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Direito Administrativo
Conceitos iniciais
	O estado é composto por 3 elementos indissociáveis.
São eles:
· POVO: Elemento humano
· TERRITÓRIO: Elemento físico
· GOVERNO SOBERANO: Elemento condutor do estado
	A lei é considerada pela maioria dos doutrinadores como fonte primária do Direito Administrativo, as demais são fontes secundárias.
	Com o processo de desestatização, o Estado sai da posição de explorador da atividade econômica passando a funcionar como regulador (art. 174 da CF).
Desestatização: é a transferência de serviços públicos para a iniciativa privada.
	O entendimento doutrinário acerca do regime jurídico administrativo adotado no Brasil, o Direito Administrativo pressupõe, na bipolaridade antagônica, liberdade do administrado e autoridade da Administração.
	O direito brasileiro adotou o sistema da jurisdição una [adotado por influência do direito norte-americano], pelo qual o Poder Judiciário tem o monopólio da função jurisdicional, ou seja, do poder de apreciar, com força de coisa julgada, a lesão ou ameaça de lesão a direitos individuais e coletivos. Afastou, portanto, o sistema da dualidade de jurisdição em que, paralelamente ao Poder Judiciário, existem os órgãos do Contencioso Administrativo que exercem, como aquele, função jurisdicional sobre lides de que a Administração Pública seja parte interessada [influência do direito francês.
	Sob o aspecto subjetivo, a Administração Pública é o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas; sob o aspecto objetivo, compreende as atividades do Estado destinadas à satisfação concreta e imediata dos interesses públicos;
	Critério Legalista ou exegético → Direito Administrativo é um conjunto de leis administrativas que regulam a Administração Pública de um determinado Estado.
Critério do poder executivo → Direito Administrativo é o ramo do direito que regula os atos do Poder Executivo.
Critério do serviço público → Direito Administrativo consiste na disciplina que regula a instituição, a organização e a prestação de serviços públicos.
Critério das relações jurídicas→ Direito Administrativo é um conjunto de normas que regulam a relação entre Administração e administrados.
Critério teleológico ou finalístico → Um sistema formado por princípios jurídicos que disciplinam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins.
Critério negativista ou residual → Estudo de toda atividade do Estado que NÃO seja a legalista e a jurisdicional.
Critério da administração pública → Direito Administrativo é um conjunto de normas que regulam a Administração Pública.
	Constitucionalização do direito administrativo brasileiro ocorreu em dois sentidos:
1) elevação, ao nível constitucional, de matérias tipicamente do direito administrativo;
2) irradiação dos efeitos das normas constitucionais por todo o sistema jurídico (na medida em que temas de administração pública, embora não previstos expressamente no texto constitucional, passam a ser reinterpretados a partir do matiz constitucional).
	Tarefas precípuas da Administração Pública (EXTROVERSA: atividade administrativa que atinge diretamente os cidadãos):
· Fomento;
· Serviços Públicos;
· Polícia Administrativa;
· Intervenção Administrativa.
	Não é vedado à administração pública ter privilégios não concedidos a particulares, tendo em vista o princípio da supremacia do interesse público.
	No direito brasileiro, constitui objeto do direito administrativo a responsabilidade civil das pessoas jurídicas que causam danos à administração.
Uma das facetas do princípio da legalidade, a reserva de lei para reger determinadas matérias nem sempre implica necessidade absoluta de lei ordinária, pois, mesmo em áreas de aplicação rigorosa do princípio, como o direito tributário, admite-se, por exemplo, instituição de tributo por medida provisória.
O princípio da segurança jurídica visa a estabilidade das relações jurídicas consolidadas e a certeza das consequências jurídicas dos atos praticados pelos indivíduos nas suas relações sociais. Assim sendo, a vedação à aplicação retroativa de nova interpretação de lei no âmbito da administração pública é um dos desdobramentos deste princípio, estando prevista na Lei 9.784 (art. 2º, XIII).
O princípio da impessoalidade reflete a necessidade de uma atuação que não discrimina as pessoas, seja para benefício ou para prejuízo. Patrimonialismo reflete uma tremenda violação ao conteúdo da Impessoalidade.
O princípio da moralidade administrativa – enquanto valor constitucional revestido de caráter ético-jurídico – condiciona a legitimidade e a validade de todos os atos estatais.
PRIMO NÃO É PARENTE, logo não é causa de nepotismo!!!
O princípio da eficiência foi introduzido na Constituição Federal de 1988 como parte do esforço para a reforma gerencial da administração pública.
MOF (Material; Objetivo e Funcional) --> Representa o conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias da função administrativa = O QUE FAZ
SOF (Subjetivo; Orgânico e Formal) --> É o conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que o nosso ordenamento jurídico identifica como administração pública. QUEM FAZ
O surgimento do contencioso administrativo no sistema administrativo francês teve como um dos seus fundamentos o reforço ao princípio da separação dos poderes.
	Organização da Administração Pública
	O princípio da especialidade na administração indireta impõe a necessidade de que conste, na lei de criação da entidade, a atividade a ser exercida de modo descentralizado.
Princípio da especialidade: Atrelado à ideia de descentralização administrativa.
O Estado cria pessoas jurídicas com o intuito de descentralizar a prestação de serviços público, pois cada entidade foi criada para uma finalidade específica.
	Mesma pessoa jurídica: DESCONCENTRAÇÃO
Desconcentração = CRIA ÓRGÃOS
Desconcentração = com hierarquia
Pessoa jurídica diferente: DESCENTRALIZAÇÃO
Descentralização = CRIA ENTIDADES
Descentralização = "cem" hierarquia
	Empresas públicas - capital 100% Público
· Adotam qualquer forma de regime
· Causas na Justiça Federal
Sociedade de economia mista - Maioria do capital é público
· Somente S/A
· Causas na Justiça Estadual
	CENTRALIZAÇÃO: ocorre quando o Estado executa as suas tarefas diretamente por meio dos órgãos e agentes e integrantes da administração pública direta. (SEM DELEGAÇÃO A OUTRAS PESSOAS JURÍDICAS).
CONCENTRAÇÃO: quando uma pessoa jurídica administrativa (pública ou privada) não apresentar divisões em sua estrutura interna, razão pela qual, tratar-se de conceito eminentemente teórico.
DESCENTRALIZAÇÃO: pessoas jurídicas diversas, ocorrendo por Delegação ou Outorga. A descentralização pode ser realizada entre a Administração Direta e pessoa jurídica de direito privado ou público. Envolverá sempre no mínimo duas pessoas distintas (pessoa que cria + pessoa jurídica que executa o serviço) – não havendo hierarquia
a) Descentralização Política: quando o Estado ou Município exerce uma competência que lhe é prevista na Constituição.
b) Descentralização Administrativa: Quando a União cria uma Autarquia. Quando o Município cria uma fundação.
c) Descentralização por Delegação (Descentralização por Colaboração): feita mediante ATO/CONTRATO, transferindo-se apenas a execução (e não a titularidade) dos serviços, por prazo determinado. Poderá recair para um particular. (Ex: Concessionaria e Permissionária)
d) Descentralização por Outorga (Descentralização por Serviços): feita mediante LEI ORDINÁRIA, transferindo a Titularidade e a Execução. Tem prazo indeterminado.
e) Descentralização Territorial/Geográfica: criação de um território federal, sendo uma entidade administrativa específica, possuindo uma capacidade administrativa genérica (bem mais ampla).
DESCONCENTRAÇÃO: distribuição interna de competência no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. Haverá a subordinação hierárquica nas funções administrativas (nas funções típicas Legislativas e Judiciárias não existe subordinação). Poderá ser classificado quanto a Matéria, Hierarquia ou Território. (Secretarias, Ministérios, delegacias são exemplosde desconcentração). É possível a desconcentração dentro da Administração Indireta.
