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Experiência UM PÉ NA ALDEIA OUTRO NA MUNDO Entrevista MARIA JOSÉ FÉRES Professora Casarine, diretora da Escola Estadual Parque Piratininga II. Itaquaquecetuba, Grande São Paulo Itaquaquecetuba VITÓRIA DA EDUCAÇÃO Experiência UM PÉ NA ALDEIA OUTRO NO MUNDO Entrevista MARIA JOSÉ FÉRES Professora Casarine, diretora da Escola Estadual Parque Piratininga II. Itaquaquecetuba, Grande São Paulo Itaquaquecetuba VITÓRIA DA EDUCAÇÃO No 33 OUTUBRO/NOVEMBRO 2003 O CANAL DA EDUCAÇÃONo 33 OUTUBRO/NOVEMBRO 2003 O CANAL DA EDUCAÇÃO Í N D I C E CARTAS MINHA EXPERIÊNCIA INTERNET NAS RUAS DE RECIFE DESTAQUES GEOGRAFIA CAMISETAS VIAJANDO ARTE PROJETANDO PORTINARI MEIO AMBIENTE HERANÇA DA GUERRA: POLUIÇÃO ÉTICA GRUPO DOS CINCOS SAÚDE UMA GERAÇÃO EM PERIGO GEOGRAFIA A LINHA FINAL: PRIVATIZANDO O MUNDO HISTÓRIA NO CAMINHO DA EXPEDIÇÃO LANGSDORFF ACERVO: VER CIÊNCIA COMO FAZER? SALTO PARA O FUTURO OUTRAS ATRAÇÕES EXPERIÊNCIA EDUCAÇÃO INDÍGENA CAPA ITAQUAQUECETUBA: A VITÓRIA DA EDUCAÇÃO EXPEDIÇÃO VAGA-LUME ENTREVISTA: MARIA JOSÉ FÉRES, SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL E TEM MAIS LER E ESCREVER - É PRECISO APRENDER TV ESCOLA CARO PROFESSOR escola sempre foi uma ameaça para as cultu- ras indígenas brasileiras. Em sala de aula, ín- dio era visto como primitivo e conhecedor de inutilidades; sua língua, silenciada no momen- to em que pisava no colégio. Nas periferias das grandes cidades, as escolas tam- bém discriminavam o que vinha da realidade local. Pou- cos perdiam tempo ouvindo o que os alunos e a comu- nidade tinham a dizer. Agora tudo está mudando. Em todo Brasil, escolas procuram integrar os costu- mes e conhecimentos locais aos disciplinares, criando di- dáticas não-excludentes, mas construtoras de um saber multicultural. Nossos repórteres foram a Carmésia (MG) visitar a Escola Estadual Indígena Pataxó Bocumux, onde conhecimen- tos brancos e indígenas inte- graram-se de tal forma que foi possível criar um calendário escolar �etnoambiental�. Em Goiás, a repórter Rosan- gela Guerra, visitou um NTE (Núcleo de Tecnologia do ProInfo) dentro de um centro escolar indígena. Ali, a decoração homenageia a deusa Aruanã da tradição Karajá e a internet traz assuntos de interesse da comunidade. Na preferia de São Paulo, a diretora Fátima Zein Casarini, mostrou que valorizar o jovem e seu contexto social pode trazer benefícios surpreendentes. Preocupar-se com as dificuldades dos alunos mais que com o ponto da lousa pode ser a diferença que motiva o aluno a ser parte da escola ou preferir se ver fora dela. Em todas as experiências, um novo olhar educacio- nal desponta pelo Brasil. Com respeito às diferenças e somando o regional ao capital, o tecnológico ao tradi- cional, talvez encontremos aí o que há de mais original em nosso país: o multiculturalismo. Os Editores PROFESSORA FÁTIMA ZEIN CASARINE OUTUBRO/NOVEMBRO 2003 4 6 9 10 10 11 12 13 14 16 17 18 19 21 22 23 34 43 44 48 50 A TV ESCOLA4 cartas PROGRAMAÇÃO ESPECIAL Sou professor responsável pela TV Escola e percebo que muitos colegas que gravam os vídeos dão pouca impor- tância à Programação Especial (segun- da a sexta) e à Escola Aberta (sábados, domingos e feriados) Provavelmente não se dão conta de que essas progra- mações oferecem a oportunidade de rever vídeos que, por algum motivo, não pudemos gravar. Irineu Januário E.E Padre João Tomes Três Lagoas/MS É POSSÍVEL FAZER ACONTECER A qualidade dos programas da TV Escola, principalmente a serie- dade e o estilo das dis- cussões da série Letra- mento e leitura da lite- ratura, de Salto para o Futuro, nos inspiraram a criar em nossa bibliote- ca o �Bate Papo Literá- rio�. Reunimo-nos sema- nalmente com um grupo de trinta alunos, para de- senvolver estudos significativos com as mais variadas formas de leitura. Contos, trechos literários, poesias, biografias, músicas, e alguns assuntos polêmicos pu- blicados em revistas e jornais, são a ma- téria de nossos encontros. Promovemos debates, discussões, dramatizações e re- citais de poesia, a fim de despertar nos alunos o gosto e o hábito da leitura diá- ria, como fonte de conhecimento. Leonildes Carlos W. Neto Biblioteca Monteiro Lobato Colégio Estadual João Dias Sobrinho Divinópolis do Tocantins/TO TEATRO DE FANTOCHES As edições da revista TV Escola têm tido grande influência em minha ação pedagógica. Um dos projetos que consegui realizar este ano foi o da cria- AS MENSAGENS POSITIVAS E LÚDICAS AJUDAM AS CRIANÇAS A SUPERAR ALGUNS DE SEUS PROBLEMAS, AO VIVENCIAREM AS POSIÇÕES DAS PERSONAGENS DIANTE DE DETERMINADAS SITUAÇÕES, ENFRENTANDO DESAFIOS E DEFININDO CONCEITOS DE MORAL E ÉTICA PESSOAL. � � ção e apresentação de pequenas peças de tea- tro de fantoches. A ati- vidade promove a inte- gração do pessoal da es- cola e dos alunos com seus familiares, que são convidados a participar das apresentações. As mensagens positivas e lúdicas ajudam as crian- ças a superar alguns de seus problemas, ao vi- venciarem as posições das personagens diante de determinadas situa- ções, enfrentando desafios e definindo conceitos de moral e ética pessoal. Dália Alcina Alves de Lima Escola Estadual Braulino Mamede Tupaciguara/MG VISITAS À TELESSALA Os vídeos da TV Escola são fun- damentais na aprendizagem dos edu- candos e enriquecem o currículo dos do- centes! Entusiasmados com esse mate- rial, resolvemos criar o projeto �Traba- lhando com a tecnologia�. Acompanha- mos toda a programação, gravamos, ca- talogamos e divulgamos para os profes- sores. Nosso objetivo é repassá-la a to- dos, para que a utilizem em sua prática pedagógica como complementação do ensino regulamentar. Os programas são aproveitados realmente, no empenho de se criar novas formas de trabalho, tanto para cada disciplina, como de maneira interdisciplinar. Graças a esse projeto, os vídeos da TV Escola se incorporam ao planejamento de nossos professores e enriquecem o trabalho de professores da zona rural e de escolas de educação infantil, que visitam periodicamente a telessala. Clara Rodrigues do Carmo Escola Municipal Domingos Valente Barreto Mazagão/AP BIBLIOTECA PÚBLICA Sou diretor da biblioteca públi- ca de um município do brejo paraiba- no, sempre conduzindo meu trabalho no sentido de bem servir à causa da educação e procurando melhorar nos- so pequeno acervo para atender à co- munidade estudiosa e ao público em geral. Elaborei o esboço de um projeto que chamei �Cultura na praça�, para envolver a clientela estudantil de 1° e 2° graus e pessoas interessadas na di- vulgação de atividades que explorem a potencialidade cultural da população em arte, literatura, poesia, música, te- atro, esportes e cidadania. Espero que essa iniciativa venha oferecer subsídi- os e alternativas educacionais para a co- munidade. Araken Brasileiro Dias Biblioteca Pública Municipal Dr. Antônio Dias de Freitas Jacaraú/PB C A R T A S TV ESCOLA 5 GRUPO DE VOLUNTÁRIOS A TV Escola tem sido o eixo de apoio e o incentivo de meu trabalho e dos companheiros. A revista TV Escola, o Guia de Programas e os �Cadernos da TV Escola� servem de roteiro para nos- sos encontros e debates, na alfabeti- zação de jovens e adultos. Somos um pequeno grupo de professores volun- tários, alguns com conhecimentos pe- dagógicos e outros não ligados à área da educação. Trabalhamos em um bair- ro extremamente pobre, em salas em- prestadas por uma igreja. A comunida- de e o grupo de professo- res têm crescido e apren- dido muito com os exem- plos trazidos pela revista TV Escola. Claudete Maria Coutinho Divinópolis/MG �MÃOS QUE FALAM� Fiquei alegre e emocionada ao ver a ma- téria �Mãos que falam�, na seção Minha experiên- cia, da revista TV Escola nº 31. Quando solicitamos a publicação do projeto da Escola Muni- cipal Professora Senhorinha Mendes, di- rigi-me ao Editorial da revista como profissional da escola. Hoje falo como mãe e expresso os meus mais sinceros agradecimentos à direção da revista TV Escola pelo interesseem publicar uma matéria que leva a sociedade a refletir sobre a inclusão. A publicação nos faz acreditar que nós, pais de pessoas por- tadoras de necessidades educativas es- peciais, não estamos sozinhos na luta pela integração e inclusão. Jerci Polo Fortunato Mãe da instrutora da disciplina de Libras Palmas/PR REVISTA PARA CEGOS Agradeço-lhes pela pronta res- posta e orientação. Há tempos eu que- ria ter acesso à revis- ta TV Escola, mas não sabia como fazê-lo, pois sou cega. Entrei em contato com os editores e me infor- maram que poderia acessar a revista pe- la internet, em for- mato pdf (no ende- reço www.mec.gov. b r / t v e s c o l a / publicacoes.shtm). Agora, estou empol- gada com minhas incursões pelos links da revista TV Escola. Utilizo para isso o Jaws, software com leitor de tela e síntese de voz. Trata-se de um progra- RECEBEMOS TAMBÉM, E AGRADECEMOS, CARTAS E E-MAILS DE: Alberto Baganha de Oliveira, alberto.baganha@bol.com.br; Arinete Ferreira da Silva, Natividade/RJ; Diogo Braz Pagano, Teófilo Otoni/MG; Gleice Olivieri, Rio de Janeiro/RJ; Helder Leonardo de Souza, Viana/ES; Josenilson Antônio da Silva, São Joaquim do Monte/PE; Jucelino Nóbrega da Luz, In- confidentes/MG; Maria Ozzores Marchiori, Coordenação Estadual da TV Escola/PR; Napoleão Oliveira, bonarte@bol.com.br; Raimundo Henrique de Meireles, Mata Roma/MA; Rosalina Andrade da Silva, Lagarto/SE; Sávia Alves Ferreira Pinheiro, Felixlândia/MG; Simão Pedro dos Santos, pedropernambuco@uss.br; Simônia Lopes, Conceição da Barra/ES e Vera Cláu- dia Marques Veloso, Montes Claros/MG. SOMOS UM PEQUENO GRUPO DE PROFESSORES VOLUNTÁRIOS, ALGUNS COM CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS E OUTROS NÃO LIGADOS À ÁREA DA EDUCAÇÃO. TRABALHAMOS EM UM BAIRRO EXTREMAMENTE POBRE, EM SALAS EMPRESTADAS POR UMA IGREJA � � Comentários, críticas, dúvidas, sugestões, relatos de experiências, propostas de intercâmbio com seus colegas...e muito mais! ma bastante amigável e com uma va- riedade de recursos, mas é caro. Uma alternativa mais econômica é o Sis- tema