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Juizados Especiais Criminais. Composicao dos danos civis. Transacao Penal (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE BELO HORIZONTE/MG
NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA
HERÁCLITO FONTOURA SOBRAL PINTO
CREDENCIADA PELO MEC
PORTARIA nº 706 de 26 de MAIO de 2000. PUBLICADA NO DOU Nº 103 DE 30 DE MAIO DE 2000.
COMPOSIÇÃO DOS DANOS CIVIS – TRANSAÇÃO PENAL
ESTAGIÁRIO/ Marina Raiane Arcanjo Jarkas 
Nº MATRÍCULA 201809089311 SEMESTRE/ANO 9º período	
PROFESSOR/ORIENTADOR Alan de Matos Jorge DIA/TURNO DO NPJ Quintas-feiras /manhã
EXEMPLO DE ATA DE COMPOSIÇÃO DOS DANOS CIVIS
JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE ___.
PROCESSO Nº: 
DATA: 
JUIZ(A) DE DIREITO: 
PROMOTOR(A): 
AUTOR(A) DO FATO:
ENDEREÇO: 
VÍTIMA:
INFRAÇÃO PENAL: Art. 139 do Código Penal
CONCILIADOR(A): 
Aberta a audiência, apregoadas as partes, presente a vítima e o autor do fato, desacompanhados de advogado.
Obtida a concicliação, as partes acima compuseram-se civilvemente, nos seguintes termos:
1) O autor do fato se retrata expressamente das supostas ofensas proferidas contra a vítima;
2) As partes, cientes das limitações impostas pelo direito de boa convivência social, se comprometem, reciprocamente, a se absterem de praticar qualquer conduta, ainda que de forma indireta e velada, que importe ofensa à dignidade, integridade física ou ao decoro incluindo ofensas aos filhos;
3) Pela presente composição civil as partes dão plena e geral quitação referente aos danos morais avindos dos fatos noticiados nos autos.
O MP não se opôs à homologação do acordo.
Pelo MM. Juiz foi proferida a seguinte decisão: “Vistos, etc. Homologo o acordo supra, parq que surta seus jurídicos e legais efeitos e declaro extinta a punibilidade do autor do fato, nos termos do parágrafo único do art. 74 da Lei 9.099/95.
Após, remtem-se os autos ao arquivo, com as cautelas de praxe.”
_______________________________
JUIZ(A) DE DIREITO
_______________________________
PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA
_______________________________
AUTOR(A) DO FATO
_______________________________
VÍTIMA
EXEMPLO ATA DE ACORDO DE TRANSAÇÃO PENAL
JUIZADO ESPECIAL DA COMARCA DE ___.
PROCESSO Nº:
DATA:
JUIZ(A) DE DIREITO:
PROMOTOR(A):
AUTOR(A) DO FATO:
ENDEREÇO:
VÍTIMA:
INFRAÇÃO PENAL: Art. 147 do Código Penal
Aberta a audiência, apregoadas as partes, verificou-se o comparecimento do autor do fato, acompanhado de seu advogado. Ainda, verificou-se a ausência da vítima. Ocorreu, em seguida, o procedimento abaixo mencionado.
Noticia o termo circunstanciado que, em data de 01/01/2021, por volta das 14:00 horas, na localidade de Belo Horizonte/MG, o autor do fato ameaçou a vítima dizendo que iria causar-lhe um grave mal caso parasse de deixar o saco de lixo na porta de sua casa. Assim agindo, incidiu nas sanções do Art. 147 do Código Penal .
Considerando as informações constantes dos autos, tendo havida a devida representação da vítima, e, tendo em vista que o autor do fato preenche os requisitos objetivos e subjetivos do art. 76, § 2º, da Lei 9.099/1995, o Ministério Público propõe a aplicação imediata da pena restritiva de direitos de prestação pecuniária, consistente no pagamento em dinheiro do valor de dois salários mínimos, R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais) em favor da vítima (Nome Completo e nº do CPF ou CNPJ), mediante depósito em conta bancária de sua titularidade (Banco _________, Agência __________, Conta ________, Operação ___). O pagamento deverá ser realizado em parcela única a ser paga em até a data de 15/03/2021.
O valor acima referido deverá ser deduzido do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os beneficiários (art. 45, § 1º, do Código Penal).
O autor do fato deverá trazer em Juízo, em até 10 (dez) dias após o pagamento, o respectivo comprovante.
