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TESTES BIOQUÍMICOS_COCOS GRAM

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TESTES BIOQUÍMICOS 
1. Trabulsi, L. R.; Alterthum, F. Microbiologia. 5ª edição, São Paulo, Atheneu, p. 51-56, 2015;
2. Murray, P.R.; Rosenthal, K.S. & Pfaller, M.A. Microbiologia Médica. 7ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier, p. 143-152, 2017;
COCOS GRAM POSITIVOS
Dra. Danielle Silva Araújo
Teste Bioquímicos
Projetados para detectar a 
presença de enzimas.
COCOS 
GRAM 
POSITIVOS
Staphylococcus spp
Staphylococcaceae
Streptococcus sppEnterococcus spp
Gênero Staphylococcus
✓Cocos Gram positivos presente na pele e mucosa
nasal;
✓Infecções em humanos e animais;
✓Ausência de esporos;
✓São imóveis;
✓ Anaeróbios facultativos;
✓Temperatura de crescimento de 18 a 40ºC;
✓Crescem em NaCl – 6,5%.
• Material clínico: CGP 
• Isolados, aos pares, tétrades, cadeias curtas
• Cultura: em “cachos-de-uva” 
• (“staphylé”: grego)
Gênero Staphylococcus
Staphylococcaceae
Micrococcaceae
+
As bactérias desta família são 
catalase POSITIVAS
Streptococcaceae
-
As bactérias desta família são 
catalase NEGATIVAS
Gênero Staphylococcus
O teste pode ser executado pela 
transferência de colônias para 
uma lâmina de microscopia e 
adição de uma gota de peróxido 
de hidrogênio a 3%. 
A catalase é uma enzima que decompõe o peróxido de hidrogênio (H2 O2 ) em 
oxigênio e água.
CATALASE
Estafilococos coagulase positiva
-S. aureus
-S. aureus subsp. anaerobius
-S. intermedius
-S. hyicus
-S. delphini
-S. chromogenes
-S. schleiferi subsp. coagulans
Estafilococos coagulase negativa 
novobiocina resistentes (ECNR)
-S. saprophyticus
-S. cohnii
-S. xylosus
-S. simulans
Estafilococos coagulase
negativa novobiocina sensível 
(ECNS)
-S. epidermidis
-S. capitis
-S. warneri
-S. haemolyticus
-S. hominis
-S. lugdunensis
-S. auricularis
-S. sciuri
Gênero Staphylococcus
• Staphylococcus: 49 espécies e 27 subespécies.
Gênero Staphylococcus
Microrganismo Etimologia
Staphylococcus
Staphylé, cacho de uvas; coccus, grão ou baga 
(cocos semelhantes a cachos de uvas)
S. aureus aureus, dourado (dourado ou amarelo)
S. epidermidis epidermidis, pele (da epiderme ou da pele)
S. lugdunensis
Lugdunum, nome latino para Lyon, na França, 
onde o organismo foi isolado pela primeira vez
S. saprophyticus
sapros, pútrido; phyton, planta (saprofítico ou 
que cresce em tecido morto) 
Estafilococos de Maior Importância Clínica
• ESTRUTURAIS
• Cápsula
•Proteção (inibe quimiotaxia e fagocitose por PMN). 
•Facilita a aderência a cateter ou outro material sintético.
• Peptideoglicano (camada espessa) 
•Torna a parede celular mais rígida. 
•Estimula a produção de pirógenos endógenos. 
•Ativa a produção de interleucina – 1. 
•Atrai PMN (formação de abscessos).
•Ativa complemento. 
Gênero Staphylococcus
Fatores de Virulência
• Proteína A 
• Presente na superfície da maioria dos S. aureus (não 
nos ECN). 
• Covalentemente ligada ao peptideoglicano.
• Tem afinidade para se ligar a porção Fc da IgG
prevenindo a eliminação do micro-organismo pelo 
sistema imune. 
Gênero Staphylococcus
Fatores de Virulência
ESTRUTURAIS
ESTRUTURAIS
Ácidos teicóicos
Espécie-específico (cada espécie possui um tipo). 
