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Estudo da interação dos medicamentos com o 
organismo vivo do animal – propriedades dos 
medicamentos e seus efeitos nos seres vivos. 
“toda substancia tem potencial tóxico, o que 
diferencia um medicamento de um veneno é a dose” 
Todo medicamento existe um teste que mostra uma 
margem de segurança toxica e qual deve ser utilizada 
no animal 
 
Medicamentos 
Desenvolvido por uma indústria farmacêutica e que 
cumpriu as exigências legais definidas por órgãos 
regulatórios (Anvisa) – todo medicamento é um 
remédio, mas um remédio nem sempre é um 
medicamento, por exemplo as terapias que não 
passaram por uma indústria mas são considerados 
remédios 
Remédio 
Qualquer substancia ou recurso utilizado para obter 
cura ou alívio – exemplo: massagem, passeio, 
substancias extraídas de plantas, musicoterapia, 
cromoterapia 
Fármaco 
Substancia química conhecida e de estrutura química 
definida dotada de propriedades farmacológicas – 
sinônimo de Principio Ativo – exemplo: azitromicina, 
lidocaína, meloxican e prednisolona 
A via que você aplica o medicamento para realizar o 
efeito desejado no animal – a escolha da melhor via 
é importante. 
 
 
 
 
consiste em administrar medicamento em qualquer 
segmentos do trato gastrointestinal, 
sendo um método não invasivo e de fácil 
administração – RETAL ou ORAL 
Vantagens: ela é mais econômica, porque não 
necessita de equipamentos, ela é mais segura porque 
a dose já está pré-estabelecida e de fácil 
administração porque o próprio tutor pode realizar 
Desvantagens: pode ser destruído por secreções 
gástricas 
A via oral 
O intestino delgado, por possuir uma grande área de 
absorção – viscosidades e bastante vascularização, é 
a principal área de absorção de medicamentos. Ele 
não é absorvido no estomago, mas sim no intestino. 
Alguns medicamentos são ingerido com estômago 
cheio (remédio é absorvido mais lentamente), para o 
controle da secreção gástrica e o animal não 
vomitar. Já aqueles que são ingeridos com o estomago 
vazio (mais rápida absorção) estão propensos aos 
enjoos e vômitos. 
A via retal 
Constitui de introdução do medicamento pelo reto 
do animal, através de supositórios, soluções. É o local 
de mais alta absorção – um efeito muito rápido. 
➔ Carvão ativado na via retal é utilizado na 
diarreia crônica porque esse processo reduz a 
inflamação, capta os componentes de 
toxicidade no intestino e são excretados 
consiste na administração do medicamento através 
de ingestões nos tecidos do corpo do animal, sendo 
um método invasivo e que deve ser utilizado com 
técnicas assépticas 
 
Farmacologia Veterinária 
Princípios básicos 
Vias de administração 
Vias parenterais 
Vias enterais 
1. Intravenosa 
2. Intramuscular 
3. Intradérmica 
4. Subcutânea 
 
Vantagens: efeito constante (porque é uma via de 
rápida absorção), garantia da dose, possíveis grandes 
volumes de infusão lenta (mistura, um composto de 
medicamentos em infusão lenta na veia – então eu 
posso colocar vários em um) 
Desvantagens: dor e desconforto, risco de infecção e 
embolias (entrada de ar na corrente sanguínea) 
Via intradérmica 
➔ Angulação de 10-25 graus 
➔ Absorção constante e muito lenta 
➔ Local: dorso e região superior do pescoço 
➔ Evitar volumes a cima de 1ml 
➔ Exemplo: insulina 
➔ Alternância do local de aplicação 
➔ Assepsia antes 
Via subcutâneo 
➔ A absorção é continua e lenta (não tão lenta 
como a dérmica) 
➔ Dorso e região superior do pescoço 
➔ Ângulo de 45 graus 
➔ Menor sensibilidade dolorosa comparado aos 
outros parenterais 
➔ Alternância do local de aplicação 
➔ Assepsia antes 
➔ Pode ser aplicado fluido subcutâneo (para 
hidratar o animal) 
Via intramuscular 
➔ Absorção constante e lenta 
➔ Pescoço em grandes animais 
➔ Pequenos animais em membros pélvicos 
➔ Ângulo de 90 graus 
➔ Tem o aumento da dor (dependendo do 
medicamento) 
➔ Cuidado para não atingir outras estruturas 
Via intravenosa 
➔ Absorção rápida 
➔ Local: veias 
➔ Ângulo de 25 graus 
➔ Grandes volumes em infusão lenta (e você 
consegue controlar a velocidade da infusão) 
Via intrarraquidiana (espaço raquidiano) 
➔ Absorção é muito rápida 
➔ Local: sub araquinoide, intratecal, epidural e 
peridural 
➔ Geralmente muito utilizado nas cirurgias 
para anestesio (rigorosamente estéril) 
Via intraperitoneal (peritônio) 
➔ Geralmente utilizado em animais de pesquisa 
(ratos) 
➔ Absorção rápida 
➔ Local: quadrante abdominal inferior direito 
(em ângulo de 30-45 graus) 
Essas vias consistem na aplicação do medicamento 
pela pele ou mucosas do animal, sendo um método 
não invasivo e seguro para os animais 
Vantagens: não invasivo, seguro, tratamento direto 
na lesão 
Desvantagens: pode causar irritação e dor nas 
mucosas 
Via dérmica 
➔ Medicamento absorvido pela pele (camada 
superior) 
➔ É recomendado para tratamento direto e 
antiparasitários 
➔ Deve-se tomar cuidado com reações alérgicas 
Vias tópicas 
Via oftálmica 
➔ Introdução de medicamentos na região 
ocular 
➔ Absorção na superfície ocular 
➔ É recomendado em tratamento direto 
➔ Pomada, colírio ou gel 
➔ Cada um possui seu tempo de absorção 
Via otológica 
➔ Aplicação de medicamentos no ouvido 
(dentro da mucosa interna) 
➔ Recomendado em tratamentos diretos 
Via intranasal 
➔ Introdução de medicamentos pela mucosa 
nasal 
➔ Absorção é rápida 
➔ Exemplo: adrenalina 
Via genital 
➔ Geralmente utilizado em grandes 
➔ Introdução de medicamentos na mucosa 
genital (vaginal ou periana) 
➔ Tratamento direto ou técnicas de 
inseminação 
Via inalatória 
➔ Introdução de medicamentos pela via 
respiratória 
➔ Absorção muito rápida 
➔ Recomendada para anestesias e tratamentos 
diretos 
Via intramamaria 
➔ Introdução de medicamentos pelo teto da 
glândula mamaria 
➔ Recomendado para tratamentos diretos 
Tabela de absorção de fármacos 
No gráfico mostra a concentração no sangue do 
fármaco com o tempo – quanto tempo demora para 
o produto ser absorvido no organismo desse animal 
São incorporados a uma formulação associado a 
Excipientes (Veículos, Adjuvantes) para ai sim se 
Transformarem em MEDICAMENTOS. É o jeito que o 
medicamento vai ser comercializado. É o 
medicamento pronto, que pode estar em varias 
formas como: 
1. Solido: comprimido, drágea, pastilha, pílula e 
supositórios 
2. Semi-sólidos: pomada, gel, unguento 
3. Liquido: xarope, gotas, oftálmicos,, injetável, 
4. Gasoso: spray, vaporização do liquido 
O mesmo medicamento pode apresentar diferentes 
formas porque depende muito da sua absorção – 
facilidade da via para o animal. A escolha da melhor 
forma farmacêutica tem que ser individualizada, 
visando bem-estar do paciente 
As formas farmacêuticas são desenhadas para 
atender as necessidades de quem for consumir, 
buscando uma farmacoterapia eficaz, segura e boa. 
Os fármacos não são consumidos ou administrados 
em seu estado puro ou natural porque atuam na 
solubilização (deixando o produto mais solúvel e 
estável), suspensão, espessamento, diluição, 
emulsionamento, preservação, coloração, adequar o 
sabor e também completar massa ou volume da 
formula – isso são os ADJUVANTES 
Solução x Suspenção 
A solução: já possui a diluição – forma farmacêutica 
liquida e homogênea, contém um ou mais princípios 
ativos dissolvidos totalmente 
Suspenção possui o pó (para diluir depois em outra 
substancia) – as substancias não estão totalmente 
dissolvidas, geralmente possuem baixa capacidade de 
resolução, por isso depositam-se no fundo do 
recipiente (agitar) 
➔ Exemplo: V10 (que mistura o pó com liquido) 
 
 
 
Formas farmacêuticas 
Via enteral: comprimido e drágea, capsula, xarope, 
solução oral e supositórios 
Via tópica: pomada, creme, spray, unguento, champô, 
soluções oftálmicas e otológicas 
Via parenteral: suspenção e solução 
Comprimido (via enteral) 
➔ Forma farmacêutica solida, que possui vários 
formatos 
➔ Atuação: sistema digestivo 
➔Podem apresentar como revestidos para 
proteger os medicamentos de agentes 
externos ou mesmo para diminuir o odor e 
sabor desagradável 
➔ Pode apresentar Sulcro (aquela linha no 
comprimido) e APENAS esses podem ser 
PARTIDOS – ele garante que 50% esta em um 
lado e no outro também tem 50% do 
medicamento 
Drágea (Via enteral) 
➔ Geralmente é em formato oval 
➔ Ela possui três camadas: núcleo, primeira e 
segunda camada 
➔ São chamados de comprimidos revestidos 
➔ O principio ativo esta involucro (pode ser 
resina, goma, gelatina, plastificante, etc) 
Cápsulas (Via enteral) 
➔ Preparações de consistência sólida, revestidas 
por um involucro duro ou mole 
➔ Tem forma cilíndrica ou ovoide, formado de 
duas partes que se encaixam 
➔ Podem contem substâncias sólidas, pastoras 
ou líquidas 
➔ Tem uma liberação mais rápida quando 
comparado aos comprimidos 
➔ Podem ter na sua característica liberação 
imediata, prolongada ou retardada 
Xaropes (via enteral) 
➔ Preparações de consistência aquosa e límpida, 
contendo um açúcar como a sacarose em 
concentrações altas, formando uma solução 
hipertônica 
➔ Forma farmacêutica líquida resultante da 
mistura de água, açúcar e o fármaco, 
podendo conter aromatizantes 
➔ Podem conter substâncias sólidas, pastosas 
ou líquidas 
➔ Tem como vantagem uma aceitação melhor 
do paciente , além de uma melhor 
conservação comparado a outros líquidos 
➔ Não utilizar em diabéticos 
Solução oral (via enteral) 
➔ Forma farmacêutica líquida límpida e 
homogênea, com o princípio ativo e o 
excipiente totalmente diluídos 
➔ São misturas homogêneas podendo conter 
diversas substâncias 
➔ Podem se apresentar em frascos, flaconetes e 
conta-gotas 
➔ Normalmente a medida acompanha o 
produto, seja uma seringa, colher mediadora 
ou copo medida 
Supositórios (via enteral) 
➔ Forma farmacêutica solida – para 
administração retal – onde amolecem, se 
dissolvem e exercem efeitos sistêmicos ou 
localizados 
➔ Na veterinária utiliza mais para efeitos 
locais: anti-inflamatórios, laxativos 
Pomada (via tópica) 
➔ Preparações de consistência semi-sólidas, de 
aspecto homogêneo 
➔ Utilização na pele ou em certas mucosas 
(nasal, vaginal, ocular, anal). Exercem uma 
ação local ou de promover a penetração 
percutânea dos princípios ativos 
Unguento (via tópica) 
➔ São pomadas mais resistentes que contêm, 
além da base, uma resina 
➔ São utilizados quando se pretende um major 
tempo de atuação e um efeito de proteção 
nas superfícies externas sem elasticidade 
➔ O unguento sofre menos alterações que as 
pomadas, além de conferir uma consistência 
maior 
Creme (via tópica) 
➔ Emulsões semi-sólidas, dissolvidas ou suspensa 
na fase aquosa ou oleosa 
➔ Tem efeitos mais lentos que as pomadas, 
porém de características semelhantes 
Spray (via tópica) 
➔ Suspenção de partículas líquidas ou sólidas de 
tamanho tão pequeno que flutuam 
temporariamente no ar ou em outros gases 
➔ Fazem a nebulização de substancias ativas 
sobre a pele ou mucosas 
➔ Um spray compreende a dispersão de agentes 
farmacêuticos ativos em um gás dentro de um 
cilindro ou recipiente pressurizado 
Shampoo 
➔ Forma farmacêutica líquida, dermatológicas, 
que atua na limpeza do animal, na qual 
podem ser incorporadas substâncias com 
finalidade terapêutica ou cosmética 
➔ Dentre as terapêuticas podemos citar: 
antibióticos, antifúngicos, anti-
inflamatórios, anti-seborréico, entre outros 
Soluções oftálmicas (via tópica) 
➔ Formas farmacêuticas líquidas, isotônica com 
pH de 7,4 e estéreis acondicionados em 
frascos conta-gotas 
➔ São formas farmacêuticas, empregadas para 
tratar afecções nos olhos, em geral, para 
combater dor, infecção ou inflamação 
➔ Volume de 1 gota é suficiente para cobrir o 
olho 
➔ Se tiver que aplicar mais de 1 colírio dar um 
intervalo de 5-15 minutos entre os colírios 
Soluções otológicas (via tópica) 
➔ Formas farmacêuticas que podem ser líquida, 
pastosa ou em gel 
➔ São formas farmacêuticas, empregadas para 
tratar afecções do ouvido, em geral, para 
combater dor, infecção, inflamação ou 
remover o excesso de cerúmen 
➔ Os produtos são viscosos com alta adesividade 
ao canal auditivo e maior entre a medicação 
e os tecidos do ouvido 
Suspensões injetáveis (via parenteral) 
➔ Formas farmacêuticas estéreis com partículas 
entre 1-10um 
➔ Suspensão pode vir pronta da fábrica ou pode 
trazer o frasco com o pó, diluente e instruções 
para a sua preparação 
➔ Antes da administração, o frasco com a 
suspensão deve ser bem agitado para que as 
partículas se misturem com o liquido 
➔ Formas farmacêuticas líquidas e estéreis 
➔ Utilizadas quando se quer uma resposta 
rápida, quando a substância ativa é 
inativada por outra via de administração ou 
quando o medicamento não é aceito por 
outra via pelo paciente 
➔ Utilização requer cuidados de higiene e 
assepsia rigorosa para evitar problemas de 
contaminação do produto e do local de 
aplicação e infecções graves ao paciente 
nos vamos trabalhar com dois tipos de classificação 
dos anti-inflamatórios: 
1. Anti-inflamatórios Esteroides (AIEs) – 
Glicocorticorticoides 
2. Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) 
Inflamação 
É a resposta protetora do organismo, cujo maior 
objetivo é remover o agente causador da agressão e 
reparar o tecido lesado. O agente causador pode ser 
desde lesões físicas (trauma) ou químicas, térmicas 
(frio ou calor), isquemia (perda de sangue em um 
local), microrganismos, reações imunológicas, hipóxia, 
corpo estranho, envelhecimento, etc. 
Caso agudo 
O calor, reações imunes, microrganismos e traumas 
vão gerar uma lesão no tecido e consequentemente 
uma injúria no organismo do animal -> levando a 
uma inflamação, que podemos identificar através 
dessas características: dor, calor, rubor, tumor e 
perda de função (a perda de função pode ser um 
intestino que perde sua motilidade e causa a diarreia 
ou quando o animal bate o membro pélvico e fica 
claudicando) 
Inflamação aguda 
➔ Dor: liberação de mediadores que afetam 
terminações nervosas 
➔ Calor: vasodilatação – aumento do 
metabolismo celular 
➔ Rubor: vasodilatação ou hiperemia 
➔ Tumor: extravasamento de fluido 
(permeabilidade vascular) 
Anti-inflamatórios 
➔ Perda de função: devido a todos os fatores 
associados o individuo deixa de utilizar o o 
local inflamado 
 
No liquido extracelular (fora da célula) nos temos um 
estimulo inflamatório (físico, químico, perda de 
função, etc.). Já no liquido intracelular é ativado a 
fosfolipase A2 – ela sendo ativada vai liberar o ácido 
araquidônico, que tem a característica de mediadores 
inflamatórios tanto para as Lipoxigenases (que vão 
trabalhar com os Leucotrienos) ou para os 
Cicloxigenase COX1 e COX2 (que vão trabalhar com as 
Protaglandinas e Tromboxanas) e ambas causando 
dor, calor, rubor, tumor e perda de função (os 
sintomas que conseguimos ver) 
Sobre a inflamação 
Ela pode ser inimiga quando está presente em 
doenças autoimunes e causa uma reação exacerbada. 
Já a desejada é quando o mecanismo da febre é 
ativada, gerando calor e matando microrganismos 
do corpo. 
Grande parte dos casos de inflamação são 
necessários utilizar medicamentos quando a dor está 
causando um desconforto muito grande ao paciente. 
É importante verificar se o causador da inflamação 
já foi retirado 
Funções da inflamação 
1. Eliminar microrganismos (corpo superaquece 
para matar os MO) 
2. Coordenar ações imunológicas (ele joga 
células inflamatórias no sangue para esses 
mecanismos inflamatórios agirem no local) 
3. Reconstruir tecidos (processo de 
cicatrização) 
4. Reconstruir células lesadas 
5. Recuperar a FUNÇÃO NORMAL 
Tipos de inflamação 
A inflamação aguda ela é imediata e o corpo já luta 
para combater essa inflamação. Já a inflamação 
crônica é aquele problema que sempre acaba 
voltando, a inflamação volta e causa desconforto ao 
animal. 
 
