fosfomicina e nitrofurantoína → obstrui a via urinária ● Tratar anormalidades Pielonefrite Aguda NÃO Complicada ● Diagnóstico ○ Análise de urina: método Dipstick, células brancas e vermelhas, nitrito e rotina ○ Urocultura e antibiograma ○ Exame de imagem do TGU: → US de rins e vias urinárias: Descartar obstrução ou cálculo; → TC com contraste ou urografia excretora: paciente febril a mais de 72 horas de tratamento ou em piora clínica; → RM em fatores complicadores em mulheres ● Tratamento ○ ORAL -> Fluorquinolonas e cefalosporinas ○ IV -> Fluoroquinolona ou aminoglicosídeos ○ NÃO USAR: - Nitrofurantoína, - Fosfomicina - Pivmecillinam - Quinolona se tiver usado nos últimos 6 meses ● Tratamento Empírico 1° Linha - Ciprofloxacino levofloxacino, cefotaxime e ceftriaxona 2° Linha - Cefepime, pipe-tazo Última Linha: cultura com microrganismo multirresistente - Imipenem/cilastatin, meropenem, Ceftolozane/tazobactam, Ceftazidime/avibactam, Cefiderocol, Meropenem-vaborbactam, Plazomicin ● ATENÇÃO para gestantes! ○ Efeitos na mãe: anemia, insuficiência renal e respiratória ○ Efeitos no Feto: trabalho de parto prematura Pielonefrite Aguda Complicada ● Propedêutica ○ SEMPRE pedir EAS e urocultura ○ Exames de imagem na maioria dos casos não tem necessidade - Quando pedir: Pct grave, sintomas persistentes após ATB e suspeita de abscesso; - TC é o exame de escolha, USG quando não puder ser exposto à radiação; ● Tratamento ○ Em homens usar pelo menos 14 dias de ATB! ○ Só usar Ciprofloxacino se a taxa de resistência local for menor de 10% ● Segmento ○ Sintomas melhoram rapidamente ○ Se tratamento ambulatorial reavaliar em 48-72 horas ○ Se piora ou não melhora com ATB adequado ou novos sintomas após poucas semanas → exames de imagem e nova cultura ITU Associada à Sonda Vesical de Demora ● Recomendações ○ Não fazer urocultura em pacientes com cateter e assintomáticos → Pacientes ficam cateter ficam preocupados, mas não tem evidência de tratar só pelo cateter ○ Não usar piúria isolada como indicador de ITU associada a cateter ○ Não usar a presença ou ausência de odor ou colúria isoladamente para diferenciar uma bacteriúria assintomática de ITU de SVD ● Manejo ○ Tratar sintomáticos de acordo com recomendação para ITU complicada ○ Fazer urina de rotina para guiar ATB ○ Não tratar ITU assintomática com ATB, apenas para procedimentos traumáticos no TU ○ Reposicionar ou remover o cateter antes de começar a terapia antimicrobiana ○ Não aplicar antisépticos tópicos ou antimicrobianos no catéter, uretra ou meatus. ○ Não usar ATB profilático ○ A duração do uso da SVD deve ser mínima Sepse Urinária ● Recomendação ○ Fazer cultura e duas hemoculturas antes de iniciar o tratamento ○ ATB parenteral de alta dose dentro da primeira hora ○ Adaptar a terapia inicial com o resultado da cultura ○ Iniciar controle: remover corpos estranhos, desobstrução e drenagem de abscesso no TU ○ Fornecer medidas de suporte de vida adequadas ● Tratamento → 7-10 dias Bacteriúria assintomática Identificação - Identificada na urocultura e sem sintomas → Mulher: 2 uroculturas positivas com contagem > 10ˆ5 com intervalo de 2 meses → Homem: urocultura positiva com contagem > 10ˆ5 → Pessoas cateterizadas: urocultura positiva com contagem > 10ˆ5 - NÃO SE DEVE TRATAR! → É uma manifestação comum associada a colonização comensal não causando nenhum danp → O uso de ATB aumenta o risco de desenvolver resistência. → EXCETO em gestantes e pacientes que vão fazer cirurgias em TU; - Presença de cateter (SVD) a urina vai colonizando → Se o uso é prolongado para mais de 30 dias, tem 100% de chance de ter urina colonizada, não necessariamente sintomática → Muito cuidado principalmente com idosos e pessoas hospitalizadas Quem