	Embora, em regra, os órgãos públicos não tenham personalidade jurídica, a alguns órgãos é conferida a denominada capacidade processual, estando eles autorizados por lei a defender em juízo, em nome próprio, determinados interesses ou prerrogativas.
	Por meio da contratação de consórcios públicos, poderão ser constituídas associações públicas para a realização de objetivos de interesse comum, adquirindo tais entidades personalidade jurídica de direito público e passando a integrar a administração indireta de todos os entes federativos consorciados.
	O conceito de administração pública em sentido subjetivo compreende “quem” exerce a função administrativa (pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos). Já o sentido estrito restringe o conceito ao âmbito da função administrativa (de execução), não englobando a função política (de planejamento e formulação de políticas).
	 - SE É CARGO, ENTÃO É ESTATUTÁRIO. *
 - SE É EMPREGO, ENTÃO É CELETISTA.
 - SE É TEMPORÁRIO, ENTÃO É CONTRATADO.
	Os órgãos e as entidades federais poderão executar programas estaduais. Já os órgãos da administração direta poderão executar programas a cargo de autarquias ou fundações, sob o regime de mútua cooperação mediante convênio.
	Os ministérios e as secretarias de Estado são considerados, quanto à estrutura, órgãos públicos compostos.
	Embora as agências reguladoras (autarquias) detenham autonomia financeira, administrativa e orçamentária, não possuem autonomia política.
	São exemplos de prerrogativas estatais estendidas às autarquias a imunidade tributária recíproca e os privilégios processuais da Fazenda Pública.
	As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
	A instituição de fundação pública deve ser autorizada por lei ordinária específica, ao passo que a definição de sua área de atuação deve ser feita por lei complementar.
	As pessoas Jurídicas que possuem essa obrigação de registrar os atos constitutivos são as EMPRESAS PÚBLICAS e SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA. A especificidade da Autarquia está na própria lei que a criou, não necessitando de registro.
Fundações públicas - PJ. DIR. PRIVADO
· Não podem desempenhar atos que exijam o poder de império.
· Não têm poder normativo.
· Não estão sujeitas ao regime de precatórios,
· Não podem ser sujeitos ativos tributários.
· Seus bens não se enquadram como bens públicos.
· Não têm a prerrogativa de cobrar suas dívidas mediante o processo especial de execução judicial
Art. 8º Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.
Art. 4°, § 3º É nula a cláusula do contrato de consórcio que preveja determinadas contribuições financeiras ou econômicas de ente da Federação ao consórcio público, salvo a doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou imóveis e as transferências ou cessões de direitos operadas por força de gestão associada de serviços públicos.
Vale lembrar sobre o OUVIDOR:
· Escolhido pelo Presidente da República e aprovado pelo Senado;
· mandato de 3 anos (vedada a recondução);
· 1 para cada agência reguladora;
· Atuará sem subordinação hierárquica;
· Exercerá suas atribuições sem acumulação com outras funções;
· Terá acesso a todos os processos da agência reguladora;
· Seus relatórios não terão caráter impositivo.
Art. 27. A empresa pública e a sociedade de economia mista terão a função social de realização do interesse coletivo ou de atendimento a imperativo da segurança nacional expressa no instrumento de autorização legal para a sua criação.
Art. 3º A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela ou de subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação.
Art. 9º § 7º Compete ao órgão responsável no Ministério da Economia opinar, quando considerar pertinente, sobre os impactos regulatórios de minutas e propostas de alteração de atos normativos de interesse geral dos agentes econômicos, consumidores ou usuários dos serviços prestados submetidas a consulta pública pela agência reguladora.
Art. 7º § 2º É facultado à agência reguladora adotar processo de delegação interna de decisão, sendo assegurado ao conselho diretor ou à diretoria colegiada o direito de reexame das decisões delegadas.
Autarquias Corporativas: instituídas para o desempenho de atividades de fiscalização e regulamentação de categorias profissionais. São os conselhos profissionais: CREA, CRM, CRA, CFC etc.
NÃO existe hierarquia entre a administração DIRETA e INDIRETA. O que há é uma SUPERVISÃO MINISTERIAL, por meio do controle finalístico.
AUTARQUIAS:
· SERVIÇO AUTÔNOMO;
· CRIAÇÃO POR LEI;
· PERSONALIDADE JURÍDICA PÚBLICA;
· CAPACIDADE DE AUTOADMINISTRAÇÃO;
· ESPECIALIZAÇÃO DOS FINS OU ATIVIDADES;
· SUJEITO A CONTROLE OU TUTELA;
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:
1. TÍPICAS DA ADM. PÚBLICA DE NATUREZA SOCIAL;
2. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS.
3. Celebra contrato administrativo.
· EXCLUINDO-SE: SERVIÇOS E ATIVIDADES DE CUNHO ECONÔMICO E MERCANTIL.
	Poderes da Administração Pública
	A discricionariedade é um dos atributos do poder de polícia, mas não se faz presente, por exemplo, na concessão de alvarás de construção e de licenças para dirigir veículos, pois são atos vinculados.
	Quando há convalidação da conduta abusiva na esfera administrativa, é exercido o poder de autotutela, em que a própria administração pode reavaliar o mérito do ato administrativo. 
Convalidar consiste na faculdade que a Administração tem de corrigir e regularizar os vícios sanáveis dos atos administrativos.
E o poder de autotutela permite que a Administração anule seus atos ilegais e revogue aqueles que considere inoportunos ou inconvenientes, resguardada a opção de realizar a convalidação.
	O abuso de poder é gênero no qual se encontram duas espécies: desvio de poder e excesso de poder.
Desvio: o agente público, apesar de competente para praticar o ato, atua em busca de finalidade diversa da prevista em lei.
Excesso de poder: o administrador pratica o ato sem nem possuir competência para tanto.
	A título de complemento, segue abaixo os Ciclos de Polícia
ORDEM DE POLÍCIA - Se refere à norma legal que estabelece a obrigação de fazer ou deixar de fazer algum comportamento em razão do interesse público.
CONSENTIMENTO DE POLÍCIA - É o ato administrativo de anuência do Poder Público, que possibilita a utilização da propriedade particular ou o exercício de alguma atividade privada, em conformidade com a ordem de polícia.
FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA - Consiste em verificar se estão sendo cumpridas as normas relativas aos bens e atividades que receberam o consentimento.
SANÇÃO DE POLÍCIA - Tem o objetivo de repreender o infrator que infringe as ordens de polícia, com o fim de restabelecer o atendimento do interesse público.
Somente os atos relativos ao CONSENTIMENTO e à FISCALIZAÇÃO são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público.
	A polícia administrativa propõe-se a restringir o exercício de atividades ilícitas e, em regra, tem caráter preventivo.
Polícia AdministraTIVA: atua sobre atividades, bens e direitos. Tem natureza PrevenTIVA.
Polícia Judiciiiiiiiária: atua sobre pessoas, visa a reprimir infração criminal. Tem natureza Repressiiiiiiiva
	A polícia judiciária é privativa de corporações especializadas — polícias civis e militares —, enquanto a polícia administrativa se distribui entre diversos órgãos da administração. 
	Poder que a Administração Pública tem de editar atos normativos para dar fiel execução às leis exaradas pelo Poder Legislativo = PODER REGULAMENTAR
Poder que a Administração Pública tem de editar atos normativos (normas externas, ou seja, exaradaspelo Poder Legislativo) com o fim de limitar o interesse individual em prol do coletivo = PODER DE POLÍCIA
Poder que a Administração Pública tem de editar atos normativos (normas internas) com o fim de disciplinar a atuação de seus órgãos subordinados = PODER HIERÁRQUICO
	Atributo da COERCIBILIDADE - Por este atributo, o ato torna-se obrigatório independentemente da concordância do administrado. A coercibilidade é indissociável da autoexecutoriedade, ou seja, por ser dotado de coercibilidade, o ato de polícia se torna autoexecutável.