Eles são medicamentos utilizados paraimpedir ou 
reduzir um processo inflamatório e são divididos em: 
1. Não esteroidais (AINES) 
2. Esteroidais ou Corticoides (AIES) 
Ambos possuem a capacidade de reduzir a 
inflamação, porém com formas e características 
diferentes 
 
Os corticoides vão trabalhar principalmente na 
Fosfolipase A2 – impedindo a liberação do ácido 
araquidônico e consequentemente acabando com os 
mediadores inflamatórios (dor, calor, rubor, etc.), 
então eles atuam impedindo o processo inflamatório 
no inicio. Chamamos de “esteroides” ou “corticoides” 
por ser algo do próprio organismo do animal, ele 
mesmo produz. 
Já os não esteroidais vão atuar em Cicloxigenase COX 
1 e COX 2 
Eles são uma classe de medicamentos mais vendida 
no mundo, sendo especialmente eficazes no 
tratamento das dores de leve a moderada 
Esquema do estimulo inflamatório 
 
Explicando os anti-inflamatórios 
 
Anti-inflamatórios não 
esteroidais (AINES) 
 
intensidade e nas inflamações. Trazem alivio dos 
SINTOMAS da inflamação e são divididos em: 
1. Inibidores não seletivos de COX (atua tanto 
na 1 como na 2) 
2. Inibidores seletivos de COX 2 
Tem três funções principais: 
➔ Reduzir inflamação 
➔ Antitérmico (controle do centro 
termorregulador) 
➔ Analgésico 
Explicando a COX 1 
Ela possui efeitos fisiológicos (fisiologia do animal) e 
tem participação na Nocicepção (comunicação da 
dor – controle da dor), integridade da mucosa do 
TGI, na taxa de filtração glomerular (filtração dos 
rins) e na síntese plaquetária (utilização das 
plaquetas) 
E seus efeitos indesejáveis (TGI) estão associados a 
inibição da COX-1 
Então se eu pegar para administrar um inibidor não 
seletivo de COX, na hora que entro com ele tenho 
sintomas de inibição desses efeitos fisiológicos, ou 
seja, alivio da dor, porém comprometo a integridade 
da mucosa TGI – é um tipo de anti-inflamatório que 
eu posso usar até um tempo limite e não prolongado 
Explicando o COX 2 
Ele possui efeitos inflamatórios e tem sua 
participação na inflamação, na resolução da 
inflamação, na Angiogênese (formação de vasos 
sanguíneos) e na Síntese Endotelial de Prostaciclina 
(vasodilatador e inibidor da agregação plaquetária) 
Sua ação inflamatória está associada a inibição de 
COX 2 – então quando inibo COX 2 estou inibindo 
principalmente a reação inflamatória. 
Ele não inibe a dor, mas soluciona a inflamação por 
completo 
Efeitos indesejáveis – AINES 
Distúrbios gastrointestinais 
➔ Náusea e êmese 
➔ Hematêmese (vomito com sangue) 
➔ Úlcera gástrica (uso prolongado) 
Também causa: Reações cutâneas, nefropatias (renal 
medicamentosa) e hepatotoxidade. 
Resumo dos AINES 
➔ Alivio dos SINTOMAS da inflamação 
➔ Ação inflamatória está associada a inibição 
de COX 2 
➔ Efeitos indesejáveis (TGI) estão associados a 
inibição da COX 1 
Anti-inflamatórios não esteroidais 
Diclofenaco (diclofenaco 50, voltaren) 
➔ Muito utilizado em humanos 
➔ Ação anti-inflamatória e analgésico 
➔ Utilizado via IM em bovinos, suínos, equinos, 
ovinos e caprinos 
➔ Bovinos (leite só após 8 dias da última 
aplicação e abate após 6 dias 
➔ NUNCA UTILIZAR EM CÃES E GATOS – 
hemorragia gástrica grave 
Ibuprofeno (Advil) e Naproxeno 
➔ Muito utilizada em humanos 
➔ Ação anti-inflamatória e analgésico 
➔ Contra indicado em pequenos animais 
➔ Raramente utilizado em grandes animais 
(existem outros eficazes) 
Carprofeno (Carproflan, Rimady) 
➔ Muito utilizado em cães e equinos 
➔ Ação anti-inflamatória e analgésico 
➔ Muito utilizado para controle de dor 
ortopédica e tecidos moles 
➔ Utilizado V.O, subcutâneo (cães) e I.V. 
(equinos) 
➔ Não utilizar em gatos 
Derivados do ácido carboxílico 
(ácidos acético) 
 
Derivados do ácido carboxílico 
(ácidos propiônicos) 
 
Cetoprofeno (Ketoget, Biofen) 
➔ Ação anti-inflamatória e analgésico 
➔ Utilizado em equinos, bovinos, suínos, 
caprinos, ovinos, cães e gatos 
➔ Muito utilizado para controle de dor 
ortopédica, tecidos moles, pós operatório, 
mastite e cólica 
➔ Utilizado V.O. (pequenos animais) e I.V. ou 
I.M. (grandes animais) 
Flunixin Meglumine (Banamine, Flunixin) 
➔ Ação anti-inflamatória e analgésico 
➔ Amplamente utilizado em equinos com cólica 
ou distúrbios musculoesquelético 
➔ Utilizar com cautela em cães (existem outros 
mais eficazes) 
➔ Utilizar no máximo 3 dias (cães) e 5 dias 
(equinos) 
➔ Utilizar V.O. (cães) e I.V. ou I.M (equinos) 
Meloxicam (Flamavet, Mellis, Maxicam) 
➔ Potente inibidor preferencial da COX 2 
➔ Muito utilizado em pequenos e grandes 
animais 
➔ Efeito anti-inflamatório, analgésico e 
antiexudativo com baixo efeito G.I 
➔ Indicado principalmente para dor aguda ou 
crônica osteoarticular e mastites 
➔ Cuidado com dosagem em cães e gatos 
➔ Utilizado V.O e subcutâneo (pequenos 
animais) e I.V. ou I.M (grandes animais) 
Mavacoxibe (Trocoxil) 
➔ Potente inibidor preferencial da COX 2 
➔ Utilizado em cães com mais de 12 meses 
➔ Indicado para tratamento de dor e 
inflamação associado a doença articular 
degenerativa – quando necessário 
tratamento por mais de 1 mês 
➔ Extensa vida plasmática (superior a 80 dias) 
– taxa de eliminação lenta 
➔ Tratamento V.O. – no início 1° dose, 2° com 
intervalo de 14 dias, após isso tratamento 
mensal 
Firocoxibe (Previcox) 
➔ Potente inibidor preferencial da COX 2 
➔ Utilizado em cães 
➔ Indicado para tratamento de dor e 
inflamação associado a osteoartrite e pós 
operatório de tecidos moles, ortopédico e 
dentário 
➔ Diferente do anterior, não apresenta extensa 
vida plasmática 
➔ Tratamento V.O 
Dipirona (Febrax, Algivt) 
➔ Fraca ação anti-inflamatória 
➔ Utilizado como analgésico e antitérmico 
➔ Utilizar com cautela em gatos (dificuldade 
em metabolizar) 
➔ Tratamento V.O., subcutâneo, I.M. e I.V. 
(todos os animais) 
Paracetamol (Tylenol, Dorfen) 
➔ Muito utilizado na Medicina humana 
➔ Fraca ação anti-inflamatória 
➔ Não recomendado o uso em animais 
Outros 
DMSO 
➔ Subproduto do processo do petróleo 
➔ Metabolizado em dimetil sulfeto, que possui 
ação anti-inflamatória e analgésico 
➔ Indicado para dor e edema em tecidos 
musculoesquelético e viscerais 
➔ Excreção via urinária e respiratória 
➔ Utilizado em equinos pela via intravenosa – 
considerado DOPING pela FEI (Federação 
Equestre Internacional) 
➔ Utilizado com cautela em cães e gatos 
 
 
 
Derivados do ácido carboxílico 
(ácidos aminonicotínicos) 
 
Derivados do ácido enólico 
(oxicans) 
 
Coxibes 
Inibidores da Cicloxigenase 
 
Também conhecidos como Corticoides, 
Corticosteroides ou Glicocorticoides; Potentes 
Antinflamatórios e Imunossupressores; São Drogas 
que agem semelhante ao Cortisol Endógeno 
(Hormônio Relacionado ao Stress e o Metabolismo de 
GLICOSE (Estimula a Gliconeogênese Proteica); 
Logo AIES em pacientes Diabéticos tem um Risco 
muito Grande e o uso prolongado pode desenvolver 
um quadro de Diabetes Medicamentosa e a 
Degeneração da Musculatura Esquelética; 
 
Possuem efeitos antinflamatórios e 
imunossupressores estimulando a biossíntese da 
proteína anexina-1 (lipocortina) que, por sua vez, 
inibe a ação enzimática da FosfolipaseA2. Deste modo 
é impedida a liberação do ácido araquidônico e seus 
metabólitos. Portanto os efeitos dos AIES e AINES são 
semelhantes, com a adição da capacidade 
Imunossupressora. Também reduzem a Liberação de 
Histamina (Ação conjunta com Antihistamínicos); 
Efeitos indesejáveis do AIES 
Dependem da Dose/Duração – Lembrando que a 
retirada dos AIES após uso moderado ou prolongado 
(Acima de 7 dias) deve ser gradual; podemos citar: 
➔ Retenção de Líquidos 
➔ Ganho de Peso 
➔ Diabetes 
➔ Perda Mineral e Muscular 
➔ Supressão da Resposta à infecção 
➔ Supressão da Síntese de Glicocorticoides 
Endógenos 
Anti-inflamatórios Esteroidais 
Glicocorticoides de ação curta – cortisona e 
hidrocortisona 
Glicocorticoides de ação intermediaria – prednisona, 
prednisolona, metilprednisolona e triacinolona 
Glicocorticoides deação longa – dexametosona e 
betametasona 
Cortisona e Hidrocortisona (Terracortril, Keravit, 
Cortavance, Easotic) 
➔ Tem tempo de ação curto e menor potência. 
➔ Tem fraca ação antiinflamatória 
➔ Efeito de 8 a 12 horas 
➔ Muito utilizado pela via tópica – 
Normalmente associado com outros 
compostos. 
Prednisona/solona, Triacinolona (prediderm, 
meticorten, alcort, panolog) 
➔ Mais utilizado em Medicina Veterinária 
➔ Tempo de ação de 12 a 36 horas 
➔ Tem menores efeitos indesejados que os 
demais 
➔ Alto efeito anti-inflamatório 
➔ Em gatos utilizar Prednisolona 
(metabolizado) 
Dexametasona, betametasona (azium, crema6A, 
dexium, otodem, otomax) 
➔ Muito utilizado em Medicina Veterinária 
➔ Tempo de ação de até 72 horas 
➔ Cuidado com acumulação no organismo 
➔ Alto efeito anti-inflamatório 
Via de administração AIES 
Via Oral é amplamente utilizada, reduz o efeito 
acumulativo. 
Via Injetável permite certeza da dose administrada, 
além de manejo em animais difíceis de lidar. (S.C. e 
I.V.) – É mais utilizado nos de Ação Longa. 
Anti-inflamatórios Esteroidais 
(AIES) 
 
Glicocorticoides de ação curta 
 
Glicocorticoides de ação 
intermediaria 
 
Glicocorticoides de ação longa 
 
Via Tópica – a mais utilizada – na forma de cremes, 
xampus, sprays, loções. 
Dermatologia: Como antiinflamatório em certas 
dermatites, incluindo dermatite atópica, efeito 
antipruriginoso em processos alérgicos, 
Imunosupressor em dermatites autoimunes. 
Oftalmologia: Casos de conjuntivites e uveítes SEM 
ENVOLVIMENTO CORNEANO – ÚLCERAS. 
Musculoesqueléticas: Boa ação antiinflamatória em 
casos agudos e crônicos, como atrites, traumatismos, 
contusões, claudicações, bursites 
Otologia: Amplamente utilizado para aliviar o 
prurido, inflamação e desconforto, associado com 
antibióticos. 
Metabólicos Diversos: Utilizado na Cetose Bovina, 
Mioglobinúria Equina e na Toxemia da Prenhez em 
Ovinos. 
Alérgicos: Muito utilizado associado a antialérgicos 
específicos para controle do edema. 
Neurológicos: Para prevenção e redução de edemas 
cerebrais. 
Cuidados com AIES 
O uso nunca deve ser suspenso de maneira brusca, 
principalmente em casos onde o tratamento passar 
de 5 dias. 
Tem efeito sistêmico – Não apenas no local. 
Contra Indicado em casos de Insuficiência Renal, 
Diabetes, Gestação, Infecções Virais ou Fúngicas, 
Infecções Bacterianas Graves e processos Oculares 
com comprometimento da Córnea. 
A histamina é uma substância liberada pelo sistema 
imunológico em resposta a uma reação alérgica ou 
inflamatória. Ela causa uma série de efeitos, como a 
dilatação dos vasos sanguíneos, a contração dos 
músculos lisos e o aumento da permeabilidade dos 
vasos sanguíneos. Esses efeitos podem levar a 
sintomas como INCHAÇO, vermelhidão, COCEIRA e 
dor. 
Na veterinária, a histamina é uma das principais 
causas de reações alérgicas em animais, como coceira, 
vermelhidão, inchaço e irritação na pele. Alguns 
animais, como cães e gatos, são particularmente 
suscetíveis a alergias, que podem ser causadas por 
diversos fatores, incluindo alimentos, produtos 
químicos, picadas de insetos (Abelhas), entre outros. 
A ação da histamina no organismo animal pode levar 
a diversos sintomas, dependendo da região afetada. 
Por exemplo, a liberação de histamina no trato 
respiratório pode causar tosse, espirros, coriza e 
dificuldade respiratória. Enquanto a liberação de 
histamina na pele pode causar coceira intensa, 
vermelhidão e inchaço. 
Regulação da resposta imunológica: 
A histamina é produzida pelas células do sistema 
imunológico em resposta a uma lesão ou infecção. Ela 
ajuda a regular a resposta imunológica, estimulando 
a migração de células de defesa para o local da lesão 
ou infecção. 
Regulação da função gástrica: 
A histamina é produzida pelas células do estômago e 
ajuda a regular a secreção de ácido gástrico e a 
motilidade intestinal. Ela também é importante na 
defesa contra infecções gastrointestinais. 
Regulação da função cardiovascular: 
A histamina é produzida pelas células do sistema 
cardiovascular e pode causar a dilatação ou 
constrição dos vasos sanguíneos, aumentando ou 
diminuindo o fluxo sanguíneo para diferentes 
tecidos. 
Regulação da neurotransmissão: 
A histamina é um neurotransmissor que ajuda a 
regular o sono, a vigília, a temperatura corporal e 
outras funções do sistema nervoso central 
Regulação da resposta inflamatória: 
A histamina é um mediador químico que ajuda a 
regular a resposta inflamatória, estimulando a 
migração de células inflamatórias para o local da 
lesão ou infecção e aumentando a permeabilidade 
vascular. 
 
Indicações do AIES 
 
Anti-histamínicos 
Funções da histamina 
Regulação da função respiratória: 
A histamina é produzida pelas células do sistema 
respiratório e pode causar a constrição ou dilatação 
das vias respiratórias, afetando a função 
respiratória. 
A histamina é uma substância importante que 
desempenha várias funções regulatórias no 
organismo, incluindo a regulação da resposta 
imunológica, da função gástrica, cardiovascular, 
neurotransmissão, inflamatória e respiratória. No 
entanto, em excesso ou em resposta a estímulos 
inadequados, a histamina pode causar reações 
alérgicas e outros problemas de saúde, sendo 
necessária a utilização de medicamentos, como os 
anti-histamínicos, para controlar seus efeitos 
indesejados. 
É uma classe de medicamentos que agem bloqueando 
a ação da histamina, impedindo que ela se ligue aos 
seus receptores e cause os efeitos indesejados. Eles são 
utilizados no tratamento de diversas condições, 
incluindo alergias, inflamações, envenenamentos e 
algumas doenças dermatológicas. Sua Ação e seus 
Efeitos Colaterais variam de acordo com a Geração 
do Anti-histamínico. 
Existem diversos tipos de anti-histamínicos 
disponíveis para uso em animais. Alguns dos mais 
comuns incluem: 
• Anti-Histamínicos de Primeira Geração 
• Anti-Histamínicos de Segunda Geração 
São um grupo de medicamentos que foram 
desenvolvidos para bloquear a ação da histamina no 
organismo. Eles foram os primeiros anti-histamínicos 
a serem descobertos e utilizados para tratar alergias. 
Os anti-histamínicos de primeira geração, como a 
prometazina, têm uma estrutura química que permite 
que eles atravessem a barreira hematoencefálica e 
alcancem o sistema nervoso central. Efeitos 
colaterais podemos citar efeitos sedativos, como 
redução da salivação, sonolência, desorientação, 
letargia, constipação e retenção urinária. 
No entanto, os anti-histamínicos de primeira 
geração têm uma rápida ação e são eficazes no alívio 
dos sintomas de alergias e outros distúrbios 
inflamatórios, como coceira, vermelhidão, inchaço e 
congestão nasal. Os anti-histamínicos de primeira 
geração são geralmente prescritos em doses baixas e 
por um curto período de tempo para minimizar os 
efeitos colaterais. Eles também devem ser evitados em 
pacientes idosos, filhotes, fêmeas gestantes ou 
lactantes e em pacientes com certas condições 
médicas, como glaucoma, hipertrofia prostática, 
problemas cardíacos, hepáticos ou renais. 
Prometazin (Fenergan) 
- Muito utilizado em Cães e Gatos. 
- Potente ação Anti-histamínica e tem Sinergismo 
com AIES. 
- Atua reduzindo rapidamente o Prurido, Eritema e 
Edema. 
- Muito utilizado em reações alérgicas imediatas, 
como Picadas de Insetos e Alergias Cutâneas. 
- Aplicado pela via S.C. tem efeito em cerca de 
30minutos. 
Os anti-histamínicos de segunda geração são 
medicamentos que bloqueiam a ação da histamina, 
atuando em processos inflamatórios e alérgicos. Eles 
são amplamente utilizados na medicina veterinária 
para tratar uma variedade de condições alérgicas em 
animais, como rinite alérgica, dermatite atópica, 
urticária, e alergias sazonais. Diferentemente dos 
anti-histamínicos de primeira geração, os anti-
histamínicos de segunda geração têm menos efeitos 
colaterais sedativos e são geralmente considerados 
mais seguros para uso em animais. 
A principaldiferença entre os anti-histamínicos de 
primeira e segunda geração é que os de segunda 
geração têm menos efeitos colaterais sedativos. Isso 
ocorre porque os anti-histamínicos de segunda 
geração têm menos probabilidade de atravessar a 
barreira hematoencefálica, que protege o cérebro de 
substâncias potencialmente nocivas, como as drogas. 
Normalmente utilizados em Grandes Animais devido 
aos seus riscos serem menores. 
 
