Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1@professorferretto @prof_ferretto Filosofia Moderna Maquiavel FIL0168 - (Espm) Cícero e os humanistas afirmavam que "nada é mais eficaz para defender e manter o poder do que ser amado e nada é mais danoso do que ser temido”. Um importante pensador moderno contrapôs: "Seria desejável ser uma coisa e outra (amado e temido), mas, como é quase impossível obter ambas as coisas ao mesmo tempo, é muito mais seguro ser temido que amado, quando se deve escolher uma des sas condições." Eugenio Garin. Dal Rinascimento all Illuminismo. O importante pensador moderno mencio nado no enunciado é: a) Thomas Hobbes; b) Nicolau Maquiavel; c) Jean Bodin; d) Jacques Bossuet; e) John Locke. FIL0178 - (Unicentro) O filósofo que se relaciona ao pensamento polí�co moderno é a) Aristóteles. b) Descartes. c) Maquiavel. d) Sócrates. e) Hume. FIL0177 - (Unisc) Apar�r do século XVI, com o surgimento das monarquias nacionais e o desenvolvimento do capitalismo, as concepções de poder foram elaboradas para se ajustarem aos novos tempos. Um dos grandes pensadores dessa época, responsável também pela inauguração do pensamento polí�co moderno e que afirmou ser “o poder forjado nas relações humanas e, como tal, pertence a esse mundo”, foi a) Nicolau Maquiavel. b) Thomas Hobbes. c) John Locke. d) Jean-Jacques Rousseau. e) Immanuel Kant. FIL0173 - (Enem) Nasce daqui uma questão: se vale mais ser amado que temido ou temido que amado. Responde-se que ambas as coisas seriam de desejar; mas porque é di�cil juntá- las, é muito mais seguro ser temido que amado, quando haja de faltar uma das duas. Porque dos homens se pode dizer, duma maneira geral, que são ingratos, volúveis, simuladores, covardes e ávidos de lucro, e enquanto lhes fazes bem são inteiramente teus, oferecem-te o sangue, os bens, a vida e os filhos, quando, como acima disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, revoltam-se. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Rio de Janeiro: Bertrand, 1991. A par�r da análise histórica do comportamento humano em suas relações sociais e polí�cas, Maquiavel define o homem como um ser a) munido de virtude, com disposição nata a pra�car o bem a si e aos outros. b) possuidor de fortuna, valendo-se de riquezas para alcançar êxito na polí�ca. c) guiado por interesses, de modo que suas ações são imprevisíveis e inconstantes. d) naturalmente racional, vivendo em um estado pré- social e portando seus direitos naturais. e) sociável por natureza, mantendo relações pacíficas com seus pares. FIL0167 - (Unioeste) Considerando-se o seguinte fragmento de Maquiavel, indique qual das alterna�vas abaixo está CORRETA. “Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de uma terceira maneira escolhendo no seu Estado homens 2@professorferretto @prof_ferretto sábios, e só a esses deve dar o direito de falar-lhe a verdade a respeito, porém apenas das coisas que ele lhes perguntar. Deve consultá-los a respeito de tudo e ouvir- lhes a opinião e deliberar depois como bem entender e com conselhos daqueles; conduzir-se de tal modo que eles percebam que com quanto mais liberdade falarem, mais facilmente as suas opiniões serão seguidas” (MAQUIAVEL, 1973, p. 105). a) De acordo com Maquiavel, o príncipe, na direção do seu Estado, não deve consultar ninguém ao tomar decisões. b) Maquiavel considera que todos têm o direito de cri�car as ações do príncipe. c) Maquiavel afirma que homens sábios podem falar ao príncipe o que quiserem, e na hora que bem entenderem, sendo obrigação do príncipe acatá-los. d) Conforme Maquiavel, o príncipe deve cercar-se de conselheiros sábios, mas eles nunca devem ter liberdade para falar a verdade. e) Maquiavel defende que, como o príncipe precisa da opinião livre dos sábios, deve dar-lhes o direito de falar-lhes a verdade, mas apenas das coisas que ele lhe perguntar. FIL0175 - (Enem) Mas, sendo minha intenção escrever algo de ú�l para quem por tal se interesse, pareceu-me mais conveniente ir em busca da verdade extraída dos fatos e não à imaginação dos mesmos, pois muitos conceberam repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente exis�do. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Disponível em: www.culturabrasil.pro.br. Acesso em: 4 abr. 2013. A par�r do texto, é possível perceber a crí�ca maquiaveliana à filosofia polí�ca de Platão, pois há nesta a a) elaboração de um ordenamento polí�co com fundamento na bondade infinita de Deus. b) explicitação dos acontecimentos polí�cos do período clássico de forma imparcial. c) u�lização da oratória polí�ca como meio de convencer os oponentes na ágora. d) inves�gação das cons�tuições polí�cas de Atenas pelo método indu�vo. e) idealização de um mundo polí�co perfeito existente no mundo das ideias. FIL0169 - (Unioeste) Texto 1 “[...] Quando um homem deseja professar a bondade, natural é que vá à ruína, entre tantos maus. Assim, é preciso que, para se conservar, um príncipe aprenda a ser mau, e que se sirva ou não disso de acordo com a necessidade”. MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 2004, p. 99. Texto 2 “[...] Assim deve o príncipe tornar-se temido, de sorte que, se não for amado, ao menos evite ódio, pois é fácil ser, a um só tempo, temido e não odiado, o que ocorrerá uma vez que se prive da posse dos bens e das mulheres dos cidadãos e dos súditos, e, mesmo quando forçado a derramar o sangue de alguém, poderá fazê-lo apenas se houver jus�fica�va apropriada e causa manifesta” [...]. Idem, p. 106-7. Considerando o pensamento de Maquiavel e os textos citados, assinale a alterna�va CORRETA. a) O pensamento de Maquiavel volta-se à realidade e busca alterna�vas para estabelecer um Estado estável onde a ordem possa reinar. b) Maquiavel, assim como Platão, revela-se um idealista ao estabelecer padrões ao governante fundamentados na bondade natural do homem. c) O príncipe deve ser um homem dotado de boas virtudes (virtù) e dinheiro (fortuna) para que todos o respeitem e ele possa fazer reinar a estabilidade. d) Estado e Igreja se fundem, de acordo com o filósofo. De nada adianta ao príncipe tentar estabelecer a ordem, já que ela depende de um estado natural das coisas e de uma força extraterrena, tornando todo seu esforço em vão. e) O obje�vo úl�mo do pensamento polí�co de Maquiavel é o de evitar a guerra a todo custo, pois as atrocidades da guerra desafiam os valores é�cos que determinam a ação polí�ca. FIL0170 - (Unicamp) Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas em pouca conta �veram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça dos homens, superando, enfim, os que foram leais (...). Um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de exis�r. (Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 73-85.) 3@professorferretto @prof_ferretto A par�r desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que: a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais ar�manhas da polí�ca moderna explicitadas por Maquiavel. b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas de estar de acordo com os princípios da fé. c) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas fazem do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe. d) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja. FIL0179 - (Unioeste) “Creio que a sorte seja árbitro da metade dos nossos atos, mas que nos permite o controle sobre a outra metade, aproximadamente. Comparo a sorte a um rio impetuoso que, quando enfurecido, inunda a planície,derruba casas e edi�cios, remove terra de um lugar para depositá-la em outro. Todos fogem diante de sua fúria, tudo cede sem que se possa detê-la. Contudo, apesar de ter essa natureza, quando as águas correm quietamente é possível construir defesas contra elas, diques e barragens, de modo que, quando voltam a crescer, sejam desviadas para um canal, para que seu ímpeto seja menos selvagem e devastador. O mesmo se dá com a sorte, que mostra todo o seu poder quando não foi posto nenhum empenho para lhe resis�r, dirigindo sua fúria contra os pontos que não há dique ou barragem para detê-la. [...] O príncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruína quando esta muda. Acredito também que é prudente quem age de acordo com as circunstâncias, e da mesma forma é infeliz quem age opondo-se ao que o seu tempo exige”. Maquiavel Considerando o pensamento polí�co de Maquiavel e o texto acima, é INCORRETO afirmar que a) o êxito da ação polí�ca do príncipe depende do modo como ele age de acordo com as circunstâncias. b) a manutenção do poder e a estabilidade polí�ca são proporcionadas pelo príncipe de virtù, independentemente dos meios por ele u�lizados. c) o sucesso ou o fracasso da ação polí�ca para a manutenção do poder depende exclusivamente da sorte e do uso da força bruta e violenta. d) na manutenção do poder, a ação polí�ca do príncipe se fundamenta, não no uso da força bruta e da violência, mas na u�lização da força com virtù. e) o êxito da ação polí�ca, com vistas à manutenção do poder, resulta do saber aproveitar a ocasião