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Ryan Becker (1)


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Capítulo 1
Ryan Becker
Acordei hoje com aquela vontade de sempre, voltar a dormir, era meu primeiro dia de aula, mal tinha começado e eu já queria férias. Minha mãe me gritou da cozinha, que pelo visto já estava acordada. Já tinha tomado banho e colocado meu uniforme quando ela abriu a porta do meu quarto.
 -Não está me ouvindo te gritar não??
 -Estou mãe, mas estou ocupada demais para responder
 -Hum- resmungou - Ansiosa para o primeiro dia? - Disse ela relevando meu questionamento.
 -Não, é só mais um dia de aula como outro qualquer, não precisamos dramatizar tudo, até por que eu já passei por mais vezes do que eu posso contar...
 -Aham sei, desce logo para o seu café se não vai se atrasar- falou saindo do quarto
 Eu realmente não estava ansiosa, claro conhecer gente nova é uma tarefa complicada, mas eu nunca tive problema com isso e sempre me dei bem nas minhas últimas escolas então não vai ser um bicho de sete cabeças. Terminei de me vestir, arrumei meu cabelo, peguei minha mochila e fui para a cozinha. Peguei um pão e bebi um suco rápido, que por mais que eu não esteja atrasada quero chegar na escola mais cedo para ir me situando, dei um beijo na minha mãe, a desejei bom dia e sai rumo para meu novo estresse diário.
Chegando lá, percebi que a escola é muito maior do que nas fotos colocadas no Google e também notei que não vai ser tão fácil decorar os caminhos das salas, mas para minha sorte o lugar onde fica a minha não era longe, porém no caminho resolvi exercer meu bom papel de desastrada e trombei com uma menina no corredor.
 -Oh merda, me desculpa, eu devia ter prestado mais atenção...
 - Não tem problema, eu tbm devia ter me atentado- indagou amenina com uma expressão de confusão no rosto- Vc é novata, nunca te vi por aqui antes- perguntou levantando depois de juntar os cadernos no chão.
 - Ah, é... Eu sou a Ryan, sou nova por aqui mesmo acabei de chegar... –respondi, um pouco constrangida pelo acontecido.
 -Prazer, sou a Louis de Louisa como pode perceber - estendeu a mão para que possa cumprimentá-la e ver seu nome escrito no canto de sua blusa, bem pequeno, mas visível. 
 -O prazer é meu, apesar da situação, me desculpe por isso.
 -Nada, sem problemas – Pegou seu material e me olhou com um sorriso no rosto – Me fala qual sua sala, qualquer coisa eu te levo até lá para recompensar o meu descuido. Rio mas respondo:
 -Sala 13, acho que fica no segundo andar, não é?
 -É sim, olha que coincidência eu tbm vou para lá. Mas será que você poderia você passar na cantina comigo antes? Vim correndo acabei esquecendo de comer...
 -Claro- disse, por que não? Estava adiantada mesmo, não me custaria nada.
Passamos por muito alunos que estavam chegando, e alguns já na porta da cantina, que por sinal é muito bem organizada. Louis foi logo comprar sua comida e eu fui esperar ela em uma das mesas azuis que tinha por lá. Ela chegou dando graças por finalmente estar comendo e pelo visto não é muito de falar nesse momento, só assim pude reparar nela, vestia uma saia com botões na vertical, muito linda por sinal, mas não faria meu estilo, e uma regata amarela com um pequeno decote, seus cabelos ondulados castanhos escuros bastantes sedosos estavam soltos com uns brincos argola nas orelhas, ela é linda assim como a maioria das meninas na NYU. Ela estava terminando seu sanduíche quando me disse:
 
 -O que te traz aqui em NY??
 -Nada demais minha mãe e minha tia tem uma pequena linha de mercados e ela precisava de companhia entt juntamos as coisas e viemos para cá.
 -Ah, espero que goste de Nova York pode ser bastante renovadora quando quer...- Disse ela com um meio sorriso no rosto
 -Verdade, mas não estou procurando recomeços, pelo menos não agora. 
Ela deu mais um sorriso, como o de quem parece saber mais do que imaginamos, ela terminou de comer e fomos para a sala, pelos caminhos fui reparando que realmente, a universidade era muito bonita, esse ano parece que vai ser melhor que os anteriores. Chegando na sala, ela já estava cheia e os lugares quase todos ocupados, por sorte conseguimos dois embaixo da janela que para mim são os melhores e pelo suspiro que Louis deu ela não pensa muito diferente. O professor chega na sala dando Bom dia a todos.