Anti-histamínicos 
 
Anti-histamínicos de primeira 
geração 
Anti-histamínicos de segunda 
geração 
Cetirizina (Zyrtec) 
- Utilizado em Cães, Gatos e Cavalos. 
- Potente ação Anti-histamínica. 
- Utilizado em tratamentos curtos a médio prazo 
atuando no Prurido, Eritema e Edema. 
- Muito utilizado em alergias sazonais, dermatite 
alérgicas, afecções alérgicas respiratórias. 
- Administração pela via oral. 
Fexofenadina (Allegra) 
- Utilizado em Cães, Gatos e Cavalos. 
- Potente ação Anti-histamínica. 
- Utilizado em tratamentos curtos a médio prazo 
atuando na Tosse Alérgica, Coriza, Espirros, Prurido e 
Edema. 
- Muito utilizado em Rinites Alérgicas e diversas 
alterações respiratórias alérgicas. 
- Administração pela via oral. 
Loratadina (Claritin) 
- Utilizado em Cães e Gatos. 
- Potente ação Anti-histamínica. 
- Utilizado em tratamentos curtos a médio prazo 
atuando no Prurido, Coriza, Espirros, Eritema e 
Edema. 
- Muito utilizado em Rinites Alérgicas e diversas 
alterações Respiratórias Alérgicas. 
- Administração pela via oral. 
Anti-histamínicos de Primeira Geração são muito 
utilizados em Reações imediatas, onde os sintomas e 
a necessidade em si preconizam uma utilização 
rápida e normalmente de aplicação única. Anti-
histamínicos de Segunda Geração são muito 
utilizados em Reações Persistentes, onde os sintomas 
e a necessidade preconizam uma ação de curto a 
médio prazo para resolução dos seus sintomas. 
 
 
 
 
 
 
Dicoflenato 
Ibuprofeno 
Carprofeno 
 
Cetoprofeno 
 
 
 Flunixin Meglumine 
 
 
 
Imagens dos medicamentos até 
aqui 
 
Meloxicam 
 
 Mavacoxibe 
 
 Firocoxibe 
Dipirona 
Paracetamol 
DMSO 
 Cortisona e Hidrocortisona 
Prednisona/solona, Triacinolona 
 
Dexametasona, Betametasona 
 Prometazina 
 
Cetirizina 
 
 
Fexofenadina 
 
Loratadina 
 
➔ Órgãos secretores: produzem urina (Rins) 
➔ Órgãos excretores: drenam a urina para fora 
do corpo (ureteres, bexiga e uretra) 
 
 
Função do Sistema Urinário 
Elaborar a urina e armazená-la temporariamente 
até a oportunidade de ser eliminada para o exterior. 
Na urina encontramos ácido úrico, ureia, sódio, 
potássio, etc. 
➔ Regulação da composição iônica sanguínea; 
➔ Manutenção da osmolaridade sanguínea; 
➔ Regulação do volume sanguíneo; 
➔ Regulação da pressão arterial; 
➔ Regulação do pH sanguíneo; 
➔ Liberação de hormônios; 
➔ Regulação do nível de glicose; 
➔ Excreção de resíduos e substâncias estranhas 
Fisiologia do Sistema Urinário 
Rins: manutenção do Volume e da Composição do 
Fluido Extracelular, recebem 25% do débito Cardíaco 
Néfron: unidade Funcional do Rim – consiste em uma 
estrutura tubular especializada relacionada com os 
vasos sanguíneos. 
 
Glomérulo: é um enovelado capilar formado a partir 
da arteríola aferente. Local responsável pela 
filtração do sangue. O filtrado glomerular é 
composto de várias substâncias essenciais (tais como 
água, eletrólitos, bicarbonato, glicose, proteínas etc.) 
para o organismo, além das substâncias que devem 
ser eliminadas. 
Túbulo Proximal e Alça de Henle: responsável pela 
reabsorção da maioria do ultrafiltrado. ( 60 a 80% 
do filtrado são reabsorvidas antes que o liquido 
tubular deixe o túbulo proximal). 
Reabsorção de Na+, Cl, K+ , HCO3 , Ca, Mg, ureia, ácido 
úrico. Reabsorção total de glicose e aminoácidos. 
Reabsorção de peptídeos e proteínas de baixo peso 
molecular. 
Farmacologia do Sistema Urinário 
 
Principal medicamento que age no Sistema Urinário 
é os Diuréticos. 
Diuréticos são classe de medicamentos que agem 
aumentando a eliminação de Na+(Sódio) e água. 
Diminuem a reabsorção de Na+ e de um ânion 
acompanhante (em geral) de Cl-(Cloreto) do 
filtrado, sendo o aumento da perda de água 
secundário ao aumento da eliminação de NaCl. 
Os diuréticos são usados na Medicina Veterinária 
para aumentar a produção de urina e ajudar a 
remover o excesso de líquidos do corpo de um animal. 
Eles são comumente usados para tratar condições 
como insuficiência cardíaca congestiva, edema 
pulmonar, hipertensão, doença renal e outras 
condições que podem causar acúmulo de líquidos no 
corpo do animal. 
Desidratação: como os diuréticos aumentam a 
produção de urina, eles podem causar desidratação 
se o animal não beber água suficiente para 
compensar a perda de líquidos. 
Desequilíbrio eletrolítico: os diuréticos podem causar 
a eliminação excessiva de eletrólitos, como sódio, 
potássio e magnésio, o que pode levar a problemas 
como fraqueza, tremores musculares, arritmias 
cardíacas e convulsões. 
Hipotensão: os diuréticos podem causar uma queda 
na pressão arterial, o que pode levar a sintomas como 
fraqueza, tonturas e desmaios. 
Alterações metabólicas: o uso prolongado de 
diuréticos pode levar a alterações metabólicas, como 
hipocalemia (Redução de Potássio), hipomagnesemia 
(Redução de Magnésio) e hipocalcemia (Redução de 
Cálcio), que podem levar a problemas de saúde a 
longo prazo. 
Algumas precauções que devem ser tomadas, inclui: 
Monitorar a hidratação: Os diuréticos podem levar a 
desidratação, portanto, é importante monitorar a 
ingestão de água e a produção de urina do animal. 
Monitorar os eletrólitos: Os diuréticos podem levar a 
alterações nos níveis de eletrólitos, como sódio, 
potássio e cálcio, portanto, é importante monitorar 
esses valores através de exames de sangue. 
Monitorar a função renal: Os diuréticos podem 
sobrecarregar os rins, portanto, é importante 
monitorar a função renal do animal, especialmente 
em animais idosos ou com doença renal pré-existente. 
Monitorar a função hepática: Os diuréticos podem 
causar alterações nos níveis de eletrólitos no sangue, 
como sódio, potássio e magnésio. Essas alterações 
podem afetar a função hepática, especialmente em 
pacientes com doença hepática preexistente. 
Evitar a superdosagem: A superdosagem de diuréticos 
pode levar a efeitos colaterais graves, como 
desidratação severa, desequilíbrios eletrolíticos e 
danos renais. 
Administrar com cautela em animais com doenças 
cardíacas: Os diuréticos podem levar à desidratação 
e desequilíbrios eletrolíticos, como a diminuição dos 
níveis de potássio, que podem afetar a função 
cardíaca. Além disso, em animais com doenças 
cardíacas avançadas, os diuréticos podem reduzir a 
pressão arterial de forma excessiva, o que pode levar 
a uma redução da perfusão de órgãos vitais e piora 
da função cardíaca. 
 
Os diuréticos de alça são uma classe de medicamentos 
mais utilizados na medicina veterinária para 
aumentar a produção de urina. 
Os diuréticos de alça são um dos mais potentes 
diuréticos, capazes de causar a eliminação de 15-25% 
do Na + filtrado. 
Esses medicamentos agem bloqueando a reabsorção 
de íons de sódio e cloro no ramo ascendente da alça 
Formação da urina 
 
Efeitos colaterais dos diuréticos 
 
Diuréticos de alça 
 
de Henle, que é uma parte do néfron, unidade 
funcional do rim. Isso resulta em uma maior excreção 
de água e eletrólitos, como sódio, potássio, cloro e 
magnésio, pela urina. 
Indicações clínicas 
1. Insuficiência cardíaca congestiva; 
2. Hipertensão Arterial; 
3. Edema Pulmonar; 
4. Ascite; 
5. Edemas em Geral; 
Diuréticos de alça – efeitos indesejáveis 
➔ Perda de potássio (hipocalemia); 
➔ Alcalose Metabólica (perda de Hidrogênio e 
Potássio); 
➔ Perda de Calcio e Magnésio; 
➔ Hipovolemia, Hipotensão e Desidratação; 
➔ Raramente: náusea, reação alérgica; 
Furosemida (Furolisin, Zalix, Diurax) 
Utilizado em Cães, Gatos, Cavalos, Bovinos, Ovinos, 
Caprinos,Suínos. Potente ação Diurética dose 
dependente. 
Pode ser administrada em ampla faixa de doses e ser 
empregada em administração crônica ou terapêutica 
de emergência. 
Possui propriedades vasodilatadoras, aumentando a 
perfusão renal e diminuindo a pré-carga cardíaca. 
Administração pela via Oral, I.V., I.M. ou S.C. 
 
Torsemida (Torzemin, UpCard) 
Utilizado em Cães, Gatos e Cavalos. Potente ação 
Diurética dose dependente. 
Tem duração de ação mais prolongada (Menos 
Frequência) e também mais Potente que a Furosemida 
Possui propriedades vasodilatadoras, aumentando a 
perfusão renal e diminuindo a pré-carga cardíaca. 
Administração pela via Oral. 
 
 
 
Os diuréticos osmóticos são um tipo de medicamento 
diurético utilizado em medicina veterinária para 
aumentar a diurese e reduzir o acúmulo excessivo de 
líquidos no corpo. 
Eles agem aumentando a pressão osmótica no lúmen 
tubular dos rins, o que impede a reabsorção de água 
e eletrólitos pelos túbulos renais, resultando em um 
aumento na eliminação de urina e fluidos 
Uma das principais vantagens dos diuréticos 
osmóticos é a sua capacidade de aumentar a diurese 
rapidamente, em questão de minutos após a 
administração. 
Além disso, eles são eficazes mesmo em pacientes com 
insuficiência renal, uma vez que agem diretamente no 
lúmen tubular dos rins. 
Portanto, o principal efeito dos diuréticos osmóticos 
é aumentar a quantidade de água eliminada, com 
menor aumento da eliminação de Na+. 
 
 
Diuréticos osmóticos 
 
Indicações clínicas 
1. Edema Cerebral; 
2. Edema Pulmonar; 
3. Hipertensão Intracraniana; 
4. Hipoperfusão Renal; 
5. Hipertensão Ocular (Glaucoma); 
Diuréticos osmóticos – efeitos indesejáveis 
➔ Desidratação; 
➔ Desequilíbrio Eletrolíticos; 
➔ Dor Abdominal, Náusea e Vômito; 
➔ Hipovolemia e hipotensão; 
➔ Raros Casos – Aumento da Pressão 
Intracraniana; 
Manitol (Manitol Humano) 
Utilizado em Cães, Gatos, Cavalos, Bovinos, Ovinos, 
Caprinos, Suínos. Potente ação Diurética, induzindo a 
Diurese em Poucos Minutos. 
Muito utilizado em situações de traumatismos e 
alterações que necessitem de um Diurético de uso 
emergencial rápido. 
Deve ser utilizado na Internação e Monitorar 
constantemente a Hidratação do Animal! 
Administração pela via I.V. – pela via oral provoca 
mais diarreia osmótica do que diurese. 
 
 
 
Também conhecidos como Diuréticos Poupadores de 
Potássio - são um tipo de medicamento diurético 
utilizado em medicina veterinária que competem com 
a aldosterona por seus receptores intracelulares, 
assim inibindo a reabsorção de Sódio e reduzem a 
eliminação de Potássio. 
Esses diuréticos têm a capacidade de aumentar a 
eliminação de sódio e água do organismo, mas 
minimizando a excreção de potássio. Como resultado, 
eles ajudam a manter os níveis de potássio no sangue 
e a prevenir a hipocalemia (Redução de Potássio). 
Tem acentuados efeitos anti-hipertensivos, muito 
utilizados associados a tratamentos de insuficiência 
cardíaca e podem ser utilizados associados a outros 
diuréticos (Furosemida) onde reduzem os efeitos de 
Hipocalemia (Redução de Potássio). 
Os efeitos desses diuréticos incluem a redução do 
edema, diminuição da pressão arterial e redução da 
sobrecarga de volume no coração. Além disso, ela 
pode ser útil no tratamento de distúrbios hormonais, 
como a síndrome de Cushing, onde os níveis de 
cortisol estão aumentados. 
Indicações clínicas 
1. Insuficiência Cardíaca Congestiva; 
2. Edema Pulmonar; 
3. Hipertensão Cardíaca; 
4. Síndrome de Cushing; 
5. Hipertensão Ocular (Glaucoma); 
Diuréticos Antagonistas de Aldosterona – efeitos 
indesejáveis 
➔ Hipotensão; 
➔ Hipercalemia (Aumento de Potássio); 
➔ Hiponatremia (Redução de Sódio); 
➔ Dor Abdominal, Náusea e Vômito; 
➔ Alterações Hormonais em Machos 
(Ginecomastia, Atrofia Testicular); 
Espirolactona (Humana ou Cardalis - Junto com 
Benazepril) 
Utilizado em Cães, Gatos, Cavalos, Bovinos, Ovinos e 
Caprinos. Ação Diurética com potente ação Anti-
Hipertensiva. 
Diuréticos antagonistas de 
Aldosterona 
 
Pode ser utilizado associado a outros Diuréticos para 
potencializar o efeito. 
Normalmente indicados em Tratamentos Cardíacos. 
Administração pela via Oral. 
 
 
Os diuréticos tiazídicos são um tipo de diurético 
utilizado na medicina veterinária para aumentar a 
eliminação de água e sódio pelos rins, ajudando a 
reduzir o acúmulo de fluidos nos tecidos do animal. 
Esses diuréticos atuam bloqueando a reabsorção de 
sódio e cloro nos túbulos renais distais, aumentando 
a eliminação desses íons pela urina. 
Com a eliminação do sódio, ocorre uma redução na 
reabsorção de água pelos túbulos renais, o que leva a 
um aumento da eliminação urinária de água. 
Indicações clínicas 
1. Hipertensão Arterial; 
2. Insuficiência Cardíaca Congestiva; 
3. Edema Pulmonar; 
4. Edema Periférico; 
5. Síndrome Nefrótica (Perda Excessiva de 
Proteínas na Urina); 
 
Diuréticos tiazídicos – efeitos indesejáveis 
➔ Desidratação; 
➔ Desequilíbrio Eletrolítico; 
➔ Hipotensão Arterial; 
➔ Aumento da Glicose no Sangue; 
➔ Alterações Renais e Hepáticas; 
Hidroclorotiazida (Humana) 
Utilizado em Cães e Gatos. Ação Diurética com 
potente ação Anti-Hipertensiva. Normalmente 
associado a outros medicamentos cardiológicos. 
Administração pela via Oral. 
 
Os diuréticos são medicamentos utilizados na 
medicina veterinária para aumentar a produção de 
urina e, consequentemente, a eliminação de água e 
eletrólitos do organismo. 
Eles são usados para tratar uma variedade de 
condições, como hipertensão arterial, edema 
pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva, 
insuficiência renal e outras doenças que afetam o 
equilíbrio hidroeletrolítico do organismo. 
Existem diferentes classes de diuréticos utilizados na 
medicina veterinária, incluindo os diuréticos de alça, 
diuréticos tiazídicos, diuréticos poupadores de 
potássio e diuréticos osmóticos. Cada classe de 
diurético tem um mecanismo de ação e indicações 
específicas. 
Os diuréticos podem ter efeitos colaterais, como 
desequilíbrios eletrolíticos, desidratação, hipotensão 
e outros, por isso é importante que sejam prescritos e 
administrados apenas sob a supervisão de um médico 
veterinário qualificado. 
 
 
Diuréticos tiazídicos 
 
Resumo sobre Diuréticos na 
veterinária 
 
Qual a composição do Sistema G.I: 
Aparelho Digestivo: Cavidade Bucal, Esôfago, 
Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso e Ânus 
Anexos ao Aparelho Digestivo: Glândulas Salivares, 
Fígado e Pâncreas 
Qual é a função do Sistema digestório: 
➔ Ingestão, Mastigação, Salivação e Deglutição; 
➔ Digestão Química, Mecânica e Microbiana; 
➔ Absorção dos Nutrientes; 
➔ Excreção e Produção de Fezes; 
Farmacologia do Sistema Gastrointestinal 
Fármacos que atuam no Sistema Digestório: 
➔ Antiácidos, Protetores de Mucosa e Inibidores 
de Bomba de Prótons 
➔ Prócinéticos, Antifiséticos e Estimulantes do 
Apetite 
➔ Antieméticos 
➔ Eméticos 
➔ Catárticos 
➔ Constipantes 
➔ Hepatoprotetores 
Os antiácidos podem ser utilizados em todos os 
animais - Atuam neutralizando o ácido presente no 
estômago, aumentando o pH do suco gástrico. 
São utilizados no tratamento de distúrbios como 
hiperacidez gástrica e úlceras – Sendo seu objetivo é 
aliviar os sintomas e com isso o organismo irá 
conseguir promover a cicatrização. 
Os antiácidos mais comumente utilizados na 
medicina veterinária incluem compostos de alumínio, 
magnésio e sódio. 
Esses medicamentos estão disponíveis em diferentes 
formas, como suspensões líquidas, comprimidos 
mastigáveis ou pós para serem misturados à 
alimentação. 
 
