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1) Defina Ensaios Biológicos e para que são utilizados. Por definição, um ensaio biológico, também chamado de bioensaio, são experimentos que são realizados com o objetivo de realizar uma estimativa da potência e concentração de um fármaco a partir da grandeza e extensão do efeito que ele produz. Esses ensaios são utilizados para diversas medições, dentre elas a medição da toxicidade (e efeitos indesejados), a medição da atividade biológica, de forma que eles são muito utilizados para mensurar os efeitos no uso clínico, sendo que esses testes são essenciais no âmbito do desenvolvimento de novas drogas. 2) Cite alguns exemplos de aplicação dos ensaios biológicos. Como dito anteriormente, os ensaios biológicos podem ser utilizados para verificar a atividade e performance biológica de substâncias consideradas novas, e também de substâncias consideradas indefinidas; testes para verificar o nível de toxicidade e efeitos indesejáveis dos princípios ativos. Portanto podemos citar como exemplo testes para descobrir hormônios e mediadores e como eles podem atuar em níveis clínicos, a exemplo do teste da determinação da propriedade dos extratos da neuro-hipófise de causar aumento na pressão arterial 3) Por que as substâncias são submetidas a ensaios biológicos e quais níveis organizacionais biológicos e tipos de medidas farmacológicas são empregados? Além dos fatores supracitados, é de grande importância que as substâncias farmacológicas sejam submetidas a tais ensaios biológicos para que possamos calcular os seus efeitos quanto ao uso clínico, objetivando a melhora desses efeitos para os pacientes afetados pelos efeitos de doenças. Dessa forma, no que tange aos níveis organizacionais biológicos, podemos dizer que esses testes passam pelas esferas laboratorial, clínica e socioeconômicas. Sendo assim, em relação aos métodos laboratoriais, podemos dizer que estes passam pelos âmbitos moleculares, em que é avaliado a ação do fármaco a nível molecular, como interação, afinidade, eficácia, dentre outros; de forma que estes testes vão progredindo para níveis mais complexos, ultrapassando níveis como células, tecidos, órgãos e sistemas fisiológicos, de modo que todos estes possuem sua avaliação em função da eficiência e intensidade da resposta destas substâncias a suas devidas estruturas testadas. Quanto à esfera do nível clínico, pode-se afirmar que ela é feita à nivel de indivíduo, podendo estes fármacos ser utilizados primeiramente em indivíduos sadios e posteriormente em indivíduos portadores da doença que deseja-se tratar, nesta segunda fase também pode-se testar a melhor forma que o medicamento poderá apresentar, a fim de otimizar a sua utilização nos indíviduos. Por fim, temos a esfera populacional e familiar, que leva em consideração tanto as questões socioeconômicas, como por exemplo se o custo de produção deste fármaco é viável e acessível, assim como as questões de proximidade genética, e como essa questão irá afetar nas respostas biológicas. Após esses testes, pode-se quantificar se esse fármaco é qualificado para a comercialização 4) Quais os princípios gerais dos ensaios biológicos e por que são necessários? Dentre os princípios dos ensaios biológicos podemos enfatizar o uso de padrões, uma vez que tais ensaios são planejados com a finalidade de fazer a mensuração da potência de duas substâncias, dessa forma, necessita-se de um padrão, como meio de contraste, pois geralmente, uma dessas substâncias é desconhecida. Outro princípio é relativo ao planejamento destes ensaios, haja vista que tais planejamentos devem ter como objetivo minimizar a variação, evitar os erros sistemáticos resultantes da variação e estimar os limites de erros dos resultados obtidos, haja vista que as variações biológicas são uns dos principais problemas dos ensaios biológicos. 5) Qual importante parâmetro farmacocinético é possível estabelecer a partir de uma curva dose-resposta após ensaio biológico? A partir da formulação da curva dose-resposta pode-se mensurar a potência de um fármaco, haja vista que o fármaco que possuir maior resposta com maior concentração será aquele que é mais potente. Sendo assim. Essa potência é representada a partir da localização dessa curva no gráfico. Além disso, a partir desse gráfico podemos fazer a medição da eficácia máxima que esse fármaco pode atingir. Portanto, podemos com essa curva determinar qual a dose necessária do fármaco para atingir a resposta desejada. 