dada pelas circunstâncias e da capacidade de entender o que o seu tempo exige. FIL0181 - (Ifsp) Reconhecido por muitos como fundador do pensamento polí�co moderno, Maquiavel chocou a sociedade de seu tempo ao propor, em O Príncipe, que a) a soberania do Estado é ilimitada e que o monarca, embora subme�do às leis divinas, pode interpretá-las de forma autônoma, sem a necessidade de recorrer ao Papa. b) a autoridade do monarca é sagrada, ilimitada e incontestável, pois o príncipe recebe seu poder diretamente de Deus. c) o Estado é personificado pelo monarca, que encarna a soberania e cujo poder não conhece outros limites que não aqueles ditados pela moral. d) a autoridade do príncipe deriva do consen�mento dos governados, pois a função do Estado é promover e assegurar a felicidade dos seus súditos. e) a polí�ca é autonorma�va, jus�ficando seus meios em prol de um bem maior, que é a estabilidade do Estado. FIL0164 - (Ufpr) Considere a passagem abaixo: A subs�tuição do reino do dever ser, que marca a filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, como instaurar um Estado estável? O problema central de sua análise polí�ca é descobrir como pode ser resolvido o inevitável ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver esta questão, Maquiavel provoca uma ruptura com o saber repe�do pelos séculos. Trata-se de uma indagação radical e de uma nova ar�culação sobre o pensar e fazer polí�ca, que põe fim à ideia de uma ordem natural eterna. A ordem, produto 4@professorferretto @prof_ferretto necessário da polí�ca, não é natural, nem a materialização de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrário, a ordem tem um impera�vo: deve ser construída pelos homens para se evitar o caos e a barbárie, e, uma vez alcançada, ela não será defini�va, pois há sempre, em germe, o seu trabalho em nega�vo, isto é, a ameaça de que seja desfeita. (SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù. In: WEFFORT, Francisco (org.). Clássicos da polí�ca, vol. 01.São Paulo: Á�ca, 2001. p. 17-18.) Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek, em seu texto in�tulado Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtù, é correto afirmar: a) Os estudos de Maquiavel sobre o reino do ser na polí�ca levam em consideração a tradição idealista de Platão, Aristóteles e São Tomás de Aquino e rejeitam as interpretações de historiadores an�gos, como Tácito, Políbio, Tucídides e Tito Lívio. b) Em sua obra, Maquiavel coloca em relevo a dimensão efe�vamente social, histórica e polí�ca das relações humanas, explicitando que sua regra metodológica implica o exame da realidade tal como ela é e não como se gostaria que ela fosse. c) A polí�ca, segundo Maquiavel, tem correspondência com as ideias ina�stas, ou seja, de que os indivíduos são predes�nados a um �po de condição que lhes é inerente, não havendo possibilidade de mudança ou qualquer outra forma de alterar as estruturas de poder, por ele denominada de “maquiavélicas”. d) Segundo Sadek, ao formular uma explicação sobre essa questão, Maquiavel não rompeu com os paradigmas que fundavam a polí�ca de seu tempo, por conseguinte, favorecendo a perpetuação de �ranias nos séculos XV e XVI. e) Para Maquiavel, o problema central da polí�ca foi a democracia, e sua construção implicava o fortalecimento de governos descentralizados, o que aproximava seus estudos de liberais como John Locke e Thomas Hobbes. FIL0165 - (Ufpr) Quando se conquistam Estados habituados a reger-se por leis próprias e em liberdade, há três modos de manter a sua posse: primeiro, arruiná-los; segundo, ir habitá-los; terceiro, deixá-los viver com suas leis, arrecadando um tributo e criando um governo de poucos, que se conserve amigos. [...] Quem se torna senhor de uma cidade tradicionalmente livre e não a destrói será destruído por ela. Tais cidades têm sempre por bandeira, nas rebeliões, a liberdade e suas an�gas leis, que não esquecem nunca, nem com o correr do tempo, nem por influência dos bene�cios recebidos. Por muito que se faça, quaisquer que sejam as precauções tomadas, se não se promovem o dissídio e a desagregação dos habitantes, não deixam eles de se lembrar daqueles princípios e, em toda oportunidade, em qualquer situação, a eles recorrem [...]