A discricionariedade também é um atributo presente em praticamente todos (há poucas exceções) os atos do poder de polícia. Dizer que o poder de polícia é discricionário é dizer que a administração pode, por exemplo, determinar quais sanções ela aplicará, observando os limites de razoabilidade e de proporcionalidade. 
	À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e aplicar penalidades a pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores públicos.
	Insere-se no âmbito do poder hierárquico a prerrogativa que os agentes públicos possuem de rever os atos praticados pelos subordinados para anulá-los, quando estes forem considerados ilegais, ou revogá-los por conveniência e oportunidade, nos termos da legislação respectiva.
A falta de motivo de ato administrativo revela elemento indiciário do desvio de poder.
As guardas municipais, desde que autorizadas por lei municipal, têm competência para fiscalizar o trânsito, lavrar auto de infração de trânsito e impor multas.
Não se cobra tarifa por poder de polícia, mas sim taxa.
A discricionariedade, um dos atributos do poder de polícia, não está necessariamente presente em todas as suas manifestações.
Decorrente dos princípios da finalidade, da legalidade e do devido processo legal substantivo, a razoabilidade ou proporcionalidade exige do agente público que, ao realizar atos discricionários, utilize prudência, sensatez e bom senso, evitando condutas absurdas, bizarras e incoerentes.
Com base no poder discricionário, um agente público pode revogar um ato válido.
Os poderes administrativos são: instrumentais, irrenunciáveis e decorrem do princípio da supremacia do interesse público
“É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, as pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.”
O poder de polícia preventivo ocorre nos casos em que o particular necessita obter anuência prévia da Administração para utilizar determinados bens ou para exercer determinadas atividades privadas que possam afetar a coletividade. Tal anuência é formalizada nos denominados atos de consentimento, os quais podem ser de licença ou de autorização:
Licença: ato administrativo vinculado e definitivo pelo qual a Administração reconhece que o particular preenche as condições para usufruir determinado direito de que seja possuidor. São exemplos a licença para o exercício da profissão na qual o indivíduo se formou ou a licença para a pessoa construir em terreno de sua propriedade.
Autorização: ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração autoriza o particular a exercer determinada atividade que seja de seu interesse (e não de seu direito). São exemplos o uso especial de bem público, a interdição de rua para a realização de festividade, o trânsito por determinados locais e o porte de arma de fogo.
(CESPE/ABIN/2010) A licença é um ato administrativo que revela o caráter preventivo da atuação da administração no exercício do poder de polícia.
(CESPE/TRE-ES/2011) Como exemplos de poder de polícia, as licenças são atos vinculados e, como regra, definidos, ao passo que as autorizações espelham atos discricionários e precários.
(CESPE/MPE-RO/2013) A licença é um meio de atuação do poder de polícia da administração pública e não pode ser negada se o requerente satisfizer os requisitos legais para a sua obtenção.
O fenômeno da deslegalização, também chamada de delegificação, significa a retirada, pelo próprio legislador, de certas matérias do domínio da lei, passando-as para o domínio de regulamentos de hierarquia inferior.
Atos Administrativos
	No que se refere à formação da vontade, os atos administrativos simples são aqueles que decorrem da declaração de vontade de um único órgão, o qual pode ser tanto singular quanto colegiado.
Ato administrativo complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de vontade de mais de um órgão, por exemplo, a aposentadoria.
O ato complexo se apresenta como a conjugação de vontade de dois ou mais órgãos, que se juntam para formar um único ato com um só conteúdo e finalidade.
Enquanto no ato complexo as manifestações de dois ou mais órgãos se fundem para formar um único ato, no ato composto se pratica um ato administrativo principal que depende de outro ato para a produção plena dos seus efeitos.
Atos compostos resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, quando a vontade de um é instrumental em relação à do outro. Nesse caso, praticam-se dois atos: um principal e outro acessório.
	Tanto a inexistência da matéria de fato quanto a sua inadequação jurídica pode configurar o vício de motivo de um ato administrativo.
Vícios de motivo
* Situação falsa ou inexistente.
* Situação juridicamente inadequada.
	Anulação - retirada do ato por motivo de ilegalidade;
Revogação - extinção do ato por motivo de oportunidade e conveniência;
Cassação - extinção do ato por descumprimentos dos requisitos impostos;
Caducidade - extinção do ato por lei superveniente que impede a manutenção do ato inicialmente válido;
Contraposição - situação em que um ato novo se contrapõe a um ato anterior extinguindo seus efeitos.
	A teoria da aparência é adotada pelo direito administrativo brasileiro em decorrência da Teoria do Órgão, na qual consideram que o Estado manifesta sua vontade por meio de seus órgãos públicos, de modo que quando os agentes públicos atuam, tal atuação é imputada ao Estado. Assim, suponhamos o caso de alguém que tenha sido investido irregularmente no serviço público por meio da fraude em concurso público. Cinco anos depois, foi descoberta a fraude. Naturalmente, a nomeação deste servidor (funcionário de fato) será anulada. E os atos praticados por ele? Serão anulados? Se por exemplo esse “servidor” fosse do STJ e tivesse protocolado 300 petições iniciais durante o período em que trabalhou, serão esses processos anulados também? Não! Nenhum usuário do serviço público poderia supor que ele tivesse fraudado o concurso. O “agente” tinha aparência de servidor e, por isso, os atos por ele praticados licitamente não poderão ser anulados.
	De acordo com a teoria dos motivos determinantes, os atos administrativos, quando tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. Havendo desconformidade entre os motivos e a realidade, ou quando os motivos forem inexistentes, a administração deve anular o ato.
	ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS:
Atos normativos: São aqueles que complementam, regulamentam uma lei; ou, ainda, disciplinam uma situação. Exemplos: decreto, edital de concurso, regimentos, resoluções etc.
Atos ordinatórios: São aqueles que veiculam ordens a servidores ou particulares vinculados ao Estado. Exemplos: portarias, ordem de serviços, ofícios etc.
Atos punitivos: São aqueles utilizados para aplicação de sanções. Exemplos: multa, demissão, destruição de mercadoria. Vale lembrar que toda punição deve ser precedida de ampla defesa e contraditório; além disso, deve ser motivada.
Atos enunciativos: São aqueles que apenas declaram uma situação a pedido de um interessado, não possuem imperatividade (poder do Estado de impor obrigações ao particular, independente da sua concordância). Exemplos: certidão, atestado, apostila etc.
Atos negociais (atos de consentimento): São aqueles em que o interesse do particularcoincide com a manifestação da vontade da Administração, não há imperatividade. Exemplos: licença, permissão, autorização e homologação.
	Pra convalidar é preciso ter “FOCO”, ou seja, apenas são passíveis de convalidação os vícios de FOrma e COmpetência.
Não são convalidáveis, “É O FIM”, ou seja, Objeto, FInalidade e Motivo, não podem ser objeto de convalidação.
Não convalidáveis
- competência exclusiva
- forma essencial
	Lei 9.784/99 - Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
DECADÊNCIA ADMINISTRATIVA: Em âmbito federal, a Administração Pública tem o prazo decadencial de cinco anos para anular seus atos administrativos, quando geradores de efeitos favoráveis para os destinatários, salvo comprovada má-fé. Trata-se de importante limitação temporal da autotutela administrativa, pois, decorrido o prazo quinquenal, a Administração perde o direito de anular os atos ilegais, com a convalidação involuntária do ato ilegal.
No âmbito estadual ou municipal, ausente lei específica, a Lei Federal nº 9.784 /99 pode ser aplicada de forma subsidiária, haja vista tratar-se de norma que deve nortear toda a Administração Pública, servindo de diretriz aos seus órgãos.
	Bizuzão dos ATOS ADMINISTRATIVOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS: Lembrar da frase VC PODE DÁ.