Operacional Dosvox, desenvolvi- do pelo Núcleo de Computação Eletrô- nica da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É um sistema acessível e didático, porém, mais limitado. Por exemplo: para baixar os arquivos com a extensão pdf, torna-se necessário convertê-los em formato doc ou txt. Outro programa largamente utilizado é o Virtual Vision, concebido pela Micropower. Elizabet Dias de Sá elizabet.dias@terra.com.br Coordenadora do Centro de Apoio Pedagógico Belo Horizonte/MG TV ESCOLA6 Conselho Editorial João Carlos Teatini, Américo Bernardes, Maria José Féres, Laura Maria G. Duarte, Carmen Moreira de Castro Neves, Márcia Serôa da Motta Brandão, Renata Maria Braga Santos, Jean Claude Frajmund, José Roberto Neffa Sadek, Maria Suely Carvalho Berto, Joyce Del Frari Coutinho, Luiz Motta e Paulo Speller. Chefe da Assessoria de Comunicação Social: Joyce Del Frari Editores: Gustavo Tapioca, Luiz Motta e Elzira R. Arantes Reportagem: Rosangela Guerra, Tânia Nogueira e Teresa Mello Fotografia: Nair Benedicto, Juca Martins e Ana Galluf Edição de arte, diagramação, editoração eletrônica e produção gráfica: Primeira Página Comunicação Revisão: Márcia Marques Produção: Camila Araújo e Agnaldo Pereira A revista TV ESCOLA é uma publicação bimestral da Secretaria de Educação a Distância do MEC Tiragem desta edição: 450 mil exemplares PROGRAMA TV ESCOLA Presidente da República Federativa do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva Ministro da Educação Cristovam Buarque Secretário-Executivo Rubem Fonseca Filho Secretário de Educação a Distância João Carlos Teatini Secretaria de Educação a Distância MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Secretaria de Educação a Distância Esplanada dos Ministérios, Bloco L � sala 100 Brasília/DF 70047-900 Tel.: (61) 410-8592 Fax: (61) 410-9178 E-mail: seed@mec.gov.br tvescola@mec.gov.br Internet:<http://www.mec.gov.br/seed/tvescola> PARTICIPAÇÃO DE TODOS NA ESCOLHA DA BANDEIRA NOSSA BANDEIRA Nossa escola tem procurado de- sempenhar um papel acadêmico e soci- al de forma paralela, já que não é possí- vel desvincular os conteúdos das trans- formações por que passa a sociedade. Era sonho nosso criar a bandeira da es- cola. Mas, queríamos envolver os alunos no projeto, levantando reflexões e com- partilhando conquistas. Algo que abor- dasse valores, que fizesse os alunos refle- tirem sobre sua realidade e lhes ensinas- se o caminho da participação coletiva na transformação da realidade. Justificado o projeto e definidos seus objetivos e conteúdos, os professores desenvolve- ram aulas com discussões, fitas de vídeo e outros recursos, em um trabalho inter- disciplinar. Em His- tória, foram abor- dados conceitos como cidadania, participação polí- tica, democracia, civismo; em Mate- mática, conceitos de geometria; em Educação Artísti- ca, a harmonia en- tre a forma, as co- res e as idéias do artista. Todos os alunos criaram suas versões da bandeira e os pro- fessores selecionaram três das propos- tas. Foi feita uma votação com a partici- pação dos alunos e da comunidade. Di- vulgado o resultado, todos comemora- ram com fogos de artifício e muita ale- gria a criação de nossa bandeira. Genilda Leite Chalegre de Freitas (Diretora) Escola Newton Guimarães Jaguapitã/PR CINEMA NA ESCOLA Com o intuito de estimular o uso da sala de vídeo da escola, que se en- contrava desativada por problemas de estrutura, professores orientadores da TV Escola, supervisores e demais profes- sores, elaboraram o projeto �Cinema na Escola�. Exibidos durante uma semana, com temas e gêneros variados, os filmes foram transformados em ferramentas de trabalho pelos educadores, que os ex- ploraram de acordo com as necessida- des de suas disciplinas. Foram incluídos no planejamento com critérios que pu- dessem atender aos aspectos criativo, afetivo, ético e cognitivo dos alunos, fu- gindo da banalização das aulas e prece- didos de uma boa preparação, segundo o objetivo de cada professor. Ailton Fernandes (Diretor) Escola Municipal de 1o Grau Edinor Avelino Macau/RN FORMANDO AUTORES Com o incentivo do teleposto da cidade, venho desenvolvendo há três anos o projeto �Formando Autores�. Nosso objetivo é despertar o interesse dos alunos pela literatura, incentivar a criação de textos, ampliar e aprimorar o vocabulário e estimular a escrita e a leitura. Estamos muito felizes porque, ano a ano, vamos conseguindo prosse- guir com sucesso, atingindo os objeti- vos propostos no projeto. Montamos em sala de aula uma estante com os li- vros de que dispomos e que estamos sempre consultando, tirando idéias para atividades diversificadas. Além disso, cada aluno é convidado a elabo- rar, ilustrar e confeccionar seus própri- M I N H A E X P E R I Ê N C I A44 cartasC A R T A S TV ESCOLA 7 a TV ESCOLA na internet os livros de histórias ou poesias, o que já resultou em inúmeros livros infantis, com temas variados. Fomos convidados pelo teleposto de Maricá (onde fre- qüento as aulas de capacitação), a ex- por nossas �obras literárias� na Bienal do Livro do Rio de Janeiro/2003. Fica- mos orgulhosos em representar o mu- nicípio de Maricá e a escola num even- to tão importante, uma vez que somos uma pequena unidade de 1a a 4a série do ensino fundamental. Luiza Helena Nascimento Dias Escola Estadual Cônego Batalha Maricá/RJ PRIVILÉGIO DA NATUREZA Trabalhando em conjunto com a telessala da escola, a equipe pedagógi- ca, os alunos e seus pais, organizaram um passeio ecológico, para observar na prática o meio ambiente. Depois de as- sistir a um programa de vídeo, fomos até um rio próximo, que está bastante poluído e lá tivemos a oportunidade de desenvolver uma aula sobre poluição, com o objetivo de conscientizar nossos alunos para a preservação de rios e flo- restas. A coleta do lixo e o processo de reciclagem também foram abordados. Visitamos nossa praia, que é maravilho- sa e sem poluição. O mar fornece o pes- cado, o caranguejo, a ostra, o búzio e o melhor camarão do país. Nosso mangue- zal também ainda é bem preservado. Fomosao local chamado Porto da Pes- caria, onde os pais de nossos alunos pes- cam para manter suas famílias. A água dessa área é muito salgada e dela é co- lhido e industrializado o melhor sal do mundo. Uma curiosidade é que o solo de nossa cidade também é muito salga- do, porém toda semente nele plantada germina e dá bons frutos. Naura Siqueira de Medeiros Escola Estadual Donana Avelino Macau/RN CRIANDO E RECRIANDO Sou professora de português e literatura. Sempre trabalhei com o en- sino médio, mas este ano assumi duas ALUNOS E PROFESSORA EM PASSEIO PELA PRAIA classes de 7ª série do ensino funda- mental. No pri- meiro bimestre consegui detec- tar os problemas que mais afeta- vam o desenvol- vimento dos alu- nos na produção de texto. Preocu- pada, desenvolvi diversas ativida- des para melho- rar seu desempe- nho. A que surtiu bom resultado foi um trabalho em grupo, baseado em ilustrações rea- lizadas pelos próprios alunos, com cola- gens. Apresentei-lhes várias imagens, re- tiradas de calendários, e propus que re- cortassem figuras e construíssem uma nova ilustração. Sobre a obra resultan- te, cada grupo produziu seu texto. O mais interessante nessa experiência foi que os alunos conseguiram utilizar seus conhecimentos multidisciplinares na ela- boração dos textos e não cometeram muitos erros em relação à norma culta da língua. Neila Maria Mariano Colégio Estadual Professora Ângela Sandri Teixeira Almirante Tamandaré/PR para o Fala Brasil <http://www.mec.gov.br/seed/tvescola> 0800-616161 Ligação gratuita LigueLigueLigueLigueLigue Vis i teVis i teVis i teVis i teVis i te carta, fax ou e-mail TV Escola Caixa Postal 9659 Brasília/DF 70001-970 Fax (61) 410-9178 E-mail : tvescola@mec.gov.br EscrevaEscrevaEscrevaEscrevaEscreva Comentários, críticas, dúvidas, sugestões, relatos de experiências, propostas de intercâmbio com seus colegas...e muito mais! TV ESCOLA8 AULAS CONTEXTUALIZADAS A professora da 1ª série de nos- sa escola, idealizou e realizou um proje- to que teve como ponto de partida o cotidiano das crianças, levando-as a ob- ter um aprendizado facilitado e inova- dor. Trabalhar a leitura e a escrita, des- pertar o interesse pelo aprendizado, ele- var a auto-estima, despertar a criativida- de e permitir a ampliação dos conheci- mentos gerais, foram os objetivos pro- postos pelo projeto. Entre as atividades desenvolvidas extra-classe, os alunos ti- veram momentos na cozinha da escola, visitas a supermercados, ao correio, à Apae, ao terminal rodoviário, a casas co- merciais... Em sala de aula, escreveram cartas, elaboraram cartazes com preços pesquisados, copiaram receitas, traba- lhando a produção de textos e a orali- dade, sempre em um contexto prático. A aula prática é muito bem recebida pelos alunos, pois aprendem de forma dinâmica e descontraída, integrando esse conhecimento ao percurso escolar, de forma definitiva e vivenciando o sig- nificado de cada conteúdo. Assim, nos- sa 1ª série foi levada a conhecer o mun- do das letras de maneira natural, dinâ- mica e evoluída. Temos hoje alunos al- fabetizados e felizes. Waldirene Pereira da Silva (Coordenadora pedagógica) Giovana Rodrigues Freitas Pina (Professora da 1ª série) Escola Estadual Deputado Federal José Alves de Assis Araguaína/TO ATENÇÃO AO IDOSO Quando tomamos conhecimen- to do tema da Campanha da Fraterni- dade 2003, tivemos a certeza de que este era o momento ideal para a realização de um trabalho de reflexão e conscien- tização dos alunos e da comunidade so- bre a situação do idoso na sociedade atual. Para dar início ao projeto, os alu- nos entrevistaram pessoas idosas, orien- tados pelos professores. Depois, houve exibição de vídeos seguida de debate; elaboração de cartazes, discussão e re- flexão sobre as mensagens expostas; confecção de lembrancinhas, na aula de Artes; produção de textos e apresenta- ção teatral. Convidados, alguns idosos participaram de várias atividades. Além disso, graças a parcerias conseguidas pela escola, receberam doses de vacina