 -Bom dia turma, como foram as férias? Esperam que tenha sido ótima. Vamos começar logo, pois esse ano temos muito a fazer, primeiro vamos conhecer nossos novos rostinhos... vou fazer a chamada na lista de presença e conforme seus nomes forem ditos venha aqui na frente e se apresente.
 Isso não é ruim, só é diferente, e não era o esperado. As escolas aceitam alunos no último ano do ensino médio para já irem se acostumando com a rotina de estudos entt, sim tem vários alunos novos por aqui, incluindo eu, porem na faculdade, nada de NYU no ensino médio para mim.
Quando dei por mim, eu já era a próxima da lista:
 -Ryan Becker, por favor venha aqui na frente.
 E lá fui eu começar mais um ano letivo.
 -Oi pessoal, meu nome é Ryan Becker e acabei de me mudar com minha mãe para cá - me apresento 
 -Obrigada Becker pode ir lá buscar seus livros junto com Harrison, Conway e Smith na biblioteca.
Agradeci e fui atrás dos outros alunos para a biblioteca, ainda bem que eles estavam comigo pois não fazia ideia de ficava a biblioteca. Chegando lá fui procurar os livros, levando em conta que não sabia onde eles ficavam, então resolvi pedir ajuda a qualquer um que vi na frente:
 -Com licença, será que vc poderia me ajudar a encontrar os livros? -Perguntei ao rapaz alto ao lado 
 - Ah, claro Sra. Ryan
 -Muito obrigada- disse rindo, um meio sorriso na verdade.
 -Temos que pegar só o de matemática e física que é os da aula do Sr. Higgies, vc vai achar esses livros no setor 6, prateleira 4 e 5- disse apontando a prateleira
 -Muito obrigada... Sr. Conway, é esse seu nome né? – Pergunto, imaginando que seja esse seu nome, por que é o que ta escrito na blusa de frio que o mesmo usa, ele acena afirmando que sim, esse é seu nome.
 -Por nada e até mais- Despediu-se indo para outros setores
 -Até-disse me despedindo dele e indo procurar o setor me dito.
Quando achei o setor 6, fui procurar as prateleiras e quando me deparei com elas logo me decepcionei com a altura. Eu não sou baixa tenho 1,68, mas infelizmente a pessoa que fez essa joça não pensou nisso. Já faz uns benditos cinco minutos que eu estava tentando pegar os livros, mas logo desisto.
 -Argh!! Bosta de prateleira- terminei de falar e rapidamente sinto um vulto quente atrás de mim, claro que eu tomei um susto, não é normal isso acontecer, me virei para ver quem era e vi Conway tirando os livros da prateleira e me entregando
 -Eh... obrigada- falei pegando os livros de sua mão.
 -Por nada, Pequena- disse ele com um sorrisinho.
Inesperado, foi o que esse apelido se tornou assim que foi dito mais quando ele saiu da boca dele eu entrei em transe por apenas um segundo. Com mais vergonha do achei que teria, peguei os livros e fui para sala e sentei no meu lugar, Louis que já estava copiando do projetor olhou para mim e perguntou:
 -O que aconteceu pra vc estar mais vermelho que aquele figurino da Doja Cat no desfile da Schiaparelli
 -O que? Na-nada, não aconteceu nada...
 -Uhum, ta bom, copia logo se não vai ficar atrasada
Confirmei na cabeça e fui copiar também, o conteúdo do professor, passei o resto da aula normal, na pausa entre os horários aproveite para conhecer o banheiro que naquele momento era minha prioridade. Louis perguntou se eu não queria conhecer um pouca a cidade eu falei que sim, avisei minha mãe e fui, passamos em várias lanchonetes legais pontos turísticos e realmente, a cidade é linda.
A mesma me perguntou sobre o que tinha acontecido na biblioteca, fiquei um pouco surpresa com seu interesse, por que realmente não tinha acontecido nada demais. Contei para ela e ela ficou sem reações.
 -Então o motivo a sua vermelhidão foi o gostosão do Noah? - Disse ela zombando da minha cara
 -Lou! – A repreendi rindo- Claro que não, só não estavaesperando aquilo, tomei um baita susto-Me justifiquei por que, realmente não esperada que do nada aparecesse um poste de quase dois metros atrás de mim, naquela hora.