V - VINCULADOS;
C - CONSUMADOS (QUE JÁ EXAURIRAM SEUS EFEITOS);
PO - PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO;
D - DECLARATÓRIOS;
E - ENUNCIATIVOS;
DA - DIREITO ADQUIRIDO...
	Os atos normativos são leis em sentido material e são atos administrativos em sentido formal, por isso também são chamados de atos impróprios.
	O controle judicial é controle de natureza externa e, quanto a sua extensão, é um controle de legalidade ou legitimidade, não sendo permitido ao Poder Judiciário a ingerência no mérito do ato administrativo, ou seja, sobre a conveniência e oportunidade.
	Competência pode ser delegada, mas não transferida ou prorrogada por vontade dos interessados, salvo se mediante lei, da qual a mesma decorre.
	Ao contrário da revogação, a anulação do ato administrativo pode ser feita tanto pela administração como pelo Poder Judiciário. O efeito da anulação opera ex tunc e, via de regra, não gera dever de indenizar o particular prejudicado.
Anulação - "Ex tunc"
Revogação - "Ex nunc"
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Vícios de Competência:
Usurpação de função ocorre quando uma pessoa se faz passar por agente público. O usurpador comete crime definido no art. 328 do Código Penal. A doutrina considera o ato praticado pelo usurpador como ato inexistente.
Função de fato ou Agente putativo ocorre quando a pessoa que praticou o ato está irregularmente investida no cargo. Ou seja, o agente tem uma relação com a Administração Pública naquele momento, mas a sua relação está irregular. Pela teoria da aparência, os efeitos dos atos serão válidos para o terceiro de boa-fé.
Ocorre abuso de poder na modalidade excesso de poder ou de competência quando o agente, embora competente, excede os limites dessa.
Como decorrência natural do princípio da legalidade, presume-se a legitimidade de todos os atos administrativos; por outro lado, o atributo da imperatividade (ou coercibilidade), além de nem sempre se fazer presente, tem perdido, nos tempos atuais, espaço para a consensualidade.
No exercício do poder hierárquico, a delegação pode ocorrer de modo vertical ou horizontal, enquanto a avocação se dá exclusivamente no sentido vertical.
O ato de delegar pressupõe a autoridade para subdelegar, ficando revogadas as disposições em contrário constantes de decretos, regulamentos ou atos normativos em vigor no âmbito da Administração Direta e Indireta.
Os elementos ou requisitos comumente citados como pressupostos do ato administrativo, tais como forma, objeto, competência, motivo e finalidade, (são expressamente elencados na Lei n.º 9.784/1999.),Errado. A Lei nº 9.784/99 não cita expressamente os pressupostos do ato administrativo.
TIPOS DE CONVALIDAÇÃO
Ratificação: saneamento de vícios de competência (se não for competência exclusiva) ou de forma (se não for essencial ao ato)
Conversão: Substitui parte ilegal do ato por uma legal
Reforma: Retira a parte ilegal do ato e mantém a válida (anulação parcial)
Confirmação: renúncia ao poder de anular o ato ilegal, se a anulação do ato trouxesse maiores prejuízos //// prescrição do direito de anular
1 - PRESUNÇÃO DE VERACIDADE/LEGITIMIDADE: até que seja provado ao contrário, os atos administrativos têm fé pública (presunção juris tantum). - (p.ex.: A multa que um guarda aplica num particular, por ter estacionado o veículo num local não permitido, tem presunção de veracidade, cabendo ao administrado a inversão do ônus da prova.)
2 - IMPERATIVIDADE: é o poder que o Estado tem de criar uma obrigação unilateralmente, desde que seja nos limites da lei. (p. ex.: colocar num certo local uma placa de "não estacione".)
3 – EXIGIBILIDADE (COERCIBILIDADE): é o poder que o Estado tem para exigir o cumprimento de um ato administrativo imposto ao particular. (p.ex.: aplicação de multa por estacionar em local não permitido).
4 - AUTOEXECUTORIEDADE: é o meio direito de coerção do Estado, ou seja, ele próprio executa o ato, independentemente de autorização judicial prévia, mas pode ocorrer um controle judicial posterior. (p.ex.: o carro guinchado por estacionar em local não permitido).
5 – TIPICIDADE (Mª Sylvia Zanella di Pietro): o ato administrativo tem que ter prévia definição em lei, caso contrário, será nulo. (p.ex.: deve haver previsão legal para a Administração Pública restringir locais para estacionar, para multar e para guinchar veículos)
	Processo Administrativo
	Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: 
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; 
II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental;
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopartia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o início do processo.
	Súmula 611 STJ: “Desde que devidamente motivada e com amparo em investigação ou sindicância, é permitida a instauração de processo administrativo disciplinar com base em denúncia anônima, em face do poder-dever de autotutela imposto à administração.”
O servidor poderá ser demitido, em processo administrativo, por infração disciplinar grave que constitui ato de improbidade administrativa.
Infração disciplinar grave que constitui ato de improbidade é causa de demissão do servidor, em processo administrativo, independentemente de processo judicial prévio.
	Súmula Vinculante 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.
	Segundo o art. 13 da Lei nº 9784/99. Não podem ser objeto de delegação: I - a edição de atos de caráter normativo; II - a decisão de recursos administrativos; III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Basta lembrar que CENORA não se delega!
· Competência Exclusiva - CE
· Edição de atos NOrmativas - NO
· Decisão de Recursos Administrativos - RA
	Delegação: Independe de subordinação ou hierarquia.
Avocação: Depende de subordinação. Só chama para si a competência dentro da mesma hierarquia.Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada.
OFICIALIDADE: A Administração competente para decidir tem o poder/dever de inaugurar e impulsionar o processo. Diferente dos processos do Judiciário onde prevalece o Princípio da Inércia. A oficialidade existe porque a administração pública tem o dever elementar de satisfazer o interesse público, ela não pode, para isso, depender da iniciativa de algum particular.
AUTOTUTELA: Princípio segundo o qual a administração tem controle sobre a validade dos seus atos. A Adm. DEVE anular os ilegais e PODERÁ revogar os inoportunos e incovenientes, desde que respeitem o direito adquirido.
	Lei 9.784/1999, art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão.
Reformatio in pejus é permitido no processo administrativo, desde que se permita o contraditório prévio.
Lei 9784/99. Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
Sumula Vinculante nº 21: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
	Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial”
	L9784, Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor ou autoridade que:
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
II - tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, companheiro ou parente e afins até o terceiro grau;
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro.
Impossibilidade de a mesma pessoa, embora ocupando cargos distintos, julgar validamente o pedido de reconsideração (Secretário Executivo do Ministério das Comunicações) e o recurso administrativo (Ministro do Ministério das Comunicações) interposto nos autos do Processo Administrativo n. 53.000.002491/2001. Afronta aos princípios da impessoalidade, da imparcialidade e do duplo grau.
	L9784, Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação do interessado.
	A Lei 9784/99 não fala em reconhecimento de assinatura. Além disso o princípio da oficialidade é, segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro: " A oficialidade no processo administrativo é muito mais ampla do que o impulso oficial no processo judicial. Ela compreende o poder-dever de instaurar, fazer andar e rever de ofício a decisão."
	Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos disponíveis.
	O processo administrativo é regido pelo princípio do Impulso Oficial. Não pelo princípio da inércia.
	Na aplicação das penalidades, o fato de somente haver motivos para atenuação da advertência não justifica sua substituição por outra, por absoluta ausência de previsão legal.
Só por haver motivos atenuantes, no caso de uma aplicação de penalidade disciplinar, não é uma justificativa para substituir uma advertência por outra mais branda. Afinal, não existe previsão legal para isso.
	Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
§ 2o O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: (...) I – a edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos administrativos;
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
No Brasil, não existe processo administrativo contencioso (ou contencioso administrativo), no sentido de que decisões em processos administrativos não produzem coisa julgada material.
