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· Pergunta 1 0 em 0 pontos Em O que faz o brasil, Brasil?, Roberto DaMatta (1986, p. 46-47) afirma que “é mais fácil dizer que o Brasil foi formado por um triângulo de raças, o que nos conduz ao mito da democracia racial, do que assumir que somos uma sociedade hierarquizada, que opera por meio de gradações e que, por isso mesmo, pode admitir, entre o branco superior e o negro pobre e inferior, uma série de critérios de classificação”. Com base nessa leitura e sabendo que o povo brasileiro surgiu da confluência e do entrechoque do invasor português com índios e negros africanos, uns e outros aliciados como escravos, é correto afirmar que: I. O Brasil foi feito de negros, brancos e índios; contingentes humanos que se encontraram de modo espontâneo, numa espécie de carnaval social e biológico; II. O fato contundente de nossa história é que somos um país feito por portugueses brancos e aristocráticos, uma sociedade hierarquizada e que foi formada dentro de um quadro rígido de valores discriminatórios; III. O mito da democracia racial contribui para ocultar o racismo estrutural da nossa sociedade em toda a sua complexidade; IV. Por sermos um povo mestiço, não há como considerar que haja, aqui, uma sociedade hierarquizada que toma como eixos classificatórios de discriminação o branco e o negro. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: b. II e III, apenas. Respostas: a. I e IV, apenas. b. II e III, apenas. c. I, apenas. d. III, apenas. e. I e III, apenas. Comentário da resposta: Resposta: b) · Pergunta 2 0 em 0 pontos Tal como propõe Darcy Ribeiro, em O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil (2006), a noção de “ninguendade”, no contexto do surgimento de uma etnia brasileira, indica que a formação deste “povo novo” – um “novo gênero humano” – se deu por um processo de: Resposta Selecionada: d. Desidentificação com suas matrizes étnico-culturais. Respostas: a. Identificação plena com suas matrizes étnico-culturais. b. Afirmação de uma matriz étnico-cultural em prejuízo da outra. c. Reinvenção da pureza do povo brasileiro. d. Desidentificação com suas matrizes étnico-culturais. e. Pacificação plena da mestiçagem. Comentário da resposta: Resposta: d) · Pergunta 3 0 em 0 pontos Sérgio Buarque de Holanda, no livro Raízes do Brasil (1995, p. 145), afirma que: “O Estado não é uma ampliação do círculo familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas vontades particularistas, de que a família é o melhor exemplo”. E segue dizendo que: “Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar é que nasce o Estado [...]”. Seguindo essa linha de raciocínio, é correto afirmar que: I. Para que o Estado exista, é necessário que se destrua a instituição familiar; II. Se na família prevalece um tipo de relação pautada por certas vontades particulares às pessoas, no Estado burocrático, racional e legal, deveria imperar a impessoalidade da lei que serve a todos os indivíduos; III. O transplante da ordem doméstica à gestão pública faz com que os detentores de posições públicas de responsabilidade tenham dificuldade de compreender a distinção fundamental entre os domínios do privado e do público. IV. Para o funcionário patrimonial, a própria gestão política apresenta-se como um assunto de seu interesse particular. É correto o que se afirma em: Resposta Selecionada: e. II, III e IV, apenas. Respostas: a. I, apenas. b. II, apenas. c. III, apenas. d. IV, apenas. e. II, III e IV, apenas. Comentário da resposta: Resposta: e) · Pergunta 4 0 em 0 pontos O antropólogo Roberto DaMatta (1986, p. 95-97), em O que faz o brasil, Brasil?, elaborou a seguinte tese sobre o “dilema brasileiro”: “[...] o dilema brasileiro reside, precisamente, numa trágica oscilação entre um esqueleto nacional feito de leis universais cujo sujeito [é] o indivíduo, e as situações onde cada qual [se salva e se despacha como pode], utilizando, para isso, o seu sistema de relações pessoais. Haveria assim, um verdadeiro combate entre as leis que devem valer para todos e as relações que, evidentemente, só podem funcionar para quem as tem. O resultado é um sistema social dividido e, até mesmo, equilibrado entre duas unidades sociais básicas [...]”. Considerando essa perspectiva, é correto dizer que essas duas unidades sociais básicas são: Resposta Selecionada: a. O indivíduo (o sujeito das leis universais que modernizam a sociedade) e a pessoa (o sujeito das relações sociais, que conduz ao polo tradicional do sistema). Respostas: a. O indivíduo (o sujeito das leis universais que modernizam a sociedade) e a pessoa (o sujeito das relações sociais, que conduz ao polo tradicional do sistema). b. O mameluco, filho do branco com o índio, e o mulato, filho do branco com o negro. c. O aplicador da lei, o puro burocrata, e o corrupto, o que infringe a lei. d. O patrão, dono dos meios de produção, e o empregado, explorado pelo patrão. e. O rico e o pobre. Comentário da resposta: Resposta: a)
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