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@resumosdamed_ 1 SINDROMES DISPÉPTICAS E ABDOME AGUDO PERFURATIVO DEFINIR ABDOME AGUDO E CITAR SEUS PRINCIPAIS TIPOS: Abdome agudo é um grande quadro clínico abdominal variável que pode ser dividido em síndromes, sendo cada uma delas caracterizada por diferentes formas de instalação e progressão a depender da sua etiologia. Portanto, a expressão “abdome agudo” refere-se a sinais e sintomas de dor e sensibilidade abdominal, uma manifestação clínica que, em geral, requer terapia cirúrgica de emergência. Já abdome agudo perfurativo é uma síndrome clínica caracterizada por dor abdominal, não traumática, de início súbito, devido a perfuração de víscera oca. A classificação é feita com referência no Ligamento de Treitz: • Perfuração alta: geralmente se inicia por uma peritonite química, por liberação de sucos digestivos, que culmina com proliferação bacteriana e posterior processo infeccioso. • Perfuração baixa: é esperado início por peritonite infecciosa de região já colonizada com evolução para um quadro sistêmico, podendo manifestar sinais de septicemia. O abdome agudo pode ser dividido em grandes síndromes: • Abdome Agudo Inflamatório: é causada por processo inflamatório e/ou infeccioso em cavidade abdominal, órgãos ou estruturas adjacentes. Costuma cursar com manifestações de peritonite e alterações de ritmo intestinal. Caracteriza-se por dor de início insidioso e intensidade progressiva. Pode ser causado por um processo agudo ou pela agudização de uma doença crônica. Suas principais etiologias são apendicite aguda, colicistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite. • Abdome Agudo Perfurativo: constitui-se a terceira causa mais comum de abdome agudo gerando alta frequência de emergências abdominais não traumáticas. Caracteriza-se por dor de início súbito e intenso, difusa em todo abdome, agravada com movimentação e irritação peritoneal por derrame de conteúdo de vísceras ocas no peritônio. A evolução natural da síndrome se dá por inflamação química inicial com posterior invasão bacteriana, agravando o quadro. Etiologias comuns: úlcera gastroduodenal, diverticulite, corpos estranhos e neoplasia. • Abdome Agudo Obstrutivo: síndrome caracterizada por sinais e sintomas de obstrução em TGI, como náuseas, vômitos, distensão abdominal, parada de eliminação de flatos e fezes. Tem caráter evolutivo e a dor costuma ser em cólica, geralmente periumbilical. Pode apresentar causa mecânica, por obliteração parcial ou total do lúmen, ou funcional. Etiologias comuns: corpo estranho, bridas, hérnias, neoplasias, bolo de áscaris. • Abdome Agudo Vascular: caracterizado por dor abdominal intensa de origem vascular, sendo uma urgência não-traumática grave por redução súbita do fluxo sanguíneo intestinal. Quando o quadro é mais arrastado, a intensidade pode se apresentar diminuída pela circulação colateral. A dor é difusa e mal definida, apresentando desproporção entre a dor e o exame físico. Etiologias comuns: embolia e trombose mesentérica com isquemia intestinal, redução do débito cardíaco, gastroenterites. • Abdome Agudo Hemorrágico: causado pela presença de sangue em cavidade abdominal. São mais raros e geralmente acometem faixas etárias mais avançadas. Dor intensa, com rigidez e sinais de hipovolemia, tais como hipotensão, taquicardia, palidez e sudorese. Como há sangramento, a depender do volume e a velocidade de instalação do quadro, pode haver prejuízo neurológico e a intervenção deve ser rápida. Em mulheres, sempre investigar ciclo menstrual e possibilidade de gravidez. Etiologias comuns: gravidez ectópica rota, ruptura de aneurisma de aorta, rotura de baço. @resumosdamed_ 2 IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS CAUSAS DE ABDOME AGUDO PERFURATIVO: As principais causas de abdome agudo perfurativo são: • Perfurações de úlceras pépticas altas, ocasionando o extravasamento do sulco digestivo, levando à peritonite química, seguido de proliferação bacteriana e consequente processo infeccioso. • Perfurações de úlceras pépticas baixas, que, desde o início, ocorre uma infecção que evolui rapidamente de um quadro focal para um quadro sistêmico. Além disso, traumas, neoplasias e ingestão de corpo estranho também levam a esse quadro. DIAGNÓSTICO CLÍNICO E EXAMES COMPLEMENTARES DO ABDOME AGUDO PERFURATIVO: DIAGNÓSTICO CLÍNICO: Para discutir a clínica de cada síndrome, é necessário se ater sempre à classificação principal, portanto, o sintoma invariável é a dor abdominal. A partir disso, as demais manifestações variam de acordo com local em que ocorreu a perfuração, o tempo decorrido entre o início do quadro e intervenção médica e o grau de distribuição