Quando terminamos de conversar fui direto para casa estava cansada e já estava quase anoitecendo, quando cheguei minha mãe estava no sofá assistindo TV e minha tia cozinhando a janta, dei boa noite para elas e prometi que amanhã contaria tudo sobre meu dia, por q AGORA eu estava muito cansada. Fui para o quarto, tomei meu banho, coloquei meu pijama e fui dormir o qual foi o ciclo mais rápido que eu já fiz, coloquei a cabeça no travesseiro fechei os olhos e fui para o braço Ré.
Capítulo 2
Noah Conway 
Deu o horário de me arrumar para ir para a Faculdade eu já estava acordado fazia tempos, levantei e vi Benji indo ao banheiro, murmurei um bom dia e ele respondeu ao mesmo tom que o meu. Benji sempre foi o mais dorminhoco e é superdifícil de acordar ele, ainda mais cedo assim, mas como ele sabe que as notas dele não vao se fazer sozinhas então ele ao menos faz um esforcinho. 
 Quando acabamos de no arrumar, vejo Broke nós esperando para irmos, ela nos vê e se apresa a falar:
 -Graças a Deus, achei que vocês não iriam mais para a escola! – Berrou um pouco exaltada, nem atrasamos tanto assim.
 -Deixa de graça Brookelin, agente nem demorou tanto assim, só um pouquinho e isso não é motivo para estresse...- reclamou Benji.
 -Ui, parece que alguém acordou virado no Jiraya hoje…- Bradou Brook, usando aquelas expressões brasileira das séries que ela tanto ama.
 -Anda logo gente, já estamos atrasados, querem ficar ainda mais? - Os dois balançam a cabeça negativamente- então andem rápido que eu já estou saindo.
 Não demoramos a chegar na escola, o trânsito estava bem favorável então o que demorava 30 minutos, demorou 20 minutos. Pois é Nova York é bem agitada, e por um milagre, hoje estava bem favorável. 
 Chegando lá na escola fomos em direção a cantina, como atrasarmos hoje não teve tempo de comermos, no caminho vimos duas meninas se esbarrando no corredor, uma delas eu conheço é a Louis, uma amiga e além dela tinha uma menina nova eu acho nunca vi ela por aqui antes, ela vestia uma blusa larga dos Beatles e uma calça também larga marrom e um Jordan bege maravilhoso diga-se de passagem. Ela usava seus cabelos soltos e uma maquiagem básica, deve ser uma das várias novatas desse ano, ignoro o acontecido e vou direto para a cantina. 
 
 Broke comprou seu café assim como Benji tbm comprou o seu, eu fiquei apenas no meu milk-shake, já que eu não estava cm muita fome. Estava olhando ao redor, aleatória aos acontecimentos quando vejo as mesmas meninas do corredor, Só a Louis que estava comendo, a outra menina, que eu suponho ser a novata, estava apenas olhando ao redor assim como eu estava fazendo agora, desvio o olhar e vejo Erik me olhando, sei o que ele está pensando, mas quem disse que eu ligo.
 Os dois terminaram de comer e fomos para a sala, Broke faz algumas aulas diferentes da nossa, hoje é um desses dia entt nos separamos e fomos cada um para sua respectiva sala. Chegando lá, vou direto para qualquer mesa, pego meu celular e vou rolar meu feed, o pessoal ainda estão chegando entt a sala está mais agitada que o normal, o que claro, indica que o professor ainda não chegou, vou ao site do universidade e olho se os horários estão já disponíveis para os alunos e vejo que hoje nós teremos o professor Higgies, penso isso na mesmo momento em que ele entra na sala já dando seu habitual bem-vindos aos alunos 
 -Bom dia turma, como foram as férias? Esperam que tenha sido ótima. Vamos começar logo pois esse ano temos muito a fazer, primeiro vamos conhecer nossos novos rostinhos... vou fazer a chamada na lista de presença e conforme seus nomes forem ditos venha aqui na frente e se apresente.
Claro essa última parte valia apenas para os novatos, estava ansioso para conhecer meus novos colegas de classe, não tanto quanto gostaria, mas estou.