Atenção aos antiácidos 
TODOS OS ANTIÁCIDOS PODEM AFETAR A ABSORÇÃO 
DE OUTROS MEDICAMENTOS!! 
DEVIDO A ELEVAREM O PH INTRAGÁSTRICO OU DE 
SUA LIGAÇÃO COM O FÁRMACO!! 
INTERVALO RECOMENDADO ENTRE MEDICAÇÕES – 
2HORAS. 
Indicações clínicas – antiácidos 
➔ Hiperacidez Gástrica; 
➔ Acidose Ruminal; 
➔ Úlceras Gástricas e Duodenais; 
➔ Prevenção de Úlceras emsituações de risco; 
➔ Gastroenterites; 
Efeitos indesejáveis – antiácidos 
➔ Constipação; 
➔ Diarreia; 
➔ Desregulação Eletrolítica; 
➔ Alcalose Metabólica; 
➔ Raros casos – Náuseas e Reações Alérgicas; 
Bicarbonato de sódio 
Reagem rapidamente com o ácido Estomacal, 
formando dióxido de carbono e cloreto de sódio; 
Provoca alcalose Metabólica em altas doses; 
Produzem Gás; 
Carbonato de sódio 
Reagem mais lentamente com o ácido Estomacal, 
formando dióxido de carbono e cloreto de cálcio; 
Provoca alcalose Metabólica em altas doses; 
Produzem Gás; 
 
Farmacologia do Sistema 
Gastrointestinal 
 
Antiácidos 
Hidróxido de alumínio 
Reagem mais lentamente com o ácido Estomacal, 
formando cloreto de alumínio e água; 
Não provoca Alcalose Metabólica; Não forma Gás e 
não é absorvido; Causa Constipação; Atuam também 
como Protetor Gástrico; 
 
Hidróxido de magnésio 
Reagem lentamente com o ácido Estomacal, 
formando cloreto de magnésio e água; 
Não provoca alcalose Metabólica; Não forma Gás e 
não é absorvido; Causa Diarreia Osmótica; Atuam 
também como Protetor Gástrico; 
Os protetores de mucosa podem ser utilizados em 
todos os animais - Atuam protegendo e promovendo 
a cicatrização da mucosa do trato gastrointestinal. 
Os protetores de mucosa agem formando uma 
camada protetora sobre a mucosa do estômago ou do 
intestino, ajudando a reduzir a irritação causada 
pelo ácido gástrico, enzimas digestivas e outros 
fatores agressivos (Medicamentos e Toxinas). 
Isso permite que a mucosa se recupere e cicatrize mais 
rapidamente. 
Os Protetores de Mucosas mais comumente utilizados 
na medicina veterinária incluem Sucralfato e Ágar. 
Indicações clínicas – protetores de mucosa 
➔ Úlceras Gástricas e Duodenais; 
➔ Gastrites; 
➔ Esofagites; 
➔ Prevenção de Úlceras devido a Medicamentos; 
Efeitos indesejáveis – protetores gástricos 
São Raros, mas podemos citar: 
➔ Constipação; Diarreia; 
➔ Interações Medicamentosas – Atrapalhar a 
Absorção de Medicamentos; 
Sucralfato 
Complexo formado de sacarose sulfatada e hidróxido 
de alumínio; 
Em água ou solução ácida, forma uma pasta viscosa 
e consistente que se liga às úlceras por um período de 
até 6 horas; 
Estimula a produção de prostaglandina e aumenta a 
produção de muco pelas células epiteliais superficiais 
da mucosa gástrica; 
 
Agar-Agar 
Gelatina derivada das algas marinhas; 
Ele forma uma matriz gelatinosa fornecendo suporte 
estrutural para as células do T.G.I., auxiliando na 
regeneração e cicatrização de feridas; 
Ajuda a reter a umidade na área afetada, criando 
um ambiente favorável para a cicatrização; 
Protetores da mucosa 
Os Protetores de Mucosa podem ser utilizados em 
todos os animais Eles agem inibindo a secreção ácida 
no estômago, reduzindo assim a produção de ácido 
clorídrico pelas células parietais do estômago. 
Atuam inibindo a enzima H+/K+ ATPase, que é 
responsável pela produção de ácido clorídrico no 
estômago. 
Ao bloquear essa enzima, esses medicamentos 
reduzem significativamente a acidez estomacal, 
ajudando a aliviar os sintomas associados a 
condições gastrointestinais. 
Os Protetores de Mucosas mais comumente utilizados 
na medicina veterinária incluem o Omeprazol e o 
Pantoprazol. 
Indicações clínicas – inibidores da bomba de prótons 
➔ Úlceras Gástricas e Duodenais; 
➔ Refluxo Gastroesofágico; 
➔ Gastrites; 
➔ Hiperacidez Estomacal; 
➔ Prevenção de Úlceras devido a Medicamentos; 
Efeitos indesejáveis – inibidores da bomba de prótons 
➔ Diarreia ou Constipação; 
➔ Náuseas e Êmese; 
➔ Podem interferir na Absorção de Nutrientes; 
➔ Em uso prolongado – Aumentam o risco de 
Infecções Estomacais; 
➔ Interações Medicamentosas – Atrapalhar a 
Absorção de Medicamentos; 
Omeprazol (Petprazol, Gaviz, Gastrozol) 
Inibidor da Secreção Ácida do Estômago; 
Requer Metabolização Hepática para se tornar ativo; 
Cuidado pois os efeitos Indesejáveis aumentam com o 
uso prolongado; 
Possui formulação em Comprimidos, Cápsula, Pasta e 
Também Injetável I.V.; 
 
 
 
 
Pantoprazol 
Inibidor mais potente da Secreção Ácida do 
Estômago quando comparado ao Omeprazol; 
Não requer Metabolização Hepática – Logo seu efeito 
é mais rápido; 
Cuidado pois os efeitos Indesejáveis aumentam com o 
uso prolongado; 
Possui formulação em Comprimidos e Cápsula; 
 
Os Pró Cinéticos podem ser utilizados em todos os 
animais - Também conhecidos como agentes pró-
motilidade, são medicamentos utilizados na 
medicina veterinária para melhorar a motilidade 
gastrointestinal dos animais. 
Atuam sendo antagonistas do Receptor de Dopamina 
- estimulando a contração dos músculos do trato 
gastrointestinal, ajudando a acelerar o trânsito 
intestinal e promovendo o esvaziamento adequado do 
estômago. 
Eles também aumentam a pressão do esfíncter, 
consequentemente tem efeitos antináusea e 
antiemético. NÃO UTILIZAR EM OBSTRUÇÃO 
INTESTINAL! 
Inibidores da Bomba de Prótons 
 
Pró cinéticos 
 
Os Pró Cinéticos mais comumente utilizados na 
medicina veterinária incluem a Metoclopramida e a 
Domperidona. 
Indicações clínicas – Pró cinéticos 
➔ Retardo do Esvaziamento Gástrico; 
➔ Refluxo Gastroesofágico; 
➔ Constipação; 
➔ Pós Cirúrgico Gastrointestinal; 
 
Efeitos indesejáveis – Pró Cinéticos 
➔ Diarreia; 
➔ Cólicas e Flatulência; 
➔ Hiperexcitabilidade; 
➔ Sialorréia; 
➔ Interações Medicamentosas – Aumentando 
ou Diminuindo a Eficácia; 
Metoclopramida (Nausetrat, Drasil, Emetrim, 
PlasilVet) 
Estimulam a Motilidade Estomacal; 
Possui propriedades antieméticas – aliviando a 
náusea e o vômito; 
Cuidado tem ação no SNC podendo causar sonolência 
e contrações involuntárias; 
Possui formulação em Comprimidos, Liquido Oral e 
Solução Injetável. 
 
Domperidona 
Estimulam a Motilidade Estomacal, sendo mais 
potente Nessa ação que a Metoclopramida ; 
Possui pouca ação antiemética; Não tem ação no SNC; 
NÃO UTILIZAR NA RAÇA GALGO INGLÊS, COLLIE, 
PASTOR SHETLAND – Não metabolizam o 
medicamento; 
Possui formulação em Comprimidos e Liquido Oral; 
Fármacos agonistas dos receptores H2 
Ranitidina (Ranivet) 
Utilizado em Cães. 
Formulação humana foi proibida a comercialização 
devido a contaminação. •Ela atua bloqueando os 
receptores H2 nas células parietais do estômago, 
reduzindo assim a quantidade de ácido clorídrico 
secretado. 
Utilizado no tratamento agudo de úlceras na 
cavidade oral, gástrica e duodenal. Utilizado também 
na prevenção a úlceras. 
Pode ser encontrado em Comprimido. 
 
 
 
Atuam para prevenir ou tratar os episódios de 
náuseas e vômitos em animais. Esses medicamentos 
agem de diferentes maneiras para controlar os 
reflexos eméticos e reduzir os sintomas associados. 
É importante ressaltar que a êmese é apenas um 
sintoma, é sempre necessário definir a causa dessa 
êmese antes de entrar com um medicamento com a 
finalidade de interromper esse sintoma. 
São Divididos de acordo com a sua atuação: 
1. Antagonista de Receptores de Serotonina: 
Ondasetrona 
Antieméticos 
 
2. Antagonista de Receptores da Neurocinina: 
Maropitant 
3. Antagonista de Receptores Muscarínicos: 
Escopolamina 
Antagonista de Receptores de Serotonina 
Eles atuam bloqueando os receptores de serotonina, 
uma substância química do cérebro que desempenha 
um papel importante na regulação dos reflexos 
eméticos. 
Quando a serotonina se liga aos seus receptores, ela 
pode desencadear o vômito. Esses receptores estão 
presentes perifericamente ao nervo vago, nos 
quimiorreceptores da zona de gatilho do vômito, 
associado principalmente ao sistema digestório. 
Eles podem ser administrados por via oral ou 
intravenosa, dependendo da necessidade do animal. 
Indicações clínicas – antagonista de receptores de 
serotonina 
➔ Enjoo de Movimento; 
➔ Pré e Pós Operatório devido a Anestesia; 
➔ Doenças Gastrointestinais; 
➔ Controle de Náuseas e Êmese; 
➔ Auxiliar em Quimioterapias; 
Efeitos indesejáveis – antagonista de receptores de 
serotonina 
➔ Sonolência;➔ Letargia; 
➔ Alterações no Apetite; 
➔ Constipação ou Diarréia; 
➔ Interação com Tramadol (Perde o efeito de 
ambos devido a necessidade da serotonina) 
Ondasetrona: 
(Emedron, VonauVet) 
Potente efeito Antiemético Dose Dependente com 
efeito por 12horas; 
Pode ser utilizada em Cães e Gatos; 
Evitar utilizar em Cães Collie e Pastor Sheetland 
devido ao medicamento ter um 
potencial substrato neurotóxico da Glicoproteína P, 
essas raças podem expressar proteínas não 
funcionais; 
 
 
 
Antagonista de receptores da Neurocinina 
Esses medicamentos atuam bloqueando seletivamente 
os receptores de neurocinina, conhecidos como 
receptores NK1, no sistema nervoso central e 
periférico. 
Ao bloquear esses receptores, eles inibem os sinais que 
desencadeiam o reflexo do vômito, ajudando a 
prevenir ou reduzir os episódios eméticos. 
A neurocinina é uma substância química 
naturalmente presente no organismo e desempenha 
um papel importante na ativação do reflexo do 
vômito. 
Eles podem ser administrados por via oral ou 
intravenosa, dependendo da necessidade do animal. 
Indicações clínicas – antagonista de receptores da 
neurocinina 
➔ Enjoo de Movimento; 
➔ Pré e Pós Operatório devido a Anestesia; 
➔ Doenças Gastrointestinais; 
➔ Controle de Náuseas e Êmese; 
➔ Auxiliar em Quimioterapias; 
Efeitos indesejáveis – antagonista de receptores da 
neurocinina 
➔ Sonolência; 
➔ Letargia; 
➔ Em raros casos: Aumento da enzima ALT; 
➔ Constipação ou Diarréia; 
➔ Pode ocorrer reações alérgicas como prurido, 
vermelhidão da pele, urticária, inchaço 
facial, dificuldade respiratória; 
 
 
 
Maropitant: (Cerênia) 
O medicamento mais potente para êmese na 
atualidade, com duração de 24horas; 
Em bula Brasileira apenas para Cães; 
Possuí formulação oral e injetável, sendo a oral mais 
indicada para enjoo de movimento e injetável para 
utilização na clínica. 
 
 
 
Antagonista de Receptores Muscarínicos 
Eles atuam bloqueando os efeitos da estimulação dos 
receptores muscarínicos presentes no sistema nervoso 
parassimpático, inibindo assim a ação da 
acetilcolina, um neurotransmissor responsável por 
regular diversas funções fisiológicas do corpo. 
Esses receptores são responsáveis por regular diversas 
funções fisiológicas, como a contração muscular, a 
secreção de glândulas e a regulação das atividades 
dos órgãos internos. 
Eles podem ser administrados por via oral. 
Indicações – antagonista de receptores muscarínicos 
➔ Enjoo de Movimento 
➔ Prevenção e Tratamento de Cólicas 
Intestinais; 
➔ Redução da Sialorréia; 
➔ Doenças Gastrointestinais; 
➔ Controle de Náuseas e Êmese; 
Efeitos indesejáveis 
➔ Sonolência; 
➔ Ressecamento da Cavidade Oral (Boca Seca); 
➔ Constipação; 
➔ Taquicardia; 
➔ Dilatação das Pupilas; 
Escopolamina (Ou hioscina): 
(Buscofin, Buscopan Composto Vet) 
Sua formulação Veterinária é associada com Dipirona 
– Auxiliando no alívio das Cólicas; 
Pode ser utilizada em Cães, Gatos, Bovinos, Suínos, 
Equínos; 
Existe formulação veterinária injetável e oral na 
formulação humana. 
 
São usados para tratar a constipação em animais. 
Esses medicamentos ajudam a estimular o movimento 
intestinal, amolecer as fezes e facilitar a evacuação. 
Seu mecanismo de ação é diferente para cada tipo 
de fármaco, mas comumente amolecem as fezes e 
podem causar diarreia. 
Cuidado! Pacientes com Fecaloma podem causar 
lesão e rompimento da parede intestinal. 
Eles podem ser administrados por via oral ou pela via 
retal. 
Indicações clínicas – catárticos 
➔ Constipação; 
➔ Pós Cirurgia GastroIntestinal; 
➔ Eliminação de Toxinas ou Substâncias 
Indesejáveis; 
➔ Pacientes com Retenção Fecal devido a lesão 
em Coluna; 
Catárticos 
Efeitos indesejáveis – catárticos 
➔ Diarreia; Irritação Intestinal; 
➔ Dependência do Intestino ao Medicamento; 
➔ Desequilíbrio Eletrolítico (Perda Excessiva de 
Eletrólitos nas Fezes); 
➔ Interferência na Absorção de Nutrientes; 
Lactulose (Lactulona-Humana) 
Utilizado em Cães e Gatos. 
Seu efeito é acumular água no bolo fecal, por um 
mecanismo osmótico; 
Seu Efeito é lento e o resultado pode demorar mais 
de 12horas; 
Cuidado! NÃO UTILIZAR EM PACIENTES DIABÉTICOS! 
Pode ser encontrado em Líquido Oral. 
Óleo Mineral 
Utilizado em Cães, Gatos, Equinos e Bovinos. •Produto 
derivado do petróleo que possui propriedades 
lubrificantes e laxativas. 
Não é absorvido pelo organismo, amolecendo as fezes 
e recobrindo a mucosa, reduzindo a absorção de água 
pelo intestino, estimulando a eliminação das fezes. 
Pode ser realizado Via Oral ou pela Via Retal. 
 
 
Supositório de Glicerina 
Utilizado em Cães, Gatos, Equinos e Bovinos. •Seu 
efeito é acumular água no bolo fecal (Principalmente 
em Cólon). 
Pode ser encontrado em Supositório utilizado pela Via 
Retal. 
 
São utilizados para tratar ou aliviar a acumulação 
excessiva de gases no trato gastrointestinal dos 
animais. 
A formação de gases pode ocorrer devido a vários 
fatores, como a fermentação de alimentos mal 
digeridos, dieta inadequada, problemas de 
motilidade intestinal ou distúrbios gastrointestinais. 
Alteram a tensão superficial da espuma e rompem as 
bolhas de gás, acelerando sua eliminação; 
Eles podem ser administrados por via oral. 
Indicações clínicas – Antifiséticos 
➔ Distensão Abdominal; 
➔ Flatulência; 
➔ Timpanismo Espumoso Ruminal; 
➔ Cólica em Equinos; 
➔ Antes da Realização de Ultrassom; 
Efeitos indesejáveis – Antifiséticos 
São Raros os Casos de Efeitos Indesejáveis de 
Antifiséticos, mas podemos citar: 
➔ Diarreia; 
➔ Desconforto Abdominal; 
➔ Irritação Gastrointestinal; 
➔ Interferência na Absorção de Nutrientes; 
 
 
Simeticona (Luftal) 
Utilizado em Cães e Gatos. 
Antifiséticos 
Tem um efeito rápido com raros efeitos colaterais; 
Deve-se Monitorar o animal para verificar se está 
ocorrendo a eliminação dos gazes e consequente 
melhora clínica; 
Pode ser encontrado em Líquido Oral e Comprimido. 
 
 
Solução de Silicone 30% (Ruminol) 
Utilizado em Bovinos, Ovinos, Caprinos e Equinos. 
O princípio ativo consegue atuar nos gazes reduzindo 
sua tensão superficial das bolhas e facilitando sua 
eliminação; 
Deve-se Monitorar o animal para verificar se está 
ocorrendo a eliminação dos gazes e consequente 
melhora clínica; 
Pode ser encontrado em Líquido Oral. 
 
