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Doença Celíaca e revisão de patologias gastrointestinais

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PATOLOGIA AMANDA GÖEDERT 
DOENÇA CELÍACA: 
→ Doença imunomediada desencadeada pela 
ingestão de cereais contendo glúten (trigo, cevada ou 
centeio), em pessoas geneticamente predispostas 
→ Prevalência aproximada de 0,5 a 1% (mais em 
caucasianos descendências europeias) 
→ Não tem como "gerar" uma doença celíaca, ao ficar 
sem ingerir glúten 
→ Clínica: Distensão, dor abdominal, diarreia, 
constipação, anorexia, hipovitaminose, perda de peso 
e outros sintomas fora do TGI, mas a maioria é no 
TGI. 
• Baixa estatura, 
infertilidade, 
manifestações 
cutâneas (dermatite 
hepertiforme) e 
pode ser silenciosa 
 
PATOGENIA: 
→ Componente inflamatório, genético e 
ambiental 
• Glúten digerido por enzimas, quebrado 
em aminoácidos e peptídeos, um deles é 
a gliadina, que é resistente a 
degradação 
• A gliadina deaminada por 
transglutaminases intestinais, pode 
interagir com HLA, DQ2 e HLA DQ8 das 
células apresentadores de antígenos e ser 
apresentada a linfócitos TCD4 
• Resposta de todo esse processo são 
anticorpos: Antitransglutaminase, 
Antigliardina e anti-endomísio 
 
→ HLA: Sistema Antígeno leucocitário humano - 
genes que codificam proteínas receptoras 
transmembranas, que atuam no reconhecimento e 
apresentação de antígenos 
MORFOLOGIA: 
→ Relação da clínica com a patologia 
→ Padrão ouro: biópsia duodenal, principalmente 
segunda porção. Sempre necessário relacionar 
sorologias, clínica etc. 
→ Critérios: Achatamento e alargamento das 
vilosidades, criptas tendem a ficar hiperplasiadas, 
cripta maior e vilosidade achatada 
o Linfocitose intraepitelial - linfócitos T 
intraepitelial, as vezes se faz contagem 
desses linfócitos (acima de 100 em 30 
células, é indicativo) 
o Apagamento da borda em escova = má 
absorção, hipovitaminoses, anorexia 
etc. 
→ Pode haver infiltração de outros linfócitos, 
plasmócitos etc. Mas os T é o mais comum 
→ Muito importante relacionar com a clínica! 
 
→ Há um estadiamento: Critérios de Marsh 
• Vê se a atrofia é leve, moderada etc. 
• Importante para o seguimento, paciente 
retira o glúten e podemos ver se houve 
melhoras ou não, indicando contaminações 
etc. 
 
 PATOLOGIA AMANDA GÖEDERT 
 
 
→ Biópsia não deve ser feita na vigência de dieta, 
não pode retirar o glúten antes, pois os achados 
podem reduzir 
→ Importante correlação com a clínica (sintomas + 
achados endoscópicos) pois a biópsia não é 100% 
específica 
 
COMPLICAÇÃO: 
Complicações: Há dois tipos de tumores relacionados 
• Adenocarcinoma de delgado (mucosa em 
constante inflamação) 
• Linfoma de células T associado a 
enteropatia (específico do paciente com 
doença celíaca) 
Tratamento: Dieta livre de glúten 
OUTRAS DOENÇAS 
GASTROINTESTINAIS: 
CASO 1: Paciente idoso, cardiopata, apresentando 
dor abdominal + sintomas de suboclusão intestinal. 
Imagens relacionadas ao caso: 
 
Diagnóstico: Isquemia (necrose, alteração criptas, 
hemorragia). Comum idosos, cardiopatas etc. Causas: 
aterosclerose, aneurismas, hipercoagulabilidade. Pode 
ser uma obstrução vascular aguda ou crônica 
 
CASO 2: Paciente de 13 anos com baixa estatura, 
diarreia crônica e hipovitaminose. Realizada biópsia de 
2a. porção duodenal: 
 