dos líquidos extravasados. Lembrando que alguns pacientes, como idosos e imunosupressos podem ter o quadro mascarado. A clínica pode ser acompanhada de sinais de sepse, hipotensão ou choque a depender da gravidade do caso. O acúmulo de gás pode comprometer a musculatura diafragmática resultando em desconforto respiratório. As úlceras perfuradas podem ser tamponadas e consequentemente, apresentarão quadro mais arrastado. Outro motivo para curso mais indolente é a presença de abscessos e fístulas. A dor pode ser lombar, nos casos de perfurações retroperitoneais, ou irradiarem para os ombros nos casos de perfuração em abdome superior que irritam o diafragma. Abdome em tábua é uma contratura involuntária generalizada da parede abdominal por peritonite difusa. No exame físico podem encontrar também distensão abdominal e ausência de ruídos hidroaéreos. Os sinais e sintomas típicos ocorrem quando há peritônio livre – acometimento de toda cavidade abdominal com dor e peritonite generalizada. Portanto, deve-se avaliar se a peritonite é química ou bacteriana, o nível da perfuração e a presença de comprometimento sistêmico. DIAGNÓSTICO POR IMAGEM: Exames laboratoriais são inespecíficos, podendo ajudar a detectar apenas a presença de processos inflamatórios e infecciosos prévios. Assim, para confirmar a perfuração, métodos de imagem são os mais adequados. A característica principal é a presença de ar e/ou líquido na cavidade peritoneal, retroperitônio ou na parede dos órgãos. Em 75-80% dos casos há pneumoperitônio e nos demais casos é esperado bloqueio no local da perfuração e, portanto, ausência de gás no segmento perfurado. @resumosdamed_ 3 RADIOGRAFIA SIMPLES: A radiografia é o exame inicial de escolha por ser um exame simples que mostra com facilidade o melhor indicador de perfuração: pneumoperitônio. O quadrante superior direito é onde mais frequentemente encontra-se ar livre. A sensibilidade do exame pode ser elevada se o paciente permanecer na posição da incidência por 10-20 minutos. Pode ser solicitado em diversas incidências: ortostase, decúbito lateral e decúbito dorsal. Algumas incidências, como o decúbito horizontal possuem sensibilidade inferior, mas podem ser as únicas disponíveis no momento. A radiografia em ortostase é ideal para identificar ar entre o diafragma e o fígado ou estômago. Cerca de 50% do ar costuma se acumular abaixo do fígado ou no espaço hepatorrenal. Em decúbito lateral, tem-se boa visualização do ar entre o fígado e a parede abdominal lateral, enquanto em decúbito dorsal pode- se visualizar alguns sinais, como: • Sinal de Rigler: delineamento da parede gástrica ou intestinal pela presença de gás na luz e na cavidade peritoneal. • Sinal do ligamento falciforme: delineamento das estruturas que normalmente não são vistas (ligamento falciforme, ligamentos umbilicais) pelo gás, permitindo que o ligamento se torne radiopaco. • Sinal do úraco: o úraco torna-se radiopaco. • Sinal do V invertido: os ligamentos umbilicais laterais são visualizados. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: É um método excelente, com sensibilidade e especificidade elevada. Tem como características:• Sensibilidade superior a radiografia simples; • Localização precisa e distribuição do gás – utiliza-se a “janela pulmonar”; • Visualização de abcessos, sinais sugestivos de obstrução ou de isquemia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NO ABDOME AGUDO PERFURATIVO: CITAR PANCREATITE, COLECISTITE, CÓLICA BILIAR. DIAGNÓSTICOS ETIOLÓGICOS ÚLCERA PEPTÍDICA PERFURADA @resumosdamed_ 4 São úlceras perfuradas que se estendem através da parede muscular serosa, permitindo a comunicação entre a luz da víscera e a cavidade abdominal, com extravasamento de conteúdo. As perfurações geralmente ocorrem por desequilíbrio entre secreção de ácidos e a barreira mucosa gástrica. Esse conteúdo gástrico e duodenal na cavidade abdominal resulta em peritonite química. Essas úlceras podem ser complicações da Doença úlcerosa peptídica e a prevalência de H. Pylori no desenvolvimento nessa doença faz com que essa colonização esteja relacionada ao Abdome Agudo Perfurativo. Nesse caso, há aumento da secreção gástrica e diminuição da secreção de bicarbonato da mucosa. Uma possível evolução do quadro é o choque hipovolêmico. DIVERT ÍCULOS A perfuração espontânea de um divertículo em peritônio livre com consequente peritonite é rara, porém grave, podendo levar a óbito por sepse e falência de múltiplos órgãos. Surge por atividade cólica anormal, modiciações da dieta ou fatores predisponentes constitucionais. Modificações na estrutura muscular dificultam o esvaziamento do conteúdo fecal, provocando erosões da mucosa e processos