. Assim, para conservar uma república conquistada, o caminho mais seguro é destruí- la ou habitá-la pessoalmente. (MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 21-22.) Com base nessa passagem, extraída da obra O Príncipe, de Maquiavel, assinale a alterna�va correta. a) O poder emanado do príncipe deve ter a capacidade de não apenas levar a cabo os planos de expansão de seu próprio governo, mas sobretudo criar condições para que esse poder mantenha-se de forma plena e garanta a legi�midade da própria dominação. b) A passagem refere-se em especial às repúblicas que ainda não passaram por um processo de amadurecimento de suas ins�tuições democrá�cas. Repúblicas que dependem de orientação externa e de outras nações na formação da sua própria iden�dade polí�ca, a fim de suplantar o ódio �pico dessas repúblicas. c) Para Maquiavel, “habitar” a república conquistada é uma possibilidade mais condizente com a posição do Príncipe. Considerando que o autor �nha laços com o pensamento humanista, “destruir” uma república conquistada implicaria lançar mão da força militar, com a qual Maquiavel não concordava. d) No mundo moderno e contemporâneo, o Príncipe, garan�dor da ordem e da segurança pública, pode e deve intervir com o argumento de preservar as ins�tuições democrá�cas e republicanas, mesmo que para isso seja necessário o uso da força. e) O Príncipe pode, por meio de pleito eleitoral, plebiscito ou consulta popular, agir em nome do povo e garan�r a soberania de seu Estado. Pode invadir as nações que coloquem em risco a sua própria liberdade. Pode combater o ódio das outras repúblicas, e que essa nação seja destruída ou habitada pelo Príncipe, a fim de assegurar a ordem democrá�ca. FIL0182 - (Unesp) Analise o texto polí�co, que apresenta uma visão muito próxima de importantes reflexões do filósofo italiano Maquiavel, um dos primeiros a apontar que os domínios da é�ca e da polí�ca são prá�cas dis�ntas. 5@professorferretto @prof_ferretto “A polí�ca arruína o caráter”, disse O�o vonBismarck (1815-1898), o “chanceler de ferro” da Alemanha, para quem men�r era dever do estadista. Os ditadores que agora enojam o mundo ao reprimir ferozmente seus próprios povos nas praças árabes foram colocados e man�dos no poder por nações que se enxergam como faróis da democracia e dos direitos humanos: Estados Unidos, Inglaterra e França. Isso é condenável? Os ditadores eram a única esperança do Ocidente de con�nuar tendo acesso ao petróleo árabe e de manter um mínimo de informação sobre as organizações terroristas islâmicas. Antes de condenar, reflita sobre a frase do mais extraordinário diplomata americano do século passado, George Kennan, morto aos 101 anos em 2005: “As sociedades não vivem para conduzir sua polí�ca externa: seria mais exato dizer que elas conduzem sua polí�ca externa para viver”. (Veja, 02.03.2011. Adaptado.) A associação entre o texto e as ideias de Maquiavel pode ser feita, pois o filósofo a) considerava a ditadura o modelo mais apropriado de governo, sendo simpá�co à repressão militar sobre populações civis. b) foi um dos teóricos da democracia liberal, demonstrando-se avesso a qualquer �po de manifestação de autoritarismo por parte dos governantes. c) foi um dos teóricos do socialismo cien�fico, respaldando as ideias de Marx e Engels. d) foi um pensador escolás�co que preconizou a moralidade cristã como base da vida polí�ca. e) refle�u sobre a polí�ca através de aspectos prioritariamente pragmá�cos. FIL0180 - (Ufu) A Itália do tempo de Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) não era um Estado unificado como hoje, mas fragmentada em reinos e repúblicas. Na obra O Príncipe, declara seu sonho de ver a península unificada. Para tanto, entre outros conceitos, forjou as concepções de virtú e de fortuna. A primeira representa a capacidade de governar, agir para conquistar e manter o poder; a segunda é rela�va aos “acasos da sorte” aos quais todos estão subme�dos, inclusive os governantes. Afinal, como registrado na famosa ópera de Carl Orff: Fortuna imperatrix mundi (A Fortuna governa o mundo). Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de exis�r. MAQUIAVEL, N. “O príncipe”. Coleção os Pensadores. São Paulo: Abril Cultura, 1973, p. 79 - 80. Com base nas informações acima, assinale a alterna�va que melhor interpreta o pensamento de Maquiavel. a) Trata-se da fortuna, quando Maquiavel diz que “as causas que o determinaram cessem de exis�r”; e devirtú, quando Maquiavel diz que o príncipe deve ser “prudente”. b) Trata-se da virtú, quando Maquiavel diz que as “causas mudaram”; e de fortuna quando se refere ao príncipe prudente, pois um príncipe com tal qualidade saberia acumular grande quan�dade de riquezas. c) Apesar de ser uma frase de Maquiavel, conforme o texto introdutório, ela não guarda qualquer