pesquisar e tratar? ● Gestantes ○ Bacteriúria assintomática predispõe BPN e parto prematuro e aumenta morbimortalidade perinatal ○ Gestante tem alto risco de pielonefrite e alta taxa de recorrência da BA). ○ Urocultura faz parte do pré-natal - Negativa -> repetir no terceiro trimestre, - Positivo (maior ou igual a 105 UFC/ml) -> tratamento com ATB por 7 dias e fazer urinocultura de controle 2-4 semanas após. ● Antes de procedimentos urológicos (inclusive endoscópicos) ○ Pode ocorrer sangramento de mucosa, principalmente cirurgia urológica endoscópica ○ Risco de disseminação hematogênica e sepse de foco urinário Quem não pesquisar e tratar? ● Mulheres não gestantes ● Mulheres na pré-menopausa -> tem incidência maior de BA ● Homens ● Diabetes bem regulada ○ Tem o risco de desenvolver BA, mas a sua erradicação não reduz o risco de ITU e complicações ● Idosos da comunidade e em casas de repouso ● Dano medular ● Transplantados renais com mais de um mês do transplante ● Uso de cateterização ● Paciente submetido a próteses articulares ● Pacientes com disfunção e/ou reconstrução do trato urinário inferior ○ Têm maior risco de serem colonizados e essa colonização pode ter efeito protetivo contra sintomas e por isso não deve ser abordada; → O tratamento de BA é maléfica em paciente com ITU de repetição ITU de repetição Definição ● Dois ou mais episódios em seis meses ou três ou mais episódios em um ano ● Inclui tanto cistite quanto pielonefrite, levando em conta a etiologia complicada; Reinfecção: - Ocorre após duas semanas do quatro de ITU - O paciente se curou e reinfectounormalmente por outra cepa Recidiva - Pela mesma cepa, ocorrendo em menos de duas semanas após o quadro de ITU - Pesquisar anormalidade anatômica, litíase, cisto renal infectado, abscesso renal, duplicação de ureter, ureter ectópico, disfunção miccional) Fatores de risco ● Mulheres Pré-Menopausa ○ Relação sexual ○ Uso de espermicida ○ Um novo parceiro sexual ○ Uma mãe com história de ITU ○ História de ITU na infância ○ Status secretor de antígeno de grupo sanguíneo ● Mulheres Pós Menopausa ○ História de ITU antes da menopausa ○ Incontinencia urinaria ○ Vaginite atrófica por deficiência de estrogênio ○ Cistocele ○ Aumento do volume urinário pós-miccional ○ Status secretor de antígeno de grupo sanguíneo ○ Cateterismo urinário e estado funcional ○ deterioração em mulheres idosas institucionalizadas ● Estados de hipoestrogenismo (pós menopausa) → Diminui bactérias protetoras da microbiota vaginal → Facilita invasão do meato uretral por bactérias do TGI ● Alterações anatômicas e/ou funcionais do trato urinário → Cistocele, resíduo pós miccional maior ou igual a 50mL, incontinência urinária, nefrolitíase, cateter vesical, etc. ● DM e/ou imunossupressão Diagnóstico ● Sintomas ● EAS (Urina de rotina) ● Bacterioscopia (gram de gota não centrifugado) ● Urocultura ● Testes de suscetibilidade (antibiograma) Exames de Imagem → Exames de rotina extensivos, incluindo cistoscopia, imagem, etc., têm um baixo rendimento diagnóstico para o diagnóstico de ITUr. → Ultrassom, TC, Urografia excretora, Uretrocistografia miccional ● Suspeita de persistência bacteriana (recidiva) ● Antecedente de ITU na infância ● Antecedente de litíase urinária ● História de cirurgia genitourinária prévia ● Persistência de hematúria após tratamento de ITU → Cistoscopia e urografia excretora ● SEPSE de foco urinário → US ou TC Diagnóstico Diferencial ● Vulvovaginite (podem causar sintomas e piúria) ● Uretrite (Clamídia, mycoplasma, ureaplasma, gonococo → Piúria estéril: sintoma de cistite com exame negativo) ● Tuberculose renal / Vesical ● Irritação devido à camisinha, duchas vaginais, absorvente interno, etc ● Sindrome uretral (hipoestrogenismo) ● Cistite