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Terapêutica: - Geral: Prescrição e regulamento. Terapias específicas. Procedimentos terapêuticos. Fluidoterapia, transfusão sanguínea. - Específica: Sistemas orgânicos. Livros recomendados: ANDRADE, Manual de terapêutica veterinária. MADDISON, Farmacologia clínica de pequenos animais. BOOTH, Farmacologia e Terapêutica em veterinária. NELSON, Medicina interna de pequenos animais. O que é terapêutica: Uso de medicamentos e outros meios para prevenção, tratamento e diagnóstico de enfermidades. - Mudança de dieta, de condições do meio (cama, decúbito), vacinação, testes... Conduta terapêutica Anamnese Exame físico Diagnósticos diferenciais: Exames complementares. Diagnóstico definitivo: Plano terapêutico. Medidas: tratamento suporte, manejo, ambiente. Regime de dosagens e acompanhamento. Modificação do Diagnóstico: aparecimento de outros sinais. Diagnóstico terapêutico: presuntivo – imagina-se o que pode ser e se escolhe um medicamento que se fizer efeito (melhora do quadro) quer dizer que o diagnóstico estava correto. Conceitos: medicamento, fármaco, droga. Medicamento: substância química usada em um organismo vivo para se obter efeitos benéficos. Droga: substância química que atua sobre um organismo vivo produzindo alterações. Fármaco: substância química que é o princípio ativo do medicamento. Posologia: Protocolo terapêutico. Dose: diferencia remédio de veneno. Dose de ataque: aumenta o risco tóxico. Dose de manutenção. Frequência de administração. Duração do tratamento. Dose (ml) x dosagem (regime de tratamento). Pulsoterapia: casos em que não funciona o tratamento convencional. Usado um fármaco pontualmente para cortar uma manifestação clínica e se retira (ex.: corticóides). Medicamentos magistrais (farmácia de manipulação). - Fórmulas manipuladas pelo farmacêutico segundo a prescrição do profissional. Nutracêutico (suplementos, ração prescrita). - Produtos nutricionais com valor terapêutico (vitaminas, minerais, ácidos graxos). Especialidades farmacêuticas (indústria farmacêutica). - Medicamentos produzidos e comercializados pela indústria farmacêutica. Medicamentos de venda livre (sem receita). - Dispensação não requer receita expedida pelo profissional. Medicamentos tarjados: tarja vermelha ou preta – na embalagem. - Dispensação somente com apresentação de receita específica. Medicamento referência (inovador, nome comercial, patenteado). - Produto inovador registrado no órgão federal competente, comercializado com um nome comercial e com sua eficácia, segurança e qualidade comprovadas cientificamente. Medicamento genérico (com testes de bioequivalência e registro na ANVISA – após quebra de patente do referência). - Comercializado pelo nome do princípio ativo. - Após expirada a patente do medicamento de referência. - Testes de bioequivalência e registro na ANVISA). Medicamento similar (qualquer laboratório pode ter feito, sem necessariamente testes de eficácia). Pode se substituir: Referência x genérico. Keflex x cefalexina. Antak x ranitidina. Farmacocinética: Via de administração. Absorção. Distribuição. Biotransformação. Excreção. Vias de administração: Oral: Interna. Ph da droga, tamanho/forma da molécula, presença ou não de alimento, motilidade gastrintestinal. Contra-indicada em vômito e diarréia. Parenteral: Externa. Ação mais rápida e menos duradoura. Fármacos que são necrosantes para tecido fora do vaso – cuidar administração. Via parenteral: Intravenosa (IV): agentes irritantes. Intramuscular (IM): agentes oleosos. Subcutânea (SC): volumes pequenos. - Vários pontos; massagear a região. Absorção em 4-6h. Intra-dérmica (ID): via subconjuntival. - Exemplo: testes intradérmicos. Intra-peritoneal (IP). - Carnívoros muito jovens, animais de laboratório. - Formação de aderências. Intra-arterial. - Causa dor; não é muito comum. Intra-articular. - Grandes animais; infiltrações de antiinflamatórios para equinos. Intra-cardíaca. - Utilizado em urgências – animal sedado (sem consciência) – risco de lacerações nas coronárias. Intramedular (intra-óssea). - Cães e gatos – filhotes hipotensos ou muito desidratados. - Adultos e idosos: osso mais espesso, sendo difícil de acessar o canal medular. - Cuidado com antissepsia; utilizado como primeiro acesso na urgência para reestabelecer o animal. Epidural/subdural. - Procedimentos anestésicos; pós-cirúrgico. Via inalatória: - Atingir tecido alvo do tecido respiratório; - Secreção de muco, movimentação dos brônquios. - Dose menor que a dose sistêmica. - Fornecimento de O2 ou medicação de ação específica. - Pode-se adaptar respiradores. - Bronquite crônica em gatos; DPOC – doença pulmonar obstrutiva crônica em equinos; broncoespasmos e secreção. Via tópica: efeito local. Peles e mucosas: Mucosa oral – dissolução oral. Mucosa retal – lubrificante/ absorção de medicamento (alta vascularização). Exemplo: diazepam intra-retal. Mucosa genital (útero/vagina) – vacas após distocia; antissépticos. Mucosa mamária (via intramamária) – vacas com mastites. Mucosa ocular (via oftálmica). Mucosa do conduto auditivo (via otológica) – otites. Absorção de fármacos: Ph e estado de ionização do medicamento: Não ionizados, ph do fármaco e ph da área. Fornecimento sanguíneo: Quanto maior o suprimento sanguíneo, mais rápido é a absorção. Aquecimento e massagens locais. Circulação deficiente, resfriamento e elevação do local. Estado do trato GI: Motilidade intestinal. Irritação ou inflamação da mucosa. Perda de vilosidades intestinais. Composição e quantidade de material alimentar. Distribuição do fármaco: Do local de absorção até o local de ação. Plasma – líquido intersticial extracelular – intracelular. Barreiras: cérebro, olho, placenta. Alterações: abscessos, insuficiência cardíaca ou renal. Biotransformação: Forma que possa ser eliminada. Hidrossolúvel. Metabólito. Fígado: Oxidação. Redução. Hidrólise. Conjugação: ácido glicurônico. Excreção: Metabolizados no fígado: Eliminados pelos rins via urina. Excretados pelo fígado via bile e trato intestinal. Glândulas mamárias. Glândulas sebáceas e sudoríparas. Pele. Pulmões. Como medicar? Uma mesma molécula tem várias formas de administração – vias. Forma conveniente de administração: Oral, parenteral, tópica ou inalatória. Características do medicamento. Espécie, raça, idade, peso, condição do paciente – facilidade de administração. Velocidade de ação. - Gatos por via oral – mais resistentes; líquidos – espumam. Forma farmacêutica (apresentação): Via oral: Comprimidos sulcados ou não. Drágeas – dissolve no intestino. Revestidos. Cápsula. Bolo – grandes animais; lançador de bolo para administrar. - Comprimidos sulcados garantem homogeneização na dispersão do princípio ativo em ambas as partes. Solução – dissolvido no solvente de base d’água. - Podem ser feitos com agentes palatabilizantes que imitam carne ou etc. Suspensão (agitar antes do uso) – particulado, não se dissolve. Emulsão (substâncias oleosas dispersas em meio aquoso; não se misturam). - Pequenas micelas em suspensão – luftal. Xarope (solução concentrada de açúcar) – gatos odeiam. Elixir (solução hidroalcoólica açucarada). - Digoxina. - Biotônicos. - Medicamentos palatáveis cuidar com o excesso de sódio na formulação. Apresentação: Via retal: Supositórios – formas sólidas de base oleosa (parafina/glicerina). - Disquezia, componentes antieméticos, analgésicos. Enema – forma líquida. - Promoverevacuação. - Não utilizar em cães com menos de 10kgs ou em gatos – pois pode causar desequilíbrios hidroeletrolíticos devido a grande quantidade de fosfato. - Enema de lavagem – água ou soro fisiológico; desmanchar as fezes. Via tópica: pele, descamação, dermatite. Solução, loção, creme, pomada e ungüento, pour on, top spot, aerossol, xampus, leav in (front line spray – pulgas e carrapatos). - Pomadas; focal – cuidado com lamber. - Diferenciação na consistência e base do produto. - Gel; água e celulose. Exemplo: acnezil. - Unguento – denso; lanolina. - Pérola – interior com conteúdo oleoso/mole; ômegas 3. - Pastas – suplementos para gatos; eliminar bolas de pelo – colocar em cima do pelo para ele lamber. Via parenteral (injetável): Soluções. Suspensões – penicilinas (não se homogenizam – agitar). Veículo aquoso ou oleoso: Oleoso – não IV. Ampola, frasco-ampola, frasco. Bolsas de fluidos. Ampolas – 1 dose. Frascos – mais de 1 dose. Puxar com agulha e seringa. PRESCRIÇÃO DE RECEITAS: Prescrição: Instrumento legal – validade de 30 dias (em geral). Legível e compreensível. Sem abreviaturas. Números em algarismos arábicos. Assinatura em azul ou preto. Tipo de prescrição: Higiênicas – manejo, banhos, etc. Medicamentosas. - Pode ser impressa mas deve ser assinada a mão. - Colocar se precisa retornar e tal dia. Abreviaturas: somente para o farmacêutico. SID – uma vez ao dia. BID – duas vezes ao dia. TID – três vezes ao dia. QID – quatro vezes ao dia. Frasco: fr. Ampola: amp. Tubo: Tb. Caixa: cx. Gotas: gts. Comprimidos: compr. Cápsula: cáp. Suspensão: susp. Sistema métrico: Sólidos: mg. Líquidos: ml. Relações métricas aproximadas: Colher de sopa: 15ml. Colher de sobremesa: 10ml. Colher de chá: 5ml. Colher de café: 2ml. Cálice: 