Medeia a ligação bacteriana à superfície das mucosas. 
Pobremente imunogênicos. 
Fator de aglutinação (Fator “Clumping”) - Coagulase ligada 
Presente na maioria dos S. aureus. 
Liga-se ao fibrinogênio e converte-o em fibrina. 
Pode causar a agregação dos estafilococos.
Gênero Staphylococcus
Fatores de Virulência
TESTE DA COAGULASE
1. Tubo (coagulase livre)
2. Lâmina (coagulase ligada)
Estafilococos coagulase-positivos.
Estafilococos coagulase-negativos.
Nota 1: S. aureus é a única espécie encontrada nos seres humanos que é coagulase positiva.
Nota 2: S. Intermedius (v) e S. hycus (v) (animais); S. sheleiferi subsp. coagulans (+).
Nota 3: coagulase ligada – fator clumping.
1 2
Gênero Staphylococcus
Coagulase é uma proteína, que possui 
atividade semelhante à protombrina, 
resultando na formação de um coágulo. 
O teste de coagulase é empregado para 
identificar S. aureus, diferenciando de outras 
espécies do gênero.
Coagulase
• Enzimas estafilocócicas
• Coagulase
• Catalase
• Hialuronidase
• Fibrinolisina
• Lipases 
• Nucleases
• Penicilinases
• Toxinas estafilocócicas
Citotoxinas estafilocócicas
•Alfa, Beta, Delta, Gama 
•Leucocidina
• Toxina esfoliativa (esfoliatina
ou toxina epidermolítica) 
• Toxina da Síndrome do 
choque tóxico 
• Enterotoxinas (A, B, C, D e E) 
Gênero Staphylococcus
Fatores de Virulência
O teste é usado para detectar a atividade da enzima
desoxirribonuclease e de endonuclease termoestável
produzidas por diferentes espécies bacterianas.
DNase
Diferenciar amostras de 
Staphylococcus aureus de outras 
espécies deste gênero
O ácido nucleico contido no meio, 
levando ao aparecimento de uma 
coloração rósea ao redor das 
colônias produtoras de DNase, 
indicando hidrólise do DNA
TOXINAS ESTAFILOCÓCICAS
1-Toxina Alfa (dermonecrótica; mediador de lesão tecidual; 
desequilíbrio osmótico).
2-Toxina Beta (destruição tecidual, abscesso e proliferação do micro-
organismo).
3-Toxina Delta(efeito similar à da toxina colérica; Ex: intoxicação 
alimentar).
4-Toxina Gama (presente em quase todas as cepas; capacidade de 
lisar hemácias).
5-Leucocidina (forma poros na membrana de leucócitos, causando 
degranulação do citoplasma).
Gênero Staphylococcus
Fatores de Virulência
❖PRINCIPAIS DOENÇAS
INFECÇÕES SUPERFICIAIS
INFECÇÕES SISTÊMICAS 
OU PROFUNDAS
QUADROS TÓXICOS
Staphylococcus aureus
após incisão
cirúrgica. (Principalmente em áreas de atrito – axilas, nádegas e virilha)
- Carbúnculo: furúnculos coalescem e se estendem para tecido
subcutâneo mais profundo; múltiplos pontos de drenagem; localizado
na nuca ou nas costas
1) Invasão direta (Infecções piogênicas napele)
- Furúnculo: extensão da foliculite; nódulos elevados, 
grandes e doloridos; drenar espontaneamente ou
INFECÇÕES CUTÂNEAS - Staphylococcus aureus
INFECÇÕES CUTÂNEAS - Staphylococcus aureus
• Bacteremia eendocardite
- A partir de uma infecção de pele aparentemente sem grande
importância.
- Adquirida após procedimento cirúrgico ou utilização contínua de
catéter contaminado.
- Bacteremia – disseminação para outros sítios, como o coração.
- Endocardite – grave, taxa mortalidade em torno de 50%.
- Pneumonia.