Art. 59. § 1 Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão competente.
Art. 59 §2O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.
Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e de mérito. § 1 O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação por igual período expressamente motivada.
Princípios da 9784/99:
1) os três da LIMPE - Legalidade, moralidade e eficiência;
2) o contraditório anda junto com ampla defesa;
3) a razoabilidade é parceira da proporcionalidade;
4) o interesse público exige segurança jurídica.
5) sobra finalidade e motivação.
Art. 63, §2 O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.
	Bens Públicos
	O bens públicos gozam de determinadas garantias, quais sejam prerrogativas decorrente do regime jurídico de direito público que lhes é peculiar, dentre elas se encontra a não-onerabilidade, os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia. 
	Os bens de uso comum do povo ou de Domínio Público são os bens que se destinam à utilização geral pela coletividade (como por exemplo, ruas e estradas).
Os bens de uso especial ou do Patrimônio Administrativo Indisponível são aqueles bens que destinam-se à execução dos serviços administrativos e serviços públicos em geral (como por exemplo, um prédio onde esteja instalado um hospital público ou uma escola pública).
Os bens dominicais ou do Patrimônio Disponível são aqueles que, apesar de constituírem o patrimônio público, não possuem uma destinação pública determinada ou um fim administrativo específico (por exemplo, prédios públicos desativados).
A Afetação de um bem público ocorre quando o bem está sendo utilizado para um fim público determinado, seja diretamente pelo Estado, seja pelo uso de particulares em geral. A afetação poderá se dar de modo explícito (mediante lei) ou de modo implícito (não determinado por lei). Os bens de uso comum e os bens de uso especial são bens afetados.
A desafetação é a mudança da forma de destinação do bem, ou seja, se deixa de utilizar o bem para que se possa dar a ele outra finalidade. Esta é feita mediante autorização legislativa, através de lei específica. A desafetação possibilita à Administração pública a alienação do bem, através de licitação, nas modalidades de Concorrência ou Leilão.
Os bens públicos se caracterizam pela sua Inalienabilidade (os bens públicos não podem ser alienados. Porém esta característica é relativa, pois nada impedea alienação de bens desafetados); Pela Imprescritibilidade (os bens públicos não são passíveis de prescrição – usucapião); Pela Impenhorabilidade (os bens públicos não estão sujeitos a serem utilizados para satisfação do credor na hipótese de não – cumprimento da obrigação por parte do Poder Público); Pela não – oneração (os bens públicos não podem ser gravados com direito real de garantia em favor de terceiros, tal como é a hipoteca legal). Estas características visam garantir o princípio da continuidade de prestação dos serviços públicos, pois estes atendem necessidades coletivas fundamentais.
	Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas: I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência
	• Súmula 340 STF: Desde a vigência do código civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.
Art. 99. São bens públicos:
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; (a)
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; (d)
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.(b)
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.
Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. (c)
Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.
Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.
Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. (e)
As fundações públicas de direito privado seguirão um regime jurídico híbrido:
Criação e Extinção:
-Criadas por lei, quando de direito público (ganham a personalidade jurídica no momento da vigência da lei instituidora);
-Autorizadas por lei, quando de direito privado (dependem do registro do ato constitutivo no Registro Civil de Pessoas Jurídicas para que adquiram a personalidade jurídica)
· Patrimônio das FP de Direito Público: impenhorabilidade, imprescritibilidade e as restrições para alienação;
· Já BENS das FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PRIVADO, em regra, não se enquadram como bens públicos. Entretanto, quando empregados diretamente na prestação de serviços públicos, poderão receber algumas prerrogativas, como a impenhorabilidade, em decorrência do princípio da continuidade dos serviços públicos.
Imóvel de propriedade da administração pública utilizado como centro administrativo pode ser alienado após a devida desafetação e mediante autorização legislativa.
SÃO BENS DOMINICAIS DA UNIÃO: terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, terrenos da marinha, prédios públicos desativados; dívida ativa.
As terras devolutas são terras públicas não incorporadas a patrimônio particular e que não estejam afetadas a qualquer uso público.
O Estado pode adquirir bens mediante usucapião, uma vez que não há norma que impeça tal benefício em favor do próprio Estado.
AUTORIZAÇÃO ➔ discricionário e no interesse de PARTICULAR
PERMISSÃO ➔ discricionário e no interesse PÚBLICO
LICENÇA ➔ ATO VINCULADO
 
Serviços Públicos
	Serviços Públicos de natureza:
a) geral - Usuários indeterminados (Uti Universi) Ex.: segurança pública
b) administrativa - Atividades - meio (Interno) Ex.: Imprensa oficial.
c) descentralizada - (Delegáveis) Prestados pelos entes da administração indireta ou por particulares. Ex: serviços de telefonia
d) não exclusiva - (Impróprios) Executados tanto pelo Estado como pelo particular. Ex.: Educação, Saúde
e) individual - Beneficiários Determinados (Uti Singuli). Ex.: Fornecimento de água encanada.
	Extingue-se a concessão por: 
1) Advento do termo contratual ou Reversão: vencimento do contrato;
2) Rescisão administrativa (unilateral): podem ocorrer de duas formas
 a) Encampação: Interesse Público (LEI autorizativa + Prévia indenização);
 b) Caducidade: Descumprimento pelo contratado (Decreto + Sem indenização) .
3) Rescisão judicial: Descumprimento pelo Poder Concedente. (Ação Judicial);
4) Rescisão consensual ou amigável: acordo entre as partes (concessionário e
administração);
5) Anulação: Ilegalidade. 
6) Extinção de pleno direito: Falência ou extinção da PJ concessionária.
	1) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente o usuário, desde que precedido de notificação.
2) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações, desde que precedido de notificação.
3) É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica quando puder afetar o direito à saúde e à integridade física do usuário.
4) É legítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente pessoa jurídica de direito público, desde que precedido de notificação e a interrupção não atinja as unidades prestadoras de serviços indispensáveis à população.
5) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando inadimplente unidade de saúde, uma vez que prevalecem os interesses de proteção à vida e à saúde.
6) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando a inadimplência do usuário decorrer de débitos pretéritos, uma vez que a interrupção pressupõe o inadimplemento de conta regular, relativa ao mês do consumo.
7) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais por débitos de usuário anterior, em razão da natureza pessoal da dívida.
8) É ilegítimo o corte no fornecimento de energia elétrica em razão de débito irrisório, por configurar abuso de direito e ofensa aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, sendo cabível a indenização ao consumidor por danos morais.
9) É ilegítimo o corte no fornecimento de serviços públicos essenciais quando o débito decorrer de irregularidade no hidrômetro ou no medidor de energia elétrica, apurada unilateralmente pela concessionária.
10) O corte no fornecimento de energia elétrica somente pode recair sobre o imóvel que originou o débito, e não sobre outra unidade de consumo do usuário inadimplente.
	Em relação à parceria público-privada, entende-se por concessão administrativa o contrato de prestação de serviços de que a administração pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
	L8.987 Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.
	§ 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos;
	Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado;
	As agências reguladoras PODEM SIM promover licitações que tenham por objeto a concessão de serviço público do objeto por ela regulado.
	A Permissão deserviço público é executado em nome do estado por conta e risco do permissionário.
A Permissão pode-se dar a Pessoa Jurídica e a Pessoa Física.
	A permissão de serviço público é definida pela lei geral de concessões como a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Os serviços públicos possuem finalidade precípua de atendimento aos interesses da coletividade, razão pela qual se verifica a incidência do regime de direito público, ainda que em graus variados, conforme a natureza do serviço prestado.
Art. 32. O poder concedente poderá intervir na concessão, com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço, bem como o fiel cumprimento das normas contratuais, regulamentares e legais pertinentes.
Parágrafo único. A intervenção far-se-á por decreto do poder concedente, que conterá a designação do interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida.
