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CORRIGIDO Resumo Expandido - Yasmin e Rodrigo

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OBSERVAÇÃO EM PSICOLOGIA: AS SETE EMOÇÕES UNIVERSAIS NA ANÁLISE DE MICROEXPRESSÕES FACIAIS
Yasmin Victória Nascimento Carvalho[footnoteRef:1] [1: Graduanda de Psicologia (Faculdade São Luís de França). E-mail: yasmin.victoria@sousaoluis.com.br. ] 
Rodrigo Santos Siqueira[footnoteRef:2] [2: Graduando de Psicologia (Faculdade São Luís de França). E-mail: rodrigo.santos@sousaoluis.com.br.] 
EIXO 3 – Interlocuções entre conhecimento e saber no campo das Ciências da Saúde
Palavras-chave: Microexpressões faciais. Métodos. Psicologia. 
1 INTRODUÇÃO
Uma imagem vale mais que mil palavras. É do conhecimento popular de que os nossos gestos exercem grande importância comunicação. Alguns estudos apontam que a comunicação verbal é responsável por apenas 7% na interpretação de uma mensagem (YAFFE, 2011 apud MEHRABIAN, 1971). Se as observações na área da psicologia buscam investigar as emoções, pesquisadores devem estar cientes de que respostas emocionais vão além do que é falado ou marcado em um questionário. E por essas razões, profissionais devem conhecer mais sobre o tema para discutir suas implicações éticas no uso desse conhecimento. 
Contudo, o conhecimento já tem sido aplicado em diversas tecnologias ao nosso redor sem que saibamos da sua existência e possamos discutir sobre suas implicações. Fato que favorece a apropriação deste conhecimento por pessoas sem preparo ético e sem uma formação ampla em psicologia. Este trabalho teve como objetivo levantar o interesse sobre essa área que ainda possui insipiente campo no âmbito acional, tendo pouca difusão sobre o assunto e fomentar discussões éticas sobre sua aplicação. Para isto fizemos uma revisão crítica da sua obra “A linguagem das emoções” autor desta área e alguns debates levantados por seus opositores.
2 OBSERVAÇÃO EM PSICOLOGIA: AS SETE EMOÇÕES UNIVERSAIS NA ANÁLISE DE MICROEXPRESSÕES FACIAIS
 Para Viana(2014), a comunicação não verbal se faz através das reações entre 
objetos, gestos e expressões faciais. Paul Ekman, psicólogo pioneiro no estudo das expressões faciais, fez pesquisas ao redor do mundo com intuito de desvendar os mistérios da identificação das emoções e se elas realmente se modificam de uma cultura para outra (EKMAN, 2011). Ao realizar estudos com pessoas de diferentes países, ele descobriu que ainda que não compartilhem a mesma cultura, responderam através de suas expressões faciais, de forma semelhante a estas emoções. Quando foi questionado se a interferência ocidental poderia ter influenciado nas respostas, Ekman resolveu investigar outras etnias ao redor do mundo. 
Na época, ele iniciou uma nova expedição para Papua Nova Guiné, país que se encontra na Oceania, e entrevistou a tribo Fore, indivíduos primitivos que nunca foram colonizados ou tido contato com as demais pessoas do mundo. Logo após 3 anos de pesquisa, Paul Ekman concluiu que as microexpressões faciais são as mesmas encontradas nos estudos ocidentais (EKMAN, 2011). Ou seja, mesmo isolados de outras culturas, responderam do mesmo modo. Este estudo estabeleceu novas provas de que não há interferência cultural na natureza das expressões das emoções faciais. 
Inicialmente, Ekman (2011) concluiu que existem 7 expressões faciais (conjuntos de microexpressões) que remetem a 7 respostas emocionais universais: Felicidade, Desprezo, Tristeza, Medo, Raiva, Surpresa e Nojo. Cada uma com características que permitem a sua diferenciação e reconhecimento. Tal descoberta contribuiu para o surgimento de novos métodos de observação na Psicologia. Esta ciência agora poderia contar com um poderoso conceito amplamente testado para formulação de novas teorias e formas de observar o comportamento humano.
Contudo, segundo Gonçalves e Peppi (2019), estudos mostram também que somos capazes de manipular nosso comportamento para esconder emoções e talvez por isso seja difícil evoluir nas pesquisas e ter posições mais confiáveis sobre o assunto. Deste modo, esse tipo de observação exige bastante conhecimento, treinamento, experiência do observador e até alguns softwares têm sido desenvolvidos para melhorar a precisão da observação. Já podemos colher alguns frutos desses estudos, mas ainda existe um longo caminho para que sua aplicação seja segura em alguns contextos.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Não devemos deixar as palavras de lado. Yaffe (2011) ressalta em seu artigo os mitos e verdade da relevância das expressões corporais na comunicação. Para ele, o que é falado sobre a teoria dos 7% de importância da comunicação verbal não era exatamente o que o autor queria falar. O livro que ficou famoso por essa informação, escrito Albert Mehrabian em 1971, se referia a estratégia comportamental que temos ao buscar na expressão corporal e no tom de voz entender o sentido do que é falado quando as palavras não são tão claras. Ou seja, o que é falado, bem como seu contexto não pode ser ignorado. Pelo contrário, nossas expressões, falas e gestos trabalham em conjunto na comunicação.
REFERÊNCIAS
EKMAN, Paul. A linguagem das emoções. São Paulo: Lua de Papel, 2011.
VIANA, Isabel. Comunicação não verbal e expressões faciais das emoções básicas. Revista de Letras, v. 2, n. 13, p. 165-181, 2014.
GONÇALVES, Antonio Baptista; PEPPI, Fabiani Mrosinski. Micro-expressões faciais: lenda ou realidade? Revista da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, v. 23, n. 45, p. 25-60, 2019.
YAFFE, Philip. The 7% rule: fact, fiction, or misunderstanding. Ubiquity, v. 2011, n. October, p. 1-5, 2011.

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