- Osteomielite e artrite séptica
INFECÇÕES SISTÊMICAS - Staphylococcus aureus
• Síndrome da pele escaldada estafilocócica (SSSS).
- Aparecimento abrupto de um eritema (vermelhidão e
inflamação) que se espalha pelo corpo em 2 dias.
- Descamação da epiderme devido à ação da toxina esfoliativa.
- Serinoproteases: clivam a junção célula-
célula (desmogleína), resultando no 
despregamento do estrato granuloso da 
epiderme.
- Neonatos (<6 meses). Crianças e adultos
imunocomprometidos (raro).
SÍNDROMES TOXIGÊNICAS - Staphylococcus aureus
• Impetigo bolhoso
- Forma localizada da síndrome 
da pele escaldada.
- Formação de bolhas
superficiais na pele.
- Contagiosa e dolorosa
SÍNDROMES TOXIGÊNICAS - Staphylococcus aureus
•Síndrome do choque tóxico (TSS)
•Ação sistêmica provocada por linhagens 
produtoras de toxina (TSST-1: superantígeno 
– ativa grande população de células T: ↑ 
liberação de citocinas).
• Sintomas: febre alta, eritema difuso com descamação da 
pele.
- Destrói células endoteliais - hipotensão e morte por 
falência múltipla de órgãos (5 % dos casos).
SÍNDROMES TOXIGÊNICAS - Staphylococcus aureus
➢ Staphylococcus coagulase negativos
❑Staphylococcus epidermidis:
✓Espécie mais frequente como microbiota do corpo 
humano.
✓Importante causa de infecção hospitalar.
✓Fatores de virulência:
✓EXOPOLÍMERO (PNAG).
✓Biofilme.
❑Staphylococcus epidermidis
❖PRINCIPAIS DOENÇAS
✓A maioria das infecções é de causa nosocomial;
✓Endocardite;
✓Bacteremias;
✓Septicemia;
✓Meningites;
✓Infecções urinárias...
❑Staphylococcus saprophyticus
✓Depois da E. coli, é a espécie
mais prevalenteem infecções
urinárias em mulheres na faixa de
20 a 40 anos;
✓Capacidade de aderir ao epitélio
urinário;
✓Microbiota normal da pele e da
região periuretral de homens e
mulheres.
Novobiocina Teste bioquímicos
O teste é fundamentado na 
propriedade de S. 
saprophyticcus ser resistente 
à novobiocina. Diferencia, 
esta espécie de outros 
estafilococos coagulase-
negativa.
❖DIAGNÓSTICO
✓Exame bacterioscópico
pela coloração de Gram;
✓Isolamento e identificação
do microrganismo.
Ágar Manitol
Utilizado para o isolamento seletivo de estafilococos e
para a detecção de Staphylococcus aureus provenientes
de amostras clínicas. É um meio de cultura seletivo:
Contém peptonas e extrato de carne bovinos, que
fornecem nutrientes essenciais; e, 7,5% de cloreto de
sódio, que resulta na inibição parcial ou completa de
outras bactérias que não os estafilococos.
Meio de cultura diferencial:
- Os estafilococos coagulase-positiva produzem colónias
amarelas e um meio amarelo circundante
- Os estafilococos coagulase-negativa produzem
colónias vermelhas e nenhuma alteração na cor do
indicador vermelho de fenol.
-Desenvolveu resistência rapidamente a penicilina.
-Hoje < 10% são sensíveis a penicilina.
-Produção da beta lactamase.
-Meticilina, oxacilina.
-30 –50% dos S. aureus e os coagulase negativos 
são resistentes.
-MRSA.
-Tratamento com Vancomicina.
-Eliminar estado de portador de MRSA.
TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE 
Drenagem do foco de infecção (e.g., abscesso).
Limpeza apropriada das feridas e uso de antissépticos
ajudam a evitar infecções.
Higienização das mãos e a proteção da pele exposta
previne a transmissão (hospitais).
A profilaxia das infecções hospitalares tem por base a
aplicação de métodos de controle de infecção.