 
 
 
 
 
A farmacocinética é o que o organismo vai realizar 
com esse fármaco (como ele vai ser absorvido, 
metabolizado, distribuído e excretado) já a 
farmacodinâmica é o que o fármaco vai realizar no 
organismo (qual receptor ele liga, vai ativar ou não, 
quais ações ele causa e seus efeitos) 
Fase farmacêutica: via de administração e forma 
farmacêutica – como vou administrar e apresentar 
ele (exemplo: oral em capsula) 
Fase farmacocinética: movimento dele no organismo 
(como ele vai ser absorvido, metabolizado e 
excretado) 
Fase farmacodinâmica: como ele vai agir e seus 
efeitos no organismo (ligação de receptor) 
Fase farmacoterapêutica: efeitos 
Caso clinico: gato macho de 2 anos com histórico de 
polaciúria e disúria 
➔ Polaciúria: ele faz xixi muitas vezes, mas em 
pouca quantidade 
➔ Disúria: dor para fazer xixi 
É realizado a anamnese, exames clínicos e 
complementares. Foi observado que o animal teve um 
desconforto ao apalpar a região da bexiga – 
sensibilidade abdominal e desidratação. O medico 
pede uma ultrassonografia com suspeita de cistite e 
também uma cultura e antibiograma (onde a 
bactéria cresce e se desenvolve e qual antibiótico é 
sensível naquela bactéria), o medico receita, porém 
acontece uma falha terapêutica porque o tutor voltar 
depois de alguns dias 
Resolução: o tutor pode ter administrado errado, 
com uma dose menor e consequentemente a 
proliferação das bactérias resistentes aconteceu, 
pode ser a mistura do medicamento com outro (ou 
algo) que corta o efeito do antibiótico, o gato poderia 
estar retendo a urina por não gostar da caixa de 
areia ou ele já tem uma doençarenal que dificulta a 
metabolização do fármaco, pode ser que o animal 
colocou pra fora o comprimido ou a substancia. 
1. Será que aquela forma e aquela via de 
administração do medicamento deu certo... 
2. Ele tem uma doenças renal... 
3. O fármaco se ligou ao receptor... 
Farmacocinética e 
Farmacodinâmica 
O medicamento primeiramente é metabolizado no 
fígado (ele perde uma parte do seu efeito) e então se 
espalha pelo corpo – mecanismo de primeira 
passagem. Alguns medicamentos são vendidos já na 
sua forma ativa pra não passar por todo esse processo 
do fígado 
Precisa dosar a quantidade desse fármaco porque se 
o animal tiver poucas proteínas no fígado, ele não vai 
conseguir metabolizar corretamente e o efeito é 
menor do que o esperado 
Nos pacientes obesos, vários fármacos se ligam a 
gordura do animal (tecido adiposo) ficando parado 
lá e conforme a concentração desse fármaco diminui 
na circulação sanguínea, o que estava no tecido 
adiposo sai e vai pra circulação, gerando um efeito 
mais longo e demorado. 
A capsula é proteção do medicamento, se ele for 
básico e cai no ácido do estomago (sem a capsula e 
somente o pozinho) pode perder uma parte ou 
totalmente o efeito dele. 
Fármaco cinética (PK) = droga e movimento – como 
a concentração da droga muda nos diferentes locais 
do organismo 
Fármaco dinâmica (PD) = droga e potencia – como a 
droga exerce seu efeito e qual a sua ação sobre a 
célula 
Absorção 
1. Barreiras tissulares 
2. Vias de administração 
3. pH do meio e PK da droga 
(tecidos inflamados não respondem adequadamente 
ao medicamento – exemplo Aspirina que no estomago 
vai dar um efeito bom, mas no intestino não) Então 
se o fármaco ionizar mais, ele absorve menos e tenho 
um efeito mais demorado, mas se tem um menor grau 
de ionização, ele será mais absorvido e mais rápido o 
efeito acontecerá 
As barreiras tissulares poderia citar de exemplo a 
fêmea gestante, que com o uso qualquer de 
medicamento podem gerar efeitos teratogênicos nos 
fetos 
A petidina (básico) em um pH ácido (como estomago 
– via oral administrada) ele ioniza e perde seu efeito, 
o animal não absorve corretamente 
A aspirina (ácida) em um pH ácido (como o estomago 
– via oral administrada) ele ioniza menos e 
consequentemente absorve mais, gerando o efeito 
esperado 
A anestesia local em tecido inflamado não trará uma 
efeito esperado porque o pH daquele tecido 
(inflamado) vai alterar e o fármaco ioniza, gerando 
baixa absorção 
O fármaco (ao passar pela cavidade oral e absorção 
sublingual) vai sofrer o metabolismo de primeira 
passagem: fígado – metabolização – perda – 
principio ativo – ligação aos receptores – excreção 
Formas farmacêuticas X absorção 
O estomago tem pouca área de absorção, baixo pH (1-
2) grau de ionização das drogas e fármacos básicos 
são retidos ou perdidos 
O intestino delgado é um pH básico, alta capacidade 
de absorção, ampla área de superfície e tem transito 
intestinal rápido (menor absorção – se o animal está 
com uma diarreia) 
Fatores que afetam a absorção no TGI 
1. formulação (capsula não pode ser aberta) 
2. metabolismo (depende de cada individuo) 
3. tempos de esvaziamento gástrico 
4. motilidade intestinal 
5. alimento 
A biodisponibilidade é a ligação que aquele fármaco 
vai realizar não somente nos receptores alvos, mas em 
todo o resto do corpo, resultando em efeitos 
colaterais adversos (pode ser bom ou ruim) 
O exemplo mostra que o fármaco chegou no seu pico 
de concentração máxima (4) em um tempo de 2 
horas, depois disso ele decaiu 
Processo pelo qual a droga reversivelmente abandona 
o leito vascular e entra no interstício e células do 
tecido – seu local de ação (sai do sistema sanguíneo 
e entra no tecido). 
 
Absorção gastrointestinal 
Distribuição 
 
Fatores que influenciam na distribuição 
1. lipossolubilidade (fármacos lipossolúveis 
atravessam mais facilmente as membranas) 
2. ligação à proteína plasmática (ou fármacos 
livres) 
3. afinidade com tecido alvo (pacientes obesos) 
4. vascularização do tecido (cérebro e coração é 
muito vascularizado e por isso a absorção é 
maior) 
Meia-vida na Farmacocinética 
É o tempo de meia vida de eliminação plasmática = 
tempo necessário para que a concentração do 
fármaco se reduza pela metade. Exemplo: administro 
um fármaco que no inicio possui 100ml, mas depois 
de 40 minutos reduziu para 50ml 
Quanto maior for a meia-vida de um fármaco, maior 
é o tempo de ação dele. 
Faixa terapêutica: se eu tenho um fármaco abaixo da 
concentração pode causar toxicidade e a cima da 
concentração mínima pro efeito terapêutico. Ou seja, 
é importante dar a dose correta no tempo correto 
(ex: de 6 em 6 horas) para a bactéria (por exemplo) 
não criar resistência 
1. concentração dependente: a ação dele 
depende da concentração 
2. tempo dependente: o tempo que ele está 
dentro da faixa de concentração 
Principal mecanismo para interromper a ação de um 
fármaco 
➔ metabólitos ativos ou inativos (polares) 
➔ efeito tóxico 
➔ facilita excreção 
Fatores que influenciam na metabolização 
1. idade e sexo 
2. indução enzimática e inibição enzimática 
3. hepatopatias 
4. coadministração de drogas (muitos fármacos 
ao mesmo tempo) 
 
 
Biotransformação 
Reações da fase 1: transformação de fármacos 
lipossolúveis, por meio da oxidação, redução ou 
hidrólise e isso facilita a eliminação 
Reações da fase 2: quando acontece a conjugação 
(transformação) dos fármacos. Mas os felinos 
possuem alguns problemas com as enzimas 
Glicuroniltransferase (enzima que aumenta a 
molécula, dificulta distribuição e facilita eliminação) 
onde ela pode toxicar 
Felinos X Paracetamol 
Eles possuem essa toxicidade em relação ao 
Paracetamol por causa da deficiência em 
glicuroniltransferase e menor reserva da glutationa 
(que é um aminoácido que faz conversão no fígado). 
Então a intoxicação por Paracetamol é porque, com 
todas essas deficiências, impede que a hemoglobina 
que está na hemácia se ligue ao oxigênio e o oxigênio 
aos tecidos – mucosa do gato fica cianótico porque a 
hemoglobina está se transformando naquele local. A 
N-acetilcisteína é um conversor desse efeito = 
antagonista desse fármaco, substrato para síntese de 
glutationa, ação antioxidante em intoxicações 
Eliminação do fármaco 
1. fármaco inalterado ou metabólito 
2. fígado: bile 
3. pulmões: compostos voláteis 
4. saliva, suor e leite 
5. rins: hidrossolúveis, filtração glomerular, 
urina 
O que o fármaco faz com o organismo, efeitos 
terapêuticos e adversos 
➔ alvos farmacológicos (receptor) e mecanismo 
de ação 
Receptores celulares para os fármacos 
Nos temos receptores que são enzimas (pró fármacos 
e AINES –anti-inflamatórios não esteroidais que vão 
bloquear o COX e não libera os mediadores 
inflamatórios – quebra da cascata) 
Eles vão modular as ações do agonista e antagonista 
biotransformação ou metabolismo 
(fígado) 
 
Farmacodinâmica 
Receptores: responsáveis pela seletividade da ação do 
fármaco e eles medeiam as ações tanto dos agonistas 
como dos antagonistas farmacológicos 
1. AGONISTA: ativam o receptor 
2. ANTAGONISTA: ligam-se aos receptores mas 
não o ativam (ex: corte de efeito da 
anestesia) 
A ação primária dos antagonistas é evitar que os 
agonistas (fisiológicos ou não), ativam os receptores 
 
Proteínas celulares que atuam como receptores de 
substancias endógenas (hormônios, NTs, atacóides) – 
do próprio organismo ou de fármacos 
➔ Função: transmissão de mensagem 
Receptores Adrenérgicos ALFA 
Alfa-1: vasoconstrição, aumento da pressão arterial, 
midríase, contração do esfíncter superior da bexiga 
Alfa-2: SNC, inibe liberação de noradrenalina, inibe 
liberação de insulina, agregação plaquetária, 
contração m. liso vascular 
Receptores Adrenérgicos BETA 
Beta-1: taquicardia, aumento da contratilidade do 
miocárdio, aumento da lipólise 
Beta-2: broncodilatação, vasodilatação, tremor 
muscular, relaxamento da musculaturauterina, 
liberação de glucagom 
Beta-3: termogênese 
 
 
 
 
Potência: quanto menor for a concentração da dose 
de um fármaco, para ele ter um efeito, mais potente 
é esse medicamento 
 
A: agonista total – alta eficácia e alta potência 
B: agonista total – alta eficácia e menor potência 
C e D: agonista parcial – tem baixa atividade 
intrínseca, sendo que D tem menor potência que C 
Conhecer os grupos farmacológicos disponíveis, seus 
princípios ativos, farmacodinâmicos e 
farmacocinética (mecanismos de ação, efeitos 
terapêuticos e colaterais) 
Fisiologia do aparelho cardiovascular 
Funções 
➔ Coração: gerar pulso – bombear sangue 
Receptores celulares 
 
Farmacologia do aparelho 
Cardiovascular 
 
Ciclo cardiovascular 
 
➔ Vasculatura: transportar sangue, facilitar 
perfusão tecidual e processos de troca celular 
(artérias, capilares e veias) 
➔ Sangue: transporte (O2, CO2, nutrientes, 
detritos, hormônios), regulação (pH, T*C, 
equilíbrio hídrico) e proteção (coagulação e 
defesa) 
 
Nó sinusal: frequência cardíaca fisiológica, débito 
cardíaco fisiológico 
Nó atrioventricular: frequência reduzida, debito 
reduzido 
Fibras de Purkinje: frequência muito baixa, debito 
baixíssimo 
 
Durante um ciclo cardíaco, todas as quatro câmaras 
do coração passam por um período de contração, 
chamado sístole, e um período de relaxamento, 
chamado diástole. Como resultado da contração e 
relaxamento cíclicos dos ventrículos, a pressão 
arterial nos circuitos pulmonares e sistêmicos sobe e 
desce. 
A função da fisiologia cardiovascular é garantir o 
aporte de sangue (nutrientes e O2) aos tecidos e 
remoção de produtos do metabolismo celular através 
do pulso arterial e manter fluxo sanguíneo 
unidirecional e constante desde artérias, veias até 
capilares, visando estabilidade hemodinâmica 
Fisiológico X Patológico 
Funcionamento valvar: impedem refluxo de sangue 
para os átrios, fecham e abrem de forma passiva, 
seguindo gradiente de pressão 
Sístole e Diástole 
 
Conceitos 
Inotropismo: contratilidade cardíaca, força de 
contração ventricular 
Cronotropismo: velocidade de contração ventricular 
Dromotropismo: capacidade de condução elétrica 
Lusitropismo: capacidade de relaxamento do 
miocárdio após acoplamento excitação contração 
Conceitos (parte 2) 
Vasodilatação: alargamento da circunferência e do 
raio de um vaso, em resultado do relaxamento de sua 
camada muscular lisa. Aumento do lúmen do vaso – 
aumento do diâmetro – aumenta o volume sanguíneo 
que flui -> diminuindo a pressão arterial 
Vasoconstrição: estreitamento do diâmetro e raio de 
um vaso, em resultado da contração de sua camada 
de músculo liso. Diminuição do lúmen o vaso – 
diminuição do diâmetro – diminui o volume 
sanguíneo que flui –> aumentando a pressão da 
circulação 
Quantidade de sangue bombeado pelo coração por 
minuto 
Origem dos batimentos cardíacos 
 
Debito cardíaco 
 
DC (debito cardíaco) = VS (volume sistólico) X FQ 
(frequência cardíaca) 
Pré-carga = estado inicial das fibras cardíacas – 
momento diastólicos (retorno venoso, enchimento 
ventricular e volume diastólico final) 
Pós-carga = eventos opostos e simultâneos – sistole 
ventricular (pressão da aorta, volume sistólico final e 
obstáculo valvar da aorta e da pulmonar) 
A mecânica cardíaca refere-se à forma como o 
músculo cardíaco bombeia o sangue e aos fatores que 
afetam a função de bombeamento do coração. O 
volume sistólico (o volume de sangue bombeado para 
fora durante cada contração) é afetado por três 
fatores principais: pré-carga, pós-carga e inotropia 
(também conhecida como contractilidade). A pré-
carga é o quanto o ventrículo foi alongado até ao 
final da diástole (e, portanto, a quantidade de 
sangue que preencheu os ventrículos). A pós-carga é a 
pressão na aorta que a contração ventricular deve 
superar para abrir a válvula aórtica e ejetar o sangue 
na aorta. A inotropia é a força da própria contração 
muscular (independente da pré-carga), que está 
principalmente relacionada com a quantidade de 
Ca2+ intracelular presente. 
Pressão Arterial 
 
O que diminui a pré-carga 
Hipovolemia: níveis baixos de plaquetas – quando 
acontece um sangramento excessivo pode resultar no 
choque hipovolumenico (órgãos não recebem o sangue 
e oxigênio necessário. Alem disso, podem reduzir a pré 
carga também: desidratação, perda de sangue, 
pancreatite e queimaduras, vasodilatação e 
hipotensão 
➔ Diuréticos e inibidores da ECA também 
causam o retorno venoso -> redução da pré 
carga 
O causa o aumento da pré-carga 
Prova de carga, fluidoterapia, transfusão de sangue 
e gestação – além de cardiopatias e mecanismos 
compensatórios 
A ejeção cardíaca está relacionada com fármacos 
inotrópicos negativos e positivos – além da função 
sistólica comprometida e do mecanismo de Frank 
Starling 
Interferem na contratilidade 
Função diastólica comprometida: cardiomiopatia 
hipertrófica, taquicardia excessiva, tamponamento 
cardíaco, fibrose ou massa no miocárdio 
O que causa a diminuição da pós-carga 
Redução da RVS e a vasodilatação 
Força oponente à ejeção ventricular 
➔ fármacos vasodilatadores -> pimobendam, 
dobutamina, nitroprussiato, anlodipino, etc. 
Contratilidade 
➔ Anestésicos gerais, fenotiazínicos, histamina, 
antagonistas alfa 1 adrenérgicos 
O que causa o aumento da pós-carga 
Aumento da RSV, vasoconstrição e obstrução de fluxo 
Força oponente à ejeção ventricular 
➔ Hipertensão arterial sistêmica, hipertensão 
arterial pulmonar 
➔ Mecanismos compensatórios de cardiopatias 
e hipotermias 
➔ Fármacos agonistas alfa 1 e alfa 2 
adrenérgicos 
Depende da origem dos batimento, do SNA e se altera 
por mecanismos compensatórios 
 
O que causa a redução da frequência cardíaca 
Estimulo vagal, manipulação de vísceras, PA elevada, 
alterações metabólicas, alterações cardíacas de 
condução, síndrome do nó sinusal enfermo 
Fármacos anestésicos gerais em excesso, opioides e 
agonistas alfa 2 adrenérgicos 
O que causa o aumento da frequência cardíaca 
➔ Nível leve de anestesia (nocicepção) 
➔ Alterações metabólicas: hipovolemia, 
hipoxemia, hipercapnia, hipertermia, dor 
pós-operatório 
➔ Cardiopatias feocromocitoma, 
hipertireoidismo, taquicardia 
supraventricular e ventricular 
➔ Fármacos: cetamina, parassimpaticolíticos e 
simpatomiméticos 
Mecanismos compensatórios da função cardíaca 
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) -> 
mecanismos ativos de modo crônico 
 
 
Remodelamento cardíaco 
Musculatura lesionada: afinamento do miocárdio, 
dilatação das câmaras 
➔ Hipertrofia concêntrica: sobrecarga de 
pressão 
➔ Hipertrofia excêntrica: sobrecarga de volume 
Farmacologia do aparelho cardiovascular 
➔ Reduzir a pré-carga: diuréticos, iECA 
➔ Melhorar a contratilidade: fármacos 
inotrópicos positivos 
➔ reduzir a pós-carga: fármacos 
vasodilatadores 
Objetivo: melhorar o débito cardíaco e reduzir o 
impacto dos mecanismos compensatórios 
Fármacos cardiotônicos 
➔ Digitálicos que aumentam a força de 
contração 
➔ Catecolaminas que além de melhorar a 
contratilidade, também dilatam artérias 
Indicações: tratamento da IC por insuficiência 
miocárdica sistólica 
Contraindicações: cardiomiopatia hipertrófica, 
estenose subaórtica, insuficiência ou estenose valvular 
e arritmias 
Digitálicos ou glicosídeos cardíacos: 
Grupos de fármacos mais antigos, de origem natural 
– alcaloides (princípios ativos em folhas de plantas) 
Digitalis purpurea, D. lanata – digitoxina, digoxina. 
Exemplos: 
Inotrópicos positivos 
 
Inotrópicos: Digitálicos 
 
Digoxina – polar, sem biotransformação hepática; 
Digoxina®, Lanoxin® e Lanitop®. 
Digitoxina – apolar, com biotransformação hepática 
e eliminação renal; Digitaline®. Via oral. 
Efeito terapêutico: inotrópico positivo – aumentam a 
força de contração e não alteram a frequência 
cardíaca, indicados em ICC e fibrilação auricular. 
Digitálicos como antiarrítmicos 
Digoxina:Dose cães: 0,005 a 0,008mg/Kg BID. 
Cães >20Kg não ultrapassar a dose de 0,22mg/m2 
BID. 
Dose gatos: 0,007 a 0,015mg/Kg SID. 
Outra dose possível: 0,03mg/gato, sendo: 
Gato <3Kg a cada 48 horas; gato > 6Kg a cada 24 
horas; 
3Kg > gato < 6Kg a cada 24 a 48h. 
Mecanismo de ação 
Inibição da enzima Na+– K+ ATPase (responsável pela 
saída de Na+ que são trocados por íons K+). Com a 
inibição da enzima, aumenta Na+ intracelular que em 
excesso, é trocado por Ca2+. O Ca2+ intracelular é 
então oferecido em maior concentração às proteínas 
contráteis (miofibrilas). 
 