inflamatórios. Além disso, se houver comprometimento da perfusão sanguínea dos divertículos, pode haver necrose e perfuração intramural. A pressão colônica força fezes e bactérias através da perfuração para dentro da cavidade abdominal, levando à peritonite generalizada e sepse. CORPOS ESTRANHOS Se um corpo estranho é ingerido por via oral ou retal é potencialmente capaz de causar um quadro de abdome agudo perfurativo. O esôfrago costuma ser o local mais acometido por sua anatomia e localização, mas só a partir da cárdia, a perfuração começa a manifestar sintomas abdominais. Outros locais acometidos são locais de estreitamento, como piloro, angulações duodenais e flexura duodenojejunal. ABORDAGEM TERAPÊUTICA DO ABDOME AGUDO PERFURATIVO A abordagem inicial consiste em medidas de suporte com monitorização e manejo inicial dos casos de hipotensão e choque. A antibioticoterapia de amplo espectro pode ser feita antes do tratamento definitivo ou no intra- operatório, podendo manter-se posteriormente. O tratamento é cirúrgico com objetivo de sutura da perfuração, com ou sem epiplonplastia nos casos @resumosdamed_ 5 de úlcera péptica perfurada, ou a ressecção da área comprometida, podendo fazer ressecção com anastomose primária ou com ostomia na impossibilidade de se realizar a anastomose: imunossupressão, desnutrição, infecção. Estabilização clínica: hidratação; correção de distúrbios hidroeletrolíticos e antibioticoterapia Cirurgia: vídeo laparoscopia ou laparotomia exploradora → tratamento cirúrgico é primordial e não deve ser retardado EPIDEMIOLOGIA DO ABDOME AGUDO PERFURATIVO É a terceira síndrome abdominal aguda mais frequente, ficando atrás de Abdome Agudo Inflamatório (1º) e Obstrutivo (2º). A taxa de mortalidade varia entre 8 a 10% se não tratada, dependendo a etiologia, como veremos adiante. Dentre as principais etiologias, a úlcera péptica evolui com perfuração em 10% dos casos, havendo uma prevalência do duodeno em relação ao estômago (14:1). EXPLICAR A FISIOPATOLOGIA DA GASTRITE E ÚLCERA, EPIDEMIOLOGIA, ETIOLOGIAS, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS. RELEMBRANDO A SECREÇÃO ÁCIDA: Ácido é secretado pelas células parietais nos dois terços proximais (corpo) do estômago. O ácido gástrico facilita a digestão criando um pH ideal para a pepsina e a lipase gástrica e estimulando a secreção de bicarbonato pelo pâncreas. A secreção ácida se inicia pela alimentação: pensar, cheirar ou saborear o alimento estimula uma via vagal, estimulando as células G localizadas no terço distal (antro) do estômago. A chegada de proteína ao estômago estimula mais ainda a liberação de gastrina. A gastrina circulante causa a liberação de histamina pelas células semelhantes a enterocromafim no corpo gástrico. A histamina estimula as células parietais por meio de receptores H2. As células parietais secretam ácido, o que causa queda do pH, estimulando células D antrais a liberarem somatostatina, a qual inibe a liberação de gastrina (feedback negativo). A secreção ácida está presente desde o nascimento e atinge níveis de adulto (com base no peso) aos 2 anos de idade. Existe queda na produção de ácido clorídrico nos idosos com gastrite crônica, mas, exceto nesses casos, a acidez se mantém durante toda a vida. Normalmente, a mucosa gastrintestinal é protegida por vários mecanismos distintos: • A produção de muco e HCO3 pela mucosa cria um gradiente de pH do lúmen gástrico (baixo pH) para a mucosa (pH neutro). O muco funciona como uma barreira contra a difusão de ácido e pepsina. • Células epiteliais removem o excesso de íons de hidrogênio (H+) via sistemas de transporte de membrana e têm junções apertadas, que impedem a difusão reversa dos íons de H+. • O fluxo sanguíneo na mucosa remove o excesso de ácido que se difundiu pela camada epitelial. Vários fatores de crescimento (p. ex., fator de crescimento epidermoide, fator 1 de crescimento semelhante à insulina) e as prostaglandinas têm sido ligados à reparação da mucosa e à manutenção de sua integridade. Fatores que interferem na defesa (em particular, AINE e infecção por Helicobacter pylori) predispõem a gastrite e doença ulcerosa péptica. GASTRITE Gastrite é a inflamação da mucosa gástrica causada por vários quadros, como infecção (Helicobacter pylori), medicamentos ou intoxicantes (AINE @resumosdamed_ 6 e bebidas alcoólicas), estresse e fenômenos autoimunes (gastrite atrófica). Muitos casos são assintomáticos, mas algumas vezes pode ocorrer dispepsia e sangramento gastrintestinal. O diagnóstico é por endoscopia. O tratamento é direcionado à causa, mas com frequência é feito por supressão ácida e uso de antibióticos para a infecção por Helicobacter pylori. Gastrite é classificada