Requeiro, caso reste aceita a proposta de apenamento imediato pelo autor do fato, seja homologada a presente transação penal nos termos do art. 76, § 4º, da Lei Federal nº 9.099/1995.
A seguir foi o autor do fato esclarecido de que: a transação penal: (a) não acarretará reincidência; (b) não gerará efeitos civis; (c) não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo requisição judicial; (d) sua aceitação não importa em reconhecimento da responsabilidade. Foi ainda esclarecido de que nos próximos 05 (cinco) anos não poderá receber o mesmo benefício, conforme dispõe o art. 76, § 2º, inciso II, da Lei Federal nº 9.099/1995. 
Após o devido esclarecimento, o autor do fato, com a anuência de seu defensor, ACEITOU a proposta apresentada pelo Ministério Público, comprometendo-se a cumpri-la integralmente. Ficou ainda cientificado que o descumprimento da transação criminal implicará em prosseguimento do feito.
Considerando a aceitação pelo autor do fato, na presença de seu defensor, da proposta de transação penal ofertada pelo Ministério Público, aguarde-se o cumprimento da medida.
Após cumprida, faça-se a conclusão dos presentes autos para que a transação criminal celebrada seja homologada por sentença, produzindo todos os seus efeitos legais. 
Em caso de descumprimento, proceda-se igualmente a conclusão destes autos para fins de prosseguimento do feito.
Dou esta por publicada e as partes por intimadas em audiência.
Registre-se. 
Transitada em julgado, aguarde-se o cumprimento da medida alternativa.
Cumprida a medida alternativa:
a) promova a Secretaria as comunicações obrigatórias;
b) remetam-se ao Distribuidor para as baixas necessárias;
c) arquivem-se os autos.
Em caso de descumprimento da medida alternativa, abra-se vistas ao Ministério Público para eventual oferecimento de denúncia e prosseguimento do feito.
Nada mais. Lido e achado conforme, vai devidamente assinado pelos presentes. Encerrou-se a presente audiência com as formalidades legais. 
_______________________________
JUIZ(A) DE DIREITO
_______________________________
PROMOTOR(A) DE JUSTIÇA
_______________________________
AUTOR DO FATO
_______________________________
DEFENSOR
_______________________________
VÍTIMA/DEPENDENTE
Diante do exposto, e com base nos estudos realizados ao longo do curso, disserte acerca dos institutos da composição dos danos civis e da transação penal, abordando o conceito, hipóteses de cabimento, requisitos e previsão legal, bem como apontando jurisprudências relevantes sobre os temas. Atente-se que a simples menção aos artigos correspondentes aos insitutos não validará as horas do estágio obrigatório.
 Antes de adentramos ao mérito dos institutos da composição dos danos civis e da transação penal, vamos entender como funciona e qual o objetivo do Juizado Especial Criminal (JEC e JECRIM).
 Os Juizados Especiais Criminais, julgam causas de menor potencial ofensivo, sendo o seu rito sumarissimo pois tratam os crimes e contravenções penais com pena igual ou inferior a 2 (dois) anos, cumulados ou não com multas. Vale ressaltar que os crimes previstos na Lei Maria da Penha (Lei nº: 11.340/2006) não se subjugam a esses institutos como debatidos na Corte Superior do Tribunal de Justiça e disposto em Súmula de nº: 536 que descereve: “A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha”. 
 A finalidade dos Juizados Especiais Criminais é dar mais celeridade, objetivando a rapidez na solução do processo, como também a reparação do dano causado á vitima, sempre buscando um acordo. Os Juizados Especiais Criminais está está disposto em Lei de nº: 9.099/1995, no âmbito da Justiça Estadual e Lei nº: 10.259/2001 no âmbito Federal, como também possitivado na Costituição Federal em seu art. 98.
Lei nº: 9.099/1995 
 Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento e execução, nas causas de sua competência.
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou atransação.
Lei nº: 10.259/2001
Art. 1o São instituídos os Juizados Especiais Cíveis e Criminais da Justiça Federal, aos quais se aplica, no que não conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Art. 2o  Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de competência da Justiça Federal relativos às infrações de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência.         (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006)
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão:
I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau;
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. (Renumerado pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392)
 O objetivo principal dos Juizados Especiais Criminais é tornar desnecessário a instauração de um processo penal, com a finaliade de acordo e reparação voluntária dos danos causados á vitima e a não aplicação da pena privativa de liberdade como descreve o art. 72 da Lei nº: 9.099/95, dando aos autores da infração uma pena mais branda.