contra gripe, tiveram sua pressão veri- ficada e assistiram à palestra feita por uma médica da comunidade. Ao final do evento, várias pessoas nos procuraram para elogiar nosso trabalho, o que nos deu muito orgulho, pois tivemos a sen- sação de estar contribuindo para uma sociedade mais justa. Maria Paula Viana Santos Escola Municipal Virgílio de Melo Franco Nova Iguaçu/RJ FEIRANTES Sou professora de Língua Portu- guesa e realizei com os alunos da 8ª sé- rie do ano passado um projeto intitulado �Registro biográfico de feirantes�. Não faltaram conversas e discussões sobre a importância da feira livre para o comér- cio local, mas o foco principal foi um olhar minucioso sobre as pessoas que vendem na feira. A turma realizou uma pesqui- sa, partindo da aplica- ção de um pequeno questionário para en- trevistar alguns feiran- tes, enquanto passeá- vamos pela feira. Re- solvemos utilizar fil- madora e máquina fo- tográfica para registrar com mais fidelidade es- ses momentos. Em sala de aula, vimos as ima- gens gravadas e, com os questionários res- pondidos, construímos uma pequena biogra- fia dos feirantes entre- vistados, ilustrando em um cartaz as primeiras impressões so- bre a feira e seus personagens. Marcar- mos o dia da apresentação dos traba- lhos em sala de aula e foi com orgulho que cada aluno leu a biografia do fei- rante escolhido, discutindo com a tur- ma a importância e o pioneirismo dessa pesquisa. Na época, eu estava participan- do do curso TV na Escola e os Desafios de Hoje e o que aprendi sobre o uso da tecnologia no trabalho pedagógico foi decisivo para a realização do projeto. Na Feira de Ciência e Cultura da escola, realizada no final do ano letivo, para a qual toda a comunidade foi convida- da, mostramos o resultado de nosso tra- balho. Levamos um dia inteiro arruman- do a sala de aula com objetos vendidos na feira, trazidos pelos alunos. Organi- zamos as biografias em forma de livros, pregamos os desenhos nas paredes, montamos um mural com fotos, e dei- xamos a fita de vídeo pronta para ser exibida aos visitantes. Assim, pudemos valorizar o trabalhador da feira e de- senvolvemos nos alunos a capacidade de produção textual biográfica, tão im- portante no processo de ensino-apren- dizagem. Claudete Medeiros Escola Estadual Senador José Bernardo São João do Sabugi/RN VISITA A UMA CASA COMERCIAL M I N H A E X P E R I Ê N C I A44 cartasC A R T A S TV ESCOLA 9 INTERNET NAS RUAS DE RECIFE JOVENS TÊM ACESSO A CURSOS DE INFORMÁTICA BÁSICA E ACESSO Ä INTERNET PERTO DE CASA ão seis unidades móveis total- mente equipadas: em cada uma, treze computadores co- nectados em rede à in-ternet, além de impressoras, scanner, quadro branco, televisor, videocassete e equi- pamento de som. Nelas funcionam as pioneiras Escolas Itinerantes de Infor- mática, criadas com recursos da pre- feitura pela Secretaria Municipal de Educação do Recife, dentro do proje- to recife.com.jovem. Os principais objetivos do projeto são combater a exclusão digital e dar aos jovens melhores oportunidades de formação e mais recursos para se inserir no mercado de trabalho, ao proporcionar maior familiaridade com as novas tecnologias. A própria população do município ajuda a definir as comunidades a se- rem atendidas. A Escola Itinerante se instala durante dois meses em uma rua ou praça da comunidade esco- lhida e oferece cursos de informática básica e acesso à internet, possibili- tando o contato com novas técnicas de informação e comunicação. O con- teúdo dos cursos de informática é direcionado para atividades profissi- onais, levando em conta a realidade sociocultural dos alunos. Desde sua cria- ção, em agosto de 2002, o projeto já atendeu a 18 co- munidades distri- buídas por toda a cidade e capacitou mais de 4.700 alu- nos. Embora as Es- colas Itinerantes tenham sido pensa- das especialmente para atender aos jovens, também são procuradas por adultos, sempre bem-vindos. Visando a inclusão de todos os ci- dadãos, os veículos dispõem de ele- vador para permitir o acessode por- tadores de deficiência. E já está sen- do desenvolvido um projeto de capa- citação de professores para garantir o atendimento a deficientes auditivos. A preocupação com o uso de no- vas tecnologias na educação se refle- te em outras políticas públicas, como as sete Unidades de Tecnologia na Educação e Cidadania (Utec) distribu- ídas pela cidade. Praticamente meta- de dos usuários é constituída de alu- nos encaminhados pelas escolas da re- gião, e o restante vem da população em geral. Desta- cam-se as Utec Sí- tio Trindade e Cris- tiano Donato. O Sítio Trinda- de é um local tombado pelo patrimô- nio histórico, onde são desenvolvidos projetos de cultura popular. Nessa Utec estão instalados um Núcleo de Tecnologia na Educação (NTE) do ProInfo e uma biblioteca virtual. A Unidade Cristiano Donato fica em um bairro central do Recife, o da Boa Vista, em uma rua comercial ex- clusiva para pedestres. Ali funcionam cursos de tecnologia semelhantes aos das unidades móveis e um núcleo de idiomas, com cursos de inglês, es- panhol, francês, italiano, alemão, he- braico e grego. É freqüentada por um público eclético, no qual predomi- nam os desempregados (40%), en- caminhados pela bolsa de empregos da prefeitura. Além destes, há alu- nos da rede municipal (30%), enca- minhados pelas escolas; trabalhado- res da indústria e do comércio (20%), encaminhados pela associação de lojistas e sindicatos correspondentes; e servidores da prefeitura (10%), en- caminhados pela Secretaria de Ad- ministração. S COM LABORATÓRIOS ITINERANTES, A INFOR- MÁTICA CHEGA À PERI- FERIA DO RECIFE E CRIA NOVAS PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO SOCIAL EXCLUSÃO DIGITAL Para saber mais E-mail: <seceduca@recife.pe.gov.br> Internet: <http:// www.recife.pe.gov.br/ urbis2003/informatica.html> TV ESCOLA 9 TV ESCOLA10 DIREÇÃO: Shantha Bloemin REALIZAÇÃO: CS Associates, Estados Unidos, 2001 CAMISETAS VIAJANDO A história das roupas de segunda mão e a dívida do Terceiro Mundo R E S U M O Na Zâmbia, na África, roupas usadas provenientes de ou- tros países movimentam um grande e incomum comércio. Exa- minando esse mercado, o documentário discute as conseqüên- cias do endividamento externo e dos ajustes estruturais na eco- nomia do país a partir dos anos 90 e examina as crescentes desi- gualdades entre o Terceiro Mundo e os países desenvolvidos. A T I V I D A D E S Objetivos e habilidades Adquirir conhecimentos sobre a África subsaariana. Reconhecer o padrão assimétrico de desenvolvimento nas eco- nomias capitalistas e a natureza dos ajustes estruturais in- troduzidos a partir dos anos 80 e 90. Estimular a sensibilidade crítica dos alunos e desenvolver a capacidade de pesquisa, interpretação e análise de dados e de textos. Elaborar gráficos e material cartográfico. Trabalho com a classe Antes de exibir o vídeo, apresente aos alunos os indicadores socioeconômicos de alguns países, destacando as desigualda- des existentes. Oriente a localização, em um atlas, dos princi- pais bolsões de pobreza e das diferenças na concentração de riquezas. Depois que a classe houver assistido ao programa, retome a conversa anterior e encomende uma pesquisa a respeito da si- tuação socioeconômica da Zâmbia. Discuta as condições de tra- balho informal retratadas no documentário e os motivos de sua disseminação na Zâmbia. De que forma essa questão denuncia a distribuição desigual de riqueza? Organize os dados com a classe, estruturando um amplo pai- nel que sirva para refletir sobre o endividamento externo e as reformas econômicas a que se submeteram os países altamente dependentes de ajuda externa. Examine o conjunto de mudan- ças exigidas pelos organismos internacionais nos anos 90 e os impactos causados nas economias menos desenvolvidas. Reto- me o conteúdo do documentário para enfatizar as conseqüên- cias da abertura acelerada do mercado, do processo de privatização e da redução ao acesso de bens e de serviços. Interdisciplinaridade HISTÓRIA: Aprofundar o estudo do processo de descolonização da África e da Ásia, os movimentos naciona- listas no Terceiro Mundo e as guerras na África. MATEMÁTICA: Elaboração de gráficos a partir de indicado- res sociais e econômicos (IDH, desemprego, evolução da dívida externa). Veja na internet <http://www.clubemundo.com.br/revistapangea/> Site da revista Pangea, publicação de política, economia e cultura. <http://educaterra.terra.com.br/vizentini/artigos/ index.htm> Textos de Paulo Fagundes Vizentini, diretor do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados da UFRGS, sobre relações internacionais. <http://www.un.org/esa/africa/> Site em inglês do Programa das Nações Unidas para a Áfri- ca, com muitos links relacionados ao assunto. <http://www.undp.org/hdr2003/other_languages.html> Apresenta o Relatório de Desenvolvimento Humano 2003 da ONU. Leia também �O balanço do neoliberalismo� Perry Anderson, em Pós-neoliberalismo. As políticas sociais e o Estado democrático, de Emir Sader & Paulo Gentili (orgs.). São Paulo, Paz e Terra, 1995. A bolsa ou a vida � a dívida externa do Terceiro Mundo: as finanças contra os povos Eric Touissant. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 2002. �O papel do Estado e as políticas neoliberais� Paul Singer, em Globalização, metropolização e políticas neoliberais, de Regina Maria A. Fonseca (org.). São Paulo, Educ, 1997. A armadilha da dívida Reinaldo Gonçalves & Valter Pomar. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 2002. Veja também, da TV Escola �Comércio�, da série Ecce Homo GEOGRAFIA Série selecionada na grade de programação do ensino fundamental. Indicada para atividades com alunos de 8a série do ensino fundamental e também para o ensino médio. ÁREAS CONEXAS: Ética; História n n n n n n DURAÇÃO: 55�16� 7 OUTUBRO programaçãoD E S T A Q U E S D A TV ESCOLA 11 Exercitar a observação e a fruição, comparando obras diver- sas do mesmo autor. Elementos a destacar MEMÓRIA. O empenho mostrado no vídeo para resgatar a obra e a memória de Portinari serve como ponto de partida para uma discussão sobre a importância do trabalho de do- cumentação. Proponha aos alunos que desenvolvam um proje- to semelhante em torno de outro artista � podem escolher al- guém de seu estado, ou mesmo da cidade onde está a escola. PINTURA COMO MEIO. As obras mais importantes de Portinari possuem um cunho humanista e político. O estilo e o assunto de seus trabalhos são muitas vezes confrontados com o espí- rito do Estado Novo getulista (1935-1945). Em colaboração com o professor de História, organize um debate sobre as semelhanças e diferenças existentes nos modos como Vargas (governando) e Portinari (pintando) pensavam o país. Esta atividade pode oferecer desdobramentos interessantes com as turmas do ensino médio: * É possível dizer que o populismo de Vargas tem um paralelo com certas obras de Portinari? * E o elogio do trabalho e do trabalhador, sobretudo braçal, que vemos em pinturas de Portinari da década de 30? * O nacionalismo é uma questão presente na obra do pintor? LITERATURA E PINTURA. Alguns temas inspiram tanto os pin- tores quanto os escritores. Em um trabalho conjunto com Lín- gua Portuguesa, distribua trechos ou capítulos de obras de Graciliano Ramos (Vidas secas, São Bernardo), José Lins do Rego (Menino de engenho) e Carlos Drummond de Andrade (Boitempo), por exemplo, e mostre aos estudantes reprodu- ções de pinturas. O poema �Brincar na rua�, de Drummond, lembra muito as pinturas de Portinari sobre crianças brincan- do. Depois, levante um debate sobre as diferenças entre as representações feitas por Portinari e pelos escritores. UM ARTISTA, VÁRIOS ESTILOS. Uma das características de Portinari é transitar por vários estilos. A abertura do filme é composta por uma série de pinturas. Após a exibição do vídeo, reapresente esse trecho, fazendo pausas. Se possível, mostre reproduções de outras obras, para que os alunos possam cotejá-las, procurando discutir as razões do artista ao pintar cada quadro de um modo diverso. Por exemplo, compare os estilos de cinco obras: O lavradorde café, O pranto de Jeremias, Retrato de Felipe de Oliveira, São Francisco e Retirantes. Esses qua- dros estão no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e há repro- duções deles no site do museu, na internet e também no site do Projeto Portinari. Portinari ilustrador O pintor ilustrou edições, hoje raras, de Memórias pós- tumas de Brás Cubas (Machado de Assis), Dom Quixote (Miguel de Cervantes), além de outros livros. Em Portinari devora Hans Staden, organizado por Mary Lou Paris e publicado pela editora Terceiro Nome (1998), estão reunidas 26 ilustrações feitas pelo artista, em uma releitura das gravuras publicadas na obra de Hans Staden. DIREÇÃO: Marcello Dantas REALIZAÇÃO: Magnetoscópio/ Petrobras, Brasil, 1997 PROJETANDO PORTINARI ARTE 23 OUTUBRO Série selecionada na grade de programação do ensino fundamental. Indicada para atividades com alunos de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e também para o ensino médio. ÁREAS CONEXAS: História, Literatura n n n n DURAÇÃO: 17�47�� O LAVRADOR DE CAFÉ, 1939, ÓLEO SOBRE TELA R E S U M O O programa mostra o trabalho desenvolvido pelo Projeto Portinari, que reúne documentos e informações sobre o artista e prepara homenagens para o centenário de seu nascimento, em dezembro de 2003. Aborda também aspectos gerais da obra de Cândido Portinari e procura contextualizar a produção deste que é um dos mais representativos pintores brasileiros do século 20, evitando a mera enumeração de fatos e de dados biográficos. A T I V I D A D E S Objetivos Expor aos alunos a necessidade da catalogação da obra de um artista. Propor uma aproximação entre as artes (pintura e literatura) e a política. n n n TV ESCOLA12 A T I V I D A D E S Objetivos Ler e interpretar textos de interesse científico e tecnológico. Interpretar e utilizar diferentes formas de representação (ta- belas, gráficos, expressões, ícones etc.). Associar conhecimentos e métodos científicos com a tecnologia do sistema produtivo e dos serviços. Entender a relação entre o desenvolvimento tecnológico e as ciências naturais. Trabalho com a classe Antes de exibir o vídeo, faça um levantamento do conheci- mento prévio dos alunos acerca dos efeitos da radioatividade. Verifique se têm informações a respeito de Hiroshima, Chernobyl ou o acidente com césio em Goiânia. Selecione previamente alguns momentos do filme para fa- zer pausas estratégicas durante a exibição, a fim de ampliar as informações ou chamar a atenção para determinados pontos. Explique de onde provêm as radiações e a interação das partí- culas nucleares com a matéria, sobretudo com os seres vivos. Depois da apresentação, organize a classe em duplas e peça- lhes uma pesquisa sobre as aplicações da energia radioativa. Os dados podem servir para construir painéis ilustrados, indicando os diversos campos em que a radiação é utilizada: telecomuni- cações, paleontologia, antropologia, fisiologia, medicina, agri- cultura, geração de energia, esterilização de objetos, indústria alimentícia, genética, ecologia, zoologia, botânica, geologia etc. Interdisciplinaridade O professor de Geografia pode aproveitar o vídeo para dis- cutir o papel das grandes potências no conflito bósnio e em outros conflitos regionais. Veja na internet <http://www.scite.pro.br/emrede/fisicamoderna/radio- atividade/principal.html> Site com textos sobre radioatividade, as características das partículas nucleares e seus efeitos biológicos. <http://www.energiatomica.hpg.ig.com.br/uran.htm> Site que explica a utilização do urânio com funções bélicas, incluindo o caso de Kosovo. Leia também A radioatividade e o lixo nuclear Maria Elisa Marcondes Helene. São Paulo, Scipione, 1996. A desintegração do Leste � URSS, Iugoslávia, Europa Oriental Nelson Bacic Olic. São Paulo, Moderna, 1993. Veja também, da TV Escola �A energia nuclear�, da série Desafios tecnológicos Energia nuclear, Ética na ciência Veja na internet <http://www.portinari.org.br> Site do projeto Portinari, com biografia, reprodução de obras, documentos e referências bibliográficas. <http://www.casadeportinari.com.br/> Site do Museu Casa de Portinari, na antiga residência do artista, na cidade paulista de Brodowski. Conserva os afrescos e murais ali pintados por ele, além de outras obras, desenhos, documentos e até poesias. <http://www.masp.art.br/ default.asp?PG=MOS&Loc=1&art=34> Obras de Portinari no site do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Leia também Cândido Portinari Annateresa Fabris, São Paulo, Edusp, 1996. Alegorias do Brasil Tadeu Chiarelli. São Paulo, MAM, 2003. Veja também, da TV Escola �Portinari, traços do Brasil�, da série O mundo da arte Direção: Thomas Wedmann Realização: La Sept Arte, França, 2001 HERANÇA DA GUERRA: POLUIÇÃO MEIO AMBIENTE 3 NOVEMBRO Programa selecionado na grade de programação do ensino fundamental. Indicada para atividades com alunos de 7a e 8a séries do ensino fundamental e também para o ensino médio. ÁREAS CONEXAS: Ética; SaúdeDURAÇÃO: 25�41� R E S U M O Alerta sobre as conseqüências da chamada �guerra de Kosovo�, em que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) atacou a Federação Iugoslava. Os armamentos à base de urânio usados no conflito contaminaram as reservas de água e o solo da região, provocando câncer e outros problemas de saúde na população. Além disso, os bombardeios atingiram refinarias de petróleo e usinas de produtos químicos, provo- cando a liberação de gases tóxicos no ar e a contaminação do solo por metais pesados. n n n n programaçãoD E S T A Q U E S D A TV ESCOLA 13 DIREÇÃO: Nick Hilligoss REALIZAÇÃO: ABC International, Austrália, 1997 GRUPO DOS CINCO ÉTICA 6 OUTUBRO Série selecionada na grade de programação do ensino funda- mental. Indicada para ativida- des com alunos da 5ª à 8ª série do ensino fundamental e tam- bém para o ensino médio. ÁREAS CONEXAS: Ciências; Meio Ambiente DURAÇÃO: 5 episódios de 5� l l l l R E S U M O Os desenhos de animação dessa série superpremiada em festivais do mundo inteiro tratam de maneira metafórica e crí- tica diversos temas relacionados à ação humana sobre a natu- reza e os demais seres vivos. Em cada episódio, os persona- gens questionam a razão dominadora, normativa e repressiva, bem como procuram achar meios de superá-la. A T I V I D A D E S Após a exibição de cada episódio, convide os alunos a for- mar uma roda de discussão, incentivando todos a manifestar suas impressões sobre a história narrada. Proponha questões que contribuam para a melhor compreensão dos conceitos en- volvidos e oriente a sistematização dos argumentos propostos. Habilidades a serem desenvolvidas Relacionar metáforas com a realidade e utilizar as metáforas para orientar o pensamento centrado em valores éticos. Elaborar coletivamente julgamentos éticos a respeito da ação humana sobre a natureza e a própria humanidade. O MUNDO DA TARTARUGA O vídeo mostra a divisão Social como forma de organização produtiva na sociedade dos macacos, representando a rup- tura do equilíbrio primordial. Oriente a discussão com algu- mas perguntas; para encerrar, proponha um julgamento da atitude dos macacos e da saída da tartaruga para sobreviver. O que os macacos e a tartaruga representam no mundo real? Por que a história termina com um macaco sobrevivente? Como a história poderia continuar? Quem poderia ficar no lugar do macaco que comunicou aos conselheiros a possibilidade da morte da tartaruga? Quem os alunos colocariam no lugar dos conselheiros que não quiseram ouvir, ver e falar? O que representa o totem que desmorona diante da atitude dos conselheiros? A CELA Os temas a serem abordados são a existência da liberdade n n em qualquer circunstância e o valor da atividade imaginati- va e artística para a preservação da liberdade no ser huma- no, em oposição à racionalidade normativa e repressiva. Por que o personagem é preso? O que significa para ele o ato de pintar? Por que o outro prisioneiro se encontra como um esqueleto na cela