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Cuidados Específicos com Feridas

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CUIDADOSCUIDADOS 
 COMCOM
FERIDASFERIDAS
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Impressão do Ebook
Ferida uma chaga, coisa que penaliza, situação 
 central que deixa uma cicatriz. 
Expressão popular: “Vou ferir ele”, “Ferir 
 alguém” 
Algo que dói sem precisar ferir, uma mágoa
pontual. 
Ferida conota uma lembrança de dor, perda, 
 mesmo após a cicatrização.
Os egípcios entre 2.700 anos a.C, tinham a“farmácia
da sujeira”esta utilizava produtos derivados de
urina humana e outros pontos absurdos, associados
a orações e sacrifícios para curar as feridas e
prevenir infecções;
A HISTÓRIA DO TRATAMENTO DE FERIDAS 
 E OS PRINCÍPIOS ÉTICOS
Na Alexandria ,por volta de 3000 anos a.C., as feridas
infectadas foram descritas como aquelas cujas
bordas encontravam-se avermelhadas e
apresentavam calor;
Contextualizando!
A história do Tratamento de Feridas-Um olhar inicial
Na pré-história era mutilizados bases de fitoterapia
(plantas curativas) em feridas abertas, além da
ingestão por via oral;
Hipócrates (460-377 a.C.) preconizava métodos para
promover a supuração e reduzir a inflamação,
segundo a teoria humoral ,que buscava eliminar o
humor que estava em excesso no organismo e
recomendava também a aplicação de vinho em
feridas limpas
Os homem (ser humano) buscavam a cura das
feridas através de milagres junto a deuses e santos;
Ambroise Paré, cirurgião francês (1510-1590), autor da
máxima “eu cuido das feridas, Deus as cura”,
substituiu o óleo fervente que até então vinha sendo
utilizado para o tratamento das feridas por armas de
fogo, por pomada à base de terebentina, óleo de rosa e
gema de ovo;
 Dominique Anel (1673-1790) criou um instrumento, a
seringa de Anel, para retirar sangue e pus de feridas,
que até então eram sugados pela boca do médico;
 No atendimento aos militares feridos, nas batalhas do
início do século XIX, utilizavam-se o fogo, compressas
ferventes e aguardente. O pus ainda era considerado
benéfico no tratamento de processos infecciosos, e o
estímulo da supuração era feito com sanguessugas,
emolientes e cataplasmas
 No final do século XIX e início do XX, o uso do
álcool tornouse mais comum, assim como dos anti-
sépticos metálicos. A solução de hipoclorito foi
introduzida para limpeza de feridas em 1915, por
Dakin;
 Entre os anos de 1920 a 1940, surgiram as pomadas
contendo enzimas, destinadas ao desbridamento
químico das feridas;
A partir de 1950, experimentos realizados em
animais, por três laboratórios, com o intuito de
observar a cicatrização, resultaram em experiências
revolucionárias sobre esse processo;
Em 1950 começaram a surgir os estudos sobre
cicatrização de feridas em ambiente úmido;
 No início dos anos de 1970, Roove demonstrou que
um ambiente úmido, sem crosta, aumentava a
migração de células epiteliais através do leito da
ferida, facilitando o seu fechamento 
No Brasil em 1990 começaram os primeiros estudos
sobre curativos úmidos;
 Ressalta-se que as escola de enfermagem e médicas da
época ainda ensinavam somente os curativos secos;
 