Diagnóstico: Doença Celíaca 
Principais critérios histológicos: Hiperplasia das 
criptas, atrofia e achatamento das vilosidades e 
infiltrado linfocitário 
 
CASO 3: Recém-nascido apresentando aumento do 
volume abdominal progressivo, e ausência de 
eliminação de mecônio já desde os primeiros dias. 
Diagnóstico: Doença de Hirschprung 
O que ocorre nesta doença? Qual a fisiopatologia 
de base? Ausência de plexo na porção final do 
intestino, também chamada de megacólon congênito, 
pois a porção acima da parte sem plexo costuma ficar 
dilatada 
• Defeito congênito na inervação do cólon (SN 
Entérico). Neonatos que não liberam mecônio 
(primeiras vezes, aquosas e esverdeadas); pode 
complicar: enterocolite, perfuração, peritonite 
 
CASO 4: Paciente transplantado renal, em uso de 
imunossupressores. Apresenta início de sintomas 
gastrointestinais severos como vômitos, diarreia e 
perda de peso: 
 
Diagnóstico: Strongiloides - Presença do parasita, 
corpo alongado e arredondado 
Além da imagem, qual informação clínica ajuda a 
afirmar o dx: essa doença causa casos mais graves 
em imunossuprimidos 
• Estrongiloidíase: Strongyloides; nematelminto; 
faz ciclo pulmonar. Sintomas mais frequentes: 
trato gastrointestinal, quadros assintomáticos 
até severos 
 
CASO 5: Paciente com COVID+ submetido à 
tratamento com Azitromicina entre outras medicações. 
Após alguns dias de tratamento começa com quadro 
diarreico importante. Imagens do caso: 
 PATOLOGIA AMANDA GÖEDERT 
 
Diagnóstico: Colite Pseudomembranosa. Exsudato na 
mucosa, microscopicamente: aspecto de cogumelo 
ou vulcão - extravasamento do muco. 
Qual agente etiológico relacionado e dados da 
história que corroboram A gente etiológico: 
Costridlium dificcile. Uso de antibióticos, infecção 
oportunista 
• criptas danificadas cistificam e liberam muco 
purulento que “erupciona” para a superfície 
(Cogumelo ou vulcão) 
 
CASO 6: Paciente jovem com diarreia crônica em 
episódios intermitentes e dor abdominal. A 
colonoscopia revela alterações na mucosa do reto e 
cólon sigmoide. Imagens: 
 
Qual o mais provável diagnóstico? Quais dados da 
história e imagens corroboram? Retocolite 
ulcerativa, a diarreia crônica em jovens, associada a 
dor abdominal, indica um quadro de doença 
inflamatória intestinal, a localização e a imagem 
confirmam RCU 
• Micro: semelhante à DC; lesões mais 
superficiais; muscular própria raramente 
envolvida; infiltrado neutrófilo; micro abcessos; 
distorção da mucosa; metaplasia de Paneth 
DOENÇA DE CROHN: 
→ Lesões saltatórias, da boca ao ânus; mais 
envolvimento do íleo; úlceras aftosas; edema e 
apagamento de pregas; áreas poupadas e acometidas; 
fissuras 
→ Micro: infiltração neutrofilia; ulceração; distorção 
da mucosa; metaplasia e células de Paneth; 
granulomas não caseosos 
 
DIFERENÇAS RCU E CRHON: 
Local: DC boca ao ânus; RU reto-cólon; 
Lesões: DC saltatórias; RU contínuas; 
Inflamação: DC transmural; RD mucosa e submucosa 
DC: pode causar úlceras profundas; fístulas (lesão é 
mais profunda); constrições; parede espessada; 
fibrose; serosite 
RU: úlceras superficiais; parede delgada; fibrose é rara; 
sem serosites 
Ambas podem mostrar risco elevado para neoplasia 
colônica (quanto maior o tempo de doença e a 
extensão do acometimento, maior o risco) 
 
 
 PATOLOGIA AMANDA GÖEDERT 
QUESTÕES: 
Na fisiopatologia da doença Celíaca há participação 
de: 
a) Genética (HLA DQ2 e HLA DQ8) 
b) Imunidade humoral (anticorpos) 
c) Imunidade celular (linfócitos T) 
d) A e C corretas 
e) A, B e C corretas 
Resposta Letra E 
 
Como chama-se a manifestação cutânea da doença 
celíaca, e como ela normalmente se manifesta? 
 