vizinha? Por que, ao final do episódio, o personagem acaba outra vezatrás das grades? CLASSES INFERIORES Aqui são ressaltadas a amizade, a cooperação e a solidarie- dade como valores e a necessidade de estratégias coletivas de sobrevivência nas classes inferiores. Oriente a observação crítica da exigência ideológica de sacrifício do indivíduo para a conservação do grupo ou da ordem social. Por que mosca, rato e barata representam aqui a classe inferior? São inferiores em relação a quê? Qual a estratégia do grupo de bichos para sobreviver? E qual valor está em jogo? Por que a mosca morre no final do episódio? Poderia ser dife- rente? OS SAPOS CANTORES O episódio possibilita a reflexão sobre o reconhecimento de habilidades diferentes para a composição do grupo. Como acontece o encontro da rã que sobreviveu à máquina de compactar lixo com o grupo de sapos cantores? Qual a solução encontrada pela rã para se integrar ao grupo dos sapos? E por que é excluída? O que permite a recomposição do grupo? Quem já vivenciou um fato semelhante em suas relações? O DESCANSO DO GAMBÁ Aqui se retoma o tema da relação entre homem e natureza, sugerindo que cabe à nova geração a tarefa de superar essa oposição. Quem resolve a oposição entre a família invasora e o gambá? Por que não é um adulto? O que esse fato representa se pensarmos na oposição entre ativi- dade industrial e natureza? O que nós podemos fazer para alterar essa oposição? Interdisciplinaridade O professor da área de Ciências pode fazer um estudo sobre a origem da vida no planeta, convidando os alunos a levantar hipóteses e discutir a pertinência de cada uma em relação às teorias evolucionistas e criacionistas. Também pode ser propos- to um debate sobre a atividade industrial humana analisando, por exemplo, as conseqüências da fabricação de papel ou da exploração do petróleo. Veja na internet <http://www.abc.net.au/abcinternational/s33559.htm> Contém informações a respeito da série e dos prêmios in- ternacionais conquistados por vários dos episódios. l l l l l l l l l l l l l l l l l l TV ESCOLA14 DIREÇÃO: Paer Lorenzon REALIZAÇÃO: TV4, Suécia, 2001 UMA GERAÇÃO EM PERIGO R E S U M O Botsuana é vítima de um dos mais elevados índices de contaminação pelo vírus da aids do mundo. A riqueza des- se país africano, cuja economia está centrada nas jazidas minerais e na pecuária, contrasta com os problemas na área de saúde. Cerca de 25% dos habitantes de 15 a 49 anos estão ameaçados pela doença. O documentário analisa a questão do ponto de vista socioeconômico, político, religi- oso e científico. A T I V I D A D E S O documentário propicia um trabalho interdisciplinar en- volvendo todas as séries, abordando a aids e as doenças sexu- almente transmissíveis (DST) como tema transversal, explo- rando aspectos históricos, geográficos e culturais da África (e de Botsuana, em particular) e traçando um paralelo com a situação brasileira. Competências a serem desenvolvidas Utilizar conhecimentos científicos para explicar questões sociais e de saúde. Conhecer o próprio corpo e sua sexualidade para fortale- cer a auto-estima e valorizar a saúde. Tomar atitudes individuais que afetam a saúde coletiva. Aquecimento Como ponto de partida, faça um levantamento dos co- nhecimentos prévios dos alunos sobre a aids. Graças às cam- SAÚDE 1 OUTUBRO Série selecionada na grade de programação do ensino fundamental. Indicada para atividades com alunos de 7a e 8a séries do ensino fundamen- tal e também para o ensino médio. ÁREAS CONEXAS: Ética; Geografia n n n DURAÇÃO: 20�59� panhas de conscientização, é provável que eles já disponham de um bom volume de informações, mas vale a pena esclare- cer eventuais equívocos e mal-entendidos. Assim, organize na lousa uma tabela com duas colunas � verdadeiro e falso � para registrar as opiniões, fornecendo explicações quando for o caso. As respostas certamente serão variadas, mas podem ocorrer, por exemplo, afirmações equivocadas de que a doença seja ex- clusiva de homossexuais masculinos, se transmita pelo uso de maconha ou possa ser evitada com a interrupção do coito. Por isso, procure induzir a classe a falar o máximo possível. Ao exibir o filme, proponha que os alunos anotem os con- teúdos dos depoimentos que considerarem úteis para com- pletar a tabela do quadro-negro. Ao terminar a apresenta- ção, corrija ou complete a tabela com a classe, iniciando mais uma vez o debate. Em seguida, passe novamente a fita, sugerindo agora que os alunos procurem identificar os aspectos socioeconômicos e culturais. Esse trabalho pode ser feito em conjunto com o pro- fessor de Geografia, para inserir Botsuana no cenário da Áfri- ca atual, complementando as informações dadas no vídeo. Os alunos devem ser informados sobre o tipo de regime, a situa- ção da economia, as condições de acesso da população à edu- cação e à saúde, a distribuição de renda e outros dados socioeconômicos. Se for o caso, peça-lhes para fazer uma pes- quisa em livros ou na internet. O papel da informação O filme destaca os contrastes entre uma classe socioeco- nômica mais rica e culta, e outra, pobre e analfabeta. Peça aos alunos para comparar as taxas de incidência entre os dois grupos. Ficará evidente que a ocorrência da aids é menor en- tre os universitários, sugerindo que o nível de instrução faz alguma diferença, embora não seja determinante. Num trabalho interdisciplinar com Geografia, procure fa- zer um paralelo com a população brasileira. Diga aos alunos para identificar as políticas preventivas do governo de Botsuana e compará-las com as iniciativas brasileiras, em suas várias instâncias � municipal, estadual e federal. Comente o fato de que as principais campanhas ocorrem por ocasião do Carnaval. Explique que no Brasil o número de novos casos de aids vem decrescendo em quase todas as classes sociais e idades, exceto entre mulheres de 13 a 19 anos, faixa em que a taxa aumentou. É provável que boa parte das alunas se encaixe nessa faixa etária. Assim, peça aos alunos que procurem espe- cular sobre os motivos desse aumento. Apresente mais uma vez o trecho do filme em que a estu- dante universitária entrevistada retrata um pouco do com- portamento e da atitude de seus colegas. Qual a importância dessa informação para a discussão da aids? DESTAQUE ESPECIAL / DESTAQUE ESPECIAL / DESTAQUE E programaçãoD E S T A Q U E S D A TV ESCOLA 15 A t i v i d a d e JOGO DA EPIDEMIA Prepare cartões (ou folhas de papel), um para cada aluno, marcando em um deles um símbolo de que o portador está �contaminado� pelo HIV. Em outros três, desenhe um sinal que identificará uma pessoa que faz sexo seguro, ou seja, que usa camisi- nha. Assim, no total do grupo, um será portador de HIV, três farão sexo seguro e os demais, não. Escolha uma música bem animada para os jovens dan- çarem. Distribua os papéis aleatoriamente, um para cada alu- no � só você deve saber o significado dos quatro sím- bolos marcados �, e explique as �regras� do jogo. Cada participante deve escolher uma pessoa para dan- çar e anotar o nome do parceiro em seu papel. Interrompa e recomece a dança cinco ou seis vezes, pedindo que troquem de parceiros e anotem os no- vos nomes no papel. Se algum aluno não quiser participar, poderá apenas assistir, com seu papel na mão � certifique-se de que o cartão dele não é um dos marcados e, se for, tro- que-o por um em branco. Se houver número desi- gual de alunos e alunas, permita casais do mesmo sexo. E se houver algum casal de namorados na sala, sugira que comecem juntos e que também se juntem na última rodada. Essa atividade inevitavelmente gera um certo tumul- to. Após a brincadeira, procure fazer com que a clas- se se tranqüilize e dê início à discussão, questionan- do: E se, em vez de dança, tivessem sido relações sexuais? Localize o �aluno-portador� e explique o que signifi- ca o símbolo do papel. Pergunte quem dançou com ele na primeira rodada e peça que ambos mantenham a mão levantada; continue identificando os sucessi- vos parceiros, que ficarão com a mão erguida até ter- minar o levantamento. Pergunte,então: A partir de um aluno, quantos foram contaminados? (Explique que, para efeito didático, todo aluno que passa pelo par- ceiro contaminado é considerado infectado, embora na prática isso não seja necessariamente verdade). Repita o procedimento em relação aos portadores do papel com o segundo símbolo, explicando seu signi- ficado. Estes fizeram sexo seguro e, portanto, não estarão contaminados. E os alunos que ficaram de fora? Eles não estão contaminados, mas seus papéis estarão em branco. TEXTO ELABORADO POR MARCOS ENGELSTEIN, PROFESSOR DE CIÊNCIAS DO COLÉGIO SANTA CRUZ � SÃO PAULO/SP Veja na internet <http://www.aidsnews.org.il/> Site do Jerusalem Aids Project, que trabalha mundial- mente (inclusive no Brasil) com o combate à aids nas escolas. <http://www.aids.gov.br> Site do Ministério da Saúde. Traz inúmeros dados, que podem ser usados para pesquisa e para a construção de tabelas e gráficos. Veja também, da TV Escola DST/Aids O sistema imunológico l l l l l l l l l l Atitudes de risco O vídeo insinua que o consumo de álcool leva os jovens a se descuidar do sexo seguro. Discuta essa hipótese, levando os alu- nos a comentar também o uso de drogas, em particular as injetáveis, e a contaminação hospitalar pelo sangue doado. Explique que atualmente a idéia de �grupos de risco� está ultrapassada, que o que existe de fato são atitudes de risco. Os mais expostos à doença são pessoas com vida sexual ativa, com mais de um parceiro, que praticam sexo sem proteção � independente da orientação sexual. Cite como exemplo dois casais hipotéticos. O primeiro, dois homossexuais masculinos � digamos, um administrador de em- presas e um dono de salão de beleza �, mantêm uma relação fiel há mais de quinze anos. O segundo, um casal heterosse- xual, é formado por um empresário e uma médica. A mulher viaja muito, participando de congressos, e com freqüência mantém relações extraconjugais. Debata com os alunos quais dessas pessoas eles achariam