Já estávamos chegando na letra “R” do alfabeto e escuto o professor falando:
 -Ryan Becker, por favor venha aqui na frente.
Não fazia a mínima ideia de quem era até olhar para o lado e ver a mesma menina que vi no corredor passando por mim para ir fazer o que o professor havia dito. 
 -Oi pessoal, meu nome é Ryan Becker, acabei de me mudar com a minha mãe – disse ela com uma tranquilidade de quem fazia aquilo com uma frequência descomunal.
 -Obrigada Becker pode ir lá buscar seus livros junto com Harrison, Conway e Smith na biblioteca
Ouvi meu nome sendo dito e levantei e fui para onde Sr. Higgies quer que nós vamos. Não querendo muito prolongar esse tempo na biblioteca, pego meu livro e fui em direção ao bibliotecário, estava na fila atrás de uns dos alunos quando sinto um cutucão em minhas costas:
 -Com licença, será que vc poderia me ajudar a encontrar os livros? - Disse a garota, agora na minha frente.
 - Ah, claro Sra. Ryan- respondi em tom de brincadeira, lhe dando um sorriso de canto
 -Muito obrigada - respondeu na mesma moeda.
 -Temos que pegar só o de matemática e física que é os da aula do Sr. Higgies, vc vai achar esses livros no setor 6, prateleira 4 e 5- digo apontando a prateleira, viro para ir embora, mas a ouço dizer mais alguma coisa.
 -Muito obrigada...Sr.Conway, é esse seu nome né? – Pergunta, lendo o que ta escrito atrás da minha blusa de frio que estava vestindo, aceno em resposta.
 -Por nada e até mais- Despedi-me indo para outros setores, que no caso era em direção ao bibliotecário
 -Até-disse se despedindo e indo procurar o setor que eu lhe disse.
Terminado de registrar os livros que eu peguei e vou para a sala, porém, no caminho até a porta vejo novamente, Ryan, que está tentando pegar os livros porem é baixa demais para isso, a ouço resmungar algo
 -Argh!! Bosta de prateleira
Tento deixar para lá, mas o Sr. Higgies é muito exigente com horários e ela não sabe disso então fui ajuda-la. Chego sem aviso e já vou pegando os livros, isso faz cm que eu fique perto dms dela, mas não me importo. Vejo que se assustou com minha aparição repentina, mas mesmo assim não se afastou e nem nada, deve ser pelo choque, não sei, mas assim que entrego os livros para ela a mesma fica vermelhinha que nem um pimentão 
 -Eh... obrigada- falou pegando os livros da minha mão
 -Por nada, Pequena- digo lhe entregando meu sorriso
Logo saio andando em rumo a sala e ela atrás mais afastada olhando os livros, chegando lá vejo Erik copiando a matéria e decido fazer o mesmo o resto do dia sem muita empolgação, apenas o primeiro dia de muitos outros nesse lugar.
 O treinador Collin ainda não deu indícios de quando iremos começar os treinos de novo, esse ano temos que nos esforçar bastante para a NBA, ou entrar nela pelo menos, ano passado foi por pouco, dps que perdemos para o time de Washington foi o estopim, por mais que não tenha sido provado, para mim estava mais que claro que foi realmente eles que arquitetaram tudo aquilo.
 Ano passado, eles não estavam jogando basquete, parecia mais um ringue de luta, acabaram deslocando o ombro de um dos nossos Armador, Nikolas Mitchell, de tanta força que eles estavam fazendo, claro a diretoria insistiu que aquilo não era proposital, mas o cara que fez isso com certeza deve ter planejado tudo aquilo, e não foi sozinho. Enfim, acabamos perdendo o jogo e saindo do campeonato faltando pouco para nos ganharmos, claro nos chateamos, mas naquele momento não podíamos fazer nada para mudar o que tinha acontecido e a prioridade era o ombro do Nick.
 O dia estava acabando, já tínhamos chegado em casa e estávamos na sala Benji jogando algum jogo no Playstation e Broke mexendo no celular, fuçando algo em seu Instagram quando de repente Broke ela levanta em um pulo, sorrindo tanto que poderia rasgar suas bochechas e diz
 -Britany mandou um convite para irmos à festa que ele vai dar- deu um grito finíssimo, até a Ariana Grande ficaria com inveja- Vamos? Por favor... A primeira festa do Ano, bebida, diversão, garotas...- ImplorouPor que não, não é mesmo afinal de contas daqui a pouco começa os treinos, o semestre ficando mais puxado, vamos ter que fazer algumas restrições.