R: Dermatite hepertiforme, se manifesta como 
vesículas 
 
CLASSIFIQUE: VERDADEIRO OU FALSO (Justificando se 
for falso): 
Pacientes celíacos assintomáticos não necessitam 
tratamento. Mas caso sintomáticos, o tratamento é 
feito com medicações antialérgicas/ anti-inflamatórias. 
R: Falso, assintomáticos e sintomáticos devem 
fazer tratamento no intuito de evitar complicações, 
além disso, o único tratamento é com mudança na 
dieta (livre de glúten) 
 
É uma bactéria considerada comensal do intestino 
humano, porém algumas cepas podem causar 
doenças: 
a) Campylobacter jejuni 
b) Enterobius vermicularis 
c) Salmonella typhi 
d) Escherichia coli 
e) Helicobacter pylori 
 
É um parasita que vive preferencialmente no 
ceco/apêndice Cecal, porém a oviposição se dá na 
região perianal (sintoma prurido anal) 
 
a) Schistosoma mansoni 
b) Ascaris lumbricoides 
c) Enterobius vermicularisd) Trichuris trichiura 
e) Taenia solium 
Resposta letra C 
 
Parasitas que causam espoliação sanguínea, anemia 
crônica, sintomas gastrointestinais, fadiga. A doença é 
chamada de doença do “Jeca-Tatu” ou “amarelão”: 
a) Giardia e Ascaris lumbricuoides 
b) Entamoeba hystolitica e Entamoeba coli 
c) Schistosoma mansoni e Strongyloides stercolaris 
d) Necator americanus e Ancylostoma duodenale 
e) Taenia solium e Taenia saginata 
Resposta letra D (ancilostomíase) 
 
O agente patogênico mais importante nessa doença é 
o OVO, e geralmente associado a lesão 
granulomatosa em torno dele: 
 
a) Estrongiloidíase 
b) Escabiose 
c) Esquistossomose 
d) Ascaridíase 
e) Amebíase 
Resposta letra C 
 
 PATOLOGIA AMANDA GÖEDERT 
Cite as principais diferenças de padrão de 
acometimento da doença de Crohn x RCU 
 
 
Qual dos seguintes achados histológicos NÃO é um 
indicador de cronicidade nas doenças inflamatórias 
intestinais? 
a) Linfoplasmocitose basal 
b) Distorção arquitetural 
c) Microabscessos crípticos 
d) Metaplasia pilórica 
e) Criptas tortuosas ou bifurcadas 
Resposta letra: C, abcessos são mais agudos 
 
Como chama-se essa estrutura? E a qual doença 
inflamatória intestinal ela está mais relacionada? 
 
R: Granuloma (células 
gigantes 
multinucleadas, 
macrófagos - 
rodeado por 
neutrófilos muitas 
vezes) 
Comum na doença de 
Crohn (e na RCU não é 
comum!) 
 
 
 
 
classifique em Verdadeiro ou Falso (2 frases): 
(justificando o porquê caso falso) 
1) Pacientes com doenças inflamatórias 
intestinais que estejam assintomáticos não 
necessitam acompanhamento ou tratamento. 
R: falso, pode haver complicações, 
necessário acompanhamento, predisposição 
a neoplasias. Precisa de tratamento 
2) A biópsia é patognomônica e isoladamente 
confirma o diagnóstico das doenças 
inflamatórias intestinais 
3) R: falso, não é confirmatória 
 
Classifique em VERDADEIRO ou FALSO: (justificando o 
porquê caso falso) 
1) O ideal na doença celíaca é realizar um “teste 
terapêutico” (retirar o glúten da alimentação) 
para realizar a biópsia apenas depois. 
R: Falso, isso pode atrapalhar o diagnóstico 
pois as lesões podem regredir, necessário 
mudar dieta somente após biópsia

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