MupirocinA − erradicar a colonização das fossas nasais
por S. aureus (portador).
TRATAMENTO, PREVENÇÃO E CONTROLE 
✓Cocos Gram positivos catalase negativos.
✓Família Streptococcaceae – 111 espécies
e 22 subespécies.
✓Anaeróbio facultativo alguns capnofílicos.
✓Arranjo em forma de cadeias.
✓Microbiota das vias aéreas superiores,
genital inferior e trato intestinal.
✓Classificados na capacidade de produzir
hemólise ou grupos sorológicos.
Gênero Streptococcus
ÁGAR SANGUE é muito empregado para a
identificação tipo (padrão) de hemólise
principalmente. De bactérias do gênero
Streptococcus:
- α-hemólise (hemólise parcial). Ex. S. 
viridans, S. pneumoniae; 
- β-hemólise (hemólise total). Ex. S. 
pyogenes, S. agalactiae
- γ-hemólise (hemólise ausente). Ex. 
Enterococcus faecalis
Diferentes tipos de atividade hemolítica dos estreptococos em ágar sangue
Brow (1919): Introduziu os termos Alfa, Beta e Gama hemólise
Gênero Streptococcus
Classificação
ASM MicrobeLibrary.org.Buxton
Gênero Streptococcus
Classificação
1933 - Rebecca Lancefield
Características antigênicas: Carboidrato C
Grupos sorológicos de Lancefield
A B C D F G → Área médica 
H K L M N O P Q R S T U V
(1895-1981)
Obs - S. pneumoniae e estreptococcus
viridans - NãoAgrupáveis
Gênero Streptococcus
Classificação
Classificação dos estreptococos -hemolíticos mais comuns
Grupo Espécies
Representativas
Doenças
A S. pyogenes
Grupo S. anginosus
Faringite, infecções da pele e de tecidos 
moles, bacteremia, febre reumática, 
glomerulonefrite aguda
Abscessos
B S. agalactiae Doença neonatal, endometrite, infecções em 
feridas, ITU, bacteremia, pneumonia, 
infecção da pele e tecidos moles
C S. dysgalactiae Faringite, glomerulonefrite aguda
F, G Grupo S. anginosus
S. dysgalactiae
Abscessos
Faringite, glomerulonefrite
Classificação dos estreptococos do grupo viridans (,,)
Grupo Espécies
Representativas
Doenças
Anginosus S. anginosus, S. cons-
tellatus, S. intermedius
Abscessos cerebrais, de orofaringe, ou da cavidade 
peritoneal
Mitis S. mitis, S. pneumoniae, 
S. oralis
Endocardite subaguda; sepse em pacientes 
neutropênicos; pneumonia; meningite
Mutans S. mutans, S. sobrinus Cárie dental, bacteremia
Salivarius S. salivarius Bacteremia, endocardite
Bovis S. gallolyticus subsp. 
gallolyticus; subsp. 
pasteurianus
Bacteremia associada a câncer gastrointestinal 
(subsp. gallolyticus); meningite (subsp. 
pasteurianus)
Não
Grupáveis
S. suis Meningite; bacteremia; síndrome do choque 
tóxico estreptocócico
Prof. Celso Luíz Cardoso
DBS/UEM
Gênero Streptococcus
Classificação
Streptococcus pyogenes
Grupo A de Lancefield
β-hemolítico
N-acetilglicosamina e ramnose
Streptococcus pyogenes
• Cocos Gram-positivos dispostos em
cadeias curtas (espécimes) ou longas
(cultivos meios líquidos).
• Anaeróbios facultativos (ágar-sangue,
em 24 horas, colônias 1-2 mm, com
hemólise ); cepas mais virulentas
com cápsula.
• Catalase-negativos; PYR positivos;
sensíveis a bacitracina.
• Doenças: Supurativas e não
supurativas.
Faringites (mais comum).
Bactérias “carnívoras”.
O teste do PYR mede a hidrólise de L-pirrolidonil--naftilamida.