como gastrite erosiva ou gastrite não erosiva com base na gravidade da lesão da mucosa. É também classificada de acordo com sua localização (ou seja, cárdia, corpo, antro). A gastrite pode ser ainda classificada histologicamente como aguda ou crônica, de acordo com o tipo de célula inflamatória presente. Nenhum esquema de classificação corresponde perfeitamente à fisiopatologia; há alto grau de sobreposição. Algumas formas da gastrite envolvem doenças ácido- pépticas e doenças por H. pylori (ver também Visão geral da secreção ácida.) Além disso, o termo é genericamente aplicado a desconforto abdominal não específico (e em geral não diagnosticado) e gastroenterite. A gastrite aguda é caracterizada por infiltrado leucocitário polimorfonuclear da mucosa do antro e do corpo gástrico. Gastrite crônica implica em algum grau de atrofia (com perda da função da mucosa) ou metaplasia. Com frequência, envolve o antro (com subsequente perda de células G e diminuição da produção de gastroina) ou o corpo (com perda das glândulas oxínticas, provocando produção reduzida de ácido, pepsina e fator intrínseco). FISIOPATOLOGIA: A infecção por HP é a causa mais frequente de gastrite crônica, a qual afeta dois terços da população mundial Na fase aguda da gastrite, a HP consegue induzir hipocloridria logo nos primeiros três dias de infecção. Serão citocinas como a IL-1β, IL-8 e a exotoxina vacA que vão inibir, transitoriamente, a bomba de protões. A IL- 1, por exemplo, inibe a liberação da histaminaestimulada pela gastrina, diminuindo a secreção ácida A gastrite aguda envolve preferencialmente o antro gástrico é não atrófica. Há uma intensa infiltração neutrofílica da mucosa e da lâmina própria e também pode ocorrer, em casos mais exuberantes, edema das fovéolas, perda de mucina e erosão do citoplasma justaluminal. Os danos são causados pela HP e pelo sistema imune do hospedeiro. Sem tratamento adequado, a gastrite aguda evolui para gastrite crônica na maioria dos casos. Na gastrite crônica, a HP, além de envolver o antro, abrange também parte do corpo gástrico. A resposta inflamatória induz uma secreção exagerada de gastrina pelas células G do antro e uma diminuição de somatostatina, com resultante incremento da secreção ácida. Com a cronicidade da inflamação, vai havendo uma perda gradual de células G e de células parietais, diminuindo a secreção ácida e com desenvolvimento de atrofia gástrica e metaplasia intestinal. Estas alterações facilitam a progressiva migração da HP em direção ao corpo gástrico, com atrofia e respectiva hipocloridria. A hipocloridria, como referido, é ainda potenciada pela ação de citocinas como a IL-1β. Em síntese, a gastrite de predomínio antral é não atrófica e está relacionada com úlcera duodenal, pois níveis persistentemente elevados de gastrina e de ácido gástrico podem danificar o duodeno Assim, o padrão da gastrite é o maior determinante da evolução clínica da infecção por HP. DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA: ÚLCERA GÁSTRICA E DUODENAL A DUP inclui úlceras gástricas (UGs) e duodenais (UDs). As úlceras são definidas como perda de continuidade da superfície mucosa com tamanho > 5 mm e profundidade que se estende até a submucosa. As UDs e as UGs têm algumas características em comum no que se refere à @resumosdamed_ 7 patogênese, ao diagnóstico e ao tratamento, mas diversos fatores as diferenciam uma da outra. ETIOLOGIA Embora a doença ulcerosa péptica seja multifatorial, diversos fatores etiológicos estão bem estabelecidos como a infecção pelo H. pylori e o uso crônico de anti-inflamatórios não esteroides (AINES). A infecção por H. pylori pode ser responsabilizada por 90-95% das UD e 70- 75% das UG. A erradicação do microrganismo reduz dramaticamente a taxa de recorrência da doença para 5% ao ano, em contraposição a taxas de 70-85% observadas quando os tratamentos convencionais, que não visam erradicação do H. pylori, são adotados. O uso de AINEs é, provavelmente, a causa mais comum de lesões na mucosa gastrointestinal nos países desenvolvidos, onde a prevalência da infecção pelo H. pylori vem diminuindo rapidamente. O uso de AINEs é responsabilizado por aproximadamente 25% das UG, sendo considerado causa mais frequente de úlceras não decorrentes da infecção pelo H. pylori. UP assintomática pode ser encontrada endoscopicamente em aproximadamente 15-45% das pessoas que fazem uso crônico de AINES. Outras causas menos comuns de úlcera incluem gastrinoma, mastocitose, pâncreas anular, doença de Crohn, infecção gástrica por outras espécies de Helicobacter como o Helicobacter suis e possivelmente por outros microrganismos como Herpes simplex tipo I. As lesões ulcerosas pépticas têm