30ml. Copo: 150ml. Receituário: Geralmente folha A5; recomenda-se branca mas não é obrigatório. Cabeçalho: superscrição. Inscrição – princípio ou nome comercial. Subscrição: para o farmacêutico (fórmulas de manipulação). - Instrução da fórmula; para manipulação do farmacêutico. Indicação (instrução – para quem vai administrar). - Animal/rebanhos. - Possíveis efeitos colaterais; adm. Em jejum ou com alimento; qual alimento não fornecer junto. - Quantidade, forma, intervalo, por quanto tempo. Assinatura – local e data com assinatura. - Assinatura, número do registro CRMV, nome legível completo. Pode usar carimbo. Receituário mal feito – infração ética. Legislação brasileira: Portarias: N° 149 de 26/12/1996, da secretaria de defesa agropecuária (DAS) do MAPA. N° 344 de 12/05/1998, do Ministério da Saúde e suas atualizações (RDC 68/2014 e RDC 65/2016). - Substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Classes de medicamentos. N° 8 de 10/02/1999, do MAPA. Instrução normativa n° 35/2017, SDA-MAPA. Estabelece os procedimentos para a comercialização das substâncias sujeitas a controle especial de uso veterinário. Atualizada pela instrução normativa n°55/2018, SDA-MAPA (modifica os artigos 32 e 33). RDC 20 de 05/05/2011 da ANVISA: Antibióticos de uso humano só podem ser prescritos com retenção de receita. Validade de 10 dias. Ver moodle com vídeo em passo a passo para prescrição na base do MAPA. - Linha médica – ANVISA. - Linha veterinária – MAPA. - Quem pode prescrever medicamento com autorização legal: médico, médico veterinário e dentistas. Medicamentos tarjados e receituários: Humanos: Tarja vermelha. Tarja preta. Veterinários: Tarja vermelha. Tarja preta. Sem receita (venda livre). Receituário normal. Receituário de controle especial. Receituário de controle especial veterinário. Notificações de receita A. Notificações de Receita B. Tarja vermelha: Humanos: Venda sob prescrição médica. Antibióticos, antifúngicos, anti-hipertensivos.. Veterinários: Venda sob prescrição e aplicação sob orientação de médico veterinário – sem tarja. Imunógenos, antimicrobianos, antiparasitários e produtos hormonais. NORMAS ANVISA: Notificação de receita A. Medicamentos da lista A (portaria 344/1998). Cadastro na autoridade sanitária estadual. 20 folhas – por conta da vigilância. Apenas 1 substância. Máximo de 5 ampolas ou tratamento de 30 dias. Validade de 30 dias. Todo território nacional (com receita médica e justificativa). - Amarela. - Gráfica autorizada. - Unidade sanitária local responsável. - Apresentação do medicamento, concentração. Notificação de receita B: Cadastro na autoridade sanitária municipal. Autorização para impressão (intervalo de numeração; 50 números). Profissional paga pela impressão. Apenas 1 substância. Máximo 5 ampolas ou tratamento por 60 dias. Validade 30 dias – anticonvulsivantes 6 meses. Validade estadual – alterado para nacional pela lei 13.732/2018 – com justificativa. Receituário de controle especial: Medicamentos das listas C (exceto C4). Cópia carbonada. Até 3 substâncias. C1 e C5 – máximo de 5 ampolas ou tratamento de 60 dias. C2 – sistêmicos (tópicos sem retenção de receita). C4 retirados do anexo 1 pela RDC 103/2016. Formulações humanas (listas C1, C2, C5): Acepromazina, amitriptilina, quetamina, propofol, fenobarbital, tramadol. Observação: Lista C4 – antirretrovirais: exclusivamente médicos – excluídos do anexo I pela RDC 103 de 31/08/2016. Lista C2 – retinoides uso sistêmico x tópico. Anticonvulsivantes 6 meses. Validade de 30 dias – nacional. Antibióticos: validade 10 dias após emissão. Precisa de carimbo. Sem restrição de quantidade de antimicrobianos. Pode trazer outros medicamentos não controlados. Tratamento prolongado: validade de até 90 dias, declaração de uso prolongado e quantidade para 30 dias. - Primeira via paciente; segunda via farmácia. Formulações de uso humano: Venda sob prescrição médica – atenção: pode causar dependência física ou psíquica. Opioides e derivados anfetamínicos: morfina, butorfanol, fentanil... Venda sob prescrição médica – o abuso deste medicamento pode causar dependência: Psicotrópicos e substâncias anorexígenas: pentobarbital, diazepam... NORMAS MAPA: IN 35/2017 DAS – MAPA: Medicamentos de controle especial. Notificação de receita veterinária. 3 vias. 1ª via Estabelecimento fornecedor; 2ª via responsável pelo animal; 3ª via médico veterinário prescritor. 1 produto por notificação. Até 30 dias de tratamento. Notificação de receita B: Modificada pela IN 55/2018 DAS-MAPA. 13.04.22 Prática no ambulatório 1: Mede-se em mg/m2 principalmente os quimioterápicos que são citotóxicos (destroem células saudáveis e cancerígenas). Essa é a medida mais correta, pois há variação de massa corporal (kg) muito grande dentre os animais e taxas metabólicas diferentes, o que geraria uma sobrecarga de medicamentos. Peso envolveria até os fetos de uma gestação, líquidos livres na cavidade, etc. Cada espécie tem sua fórmula. P X D / C (mg/ml para líquido; mg/mg comprimido). Amoxicilina Apresentação em: 250 mg. 500 ml. Ver na bula em quantos ml está. Ampicilina é liofilizada – após diluída tem validade curta. Contar concentração de acordo com quantos ml irá diluir. 2.000mg – 5 ml X – 1ml. X = 400mg/ml. 1% x 10 = 10mg/ml. 1g = 100ml. 1000mg = 100ml. 10mg/ml. NaCl 0,9% 0,9 g = 100ml. X = 1000 ml. 9 g em 1L. (%) x Volume desejado / 100. 0,9 x 1000 / 100= 9g em 1L. Achar os % = g (soluto) x 100 / vol (ml). 9 x 100 / 1000 = 0,9%. Soro de 0,9% de NaCl, quero adicionar glicose a 50% e torná-la 5%. Soro 0,9% NaCl + 5% glicose. V1 X C1 = VC X C2. V1 X 50% = 1000 x 5% (desconsiderando o vol de NaCl). V1 = 1000 x 5%/ 50%. V1 = 100 ml da glicose a 50% p produzir 5% em 1.000 ml. ________________________________________ Transfusão de sangue e hemocomponentes: Guerra – incentivou a criação de bancos de sangue humanos. 1920. Grupos sanguíneos: Antígenos eritrocitários – delimita os grupos sanguíneos. Depositados na membrana dos eritrócitos. Transfundir somente hemácia tem risco menor – menos células para reagir. Receptor – pode ter antígeno pré formado que causa reação na primeira transfusão. Ou então possuir antígeno pós formado que dá reação na segunda transfusão, pois leva alguns dias até que o corpo do animal crie anticorpos para esse sangue. Geralmente cães são pós formados. Gatos são pré formados. Importante realizar: Tipagem sanguínea (alto custo). Prova cruzada. Principais: 1,1 e 1,2 no cão causam mais problemas clínicos e reações adversas mais violentas. Gato tipo B: possui mais aloanticorpos contra tipo A. Isoeritrólise neonatal: Mãe tipo B e filhote tipo A. Desde a primeira gestação. Feto mama e os anticorpos passados pelo leite fazem reação contra as hemácias do feto – anemia e morte. Hemocomponentes – nos bancos de sangue. Plasma, concentrado de hemácias. Plasma rico em plaquetas. Plasma acelular – somente proteína, sem células. Usado apenas para criar volume. Aférese em humanos: maquina tira teu sangue e separa a célula que precisa e fornece de volta. Anticoagulantes e Aditivos: Heparina não conserva. Injetar no receptor logo. Dextrose, adenina: Energia para a célula – para conseguir pelo maior tempo possível o metabolismo aeróbico. Metabolismo anaeróbico baixa o ph e mata a célula. Expansores: Atraem líquido para dentro e conservam o líquido de dentro. Animais em estado de choque. Evitar, pois resulta em baixa adesividade das plaquetas e reação do organismo. Citrato de sódio: só anticoagulante. Duração das plaquetas: 1-2h ou 4-6h por alguns autores. Por isso deve-se infundir fresca. 1ml anticoagulante para 7ml de sangue. Esse valor já vem respeitado na bolsa para seu volume total. Aproximadamente 420ml de coletado (o resto é anticoagulante). Concentração maior de citrato ou colocar menos sangue do que o recomendado na bolsa – intoxicação por citrato – seqüestra cálcio do paciente levando a hipocalcemia. Gatos: Pode-se retirar o anticoagulante da bolsa e colocar em outro frasco – risco de contaminação do sistema. Seringa de 10 ml – injetar direto no acesso do receptor. EDTA lesiona muito a célula. Sem volume suficiente – hipotensão sanguínea – perfusão inadequada. Mais saudável fazer testes para impedir a reação (mesmo que não garanta que não irá ter alguma), do que prevenir reações usando corticóides. Entre 1-8 anos a medula óssea está mais ativa. Acesso de eleição: veia jugular. Agulha 40/16. Cefálica – risco de colabamento e pressão muito inferior. Fêmea que nunca gestou – evitar esses anticorpos gerados pela gestação. Evitar sedativo que leve a hipotensão. Doador FIV/FELV para receptor também com essas enfermidades – pode descompensar o doador e reativar o quadro. Teste 4dx. Equipo de soro normal pode criar trombos. Lipemia pode gerar agregação plaquetária. 