relação com as noções de virtú e fortuna. d) O fragmento de Maquiavel expressa bem a noção de virtú, ao dizer que o príncipe deve ser prudente, mas não se relaciona com a noção de fortuna, pois em nenhum momento afirma que as “circunstâncias” podem mudar. FIL0612 - (Fer) Considere o seguinte texto: Maquiavel rejeita a polí�ca norma�va dos gregos, a qual, ao explicar “como o homem deve agir”, cria sistemas utópicos. A nova polí�ca, ao contrário, deve procurar a verdade efe�va, ou seja, “como o homem age de fato”. O método de Maquiavel es�pula a observação dos fatos, o que denota uma tendência comum aos pensadores do Renascimento, preocupados em superar, através da experiência, os esquemas meramente dedu�vos da Idade Média. Seus estudos levam à constatação de que os homens sempre agiram pelas formas da corrupção e da violência. (Maria Lúcia Aranha e Maria Helena Mar�ns. Filosofando, 1986. Adaptado.) Com base no texto e no pensamento polí�co de Maquiavel, assinale a alterna�va correta: 6@professorferretto @prof_ferretto a) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso, ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja. b) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer polí�co, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão. c) O mundo da polí�ca obriga o governante a tomar decisões que contrariam os seus ideais de moralidade e de virtude em nome da conservação do regime polí�co. d) O mundo da polí�ca exige ações más, porém disfarçadas de bondade, isto é, a total hipocrisia do polí�co. e) O governante deve ser um modelo de virtude, e é precisamente por saber como governar a si próprio e não se deixar influenciar pelos maus que ele está qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à virtude. FIL0174 - (Ufu) Em seus estudos sobre o Estado, Maquiavel busca decifrar o que diz ser uma verità effe�uale, a “verdade efe�va” das coisas que permeiam os movimentos da mul�facetada história humana/polí�ca através dos tempos. Segundo ele, há certos traços humanos comuns e imutáveis no decorrer daquela história. Afirma, por exemplo, que os homens são “ingratos, volúveis, simuladores, covardes ante os perigos, ávidos de lucro”. (O Príncipe, cap. XVII) Para Maquiavel: a) A “verdade efe�va” das coisas encontra-se em plano especula�vo e, portanto, no “dever-ser”. b) Fazer polí�ca só é possível por meio de um moralismo piedoso, que redime o homem em âmbito estatal. c) Fortuna é poder cego, inabalável, fechado a qualquer influência, que distribui bens de forma indiscriminada. d) A Virtù possibilita o domínio sobre a Fortuna. Esta é atraída pela coragem do homem que possui Virtù. FIL0171 - (Uel) Leia o texto a seguir. A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de Nápoles ao sul, os Estados papais e a república de Florença no centro formavam ao final do século XV o que se pode chamar de mosaico da Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e conflitos internos. Nesse cenário, o floren�no Maquiavel desenvolveu reflexões sobre como aplacar o caos e instaurar a ordem necessária para a unificação e a regeneração da Itália. (Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT, F. C. (Org.). Clássicos da polí�ca. v.2. São Paulo: Á�ca, 2003. p.11-24.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia polí�ca de Maquiavel, assinale a alterna�va correta. a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe que age segundo a moralidade convencional e cristã. b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita. c) A história é compreendida como re�línea, portanto, a ordem é resultado necessário do desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita. d) A ordem na polí�ca é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é resultante da materialização de uma vontade superior e divina. e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer polí�co, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão. FIL0176 - (Enem) Não ignoro a opinião an�ga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refle�u sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento polí�co e o humanismo renascen�sta ao 7@professorferretto @prof_ferretto a) valorizar a interferência divinanos acontecimentos definidores do seu tempo. b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos polí�cos. c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. e) redefinir a ação polí�ca com base na unidade entre fé e razão. FIL0163 - (Enem) Outro remédio eficiente é organizar colônias, em alguns lugares as quais virão a