também sido descrita em indivíduos que fazem uso de medicamentos contendo potássio, em pacientes submetidos à quimioterapia, usuários de cocaína, e mais recentemente sob tratamento para osteoporose com bifosfonatos de cálcio como alendronato e risedronato. Ocasionalmente, algumas úlceras são definidas como idiopáticas, mas, na prática, a maioria delas é causada pelo uso não relatado de AINEs ou decorre da infecção pelo H. pylori que, entretanto, não foi diagnosticada em decorrência de resultados falso-negativos nos testes usados para o diagnóstico. EPIDEMIOLOGIA ÚLCERAS DUODENAIS A incidência das UDs foi estimada entre 6 e 15% da população ocidental. A incidência dessas úlceras diminuiu uniformemente entre 1960 e 1980 e manteve-se estável desde então. As taxas de mortalidade, a necessidade de realizar uma intervenção cirúrgica e as consultas médicas diminuíram em > 50% ao longo dos últimos 30 anos. A explicação para a redução da frequência de UDs está provavelmente relacionada com a menor frequência de H. pylori. Antes da descoberta do H. pylori, a história natural das UDs caracterizava-se por recidivas frequentes depois do tratamento inicial. A erradicação do H. pylori reduziu os índices de recidiva em > 80%. ÚLCERAS GÁSTRICAS As UGs tendem a ocorrer em idades mais avançadas do que as lesões duodenais, com uma incidência máxima relatada na sexta década. Mais de 50% das UGs ocorrem em homens e são menos comuns que as UDs, talvez em função da maior probabilidade das UGs serem silenciosas e se manifestarem somente após a ocorrência de complicações. Estudos de necrópsia sugerem uma incidência semelhante de UD e UG. FISIOPATOLOGIA A mucosa gástrica possui mecanismos de defesa: • Muco (um revestimento que funciona como barreira e é produzido pelas células foveolares), Bicarbonato (neutraliza a acidez e se localiza entre a mucosa e camada de muco); Camada hidrofóbica (barreira, repele o contato da secreção gástrica com a mucosa); Óxido Nítrico e prostaglandinas; Fluxo sanguíneo (revitaliza o epitélio.) @resumosdamed_ 8 Como contraponto, existem substâncias que agridem a mucosa, ao diminuir a produção de bicarbonato e muco, tais como: sais biliares, AAS, álcool, nicotina. Logo, apesar de não ser uma regra, a úlcera pode formar-se por excesso de ácido clorídrico na secreção gástrica. Em se tratando do uso de AINEs, por exemplo, ocorre desproteção da mucosa ao ocorrer a inibição da formação das prostaglandinas. Esta, é a causa mais comum de úlcera péptica. Aproximadamente 75% das úlceras gástricas e 90% das úlceras duodenais são causadas pelo H. pylori - que é um organismo gram negativo que reside no epitélio gástrico, especificamente na camada mucosa, que propicia proteção contra antibióticos e ácidos. Porém, boa parte dos pacientes infectados com tal bactéria não chega a apresentar alguma queixa específica ou a desenvolver doença ulcerosa. Existem três possíveis mecanismos responsáveis pela lesão ocasionada pelo H. pylori: 1. O H. pylori produz toxinas que lesam a mucosa - como urease, que converte ureia em bicarbonato e amônia; por ser uma potente produtora de uréase tal processo auxilia, inclusive, no diagnóstico; 2. Resposta imune na mucosa - inflamação local e atração de fatores quimiotáticos; 3. A quantidade de gastrina aumenta e gera aumento da secreção gástrica A H. pylori possui apresentação crônica e, caso o paciente seja infectado pela bactéria, poderá permanecer com ela por toda a vida, sendo raros os casos em que há remissão. DIAGNÓSTICO Para diferenciar úlcera gástrica e duodenal, a anamnese e exame físico não são muito eficazes, por isso é necessária a realização de exames complementares como a Endoscopia Digestiva Alta (EDA) a qual é o padrão-ouro ou o exame de radiografia contratada com bário que é a segunda escolha pelo custo menor, porém acurácia mais baixa. A endoscopia é o exame mais confiável, mas deve ser realizada apenas em pacientes com sintomas persistentes ou recorrentes. Nele é importante procurar sinais de malignidade como tamanho aumentado, massas associadas, nódulos e protrusão para dentro do lúmen. É possível realizar biópsia (pelo menos sete quando for necessário excluir malignidade) e conter sangramento no trato gastrointestinal (TGI). Ao biopsiar, deve-se fazer a retirada da lesão na transição entre a úlcera e a mucosa normal. No que diz respeito à radiografia baritada, este analisa a profundidade da lesão, a localização e o tamanho de forma eficaz. Os exames laboratoriais de rotinas são: hemograma, bioquímica hepática, creatinina sérica e cálcio. Radiografia detórax é realizada com intuito de descartar perfuração. Os testes para H. pylori devem ser realizados em todos os pacientes com