24h após evitar exercício físico intenso. Gravidade: deixar bolsa receptora para baixo. Doente renal crônico não responsivo a eritropoietina. Animais com doenças autoimunes não possuem condições de receber, muito menos de doar (pode passar a doença). ________________________________________ __ Eutanásia: Morte sem sofrimento ou dor. Guia brasileiro de boas práticas a eutanásia. Conferir legislações municipais. Resolução n° 1.000 de 11 de maio de 2012. Procedimentos e métodos de eutanásia em animais. AVMA. Ortoeutanásia – melhor conduta para aquela situação, paciente terminal. Ex: não ressuscitar. Morte natural, sem interferência da ciência, permitindo ao paciente morte digna, sem sofrimento, deixando a evolução e percurso da doença. Evitam-se métodos extraordinários de suporte de vida, como medicamentos e aparelhos, em pacientes irrecuperáveis que já foram submetidos a suporte avançado de vida. Distanásia – prolonga o sofrimento – excesso de tratamento disponível. Ex: retirar tumor se o animal já tem metástases – só prolongaria umas semanas. Se prolonga através de meios artificiais e desproporcionais a vida de um enfermo incurável. Também pode ser conhecida como obstinação terapêutica. Representa atualmente uma questão de bioética e biodireito. A distanásia pode opor-se ao conceito de eutanásia passiva. Persistência terapêutica. Autorizações – termo de consentimento. Bem estar animal. Abordagem ética para avaliar o valo moral dos animais e a natureza das relações humano- animal. Processo que envolve mais do que somente aquilo que acontece a um animal no momento de sua morte. Direito animal. Eutanásia: Clínica: Instituições de ensino e pesquisa. COBEA- CEUA (comissão de ética). Centro de controle de zoonoses. Critérios: Princípios éticos: O veterinário não deve forçar. A decisão deve ser do proprietário. Veterinário pode recusar-se. Autorização por escrito. Termos relacionados: Sacrifício – não deve ser utilizado para situações in extremis. Animais experimentais. Oferta solene à divindade. Abate: Obtenção de produtos para alimentação. Animais que já não atendem a função produtiva. Descarte. Erradicação/ controle de zoonoses e epizootias. Não é indicação quando: Conveniência do proprietário. Razões econômicas não associadas a saúde do animal. Prole indesejada. Desempenho insatisfatório. Agressividade/desvios de comportamento. Animal constitui ameaça a saúde pública/animal. O veterinário é sempre o responsável. Art. 3º A eutanásia pode ser indicada nas situações em que: I - o bem-estar do animal estiver comprometido de forma irreversível, sendo um meio de eliminar a dor ou o sofrimento dos animais, os quais não podem ser controlados por meio de analgésicos, de sedativos ou de outros tratamentos; II - o animal constituir ameaça à saúde pública; III - o animal constituir risco à fauna nativa ou ao meio ambiente; IV - o animal for objeto de atividades científicas, devidamente aprovadas por uma Comissão de Ética para o Uso de Animais - CEUA; V - o tratamento representar custos incompatíveis com a atividade produtiva a que o animal se destina ou com os recursos financeiros do proprietário. Art. 4º São princípios básicos norteadores dos métodos de eutanásia: I - elevado grau de respeito aos animais; II - ausência ou redução máxima de desconforto e dor nos animais; III - busca da inconsciência imediata seguida de morte; IV - ausência ou redução máxima do medo e da ansiedade; V - segurança e irreversibilidade; VI - ausência ou mínimo impacto ambiental; VII - ausência ou redução máxima de risco aos presentes durante o procedimento; VIII - ausência ou redução máxima de impactos emocional e psicológico negativos no operador e nos observadores; Art. 5º É obrigatória a participação do médico veterinário na supervisão e/ou execução da eutanásia animal em todas as circunstâncias em que ela se faça necessária. Art. 6º O médico veterinário responsável pela supervisão e/ou execução da eutanásiadeverá: I - possuir prontuário com os métodos e técnicas empregados, mantendo estas informações disponíveis para fiscalização pelos órgãos competentes; II - garantir o estrito respeito ao previsto no artigo 4º; III - ser responsável pelo controle e uso dos fármacos empregados; IV - conhecer e evitar os riscos inerentes do método escolhido para a eutanásia; V - prever a necessidade de um rodízio profissional, quando houver rotina de procedimentos de eutanásia, com a finalidade de evitar o desgaste emocional decorrente destes procedimentos; VI - garantir que a eutanásia, quando não realizada pelo médico veterinário, seja executada, sob supervisão deste, por indivíduo treinado e habilitado para este procedimento; VII - esclarecer ao proprietário ou responsável legal pelo animal, quando houver, sobre o ato da eutanásia; VIII - solicitar autorização, por escrito, do proprietário ou responsável legal pelo animal, quando houver, para a realização do procedimento. Art. 7º Os animais deverão ser submetidos à eutanásia em ambiente tranquilo e adequado, respeitando o comportamento da espécie em questão. Art. 8º No que se refere à compra e armazenamento de fármacos, saúde ocupacional e a eliminação de despojos, a eutanásia deve seguir a legislação vigente; Art. 9º Os animais submetidos à eutanásia por métodos químicos não podem ser utilizados para consumo, salvo em situações previstas na legislação específica. Art. 10. A escolha do método dependerá da espécie animal envolvida, da idade e do estado fisiológico dos animais, bem como dos meios disponíveis para a contenção dos mesmos, da capacidade técnica do executor, do número de animais e, no caso de experimentação ou ensino, do protocolo de estudo, devendo ainda o método ser: I - compatível com os fins desejados e de acordo com o Anexo I desta Resolução; II - seguro para quem o executa; III - realizado com o maior grau de confiabilidade possível, comprovando-se sempre a morte do animal, com a declaração do óbito emitida pelo médico veterinário responsável; Art. 11. Em situações onde se fizer necessária a indicação da eutanásia de grande número de animais, seja por questões de saúde pública ou por questões diversas, aqui não contempladas, a prática da eutanásia deverá adaptar-se a esta condição, seguindo sempre os métodos indicados para a espécie em questão, como previsto no Anexo I desta Resolução. Art. 12. Nas situações em que o objeto da eutanásia for o ovo embrionado, deve-se seguir o que está previsto no Anexo I desta Resolução. Em todos os casos, para todas as espécies, os barbitúricos anestésicos gerais injetáveis devem: Ser precedidos de medicação pré-anestésica. Ser administrados por via intravenosa e apenas na impossibilidade desta por via intraperitoneal, em dose suficiente para produzir a ausência do reflexo corneal. Após a ausência do reflexo corneal, pode-se complementar com cloreto de potássio associado ou não ao bloqueador neuromuscular, ambos por via intravenosa. Normas gerais: Ambiente tranqüilo. Longe de outros animais ou de alojamento dos mesmos. Comprovações da morte. Declaração de óbito. Permitir a presença do tutor. Agente ideal: Produção de morte sem dor. Ação rápida: Perda imediata da consciência. Parada respiratória e cardíaca. Não deve provocar efeitos indesejados (ansiedade, medo, luta, vocalização, espasmos musculares, ativação autonômica). Capacidade de contenção com o método usado. Habilidade de minimizar estresse físico e psicológico. Confiável. Seguro para o operador. Não deve causar contaminação do ambiente. Praticidade de uso. Custo aceitável. Compatível com avaliação histopatológica. Equipamentos e disponibilidade dos fármacos e seu potencial de abuso. Espécie, idade e massa corporal. Comportamento. Tipo indicado de contenção física. Preferência do veterinário/pesquisador. Habilidade do pessoal e risco envolvido. Custo e instalações. Número de animais. Modos de ação: Hipóxia direta ou indireta. Depressão neuronal direta. Interrupção física da atividade cerebral. Métodos físicos: Pessoal bem treinado é essencial. Equipamento com boa manutenção. Menos medo a ansiedade. Rápido, indolor, humano e prático. Visualmente menos aceitáveis. Envolvem trauma físico. Aceitos com restrição para animais de laboratório e aves. Tiro por arma de fogo: Controle de zoonoses. Animais ferozes onde não é possível aproximação. Executada por atirador habilitado. Diretamente no cérebro – eutanásia instantânea. Riscos para operador/observadores. Eletrocussão: Leva a fibrilação cardíaca e hipóxia. Indicada para insensibilização de suínos, ovinos e aves antes da sangria. Eletrodos colocados no sentido transcranial. Pode ser perigoso para o operador. Visualmente ofensivo para o observador. Atividade muscular intensa. Anestesia geral prévia. Aceito sob restrição. Outros métodos físicos: Concussão cerebral (pistola pneumática). Seguida de exsanguinação. Guilhotina (decapitação). Luxação cervical. Irradiação de microondas. Armadilhas. Agentes inalatórios: Considerações gerais: Equipamentos especiais. Câmaras. Riscos ao operador. Explosões (éter). Narcose (halotano). Hipoxemia (N2 e CO). Exposição crônica (óxido nitroso e CO). Neonatos são mais resistentes. Gases carbônicos: Monóxido de carbono: Combina-se com a hemoglobina evitando a hematose. Inconsciência rápida, mas atividade motora presente, alto risco (vazamento). Aves e animais pequenos. Dióxido de carbono (CO2). Depressão direta do SNC por alteração do pH intracelular, efeitos anestésicos. Inconsciência rápida, atividade motora presente. Animais de laboratório, cães e gatos (sob restrição). Gases inodoros: Nitrogênio (N2) e argônio (Ar). Incolores, inodoros, não inflamáveis e não explosivos. Morte por hipóxia. Baixa concentração de O2, na câmara (6% ou mais) permite recuperação. Estresse, ansiedade e medo. Vocalizações, tremores musculares, convulsões (cães). CFMV. Aceitos sob restrição para a maioria das espécies. Depressão direta do SNC. Éter, halotano, isoflurano, metoxiflurano. Óxido nitroso. Nunca isolado (não induz anestesia). Vantagem: Animais pequenos (<7kg). Desvantagens: Ansiedade e excitação: usar MPA. Éter é inflamável. Alto custo (halotano). Agentes farmacológicos injetáveis: Método mais rápido e confiável. Não causa medo ou distresse. Sedação pode ser necessária em animais agressivos. Via intravenosa ou intraperitoneal. Via intracardíaca somente sob sedação profunda, anestesia ou coma. Barbitúricos: Tiopental, pentobarbital. Depressão do SNC: Anestesia, anestesia profunda, depressão do centro respiratório, depressão do centro cardíaco, morte. Vantagens: Velocidade de ação. Desconforto mínimo. Baixo custo. Desvantagens: Contenção é necessária. Injeção intravenosa. Método de escolha para a maioria das espécies: Dose de 50mg/kg, IV, infusão rápida. Hidrato de cloral: Semelhante aos barbitúricos. Depressão progressiva e dose-dependente do SNC. Morte mais lenta. Vocalização sem tranquilização prévia. Aceito para eutanásia de grandes animais após sedação. EM DESUSO. Cloreto de potássio: Produz parada cardíaca. Doses: 1-2mol/kg, IV ou IC rápida. Exige anestesia prévia. Reduz riscos ao consumo da carcaça. Animais silvestres de vida livre. Provoca espasmos musculares. Terapia Antineoplásica: Quando tratar as neoplasias – o mais cedo possível (menor invasão tecidual, menor número de células neoplásicas, melhor condução). O tumor propriamente dito – chamamos deneoplasma. Processo degenerativo e Acúmulo de mutações nas áreas de ciclo celular. Queda do sistema imune: crescimento acelerado dessas metástases. Abordagens diferentes: tecidos diferentes, tipo de tumor, idade do animal, etc. Nódulo de pele fofinho: pode ser lipoma ou mastocitoma. Maior parte dos tumores não dói, principalmente em fase inicial. Quando passa a afetar um nervo periférico – dor. Tumor oral – disfagia, halitose. Tumor nasal – secreção purulenta (contaminação secundária). Diagnóstico: Citologia: CAAF aspirativa ou não aspirativa (tumores mais macios e hemorrágicos). Não precisa anestesia. Agulha 25/7 e seringa 10ml. Se animal sentir dor – processo inflamatório. Biópsia: confirmação do diagnóstico. Anestesiar. Excisional – retirada do nódulo com margens de segurança. Varia de tumor para tumor. Exérese do nódulo. Se há tendência a agressividade em membro – retirada do membro. Biópsia incisional – remove um pedaço. Quando não for possível triagem pode-se tirar um pedaço, verificar o que se trata. Porém: mexer no tumor ativa a sua proliferação. Janela de 2 semanas para fazer algo entre resultados dos exames e cirurgia. CCE (carcinoma de células escamosas) – pode levar a piodermite actínica – sol. Muita inflamação. Esse neoplasma no dígito causa metástase muito facilmente. Estadiamento clínico: Prognóstico: Comportamento, local inserido, mapeamento de metástases. Orienta a tomada de decisões. Lesões abertas ou exsudativas – sempre tem que retirar. Torna em risco a qualidade de vida do animal. Metástase pulmonar – não retirar cadeia mamária - muito agressivo e estressante para o animal. Sistema TNM: Tumor primário. Linfonodos regionais. Metástases. Classificação de TNM diferentes. T0 = sem tumor primário. identificado metástase de tumor de um tecido diferente do local encontrado. Varia localização e tamanho. Padronizar interpretação. Drenagem linfática. Benignos são mais restritos ao tumor primário. Princípios do tratamento do câncer: Paciente, proprietário, terapia. Fatores relacionados ao paciente: Idosos: acometimento maior (já possuem leucócitos mais baixos e processos degenerativos acumulativos, com menor regeneração medular). - Drogas que são mielotóxicas – resposta não tão boa. Função renal e hepática. Corrigir alterações cardíacas, infecções (quimioterapia baixa a contagem leucocitária o que facilita infecções secundárias), distúrbios metabólicos (hipercalcemia por linfoma de células T – causa injúria renal). Processo inflamatório associado ao tumor: Tumor gosta de glicose – dieta mais protéica. Efusão pleural comum associada a metástase pulmonar de tumor mamário. Acometimento ósseo – fratura patológica. Tumor ósseo – dor. Cirurgia é mutilatória com falhas teciduais muito grandes. Melhorar e manter a qualidade de vida. Papel do tutor: Importância do animal. Participação. Co-decisão. Limitações financeiras e de disponibilidade. Fatores relacionados ao tratamento: Escolher terapia caso a caso. Combinações terapêuticas. Opções terapêuticas: Cirurgia Quimioterapia Criocirurgia Imunoterapia Radioterapia Hipertermia Fototerapia Fotoquimioterapia Termoquimioterapia Eletroquimioterapia Não-convencional (alternativa). Terapias alternativas ou complementares: acunpultura, aromaterapia, terapias energéticas como o reiki. Princípios da cirurgia oncológica: Ligadura vascular precoce. Remoção com margens. Manuseio cuidadoso. Troca de instrumental em massas diferentes. Tumores sólidos – exérese cirúrgica. Quimio como adjuvante. Ou quimio antes para tentativa de redução de tamanho. Criocirurgia: Nitrogênio líquido. Usado para CCE em gatos. Radioterapia: 2-3 clínicas em todo o Brasil. Tumores mesenquimais (que a quimio não funciona). Tumor sólido – quimioterapia é restrita. Eletroquimioterapia – tumores sólidos. Abertura dos poros do tumor e injeta quimioterápico. + absorção. Fototerapia: substância fotossensibilizante. Gato com CCE – gato fica fotossensível por 1 semana após uso do fármaco. Luz artificial queima. Criocirurgia: 3 aplicações em 3 meses. Necrose por queimadura de frio. Evitar contaminação secundária. Tratamento precoce sempre é o melhor. Tratar enquanto é pequeno. Combinar modalidades de tratamento. Considerar aplicações e efeitos adversos. O paciente deve se sentir melhor com o tratamento do que com a doença. Quadros malignos não tem regressão espontânea. Quando a cura não é possível – induzir remissão parcial. Manter boa qualidade de vida: Aliviar sinais clínicos: paliação. Controle da dor. Controle das síndromes paraneoplásicas. Critérios para avaliação do tratamento: Remissão completa. Remissão parcial. Doença estável. Doença progressiva. ________________________________________ Quimioterapia: Cuidados na manipulação e aplicação. Quimioterápicos: São tóxicos. Cuidados para quem manipula e quem cuida do animal. Quimioterapia em animais pode causar hipotricose e queda das vibrissas. Administrar o mais diluído possível – utilizamos bolsas de fluidos. Metabólitos quimioterápicos: Fezes, urina – afeta quem limpa. Ciclofosfamida – liberada em metabólito ativo. Crianças e mulheres grávidas – não entrar com contato com nada do animal (saliva, lágrima, urina, fezes) durante 24h após administração. Efeitos diretos: Irritantes/ vesicantes (necrose por contato - devem ser diluídos). Efeitos tardios: Mutagênicos, cancerígenos, teratogênicos. - Deve ser um acesso de primeira punção. Flebite e fibrose – muitos acessos. Índice terapêutico x dose máxima tolerada. Doses com menores efeitos colaterais. Depende da resposta individual. Medições com a Área de superfície corporal. Exceções: Doxorrubicina e Melfalano em cães menores de 10kg e gatos. Em cães menores usar as doses de gatos. Manipulação de quimioterápicos: Normas da ANVISA e CFF: Se aplicam aos veterinários? Paramentação. Capela de risco biológico. Classe II B2. Cuidados na manipulação: 1. Veterinário prepara e administra. 2. Preparação em ambiente sem passagem e sem corrente de ar, sobre mesa de fácil limpeza. 3. Organização e método. 4. Usar luvas de látex (2 pares é o ideal). Sem talco. 5. Avental de mangas longas; manguitos plásticos são indicados. 6. Usar óculos e máscara. 7. Proteger a mesa com pelo menos uma camada de papel absorvente. 8. Manipular o produto o mais longe possível do rosto 9. Envolver frascos com compressa antes de abrir. 10. Evitar projeções (perdigotos): envolver agulha com algodão, utilizar seringas tipo Luer-lock, evitar pressão excessiva dentro do frasco. 11. Descartar todo material utilizado em recipientes apropriados. 12. Limpar a mesa imediatamente após preparação. 