Materiais usados historicamente 
Princípios Éticos no Tratamento
A moral é muito consistente dentro de um
determinado contexto, mas pode variar entre culturas
ou épocas. Por exemplo, algo moralmente aceito na
sociedade de hoje poderia ser imoral nos anos 70. Já a
ética é como o individuo reflete sobre determinada
moral.
Princípios Éticos no Tratamento
Imperícia: é a execução de uma determinada função
sem amplena capacidade para tal. É cometer um erro
por falta de conhecimento ou habilidade mínima para
manejo.
 Imprudência: erro cometido por alguém que detém
conhecimento sobre as regras e informações para
tal situação, todavia não executa com as devidas
cautelas e exigências para manejo das feridas.
 Negligência: considerada, no âmbito ético-
profissional, a mais grave dos três. É o erro
cometido com consciência de como deve ser feito o
tratamento da ferida e sem a existência, de algum
fator de impedimento, porém, por mero desleixo,
menosprezo não é realizado adequadamente.
 Omissão: é deixar de fazer ou dizer alguma coisa.
Também pode ser entendido como deixar de lado,
desprezar ou esquecer algo ou alguém. O Direito
Penal entende por omissão algo que deixa de ser
feito quando a pessoa estaria obrigada a fazê-lo por
norma jurídica, ou teria condições para tal
Enfermagem
FisioterapiaPsicologia
Assistente 
Social
Equipe Interdisciplinar
Medicina
Aspectos Psicológicos
Mantendo a metodologia de atendimento holístico do
paciente assistido, não devemos pensar simplesmente em
sua lesão cutânea, mais sim nele como um todo (ou seja,
integral);
Principio de integração corpo e alma;
 Sabemos que a manifestação da ferida pode ter várias
origens, podendo inclusive denotar o nível de
desenvolvimento de uma população;
Enfatizo a vocês que a ferida é um grande problema
social, econômico e educacional, pois para a cicatrização
das lesões, são extremamente importante a boa nutrição,
assiduidade corporal e higiene da área afetada. Na
condição de problemas como (fome, saneamento básico
precário e\ou inexistente e sujeira), o viver com a doença
passa a ser considerado pelo paciente normal;
Devemos aprender a valorizar os aspectos psicológicos do
diagnosticado com feridas, a salientar mais uma vez a
importância da equipe interdisciplinar;
A pele normal tem textura saudável e aveludada,
produzindo gordura em quantidade adequada, sem
excesso de brilho ou ressecamento;
 A pele possui diversos receptores com a capacidade de
perceber uma grande variedade de estímulos, incluindo
tato, dor, temperatura e pressão. Entretanto, a
percepção da luz não é uma função da pele;
ANATOMOFISIOLOGIA DA PELE E A EVOLUÇÃO DA
CICATRIZAÇÃO
Contextualizando
 Maior órgão do corpo, constituindo 15% do peso
corporal;
 Um peso aproximando de 6kg
 Espessura de até 6mm;
Sistema Tegumentar
unhas; 
pelos; 
glândulas: sudoríparas e sebáceas.
É composto pela pele e seus anexos: 
É a camada mais externa da pele;
 Tem renovação a cada 14 dias;
É um tipo de tecido epitelial estratificado
pavimentoso queratinizado;
 Desprovido de vasos e nutrição própria; 
 Nutrição por meio de difusão simples a parti da
derme;
Apresentação cinco subcamadas:
Córnea- barreira física, química e microbiológica;
Lúcida
Granulamentosa- retenção hídrica e termorregulação;
Espinhosa- presença das células de langerhans;
Basal- suporte nutricional e união com a derme;
Epiderme
Responsáveis pelo 
controle das respostas 
imunológicas da pele
Localiza-se entre a epiderme e a hipoderme;
 A derme é um tecido conectivo, irregular e denso,
composto por colágeno, elastina e
glicosaminiglicanos;
 Principal barreira mecânica da pele;
 Formada por tecido conjuntivo, vasos e nervos;
Possui glândulas, pelos e músculos;
Derme
 Sua rede de fibras elásticasfunciona para suportar a 
epiderme e ligar á hipoderme (tecido subcutâneo);
 Representa aproximadamente 90% da massa da pele;
Derme
 Formada por tecido conjuntivo frouxo;
 Responsável pela proteção contra traumas físicos;
 Responsável pela proteção contra variações 
 térmicas;
 Reservatório de gordura e estoque de energia;
 Muitos anexos estendem até a hipoderme;
 Possui uma rede vascular profunda;
 Tecido subcutâneo que une a derme aos órgãos
profundos, de modo que eles podem se contrair sem
repuxá-la;
Hipoderme
Proteção do organismo das
ameaças físicas externas
 Imunitárias
Regulação do calor
 Nervosas (sensação de dor,
tato, calor, frio)
Produção da vitamina D
(produzida na pele sob a
ação dos raios solares)
Função Geral da Pele
Comunicação e Identificação
Datiloscopia- estudo das impressões digitais;
 Imagem corporal- a pele detalha a nossa
aparência, identifica de modo único cada
indivíduo.
A queratina oferece proteção sobre a perda de água
por dessecação; 
A queratina confere sensibilidade; 
 A melanina protege a pele contra a entrada de
microrganismos patogênicos; 
 As células de Languerhans confere sensibilidade à
pele; 
As células de Merkel são as que apresentam
antígenos, protegem a pele contra entrada de
microorganismos;
Anotações importantes sobre as funções da pele:
Estruturas Anexas
RECEPTORES
CUTÂNEOS
O pelo humano é uma estrutura queratinizada que
apresenta uma cutícula, um córtex e uma medula. O
sistema tegumentar é formado pela pele e seus anexos,
tais como unhas, glândulas e pelos. Esses últimos
desenvolvem-se nos folículos pilosos e são uma
estrutura morta formada, principalmente, por queratina.
UNHAS
PELOS
•A pele com o envelhecimento fica menos elástica, mais 
 flácida e mais seca;
• Forma-se os sulcos cutâneos e declínios das estruturas;
• Diminuição do tecido de sustentação;
• Os radicais livres são a principal causa do envelhecimento 
cutâneo intrinsicamente;
Envelhecimento da Pele
Cicatriz é a tentativa biológica de restaurar a
integridade do tecido.
Cicatrização
Os 4 níveis de envelhecimento da pele humana -
Classificação de GLOGAU
Processo de cicatrização
Fases da cicatrização fisiológica
Fase Hemostasia / Inflamatória
Ativação plaquetária 
Cascata de coagulação 
Ativação de neutrófilos,
macrófagos, 
mastócitos 
Aumento da permeabilidade
vascular
Fase curta: 4 a 5 dias
Processo de cicatrização
Inflamação ou flogose (da latim inflamare e do grego
phagos, que significam pegar fogo): é uma reação dos
tecidos vascularizados a um agente agressor
caracterizada pela saída de líquidos e de células do
sangue para o interstício.
“é uma resposta vascular a injúria”
•Causas
– Infecção
– Trauma
– Injúria física (extremos de temperatura ou radiação
ionizante)
– Injúria química
– Injúria imunológica
– Tecido morto (alterações infamatórias ocorrem no
tecido viável 
adjacente a áreas necróticas)
• Sinais cardiais\flogísticos
RUBOR (vermelho devido a dilatação dos vasos)
DOR (devido ao aumento da pressão exercido pelo
acúmulo de fluído intersticial e devido
mediadores químicos como a bradicinina)
CALOR (devido ao aumento do fluxo sanguíneo)
INCHAÇO (devido ao acúmulo extravascular de fluído)
PERDA DA FUNÇÃO
Processo de cicatrização
• Fase proliferativa
 