Extinção por encampação (interesse público): lei autorizativa específica e prévio pagamento de indenização;
Extinção por caducidade (culpa da concessionária): processo administrativo assegurada ampla defesa, decreto do poder concedente, sem indenização prévia.
Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.
Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.
Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n° 8.987, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários e contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
· Exemplo: quando uma empresa é contratada para construir um presídio, já que, nesse caso, o poder público seria um usuário indireto
DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO
Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
§ 1º A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará condicionada à autorização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, observado o disposto no
§ 2º A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.
§ 3º A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento.
§ 4º Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades de que trata este Capítulo.
§ 5º A vedação prevista no § 4º deste artigo não se aplica à eventual aquisição da maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por instituição financeira controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento.
Súmula vinculante 41-STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.
A declaração de caducidade do contrato por descumprimentos imputados à concessionária depende de prévio processo administrativo, mas não de processo judicial, nos termos do § 2.º do art. 38 da Lei n.º 8.987/1995.
	Intervenção do Estado na Propriedade
	Modalidades de Intervenção do Estado na propriedade privada:
1. Desapropriação
É o procedimento administrativo por meio do qual o Estado transfere a propriedade privada de um determinado bem para o poder público, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante o pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro (CF, art. 5º, XXIV).
2. Confisco
É a perda da propriedade privada para o Estado em razão de uma punição, nunca há pagamento de indenização.
3. Limitação Administrativa (ou Poder de Polícia)
São restrições gerais, por meio das quais a administração pública impõe a proprietários indeterminados obrigações de fazer ou não fazer, com o objetivo de garantir que a propriedade atenda a sua função social.
4. Servidão Administrativa
A servidão administrativa é um ônus real público incidente sobre uma propriedade alheia, autorizando ao poder público a usar da propriedade para permitir a execução de obras e serviços de interesse da coletividade.
5. Tombamento
É a modalidade de intervenção na propriedade que visa proteger o patrimônio histórico, cultural, arqueológico, artístico, turístico ou paisagístico brasileiro.
6. Requisição
A requisição é a modalidade de intervenção estatal mediante a qual o Poder Público utiliza propriedade particular, diante de situação de iminente perigo público, sendo assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. (CF, art. 5º, XXV)
7. Ocupação Temporária
É a forma de intervenção do Estado por meio da qual o poder público utiliza bens particulares em apoio à execução de obras e serviços públicos. Exemplo: ocupação de um terreno privado para o depósito de equipamentos destinados à execução de obra.
A desapropriação é uma forma de aquisição originária da propriedade, na medida em que a aquisição não está vinculada à situação jurídica anterior e o bem ingressa no domínio público livre de ônus, gravames ou relações jurídicas de natureza real ou pessoal.
Tredestinação lícita: persiste o interesse público, só que é dada finalidade diversa da consubstanciada no decreto expropriatório. Ex: O prefeito de uma cidade desapropriou um terreno para construir um hospital, porém construiu uma escola pública. (A legalidade do ato foi mantida)
Tredestinação ilícita: quando o Estado, desistindo dos fins da desapropriação, transfere a terceiro o bem desapropriado ou pratica desvio de finalidade, permitindo que alguém se beneficie de sua utilização.
A ilícita gera o direito de Retrocessão: obrigação que se impõe ao expropriante de oferecer o bem ao expropriado, mediante a devolução do valor da indenização, quando não lhe der o destino declarado no ato expropriatório
Art. 19. O proprietário de coisa tombada, que não dispuser de recursos para proceder às obras de conservação e reparação que a mesma requerer, levará ao conhecimento do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a necessidade das mencionadas obras, sob pena de multa correspondente ao dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido pela mesma coisa.
O IPHAN é uma autarquia federal.
· Se a União tombou um determinado bem, o Município pode, sem nenhum problema, realizar um novo tombamento.
· É possível o tombamento de baixo para cima -> Estados/Municípios tombando bens da União.
· O mesmo não acontece com a desapropriação: não cabe desapropriação de baixo para cima.
Jurisprudência em Teses, STJ. Edição nº 127: Intervenção do Estado na Propriedade Privada.
"O ato de tombamento geral não precisa individualizar os bens abarcados pelo tombo, pois as restrições impostas pelo Decreto-Lei n. 25/1937 se estendem à totalidade dos imóveis pertencentes à área tombada".
O tombamento não transforma a coisa tombada em bem público, mantendo-a no domínio do seu proprietário. Nada impede, por isso, que o bem tombado seja gravado com ônus ou encargos, como hipoteca, penhora e penhor,
O direito de indenização está protegido pela nossa CF, que determina que ela seja prévia, justa e em dinheiro, salvo em caso de reforma agrária.
A indenização pela limitação administrativa ao direito de edificar, advinda da criação de área non aedificandi, somente é devida se imposta sobre imóvel urbano e desde que fique demonstrado o prejuízo causado ao proprietário da área.
SÚMULA Nº 70, STJ Os juros moratórios, na desapropriação direta ou indireta, conta-se desde o trânsito em julgadoda sentença.
	Responsabilidade Civil do Estado
	Teoria da irresponsabilidade do Estado: A teoria da não responsabilização do Estado decorre da crença de não contestar as atitudes do rei. Portanto entendia-se que o rei não podia errar
Teoria da responsabilidade civil por atos de gestão: Assim, a teoria considera que o Estado poderia ser responsável apenas pelos atos de gestão.
Teoria da culpa civil: Essa teoria é subjetiva porque depende da comprovação de dolo ou culpa do agente estatal para responsabilização do Estado. Porém, o terceiro lesado deve comprovar a culpa da administração.
Teoria da culpa administrativa: Essa teoria foca na falta de responsabilidade com base no serviço. Por isso, essa teoria se aplica em três situações: serviço não funcionou, serviço não funcionou bem ou o serviço atrasou.
Teoria do risco administrativo: A teoria do risco administrativo representa o fundamento da responsabilidade objetiva do Estado. Para gerar responsabilidade do Estado, devem surgir três elementos: a conduta administrativa, o dano e o nexo causal.
Causas excludentes ou atenuantes da responsabilidade do Estado: A teoria do risco administrativo admite algumas hipóteses de exclusão de responsabilidade civil. Portanto, são elas: Caso fortuito ou força maior, culpa exclusiva da vítima e fato exclusivo de terceiro.
Teoria do risco integral: A teoria do risco integral também exige responsabilidade objetiva do Estado. Porém, diferencia-se da teoria do risco administrativo, já que neste caso não aceita excludentes na responsabilidade da administração. Por isso, o Estado deve suportar os danos sofridos por terceiros em qualquer hipótese.
Responsabilidade direta: Portanto, os ditames constitucionais alcançam: Autarquias e fundações públicas de direito público; Empresas públicas e sociedades de economia mista quando prestarem serviço público; Pessoas privadas que prestam serviço público por delegação do Estado.
Responsabilidade indireta: Porém, o Estado tem o direito de regresso contra o agente público. Mas, só pode ocorrer o direito de regresso no caso de o agente público ter agido com culpa ou dolo. Ou seja, a responsabilidade do agente público é sempre subjetiva.
Responsabilidade por omissão do Estado: A responsabilidade por omissão do Estado existe, mas deve ser levada em consideração outra Teoria. Quando o ato que determinou a responsabilização for uma ação do Estado, é usado a Teoria do risco administrativo (teoria objetiva), por outro lado, no caso de omissão do Estado, utiliza-se a culpa administrativa, ou seja, teoria subjetiva.
	Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua custódia é objetiva, com base na teoria do risco administrativo, em caso de inobservância do seu dever constitucional específico de proteção, tanto para as condutas estatais comissivas quanto para as omissivas
	Caso ocorra o suicídio de um detento dentro de estabelecimento prisional mantido pelo Estado, a administração pública, segundo entendimento recente do STJ, estará, em regra, obrigada ao pagamento de indenização por danos morais. configurar-se-á a responsabilidade do Estado na modalidade objetiva, devido a conduta omissiva estatal.