Fator de virulência Efeito Biológico
Cápsula Protege contra a fagocitose. Não é 
imunogênica (idênticas ao ác. hialurônico)
Proteína M (virulência!!!) Protege contra a fagocitose
Proteína tipo M Liga-se a Igs (opsonização)
Proteína F Medeia a aderência às células epiteliais
DNase Despolimeriza o DNA livre em material 
purulento
Exotoxinas pirogênicas (Spe) Superantígenos: Interagem com 
macrófagos e células T, liberando IL, TNF
e interferon gama.
Estreptolisina S Lisa eritrócitos, leucócitos e plaquetas 
(não imunogênica)
Estreptolisina O Lisa eritrócitos, plaquetas e
leucócitos (imunogênica)
Útil no diagnóstico (ASO)
Estreptoquinase Lisa coágulos sanguíneos
C5a-peptidase Degrada o C5a
❖Síndromes clínicas
FARINGITE
➢É primariamente uma doença de crianças
entre 5 e 15 anos.
➢Infecção é de pessoa a pessoa por gotículas
respiratórias (aglomerações aumentam risco).
➢Colonização transitória da faringe é comum
(principalmente em crianças e adultos jovens).
➢2-4 dias, dor de garganta, febre, mal-estar,
cefaleia. Faringe avermelhada, geralmente
presença de exsudato com proeminente
linfadenopatia cervical.
Streptococcus pyogenes
❖Síndromes clínicas
ESCARLATINA
• Complicação da faringite estreptocócica
(quando há produção de exotoxina pirogênica)- após 
1-2 dias.
•Erupção eritematosa difusa (começa no tórax).
•Após 5-7 dias, o exantema desaparece e há
descamação.
Streptococcus pyogenes
❖Síndromes clínicas
IMPETIGO
Pio: purulento 
Derme: pele
• Infecção localizada da pele 
com vesículas que progridem 
para pústulas; sem evidência 
de infecção sistêmica.
Vesículas
Pústulas
Crostas
• Principalmente crianças
(2-5 anos) com higiene
precária.
Streptococcus pyogenes
❖Síndromes clínicas
ERISIPELA
• Infecção aguda da pele com dor 
local, inflamação (eritema, calor), 
aumento dos linfonodos e sintomas 
sistêmicos (calafrios, febre, 
leucocitose).
• Adultos de idade avançada.
• Face ou pernas.
• Precedida por infecções estreptocócicas 
das vias aéreas ou da pele.
Streptococcus pyogenes
Infecção da pele que envolve 
tecidos sub-cutâneos mais 
profundos.
❖Síndromes clínicas
Streptococcus pyogenes
Celulite
❖Síndromes clínicas
FASCITE NECROTIZANTE
• Infecção profunda da pele que envolve destruição dos músculos e das 
camadas de gordura - gangrena estreptocócica - “bactéria carnívora”).
•Toxicidade e falência múltipla de órgãos - alta taxa de mortalidade (>50%).
• Antibioticoterapia + debridamento do tecido infectado.
Streptococcus pyogenes
SÍNDROME DO CHOQUE TÓXICO ESTREPTOCÓCICO
• Infecção sistêmica que atinge múltiplos órgãos, semelhante 
a síndrome do choque tóxico estafilocócico; no entanto, a 
maioria dos pacientes apresenta evidências de bacteremia e 
fascite.
• Toxicidade sistêmica (SpeA ou SpeC) → Superantígenos.
• Choque e falência de múltiplos órgãos - morte (30%).
• Grupo de risco: imunocomprometidos.
❖Síndromes clínicas
Streptococcus pyogenes
❖Síndromes clínicas - Doença estreptocócica 
não-supurativa
FEBRE REUMÁTICA•Doença auto-imune (Sequela pós-
infecciosa da faringite).
•Ocorre 2-3 semanas após início da
faringite.
•É devida aos Ags comuns entre os 
antígenos cardíacos e das 
articulações e o antígeno 
estreptocócico (especialmente 
proteína M).
•Febre, exantema, 
cardite e artrite.