Fibroplasia 
Angiogênese
Contração da ferida
Epitalização
Fase mediana: 4 a 28 
dias
 • Fase maturação\remodelamento
Reorganização das fibras de colágeno
Remodelação do tecido
O tecido já se encontra resistente a tração
Fase longa: 12 a 15 meses
 1ª intenção ou primária – a cicatrização primária
envolve a reepitelização, na qual a camada externa
da pele cresce fechada.
 2ª intenção ou secundária – é uma ferida que
envolve algum grau de perda de tecido.
 3ª intenção ou terciária – ocorre quando
intencionalmente a ferida é mantida aberta para
permitir a diminuição ou redução de edema ou
infecção ou para permitir a remoção.
Cicatrização de primeira, segunda e terceira
intenção
“Uma ferida é representada pela interrupção da
continuidade de um tecido corpóreo,bem maior ou em
menor extensão, causada por qualquer tipo de trauma
físico, químico, mecânico ou desencadeada por uma
afecção clínica, que aciona as frentes de defesa orgânica
para o contra ataque.”
ETIOLOGIA DAS PRINCIPAIS ÚLCERAS E
AVALIAÇÃO DAS FERIDAS
Conceito de Feridas
Feridas
Úlceras
Fatores que prejudicam a boa cicatrização
Epidemiologia
 Estima-se que nos Estados Unidos da América cerca
de 6 milhões de pessoas apresentem feridas crônicas
em MMII e que na população idosa a prevalência
seja de 15%.
 Estima-se que nos Estados Unidos da América cerca de
6 milhões de pessoas apresentem feridas crônicas em
MMII e que na população idosa a prevalência seja de
15%.
 Projetando-se esses dados para o futuro, estima-se que
em 2050 cerca de 25% da população idosa vai
apresentar essa lesão.
 O aumento dos casos de obesidade, há um crescente
número de casos de úlceras de pé por diabetes mellitus
cuja incidência vem aumentando em cerca de 14% ao
ano.
 Estudos revelam que cerca de 10% da população com
diabetes desenvolvem ferida crônica e 84% desses casos
evoluem para amputação.
 Desses casos, o tempo médio de sobrevida de 3 anos é
de 50% após a amputação.
 Na Inglaterra, a estimativa é de que 1,5 a 3 indivíduos
em cada 1.000 habitantes apresentam úlcera na perna a
cada ano.
 No Brasil não existem estudos epidemiológicos que nos
permitam estabelecer esse percentual, porém, se
extrapolarmos os dados encontrados na Inglaterra,
podemos esperar que cerca de 570 mil brasileiros
apresentem novas feridas crônicas a cada ano. Na
população acima de 80 anos, essa prevalência é de 20
para cada 1000 indivíduos.
• Genericamente, podemos classificar as feridas
em:
•Cirúrgicas
•Traumáticas
•Patológicas
•Iatrogênicas
•As feridas de maior complexidade no tocante cura, sem
duvidas são as patológicas e iatrogênicas.
•Conhecer a etiologia da ferida, os meios de formação,
cicatrização e claro os contextos gerais do paciente é o
primeiro passo para um tratamento efetivo.
Feridas agudas: são originadas de cirurgias ou traumas,
onde a reparação ocorre em tempo adequado, geralmente
sem complicações.
Exemplo: incisão cirúrgica, queimaduras e abrasões
Feridas crônicas: são aquelas que não se reparam em
tempo esperado e apresentam complicações.
Exemplo: úlceras por pressão, venosa, arteriais e etc.
Etiologia das Feridas
Tipos de feridas
As feridas localizadas em região proximal, tendem a
cicatrizar com maior facilidade, pois o aporte sanguíneo
nestas regiões são mais eficiente;
 Feridas em membros inferiores e extremidades são de
difícil cicatrização;
 Feridas em locais com alta mobilidade, precisam de
cuidados especiais, uma vez que a tensão da pele e
tecidos nestas regiões, pode retardar o processo
cicatricial;
 Locais com alto potencial de contaminação precisa de
atenção dobrada e manejo especializado;
Feridas que estão em locais que recebe carga, como
região plantar, são de difícil tratamento, tornando
fundamental a orientação e cooperação do paciente;
 Ressalta-se que a maioria das feridas ocorrem nos MMII.
 