13. Usar máscara e luvas para limpeza de excrementos. Efeitos tóxicos locais: Método diferencial: Termos importantes: Índice mitótico (IM): Proporção de células em mitose em um determinado tumor. Vai ser mais ou menos quimiossenssível. Fração de crescimento (FC): imunohistoquímicos. Tempo de duplicação (TD): tempo que leva para um tumor dobrar de tamanho. Curva progressiva até um platô. Focos necróticos intratumorais. Tecidos normais: baixos FC e IM, TD prolongado. Tecidos neoplásicos: altos IM e FC, TD curto. Nódulo palpável de 1cm2 tem 109 células. Nódulo metastático visualizado por RX tem 2x108 células e pesa 150mg. Princípios da quimioterapia: Mais efetiva em tumores pequenos. Citorredução cirúrgica de tumores em platô de crescimento. Reduz o número total de células.Aumenta o IM e FC. Aumenta a susceptibilidade à quimioterapia. Expectativas de tratamento: Induzir remissão (ausência de sinais visíveis do tumor). Terapia curativa. Prolongar a sobrevida (ação sobre micrometástases). Terapia adjuvante. Diminuir o tamanho para melhorar a qualidade de vida. Terapia paliativa. Diminuir o tamanho do tumor antes da cirurgia. Terapia neoadjuvante ou primária. Outros conceitos: Taxa de remissão. Tempo livre de doença. Protocolos de indução – mais pesado para o tumor sumir. Protocolos de manutenção – se a resposta está boa não precisa; Protocolos de resgate – observar sinais e recomeçar tratamento se necessário. Sempre monitorar a medula. Toxicidades: Mielossupressão: Neutropenia: Abaixo de 1500 neutrófilos/ul – atb. Fator estimulador de colônia g-m (Filgrastin). Trombocitopenia: transfusão de sangue fresco? Suspender se: Leucócitos (neutrófilos) abaixo de 2500 /ul. Plaquetas abaixo de 50.000 /ul. Plaquetas e neutrófilos tem meia vida curta – ataca essas células em replicação. Quimioterapias prolongadas – podem levar a anemia pois ultrapassarem a meia vida da hemácia de 120 dias. Muito baixo neutrófilos – nem faz sintomas de hipertermia. Infecção secundária: pneumonia bacteriana, infecção de trato urinário e piodermite – apatia e não quer comer. Toxicidade gastrintestinal: Vômito e/ou diarréia (bem líquida). Mucosite – mucosa do TGI está em replicação constante. Tratar sintomaticamente: ondansetrona, loperamida, reposição de fluidos. Alopecia: pouco frequente, raças com pelos longos e de crescimento contínuo. Cinética celular e tumoral: Fase G0: repouso Fase G1: síntese de RNA e enzimas Fase S: síntese de DNA Fase G2 : formação do fuso Fase M: mitose Agentes agindo em fases diferentes. Fase específico. Hiperestimulação imune por uma medula hiperplásica – 70.000 leucócitos. Usar doxorrubicina para diminuir os leucócitos. Mecanismos de ação: Fármacos fase-específicos: Eliminam seletivamente células durante certas fases do ciclo – antimetabólitos e alcalóides. Fármacos não fase-específicos: Agem sobre células em divisão, nas várias fases do ciclo celular (exceto G0) – Agentes alquilantes. Fármacos não-específicos: Atuam sobre células em divisão ou repouso – Nitrosureias. Escolha do protocolo: Monoterapia: Menos eficaz que a terapia combinada. Protocolos combinados (2 ou + fármacos): Diferentes mecanismos de resistência. Doses próximas das máximas individuais. Administração tão frequente quanto possível. Principais grupos de antineoplásicos: Agentes alquilantes: Fazem ligação cruzada com DNA, impedindo sua duplicação. Ciclofosfamida, clorambucil, melfalano, ifosfamida, CCNU. Pode-se fazer Associação com corticóide. Protocolos de combinação para linfoma, leucemia linfóide, carcinomas, sarcomas, doenças imunomediadas. Ciclofosfamida: Protocolos variam: 50mg/m2 4 dias por semana, VO 150-250mg/m2 a cada 3 semanas, VO, IV Efeitos tóxicos: Mielossupressão, efeitos gastrintestinais. Cistite hemorrágica estéril (idiossincrasia): Acroleína – eliminação contínua pela mucosa da bexiga. Ciclofosfamida, ifosfamida. MESNA, furosemida, hidratação. (MESNA = mercaptoetano sulfonato de Na). US, Antibioticoterapia (infecção microbiana secundária). Clorambucil: Formulação para uso oral Mielotoxicidade: Terapia da leucemia linfoide crônica e linfoma GI de baixo grau em felinos Substituto da ciclofosfamida: 3 a 6mg/m2 sid, depois cada 48h; 20mg/m2 a cada 2 semanas (linfoma GI). Lomustina (CNNU): Aplasia de medula. Mandar para casa injetar em casa – bactérias do hospital. Penetra barreira hematoencefálica Indicada para protocolos multi ou único. Linfoma multicêntrico, linfoma epiteliotrópico, mastocitoma e sarcoma histiocítico. Cão: 70-80mg/m2 a cada 2 ou 3 semanas. Gato: 50-60mg/m2. Mielotoxicidade, Hepatotoxicidade em uso crônico. Antibióticos antitumorais: Produtos derivados de fermentação microbiana. Doxorrubicina, actinomicina D, bleomicina, mitoxantrona. Doxorrubicina: Ação por mecanismos multimodais. Inibição de polimerases DNA e RNA. Inibição de topoisomerase II. Alquilação de DNA. Geração de oxigênio reativo. Perturbação do metabolismo do Ca. Ação contra vários neoplasmas. Agente único ou não. Dose: 30mg/m2 IV lenta (30 minutos) por 3 semanas 20mg/m2 IV para cães menores de 10kg e gatos Cardiotoxicidade: Dose cumulativa máxima 240mg/m2. Nefrotóxica para gatos. Vesicante severo. Mitoxantrona: Análogo sintético da doxorrubicina. Não causa dano oxidativo. Indicações: Substituição da doxo. Desordens linfoproliferativas. Carcinoma de células transicionais. Antitubulina: Derivados da vinca (vinca rosea). Vincristina, vimblastina, taxanos, Vincristina, vimblastina: Ação: impedem polimerização da tubulina e formação do fuso mitótico, morte celular. Efeitos tóxicos: cáusticos (vesicante), mielotoxicidade. Dose: 0,5 a 0,75mg/m2, IV, semanal. TVT (agente único), linfomas e leucemias. Vesicante, Neurotoxicidade e toxicidade GI. Tumor venéreo transmissível: Sulfato de vincristina. Ciclo de 4-6 semanas. Resistentes: Doxorrubicina 3-4 doses. Bleomicina. Vimblastina: Mastocitoma. Linfomas. 2 a 2,5mg/m2 IV, cada 1 ou 2 semanas. 3 a 3,5mg/m2 IV, a cada 3 ou 3 semanas. Mastocitoma: Cirurgia: margem ampla 3cm. Quimioterapia: Graus II e III. Locais em que a margem cirúrgica não é possível. Tumores inoperáveis. Vimblastina + prednisona. CVP (ciclofosfamida-vimblastina-prednisona): Ciclofosfamida: 50mg/m2, 4 dias/semana, VO. Prednisona: 20mg/m2, 48h, VO. Adjuvante: bloqueadores H2 (famotidina). Resistentes: Palladia. Alvo específico, células com mutação de gene. Lesão hepática, intestinal. Nível sérico de albumina. Funciona bem até certo ponto em que se baixa a dose o tumor volta a crescer. Antitubilina: Taxanos: docitaxel, paclitaxel. Excipientes induzem reação de hipersensibilidade. Formulação veterinária em estudo. Sais metálicos análogos de platina: Metais pesados, ligam-se entre as cadeias de DNA impedindo sua duplicação. Cisplatina (proibido em gatos), carboplatina. Indicação cisplatina: neoplasias ósseas. Efeitos tóxicos: Náusea e vômito. Uso de antiemético é obrigatório. Mielotoxicidade, Nefrotoxicidade. Diurese salina necessária (18ml/kg/h, 6h). 50-70mg/m2 IV a cada 3 semanas. Carboplatina: Neoplasias ósseas. Carcinomas. Sarcomas. Dose: 300mg/m2 cão. 240mg/m2 gato. IV a cada 3 semanas. Osteossarcoma: Cirurgia (amputação de membro). Quimioterapia aumenta sobrevida. Carboplatina: hemograma de controle após 7-10 dias. Carboplatina + doxorrubicina. Cisplatina. Antimetabólitos: Antagonistas do ácido fólico, análogos da pirimidina, análogos da purina. Interferem na síntese de DNA. Agem durante a fase S. Efeitos tóxicos: mielossupressão, efeitos gastrintestinais. Citarabina, metotrexato, 5-fluorouracila (5-FU) NÃO EM GATOS. Cisplatina e 5FU proibidos em gatos. Terapia alvo: Inibidores da Tirosina Quinase. Toracenibe, imatinibe, masitinibe. Palladia®: desde 2019 no Brasil. Glivec® em humanos. Efeitos sobre células específicas. Não produzem mielotoxicidade. Monitorar produção de albumina e função hepática. Custoso. Outros agentes: L-asparaginase. Enzima proteolítica. Hidrolisa asparaginase. Diminuição da síntese protéica principalmente em células linfóides malignas. Não induz mielotoxicidade. Pode causar diarréia, prurido, reações anafiláticas e resposta imunogênica. Tumor – atrair células inflamatórias normais – induzidas a produzir neovasos.Terapias Anticonvulsivantes CRISE EPILÉPTICA (convulsão): Comum em cães e gatos. 0,5% a 5,7% (cães) – mais comum convulsão primária. 0,5% a 1% (gatos) – mais comum convulsão secundária. Distúrbios paroxísticos (vem e vão) temporários da atividade elétrica dos neurônios cerebrais, que resultam num período de anormalidade clínica. É causada por descarga elétrica neuronal excessiva e sincrônica. Contrações Tonico-clônicas. Consequências: Perda ou desequilíbrio da consciência; Tônus muscular alterado; Movimentos mastigatórios involuntários; Salivação involuntária; Micção e defecação involuntárias. EVENTOS PAROXÍSTICOS Distúrbios paroxísticos não epiléticos durante os quais podem causar comportamento alterado, colapso, movimentos anormais, sintomas neurológicos transitórios ou paralisia. Síncope (geralmente em exercício): Insuficiência cardíaca – relatado pelos tutores – falta d O2 no cérebro. Hipotensão – vasodilatação. Fraqueza por hipoglicemia. Não possui fase pós-ictal (fome, sede, desorientação) – volta normal como se nada tivesse acontecido. Causas da crise epiléptica (convulsão): Causas Intracranianas: Hidrocefalia. Cinomose ou PIF. Tumores. Trauma crânio-encefálico – edema. Doença vascular (AVC). Epilepsia idiopática. Causas Extracranianas: Hipoglicemia (raças toy) – fígado não bem desenvolvido. Encefalopatia hepática/urêmica – excesso de uréia/amônia ou falha renal. Intoxicação: Estricnina. Organofosforados/carbamatos. Classificação – extensão: Focais (parciais) – afeta apenas certa região do cérebro: Espasmos músculos faciais ou membros (motoras). Agressão, raiva e alucinação; perseguição de cauda ou membros, morder moscas (sensoriais). Generalização secundária. Generalizadas: Brandas: Confusão, tremores musculares simétricos, consciência. O proprietário pode abreviar – já sabe que o animal possui e administra diazepam via retal durante a crise ou pré-crise (percebe os sinais brandos). Lesões em outros neurônios – processo provoca agravação do quadro - limiar cada vez mais baixo. Estresse oxidativo. Graves: Inconsciência, rigidez simétrica, movimentos de remada. Mastigação ou trismo mandibular (travar a mandíbula), salivação, micção e defecação. Administração intra-retal: treinar proprietário – reconhecer os sinais e injetar diazepam IR. Diazepam para controle crônico – hepatotóxico. Fases da crise epiléptica: Período pré-ictal: Pródomo: Horas ou dias. Agitação ou ansiedade. Aura (minutos antes): Imediatamente antes da convulsão. Se esconde ou procura o dono. Salivação, vômito, lamber, engolir. Icto (crise propriamente dita): Segundos a minutos – estado epilético. Alteração de consciência, bruxismo, salivação, micção e defecação involuntárias. Se a crise ultrapassa 5 minutos – chamamos de status epitético – convulsões consecutivas – deve-se intervir. Pós-icto (evento paroxístico não possui essa fase): Cansaço (sonolência), inquietação, desorientação, cegueira, fome. Qualquer convulsão pode levar a parada cardíaca, sendo ela curta ou longa. Dermatite pio localizadas, dor articular – gato lambe e inflama mais ainda – pode levar a convulsão – comportamento estereotipado por estresse. Estado epilético: Crises epilépticas contínuas ou consecutivas com duração de 5 minutos ou mais, sem períodos intercalados de consciência. Aumento da pressão arterial. Aumento da temperatura corporal. Aumento da frequência cardíaca. Aumento do fluxo sanguíneo cerebral. Aumento do consumo cerebral de O2. Aumento da produção de radicais livres – maior estresse oxidativo. Maior lesão no SNC. Diagnóstico: Anamnese (tutor deve filmar todo o processo): Quando ocorre (sono, exercício)? Vacinação/vermifugação? Encefalite pregressa? Poliúria, polidipsia, acesso a medicamentos ou venenos? Frequência da convulsão? Anormalidade pós-ictal? Toxocara canis produz atividade convulsiva quando em muita quantidade. Exames físico, neurológico e oftalmológico: Palpação abdominal, mamas e próstata. Tumor mamário ou prostático – metástases cerebrais. Hemograma/bioquímicos/glicemia. Urinálise. Análise do LCR – doenças neurológicas. Exames de imagem – tumores (tomografia, ressonância). Testes para doenças infecciosas: Cinomose - PCR. Epilepsia: Conceito: Ocorrência de crises epilépticas recidivantes, com ou sem perda da consciência, com causa intracraniana. Classificação: Idiopática (primária) – 25-30% dos cães. Distúrbio funcional hereditário. Entre 6-36 meses (até 5 anos). Pastor alemão, beagle, dachshund, labrador, collie, husky. Sintomática (secundária) – gatos. Secundária a encefalite, trauma, neoplasma, etc. Qualquer idade, raça ou sexo. Pode ocorrer como sequelas futuras. Terapia: Indicações: Doença intracraniana insolúvel; Crises epilépticas em cluster (múltiplas); Pelo menos um episódio de estado epilético; Frequência maior que uma vez em 4-6 semanas Aumento da frequência ou gravidade das crises. Nem todos os pacientes necessitam de terapia crônica! Objetivos da terapia: Erradicar a atividade convulsiva - Raramente alcançado. Reduzir gravidade, frequência e duração; Sem efeitos colaterais. Efeito rebote de desmame – convulsão por descontinuação da medicação. Usar menor dose efetiva. Terapia anticonvulsivante: Fenobarbital: Aplicações clínicas: Seguro, eficaz (60-80%), barato – utilizado para tratamento crônico. Concentração sérica: 15-45 ug/ml (cães). 10-30 ug/ml (gatos). Cães: 2-5 ml/kg/12h. Gatos: 1,5 - 2,5 ml/kg/12h. Manter padrão – administrar sempre na mesma hora. Mecanismo de ação: Aumento do limiar convulsivo – menor propagação de descarga neuronal. Aumento da atividade GABA e inibe canais de cálcio. Estimula inibitórios e inibe excitatórios. Farmacocinética: Concentração plasmática: 4-6h VO ou 15-20min IV. Na presença de alimento reduz sua absorção em 10%. Aumento de dose pode ser necessário em tratamentos crônicos. Causa autoindução (tolerância). BID ou TID. Cimetidina/ranitidina, cloranfenicol – inibem seu metabolismo – toxicidade. Dose de ataque para atingir concentração plasmática mais rapidamente. Revisões a cada 6 meses para verificar a concentração plasmática do fenobarbital – atualizar a dose. Avaliação ecográfica do fígado – hepatotóxico. Efeitos adversos: Sedação, ataxia, hiperexcitabilidade. Poliúria, polidipsia, polifagia. Aumento das enzimas hepáticas (cães). Aumento do metabolismo da tiroxina (T4). Aumento da biotransformação de digoxina e corticoides: diminuição dos efeitos deles. Acelera sistema das enzimas P450 (dose dependente). Hepatotoxicidade (cães): Anorexia, ascite e icterícia (cirrose). Não fazer interrupção abrupta. Avaliação a cada 6 meses. Brometo de potássio: Aplicações clínicas: Tratamento auxiliar ou único como anticonvulsivante. Animais com disfunção hepática. Não tem metabolismo hepático. Aumento de sal na dieta – aumenta a excreção – menos eficiente. Aumento de cloreto – aumento de brometo – intoxicação. Cães: 15-20mg/kg VO, 24h ou 12h. Concentração sérica: 1-3mg/ml. Aumento de NaCl (alimentação) – aumento da excreção de brometo de potássio via renal. Mecanismo de ação: Compete com íons cloreto – aumento da ação de neurotransmissores inibitórios. Efeitos adversos: Dose dependentes. Polifagia, êmese, anorexia, sedação, asma (felinos). Bromismo: estupor ou coma, cegueira, ataxia, disfagia. Pancreatite (raro). Evitar em fêmeas gestantes. Furosemida pode aumentar a eliminação. Dar com o alimento. Terapia crônica: Iniciar tratamento com FB (2mg/kg/12h/VO); Após 15dias mensurar [ ] em vale do FB; [ ] < 25 µg/ml, aumentar dose em 25% e reavaliar em 15 dias; Mensurar [ ] de FB, enzimas de função hepáticas a cada 6 meses; Convulsões sem controle, apesar da [ ] sérica adequada: Acrescentar brometo de potássio (15mg/kg/12h, VO). Pode-se aumentar esta dose se necessário; ]Mensurar [ ] sérica de brometo após 4 meses. Benzodiazepínicos: Aplicações clínicas: Estado epilético (primeira escolha). Tolerância em cães. Anticonvulsivante agudo e crônico (gatos). Diazepam (0,3 a 0,8 ml/kg IV ou VO) 2 mg/kg via retal (fase pré-ictal ou pós-icto). Midazolam (0,25mg/kg IV ou IM). Clonazepam (0,06 a 0,2mg/kg + Fenobarbital, VO). IV (0,05 a 0,2 mg/kg). Associado ao fenobarbital em epilepsia intratável. Mecanismo de ação: Potencializam a neuroinibição mediada pelo GABA. Efeitos adversos: Sedação (ataxia e fraqueza), excitação. Estimulante de apetite: diazepam em gatos. Insuficiência hepática e excitação idiossincrásicas: Gatos. Monitorar enzimas hepáticas. Clorazepato: Ação mais prolongada que o diazepam – tolerância Meia vida curta. 1-2mg/kg/12h. Sedação, ataxia e polifagia. Convulsão por descontinuação. Aumento da concentração sérica do fenobarbital. Fenitoína: Aplicações clínicas: Sem utilidade em cães e gatos. Meia vida curta em cães. Tóxica para gatos. 100 – 200mg/kg/8h. Difenil-hidantoína – liberação lenta. Mecanismo de ação: bloqueio dos canais de sódio. Efeitos adversos; Hiperplasia gengival. Hepatotoxicidade (FB). Diazepam + difenil-hidantoína sódica: Controle de convulsões e acessos epiléticos de ação central. Ação sedativa e neurorreguladora. Indicações: Terapia profilática na cinomose. Epilepsia. Hiperexcitabilidade, transporte. Carbamazepina: Aplicações clínicas: Depressão e anticonvulsivante (humanos). Falta de estudos apropriados em cães e gatos. Metabolismo muito rápido. Frequência (TID). Mecanismo de ação: Bloqueio dos canais de Na. Efeitos adverso: Sedação, nistagmo, vômitos e hepatopatia. Novos anticonvulsivantes: Felbamato: Aplicações clínicas: Não causa sedação. Pode ser utilizado associado ao fenobarbital e/ou brometo. Não encontrado no Brasil/custo alto. Efeitos adversos: Doses altas: ataxia, rigidez de membros, tremores, salivação, êmese, perda de peso, elevação ALT, doença hepática e ceratoconjuntivite seca. Gabapentina: Aplicações clínicas: Análogo estrutural do GABA. Pouco metabolismo hepático. Convulsões focais e generalizadas. Associada com FB ou brometo. Dor neuropática. Efeitos adversos: Cães: sedação excessiva, irritação TGI. Sem estudos em gatos. Custo elevado. Zonisamida: Aplicações clínicas: Derivado da sulfonamida. Aprovada para cães e gatos. Anticonvulsivante adicional. Efeitos adversos: Sedação, ataxia, vômitos e perda de apetite, CCS. Contraindicada em animais com hipersensibilidade às sulfonamidas. Custo muito alto. Não encontrado no Brasil - Importado. Levetiracetam: Registrado pela ANVISA no Brasil em 2015. Aplicações clínicas: ↓Metabolismo hepático. Anticonvulsivante adicional (fenobarbital). Custo alto em relação ao FB. Eficaz em crises refratárias (gatos). Efeitos adversos: Cães: sedação, inquietação, êmese e ataxia. Faltam mais estudos em cães e gatos. Estado epilético: Canulação de um vaso (se possível). Diazepam: 2mg/kg/via retal ou 1 mg/kg/IV. Infusão contínua (1 mg/kg/h por 6 horas). Diminuição gradativa (25%/h). Fenobarbital injetável: 6mg/kg/IV lento ou IM. 2x com intervalo de 10min. Propofol (4-6mg/kg/IV lento). Entubar e ventilar (anestesia inalatória). Terapêutica do Sistema Urinário Anatomia do Cão: Meato urinário liga a