 -Eu topo – digo já de pé – vou me arrumar, 30 minutos nos vamos 
 Os dois concordaram e fomos nos arrumar, e é claro que não fomos em 30 minutos, Brookelin saber demorar para se arrumar quando quer, demoramos mais que o necessário e quase saímos “atrasados”, por que claro esse tipo de festas tem hora para começar, mas quando começa não tem ninguem que consiga acabar com ela entt qualquer horário depois que começa ta liberado a entrada. 
 Chegando lá, vimos muitas pessoas do lado de fora. A casa da Brith é grande o suficiente para caber muita gente, por isso quando seus pais vao viajar ela não perde oportunidades de fazer uma festa, e eu também não perco uma de vir, afinal e contas quem é doido de perder a chance de beber à vontade sem precisar arcar com os prejuízos? Entramos, vimos os mesmos rostos de sempre, alguns novos, fomos para a cozinha a fim de aproveitar nossa primeira festa antes de tudo começar novamente.
Capitulo 3
Ryan Becker
Já estava a caminho da sala quando Louis, chegou ao meu lado para me acompanhar:
 -Bom dia Becker, como foi sua primeira noite pós primeiro dia de aula?
 -Foi bom, normal até – falei a verdade foi bem normal, mas foi bem tedioso apesar de ter pegado sono bem rapido.
 -Ninguem fala que uma belíssima noite de sono foi normal, uma noite dormindo é igual um jantar dos Deuses - Rio com sua analogia
 -Sim, foi realmente normal, mas foi bem entediante, cheguei em casa e fui dormir, mas estava pensando coisas mais animadas, costuma ter muitas festas por aqui? – Pergunto por curiosidade, por mais que eu seja nova na região sempre gostei muitos de ir as festas, queria saber como são as daqui, ainda mais antes do semestre ficar pesado, sair um pouco para conhecer não deve ser tão ruim assim.
 -Sim, com certeza sim, inclusive, teve uma ontem de uma menina aqui da NYU, eu fui e pensei em te convidar, mas fiquei receosa por que eu achei que um, vc não iria aceita e dois, como você acabou de chegar achei também que vc queria descansar... – Vejo que realmente estava preocupada comigo, mesmo ter me conhecido ontem mesmo é entendível o lado dela.
 -Relaxa, da próxima pode chamar à vontade, até por que como que eu posso deixar sevocê com toda a diversão desse lugar, me conta como foi a festa de ontem – Digo na tentativa de saber mais sobre, ela se anima e começa a contar tudo.
 -Aí foi muito legal, bebi demais e me divertir bastante, beijei muito tbm, dancei, fiz de tudo um pouco, vc não acredita quem eu vi lá... – Fala fazendo uma pausa dramática e desnecessária, porem engraçada
 -Quem minha filha, fala logo – terminei de falar e ela me olhou com uma expressão confusa no rosto
 -“Minha filha”? Que que é isso? – Ela perguntou desviando do assunto para minha infelicidade e da minha curiosidade
 - Sim, é uma expressão brasileira, bastante usada lá no Brasil, nasci e morei lá por uns anos e claro acabei pegando um pouco costume – a informo brevemente querendo saber o que ela iria me falar, mas parece que não adiantou muito por que assim que eu terminei de falar ela começou a pular que nem pipoca e a me balançar 
 - COMO ASSIM VOCÊ MOROU NO BRASIL?!?! - gritou, me fazendo sorrir com sua animação toda 
 -Sim eu morei, não precisa gritar – A apaziguei rindo ainda mais, olhando para os lados vendo q quase todos ao redor estavam olhando – por que vc está tão empolgada com isso?