•Pode ser evitada se o 
paciente for tratado nos 
primeiros 10 dias após o 
início da faringite aguda.
•Diagnóstico clínico e ASO.
Streptococcus pyogenes
GLOMERULONEFRITE AGUDA → linhagens nefritogênicas
Faringoamigdalites (M1, M4, M12, M15)
Piodermites (M49, M52, M55, M59-M61)
Excesso de complexos Ag-Ac nas 
membranas dos glomérulos renais, 
ativa o complemento e gera uma 
reação inflamatória.
Inflamação aguda do glomérulo renal, com edema, hipertensão, 
hemáturia, oligúria e proteinúria
Streptococcus pyogenes
❖Síndromes clínicas - Doença estreptocócica não-supurativa
❖TRATAMENTO
✓Penicilina V e amoxacilina: tratamento da faringite.
✓Não há relatos de resistência a esse antibiótico em grande 
escala.
✓NÃO HÁ NECESSIDADE de antibiograma para tratamento.
✓Febre reumática – Penicilina G Benzatina (mensal) →medida
profilática.
✓Eritromicina: recomendada para pacientes com alergia.
✓Vacinas com a proteína M tem sido estudada.
Streptococcus pyogenes
Identifica 
estreptococos a-
hemolíticos do grupo 
A (S. pyogenes) e 
algumas espécies de 
Enterococcus.
01 02 03
Estas bactérias possuem
a enzima (PYRase) que
hidrolisa a amida do
substrato (L-pirrolidonil-
?-naftilamida), liberando
α-naftilamida livre.
PYR
Bacitracina e 
Sulfametoxazol-Trimetoprima
O teste utilizado para identificar presuntivamente
estreptococos β-hemolíticos do grupo A e do
grupo B. Os estreptococos do grupo A (S.
pyogenes) são susceptíveis à bacitracina (0,04 U),
mas resistentes à Sulfametoxazol-Trimetoprima
(SUT – 1,25 μg e 23,75 μg). Os estreptococos do
grupo B são resistentes aos dois antibióticos. Os
estreptococos β-hemolíticos resistentes à
bacitracina e sensíveis ao SUT não pertencem ao
grupo A ou ao B.
S. agalactiae
xxxxxxxxxxxxxxxxx
✓Pertence aos grupo B de Lancefield, conhecido como
Streptococcus do grupo B (ramnose-glicosamina e
galactose).
✓Primeiramente descrito como agente
da mastite bovina.
✓Isolado de casos fatais de febre puerperal.
✓Principal causador de sepsis, pneumonia e meningite em
recém nascidos.
Streptococcus agalactiae
•Epidemiologia
–Coloniza o trato gastrintestinal e trato genitourinário.
–Coloniza o trato genital de mulheres grávidas (10 a 30%).
–60% dos lactentes de mães colonizadas tornam-se 
colonizados.
–1 a 2% das crianças de mães colonizadas 
desenvolvem a doença.
–Fatores de risco para colonização neonatal:
•Imunidade materna.
•Nascimento prematuro.
•Ruptura de membrana prolongada.
Streptococcus agalactiae
•Patogenia e Imunidade
Virulência determinada principalmente pela habilidade em
evadir da fagocitose (mediada pela cápsula).
Polissacarídeos capsulares (tipos Ia, III e V) inibem a
fagocitose.
•Produzem várias enzimas:
•Dnases, Hialuronidase,
Neuraminidases, Proteases
•Fator Camp: Liga imunoglobulinas G e M e auxilia na identificação da 
bactéria.
•Cápsula: ácido siálico e ácido lipoteicóico: adesão a diferentes células 
epiteliais.
•β-Hemolisina: Citotóxica para células (epiteliais e endoteliais inclusive 
dos pulmões).
•C5a peptidase: Inativa o C5a quimiotático para neutrófilos e fagócitos.