mais propensas a desenvolver a doença e por quê. Interdisciplinaridade O jogo da epidemia oferece ao professor de Matemática um bom ponto de partida para trabalhar probabilidades. As áreas de Língua Portuguesa e Arte podem analisar as campanhas já realizadas, os slogans que aparecem no vídeo e até propor algum trabalho de esclarecimento na escola e na comunidade. As discussões permitem desdobramentos na área de Ética, para examinar o papel da mulher na sociedade atual e a im- portância da confiança nas relações afetivas. UE ESPECIAL / DESTAQUE ESPECIAL / DESTAQUE ESPECIAL TV ESCOLA16 Direção: Carole Poliquin Realização: Filmoption, Canadá, 2002 A LINHA FINAL: PRIVATIZANDO O MUNDO R E S U M O O documentário aborda o choque entre os interesses coletivos da população e os de grandes conglomerados transna-cionais, potencializado pelos acordos internacionais de libera-lização comercial, especialmente a partir da déca- da de 80. Objetivos e habilidades Desenvolver e aprofundar conceitos relativos à mundialização da economia, enfatizando: a expansão dos conglomerados multinacionais; o processo de liberalização comercial e o aumento da circu- lação de bens e de capital no mundo; o papel das agências e dos organismos internacionais e os acordos bilaterais e multilateriais de comércio; os ajustes estruturais nas economias. Estimular a sensibilidade crítica e desenvolver a capacidade de pesquisa, interpretação e análise de dados e textos. Exercitar a troca de informações e o debate em sala de aula. A T I V I D A D E S Antes de exibir o vídeo, analise com a classe alguns textos sobre as mudanças estruturais na economia mundial no últi- mo século: reestruturação produtiva, desenvolvimento tecnológico, liberalização comercial e produção concentrada de riquezas. Proponha que façam então um levantamento dos principais organismos internacionais, dos acordos de liberalização comercial, dos blocos regionais e dos acordos eco- nômicos intra e extra-regionais. Discuta o resultado das pes- quisas e exiba a seguir o documentário, que permitirá aprofundar o debate sobre esses temas. Analise a relação da saúde pública com a questão do aces- so à água e com a privatização do Estado quando se transfere um serviço público para o setor privado. Enfatize que, como a água é um recurso natural, também pode ser examinada sob uma perspectiva análoga à do controle da produção de se- mentes por empresas transnacionais. Chame a atenção para os trechos do vídeo que abordam as leis de patente que controlam a biotecnologia aplicada aos se- tores agrícola e farmacêutico. Também pode ser proposta uma pesquisa sobre a Alca, sugerindo as questões: Em que contexto surgiu a proposta de criação de uma zona de livre comércio no continente americano? Como estão se processando as discussões? Em que termos esse acordo está sendo negociado? Na discussão posterior à pesquisa, procure levar os alunos a descobrir a afinidade entre os temas tratados no documen- tário e os pontos envolvidos na implementação desse acordo comercial. Interdisciplinaridade HISTÓRIA: Estudar o desenvolvimento econômico do pós-guer- ra, a formação dos organismos internacionais, a evolução do capitalismo financeiro, a expansão das empresas transnacionais e a hegemonia dos Estados Unidos. ÉTICA: Engenharia genética e biotecnologia, temas presentes em diversos acordos internacionais, podem ser discutidos do ponto de vista dos aspectos éticos envolvidos. Veja na internet <http://www.mre.gov.br/> Relações bilaterais. Site do Ministério das Relações Exteriores. <http://www.mdic.gov.br/comext/default.htm> Informações sobre comércio exterior, no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. <http://www.ftaa-alca.org/alca_p.asp> Site oficial da Alca � Área de Livre Comércio das Américas. <http://www.ilea.ufrgs.br/nerint/> Núcleo de Estudo em Relações Internacionais e Integração. Leia também �O balanço do neoliberalismo�, em Pós-neoliberalismo. As políticas sociais e o Estado democrático Perry Anderson. São Paulo, Paz e Terra, 1995. Por uma outra globalização � do pensamento único à consciência universal Milton Santos. Rio de Janeiro, Record, 2000. O que é capital internacional Rabah Benakouche. São Paulo, Brasiliense, 1992. Alca: quem ganha e quem perde com o livre comércio nas Américas Kjeld Jakobsen & Renato Martins. São Paulo, Fundação Perseu Abramo, 2002. GEOGRAFIA 7 OUTUBRO Série selecionada na grade de programação do ensino fundamental. Indicada para atividades com alunos de 7ª e 8ª séries do ensino fundamental e também para o ensino médio. ÁREAS CONEXAS: Ética; História n n DURAÇÃO: 53� n n l l l l l l programaçãoD E S T A Q U E S D A TV ESCOLA 17 DIREÇÃO: Maurício Dias REALIZAÇÃO: Grifa Cinematográfica, Brasil, 2000 NO CAMINHO DA EXPEDIÇÃO LANGSDORFF R E S U M O Documentário apresentado pela artista plástica Adriana Florence, tataraneta do artista francês Hercule Florence, que participou como desenhista da expedição promovida pelo côn- sul alemão George von Langsdorff no século 19. Acompanha- da de uma equipe de pesquisadores, Adriana refez o percurso da missão pelo interior do Brasil, percorrendo cerca de 17 mil quilômetros, de São Paulo até a Amazônia. Proposta interdisciplinar SELEÇÃO DO TEMA - Em um trabalho conjunto, os professo- res de História, Arte e Geografia podem organizar um estu- do comparativo entre quatro expedições empreendidas em momentos distintos: Langsdorff (1821-1829); Roncador-Xingu (de 1945 até a década de 60); Jacques Cousteau (1982-1983); e a realizada pela equipe do documentário (1999). Ao retomar o percurso da expedição Langsdorff, os via- jantes que fizeram o documentário também participaram de uma expedição que, tal como as outras, produziu novos co- nhecimentos, o que torna extremamente rica a comparação com as demais expedições. A proposta é verificar, de acordo com as especificidades de cada disciplina, as idéias de �natureza� e de �índio� pro- duzidas pela fala do outro � estrangeiro ou brasileiro � du- rante os séculos19 e 20. TRABALHO COM O VÍDEO - Os professores das três áreas fa- zem a apresentação do vídeo em conjunto, chamando a aten- ção dos alunos para aspectos específicos de cada disciplina. Ao final, propõem uma discussão global, levando-os a comen- tar os aspectos que consideraram mais interessantes. Um dos três professores deve organizar as informações na lousa, de modo a compor um quadro-resumo do documentário. A se- guir, podem ser organizados quatro grupos, cada um encar- regado de estudar uma das expedições, sob vários aspectos: roteiro pretendido pelos viajantes; objetivos da montagem da expedição; contexto do país na época, favorável ou incentivador do em- preendimento; exemplos de representações dos grupos indígenas contatados e da natureza local, por escrito e em imagens. Proponha a formação de um painel informativo do material colhido pelos vários grupos, a fim de servir de referência para o estudo comparativo das expedições. Quando terminar a coleta do material, os professores devem promover a análise dos re- sultados, sob a perspectiva de cada uma das três áreas. Encerramento e avaliação Para finalizar, os professores podem orientar a organização de uma �expedição� de grupos de alunos, que decidirão os ob- jetivos a alcançar e a função de cada participante. A primeira etapa é a escolha do local, que pode ser um bairro da cidade. Os registros � que devem incluir roteiro, mapa, diário de anota- ções, descrições, ilustrações e fotografias � servirão para com- por uma amostra de documentação histórica. Veja na internet <http://www.uol.com.br/novaescola/ed/112_mai98/html/ multi.htm> �Arte e ciência em cinco séculos de expedições�, artigo publi- cado na revista Nova Escola, 112, maio 1998, que trata de várias expedições. <http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/ viajantes.html> Página que trata da corte portuguesa no Rio de Janeiro, com comentários sobre as expedições da época. <http://www.uol.com.br/cienciahoje/chmais/pass/ch146/ emdia.pdf> �De volta ao coração do Brasil�, artigo sobre a expedição Langsdorff publicado em Ciência Hoje, jan.-fev. 1999. <http://www.zaz.com.br/almanaque/indios_3.htm> Artigos sobre a Expedição Roncador-Xingu. Leia também Os diários de Langsdorff D. G. Bernardino da Silva (org.). Fiocruz, São Paulo, 1998. Expedição Langsdorff � Acervo e fontes históricas B. Komissarov. Unesp/Langsdorff, São Paulo,1994. A Marcha para Oeste: epopéia da Expedição Roncador-Xingu Orlando Villas Bôas e Cláudio Villas Bôas. Globo, São Paulo, 1994. Artigos sobre a expedição registrada no documentário Correio Braziliense, 14 nov. 99; Diário do Grande ABC, 9 out. 99; Diário de Cuiabá, 31 out. 99; O Estado de S.Paulo, 2 nov. 99; Épo- ca, 8 nov. 99; IstoÉ, 10 nov. 99; Terra, fev. 2000 HISTÓRIA 18 NOVEMBRO Série selecionada na grade de programação do ensino fundamental. Indicada para atividades com alunos de 7a e 8a séries do ensino fundamental e também para o ensino médio. ÁREAS CONEXAS: Arte e Geografia n n n n DURAÇÃO: 48�21� TV ESCOLA18 programaçãoD E S T A Q U E S D A ACERVO ESPECIAL / ACERVO ESPECIAL / ACERVO ESPECIAL / A ma seleção especial da série Ver Ciência reúne filmes premiados no festival francês Image et Science, considerado o mais importante evento mundial de divulgação científica e tecnológica. São documen-tários sobre diversos temas produzidos em vários países, com os mais elevados padrões de qualidade, competência técnica e rigor científico, abordando temas atuais e instigantes. Os episódios compõem um amplo painel das conquistas científicas e tecnológicas dos últimos anos: máquinas mais eficientes, energia limpa, recursos naturais renováveis e proteção ambiental, a bioen- genharia capaz de recompor órgãos danificados etc. Ao mesmo tempo, subprodutos do conhecimento aplicado, como a poluição e os microrganismos resistentes a vacinas e antibióticos, põem em xeque os benefícios desses avanços. Assuntos polêmicos, que prometem instigar valiosos debates em sala de aula. PRODUÇÃO: NHK / Japão, 2001 DIREÇÃO: Osamu Monden 7 NOVEMBRO DURAÇÃO: 60� O Sasi é um sistema de proteção ambiental considerado antiquado e retrógrado por muitos, mas que há trezentos anos garante o uso sustentável dos recursos naturais no povoado de Haruku, na Indonésia. Uma polêmica que merece ser acompanhada e discutida. Sasi: uma esperança para a floresta e o mar PRODUÇÃO: NHK / Japão, 2001 DIREÇÃO: Toshihiro Matsumoto/ Kazuhiro Kitano 17 OUTUBRO DURAÇÃO: 60� Os inúmeros asteróides que caíram sobre a Terra desde sua formação há bilhões de anos podem ter trazido as sementes que deram origem aos primeiros seres vivos. A panspermia e a origem extraterrestre da vida são as hipóteses abordadas neste documentário. O berço cósmico da vida Produção: BBC / Grã-Bretanha, 2002 Direção: John Lynch 10 OUTUBRO DURAÇÃO: 50� Microfotografias e gravações no interior do corpo humano desvendam os mecanismos da reprodução e o papel dos hormônios na definição da sexualidade. O segredo do sexo Produção: BBC / Grã-Bretanha, 2002 Direção: John Lynch 31 OUTUBRO DURAÇÃO: 50� A primeira clonagem de um embrião humano, passo decisivo para o desenvolvimento das células-tronco, representa a esperança de muitos que dependem da reconstituição de tecidos e órgãos para uma vida normal. Tema polêmico, pois para uma parcela da sociedade essa tecnologia esbarra em questões éticas. A criação PRODUÇÃO: BBC / Grã-Bretanha, 2002 DIREÇÃO: John Lynch 21 NOVEMBRO DURAÇÃO: 50� Episódio que apresenta a formulação de uma nova droga destinada a aumentar o ciclo de vida do ser humano, agindo sobre os efeitos do oxigênio, gás responsável também pelo envelhecimento. Vivendo para sempre VER CIÊNCIA U PRODUÇÃO: NHK / Japão, 2001 DIREÇÃO: Toshifumi Kataoka O empenho de um cientista japonês que, depois de vinte anos de pesquisa, desenvolveu um câmbio de automóveis que dispensa o tradicional sistema de engrenagens. Atrito zero: quebrando as barreiras da resistência 3 OUTUBRO 5 DEZEMBRO e DURAÇÃO: 60� TV ESCOLA18 TV ESCOLA 19 Realização: TV Escola-CTI, Brasil, 1999 Direção: Vincent Carelli L / ACERVO ESPECIAL / ACERVO Três programas da série Índios no Brasil apresentam um panorama das etnias existentes no país, mostrando as diferenças de língua, cultura e tradições e a evolução da luta pelos direitos dos povos indígenas. Chama a atenção para o preconceito e a discriminação de que são vítimas, a exclusão social e o processo de preservação e revalorização das tradições culturais. Cada um dos episódios é comentado por professores de três disciplinas. COMO FAZER? Produção: BBC / Grã-Bretanha, 2002 Direção: Becky Jones 24 OUTUBRO DURAÇÃO: 50� Com vacinas e antibióticos, o ser humano imaginava que a vitória contra vírus e bactérias estava próxima, mas adaptações nesses organismos vêm representando uma nova ameaça de epidemias para a humanidade. Pestes do futuro PRODUÇÃO: WGBH / Estados Unidos, 2001 DIREÇÃO: Joel Clicker 14 NOVEMBRO DURAÇÃO: 60� Complexas e extremamente diversas, as formas de vida no planeta têm, no entanto, uma história evolutiva que converge no passado remoto para uma única árvore genealógica. Evolução: grandes transformações PRODUÇÃO: Deutsche Welle/ Alemanha, 2001 DIREÇÃO: Stefan Gabelt 28 NOVEMBRO DURAÇÃO: 50� A energia do futuro, que já movimenta os primeiros veículos automotores, é limpa e renovável: o hidrogênio, que se converte em água e pode ser obtido dos oceanos. Hidrogênio: a fonte de energia do futuro Produção: Deutsche Welle/ Alemanha, 2002 Direção: Arno Klothen 28 NOVEMBRO DURAÇÃO: 30� Avanços da eletrônica já permitem substituir nervos por dispositivos implantados no organismo. Uma esperança de aperfeiçoar a vida, fundindo homem e máquina num novo ser. Ciborgues, seres híbridos Índios no Brasil 17 NOVEMBRO 19 NOVEMBRO a REALIZAÇÃO: BBC / Open University, Grã-Bretanha, 1995 DIREÇÃO: Rissa de La Paz Documentário da série Quem Somos Nós, que focaliza o drama das pessoas que tiveram seus rostos desfigurados. Vítimasde acidentes ou de doenças, elas contam suas experiências na luta para reconstituir a identidade e a auto-estima. O tema possibilita trabalhos específicos em Língua Inglesa, Arte e Filosofia e uma atividade interdisciplinar envolvendo essas áreas. Os comentaristas sugerem que se comece o trabalho em sala de aula com uma seleção de termos em inglês usados no documentário que têm profundo significado em Filosofia, para analisar como as diferenças individuais e sociais são tratadas por todos nós. A proposta culmina com a criação de uma instalação, um espaço especialmente projetado para que os alunos passem por uma experiência sensorial baseada na discussão levantada pelo documentário. Mais do que os olhos podem ver 10 NOVEMBRO DURAÇÃO: 24�04� COLORIDO Comentado por professores de LÍNGUA INGLESA, ARTE E FILOSOFIA 1. QUEM SÃO ELES? (17�38�) 2. NOSSAS LÍNGUAS (19�16�) 3. UMA OUTRA HISTÓRIA (15�31�)/ NOSSOS DIREITOS (17�08�) TV ESCOLA 19 TV ESCOLA20 SALTO PARA O FUTURO / SALTO PARA O FUTURO / SALTO PARA 15 OUTUBRO Homenagem aos professores, enfocando a escola como espaço privilegiado para a formação de leitores. A leitura como prática social é um tema que, por sua complexidade, tem sido objeto de investigação nas diferentes áreas do conhecimento. INÉDITO ESPECIAL DO DIA DO PROFESSOR Tem por eixo temas específicos da profissão de professor � formação inicial e continuada, condições de trabalho nas escolas, remuneração, prática docente DESAFIOS DA ESCOLA: UMA CONVERSA COM OS PROFESSORES etc. -, apresentando alternativas para o enfrentamento de algumas dessas questões. REPRISE 13 OUTUBRO 16 OUTUBRO e 14 OUTUBRO 17 OUTUBRO e 20 OUTUBRO 24 OUTUBRO a Estimula um debate entre diferentes atores do proces- so educacional � gestores, técnicos, diretores, professo- res �, a fim de esclarecer o significado da avaliação de sistemas, da sistemática do Saeb, dos instrumentos SAEB � TODA CRIANÇA APRENDENDO aplicados, entre outros temas. Pretende, ainda, reforçar a necessidade da contribuição de todos para uma melhor qualidade da educação em cada escola. INÉDITO 27 OUTUBRO 31 OUTUBRO a Focaliza, numa perspectiva crítica, a construção de práticas educativas voltadas para a valorização das concepções histórico-sociais do ser humano. Propõe-se a discutir com o professor os fundamentos teóricos e metodológicos de um TRABALHO, CIÊNCIA E CULTURA: DESAFIOS PARA O ENSINO MÉDIO novo projeto curricular interdisciplinar para o ensino médio, visando compreender a articulação entre os conceitos de trabalho, ciência e cultura, sobretudo a partir da prática docente. INÉDITO 6 OUTUBRO 10 OUTUBRO a Parceria com o Ministério do Meio Ambiente para discutir diversos aspectos relativos à Agenda 21 � como a Agenda 21 global e nacional e a importância das Agendas 21 locais sob a óptica EDUCAÇÃO PARA UM BRASIL SUSTENTÁVEL: FORMAÇÃO DE AGENTES EDUCATIVOS EM AGENDAS 21 LOCAIS socioambiental �, com foco nas experiências na área da educação. INÉDITO 3 NOVEMBRO 7 NOVEMBRO a Objetiva fomentar um processo de discussão do ensino da Matemática, por meio de questões suscitadas pelo ensino da álgebra. Enfoca a relação entre a aritmética, a álgebra e a geometria, bem como as EDUCAÇÃO ALGÉBRICA E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS atividades específicas para o desenvolvimento do pensamento algébrico. REPRISE 10 NOVEMBRO 14 NOVEMBRO a Experiências de instituições que atuam na educação profissional � privadas e públicas, de nível federal e estadual. Entre outras questões, são discutidas a inser- ção profissional e social de jovens e adultos; a formação PROFISSIONALIZAÇÃO: ALTERNATIVA PARA O DESENVOLVIMENTO E A CIDADANIA empreendedora; o desenvolvimento regional; a sustentabilidade social; e a educação continuada. INÉDITO 17 NOVEMBRO 21 NOVEMBRO a Discute com os professores o trabalho com a leitura e a escrita na perspectiva do letramento, fazendo um contraponto às práticas leitoras tradicionais, muitas vezes mecanizadas e distanciadas do universo social. LETRAMENTO E LEITURA DA LITERATURA Também propõe perspectivas metodológicas para a prática alfabetizadora e para o trabalho com a linguagem literária na escola. REPRISE alto para o Futuro é mais do que um programa de televisão. É um espaço de formação continuada de professores e de estudantes de Magistério. Abordando temas relacionados às práticas pedagógicas, estes programas se destinam ao diálogo com professores de todo o país, que se reúnem em telessalas nos dife- rentes estados, têm acesso a material impresso e participam por meio de questionamentos durante o programa. Os programas são transmitidos ao vivo, diariamente, das 19 às 20 horas e reprisados em outros horários. S TV ESCOLA20 programaçãoD E S T A Q U E S D A TV ESCOLA 21 ARA O FUTURO / SALTO PARA O... OUTRAS ATRAÇÕES 24 NOVEMBRO 28 NOVEMBRO a Aborda aspectos pedagógicos, legais e de gestão da educação a distância nos cursos de graduação. Para o Ministério da Educação e numerosas instituições brasi- leiras, a educação a distância na universidade do século EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NA UNIVERSIDADE DO SÉCULO 21 21 é uma estratégia educacional comprometida tanto com a de- mocratização da oferta quanto com a qualidade do processo educacional. INÉDITO 1o DEZEMBRO 5 DEZEMBRO a Os debates colocam em foco o novo paradigma de uma sociedade de direito que busca a construção de uma cultura de proteção e respeito aos direitos humanos de crianças e adolescentes. Essa postura implica tecer rela- ESPAÇOS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE ções de trocas afetivas e de aprendizagens que estruturam uma rede de proteção, da qual a escola é um dos elos. INÉDITO 8 DEZEMBRO 12 DEZEMBRO a Procura trazer a ciência para o cotidiano da escola e contribuir para a construção de uma cultura científica. Aborda o museu de ciências como espaço de formação continuada para o professor; o museu ligando escola e CIÊNCIA E VIDA COTIDIANA: PARCERIA ESCOLA E MUSEU comunidade à pesquisa; o museu itinerante; o museu onde não há museu; e o museu e o professor. REPRISE 8 DEZEMBRO 19 DEZEMBRO a Relatos de trabalho em sala de aula com mapas, atlas, imagens de satélite e outros recursos da cartografia. Discute a relação entre o desenho do espaço e a aquisi- ção de conceitos cartográficos; a linguagem cartográfica; CARTOGRAFIA NA ESCOLA a cartografia indígena; o ensino com mapas; a produção de atlas municipais e gerais; e o uso de tecnologias modernas, como imagens de satélite e fotografias aéreas. REPRISE 4 NOVEMBRO Documentário sobre o mundo solitário dos autistas e os conflitos e as dificuldades enfrentadas pelos pais de crianças portadoras do problema. Constitui um valioso instrumento para professores e outros profissionais da educação identificarem transtornos de conduta e de desenvolvimento cognitivo, afetivo e social associados à doença. EDUCAÇÃO ESPECIAL Autismo: um mundo à parte 13 OUTUBRO 14 OUTUBRO e Com os mesmos recursos cênicos utilizados nos programas dedicados ao período imperial, essa série cobre o período da história brasileira que se estende desde a proclamação da HISTÓRIA 500 ANOS - O Brasil República na TV República até a comemoração dos quinhentos anos do Descobrimento. 