Localização das Feridas
•Os tipos mais comuns de ferida crônica são de origem:
 
1) vascular (venosa, arterial ou mista); 
2) úlceras por pressão; 
3) neuropáticas (p. ex., diabetes, hanseníase,
alcoolismo); 
4) infectocontagiosas (erisipela, leishmaniose,
tuberculose); 
5) reumatológicas, hematológicas, tumores
Etiologia
A insuficiência venosa crônica é responsável por 75% das
úlceras de perna que acarretam graves repercussões
socioeconômicas com perda de dias de trabalho,
aposentadoria precoce, longos períodos de tratamento.
No Brasil, é a 14ª causa de afastamento do trabalho;
(INSUFICIÊNCIA VENOSA)
 A oxigenação tecidual adequada é fundamental para a
reparação tecidual. Cerca de 1/3 das úlceras em perna
têm algum grau de insuficiência arterial que interfere na
cicatrização e exige outras medidas terapêuticas;
(DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA (DAOP)
Pontos de observação
Venosa
 Por pressãoDiabética
Principais úlceras a serem estudadas
Arterial
•Arterioescleróticas (90-95%), denominadas também
macroangiopáticas, quando a isquemia afeta vasos
grandes, medianos ou pequenos.
•Romboangeíticas ou hipertensivas (5-10%),
denominadas também microangiopáticas, quando são
afetados capilares, ou são consequência de
complicações de uma doença hipertensiva arterial.
•São lesões decorrentes do déficit de perfusão capilar
provocado pelos processos isquêmicos crônicos,
quereduzem ou impedem a chegada do sangue ao
membro afetado.
• Estima-se que 5 a10% das úlceras das pernas estejam
relacionadas às doenças arteriais, quando são
denominadas de isquêmicas ou arteriais.
• Podemos subdividir as úlceras isquêmicas em dois
grupos:
Úlcera Arterial
DM
 