	Em recente decisão, o STF entendeu que, quando o poder público comprovar causa impeditiva da sua atuação protetiva e não for possível ao Estado agir para evitar a morte de detento (que ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), não haverá responsabilidade civil do Estado, pois o nexo causal da sua omissão com o resultado danoso terá sido rompido.
	Empresas públicas e Sociedades de economia mista PRESTADORA DE SERVIÇOS PÚBLICOS --> responsabilidade OBJETIVA.
Empresas públicas e Sociedades de economia mista EXPLORADORA DE ATIVIDADE ECONÔMICA --> responsabilidade SUBJETIVA.
	STJ – Edição nº 61: “A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal.”
	Prestes a ser morto por dois indivíduos que tentavam subtrair a sua arma, um policial militar em serviço efetuou contra eles disparo de arma de fogo. Embora o policial tenha conseguido repelir a injusta agressão, o disparo atingiu um pedestre que passava pelo local levando-o à morte.
C) O Estado responde objetivamente pelos danos causados à família do pedestre, ainda que o policial militar tenha agido em legítima defesa.
Responsabilidade do Servidor - Subjetiva (Depende da comprovação de dolo ou culpa)
direito de regresso: obrigatório e indisponível, sobre risco de incorrer em improbidade adm.
Esquema da responsabilidade estatal:
→ Quando a conduta estatal é COMISSIVA: RESPONSABILIDADE OBJETIVA (Teoria do Risco Administrativo)
→ Quando a conduta estatal é OMISSIVA: RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, ou seja, a vítima deve provar a culpa na falta do serviço, na má prestação do serviço ou no atraso da prestação (Teoria da Culpa Administrativa)
→ Exceção: sendo OMISSIVA ESPECÍFICA: RESPONSABILIDADE OBJETIVA (decorrente da falta de um serviço que deveria ter tido).
	Controle da Administração Pública
	A reclamação para anulação de ato administrativo em desconformidade com súmula vinculante é uma modalidade de controle externo da atividade administrativa.
	Controle Externo: É exercido por um poder sobre os atos administrativos de outro poder.
Controle Interno: Acontece dentro do próprio poder, decorrente do princípio da autotutela.
	Anulação - Recai sobre atos ilegais de efeitos insanáveis = ex-tunc
Revogação - Recai sobre atos Legais , mas inoportunos ou Inconvenientes = efeitos = Ex- Nunc
Convalidação - Recai sobre atos Ilegais de efeitos sanáveis (FO/CO - Forma / Competência) = Ex- Tunc 
	Nenhuma lei pode criar uma modalidade inovadora de controle externo não prevista constitucionalmente.
	Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União.
	Controle Judicial só analisa LEGALIDADE do ato impugnado, NUNCA O MÉRITO!
	O controle dos atos administrativos prévios, concomitantes e posteriores são exercidos também pelos poderes Judiciário e Legislativo. Além do próprio Poder Executivo. 
	A decisão do TC, apesar de ter eficácia de título executivo, somente poderá ser executada pelo ente público prejudicado.
ATO (3 letras): Sustação pelo TC
CONTRATO (Mais de 3 letras): Sustação pelo Congresso Nacional
A despeito de não integrarem a administração direta nem a indireta, as entidades do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac etc.) sujeitam-se à fiscalização do Tribunal de Contas da União.
Silêncio administrativo vinculado e discricionário.
> Silêncio administrativo vinculado: Decisão é definida em lei;
> Silêncio administrativo discricionário: o juiz fixará prazo para que a Administração adote uma decisão, sob pena de responsabilidade.
> o silêncio em si não produz qualquer efeito: é um fato administrativo.
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional (Poder Legislativo): V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;
O controle externo judicial da administração pública pode incidir sobre os elementos vinculados dos atos discricionários.
Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União (CF/88. Art. 74. § 2º)
Os Tribunais de Contas não apreciam, para fins de registro, as nomeações para cargos de provimento em comissão.
Temos dois tipos de controle parlamentar:
Político - Ex.: CPI, julgamento do Presidente e Vice-Presidente da República; sustaçãodos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, etc.
Financeiro - Art 70 a 75 da CF/88 Refere-se à fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
	Agentes Públicos
	REGRA: As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.
EXCEÇÃO: A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato (ou seja, o Juiz declara que o fato nem se quer ocorreu) ou sua autoria (o fato pode até ter ocorrido mas foi cometido por outrem).
Lembrem daquele macetinho da responsabilidade administrativa afastada do servidor gente fina em Absolvição criminal:
· Fato Inexistente
· Negada a Autoria
	Empresas Públicas e S.E.M. possuem regime jurídico híbrido. Quanto à sua organização, aplica-se as regras públicas, ou seja, tem que fazer concursos para contratar, são obrigadas a licitar, são fiscalizadas pelo TC (art. 173, §1º, III, CF). Já em relação ao objeto, aplicam-se as regras privadas, estando sujeitos as mesmas obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias das empresas privadas.
	Eu REVERTO o APOSENTADO;
REINTEGRO o DEMITIDO;
RECONDUZO o INABILITADO;
READAPTO o INCAPACITADO;
REAPROVEITO o DISPONÍVEL.
	Em razão da especial proteção que a CF garante à família, o requerimento formulado pelo servidor da Receita Federal deveria ter sido deferido, independentemente da existência de vagas.
	DEMISSÃO é a perda do cargo por falta grave ou como efeito de sentença penal condenatória, vale dizer, demissão sempre tem caráter punitivo (não existe, tecnicamente, a figura da "demissão a pedido" do próprio servidor);
EXONERAÇÃO é a perda dos cargos públicos nos demais casos; atualmente já não podemos afirmar com precisão que a exoneração não possua nenhum caráter punitivo, pois a perda do cargo por insuficiência de desempenho é hipótese de EXONERAÇÃO e, sem dúvida, tem algum caráter punitivo, tento assim que é assegurada ao servidor ampla defesa.
Regra: Negar publicidade dos atos oficiais constitui ato de improbidade.
Exceção: Quando imprescindível para segurança da sociedade e do estado.
A efetividade é atributo do cargo, designando o funcionário desde o instante da nomeação, enquanto a estabilidade é aderência, integração no serviço público, depois de preenchidas determinadas condições fixadas em lei, sendo adquirida pelo decurso do tempo.
EP e SEM ñ possuem estabilidade.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
Empregado público é o agente público celetista aprovado em concurso público, cuja carteira de trabalho deve ser assinada.
o rito sumário do PAD aplica-se a quem não quer trabalhar (abandono de cargo, inassiduidade habitual) ou quem quer trabalhar demais (acúmulo ilícito de cargo)
Ambos geram Demissão
· Abandono de cargo → ausência intencional por + 30 dias consecutivos
· Inassiduidade habitual → 60 faltas interpoladas 12 meses
 Art. 117.  Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;
QUANDO O SERVIDOR TOMA SUSPENSÃO, ELE NÃO SAI PRO RECREIo
· REincidência em Advertência
· Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo
· Recusa de submeter a exame médico (até 15 dias)
· Exercer atividade incompatível com a função
	Improbidade Administrativa
	De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, eventual punição dos agentes de polícia no âmbito administrativo não impedirá a aplicação a eles das penas previstas na Lei de Improbidade Administrativa.
	“A tortura de preso em delegacia praticada por policial constitui ato de improbidade administrativa que atenta contras os Princípios da ADM.”
	São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário, fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade Administrativa.