Efeitos adversos: alterações cardíacas como: 
• arritmias (extrassístoles, taquicardias e fibrilação 
ventricular); 
bloqueios de condução (bradicardia e parada 
cardíaca). Alterações no TGI, neurológicas e 
endócrinas. Intoxicação por digitálicos (25% dos cães) 
Escolher a dose cuidadosamente, levando em 
consideração fatores como obesidade, idade, função 
renal, distúrbios eletrolíticos e uso concomitante de 
outro medicamento. Iniciar o tratamento com a 
menor dose e monitorar o paciente com o ECG e 
avaliação dos níveis séricos do digitálico. 
Orientar o proprietário do paciente sobre sintomas 
clínicos de intoxicação, como depressão do SNC, 
letargia, inapetência, anorexia, vômitos ou diarreia. 
Aminas simpaticomiméticas são fármacos 
cardiotônicos que aumentam os níveis de AMPc – 
toda catecolamina é um fármaco agonista 
adrenérgico. 
Exemplos: Dobutamina, Dopamina, Norepinefrina 
(Noradrenalina) e Isoprenalina (Isoproterenol). 
Mecanismo de ação: 
Após ligação com receptores β1-adrenérgicos, 
estimulam a proteína G que ativa a adenilciclase a 
transformar ATP em AMPc, melhorarando a 
contratilidade do miocárdio, através do acúmulo de 
cálcio intracelular (efeito inotrópico positivo). 
Indicações: 
Dobutamina e dopamina são utilizados para 
tratamento emergencial das ICCs descompensadas, 
refratárias ao tratamento clássico. Ambas têm efeito 
positivo sobre o inotropismo e a condução cardíaca, 
porém a dobutamina é menos arritmogênica que a 
dopamina. 
Efeitos adversos: 
Alteração da frequência cardíaca (taquicardia e 
arritmias) e da pressão arterial 
Doses: Dobutamina Cão: 5 a 15 µg/Kg/min 
Gato: 2,5 a 10 µg/Kg/min (Dobutrex®) e Dopamina 2 
a 8 µg/Kg/min (Revivan®) IV em infusão contínua. 
Dobutamina 
Efeitos terapêuticos: aumenta contratilidade e DC, 
diminui edema e normaliza PA. 
Inotrópicos: catecolaminas 
 
Farmacocinética: rápida ação e metabolização, 
Início em 2 minutos – Pico de ação: em 10 minutos, 
Meia vida: 2 minutos, sempre em infusão contínua. 
Menos arritmogênica que a dopamina. 
Dopamina 
Ação em vários receptores, dose dependentes. 
Dose baixas efeitos em receptores dopaminérgicos D1 
e D2, vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo. 
Entre 5 e 10 µg/kg/min, tem efeito inotrópico positivo 
(receptores β1 adrenérgicos do miocárdio). Doses 
altas ação em alfa adrenérgicos, resultando em 
aumento da RVP, taquicardia e arritmia. 
Efeitos inotrópico positivo e vasodilatador sistêmico 
arterial e venoso. Beneficiam o paciente corrigindo o 
inotropismo e a vasoconstrição, os dois fatores 
preponderantes na instalação da IC e 
desencadeamento da descompensação da ICC. 
Exemplos: Pimobendam, Milrinona e Anrirona. 
IC: paciente com disfunção cardíaca e incapacidade 
de manter adequado DC. 
ICC: paciente com IC já congesto e em falência 
(insuficiência cardíaca congestiva). 
Inodilatadores: Pimobendam 
Indicações: 
Manejo clínico de cães portadores de IC e ICC 
oriundas tanto da doença crônica valvar mitral, 
como da cardiomiopatia dilatada. 
Mecanismo de ação: 
Efeito vasodilatador: bloqueia a enzima 
fosfodiesterase 3 e 5, promovendo aumento da 
concentração intracelular do AMP cíclico. Ação em 
veias e artérias (misto). 
Efeito inotrópico: por ser um sensibilizador de Ca, 
aumenta a interação da troponina C às proteínas 
contráteis dos miócitos. Sem consumo de O2. 
Pimobendam: Vetmedin®, Fortekor DUO® (associação 
com benazepril). 
Dose cães: 0,25 a 0,3mg/Kg BID a TID/ 
Dose gatos: 1,25mg/gato BID. Via oral, em jejum 
mínimo de 1 hora antes e após (pH estômago). *Não 
utilizar em suspensão dificilmente solúvel*. 
Concentração plasmática máxima: após 1h da adm. 
Metabolismo hepático e excreção biliar. 
Efeitos colaterais: 
Arritmogênico (arritmias ventriculares), incomuns 
vômitos, anorexia ou diarreia. 
Interações farmacológicas: *Não utilizar junto com 
antiarrítmicos de Classe II e IV. 
Contratilidade miocárdica e vasodilatação 
arteriolar, sendo a Milrinona 30 a 40 vezes mais 
potente que a Anrinona. 
Indicações: 
Manejo clínico de cães portadores de IC e ICC 
oriundas tanto da doença crônica valvar mitral, 
como da cardiomiopatia dilatada. 
Mecanismo de ação: 
Inibem a fosfodiesterase 3, aumentando a 
concentração intracelular de AMPc, não sensibilizam 
os recetores beta adrenérgicos. 
Anrinona (inodilatadores compostos bipiridinicos) 
Indicações: Suporte inotrópico de curto prazo. 
Farmacocinética: Adm via IV na forma de solução, 
dose de 10 a 100 μg/kg/min; Maior margem de 
segurança que a milrinona. Efeitos adversos: 
Arritmias, hipotensão, diarreia e hepatotoxicidade. 
Interações medicamentosas: Incompatível com 
furosemida e dextrose 
Milrinona 
Indicações: IC aguda, preferível à Dobutamina. 
Farmacocinética: Adm via IV na dose de 1 a 10 
μg/kg/min. Uso em formulação oral em cães com 
cardiomiopatia dilatada, na dose de 0,5 a 1 mg/kg a 
cada 12 h, por 4 semanas, vem sendo acompanhado 
em alguns trabalhos. 
Efeitos adversos: arritmias. 
Inodilatadores 
Inodilatadores compostos 
bipiridinicos 
 
Interações medicamentosas: Incompatível com 
furosemida 
Fármacos utilizados no controle de efeitos deletérios 
da vasoconstrição, promovendo a dilatação dos vasos 
sanguíneos (veias ou artérias), facilitando o ato de 
expulsão do sangue. 
Objetivos 
Melhorar a pré e póscarga, prevenindo o 
comprometimento progressivo do músculo cardíaco, 
bem como de sua função. Por facilitar a ejeção do VS, 
reduzem congestão cardíaca, reduzindo edema 
pulmonar, no entanto, exige constante monitoração 
Indicações: pacientes com ICC e edema pulmonar 
agudo, pacientes com hipertensão arterial sistêmica 
e lesões em órgãos alvos (ocular e/ou SNC). 
Nitratos: Nitroglicerina, Nitroprussiato de sódio 
Vasodilatores puros: Hidralazina, Anlodipina, 
Prazosina, Sildenafil 
Inibidores da enzima conversora da angiotensina 
(IECA): Benazepril, Enalapril, Lisinopril, Captopril 
Mecanismo de ação: 
Agem diretamente na parede do vaso, dilatando 
tanto artérias quanto veias, independentemente do 
grau de contração destes, por fornecer óxido nítrico 
(NO) para os vasos. 
Neste caso, a pressão do paciente cai, o pulso arterial 
é fraco, determinando um fluxo sanguíneo menor e, 
por consequência, o coração tende a aumentar sua 
frequência, na tentativa de manter o débito 
cardíaco constante. 
Indicações: Uso em emergência e internamento. 
Nitroprussiato de sódio: Potente vasodilatador 
arteriolar e venoso. Utilizar com cautela e constante 
monitoração, apenas na emergência. 
Dose: 0,5 a 3,50µg/Kg/min, via IV. 
Sempre iniciar na dose menor e titular. Redução da 
HAS deve ser lenta: 25% nas primeiras 4h 
readaptação da vasculatura cerebral. Efeitos 
adversos: intoxicação. 
Nitroglicerina: Venodilatador de ação direta. Uso em 
crise hipertensiva e edema pulmonar por IC aguda. 
Via tópica por creme e adesivos, na dose 0,1 mg/h para 
cães de pequeno porte e gatos; 0,2 mg/h (para cães de 
maior porte. Metabolização hepática. 
Efeitos adversos: hipotensão e eritema. 
Captopril, enalapril, benazepril, lisinopril e ramipril 
Mecanismo de ação: 
Agem no SRAA, inibindo a enzima responsável pela 
conversão da angiotensina I em angiotensina II. 
Causam redução de pós carga e discreta diurese. 
Também evitam a degradação da bradicinina e 
reduzem a atividade da vasopressina e da endotelina. 
Medicação de primeira escolha em cães; 
Vasodilatador menos potente (venodilatador),com 
menor risco de hipotensão. 
1. Benazepril e Enalapril: pró fármacos. 
2. Lisinopril e Captopril: fármacos ativos 
Via oral, metabolização hepática, excreção renal e 
biliar. 
Maleato de enalapril: 0,5mg/Kg BID, atravessa a 
placenta, excreção via renal. 
Cloridrato de benazepril: 0,5mg/Kg SID a BID, efeito 
máximo após 2h da adm, meia vida de 24h, excreção 
40% via hepática e 60% via renal. 
Efeitos adversos: 
Vômito/diarreia, hipotensão e deterioração da 
função renal (hipercalemia). Cuidado com associação 
com poupadores de K. Iniciar com doses baixas edosar 
de creatinina uma semana após inicio do 
tratamento. 
Vasodilatadores 
Vasodilatadores (Nitratos) 
 
Vasodilatadores inibidores da ECA 
(iECAs) 
 
Inibidores da ECA (iECAs) 
 
Mecanismo de ação: 
Atuam sobre o sistema renina angiotensina 
aldosterona (SRAA), bloqueando a ação da 
angiotensina II (sua ligação aos vasos). Há 2 tipos de 
receptores de angiotensina: AT1 e AT2. 
Os receptores AT1 se localizam nos vasos sanguíneos, 
miocárdio, cérebro, rim, e zona glomerulosa das 
adrenais (onde há secreção de aldosterona). 
Os receptores AT2 se localizam na medula adrenal, no 
rim e no SNC. 
Os BRA II agem bloqueando os receptores AT1. 
Podem ser uma opção aos iECAs 
1. Telmisartana: 1,0mg/Kg SID. Adm via oral. 
2. Losartana: poucos estudos. 
iECAs e BRAs: 
Ambos agem inibindo o SRAA. Causam dilatação de 
via eferente (renal) e assim, reduzem a pressão 
intraglomerular, com efeito antiproteinúrico. Boa 
opção na DRC. 
Mecanismo de ação: 
São antagonistas de cálcio, inibem a entrada desse 
íon nas células vasculares, reduzindo a pós-carga, 
ação diretamente arteriolar, como as dihidropirinas, 
principalmente a amlodipina (também considerado 
vasodilatador puro), medicação de primeira escolha 
em gatos. 
Metabolização hepática; excreção renal e intestinal. 
Indicações: Hipertensão sistêmica. 
Efeitos adversos: 
Maior possibilidade de causar hipotensão e lesão 
renal em comparação ao iECA. Avaliação de função 
renal após 7 dias de uso. 
Besilato de anlodipino é o mais utilizado na rotina 
clínica veterinária. Dose cães: 0,1 a 0,25mg/Kg SID. 
Dose gatos: 0,625mg/gato a 1,25mg/gato SID. 
Trabalhos recentes mostram segurança na dose 
0,5mg/Kg SID. Em gatos a determinação da dose 
inicial se dá pelo valor da PAS mensurada: 
<200mmHg dose 0,625mg /gato SID. >200mmHg dose 
1,25mg/gato SID. 
Indicação de associação de inibidor do SRAA e 
bloqueador de canal de cálcio em cães com PAS > 
200mmHg. Atenção à associação de ambos os grupos 
de medicação, alto risco de azotemia (lesão renal). 
Hidralazina 
Ação arteriolar direta na musculatura vascular lisa 
por aumento de prostaciclinas. Indicação em 
emergências hipertensivas e casos crônicos 
refratários. 
Efeitos adversos: hipotensão, risco de taquicardia e 
insuficiência renal. 
Refratários: 
Dose cão: 0,5 a 2,0mg/Kg BID. 
Dose gato: 2,5mg/gato SID a BID. Sempre iniciar em 
dose menor e titular. 
Emergência hipertensiva: 
Dose in bolus: 0,1mg/Kg durante 2 minutos. 
Dose manutenção: 1,5 a 5,0 µg/Kg/min (IC). Via de 
adm: IV. 
Prazosina 
É antagonista α1 adrenérgico reduz a pressão 
arterial e aumenta o débito cardíaco, sendo utilizado 
para reduzir a PA em humanos. É biotransformada 
pelo fígado e excretada em etapas. Efeitos adversos: 
hipotensão e efeitos gastrointestinais. 
Dose cães: 0,5 a 2,0 mg/Kg BID a TID. 
Dose gatos: 0,25 a 0,5 mg/gato SID. Adm via oral. 
Sildenafil (Viagra®) 
É inibidor da fosfodiesterase V, enzima encontrada 
em altas concentrações nos pulmões e tecido erétil 
peniano humano, sendo elevada nos pacientes com 
hipertensão pulmonar. Promove vasodilatação 
pulmonar sistêmica inibindo a ação da enzima, 
prolongando o efeito vasodilatador do óxido nítrico. 
Vasodilatadores bloqueadores dos 
receptores de angiotensina 2 (BRA 
2) 
 
Vasodilatores bloqueadores de 
canais de cálcio 
 
Vasodilatador puros 
 
Adm VO, auxiliando na terapia CVS em pacientes que 
apresentam tosse como sinal clínico, causada pela 
hipertensão pulmonar e diagnosticada ao 
ecocardiograma. 
Dose de 0,25 a 0,3 mg/kg VO. 
Fármacos capazes de controlar e/ou suprimir 
arritmias. Terapia antiarrítmica em Medicina 
Veterinária visa prevenir o comprometimento 
hemodinâmico e a morte súbita pela presença de 
arritmias graves. 
Impacto hemodinâmico 
 
Um batimento ventricular prematuro pode reduzir 
em 5% a circulação coronariana e em 8 a 12% no fluxo 
sanguíneo cerebral. 
Taquicardia ventricular provoca redução de 60% na 
circulação coronariana e de 75% no fluxo sanguíneo 
cerebral, 
esse fluxo também é reduzido na fibrilação atrial em 
23%. 
São divididos em 4 grupos seguindo a classificação de 
Vaughan Willians. Classificação de acordo com o 
local do potencial de ação em que cada grupo de 
medicação age. 
O que é potencial de ação? 
Alteração de voltagem (potencial de membrana) e 
movimentação de íons através dos canais iônicos 
Mecanismo de ação: 
Bloqueiam canais rápidos de sódio (Na+), reduzindo a 
velocidade de despolarização, estabilizando a 
membrana. Redução da excitabilidade das células 
marca passo. 
Indicação: tratamento de taquiarritmias 
ventriculares, alguns atuam também nas 
taquiarritmias supraventriculares. 
Contraindicação: Pacientes com alteração cardíaca 
estrutural, inotropismo negativo e arritmogênese. 
Procainamida (Procamide®): efetiva na maioria das 
arritmias, medicamento de escolha em terapias 
longas e em algumas emergências. Metabolização 
hepática e excreção renal. 
➔ Efeitos colaterais: anorexia e hipotensão. 
Baixo custo, VO e IV. Interação com captopril. 
Quinidina (Quinicardine®): Estágios iniciais de 
fibrilação atrial ou em casos de arritmias 
ventriculares refratárias à lido ou procainamida. 
➔ Efeitos colaterais: anorexia, depressão, 
hipotensão, cólica, laminite, morte súbita; 
pouco utilizada na rotina. Base lipofílica, 
absorção rápida (placenta), metabolização 
hepática e excreção renal. Contra-indicada 
para gatos. 
Procainamida: Adm IV 
➔ Dose in bolus em cães: 2,0 a 4,0 mg/Kg. Dose 
em IC cães: 25 a 50 µg/Kg/min. 
➔ Dose in bolus em gatos: 1,0 a 2,0 mg/Kg. Dose 
em IC gatos: 10 a 20 µg/Kg/min. 
 