Papel ainda desconhecido 
na patogenia
Streptococcus agalactiae
AMP
Os estreptococos β-hemolíticos do grupo B
(Streptococcus agalactiae) produzem um composto
semelhante à proteína, denominado fator CAMP
(assim denominado por Christie, Atkins e Munch-
Petersen), capaz de agir sinergicamente com a β-
hemolisina produzida por Staphylococcus aureus,
ocasionando um aumento da reação de β-hemólise.
As amostras a serem testadas são inoculadas em
placa de ágar sangue em estrias, formando um
ângulo reto com a linha de inoculação do
estafilococo.
S. pneumoniae
xxxxxxxxxxxxxxxxx
• CGP encapsulado.
• Oval ou lanceolado arranjados em pares ou 
em cadeias curtas.
• alfa-hemólise resulta da produção da 
pneumolisina.
• Necessitam de CO2 para crescer.
• Susceptibilidade à optoquina e solubilidade em 
bile. 
•Vias áreas superiores de indivíduos normais 
(garganta e nasofaringe).
• Importante em crianças e idosos.
Streptococcus pneumoniae
Streptococcus pneumoniae
Colonização e migração As bactérias neutralizam
estas ações produzindo protease IgA (para a IgA
secretora) e pneumolisina.
• Fatores de virulência
Streptococcus pneumoniae
Destruição dos tecidos Mobilização de células
inflamatórias para o foco infeccioso. O processo
é mediado pelo ácido teicóico pneumocócico,
fragmentos de peptideoglicano e pneumolisina
(amidase auxilia). Fosforilcolina liga-se a
receptores do fator de ativação plaquetária.
•Embora possam ser transmitidos de pessoa a pessoa
em locais fechados a epidemia é rara.
Por isso 
não se faz 
“bloqueio”
• Patogenicidade
Streptococcus pneumoniae
•A infecção começa com colonização 
da nasofaringe pelo pneumococo;
•Doença: ocorre quando o 
microrganismo colonizando a 
orofaringe e nasofaringe dissemina-se 
para outros sítios (pulmões, seios 
paranasais, ouvido, meninges);
• Síndromes Clínicas
– Pneumonia (pós aspiração): pneumococo sobrevive à 
fagocitose dos macrófagos pulmonares, se prolifera nos 
alvéolos, sofre autólise e libera substâncias 
inflamatórias:
• Tosse com escarro sanguinolento e dor toráxica.
• Calafrio, febre alta.
• Mortalidade maior em pacientes idosos e com
bacteremia.
– Sinusite e Otite média
• Geralmente precedida de infecções virais
• Otite mais comum em crianças
• Sinusite – em todas as idades
Streptococcus pneumoniae
• Síndromes Clínicas
– Bacteremia
•Acomete 25 – 30% do indivíduos com pneumonias 
e 80% dos indivíduos com meningite.
– Meningite
• Após bacteremia, otite ou sinusite.
• Primariamente doença pediátrica.
• Relativamente incomum em neonatos.
• 15% dos casos de meningite em crianças.
• 30 a 50% dos casos de meningite em adultos.
– Endocardite
Streptococcus pneumoniae
Optoquina Teste bioquímicos
O teste diferencia 
Streptococcus pneumoniae
(pneumococos) de outros 
Streptococcus spp. α-
hemolíticos.
Bi le-Solubi l idade
Os sais biliares, têm a capacidade de lisar seletivamente
Streptococcus pneumoniae, quando adicionados às bactérias em fase
de crescimento ativo. O S. pneumoniae produz enzimas autolíticas
(autolisinas), responsáveis pela característica depressão central ou
umbilical das colônias maduras de pneumococos no ágar. Os sais
bileares ativam as autolisinas e aceleram a reação lítica natural
observada em cultivos de pneumococos.
Se o microrganismo estiver em suspensão, a turvação do cultivo em 
caldo clareia visivelmente mediante adição de sais biliares. Em ágar, 
as colônias em suspensão em bile “desaparecem” quando cobertas 
com o reagente.