doença ulcerosa péptica. São dois: não invasivos (sorologia e teste respiratório da ureia com carbono marcado) e os invasivos (teste rápido da urease, histologia e cultura que requerem de endoscopia). NÃO INVASIVOS: • Sorologia: Pesquisa de resposta ao IgG. O teste mais utilizado é o ELISA. O diagnóstico por sorologia é o mais indicado, possui especificidade de 90%. Não deve ser utilizado para controle de cura, pois os anticorpos permanecem no organismo durante anos. • Teste respiratório da ureia com carbono marcado: É baseado na capacidade que o H. pylori possui para hidrolisar a ureia. É um teste barato e possui especificidade de 95%. • Pesquisa do antígeno fecal: Quando antígenos do H. pylori estão presentes nas fezes é indicação de que a doença está presente. Pode ser utilizado para controle de cura e possui fácil acesso. INVASIVOS: @resumosdamed_ 9 • Ensaio rápido da urease: Quando utiliza-se de endoscopia, esse é o método de escolha. A mucosa é biopsiada durante esse procedimento, também. Especificidade de 98% e o exame deve ser feito 1 semana após a suspensão de inibidores da bomba de prótons, pois essa classe de fármaco diminui a sensibilidade ao exame. • Histologia: O H. pylori é identificado através da coloração com hematoxilina e eosina, principalmente. Analisa-se os sítios de colonização e aparência, de preferência da região antral do estômago. Quando a histologia for utilizada para analisar se o tratamento está sendo eficaz, realiza-se um maior número de biópsias e em outros locais do estômago. • Cultura: especificidade de 100%, porém requer experiência do laboratório e é caro, além do resultado demorar cerca de cinco dias. Não é muito utilizado. Sua vantagem maior é a visualização da sensibilidade do H. pylori aos antibióticos. Caso a pesquisa de H. pylori seja negativa, o indicado é utilização de antissecretores durante 4 semanas. E, vale ressaltar que, além da investigação de H.pylori, é importante saber se o paciente faz uso de AINE e, se for o caso, suspender. A EDA é indicada desde o início dos sintomas em pacientes acima de 45 anos que apresentem sinais de alarme para possível malignidade como: vômitos recorrentes, sangramento, perda ponderal, massa abdominal e história familiar de câncer gástrico. TRATAMENTO CLÍNICO: 1. Evitar alimentos que exacerbam os sintomas; 2. Aspirina e AINEs devem ser suspensos, se possível; 3. Evitar o tabagismo (diminui a velocidade de cicatrização da lesão) 4. Evitar álcool (aumenta a probabilidade de hemorragia digestiva); 5. Evitar café (estimula a secreção de ácido). FARMACOLÓGICO: Primeira linha Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs): Esses fármacos ligam-se a bomba de prótons e inibem os tipos de secreção de ácido que os secretagogos produzem. A inibição é prolongada por fornecer uma inibição irreversível. São mais efetivos durante o dia e necessitam de um ambiente gástricos para serem ativados - portanto não é eficaz associar com antiácidos (tornará o ambiente estomacal alcalino). Uma complicação do uso prolongado de IBP é colite pseudomembranosa. Os principais IBPs são: Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol, Dexlansoprazol. Antagonistas do Receptor H2: Por possuírem uma estrutura similar à histamina, bloqueiam os receptores H2 das células parietais de forma competitiva, as quais normalmente estimulam a produção de suco gástrico. Sua principal forma de excreção são os rins. Os principais bloqueadores de H2 são: Cimetidina, Ranitidina, Famotidina (+ potente), Nizatidina Segunda linha: Antiácidos: Esses agentes reagem com o ácido clorídrico e forma sal e água, diminuindo a acidez e elevando o pH. Devem ser ingeridos uma hora após a refeição (se forem ingeridos antes os antiácidos podem levar a um tamponamento transitório e, se ingerido após podem acarretar em um tamponamento prolongado. Os antiácidos mais comuns são: hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio, bicarbonato de sódio, carbonato de cálcio. Sulcrafato: forte relação com a heparina, porém sem efeitos anticoagulantes. TRATAMENTO DO HELICOBACTER PYLORI Os objetivos desse tratamento são: alívio dos sintomas, cicatrização da ferida e evitar recidiva. Os medicamentos que atingem os dois primeiros objetivos são os antissecretores (IBPs e antagonistas do receptor H2) e, o último objetivo é alcançado com a suspensão do uso de AINEs. @resumosdamed_ 10 Indicacoes para o tratamento de H. pylori: 1) Portador de úlcera péptica (reduz as chances de recidiva); 2) Usuário crônico de AINE; 3) Portador de lesão neoplásica no estômago; 4) Portador de dispepsia; 5) Paciente com úlcera em remissão que são H. pylori + 6) Paciente H. pylori + com Linfoma MALT O tratamento consiste