 
Antiarrítmicos 
Antiarrítmicos classe 1 
 
Antiarrítmicos – Classe 1A 
 
Lidocaína, mexiletina e fenitoína. 
Mecanismo de ação: 
Bloqueiam os canais rápidos de sódio (fase 0), 
deprimem a velocidade de condução em células 
cardíacas lesadas e reduzem o potencial de ação por 
acelerar a repolarização. 
Indicação: Taquicardias ventriculares 
Mexiletina: não tem dose de segurança bem 
estabelecida. 
➔ Efeitos colaterais: êmese , tremores, anorexia, 
desorientação, trombocitopenia. Fenitoína: 
Não utilizada na rotina, tóxica para gatos. 
Lidocaína Uso com cautela em gatos, alguns 
trabalhos citam alterações neurológicas. 
➔ Efeitos colaterais: excitação, agitação, 
desorientação, êmese, tremores musculares, 
convulsão e óbito (gatos). 
Via IV 
➔ Dose cães in bolus: 2,0 a 4,0 mg/kg Dose cães 
IC: 25 a 75 µg/Kg/min 
➔ Dose gatos in bolus: 0,1 a 0,4mg/kg Dose gatos 
IC: 10 a 40 µg/Kg/min 
Lorcainida e flecainida 
Mínimo efeito na despolarização e acentuada 
depressão na condução. Sem trabalhos com dose de 
segurança, portanto, não utilizadas na rotina 
veterinária: risco de MORTE SÚBITA. 
Mecanismo de ação: 
Atividade anti-adrenérgica: bloqueio Beta 
adrenérgico, efeitos simpatolíticos, diminuindo a 
velocidade de condução. Resultam em menor 
contratilidade, menos consumo de O2 e redução da 
FC. 
Indicação: Taquiarritmias supraventriculares e 
ventriculares, podem apresentar efeito positivo em 
associação com outros fármacos, quando há estímulo 
simpático relacionado. 
Contraindicação: Edema pulmonar. 
Receptores ß1 adrenérgicos: coração. Efeitos 
cronotrópico, inotrópico e lusitrópico positivos. 
Modulam o potencial de membrana e de 
automaticidade. 
Receptores ß2 adrenérgicos: presentes nos músculos 
lisos (brônquios). Receptores ß3 adrenérgicos: relação 
commetabolismo. 
1° geração: 
Propanolol, timolol e pindolol 
➔ Não são seletivos 
➔ Bloqueiam receptores ß1 e ß2. 
➔ Muitos efeitos colaterais por bloquear 
receptor ß2. 
2° geração: 
Atenolol, metoprolol e bisoprolol 
➔ Bloqueio seletivo de receptores ß1. 
➔ Efeitos dose dependente 
➔ Menos efeitos colaterais. 
3° geração: 
Carvedilol e labetolol 
➔ Bloqueiam receptores α e ß. 
➔ A redução de pós carga (vasodilatação) 
compensa o efeito inotrópico negativo, com 
poucos efeitos colaterais cardiovasculares 
Atenolol: eliminação renal (hidrossolúvel). Em gatos 
usado nas cardiomiopatias hipertróficas, em animais 
muito sensíveis pode causar broncoespasmo. Adm VO. 
➔ Dose cão: 0,25 a 1,0mg/Kg SID a BID. Dose 
gato: 6,25 a 12,5mg/gato SID a BID. 
Propanolol: Lipofílico (SNC), metabolização hepática 
e adm VO. Uso com cautela em pacientes com 
alteração respiratória (broncoconstrição). 
Antiarrítmicos – Classe 1B 
 
Antiarrítmicos – Classe 1C 
 
Antiarrítmicos – Classe 2 
 
Onde estão os receptores Beta 
adrenérgicos? 
 
Antiarrítmicos – Classe 2 
 
Classe 2 
 
➔ Dose cão: 0,2 a 1,0mg/Kg TID. Dose gato: 2,5 a 
5,0mg/gato TID. 
➔ Efeitos colaterais: depressão, hipotensão, 
bradicardia e broncoespasmo. 
Esmolol: seletivo Beta 1, uso IV, curta ação (t ½ curta), 
intervenções de emergência. 
Mecanismo de ação: 
Bloqueadores de canais de potássio, prolongam a 
condução, repolarização e o período refratário. 
Podem causar alargamento do intervalo QT. 
Indicação: Taquiarritmias supraventriculares e 
fibrilação atrial. 
Contraindicação: além dos efeitos hepatotóxicos, os 
pacientes podem apresentar efeitos colaterais 
gastroentéricos, disfunção tireoidiana, bradicardias, 
BAV e hipotensão, fibrose pulmonar. 
➔ Monitorar: função hepática, hormônios 
tireoidianos e ECG. 
Amiodarona: Cordarone ® 
Agente antiarrítmico mais comum na MV. Bloqueio de 
canais de K e um pouco de Na; “antiarrítmico 
completo”. Acúmulo em tecido adiposo, uso VO ou IV, 
T ½ longa, 
Maior risco de hepatotoxicidade. Uso em casos 
refratários. Não há dose estabelecida para gatos. 
➔ Utilizar dose de ataque com redução após 7 
dias. 
➔ Dose de ataque: 10 a 15 mg/Kg BID/ Redução 
de 50% da dose em 7 dias. Dose de 
manutenção: 5 a 7,5 mg/Kg SID. Via de adm: 
VO 
➔ Em casos de TV pode ser utilizada in bolus 
lento via IV. 
➔ Risco de reação anafilática nessa via de 
administração. 
Mecanismo de ação: 
Antagonistas do Ca ou bloqueadores dos canais de 
Ca, prolongam a condução nos nós sinusal e AV, 
diminuem a frequência do automatismo e da 
velocidade de condução do impulso elétrico, 
prolongando o período refratário. 
Indicação: Taquiarritmias supraventriculares e para 
pacientes hepatopatas. 
➔ Efeitos colaterais: Hipotensão, depressão 
miocárdica, bradicardia, BAV, anorexia. 
Verapamil: Somente via IV. 
As aplicações são realizadas a cada 10 a 30 minutos 
na dose 0,05 mg/Kg até a dose máxima acumulada 
de 0,15 mg/Kg. Risco de morte súbita. Portanto, 
raramente utilizado. 
➔ NUNCA utilizar em gatos. 
➔ Efeitos colaterais: redução da contratilidade, 
vasodilatação periférica. 
Diltiazem: 
Uso na terapia crônica em associação a outro 
antiarrítmico (ex. digoxina) ou na emergência. 
➔ Dose cão VO: 0,5 a 2,0 mg/Kg TID. Dose gato 
VO: 1,0 a 2,5 mg/Kg TID. 
➔ Dose IV cão e gato: 0,15 a 0,25 mg/Kg. Dose IC 
cães: 2,0 a 6,0 µg/Kg/min. Dose IC gatos: 1,0 a 
8,0 µg/Kg/min. 
➔ Indicado em gatos com cardiomiopatia 
hipertrófica 
➔ Em altas doses: bradicardia e morte. 
Ferro: deficiência de ferro provoca anemia ferropriva 
(microcítica hipocrômica), ou seja, ocorre formação 
de hemácias pequenas e com hemoglobina 
insuficiente. É a causa mais comum de anemia 
crônica, resultando em adaptações cardiovasculares. 
Deficiência de ferro: AINES e carências nutricionais. 
Sais ferrosos (sulfato ferroso): Adm VO, os sais 
ferrosos (como o sulfato ferroso). Vitamina C ou 
ácido ascórbico aumentam a absorção do ferro. 
Antiácidos e tetraciclina reduzem a sua absorção. 
Vitamina B12: 
deficiência de cianocobalamina ou cobalamina pode 
ocasionar transtornos hematológicos, neurológicos e 
Antiarrítmicos – Classe 3 
 
Antiarrítmico – Classe 4 
 
Agentes hematopoiéticos e 
antianêmicos 
 
Hematopoiéticos e antianêmicos 
 
cardiovasculares. Dieta deficiente em cobalto em 
ruminantes, predisposição racial de alguns cães, 
doença inflamatória intestinal. 
Sais ferrosos (sulfato ferroso): Adm VO ou IM 
(combinação com outras vitaminas e minerais), 
considerar suplementação de ácido fólico. 
Transfusão de sangue ou reposição de hemácias: 
tratamento de emergência após perda aguda de 
grandes volumes de sangue ou no choque hemorrágico 
grave. 
Tratamento de suporte terapêutica geral 
sintomática e adequação da dieta à situação clínica 
presente, que pode estar associada, inclusive, a 
distúrbios da hemostasia. Eliminação da etiologia 
primária da anemia. 
Hemostáticos tópicos (ou locais) e sistêmicos (ou 
gerais), que incluem medicamentos e/ou 
procedimentos úteis para o estancamento da 
hemorragia. 
Hemostáticos sistêmicos: Sangue e seus derivados 
(usados em emergências hemorrágicas graves) e a 
vitamina K (intoxicações e deficiência). 
Hemostáticos tópicos: Tromboplastina, trombina, 
fibrinogênio (em pó para ser solubilizado em salina), 
espuma de fibrina, esponjas de gelatina e celulose. 
Fármacos que rompem a cascata de coagulação, 
impedindo a formação do coágulo. Não afetam as 
plaquetas, nem os coágulos já estabelecidos. 
Fármacos que agem sobre as plaquetas, diminuem sua 
agregação e retardam o início da cascata de 
coagulação, também chamados de antitrombóticos. 
Farmacologia dos antimicrobianos 
Compreender a importância de: Uso Racional de 
Antimicrobianos, Resistência aos Antimicrobianos 
(RAM) 
Os Antimicrobianos são substancias químicos que 
combatem microrganismos 
➔ Inespecíficos: antissépticos, desinfetantes 
➔ Específicos: quimioterápicos, antibióticos 
Antibióticos: substância “química" produzida por 
microrganismos que destrói ou inibe o crescimento de 
outros microrganismos. 
Antimicrobianos: agente sintético, que destrói ou 
impede o crescimento de microrganismos. 
Quimioterápicos: substâncias químicas sintéticas 
para destruir agentes infecciosos, seletivamente 
tóxicos para microorganismos invasores ou células 
cancerosas, porém, inócuas para o hospedeiro. 
Antibióticos: substâncias químicas produzidas por 
microrganismos ou seus equivalentes sintéticos, com 
capacidade de, em pequenas doses, inibir o 
crescimento ou destruir microrganismos causadores 
de doenças 
3 Classes: 
Sintéticos: obtidos por meio de cultura microbiana, 
mas com adição de substâncias químicas, que alteram 
a estrutura molecular primária. Ex.: penicilina. 
Semissintéticos: produzidos em laboratórios, com 
adição de radicais químicos ao núcleo ativo de um 
antibiótico isolado de um meio de cultura. Ex: 
penicilinas sintéticas (amoxilina, ampicilina, 
oxacilina). 
Sintobióticos: obtidos unicamente por laboratório, 
através da extração de propriedades farmacêuticas 
de precursores, produzidos por microrganismos. Ex.: 
cloranfenicol. 
Atuação dos antibióticos 
➔ Antibacterianos 
➔ Antivirais 
➔ Antifúngicos 
➔ Anti-helmínticos 
Antianêmicos 
Agentes hemostáticos 
 
Anticoagulantes 
Antiagregantes 
Antibiótico X Antimicrobiano 
 
Antimicrobianos inespecíficos: 
Limpeza e desinfecção das instalações zootécnicas 
(sanidade dos animais alojados); desinfecção de 
equipamentos e materiais na industria de alimentos 
e POA; em instalações e equipamentos cirúrgicos, 
hospitalares e ambulatoriais. 
 
Uso terapêutico: antimicrobiano adm ao animal ou 
rebanho que apresenta uma doença infecciosa, 
visando controlar a infecção existente. 
Uso profilático: Antimicrobiano como medida 
preventiva, para garantir proteção contra uma 
possível infecção. Ex.: profilaxia cirúrgica? período de 
secagem de vacas? 
Uso metafilático: Antimicrobiano adm em um 
rebanho com alguns animaiscom DIC, para prevenir 
a instalação da doença clínica no grupo. Adm em 
ração, comida ou água, por facilidade de manejo. 
Aditivo zootécnico: antimicrobiano como promotor 
do desempenho, visando diminuir a mortalidade, 
melhorar o crescimento e a conversão alimentar. Uso 
prolongado e em sub-doses na ração/água, 
favoreceria o desenvolvimento da resistência 
bacteriana e resíduos em POA. 
Bacteriolíticos: Matam as bactérias ativas impedindo 
a formação da parede celular, e ainda eliminam as 
células já mortas através de um processo natural 
denominado lise celular - ou rompimento da célula 
bacteriana. 
 
Antimicrobianos na Medicina 
Veterinária 
 
Bactericida X Bacteriotático 
 
[ ]- DEPENDENTES Maior atividade antibacteriana 
quando as concentrações estão bem acima da CIM 
do patógeno. Efeito pósantibiótico prolongado, com 
uma grande dose única diária. Ex.: aminoglicosídeos 
e as fluoroquinolonas. 
TEMPO-DEPENDENTES Maior atividade microbicida 
quando a concentração persiste acima da CIM por 
mais tempo durante o intervalo entre as doses. Ex.: 
penicilinas, cefalosporinas, doxiciclina, etc. 
 
Espectro de ação 
Espectro de atividade descreve o número de 
diferentes espécies de microrganismos que são 
sensíveis a esse fármaco. 
Os antibióticos de amplo espectro são ativos contra 
várias espécies de bactérias, enquanto os de curto 
espectro são ativos contra poucas espécies de 
bactérias. 
➔ Antibioticoterapia -> Atb amplo espectro 
➔ Antibiograma -> Atb espectro 
 
 
 
 
Mecanismo de ação 
 
Classes farmacológicas 
1. Beta-lactâmicos 
2. Aminoglicosídeos 
3. Tetraciclinas 
4. Macrolídeos 
5. Lincosaminas 
6. Anfenicóis 
7. Sulfonamidas 
8. Diaminopirimidinas 
9. Quinolonas 
10. Nitroimidazóis 
 
 
O antimicrobiano ideal 
1. Destruir o MO (bactericida) 
2. Espectro contra MO patogênicos 
3. Boa PK de fácil adm (vias e formas) 
4. Alto índice terapêutico 
5. Baixa toxicidade 
6. Não interferir na imunidade 
7. Não promover resistência 
Terapia antimicrobiana 
1. A bactéria provoca a infecção no hospedeiro 
2. O hospedeiro ativa a resposta imune 
3. O hospedeiro interage com os antibióticos, 
assim determinando a associação 
farmacocinética 
4. 9s antibióticos mostram seu efeito 
antimicrobiano 
5. Os patógenos reagem aos antibióticos pelo 
desenvolvimento de mecanismos de 
resistência 
6. Os antibióticos podem afetar a fisiologia 
normal do paciente como um resultado de 
toxicidade ou efeitos secundários 
 
 
 
 
 
Morfologia bacteriana 
 
Gram positiva ou Gram negativa 
1. Inibição da síntese da parede celular 
(penicilina, cefalosporinas, vancomicina) 
2. Síntese de proteínas defeituosas 
(aminoglicosídeos) 
3. Inibição da síntese proteica (cloranfenicol, 
eritromicina, tetraciclina, estreptomicina) 
Mecanismos de ação dos ATM 
 
4. Inibição da síntese de metabólitos essenciais 
(Sulfonamida, trimetropima) 
5. Inibição da replicação e transcrição do ác. 
Nucleico (quinolona) 
 
Ação na parede celular 
Inibição da síntese da parede celular (inibem enzima 
de transpeptidação), interferindo na camada de 
peptideoglicano, com ruptura da parede, resultando 
em lise osmótica e consequentemente, morte da 
bactéria. 
Inibidores de beta-lactamases 
1. Penicilinas 
2. Cefalosporinas 
3. Monobactâmicos 
4. Carbapenêmicos 
Beta-lactâmicos 
Penicilinas: penicilina, amoxicilina, ampicilina. 
Cefalosporinas: cefalexina, cefazolina, ceftriaxona, 
ceftiofur, cefovecina. 
Monobactâmicos, carbapenêmicos 
 
Beta-lactâmicos - Penicilina 
Naturais: Principalmente Gram-positivas; dose 
expressa em unidades internacionais (UI); é inativada 
pelo pH ácido do estômago, adm parenteral. 
Aminopenicilinas: Espectro ampliado incluindo as 
Enterobactérias; boa absorção e difusão nos tecidos; 
sensível a betalactamases. 
Carboxi e ureído 
Espectro mais ampliado Enterobactérias e ação anti-
Pseudomonas, sensíveis a betalactamases. 
➔ Carboxipenicilinas: carbenicilina e 
ticarcilina. 
➔ Ureidopenicilinas: azlocilina, mezlocilina e 
piperacilina. 
Beta-lactâmicos – Cefalosporinas 
As cefalosporinas originam-se do fungo 
Cephalosporium acremonium (atualmente 
Acremonium strictum). Adm VO, maioria IM ou IV; 
atravessa a BHE; efeitos adversos TGI e 
nefrotoxicidade. 
1° geração: 
➔ Ação contra Gram + e algumas negativas 
(espectro reduzido). 
➔ Adm VO: cefalexina. 
➔ Adm parenteral: cefalotina, cefazolina, 
cefaloridina. 
2° geração: 
➔ Atuam igual em G+ e melhor ação em G-, 
comparado a 1ª geração. 
➔ Adm VO: cefaclor, cefprozila. 
➔ Adm parenteral: cefuroxima, cefoxitina. 
3° geração: 
➔ Atuam melhor em G-,<ação em G+. 
Beta-lactâmicos 
 
➔ Adm VO: cefovexina, cefixima. 
➔ Adm parenteral: ceftriaxona, ceftiofur, 
ceftazidima. 
4° geração 
➔ Atuam igual em G-, com melhor ação em G+. 
São mais resistentes à betalactamases. 
➔ Ação anti-Pseudomonas. 
➔ Adm parenteral: cefquinona, cefepime, 
cefpiroma. 
5° geração 
➔ Principal uso contra Staphylococcus 
meticilina resistente (anti-MRS). 
➔ Ação em Gsemelhante à 4ª geração. 
➔ Adm parenteral: ceftarolina, ceftrobiprole. 
Associação com Beta-lactâmicos Penicilina e 
Cefalosporinas 
Recomendados: Aminoglicosídeos e Fluoroquinolonas 
Contraindicados: Tetraciclinas, Cloranfenicol, 
Macrolídeos e Lincosamidas 
Beta-lactâmicos – continuação 
Monobactâmicos 
Ação contra algumas Gram-negativas. Droga 
antiPseudomonas. Aztreonam, adm IM ou IV 
Carbapenêmicos 
Ação de amplo espectro e estáveis à maioria das beta-
lactamases. Uso RESTRITO e HOSPITALAR: 
Meropenem e Imipenem. 
Resistência aos Beta-lactâmicos 
A produção das enzimas betalactamases pelas 
bactérias é o mecanismo mais frequente de 
resistência aos antibióticos betalactâmicos. Essas 
enzimas hidrolisam o anel betalactâmico, inativando 
o antibiótico. 
➔ Penicilinases e Cefalosporinases produzidas 
por bactérias Gram + e Gram – 
Inibidores de lactamases 
Capacidade de inativar ou inibir a produção da 
enzima, usados em associação com um antibiótico 
betalactâmico, para aumentar o espectro de ação. 
O Ácido Clavulânico , Sulbactama e Tazobactama 
contêm o anel betalactâmico, sem atividade 
antimicrobiana. Ligam-se às betalactamases, 
impedindo que elas inativem o antibiótico. 
Podem ser associados as penicilinas de amplo 
espectro (ampicilina, amoxicilina), às penicilinas 
antipseudômonas (ticarcilina, piperacilina) e 
algumas cefalosporinas (cefpirona). 
Lipopeptideos e polipeptídios 
A membrana celular é vital para as bactérias, pois 
auxilia na permeabilidade de solutos, e transdução de 
sinais. Se houver rompimento da membrana, ocorre a 
morte bacteriana. 
Infelizmente, pela semelhança entre as membranas 
plasmáticas, esses medicamentos também são tóxicos 
às células humanas. Ex.: polimixina B, bacitracina e 
colistina (afetam a permeabilidade da membrana). 
Aminoglicosídeos,Tetraciclinas,Macrolídeos, 
Lincosamidas e Anfenicóis 
Algumas classes tem características bactericidas 
(aminoglicosídeos), alguns bacteriostáticos 
(tetraciclinas e macrolídeos) e outros com ambas as 
características. 
Síntese de proteínas defeituosas 
Aminoglicosideos 
Interferem na síntese proteica ligando-se à 
subunidade 30S do ribossomo, incorporando 
aminoácidos incorretos na cadeia polipeptídica que 
está sendo formada, originando proteínas 
defeituosas. 
Essas proteínas são essenciais para a bactéria, 
alteram o funcionamento da membrana celular e 
provocam a saída de sódio, potássio, aminoácidos, etc, 
resultando em morte bacteriana. 
➔ Gentamicina, amicacina estreptomicina 
neomicina, tobramicina. 
Ação na membrana celular 
 
