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Estrutura Celular e Tecidual anatomia e citologia

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Estrutura Celular e Tecidual: anatomia e citologia
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O PACIENTE APRESENTA DOR CONSTANTE NA REGIÃO ABDOMINAL SUPERIOR MÉDIA APÓS AS REFEIÇÕES. QUAL ÓRGÃO ESTÁ LOCALIZADO NESSA REGIÃO? DESCREVA A SUA ANATOMIA. 
O órgão localizado na região abdominal superior média é o estômago. O estômago, continuação do esôfago, é um grande órgão saculado e intraperitoneal, suspenso por dobras de peritônio (mesentério), os omentos maior e menor. O estômago é dividido anatomicamente em cárdia, fundo gástrico, corpo gástrico e piloro (antro pilórico e canal com esfincter), e possui as curvaturas maior e menor.
O abdômen é o local mais frequente das síndromes dolorosas agudas ou crônicas, de dor referida de origem em estruturas distantes ou de dor decorrente de lesões sistêmicas. A dor visceral abdominal ocorre por tensão ou estiramento da parede das vísceras ocas ou da cápsula das vísceras parenquimatosas e pela tração ou estiramento peritoneal ( ZAKKA et al. 2013).
A dor na região epigástrica ocorre por lesões no estômago, vesícula biliar, duodeno, pâncreas, fígado, região distal do esôfago, coração e pulmões, principalmente por úlcera péptica, úlcera perfurada, gastrites, espasmo pilórico, carcinoma gástrico, pancreatite crônica ou aguda, colecistite, litíase biliar, perfuração do esôfago na porção inferior, esofagite química ou bacteriana, infarto do miocárdio, pericardite, insuficiência cardíaca congestiva ou hérnia epigástrica. A dor visceral de origem no estômago localiza-se habitualmente na região médio-epigástrica. O acometimento da camada parietal do peritônio por doenças gástricas pode determinar dor apenas no quadrante superior esquerdo do abdômen (AL-CHAER, E.D; TRAUBE, R; 2002). 
QUAL O DIAGNÓSTICO MAIS PROVÁVEL? JUSTIFIQUE A SUA RESPOSTA.
O diagnóstico mais provável é o de úlcera péptica, que está associada a dor constante na região abdominal superior média ou acima do umbigo após as refeições. Além disso, a bactéria Helicobacter pylori está implicada na maioria dos casos de úlcera péptica.A úlcera péptica é uma lesão que ocorre na mucosa do trato gastrointestinal, sendo caracterizada por um desequilíbrio entre fatores agressores e protetores da mucosa gástrica, tendo como principal fator etiológico o Helicobacter pylori. 
Úlcera péptica é acometida de causa multifatorial. Os elementos ambientais, tais como álcool e nicotina, podem inibir ou reduzir a secreção de muco e bicarbonato e o aumento da secreção ácida. Fatores nutricionais são importantes aliados neste caso devido a possível ocorrência de desnutrição, especialmente quando há estenose, o que impede a ingestão normal dos alimentos. A terapia nutricional destina-se a promover a cicatrização, com base em sequência complexa de eventos que vão desde o trauma inicial para a reparação do tecido danificado.
Reis (2003) sugeriu que a distribuição de calorias deve ser ajustada de acordo com as necessidades do paciente para normalizar o estado nutricional, tendo como macronutrientes recomendados a ingestão de proteínas em até 1,2 g/kg/peso/ dia na fase aguda (5ª- 8ª semana) e até 1,5 g/kg/peso/dia na fase de recuperação. Os hidratos de carbono devem ser ajustados às necessidades do paciente, sem concentração de dissacarídeos, de modo a evitar a fermentação, e lipídeos sem concentração de gorduras saturadas.
Para acelerar o processo de cura, além de proteína, podem contribuir micronutrientes tais como zinco, que é essencial para manter a função do sistema imunitário, como resposta ao estresse oxidativo, e para curar feridas. O selênio pode reduzir complicações infecciosas e melhorar a cicatrização. Além disso, a vitamina A pode ser utilizada como a suplemento, mas a pesquisa que apoia esta prática é de eficácia limitada, porque dosagens muito elevadas não promovem a cura e o consumo excessivo pode ser tóxico (PRASAD,A.S; 2009).
REFERÊNCIAS
AL-CHAER, E.D; TRAUBE, R.J. Biological basis of visceral pain: recent developments. Pain. V. 96, n.3, p. 221-225, 2002.
PRASAD, A. S. Zinc: role in immunity, oxidative stress and chronic inflammation. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. V.12, p. 646-652, 2009.
REIS, N. T. Nutrição clínica: sistema digestório. Rubio. Rio de Janeiro, 1 ed. 2003.
VOMERO, N. D; COLPO, E. Cuidados nutricionais na úlcera péptica. ABCD Arq Bras Cir Dig. V. 27, n.4, p.298-302, 2014.
ZAKKA, T. M; TEIXEIRA, M. J; YENG, L. T. Dor visceral abdominal: aspectos clínicos. Rev Dor. São Paulo, v.14 n.4, p.311-314, out/dez. 2013.

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