13 OUTUBRO 14 OUTUBRO e A série de oito programas aborda a história do Brasil desde o início do processo de independência até as crises que puseram fim ao período imperial. A narração dos fatos, realizada por atores caracte- HISTÓRIA 500 ANOS - O Brasil Império na TV rizados com roupas de época, funciona como suporte para diálogos protagonizados por bonecos representando persona- gens e situações históricas. 20 OUTUBRO Série de nove episódios que explicam o funcionamento da TV Escola e a melhor forma de utilizá-la � como ferramenta em sala de aula, na capacitação de professores e na integração da comunidade. ESCOLA / EDUCAÇÃO O uso da TV Escola stes são alguns dos programas que você não pode deixar de assistir e gravar. Consulte a grade da programação e verá que muitos outros também despertarão seu interesse. E TVESCOLA 21 TV ESCOLA22 UM PÉ NA ALDEIA E OUTRO NO MUNDO UM PÉ NA ALDEIA E OUTRO NO MUNDO EDUCAÇÃO IN E X P E R I Ê N C I A S TV ESCOLA 23 DÍGENA A EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍ- GENA DÁ AMPLOS SINAIS DE VITALIDADE. O BRASIL, EN- FIM, MOSTRA A SUA CARA E ASSUME A DIVERSIDADE, SUA GRANDE RIQUEZA CULTURAL m São Gabriel da Cachoeira, cidade às margens do rio Negro, no Amazo- nas, é possível ouvir nada menos do que quinze línguas diferentes, além do português. Cerca de 92% da po- pulação (de 29.994 habitantes) são índios, pertencentes a 23 grupos ét- nicos, como Tukano, Yanomami, Tariano, Pira-Tapuya, Baniwa, Baré, Tuyuca e outros. Este ano, a câmara dos vereadores de São Gabriel da Cachoeira aprovou o projeto de lei que admite como línguas co-oficiais do muni- cípio o tucano, o baniwa e o nheengatu, a cha- mada língua geral. A diversidade é a cara do Brasil. Aqui há cer- ca de 217 grupos étnicos, que falam 180 línguas, muitas tão diversas e incompreensíveis entre si quanto o português e o chinês. Cada povo tem sua história, sua forma de contato com outros índios e não-índios, sua organização social, eco- nômica e política, suas concepções de vida, morte, tempo, espaço e natureza. Os 350 mil indígenas brasileiros, que repre- sentam apenas 0,2% da população, vivem espa- lhados por todo o território nacional. Cresce en- tre eles a demanda por uma educação específi- ca, diferenciada e de qualidade. Em julho últi- mo, como em outros períodos de férias escola- res, muitos professores indígenas se dedicaram a estudar. No Mato Grosso e em Roraima, fre- qüentaram as universidades em busca de cursos de licenciatura específicos para a formação de professores indígenas. E outras centenas se mo- bilizaram para fazer cursos de magistério indí- gena, em diversos estados � como Tocantins, Bahia, Amazonas e Rondônia. Sem esquecer que ainda há muito trabalho REPORTAGEM: ROSANGELA GUERRA FOTOS: JUCA MARTINS E TV ESCOLA24 a ser feito, a educação indígena avança no Brasil. Cresce o volume de materiais didáticos e paradidáticos e multiplicam-se experiên- cias educacionais desenvolvidas por universidades, secretarias de educação e organizações não-governamentais. Muitas dessas expe- riências, realizadas em escolas de várias regiões do Brasil, serviram como subsídio para a elaboração do Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNE/I), documento lançado em 1998 pela Se- cretaria de Educação Fundamental do Ministério da Educação. Foi um trabalho escrito a muitas mãos. Dos 300 professores convidados para elaborar o documento, 160 são índios, alguns dos quais discuti- ram em suas comunidades a primeira versão do material. Como coordenadora do trabalho de construção do RCNE/I, a pro- fessora Nietta Lindenberg Monte, com sua experiência de mais de 20 anos dedicados à formação de professores índios na Amazônia, teve a difícil missão de juntar textos e chegar a um consenso. Para isso, ela trabalhou a distância, comunicando-se pela internet com educadores de diversas regiões. �O texto do RCNE/I resulta não só de um sonho, mas de uma ação guerreira de escritura�, diz Nietta. Na esteira dos Referenciais veio o Programa Parâmetros em Ação � Educação Escolar Indígena, lançado em 2002 pela Secretaria de Educação Fundamental (SEF/MEC). Ainda em 2002, a SEF lançou Referenciais para a Formação de Professores Indígenas, com o objetivo de sistematizar e divulgar experiências que se mostraram eficazes para propiciar uma formação intercultural de qualidade. Em parceria com a Comissão Nacional de Professores Indígenas, a SEF vem definindo as matrizes para o Exame de Certificação de Professores Indígenas, cuja realização está prevista para janeiro de 2004. O objetivo do exame é identificar as eventuais deficiências exis- tentes na formação desses professores e atuar no sentido de superá- las, por meio de programas de formação inicial e continuada. Conheça as publicações do MEC sobre educação indígena no site: <http://www.mec.gov.br/sef/indigena/materiais.shtm> LIVROS DIDÁTICOS FEITOS PELOS PROFESSORES MACUXY FAZEM SUCESSO PELA QUALIDADE N ão é exagero dizer que o mundo está de olho nos be- los livros indígenas publica- dos no Brasil. Tudo começou em 1983, com o trabalho pioneiro da organização não-governamental Comissão Pró-Índio, do Acre, que publicou cartilhas de alfabetização e livros sobre temas culturalmente relevantes, em dez línguas indíge- nas. O material foi elaborado cole- tivamente, durante cursos de for- mação de professores na Amazônia ocidental. Nos últimos sete anos foram editados, com o apoio do MEC, 52 livros de autoria de 83 povos indí- genas, produzidos com a assessoria de universidades, organizações não-governamentais e associações indígenas. As publicações, que fa- zem sucesso pela qualidade do tex- to, das imagens e do projeto gráfi- co, trazem registros históricos da luta pela posse da terra, lendas e mitos e conhecimentos tradicional- mente trabalhados na escola. A autoria dos livros valorizou o papel dos professores indígenas no processo de construção do projeto educacional de suas comunidades. Além disso, deu visibilidade ao enor- me acervo cultural dos índios tendo como meio este objeto especialmen- te valorizado no mundo dos bran- cos: o livro. LIVROS INDÍGENAS: O DIFERENCIAL BRASILEIRO E X P E R I Ê N C I A S TV ESCOLA 25 s índios Karajá, que mo- ram na aldeia Buridina, no município de Aruanã, em Goiás, passaram pela notável ex- periência de redescobrir sua pró- pria língua e sua cultura. Já não falavam a língua-mãe, nem pra- ticavam os rituais de seus antepas- sados. Mas tudo começou a mu- dar em 1993, com o Projeto de Educação e Cultura Indígena Maurehi, que nasceu da parceria entre a Associação da Aldeia dos Karajá de Aruanã, a Fundação Na- cional do Índio, a Secretaria de Estado da Educação e a Universi- dade Federal de Goiás. Na ilha do Bananal, em Tocantins, há uma outra aldeia na qual estão preservadas as tradi- ções dos Karajá. Antigamente, os Karajá de Buridina mantinham re- lações sociais estreitas com esse grupo de sua etnia. A equipe do projeto Maurehi restabeleceu esse contato e os Karajá de Buridina foram para a ilha do Ba- nanal, onde participaram de uma cerimônia Hetohok, o principal ritual de iniciação masculina. Esse evento reacendeu neles o orgulho por sua cultura e sua língua; o pró- ximo passo consistiu em criar, na aldeia Buridina, a Escola Indígena Maurehi. Nos períodos em que não estão na escola da cidade, os alunos aprendem em sua aldeia a língua e as tradições de seu povo. Além disso, atendendo a uma rei- vindicação da comunidade, a es- cola oferece um curso de alfabeti- zação de adultos em português. Os professores trabalham diversas disciplinas, utilizando vídeos da TV Escola, como os da série Índios no Brasil e outros sobre Língua Portu- guesa e Meio Ambiente, procuran- do melhorar o desempenho dos alunos na escola da cidade. O Núcleo de Tecnologia Edu- cacional (NTE), do ProInfo, da ci- dade de Goiás implantou em 2001 um laboratório de informática na Escola Indígena Maurehi, com quatro computadores conectados na internet, impressora e scanner. A construção foi decorada pelos índios com pinturas da deusa Aruanã e outros motivos da tradi- ção Karajá. Divina Irene Ferreira Magalhães, coordenadora do NTE, se entusiasma com o trabalho de- O DE VOLTA ÀS ORIGENS senvolvido. Ela conta que os índi- os reproduzem as pinturas corpo- rais Karajá na tela do computador, usando o paint-brush com uma fa- cilidade impressionante. Digitam textos sobre lendas e mitos na sua língua e fazem pesquisas na internet sobre assuntos de interes- se da comunidade, como saúde da mulher, prevenção de aids, dro- gas, alcoolismo e a preservação do rio Araguaia, que faz parte da história do povo Karajá. Fascinado com o conhecimen- to a que se pode ter acesso por meio do computador, o cacique da aldeia Buridina, Raul Hawakati, 47 anos, disse: �O com- putador é como o avô�. Para os índios, o avô representa o gran- de mestre, responsável pela pre- servação e pela
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