Ação na síntese proteica 
 
 
Aminoglicosídeos 
Efeito pós-antibiótico: supressão do crescimento 
bacteriano mesmo após a remoção do 
antimicrobiano ( concentração dependente). 
Inativação por pus e melhor ação em pH alcalino. 
Nefrotoxicidade e ototoxicidade. 
Adm de altas doses e longos intervalos entre as doses 
(dose única diária).via IM ou SC, bradicardia e 
hipotensão via IV. 
1. Amicacina: Maior espectro de ação, é mais 
resistente à inativação enzimática 
bacteriana. 
2. Gentamicina: Adm a vacas por infusão 
intrauterina e intramamária foi bem 
absorvida, resultando em resíduos teciduais 
por tempo prolongado. 
3. Neomicina: é mais nefrotóxica, uso limitado a 
infecções entéricas (uma vez que não é 
absorvida) ou uso local (pomadas, colírios), 
inclusive adm intramamária 
Ação na síntese proteica 
 
 
 
 
 
Inibição da síntese proteica 
Estrutura química, formada por quatro anéis. 
Antibióticos bacteriostáticos que inibem a síntese 
proteica das bactérias, ligando-se aos ribossomos na 
subunidade 30S. 
➔ Tetraciclina, doxaciclina, minociclina 
 
Absorção reduzida na presença de antiácidos 
contendo alumínio, cálcio ou magnésio, por 
preparações contendo ferro e sais de bismuto. 
Podem causar irritação tecidual com manifestações 
gastrintestinais (náuseas, vômito, diarreia), quando 
adm por VO e dor no local da injeção vias SC e IM. 
Efeitos cardiovasculares (arritmias) por conta de se 
ligarem ao cálcio, além da deposição no tecido ósseo 
e dentes, evitar em animais jovens ou em fase de 
crescimento e fêmeas prenhes. 
Dano em túbulos renais pode ocorrer pela 
administração de tetraciclinas com prazo de 
validade vencido, quando se formam produtos de 
degradação tóxicos. 
Inibição da síntese proteica 
São antibióticos que possuem um anel lactônico 
macrocíclico, onde se ligam açúcares. Impedem a 
síntese proteica bacteriana ao se ligar à subunidade 
50S do ribossomo. Esse local de ligação dos 
macrolídios no ribossomo é próximo de onde se liga o 
cloranfenicol, podendo ocorrer antagonismo, caso 
sejam associados. 
Efeito antibacteriano ótimo em pH 8. 
Macrolídeos 
Tetraciclinas 
Em meio ácido, como em abscessos, tecido necrótico e 
urina, tem sua atividade antibacteriana suprimida. 
➔ Eritromicina, claritromicina, azitromicina, 
Espiramicina e tilosina 
Efeitos adversos: irritação tecidual e distúrbios 
gastrointestinais. 
 
Inibição da síntese proteica 
São monoglicosídios ligados a um aminoácido. 
Possuem espectro antimicrobiano e mecanismo de 
ação semelhante aos macrolídeos, inibindo a síntese 
proteica. 
Efeitos adversos: diarreia grave em equinos, coelhos 
(além de cobaias e hamsters) e outros herbívoros. 
➔ Lindomicina clindamicina. 
 
Inibição da síntese proteica 
Inibem a síntese proteica das bactérias sensíveis, 
ligando-se irreversivelmente à subunidade 50S do 
 
ribossomo bacteriano, impedindo o alongamento da 
cadeia polipeptídica. 
 
Em animais monogástricos o cloranfenicol é bem 
absorvido no sistema digestório; em ruminantes é 
destruído pela microbiota ruminal. O cloranfenicol é 
biotransformado no fígado, sendo eliminado 
conjugado com o ácido glicurônico, tendo meia vida 
diferente entre as espécies. Em equinos é de 1h, e de 5 
a 6h em gatos. 
➔ Cloranfenicol, florfenicol e tianfenicol 
Na União Europeia, EUA, Canadá, Brasil e em outros 
países, o uso de cloranfenicol é proibido em animais 
utilizados para consumo humano, por risco de 
anemia aplásica em seres humanos que consumam 
alimentos com resíduo deste antibiótico. 
 
Atividade anti-metabólica – interferem na síntese ou 
ação do folato 
Atuam na síntese dos derivados do ácido fólico. As 
sulfonamidas são análogos estruturais do ácido 
para-aminobenzoico (PABA), essencial para a síntese 
de ácido fólico e consequentemente, do DNA e RNA 
bacteriano. Boa viabilidade clínica por sua toxicidade 
seletiva, apenas para os microrganismos que não 
Lincosamidas 
Anfenicois 
Sulfonamidas e Trimetoprima 
 
conseguem utilizar o ácido fólico pré-formado da 
dieta. 
A trimetoprima, uma diaminopirimidina, é um 
análogo estrutural do ácido dihidrofólico que 
também atua por inibição enzimática. 
A associação da sulfa com trimetoprima produz 
efeito sinérgico, pois atuam em etapas diferentes na 
formação do ácido tetrahidrofólico, menor 
incidência de resistência e efeito bactericida. 
Associação de trimetoprima com sulfametoxazol 
(Bactrim®, Sulfaprim®, Trissulfim®); Associações de 
trimetoprima com a sulfadiazina (Tribrissen®, 
Sulfamax®, Norodine24®, Diaziprim®). 
Ação no DNA bacteriano 
As quinolonas são antimicrobianos bactericidas que 
atuam pela inibição das topoisomerases bacterianas 
do tipo II, também conhecidas como DNA girase, 
impedindo a replicação da bactéria, resultando em 
morte celular. 
DNA girase é a enzima que torna a molécula de DNA 
compacta e biologicamente ativa. 
Efeitos adversos: Felinos – retinopatia e cegueira 
(enrofloxacino). 
Danos na cartilagem articular de cães jovens e 
potros, podem causar efeitos teratogênicos (animais 
de laboratório). 
Contra-indicações: animais em fase de crescimento, 
fêmeas prenhes. 
Fluorquinolonas 
Enrofloxacino, norfloxacino, ciprofloxacino e 
marbofloxacino Pradofloxacino (Veraflox®), uso 
exclusivo na MV, 4° geração de fluorquinolonas. 
Ação no DNA bacteriano 
Composto nitroimidazólico heterocíclico, com 
estrutura química semelhante à dos nitrofuranos, 
inativa o DNA e impede a síntese enzimática. 
Indicação: Tratamento de infecções causadas por 
bactérias anaeróbicas, principalmente Clostridium, 
Fusobacterium, Peptococcus, Peptostreptococcus e 
Bacteroides. O metronidazol também exerce ação em 
protozoários, como Trichomonas, Giardia e 
Entamoeba hystolytica. 
Metronidazol e Ronidazol 
Flagyl®, Giardicid 500®, Stomorgyl® e Metronidazol 
– genéricos 
 
(Fluor) Quinolonas 
 
Nitroimidazolicos 
 
Substâncias com efeito antifúngico (fungicida ou 
fungistático): antibióticos macrolídios poliênicos, 
azóis (triazóis e imidazóis) e Griseofulvina. 
Macrolídios poliênicos 
Nistatina, anfotericina B e natamicina: 
Exercem atividade fungicida principalmente em 
fungos que estão na fase estacionária do 
crescimento, ligando-se ao ergosterol presente na 
membrana citoplasmática dos fungos, modificando 
sua permeabilidade, resultando em morte por perda 
de nutrientes e íons essenciais. 
Nistatina: Ação somente contra leveduras, indicado 
para micoses de pele e mucosas. Pode causar irritação 
local. 
Anfotericina B: Solúvel em pH extremos, 
termossensível e fotossensível, ação fungistática 
(fungicida dependente da [ ] no tecido alvo). 
Natamicina: Amplo espectro de ação, eficaz contra 
infecções por Fusarium e diferentes espécies de 
Candida, usada a 5% em suspensão oftálmica. 
Anfotericina B 
Candida spp., Aspergillus spp., Cryptococcus spp. e 
contra algumas espécies de Fusarium. 
Adm direta in situ; é um dos poucos medicamentos 
que apresenta estudos utilizando várias vias de adm: 
tópica, subconjuntival, intraestromal, intracameral e 
intravítrea. 
Natamicina 
Menos toxicidade e irritabilidade e maior 
estabilidade que a anfotericina B. Penetração em 
córnea íntegra é baixa e a desepitelização pode 
aumentar a sua eficiência. Mesmo sendo bem 
tolerada, o uso prolongado pode causar inflamação 
conjuntival e ceratite punctata. 
Os azóis (triazóis e imidazóis) são agentes 
fungistáticos sintéticos, com amplo espectro de ação. 
Mecanismo de ação 
Atuam ao nível do citocromo P450, por inibição da 
14αdesmetilase, responsável pela transformação do 
lanosterol em ergosterol, inibindo, assim a síntese da 
membrana celular, impedindo o crescimento do 
organismo. 
Triazóis: 
➔ Principalmente fluconazol, itraconazol. 
Imidazóis: 
➔ Cetoconazol, miconazol, clotrimazol, 
econazol e tiabendazol. 
Azois Imidazois 
Imidazóis possuem atividade antifúngica de amplo 
espectro e são ativos contra algumas bactérias, 
principalmente Gram positivas. Atividade 
antifúngica dos imidazóis por alteração da 
permeabilidade de membrana. 
Cetoconazol: 
1° antifúngico imidazol VO para infecções superficiais 
e sistêmicas. Biodisponibilidade variável em cães, 
influenciando a eficácia e toxicidade. 
Cateoconazol 
Absorção facilitada em pH ácido (não adm junto com 
antiácidos, cimetidina e ranitidina). Aumento de 
meia vidaplasmática em hepatopatas. 
Elevação de enzimas hepáticas, portanto é 
fundamental monitorar os efeitos hepatotóxicos do 
fármaco, por meio da dosagem sérica de 
transaminases hepáticas. 
Farmacologia dos antifúngicos 
 
Macrolídios poliênicos 
 
Azóis 
Efeitos adversos: Vômitos, náuseas, diarreia ou 
constipação intestinal, inapetência, prurido e 
alopecia. TERATOGENIA. 
Antifúngicos Azóis 
Fluconazol: menos tóxico que cetoconazol, boa 
penetração tecidual, uso VO e IV, eficaz contra 
candidíase, criptococose e coccidioidomicose 
Itraconazol: hidrofílico, lipossolúvel, uso sistêmico VO, 
maior espectro de ação que o cetoconazol e menos 
efeitos colaterais. 
Clotrimazol: amplo espectro, principalmente contra 
espécies de Aspergillus e candidíase cutânea. Uso 
tópico. 
Miconazol: Solúvel em água, adm por via 
subconjuntival e tópica (1%), no tratamento de 
ceratites causadas por Candida spp. e Aspergillus spp. 
Tiabendazol: em [ ] de 4 a 10% em forma de colírio 
ou pomada ou via VO, eficaz no tratamento de 
ceratites por Fusarium e principalmente por 
Aspergillus. 
Antibiótico antifúngico, não poliênico, isolado a 
partir de culturas de 
Penicillium griseofulvum, indicado no tratamento de 
dermatofitoses, adm VO. 
Mecanismo de ação: 
Após penetração na célula fúngica, causa a ruptura 
do fuso mitótico, por ligação a uma proteína 
associada aos microtúbulos, inibindo a mitose do 
fungo e, consequentemente, impedindo seu 
crescimento. Possui também atividade 
antiinflamatória. 
Insolúvel em água, adm junto com alimentos ricos em 
gordura para melhor absorção. 
Efeitos adversos: TERATOGENIA, vômito, diarreia e 
anorexia. Em felinos, possibilidade de anemia, 
leucopenia e anormalidades neurológicas. 
 
 
 
 
Terapia empírica criteriosa 
1. Prevalência por sistema Droga por MO 
2. Indicações de uso PK/PD 
3. Resistências (ambiente, paciente, etc) 
Teste de sensibilidade aos Antimicrobianos (TSA) 
Terapia baseada na cultura e antibiograma 
1. Infecções recorrentes ou recidivantes 
2. Infecções graves com risco de óbito 
3. Para uso de medicamentos restritos 
Quando a bactéria é resistente? 
Multi-droga (MAR): Bactéria é considerada 
multirresistente ≥20% das drogas testadas 
apresentarem resistência. 
Multi-classe (MDR): Bactéria é considerada 
resistente se ≥3 classes de antimicrobianos testados 
forem resistentes. 
 
Griseofulvina 
Resistência aos Antimicrobianos 
(RAM) 
 
Resistência 
É o fenômeno biológico que possibilita aos 
microrganismos a capacidade de multiplicação ou 
persistência na presença de níveis terapêuticos do 
antimicrobiano em questão. 
Resistência natural ou intrínseca X Resistência 
adquirida 
A resistência intrínseca é aquela que faz parte das 
características naturais, fenotípicas do 
microrganismo, faz parte da herança genética do 
microrganismo. 
A resistência adquirida ocorre quando há o 
aparecimento de resistência em uma espécie 
bacteriana anteriormente sensível à droga em 
questão. 
Biotecnologia da reprodução 
"Técnicas que melhoram e viabilizam a fertilidade 
animal ou potencializam sua eficiência reprodutiva." 
➔ Melhoramento Genético 
➔ Manejo reprodutivo 
➔ Sustentabilidade na pecuária TETF 
➔ Impactos financeiros mundiais 
Sincronização farmacológica do ciclo estral 
Sincronização do crescimento folicular e ovulação 
para transferência de embriões 
Padronização de idade dos recém nascidos; 
programação de manejos e uso das instalações; venda 
de produtos na mesma época do ano; a utilização de 
protocolos que sincronizam a ovulação e possibilitam 
o emprego de biotecnologias da reprodução em dia 
pre-determinado, sem a necessidade da detecção de 
cio; a viabilização da transferência de embriões. 
 
 
 
Em cães e gatos 
Indução ao aborto 
Indicações: comprometimento saúde materna, 
coberturas indesejáveis (fêmeas muito jovens/idosas) 
1. Fase: 0-20/22 dias; Pré-implantação 
2. Fase: 20/22 – 40/44 dias; período de 
hormônio dependência 
3. Fase: 40/44 – 65 dias; período de 
dependência total hormonal 
Indução ao aborto – tratamento cirúrgico ou 
tratamento medicamento 
➔ Fármacos que modificam a movimentação do 
zigoto ou embrião (pré implantada) 
Farmacologia do aparelho 
reprodutor 
 
➔ Fármacos que causam morte fetal, lise do CL, 
bloqueiam ou receptores ou a produção de P4 
(PGF2 Alpha, inibidores de Prolactina e Anti 
progesterona) 
Dinoprost (Lutalyse) 
Gatas: a partir de 30 dias de gestação: 500ug/ kg/SC/ 
BID/ 5 dias e após 40 dias – 500 a 1000 ug / kg / SID 
/ 2 dias 
Cadelas: antes de 30 dias de gestação – 150 a 250 ug 
/ kg / SC / BID / 4 dias e após 30 dias – 50 ug / kg / 
BID / diariamente até abortamento 
Efeitos colaterais: náuseas, vômito, diarreia, 
sialorreia, taquicardia, micção e midríase 
Mecanismo de ação: Lise do corpo lúteo interrompe a 
gestação com contração do miométrio. Associar com 
antibioticoterapia. 
Cabergolina 
Melhor opção após 30 dias de gestação. Dose: 0,005 
mg /kg 6 a 10 dias 
Efeitos colaterais mínimos 
 
 
Inibidores da prolactina após 30 dias de gestação 
Bromocriptina 
Dose: 0,1 mg / kg / VO / BID / 6 dias 
Efeito colateral: Vômitos 
Metergolina 
Dose: 0,2 mg / kg / BID 
Efeito colateral: alterações de comportamento 
Cabergolina 
Melhor opção após 30 dias de gestação. Dose: 0,005 
mg /kg 6 a 10 dias 
Efeitos colaterais mínimos 
Alglepristone (Alizin) 
Cães: 10 mg / kg / SC / SID / 2 dias 
Gatos: 0,5 mL / kg/ BID / 1 dia 
Efeito colateral: desenvolvimento das glândulas 
mamárias, lactação, anorexia 
Benefício: pode ser usado de 0 a 45 dias de gestação 
➔ Até 5 dias = perda embrionária precoce 
➔ 30 a 45 dias = abortamento 
➔ >45 dias = parto prematuro 
Inércia uterina iatrogênica 
1. Anticoncepcional à base de P4, hiperplasia 
2. Gata semi-domiciliada no “estro” 
3. Ovulação induzida pela cópula 
 
4. P4 em excesso no parto 
5. Falha nos mecanismos endócrinos 
dependentes de baixa P4 e alto E2 
6. Gestação prolongada, óbitos fetais, 
maceração e risco de óbito materno 
Inibidores da prolactina 
 
Antagonista de receptor de P4 
 
PGF2 alpha

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