HAS
 
Tabagismo
 
Arteriosclerose
Varicosas: quando estão associadas a varizes essenciais.
Tromboflebíticas: quando a úlcera se origina após um
processo tromboembólico venoso. Apesar dos dados
estatísticos variarem segundo o autor, estima-se que sua
incidência seja de cerca de 60% para úlceras varicosas e
40% as tromboflebíticas . As úlceras por insuficiência
venosa quando espontâneas, geralmente surgem pouco
acima dos maléolos, principalmente internos (mediais),
sobre veias perfurantes insuficientes. 
Ulceração que se forma em decorrência da Insuficiência
Venosa Crônica (IVC), ou seja, da diminuição do fluxo
Úlceras vasculares sanguíneo na circulação de retorno
devido à incompetência valvular das veias, às
malformações congênitas (associadas a varizes), ou por
trombose do sistema venoso profundo.
• Podem ser classificadas em:
Úlcera Arterial
Úlcera Venosa
Quando desencadeadas por traumatismos, como
frequentemente encontramos em nosso meio, aparecem,
em geral, em outras posições, como na face anterior e
lateral da perna e menos frequentemente nos pés.
Úlcera Venosa
Úlcera Diabética
 Uma pessoa com Diabetes Mellitus tem 25% de risco de
apresentar úlcera no pé. Essa lesão é responsável por
20% das internações de indivíduos diabéticos. A
neuropatia é o fator de risco mais importante e
prevalente para o desenvolvimento de úlceras nos pés de
pessoas com diabetes.
 Úlceras em pacientes diabéticos podem ter origem
neuropática, microangiopática ou imunológica. Testes
de sensibilidade podem ser úteis na identificação de
áreas com deficiência e tomada de medidas
preventivas para se evitar a instalação de futuras
úlceras.
 São consideradas uma situação clínica complexa, que
pode acometer pés e tornozelos de pessoas portadoras
de Diabetes Mellitus. Além das feridas, também são
características do Pé Diabético: diminuição da
sensibilidade nos pés, deformidades, alterações da
marcha infecções.
• Segundo o American National Pressure Ulcer Panel
(NPUAP) e European Pressure Ulcer Advisory Panel
(EPUAP), a úlcera por pressão é uma lesão localizada
na pele ou tecidos subjacentes, normalmente sobre
uma proeminência óssea, secundárias a um aumento
de pressão externa, ou pressão em combinação com
cisalhamento.
• As úlceras por pressão são uma importante causa de
morbidade e mortalidade, especialmente para
pessoas com sensibilidade reduzida, imobilidade
prolongada ou idade avançada.
Mudanças degenerativas da pele e/ou tecido
subcutâneo expostos às forçascde pressão e
cisalhamento; 
A pressão sobre a proeminência ósseaprejudica a
circulação sanguínea favorecendo a morte celular;
Úlcera por Pressão
O início de tudo: como as UP iniciam
O cisalhamento é fenômeno de deformação da pele que
ocorre quando as forças que agem sobre ela provocam
um deslocamento em planos diferentes;
Fatores de risco para UP
Afeta aproximadamente 9% de todos os pacientes
hospitalizados;
Maior público acometido (idosos);
Afeta 23% dos pacientes acamados com cuidados
domiciliares;
Associada às fragilidades decorrentes do processo de
envelhecimento na pele;
Associação importante com as Doenças Crônicas Não-
Transmissíveis;
Prevalência de 24% em ILPI;
OccipitalCalcâneo
escapular
cotoveloTrocanter
Maléolos
Epidemiologia – Onde pode ocorrer
Principais regiões para ocorrência de UP
mentoniana
sacralÍsquio
A anamnese cuidadosa da história, dos sinais e sintomas
do paciente com úlcera deve sempre anteceder a
avaliação da úlcera nos membros;
A avaliação inicial das necessidades básicas afetadas, tais
como: mobilidade, alimentação, eliminação, repouso,
sono, dor, higiene e comunicação, bem como seus
aspectos psicológicos e sociais, permitem que o
profissional de saúde realize o planejamento dos
cuidados assistenciais e educacionais a serem prestados.
Comprometimento 
venoso 
 