6) Quais são os aspectos necessários a um modelo animal de doença? Para que um animal possa ser utilizado ele deve apresentar algumas características, como por exemplo a doença que este animal deve apresentar deve ter fenótipo fisiopatológico semelhante ao da doença estudada (chamado de validade de apresentação), assim como também deveremos ter similaridades quanto às causas e à resposta ao tratamento (validade de construção e validade preditiva), ou seja, esses animais quando expostos a um fármaco e a um patógeno devem reagir de forma semelhante, haja vista que se as causas desses patógenos forem diferentes pode-se interferir na resposta ao fármaco. Sendo assim, deve-se enfatizar que caso a doença estudada seja em animais é possível, em muitos casos, utilizar essa mesma espécie animal para estudo, ou seja, a espécie alvo 7) Cite as características de um modelo animal de doença. Dentre as características de modelos animais de doenças podemos citar a disponibilidade de vasto material genético, a facilidade para obter e manipular esses animais, uma vez que dificuldades nessa manipulação poderiam dificultar o andamento desse estudo, além de que com um número maior de animais pode-se obter uma maior precisão no resultado. Além disso, esses animais devem ter como características a facilidade de manipulação, manutenção, observação e também devem ter ciclos vitais curtos, haja vista que, um animal que apresenta tais características irá consequentemente facilitar o processo do estudo, uma vez que este poderá ser feito de uma forma mais rápida e com menos custos. Podemos ainda citar a possibilidade de padronização genética e ambiental, além da possibilidade da realização de transporte e da indução de vários processos. Sendo assim, diante dessas características pode-se viabilizar e possibilitar os processos do estudo. 8) Diferencie modelo animal de doença genético e transgênico. Cite como podem ser empregados. Nos modelos animal genético o animal sofre uma mudança artificial no próprio material genético, ou na função do próprio material genético. Em contrapartida os modelo de animal de doença transgênico são produzidos através de indução de mutações nas células germinativas, sendo que essa transgenicidade é realizada através da introdução de uma material genético de uma espécie diferente nesse animal. Sendo assim, essas induções de mutações nos animais podem fazer com que um gene existente seja inativado. 9) Cite exemplos de modelos animais de doenças. Muitos animais podem ser utilizados como meios de estudo para a utilização de fármacos, podemos então classificá-los como convencionais,como os animais de laboratório, e os não convencionais, como os animais domésticos e os silvestres. Isto posto, podemos citar como exemplo de animais utilizados os furões, ratos, hamsters primatas, cães, camundongos, dentre outros. No que tange às aplicações práticas, um exemplo é o dos camundongos transgênicos, que por sua vez superexpressam proteínas, que fazem parte do mecanismo da doença de alzheimer, de forma mutante, e com isso, tais animais, ao desenvolverem as lesões e alterações cognitivas similares à doença de alzheimer,e auxiliam os pesquisadores na busca de novas terapias 10) Defina ensaio clínico e para que são utilizados. O ensaio clínico é um tipo de ensaio biológico, que possui como objetivo a avaliação da eficácia de um determinado fármaco, sendo esta avaliação feita por meio de comparação com um fármaco ou procedimento padrão, ou seja, que já é reconhecido. Sendo assim, através desse teste, pretende-se descobrir os efeitos adversos que o fármaco pode causar, assim como avaliar o seu efeito. Dessa forma, por meio de um estudo controlado, em que foi avaliado a segurança desse medicamento, pode-se determinar se o produto em questão pode ou não ser autorizado para a comercialização, além da melhor forma de tratamento para os futuros pacientes. 11) Quais são os principais tipos de ensaios clínicos? Os ensaios clínicos podem ser divididos em controlados e não controlados, de forma que o primeiro está relacionado ao controle de determinadas variáveis, com o objetivo de identificar a relação entre elas, sendo assim dentre os testes controlados, pode-se dizer que existem as formas randomizada e não randomizada, em que a primeira está relacionada à aleatoriedade, ou seja, os grupos escolhidos de forma aleatória. Pode-se ainda afirmar que, dentro do grupo randomizado, esses testes podem ser do tipo cego ou aberto; no modo cego, os envolvidos no teste, podendo ser o examinado e o examinador não sabem o que está sendo utilizado (duplo cego), ou apenas uma das partes sabem o que está sendo utilizado (mono-cego), enquanto que no tipo aberto ambas as partes possuem ciência do que está sendo utilizado. 