Ação destinada à aplicação de sanção:
 ~> Prescritível
Ação destinada ao ressarcimento do erário:
 ~> Imprescritível (Se for doloso o ato de improbidade)
 ~> Prescritível (Se for culposo)
	1 - o agente não comete crime de improbidade e sim ato de improbidade;
2 - a responsabilidade de quem comete o ato de improbidade administrativa é subjetiva e não objetiva;
3 - não existe TAC (transação, acordo, conciliação) nos atos de improbidade administrativa;
4 - não existe foro privilegiado para quem comete o ato de improbidade administrativa;
5 - nos atos de improbidade administrativa tanto o agente público quanto o particular que agem em concurso são considerados sujeitos ativos;
6 - improbidade administrativa própria: o agente público age sozinho;
7 - improbidade administrativa imprópria: o agente público age em conjunto com o particular (*particular sozinho não comete ato de Improbidade Adm. );
8 - Os atos de improbidade administrativa são exemplificativos e não taxativos;
Art. 09-A. Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário.
10 - Não são todos os agentes Políticos que estão sujeitos a essa lei.
	PENALIDADES: (PIRES)
· Perda da função pública;
· Indisponibilidade dos bens;
· Ressarcimento ao Erário; e
· Suspensão dos direitos políticos.
As penas são autônomas, podendo ser aplicadas separadas ou cumulativamente. 
	Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: IV - improbidade administrativa;
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.
	A ação de Improbidade Administrativa, nos termos do artigo 17 da LIA, será proposta pelo MP ou pela pessoa jurídica interessada.
Entretanto, qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente no sentido de apurar a prática de ato improbo. (Art. 14 da LIA)
	Lei 8112: Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si
	 Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
 I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
 II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
	Tanto o servidor público quanto o particular envolvidos no furto poderão responder a ação por improbidade administrativa 
Não existem mais condutas culposas na Lei 8.429/92 desde as modificações pela Lei 14.230/21.
Art. 1º, §1º, LIA. Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais.
Esquema:
· Recebeu vantagem: enriquecimento ilícito;
· Ajudou alguém a receber: prejuízo ao erário;
· Não causou prejuízo, mas violou princípios: ato contra os princípios.
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO
· perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio;
· perda da função pública;
· suspensão dos direitos políticos até14 (catorze) anos;
· pagamento de multa civil equivalente ao valor do acréscimo patrimonial;
· proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos.
PREJUÍZO AO ERÁRIO
· perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância;
· perda da função pública;
· suspensão dos direitos políticos até 12 (doze) anos;
· pagamento de multa civil equivalente ao valordo dano;
· proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos.
CONTRA OS PRINCÍPIOS
· pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da remuneração percebida pelo agente;
· proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos.
Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio transferido. (LIA)
LIA → Art. 17-B. O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO CIVIL, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes resultados:
·I – o integral ressarcimento do dano;
·II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes privados.
Presidente da República - julgamento pelo senado.
Ministro do Supremo - julgamento pelo próprio supremo.
Todos os demais casos vão para a instância ordinária haja vista não haver foro por prerrogativa de função ("foro privilegiado") para os casos de improbidade administrativa.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
	Licitações e Contratos
	Art. 75, VIII - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para aquisição dos bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 1 (um) ano, contado da data de ocorrência da emergência ou da calamidade, vedadas a prorrogação dos respectivos contratos e a recontratação de empresa já contratada com base no disposto neste inciso;
§ 6º Para os fins do inciso VIII do caput deste artigo (nos casos de emergência ou de calamidade pública), considera-se emergencial a contratação por dispensa com objetivo de manter a continuidade do serviço público, e deverão ser observados os valores praticados pelo mercado na forma do e adotadas as providências necessárias para a conclusão do processo licitatório, sem prejuízo de apuração de responsabilidade dos agentes públicos que deram causa à situação emergencial.
	As modalidades de licitação Tomada de Preço e Convite realmente foram extintas. Porém, o Leilão continua existindo.
Art. 28. São modalidades de licitação:
I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.
	Art. 151. Nas contratações regidas por esta Lei, poderão ser utilizados meios alternativos de prevenção e resolução de controvérsias, notadamente a conciliação, a mediação, o comitê de resolução de disputas e a arbitragem.
	Art. 87. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da Administração Pública deverão utilizar o sistema de registro cadastral unificado disponível no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP), para efeito de cadastro unificado de licitantes, na forma disposta em regulamento.
	Em regra, essa matriz de alocação de riscos é facultativa. Entretanto, nos termos da lei 14.133/21, ela será obrigatória para os contratos de ¹contratação integrada, ²contratação semi-integrada e para ³contratação de grande vulto (que são os que ultrapassam R$200.000.000,00).
	Dispensável a licitação - DISCRICIONÁRIO
>>Inferior a R$ 100 mil
Obras
Serviços de engenharia
Serviços de manutenção de veículos automotores
>>Inferior a R$ 50 mil
Outros serviços
Compras
> Esses valores serão duplicados para compras, obras e serviços contratados por consórcio público ou por autarquia ou fundação qualificadas como agências executivas na forma da lei (art. 75, § 2º).
	É dispensável a licitação para aquisição de medicamentos destinados exclusivamente ao tratamento de doenças raras definidas pelo Ministério da Saúde.
	O descumprimento as regras contidas no edital de licitação viola o princípio da vinculação ao instrumento convocatório.
	Art. 117. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por 1 (um) ou mais fiscais do contrato, representantes da Administração especialmente designados conforme requisitos estabelecidos no, ou pelos respectivos substitutos, permitida a contratação de terceiros para assisti-los e subsidiá-los com informações pertinentes a essa atribuição.
	SANÇÕES ► LEI 14.133/21
ADVERTÊNCIA;
MULTA: valor não inferior 0,5%; não superior 30%;
IMPEDIMENTO DE LICITAR/CONTRATAR: Prazo MÁXIMO: 3 anos;
DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE: Prazo mínimo: 3 anos; Máximo: 6 anos (2X)
	Art. 118. O contratado deverá manter preposto aceito pela Administração no local da obra ou do serviço para representá-lo na execução do contrato.
Caso ocorra um problema durante o curso da gestão do contrato em um órgão, o representante da contratada incumbido de diligenciar e responder as questões legais referentes ao andamento do contrato é o preposto.
	ART. 25 § 9º O edital poderá, na forma disposta em regulamento, exigir que percentual mínimo da mão de obra responsável pela execução do objeto da contratação seja constituído por:
I – mulheres vítimas de violência doméstica;
II – oriundos ou egressos do sistema prisional.
	É possível adotar o diálogo competitivo:
1) vise a contratar objeto que envolva as seguintes condições:
a) inovação tecnológica ou técnica;
b) impossibilidade de o órgão ou entidade ter sua necessidade satisfeita sem a adaptação de soluções disponíveis no mercado; e
c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com precisão suficiente pela administração.
Diálogo competitivo: modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos;
	Leilão consiste na alienação de bens inservíveis ou legalmente apreendidos;
Concurso é modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico;
Concorrência é modalidade de licitação para contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços comuns e especiais de engenharia;
Pregão é modalidade de licitação obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns.
	Ao contrário da Lei nº 8.666/1993, a nova lei estabelece que, de regra, a fase de habilitação é posterior à fase de julgamento das propostas. 
"XXVII - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de riscos e de responsabilidades entre as partes e caracterizadora do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em termos de ônus financeiro decorrente de eventos supervenientes à contratação, contendo, no mínimo, as seguintes informações:
b) no caso de obrigações de resultado, estabelecimento das frações do objeto com relação às quais haverá liberdade para os contratados inovarem em soluções metodológicas ou tecnológicas, em termos de modificação das soluções previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto básico;"
INEXIGIBILIDADE: restauração de obras de arte e de bens de valor histórico;
DISPENSÁVEL: aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que inerente às finalidades do órgão ou com elas compatível;
Art. 2º Esta Lei aplica-se a:
I - alienação e concessão de direito real de uso de bens;
II - compra, inclusive por encomenda;
III - locação;
IV - concessão e permissão de uso de bens

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