Crônica Intersticial (Síndrome da Bexiga Dolorosa) Tratamento Antibioticoterapia empírica ou guiada por cultura deve levar em consideração: ● Idade ● Gestação ● Comorbidade ● Alergia ● Cistite ● Pielonefrite ● Último episódio de ITU ● Urocultura prévia ● Uso De ATB profilático ● Resistência crescente ao bactrim, às fluorquinolonas e às cefalosporinas Profilaxia Medidas Gerais ● Combater a causa base ● Medidas gerais: ○ Ingerir 2 a 3 litros de líquido por dia; Urinar antes e após relação sexual; Não fazer intervalos longos entre micção (<3 horas) Higienizar área perineal ● Reposição Vaginal de estrogênio em mulheres pós menopaisa Antibioticoprofilaxia - Indicação → Crianças com anomalias anatômicas até operar → Mulheres com ITU de repetição sem resposta → Sempre tentar tratar a condição de base primeiro!! - Tratar ITU anterior + urocultura negativa de controle -> não selecionar BMR. - NÃO fazer com sonda → bactéria multirresistente! Contínua – Escolher conforme conversa do paciente, efeitos colaterais a longo prazo. – Não usar a Nitrofurantoína em paciente com déficit de clearance de creatinina – Não usar bactrim em pacientes com deficiência de G6PD – Duração: 3 - 12 meses – Fármacos ● Nitrofurantoína 50 mg/ dia ● Nitrofurantoína 100 mg/ día ● Cefalexina 250 mg/dia ● Fosfomicina 3g 10/10 dias Pós-coito ● Bactrim 40/80 mg ● Nitrofurantoína 50 mg ou 100 mg ● Cefalexina 250 mg Risco de uso prolongado de ATB ● Infecção por BMR ● Diarreia por Clostridium di�cile ● Nitrofurantoína → Hepatite crônica, neuropatia, reações pulmonares – Sempre discutir risco x benefício com paciente Terapia Hormonal tópica ● Mulheres após menopausa que não estão em reposição oral e não apresentam contra-indicações ao estrógeno → Recupera flora vaginal ○ Estradiol, estriol ou promestrine (creme vaginal) todas as noites por duas semanas, depois 2x/semana contínuo Cranberry (suco, cápsulas, táblets) ● Ação: Inibição da aderência de uropatógenos ao uroepitélio ● Sem comprovação científica definitiva ● Aumenta consumo de calorias, carboidratos e pode causar azia ● Extrato seco e fruta triturada em cápsula ou suco (1cp 2x/dia por 6 meses) ● Mal não faz, se a pessoa quiser usar é isso Probióticos ● Ação: Protege a vagina da colonização por uropatógenos pela produção de água oxigenada, reduzindo o ph vaginal e induzindo a produção de citocinas anti inflamatórias pelas células epiteliais ● Sem comprovação científica definitiva da sua eficácia clínica ● Eficácia: Bactrim > probiótico > placebo Antisépticos (Metenamina) ● Ação: Acidifica urina → Atividade antibacteriana ● Poucos estudos, carece de comprovação científica ● Em relatos de casos de mulheres com ITU recorrente causada por uropatógenos MR nas quais outras estratégias preventivas não funcionaram ● Parece ser seguro e geralmente bem tolerado Imunoterapia (Uro-Vaxom) ● Lisado de E.coli via oral ● Estudos clínicos que até 67% dos pacientes tratados não demonstravam nenhum episódio de recorrência em 6 meses ● 1cp/dia por 3 meses, depois 1 cp/ dia 10 dias no mês por mais 3 meses ● Não tem muita comprovação científica __________________________________________________________________________________________ Prostatite Prostatite Bacteriana Aguda: Paciente de 20 a 40 anos, com quadro típico de cistite + febre alta (toxemia), que pode ter calafrios. Cuidado com toque retal. Prostatite bacteriana crônica: Menos intenso que a aguda, homens mais velhos com ITU de repetição. Síndrome da dor pélvica crônica: Dor perineal + Sintomas urinários + Dor à ejaculação Epididimite: Dor e edema no epidídimo e testículo, diagnóstico diferencial com torção testicular (não possui sinal de Prehn)
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