12) Quais tipos de erros podem acontecer durante um ensaio clínico? No que tange às questões de erros durante um ensaio clínico podemos dizer que podem ocorrer dois tipos de erros, sendo que o primeiro está relacionado a uma conclusão errônea de que um determinado fármaco X possui desempenho melhor do que um fármaco Y, devido a uma diferença que se obteve ao acaso. O segundo erro que pode ocorrer é a conclusão errônea de que um determinado fármaco X não é melhor que um fármaco Y, uma vez que não observou-se diferenças. Sendo assim, um bom meio de evitar tal tipo de erro é aumentando o tamanho da amostra, haja vista que o pesquisador terá uma gama maior de resultados, e por conseguinte, minimizando as chances de esses erros acontecerem por acaso. 13) Quais medidas podem ser obtidas como resultado de um ensaio clínico? Para avaliar-se a eficácia terapêutica das substâncias pode-se combinar escalas como qualidade de vida (quando relacionada à saúde) com mensurações da expectativa de vida, e isso é muito importante na medida em que ao realizar um ensaio clínico devemos decidir quais os resultados que serão mensurados. Dessa forma, a mensuração dos benefícios das substâncias nos pacientes pode durar anos,e assim, os efeitos fisiológicos, a exemplo dos testes de pressão sanguínea e função hepática são muito utilizados como medidas de resultados dos ensaios , além disso, podemos citar outras medidas, como medidas de qualidade de vida, resultados no longo prazo, a exemplo da sobrevida, e por fim, podemos destacar as avaliações subjetivas, como o alívio da dor. 14) Como é calculado o índice terapêutico e para qual finalidade o usamos? O índice terapêutico tem como finalidade fornecer uma margem de segurança de um determinado princípio ativo, sendo assim ele é calculado a partir da razão entre a dose letal para metade da população e a dose eficaz em metade da população. Sendo assim, devemos ressaltar que deve-se tomar precaução quanto a esse tipo de cálculo, haja vista que essa medida de dose letal em metade da população não reflete a ocorrência e incidência de efeitos adversos com o uso desse fármaco. Além disso, as medidas de eficácia e toxicidade podem variar muito de indivíduo para indivíduo, de forma que tais diferenças tornam o fármaco menos previsível 15) Descreva as fases de um ensaio clínico, evidenciando seus objetivos. Anteriormente às fases do ensaio clínico temos as fases de desenvolvimento de uma molécula e a fase pré-clínica, em que os experimentos são realizados em animais e in vitro. Quanto aos ensaios clínicos pode-se afirmar que ele é dividido em fases distintas, de modo que a primeira caracteriza-se por uma fase de segurança, em que os voluntários geralmente são constituídos de pessoas saudáveis, sendo que esta fase possui como objetivo a avaliação da segurança desse novo fármaco, através da mensuração dos efeitos adversos causados por tal substância. Em relação à segunda fase, pode-se afirmar que ela é uma fase que objetiva a mensuração da eficácia dos fármacos de modo que nesta etapa, são utilizados um número maior de voluntários, que por sua vez, são portadores da doença a qual a substância deve fazer o seu efeito, dessa forma, faz-se a comparação com outras substâncias já utilizadas, além de testar-se a melhor forma que o fármaco poderá ser utilizado. Após essas duas fases, chega-se a terceira etapa, que por sua vez é realizada em centros de pesquisas, nessa etapa objetiva-se estudar os efeitos adversos deste fármaco em longo prazo, e a sua eficácia quanto a sua associação com outros fármacos, e para realizar este estudo, é utilizado um número expressivo de voluntários e tal pesquisa pode durar anos. Por fim, após o medicamento ser aprovado pelos órgãos reguladores, chega-se a quarta, e última, fase, que é a etapa da pós comercialização, em que após a aprovação pela anvisa, os medicamentos devem seguir para o mercado, porém, apesar de já estarem disponíveis para a venda ainda continuam a serem monitorados.
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