 
 DO INSTITUTO DA COMPOSIÇÃO DOS DANOS CIVIS 
 
 A composição dos danos civis é sempre possivel nos delitos em que a Lei exige a reperensentação ou queixa da vitima. 
 A composição civil dos danos é a proposta feita pelo suposto autor do fato a vítima para reparar os prejuízo causados pela infração. Se a vítima aceitar e o juiz homologar o acordo, isso implicará em renúncia e teria o condão de extinguir a punibilidade nos crimes de ação prIvada pública condicionada a representação e ação penal privada, como disposto no art. 107, inciso V e VI do Código Penal. 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
 A extinção da punibilidade acontece quando, verificada alguma das hipóteses extintivas de punibilidade previstas na legislação brasileira, não há mais como se impor ao réu ou condenado a sanção cominada ou aplicada. Ou seja, perde-se o direito estatal de impor sanção penal. Consequentemente o juíz aboslverá sumariamente o acusado quando extinta a punibilidade do agente conforme art. 397, inciso IV do CPP. Igualmente vale destacar quanto ao prazo para a representação ou para queixa da infração para não se ter a decadência , ou seja, a perda do direito pela falta de atitude do titular da ação, tendo de ser exercida no devido tempo legal ao qual a lei dispõem, tendo como consegquência a causa extintiva de punibilidade. 
 O Código Penal e o Código de Processo Penal descreve que a renúncia é causa de extinção da punibilidade nos crimes de ação penal privada. Excepcionalmente, ela atingirá os crimes de ação penal pública, nos termos do art. 74 parágrafo único da Lei nº: 9.099/1995.
Art. 74. A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente.
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal de iniciativa privada ou de ação penal pública condicionada à representação, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.
 
DA TRANSAÇÃO PENAL
 A transação penal é um proposta oferecido pelo Ministerio Público em face do autor do fato para o cumprimento antecipado de pena restritiva de direito em troca da não submissão a uma ação penal. 
 Cumpre salientar que o Ministério Público é o legitimado para propor a transação penal , quanto ás ações penais públicas, conforme o art. 76, caput da Lei nº: 9.099/1995. Contando que os requisitos para a condição da transação penal estejam preenchidos, o Ministério Público está obrigado a fazer a proposta ao atuado, no sentido de que é direito do autor do fato.
 Se cabível, o Ministério Público deverá, de imediato, oferecer a proposta de medida restritiva de direitos (prestação social alternativa) ou multa, esclarecendo ao autor sobre os benefícios e as restrições impostos pela da transação.
 Para que seja concedido o acordo deve-se obeservar se o autor preenche todos os requisitos do beneficio positivado no art. 76 da Lei nº: 9.099/1995. 
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.
 Preeenchidos os requisitos, e acolhando a proposta de transação penal oferecida pelo Ministério Público, a proposta será submetida à aceitação bilateral pelo autor do fato e pela sua defesa técnica. 
 Aplicar-se então a pena não privativa de liberdade discriminada na proposta. A sentença que impõe, em razão de transação, é a pena de multa ou restritiva de direitos que não importará em reincidência, sendo registrada apenas impedir que o mesmo benefício seja concedido pelo prazo de 5 (cinco) anos subsequentes.
 Caso ocorra novo fato, embora não gere reincidência, o autor da infração fica, ou na dependência de ser obejto da suspensão condicionada do processo, pois não há nenhum tipo de restrição, ou ser de imediato, após a tentativa de conciliaçã, denunciado. 
 Aceita a proposta e cumprido o acordo, o juiz declarará extinta a punibilidade.
 No entanto, caso o autor do fato não cumpra o que é determinado no acordo, ou seja, ocorra o descumprimento da transação, ocasiona o proseguimento da ação penal com o oferecimento da denúnucia proposta pelo Ministério Público ao Juiz, que a homologa caso esteja tudo em conformidade com a lei. 
 Vale ressaltar que, mesmo oferecida a denúncia, a conciliação e a transação são tentadas, também, na Audiência de Instrução e Julgamento conforme se observa no o artigo 79 da Lei nº. 9.099/1995.
Art. 79. No dia e hora designados para a audiência de instrução e julgamento, se na fase preliminar não tiver havido possibilidade de tentativa de conciliação e de oferecimento de proposta pelo Ministério Público, proceder-se-á nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.

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