uretra a bexiga. Na fêmea é uma linha reta. No macho é curvado contendo uma flexura – dificuldades de passar cistoscopio. Utilizamos cistoscópio rígido. Visualização do meato da fêmea para sondar. Gata semelhante mas espaço muito menor, muitas vezes indo as cegas. Gato possui leve flexura – deve-se tracionar o pênis em direção caudal com isso se estende a flexura para passagem de sonda. Exames complementares: Palpações renal e vesical: Sensibilidade, consistência, superfície irregular, mucosa da bexiga – presença de cálculos. Gato: mais fácil palpação renal pela baixa massa muscular e rim ser mais móvel. Rim atrás da última costela na região paralombar. Processo agudo causa dor a palpação. Bioquímica sérica: Ureia/ creatinina. Uremia – contém sinais clínicos. Azotemia – sem sinais clínicos. Uremia: hálito urêmico, úlceras de cavidade oral, desidratação, vômito, diarréia as vezes com sangue, sinais nervosos. Creatinina elevada: Diminuição da taxa de filtração glomerular. Causas pré-renais – desidratação, insuficiência cardíaca. Causas renais – glomerulonefrite. Causas pós-renais – obstrução. REVISÃO LITERATURA: Creatinina: Origem muscular. Produzida e eliminada de forma constante. Creatinina alta: Doença renal. Baixo TFG pré-renal (hipotensão/choque, desidratação, insuficiência cardíaca). Lesão muscular extensa. Ureia alta: Doença renal. Pré-renal (hipotensão/choque, desidratação, insuficiência cardíaca). Pós-renal (obstrução, ruptura). Hemorragia do trato gastrointestinal – sangue tem muito conteúdo protéico. Alta ingestão/ catabolismo protéico (caquexia). Ureia baixa: Insuficiência hepática. Desvio portossistêmico. Baixa ingestão protéica. Exame comum de urina (ECU/ EQU): Micção expontânea/ compressão – levar em consideração contaminação do trato terço final da uretra. Sondagem uretral. Diagnóstico e terapêutica. Cistocentese (cultura e antibiograma). Raio X (cálculo, urólito) e Ultrassom (parênquima, debris celulares, espessura de parede, coágulo, neoplasia). Oxalato de cálcio e estruvita – radiopacos. Urato e cistina – radiolucentes, utilização de contraste. Cistoscopia/ biopsia: colocação de uma cânula com uma câmera que entra da uretra até a bexiga. Visualização de tumores, neoplasias (carcinoma de células de transição). Exame menos acessível (materiais e alto custo, tamanho do animal). Pode-se colocar nesse tubo um dispositivo de coleta para biópsia. Sondagem uretral: Deixa-se sondado o menor tempo possível – infecção. Sonda tomcat – fixação com borboletinha. Sondas rígidas – traumas e podem quebrar dentro do trato. Sonda de foley – sonda gástrica utilizada com balonete para fixação. Cadelas: especulo vaginal, abertura da rima vulvar e vagina, localização do meato urinário. Gatos: utilização do cano do cateter. Tracionar pênis caudo-dorsalmente. Uretrostomia (abertura da uretra que vai ficar ligada a pele na região anterior ao osso peniano devido a obstruções). Dermatite de contato pela urina se animal tiver incontinência urinária. Cálculos penianos. Cistocentese: Cistocentese aberta – antes de cistotomias. Estruvita – único que se dissolve com ração terapêutica, precipita em ph alcalino (infecções, inflamações). Ração terapêutica mantém o equilíbrio no pH e tem componentes para não sobrecarregar o rim. Análise qualitativa – positivo para fosfato, etc. Análise quantitativa – porcentagem dos compostos que compõem o cálculo. Exame demorado – 2 meses e em porto alegre. Gata não obstrui, não faz portanto uremia. Uretra mas curta e mais larga. Mitoxantrona – carcinoma de células escamosas. Terapêutica: Objetivos: Retirar a causa (IRA). Não utilizar medicamentos nefrotóxicos. Tratamento conservativo (DRC). Diurético em excesso – hipotensão que causa injúria renal. *Antes de uma administraçãode composto nefrotóxico deve-se fazer uma hiperirrigação do rim com fluido. Exemplo: quimioterápico. Dieta: DRC (diminuição na proteína, fósforo e sódio). Dissolução/ prevenção de urolitíase. Hill’s, Royal canin, Farmina, Premier, Golden, etc. Trocar as rações convencionais para terapêuticas aos poucos. Rações terapêuticas menos agradáveis ao paladar, pode-se misturar com algum composto que faça ele comer (arroz, carne, se necessário). Dieta caseira – não é tudo que ele precisa, fazer acompanhamento nutricional. DIETA CASEIRA (50 g/kg/dia) • 110 g de carne moída • 2 xícaras de arroz branco sem sal • 1 ovo cozido • 3 fatias de pão branco • 1 colher de sopa (5g) de carbonato de cálcio (hiperparatireoidismo secundário renal). • 1 colher de suplemento vitamínico (complexo B) *Fósforo elevado – cálcio liga-se ao fósforo, organismo pensa que cálcio está diminuído – aumenta cálcio no sangue tirando das reservas (osso). Antibióticos: Devem ser Não nefrotóxicos. Fazer Cultura/antibiograma. Ampicilina (10-20mg/kg/6-12h) Amoxacilina-clavulanato (20mg/kg/8-12h) Β-lactamase + Enrofloxacina (2,5-10mg/kg/12-24h-cão): Cuidado Animais em fase de crescimento Complexos vitamínicos reduzem absorção (fe, zn, mn) Ciprofloxacino (5-15mg/kg/12h) Magnésio muito importante para cartilagem na fase de crescimento. Cefalosporinas: Cefalexina (20-40mg/kg/8-12h/vo) Vômito – irritação da mucosa. Cefalotina Ceftriaxona (15-40mg/kg/12-24h/iv ou im) Nefrotóxicos: aminoglicosídeos (pior), polimixinas, tetraciclinas (doxi é bacteriostático). Gentamicina é mais nefrotóxica Desidratação Não utilizar com diuréticos Sulfas: Desidratação/cálculos – predispõe formação de cálculo, animal deve estar bem hidratado. Sozinha é bacteriostática, associada a trimetoprim para efeito bactericida. Inibidores da eca (vasodilatadores): Reduz a pressão sanguínea/renal. Retarda progressão da DRC. Enalapril (0,5mg/kg/12-24h-cães; 1-2,5mg/gato) Tosse Benazepril (0,25-0,5mg/kg/24h) Acúmulo de líquido para terceiro espaço – força rim, coração. Pico de uremia se aumentar muito a dose. Bloqueadores dos receptores de angiotensina: Losartana Cães 5mg/kg/24h (artigo) Telmisartana Gatos: Reduz a proteinúria 1mg/kg/24h (1ml/4kg) Diuréticos: IR oligúrica – IR não oligúrica. IR aguda oligúrica – estimular produção de urina. Furosemida (2-4mg/kg/8-12h/iv e vo): Inibe reabsorção de na, k e cloreto Hipotensão, desidratação, hipocalemia. Tempo curto, usar por dias. Manitol (0,5-1 g/kg/iv 5-10min): Sobrecarga volêmica Fluidoterapia: Nacl 0,9% e nacl 0,45% + 2,5% glicose Ringer lactato (subcutâneo) – pode-se treinar o tutor para administração SC em casa em DRC. Quelantes do p Hidróxido de alumínio (30-90 mg/kg/dia) – dar com o alimento. Eritropoetina recombinante humana (epo) • correção anemia arregenerativa, peso • formação de ac anti-epo (20-40%) • custo alto (?) 100 ui/kg/3x por semana AAS Tromboembolismo Agregação plaquetária Cuidar em gatos Imunossupressores Ciclosporina (5mg/kg/24h/vo ou iv) Bloqueia linfócitos t Doenças imunomediadas/transplantes Poucos estudos na mv Vômito, fezes amolecidas, propensão infecções Não utilizar em gestantes e lactentes Custo alto Bloqueadores de h2 (antiácidos) Ranitidina 2 mg/kg/8-12h/vo, sc, iv Cães Famotidina 0,5-1 mg/kg/12-24h/vo Gatos Antieméticos centrais Metoclopramida Antagonista 5-ht Procinético Cães e gatos: 0,2 a 0,5mg/kg q8h (vo, sc) Ondansetrona (vonau®) Bloqueador serotoninérgico 5-ht3 Cães/gatos: 0,1mg/kg q8-12h (iv/sc) Citrato de maropitant (cerenia®) Antagonista nk1 Cães/gatos: 1mg/kg/dia, sc Vasodilatadores Hidralazina (↑[ ] prostaciclina – pgi2) Hipotensão, anorexia, vômito 0,5-2,0mg/kg/12h/vo Amlodipina (bloqueador canal de ca) Hipertensão sistêmica Hipotensão (dose alta) 0,1mg/kg/24h/vo Ativador da vit d 1,25-diidroxicolecalciferol (calcitriol) ↓ síntese e secreção de pth Acidificantes urinários Cloreto de amônio, ácido ascórbico Acidose metabólica Alcalinizantes urinários Citrato de potássio Quelante do ca Amitriptilina Antidepressivo (antinflamatório, analgésico) Cistite idiopática felina crônica (dtuif) 0,5-1 mg/kg/24h (gatos) Diálise peritoneal (ira) Dialisato (38-39°c) Ciclos de 24-48h 10-20ml/kg 30-40min permanência Monitoramento Complicações Obstrução cateter Hipoalbuminemia Peritonite Hemodiálise Máquina de hemodiálise Estação de tratamento de água Dialisador Soluções concentradas para constituição de dialisador Anticoagulantes Custo Procedimentos cirúrgicos Nefrotomia Nefrectomia Ureterotomia Cistotomia Uretrotomia Uretrostomia Terapêutica do Sistema Digestório: Vômito e diarréia são sintomas do trato digestório ou de outro sistema. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Disfagia Halitose Salivação Anorexia Hiporexia Regurgitação - Passivo Vômito – Ativo Central/periférico Hematemese Gastrite aguda Sg fresco ou digerido Diarreia Aguda Crônica Melena Hematoquezia Tenesmo – processo irritativo da mucosa. Constipação Regurgitação – processo passivo, não gasta energia; não tem náusea, não sofreu digestão – formato cilíndrico cercado de saliva. Vômito – processo ativo, gasta energia; agressão ao estômago; sai mais líquido. Vômito ativo ou central/periférico – doenças específicas do estômago – antiemético ação central ou periférica, protetor gástrico. Central - Envolve mecanismos sistêmicos, diversos pontos. Diarreia: Aguda Dietas Intolerância, má qualidade, mudança brusca Parasitas - Helmintos, Giardia, Isospora Infecciosas – Virais, Bacterianas Outras GE hemorrágica, pancreatite aguda, intussuscepção. Parvo/cinomose – diarréia amarelada, começa a ter presença de sangue e após fica com sangue puro. Bactérias do intestino – desequilíbrio – proliferação de bactérias patogênicas. Bactérias inseridas na flora intestinal – alimento contaminado. Crônica Parasitas: Giardia, Isospora – agem de acordo com o sistema imune – mais em filhotes; podem se tornar infestações crônicas. Neoplasmas Linfoma – FELV. Insuficiência pancreática exócrina: deixa de produzir enzimas necessárias para degradação de proteínas, lipídeos, etc. Agride intestino – alimento passa intacto; alimentos inteiros, fezes gordurosas, coloração amarelada ou acinzentada. Ph ácido – queima até a grama – proliferação bacteriana. Doença inflamatória intestinal – imunomediada, reação a bactéria ou alimento; população bacteriana deve ser controlada. Metronidazol – melhor ATB para isso. Dieta. Gastroenterite hemorrágica – causa desconhecida. Intussuscepção – aumento do peristaltismo, filhote com parasita. Dá diarréia inicialmente, depois obstrui. Imagem em alvo, olho de boi – US. Diagnóstico: US, RX. Diagnóstico e tratamento: Endoscopia - alta (duodeno) e baixa (colonoscopia). Pode-se fazer biopsia na endoscopia. Por endoscopia não reflete a espessura total da parede. Diferenciação de linfoma exige a camada muscular. Biópsia – principalmente em doença inflamatória intestinal. Áreas mais avermelhadas – gastrite, enterite. PRINCÍPIOS DA TERAPIA Sinais digestórios – podem ter problemas primários em outros sistemas. Tratamento suporte Estabilização hidroeletrolítica Descanso TGI - NPVO (12-24h) Tratamento sintomático Corrigir sinais clínicos Antieméticos, antidiarreicosTratamento específico Combate a causa Antibióticos, antiparasitários, antiácidos Tratamento dietético Alimentação leve com alta digestibilidade Restrição de gordura e lactose. Ração gastro – melhora a atividade digestiva. Ração hipoalergênica: baixa em amioácidos (são hidrolisados). Antígeno: fonte protéica que nunca teve contato. Rações com proteína hidrolisadas – diminuídas a tal ponto que o corpo não reconhece. Pancreatite – dieta pobre em gordura. MEDICAMENTOS SINTOMÁTICOS Vômito: Reflexo do vômito: Carnívoros , suínos, primatas Mediado pelo centro do vômito (tronco encefálico) Zona Quimiorreceptora Disparadora (zona de gatilho) Assoalho 4º ventrículo Toxinas: uremia, toxinas bacterianas Trato gastrintestinal – ID principalmente. Sistema vestibular Cérebro Córtex cerebral. Animal ingerir objetos – demência, deficiência no olfato, visão, etc. Vômito bilioso – sal é muito irritativo para as mucosas – vomito e diarréia. Eméticos Indicações: Eliminação de agentes tóxicos não corrosivos Esvaziamento gástrico pré-cirúrgico Animais conscientes – falsa via. Ação central Ação periférica. Antineoplásicos – irritativos de mucosa. Mascara quadro clínico – obstrução GI. Mercepton – não muito utilizado como protetor hepático. Intoxicação após 2h – carvão ativado (já passou pelo estômago, age no intestino). Hipotensão diminui metabolismo e eliminação. EMÉTICOS Ação central (ZDQ) Morfina e apomorfina (cães) 0,04mg/kg (IV) ou 0,08mg/kg (IM ou SC) Xilazina 0,44mg/kg, IV ou IM (gatos) 1,1mg/kg, IV ou IM (cães) Ação periférica NaCl (sol. hipersaturada) Peróxido de hidrogênio 3% Xarope de ipeca Irritação mucosa gástrica. Indicações antieméticos: Controlar vômitos profusos e prolongados Desequilíbrios hidroeletrolíticos ou acidobásicos Desconforto ao paciente Prevenir vômitos que podem ocorrer por medicamentos eméticos (cisplatina) Não utilizar em: Obstrução GI, intoxicações e hipotensão sistêmica (fenotiazinas). Ação central Metoclopramida ZQD, estimula esvaziamento gástrico Indicações Vômitos por alterações TGI Mais efetiva em cães Refluxo gastroesofágico/neoplasma gástrico Ef. adversos: excitação, hiperatividade/depressão Cães e gatos: 0,2 a 0,5mg/kg q8h (VO, SC) 1 gota por kg (0,25mg/kg) – CUIDADO IV – deve ser diluída e administrada lentamente (faz choque anafilático). É o plazil gotas. Possui efeitos extrapiramidais. Alguns animais = agressividade. IM ou SC. Pró-cinéticos – estimulam o esvaziamento gástrico. Fenotiazinas: clorpromazina (Amplictil®) Sedação e hipotensão (0,5mg/kg q8h, IM) Bloqueador serotoninérgico 5-HT3 Atua no duodeno – centro do vômito. Náusea associada à quimioterapia Fibras aferentes vagais (intestino) e centro do vômito Ondansetrona (Nausedron®, Vonau®) – custo alto? Cães: 0,1mg/kg q8-12h (IV), 0,5-1mg/kg (VO) Mirtazapina (Remeron®): Antiemético (5-HT e H1) e estimulante de apetite (gatos) Gatos: 1,88mg/gato/48h Antagonista NK1 Fibras aferentes, ZQD, centro do vômito Citrato de maropitant (Cerenia®) Cães: 1mg/kg/dia, SC, VO. 1vz ao dia, controla bem vômito e náusea. O melhor e o mais caro. Bloqueadores H1 Via vestibular e ZQD (cães) Prometazina, Difenidramina, Dimenidrinato DRAMIN. Cinetose: (mal estar e náusea de passeios) 2-4mg/kg, VO, IM, IV q6-8h Sedação/depressão SNC/excitação – gatos Vômito/diarréia. Cães muito agitados não funciona bem. Estresse ao viajar, salivar – náusea. Ação periférica: Gelo picado, água gelada em pouca quantidade - vasoconstrição gástrica temporária. Gastrite (vasoconstrição) Caolim protetor gástrico) + pectina - ORAL. Subsalicilato de bismuto – gastrite crônica por Helicobacter (efeito ATB específico), não tem sabor atrativo. ↓Náusea e desconforto abdominal Pouco eficientes. DIGESTIVOS Auxiliam digestão Reposição enzimática Enzimas Pancreáticas ou digestivas Insuficiência pancreática exócrina – fibrose nos ácinos pancreáticos – deixa de produzir suas enzimas – sempre que come deve-se fazer reposição com medicação. Síndromes de má-absorção – deixa de absorver. Enzimas de frutas (papaína, bromelina; mamão e abacaxi) – ajudam na absorção. Coleréticos – aumentam a fluidez da bile, facilitando sua saída. Casos de lama biliar. Sais e ácidos biliares Ácido ursodesoxicólico (10-15mg/kg/12-24h/VO) Propriedades antinflamatórias/antioxidantes Não utilizar em casos de obstrução biliar – ruptura. Compostos vegetais Boldina (boldo) Cinarina (alcachofra) Colagogos (contração v. biliar) Gema de ovo, creme de leite, sulfato de magnésio. Alimentos com gordura em geral. ANTIDIARRÉICOS (constipantes) Em geral não se usa – mecanismo de defesa do organismo é a diarréia. Conhecer a causa da diarréia. Somente se ocasionar perdas excessivas de fluídos e eletrólitos Tratar a causa Etiologia Infecciosa, Alimentar, ↓Qualidade/mudança brusca, Parasitária, Drogas (tóxica), Cefalexina, AINES, digoxina. Tratamos o vômito pois é causa de desequilíbrio ácido-básico, causando também muita desidratação e lesão na mucosa esofágica. Raramente necessários! Opiáceos ↑Contrações segmentares/↓propulsivas ↓Tempo de trânsito intestinal ↑Absorção de água Loperamida (Imosec®) O mais utilizado. Estimula as contrações segmentares e diminui as propulsivas (causadoras de dor; fora de ritmo e em golpe). Cães: 0,08-0,1mg/kg q8h VO Gatos: 0,1-0,2mg/kg q8-12h VO Difenoxilato (Colestase®) Cães: 0,1-0,2mg/kg q8-12h VO PROIBIDO em felinos (intoxicação) Ataxia, andar em círculos, vocalização (superdosagem). PROTETORES DE MUCOSA Subsalicilato de bismuto – família do AAS. inibição de PGs↓secreção intestinal Diarreia secretora (enterotoxina) Modesto efeito antibacteriano Gastrites bacterianas (Helicobacter) Cães, gatos 6,5-8,5mg/kg q4-6h VO Toxicidade (superdosagem) Carvão ativado (caulim+pectina) Adsorvente de superfície Envenenamentos por via oral (2-8g/kg) Fezes enegrecidas – pois o composto não é absorvido. Não é em todos os casos que funciona. Se animal inconsciente – via sonda. Pode causar constipação. Molécula grande e fica em suspensão – tende a absorver água. Enterex – 1 envelope para 40ml de água. Sucralfato Adere-se firmemente à mucosa ulcerada – protege. Vômito com sangue ou diarréia (melena) – provavelmente úlcera gástrica. Estimula PGE2 e PGI2 locais – estimula Prostaglandinas protetoras (essas que são bloqueadas por AINES). Protege do ácido clorídrico enquanto a mucosa se regenera por baixo. Pode adsorver outros fármacos – efeito colateral. Horários diferentes (2h) Ulceração gastrintestinal/esofagites Cães: 0,5-1 g/VO/ 8h; gatos: 0,25-05 g/VO/8-12h Doses altas (2 a 4g) em hemorragias Pode causar constipação. Úlceras – cuidado com perfuração. ANTIÁCIDOS Atuam localmente, neutraizando ph ácido do estômago. Neutralizadores de ácido Hidróxido de Al, Hidróxido de Mg Inibidores dos receptores de histamina2 Cimetidina, ranitidina, famotidina Pode ser oral ou injetável. Famotidina 20 ou 40mg – manipular. Inibidores da bomba de prótons Omeprazol. Neutralizadores de ácidos: Estimulam produção de PG Hidróxido de alumínio (quelante do P da alimentação, dar com alimento) Gosto desagradável, aconselhável dar junto ao alimento principalmente na ração úmida. Cães e gatos: 10-30mg/kg VO q8h Hidróxido de magnésio – não é quelante do P. Cães: 5-10ml VO q4h Gatos: 5-10ml VO q8-12h Efeitos colaterais: Ambos: constipação ou diarréia. H. alumínio: Hipofosfatemia – pouco comum H. magnésio: Hipermagnesemia (IRC) – pouco comum. H. alumínio para doente
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