ser como grilhões impostos às províncias, porque isto é necessário que se faça ou deve- se lá ter muita força de armas. Não é muito que se gasta com as colônias, e, sem despesa excessiva, podem ser organizadas e man�das. Os únicos que terão prejuízos com elas serão os de quem se tomam os campos e as moradias para se darem aos novos habitantes. Entretanto, os prejudicados serão a minoria da população do Estado, e dispersos e reduzidos à penúria, nenhum dano trarão ao príncipe, e os que não foram prejudicados terão, por isso, que se aquietarem, temerosos de que o mesmo lhes suceda. MAQUIAVEL, N. O príncipe. São Paulo: Mar�ns Fontes, 2010. Em O príncipe, Maquiavel apresenta conselhos para a manutenção do poder polí�co, como o deste trecho, que tem como objeto a a) transferência dos inimigos da metrópole para a colônia. b) subs�tuição de leis, costumes e impostos da região dominada. c) implantação de um exército armado, cons�tuído pela população subjugada. d) expansão do principado, com migração populacional para o território conquistado. e) distribuição de terras para a parcela do povo dominado, que possui maior poder polí�co. FIL0166 - (Enem) Para Maquiavel, quando um homem decide dizer a verdade pondo em risco a própria integridade �sica, tal resolução diz respeito apenas a sua pessoa. Mas se esse mesmo homem é um chefe de Estado, os critérios pessoais não são mais adequados para decidir sobre ações cujas consequências se tornam tão amplas, já que o prejuízo não será apenas individual, mas cole�vo. Nesse caso, conforme as circunstâncias e os fins a serem a�ngidos, pode-se decidir que o melhor para o bem comum seja men�r. ARANHA, M. L. Maquiavel: a lógica da força. São Paulo: Moderna, 2006 (adaptado). O texto aponta uma inovação na teoria polí�ca na época moderna expressa na dis�nção entre a) idealidade e efe�vidade da moral. b) nulidade e preservabilidade da liberdade. c) ilegalidade e legi�midade do governante. d) verificabilidade e possibilidade da verdade. e) obje�vidade e subje�vidade do conhecimento. FIL0172 - (Ufpa) Ao pensar como deve comportar-se um príncipe com seus súditos, Maquiavel ques�ona as concepções vigentes em sua época, segundo as quais consideravam o bom governo depende das boas qualidades morais dos homens que dirigem as ins�tuições. Para o autor, “um homem que quiser fazer profissão de bondade é natural que se arruíne entre tantos que são maus. Assim, é necessário a um príncipe, para se manter, que aprenda a poder ser mau e que se valha ou deixe de valer-se disso segundo a necessidade”. Maquiavel, O Príncipe, São Paulo: Abril cultural, Os Pensadores, 1973, p.69. Sobre o pensamento de Maquiavel, a respeito do comportamento de um príncipe, é correto afirmar que a) a a�tude do governante para com os governados deve estar pautada em sólidos valores é�cos, devendo o príncipe punir aqueles que não agem e�camente. b) o Bem comum e a jus�ça não são os princípios fundadores da polí�ca; esta, em função da finalidade que lhe é própria e das dificuldades concretas de realizá-la, não está relacionada com a é�ca. c) o governante deve ser um modelo de virtude, e é precisamente por saber como governar a si próprio e não se deixar influenciar pelos maus que ele está qualificado a governar os outros, isto é, a conduzi-los à virtude. d) o Bem supremo é o que norteia as ações do governante, mesmo nas situações em que seus atos pareçam maus. e) a é�ca e a polí�ca são inseparáveis, pois o bem dos indivíduos só é possível no âmbito de uma comunidade polí�ca onde o governante age conforme a virtude. FIL0527 - (Ufpr) 8@professorferretto @prof_ferretto Há em toda república dois humores diversos, quais sejam, aquele do povo e aquele dos grandes, (…) todas as leis que são feitas em favor da liberdade nascem desta desunião. (MAQUIAVEL. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. Seleção de textos, tradução e notas Carlo Gabriel Kzsam Pancera. In: MARÇAL, J. (org.) Antologia de textos filosóficos, SEED, 2009, p. 432.) De acordo com a passagem acima e com a obra de que foi extraída, é correto afirmar que, segundo Maquiavel: a) as leis nascem do conflito e levam à sua superação, produzindo harmonia social. b) as leis não passam de um instrumento de dominação do povo pelos grandes. c) para que haja liberdade, as leis devem ser feitas pelo povo, que é soberano. d) o conflito entre os grandes e o povo é o motor da vida polí�ca, o que produz e aperfeiçoa as leis. e) cabe aos grandes fazer as leis, mas sem re�rar a liberdade do povo.
Compartilhar