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Enunciado da Avaliação 1 A entrega da atividade deve ser realizada através do item Entrega da Avaliação – Fórum de Discussão [AVA 1], conforme o prazo estipulado em calendário acadêmico. O papel do Governo Federal na Segurança Pública Segundo o Art. 144 da Constituição Federal, a “segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”, definindo as atribuições dos órgãos que integram o Sistema de Segurança Pública. A partir de uma interpretação restritiva do artigo, o governo federal abre mão do protagonismo na definição de uma política nacional de segurança pública. Fica evidente que o governo federal encara a segurança pública como uma atribuição quase que exclusiva dos estados- membros, deixando de reconhecer o espírito da lei, que se encarregou de incluir os órgãos policiais federais no rol das instituições que têm o dever de exercer suas atividades para “a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. Além do mais, o narcotráfico e o tráfico de armas são crimes federais e transnacionais e se transformaram na principal gênese da violência que assola o país. Aponte, em texto dissertativo e argumentativo, as consequências da falta de coordenação e ações eficazes do governo federal no combate ao crime organizado. Comente os posts dos outros alunos, rebatendo pontos de vistas divergentes. Defenda o seu próprio ponto de vista a partir dos posts que discordem de seu posicionamento ou, alternativamente, justifique a mudança do seu entendimento. Referências • BRASIL. Constituição Federal. 8 ed. Barueri: Manole, 2016. Ver art. 144. Biblioteca Virtual. • SOARES, L. E. A Política Nacional de Segurança Pública: histórico, dilemas e perspectivasLinks to an external site.. Estud. av. [on-line]. 2007, vol. 21, n. 61, p. 77-97. Acesso em: 13 fev. 2018. http://posticsenasp.ufsc.br/files/2015/08/seguran%C3%A7a-publica-no-brasil-at%C3%A9-2007.pdf http://posticsenasp.ufsc.br/files/2015/08/seguran%C3%A7a-publica-no-brasil-at%C3%A9-2007.pdf No Brasil, a segurança pública é uma responsabilidade compartilhada entre diferentes órgãos e esferas de governo, como a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Militares e Civis estaduais, os Corpos de Bombeiros Militares, entre outros. A falta de coordenação e a fragmentação das ações de segurança muitas vezes resultaram em desafios na prevenção e combate ao crime, porém, a falta de coordenação e ações eficazes do governo federal no combate ao crime organizado têm gerado consequências profundamente negativas para a segurança pública e a sociedade como um todo. A interpretação restritiva do Art. 144, CF, que coloca a segurança pública como uma atribuição quase exclusiva dos estados-membros, e a subsequente falta de protagonismo do governo federal na definição de uma política nacional de segurança pública têm contribuído para agravar a situação da criminalidade no país. Neste contexto, é evidente que as consequências são numerosas e impactantes. Em junho de 2018, foi sancionada a Lei nº 13.675 que estabelece o SUSP (Sistema Único de Segurança Pública), e tem como seu principal objetivo a integração das ações de segurança e a troca de informações entre esses diferentes órgãos e esferas de governo. O SUSP, foi criado para melhorar a eficiência das operações, a investigação de crimes, a prevenção e a promoção da segurança pública de forma mais coordenada. Vale ressaltar que, apesar das boas intenções por trás do SUSP, sua eficácia depende da cooperação e vontade política de diferentes níveis de governo e órgãos de segurança para implementar e manter as medidas propostas. A ausência de uma coordenação eficaz entre os diferentes níveis de governo abre espaço para a atuação desarticulada e, por vezes, contraditória das instituições de segurança pública. Isso possibilita que o crime organizado opere de maneira mais eficaz, uma vez que as forças de segurança não conseguem compartilhar informações, estratégias e recursos de forma adequada. Como resultado, criminosos podem explorar as falhas na comunicação e na atuação das autoridades, facilitando o tráfico de drogas, armas e outras atividades ilícitas. Além disso, a falta de ações eficazes do governo federal no combate ao crime organizado contribui para o fortalecimento das organizações criminosas. A ausência de uma resposta enérgica por parte do governo federal permite que esses grupos expandam sua influência, recrutem novos membros e ampliem suas atividades criminosas. Isso não só aumenta a violência e a instabilidade em comunidades vulneráveis, mas também enfraquece a capacidade do Estado de manter o controle sobre territórios onde o crime organizado prevalece. A negligência em lidar de forma abrangente com crimes transnacionais, como o narcotráfico e o tráfico de armas, também contribui para a escalada da violência. Sem uma abordagem coordenada entre as diferentes esferas de governo e a cooperação internacional, tais crimes continuam a se expandir, atravessando fronteiras e corroendo a soberania do país. Essa inação do governo federal permite que redes criminosas operem de maneira global, minando os esforços locais para conter suas atividades. Ademais, a falta de uma estratégia nacional de segurança pública enfraquece a capacidade do país de enfrentar os desafios complexos do crime organizado de forma integrada. A ausência de diretrizes claras e de investimentos adequados nas forças de segurança enfraquece a capacidade de prevenção, investigação e repressão desses crimes, levando a um ciclo de impunidade e perpetuação da violência. Em conclusão, as consequências da falta de coordenação e ações eficazes do governo federal no combate ao crime organizado são múltiplas e profundamente prejudiciais. A inércia do governo federal permite que o crime organizado se fortaleça, aumentando a violência, minando a governabilidade e enfraquecendo a segurança pública como um todo. É eminente a necessidade de uma abordagem mais integrada e colaborativa, que reconheça a importância do papel federal no combate a crimes federais e transnacionais, visando assim preservar a ordem pública, a incolumidade das pessoas e do patrimônio, como preconizado pelo espírito da Constituição Federal. Referências: AÇÃO integrada do Governo Federal e estados combate crime organizado no país: Ação integrada do Governo Federal e estados combate crime organizado no país. Justiça e Segurança, 26 nov. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/pt- br/noticias/justica-e-seguranca/2021/11/acao-integrada-do-governo-federal-e- estados-combate-crime-organizado-no-pais. Acesso em: 29 ago. 2023. SERIA papel do governo federal assumir o combate ao crime organizado?: Texto originalmente publicado na edição do jornal Folha de S.Paulo em 22/10/2016. São Paulo: Luís Francisco Carvalho Filho, 22 out. 2016. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2016-out-22/seria-papel-governo-federal-assumir- combate-crime-organizado. Acesso em: 29 ago. 2023 Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018. Disciplina a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública,. [S. l.], 2018. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/Lei/L13675.htm. Acesso em: 29 ago. 2023. OBS: E lembre-se de comentar as postagens dos outros alunos, isso conta ponto!
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