 -Não é obvio, é lá que a maravilhosa da Anita mora, sem contar que as músicas de lá serem outro nível comparada com as daqui, claro Lana DelRey e The weeknd são os melhores, mas as do Brasil são outro 500, vi essa gíria em uma série brasileira que eu amo e resolvi aderir – tá legal, agora eu estou rindo muito, de dar gargalhadas, e ela me acompanhou rindo também 
 -Ok ok, agora me fala quem vc viu na festa, sem desviar do assunto dessa vez – perguntei quando finalmente consegui respirar normalmente
 -Aaah sim, Broke, Benji e Noah – custo a me lembrar quem são, então resolvo perguntar:
 - Quem? – Fazer essa pergunta foi a coisa mais burra que eu já fiz, quando terminei de perguntar quem era, lembrei oque nós estávamos na porta de entrada da universidade, ou seja onde os alunos entram e saem, ENTRAM E SAEM, o que foi o que acabou de acontecer, mas quem entrou foi justamente a pauta da conversa
 -Sou eu pequena, tem memória curta? Imagino que desse ser pelo fato de seu tamanho também não ser um dos mais exorbitantes, não é mesmo? – Zombou da minha cara, pelo jeito ele é um daqueles que não perdem oportunidades de uma boa zoação
 Eu me viro lentamente, tipo a passos de tartaruga, olha para onde os três estavam, sim os três, um me olhando com a cara como a de quem ta segurando riso, porem ele realmente está segurando, a outra com um sorriso lindo no rosto e o Conway no meio deles esperando minha resposta
 - Conway não é mesmo, agora eu me lembrei de você – ooh se me lembro resmunguei baixo, quero dizer eu acho q foi baixo
 -Que bom que se lembra, conseguiu usar os livros direitinho né, pequena?
 -Poderia parar de me chamar por esse nome por favor? – Peço gentilmente pois não vejo fundamentos para ele me chamar desse nome, mal o conheço, que intimidade toda é essa?
 -Claro pequena – zombou - Bom dia Lou, faz tempos que não conversamos não é mesmo? 
 -Mentiroso – Quase gritou a menina ao lado de Noah – Vocês conversaram ontem que eu sei, pode parar de conversa fiada
Confesso que fiquei um pouco surpresa com a gíria usada pela menina, ta bom que não é uma completamente brasileira, mas foram poucas as vezes que vi americanos falando isso, então tive que perguntar
 -Você fala português? – Perguntei na minha língua paterna, quase tive uma sincope quando a menina, cujo o nome ainda não sabia, arregalou os olhos e quase me derrubou quando veio para cima de mim
 - Você é brasileira? – Perguntou com a mesma animação que Louis, sério, não sei qual a animação que esse povo tem por eu ser ou falar português, nem sabia que era motivo para toda essa animação
 - Sim, sou brasileira, agora eu que te pergunto como você fala português – eu realmente queria saber, estou curiosa afinal de contas não é sempre que vc acha uma norte americana que entende sua língua
 -Eu sei por que gosto muito das séries, e de alguns atores brasileiros, peguei bastante interesse na cultura e na língua então resolvi aprender – Entendi, realmente alguns atores chamam bastante atenção 
 -Então você resolveu aprender uma língua diferente – dei um sorrio para ela achando um máximo claro, aprender uma língua diferente não é para qualquer um – O que você achou mais dificil dá língua? Ainda está apren... – sou interrompida por um brutamontes que entra no meio de nois duas enquanto conversávamos
 -Será que as duas mocinhas poderiam falar em uma língua que nos entendemos? Ou vamos ter q pegar o google tradutor? – Contestou o criançona
 -Ele é sempre chato assim mesmo? Ou ele está fazendo graça? – Perguntei por que eu realmente queria saber, oh cara chato do caralho
 - Ciúmes, minha flor, CIUMES – disse ela dando um tapa no braço, do namorado? – Esse idiota, não sabe o que educação significa, tem como você dar licença que eu estou conversando com minha nova amiga? Ou ta dificil?
 -Está dificil sim, sabe como é né carregar o peso de ser tão lindo e gostoso assim cansa as vezes, e nos já estamos aqui a um tempão né...– Dessa vez isso me encheu, perdi a paciência, nao queria, mas precisava ir embora
 -Escuta aqui garoto, vai ser desse jeito lá na puta que pariu mesmo, nossa senhora – me virei e Induzi a garota ao um lado em me dizer seu nome
 -Brookelin, mas pode me chamar de Broke
 -Prazer Broke meu nome é Ryan, mais tarde nois conversamos, vc tem o número da Louis, não tem? Ela te passa o meu, preciso comer e urgente, ficar ouvindo essas asneiras essa hora da manhã nãoé do meu feitio, tchau para você e passar bem – saio andando em direção com Louis rindo ao me encalço.
 Chegamos na cantina e a Louis ainda estava rindo,

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