 
Comprometimento 
arterial
Avaliação do paciente com feridas
Características da 
ferida 
Medicações em 
uso
Classificação das Feridas
Quanto ao grau de contaminação:
Quanto a cor do leito:
Avaliação das Feridas
O sistema de memorização chamado “MEASURE” é um
modelo de avaliação acurada das feridas crônicas, onde
M é a medida (measure), E o exsudato (exudate), A
aparência (appearance), S a dor (suffering), U o
deslocamento (undermining), R a reavaliação (re-
evaluation) e E a borda
(edge) (CROZETA; ROEHRS, 2011).
As mais utilizadas são a Escala Visual Analógica (EVA) e
a Escala Visual Numérica (EVN).
Dor
Curativos e coberturas;
Medicações tópicas e orais;
Laserterapia de baixa intensidade;
Oxigenoterapia Hiperbárica;
Terapia por pressão negativa;
 Tratamentos para feridas
Curativo: limpeza, desbridamento e indicação de
cobertura.
Coberturas: a própria substância ou componentes
ativos, que atuam interativamente no leito da ferida e
permitir a oclusão com o meio externo.
 Curativos x Coberturas
PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE
FERIDAS E TECNOLOGIAS ATUAIS
• Principais finalidades dos curativos 
• Manter Leito da ferida umedecido 
• Remover o excesso de exsudação 
• Permitir a troca gasosa 
• Fornecer isolamento térmico 
• Ser impermeável às bactérias 
• Estar isento de partículas e tóxicos
contaminadores de ferida 
• Permitir a retirada sem provocar trauma 
• Promove cicatrização
Curativos
Meio terapêutico para limpeza e proteção
da ferida;
O Curativo sozinho não promove a
Cicatrização;
Irrigação da ferida realizada com solução
estéril aquecida;
Utilizar sempre material esterilizado; 
Se as gazes estiverem aderidas na ferida, umedecê-
las antes de retirálas; 
Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos
contaminada; 
Feridas em fase de granulação realizar a limpeza com
soro fisiológico em jatos;
Realizar os curativos contaminados com S.F 0,9 %
aquecido; 
A aplicação de ataduras deve ser realizada no sentido
da circulação venosa, com o membro apoiado
Aberto: sem necessidade de oclusão, sem infecção.
Ex: feridas cirúrgicas limpas após 24 horas, cortes
pequenos, suturas e escoriações.
Compressivo: utilizado para reduzir o fluxo
sanguíneo. Ex: hemorragias de extremidades.
Semi-oclusivo: curativo absorvente direto. Ex:
feridas exsudativas.
Oclusivo: não permite a entrada de ar ou qualquer
fluidos. Ex: úlceras por pressão.
Curativos - Procedimentos gerais para limpeza e
troca
Tipos de curativos
• Quanto ao desempenho:
—Passivas: protegem e cobrem 
—Interativas : mantém o ambiente úmido, facilitam a
cicatrização 
—Bioativas: estimulam a cicatrização
• Quanto a relação com a ferida:
—Primárias: diretamente sobre a ferida 
—Secundárias: colocadas sobre cobertura primária
Aspectos da Ferida 
Localização da ferida 
Tamanho da ferida 
Profundidade da ferida 
Conforto do paciente 
Custo/Efetividade 
Mobilidade do paciente
 Critérios para Seleção da Cobertura
Seleção da Cobertura
A laserterapia de baixa intensidade (LBI) é apontada
como um método não invasivo, indolor, de baixo
custo e com eficácia no tratamento de feridas, por
atuar nos eventos fisiológicos e bioquímicos do
processo de cicatrização;
Principais efeitos fisiológicos resolução anti-
inflamatória, neoangiogênese, proliferação epitelial e
de fibroblastos, síntese e deposiçãode colágeno,
revascularização e contração da ferida;
 Laserterapia de baixa intensidade
Uma das tecnologias atuais para tratamento de
feridas é a hiperoxigenação;
A Medicina Hiperbárica é usada para cicatrização de
feridas seja agudas ou crônicas. Quando não há
oxigênio suficiente, essas lesões evoluem como
"feridas que não cicatrizam", ou seja, não se curam,
mesmo com tratamento adequado, em até seis
semanas.
Atualmente está R$ 300 por sessão;
Infecções virais é uma contra indicação;
 Oxigenoterapia Hiperbárica
A TPN é um tipo de tratamento ativo da ferida que
promove sua cicatrização em ambiente úmido, por
meio de uma pressão sub-atmosférica controlada e
aplicada localmente. A TPN é composta por um
material de interface (espuma ou gaze), por meio do
qual a pressão sub-atmosférica é aplicada e o exsudato
é removido.
 Terapia por pressão negativa (TNP)
Método a vácuo de curativo tópico;
Objetivo de estimular a granulação e a cicatrização;
Custo semanal entre 1.000 - 4.000 reais;
 
Fatores individuais do paciente
Recursos materiais e humanos
Indicação, contra- indicação e custo
Fornecimento de explicações claras sobre o
tratamento
Promoção da participação do paciente e/ou
familiar no processo de tratamento
Orientação para o paciente sobre a importância
do acompanhamento com o(os) profissionais de
vínculo na Unidade de Saúde
Estimular o auto cuidado
Ações e aspectos relevantes no
Tratamento de feridas
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Centro Educacional Sete de Setembro
 em parceria com o Professor Fernando S. S. Neto
para o curso de "CUIDADOS ESPECÍFICOS COM
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cessetembro

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