na combinação de três fármacos, inicialmente, e érealizado durante 7 a 14 dias com administração de 2x/dia. A maioria dos esquemas combina um IBP e antibióticos - como metronidazol, claritromicina e amoxicilina. CONCEITUAR SÍNDROME DISPÉPTICA, CONHECER SEUS TIPOS (FUNCIONAL E ORGÂNICA) E SINTOMAS. A dispepsia é definida como um distúrbio da digestão caracterizado por um conjunto de sintomas relacionados ao trato gastrointestinal superior, como dor, queimação ou desconforto na região superior do abdômen, que podem estar associados a saciedade precoce, empachamento pós- prandial, náuseas, vômitos, timpanismo, sensação de distensão abdominal, cujo aparecimento ou piora pode ou não estar relacionado à alimentação ou ao estresse. O aparecimento da dispepsia ou sintomas dispépticos pode estar associado a vários distúrbios do trato gastrointestinal superior, como doença ulcerosa péptica, doença do refluxo gastrointestinal, gastrites, neoplasias do trato gastrointestinal superior, doença do trato biliar e dispepsia funcional. DISPEPSIA FUNCIONAL Desordem gástrica caracterizada pela presença de um ou mais sintomas (dor epigástrica, plenitude pós-prandial, saciedade precoce, queimação estomacal) durante os últimos 3 meses e que se iniciaram, no mínimo, 6 meses antes. O aparecimento da dispepsia ou sintomas dispépticos pode estar associado a vários distúrbios do trato gastrointestinal superior, como doença ulcerosa péptica, doença do refluxo gastroesofágico, gastrites, neoplasias do trato gastrointestinal superior, doença do trato biliar e a dispepsia funcional. MANIFESTAÇÕES CLINICAS Segundo o critério de Roma IV, a dispepsia funcional engloba duas síndromes clínicas diferentes: a síndrome da dor epigástrica e a síndrome do desconforto pós-prandial. Os sintomas da dispepsia normalmente variam de acordo com a síndrome, no entanto, pode haver sobreposição das síndromes com manifestações de ambas. @resumosdamed_ 11 Síndrome da dor epigástrica: Caracterizada comumente por dor em região epigástrica, intermitente, com ausência de irradiação ou generalização, pelo menos uma vez na semana e que não melhora após a defecação ou eliminação de flatos. Síndrome do desconforto pós-prandial: Decorrente de alteração na motilidade e/ou na acomodação gástrica; caracterizada por saciedade precoce, sensação de plenitude pós-prandial e aumento da eructação. DISPEPSIA ORGÂNICA A dispepsia orgânica (DO) pode ser definida como a secundária a lesões específicas, como úlcera péptica, esofagite, câncer gástrico e colelitíase. Assim, é um agrupamento de sintomas resultantes de distintas doenças, sendo estudada a partir das mesmas. CONHECER OUTRAS CAUSAS DE SÍNDROME DISPÉPTICA: DRGE, HÉRNIA DE HIATO E SEUS SINTOMAS. DOENÇA DO REFLUXO GASTRESOFÁGICO (DRGE) A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) se desenvolve quando o refluxo de conteúdos estomacais no esôfago provoca sintomas complicados ou que incomodam. Os sintomas clássicos daDRGE são pirose e regurgitação ácida; os sintomas atípicos incluem dor torácica, disfagia e odinofagia. As manifestações extraesofágicas do refluxo podem incluir tosse, laringite, asma e erosões dentárias, mas esses sintomas podem ser mais facilmente atribuídos à DRGE se vierem acompanhados de sinais e sintomas clássicos de doença do refluxo. Outras associações propostas que não foram claramente estabelecidas incluem faringite, sinusite, otite média e fibrose pulmonar idiopática. FISIOPATOLOGIA: A etiopatogenia da DRGE é multifatorial. A exposição crônica da mucosa esofágica ao conteúdo gastroduodenal é decorrente do defeito de um ou mais mecanismos de defesa do esôfago, sendo eles: • A barreira antirrefluxo, formada pelos esfíncteres esofágicos inferior (interno) e externo. • Os mecanismos de depuração ou “clareamento” intraluminal, a exemplo do peristaltismo, da ação da gravidade e da própria neutralização do conteúdo ácido pela saliva. • Os mecanismos de resistência normalmente presentes no epitélio esofágico (muco, bicarbonato, junções intercelulares firmes, suprimento sanguíneo). A falha da barreira antirrefluxo – seja pela hipomotilidade esofágica ou pela hipotonia do esfíncter esofágico inferior (EEI) – combinada ao refluxo do conteúdo duodeno-gastroesofágico lesa a mucosa do esôfago por ação da composição ácida do material gástrico ou até mesmo por meio de enzimas proteolíticas provenientes do conteúdo duodenal (sais biliares e enzimas pancreáticas). Nesse contexto, a exposição crônica da mucosa do esôfago ao conteúdo ácido é responsável pelo processo de metaplasia ou displasia epitelial. Além disso, essa acidificação da mucosa esofágica distal ativa o nervo vago, explicando, assim, a ocorrência de