✓ Penicilina G – se sensível
✓ Cloranfenicol
✓ Eritromicina
✓ Sulfametoxazol-trimetropim
✓ Tetraciclina
• Tratamento e controle
Streptococcus pneumoniae
➢ Vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente (VPP23): 
➢ Inclui antígenos de 23 sorotipos de pneumococos.
Não é administrada em crianças menores de 2 anos.
➢ Vacina Pneumocócica Conjugada 13–valente (VPC13):previne até 90% dos
casos de doença grave.
➢ Vacina Pneumocócica Conjugada 10-valente (VPC10): previne cerca de 70%
das doenças graves em crianças.
Enterococcos
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❖Enterococos = “cocos entéricos” (TGI).
❖São encontrados no solo, fezes, alimentos, água, e no ambiente em geral.
❖ Previamente classificados como estreptococos do grupo D – gênero 
Enterococcus em 1984.
❖ Podem ser alfa, beta ou gama hemolíticos.
❖ Crescem em presença de 6,5% de NaCl.
❖ Toleram 40% de sais biliares.
❖ Anaeróbios facultativos. Podem crescer em 10ºC a 45ºC e pH 4,6 a 9,9. 
❖ Existem 40 espécies:
❖Espécies mais comuns:
- E. faecalis
- E. faecium
Enterococcus spp.• Síndromes clínicas
• Importante em infecções nosocomiais (4a causa).
• Há cepas completamente resistentes aos
antibióticos convencionais.
(adquirida e intrínseca)
• Problema: resistência à vancomicina (VRE).
• Infecções comuns em pacientes:
- Catéter urinário
- Catéter intravascular
- Hospitalizados por longos períodos
- Sob terapia antimicrobiana de amplo espectro
Enterococcus spp.
Doenças Enterocócicas: Resumo Clínico
Infecção do trato urinário: disúria e piúria são mais frequentes
em pacientes hospitalizados com cateter urinário e usando
cefalosporinas de amplo espectro.
Peritonite: distensão e dor abdominal após trauma ou cirurgia; os
pacientes tipicamente apresentam quadro agudo, febre e
hemoculturas positivas; predominam infecções polimicrobianas.
Bacteremia: asssociada tanto a infecções localizadas como à
endocardite.
Endocardite: infecção do endotélio ou das válvulas cardíacas;
associada à bacteremia persistente; pode ser aguda ou crônica
Bile-Esculina
O teste da bile-esculina é usado para a identificação presuntiva de
espécies de Enterococcus e Streptococcus do grupo D (S. bovis e S.
equinus). O teste baseia-se na capacidade destas bactérias hidrolisarem
a esculina em presença de bile (4% de sais bileares ou 40% de bile).
A esculetina reage com íons férricos provenientes do citrato
férrico do meio, formando um complexo negro difundível, 
indicando resultado positivo.
Ao diagnosticar 
uma infecção, o 
médico deve 
identificar uma 
espécie em 
particular e até uma 
linhagem específica 
para prosseguir 
com o tratamento 
apropriado
1. Streptococcus pyogenes, Streptococcus agalactiae e Streptococcus pneumoniae
causam um amplo espectro de doenças. Quais os locais do corpo humano que
normalmente são colonizados por esses microrganismos?
2. Os estreptococos viridans são subdivididos em cinco grupos. Quais são esses grupos e
quais as doenças estão especificamente associada a cada grupo?
3. Quais infecções são causadas por S. pyogenes, S. agalactiae e S. pneumoniae? Quais
populações são mais suscetíveis?
4. Quais os principais fatores de virulência de S. pneumoniae, S. pyogenes e S.
agalactiae?
5. S. pyogenes pode causar a síndrome do choque tóxico. Como essa doença se
diferencia daquela causada por estafilococos?
6. Quais doenças não supurativas podem se desenvolver após uma infecção localizada
por S. pyogenes?
7. Enterococcus, como muitas outras bactérias podem causar infecções urinárias,
principalmente em pacientes hospitalizados. Que características destas bactérias são
responsáveis pela predileção de causar doenças nesta população?
8. Quais as propriedades bioquímicas usadas para separar de Enterococcus de
Streptococcus?

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