algumas manifestações extraesofágicas da DRGE HÉRNIA DE HIATO A hérnia de hiato é uma protrusão do estômago pelo hiato diafragmático. Muitas hérnias são assintomáticas, mas uma incidência aumentada de refluxo ácido pode causar doença de refluxo gastroesofágico(DRGE). O diagnóstico se faz pelo esofagograma com bário. O tratamento é direcionado aos sintomas da DRGE, se presente. A etiologia da hérnia de hiato costuma ser desconhecida, mas acredita-se que ocorra pela distensão dos ligamentos da fáscia entre o esôfago e o @resumosdamed_ 12 diafragma no hiato esofágico (a abertura pela qual o esôfago atravessa o diafragma). SINAIS E SINTOMAS A maioria dos pacientes com hérnia de hiato por deslizamento é assintomática, mas pode ocorrer dor torácica e outrossintomas de refluxo. A hérnia paraesofágica é geralmente assintomática, mas pode encarcerar e estrangular-se, diferentemente da hérnia de hiato por deslizamento. Sangramento gastrointestinal oculto ou maciço pode ocorrer com qualquer tipo de hérnia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Medicina Interna de Harrison ed 20ª. 2. https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala- aula/5daa9cd14340d20011fb2795/5daa9cd1132ed4001119e8cf/do cumento/5f6110953cdfa4001de8898e 3. https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala- aula/5daa9cd14340d20011fb2795/5daa9c82132ed4001119e8ce/do cumento/60f97ecb9cfbf60020e442d3 4. https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios- gastrointestinais/gastrite-e-doença-ulcerosa-péptica/visão-geral- da-gastrite 5. https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/3/unidades_ca sos_complexos/unidade32/unidade32_ft_dispepsia.pdf 6. https://www.sanarmed.com/como-saber-que-e-uma-dispepsia- funcional 7. https://www.scielo.br/j/ag/a/Q7wqYNDxNH4MtPky8xTwxYh/?lang=p t 8. https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala- aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafa774340d20011fb3011/doc umento/5e8e5759cac3c30026ff75d5 9. https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala- aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafa774340d20011fb3011/doc umento/5daafa6c75f1530028c33cb7 https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa9cd14340d20011fb2795/5daa9cd1132ed4001119e8cf/documento/5f6110953cdfa4001de8898e https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa9cd14340d20011fb2795/5daa9cd1132ed4001119e8cf/documento/5f6110953cdfa4001de8898e https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa9cd14340d20011fb2795/5daa9cd1132ed4001119e8cf/documento/5f6110953cdfa4001de8898e https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa9cd14340d20011fb2795/5daa9c82132ed4001119e8ce/documento/60f97ecb9cfbf60020e442d3 https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa9cd14340d20011fb2795/5daa9c82132ed4001119e8ce/documento/60f97ecb9cfbf60020e442d3 https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daa9cd14340d20011fb2795/5daa9c82132ed4001119e8ce/documento/60f97ecb9cfbf60020e442d3 https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-gastrointestinais/gastrite-e-doença-ulcerosa-péptica/visão-geral-da-gastrite https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-gastrointestinais/gastrite-e-doença-ulcerosa-péptica/visão-geral-da-gastrite https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/distúrbios-gastrointestinais/gastrite-e-doença-ulcerosa-péptica/visão-geral-da-gastrite https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/3/unidades_casos_complexos/unidade32/unidade32_ft_dispepsia.pdf https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/3/unidades_casos_complexos/unidade32/unidade32_ft_dispepsia.pdf https://www.sanarmed.com/como-saber-que-e-uma-dispepsia-funcional https://www.sanarmed.com/como-saber-que-e-uma-dispepsia-funcional https://www.scielo.br/j/ag/a/Q7wqYNDxNH4MtPky8xTwxYh/?lang=pt https://www.scielo.br/j/ag/a/Q7wqYNDxNH4MtPky8xTwxYh/?lang=pt https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafa774340d20011fb3011/documento/5e8e5759cac3c30026ff75d5 https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafa774340d20011fb3011/documento/5e8e5759cac3c30026ff75d5 https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafa774340d20011fb3011/documento/5e8e5759cac3c30026ff75d5 https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafa774340d20011fb3011/documento/5daafa6c75f1530028c33cb7 https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafa774340d20011fb3011/documento/5daafa6c75f1530028c33cb7 https://aluno.sanarflix.com.br/#/portal/sala-aula/5daafb874340d20011fb3014/5daafa774340d20011fb3011/documento/5daafa6c75f1530028c33cb7
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