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CASAMENTO E CAPACIDADE PARA CASAR

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CENTRO UNIVERSITARIO DE VOTUPORANGA – UNIFEV 
DIREITO – 7º A/NOTURNO 
 
Eduardo Bernardes dos Santos 104433 
Eduardo Pereira de Sousa 103555 
Fernando Cesar Ximenes Junior 108220 
Gabriel Luis Miyahara Dias 104509 
Karla Rayssa de Vasconcelos 103634 
Ketlyn Victoria Goveia de Andrade 103895 
Lucas Eduardo Mendes de Paula 103727 
Lucca Romeiro 101485 
Vitor Ramos Da Silva 103508 
 
 
 
 
CASAMENTO E CAPACIDADE PARA CASAR 
 
 
 
 
VOTUPORANGA-SP 
MARÇO/2023 
2 
 
1.1 CASAMENTO CIVIL 
 
 
O casamento civil é um negócio jurídico, solene e público, que estipula um 
vínculo jurídico negocial entre duas pessoas, com a finalidade de estabelecer 
comunhão plena de vida, fidelidade recíproca, mútua assistência. 
 
Para a Professora Maria Helena Diniz, o casamento é “o vínculo jurídico 
entre homem e a mulher que visa o auxílio mútuo material e espiritual, de modo 
que haja uma integração fisiopsíquica e a constituição de uma família”. 
 
Em visto disso, o doutrinador Paulo Lôbo afirma que “o casamento é um 
ato jurídico negocial solene, público e complexo, mediante o qual um homem e 
uma mulher constituem família, pela livre manifestação de vontade e pelo 
reconhecimento do Estado” 
 
Mas se tratando no conceito atual de casamento, as lições do doutrinador 
Flávio Tartuce, enuncia que: 
 
“O casamento pode ser conceituado como a união de duas pessoas, 
reconhecida e regulamentada pelo Estado, formada com o objetivo de constituição 
de uma família e baseado em um vínculo de afeto.” 
 
Ante expôs, pode-se conceituar o casamento como sendo a união 
celebrada de forma voluntária por duas pessoas que buscam constituir família. O 
art. 1.511 do Código Civil determina o conceito de casamento, que reflete 
princípios constitucionais como a pluralidade de entidades familiares (art. 226, 
caput, da CRFB/88), igualdade entre as pessoas humanas (art. 5º, caput, I, da 
CRFB/88) e absoluta isonomia entre os filhos (art. 227, § 6º, CRFB/88). 
 
Ao celebrar o casamento, estipula a comunhão plena de vida entre duas 
pessoas, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges. Dessa 
maneira, não há o que articular em uma diferença de direitos e deveres no 
matrimônio, isto é, ambos os cônjuges são considerados iguais, em visão da lei. 
3 
 
 
O casamento é civil, a sua celebração é gratuita. Além de, que em caso que 
os cônjuges declarem pobreza, também serão isentos de custas a habilitação para 
o casamento, o registro e a primeira certidão. 
 
 Se tem três correntes que ilustram a natureza jurídica da instituição do 
casamento, são elas: 
 
Natureza negocial: casamento como ato decorrente da vontade das partes e com 
fundamento no consentimento, o casamento seria um negócio jurídico, mas não 
um contrato; 
 
Natureza institucional: casamento como situação jurídica que reflete parâmetros 
preestabelecidos legislativamente, constituindo um conjunto de regras impostas 
pelo Estado; e 
 
Natureza mista ou eclética: casamento como ato complexo, com características 
contratuais e institucionais. 
 
A corrente majoritária entende que o casamento é um negócio jurídico 
especial, que não se submete a todas as regras do direito contratual. 
 
 
1.2 CASAMENTO E CAPACIDADE PARA CASAR 
 
Todo negócio jurídico contratual possui requisitos, tais como agente capaz, 
objeto lícito, possível, determinado ou determinável. Sendo neste diapasão a 
manifestação de vontade requisito indispensável. 
 
A vontade é pressuposta básico do negócio jurídico e é imprescindível que 
se exteriorize. Do ponto de vista do direito, somente vontade que se exterioriza é 
considerada suficiente para compor suporte fático do negócio jurídico. 
 
4 
 
A parte geral do direito civil apresenta com relação ao direito de família 
notas distintivas, como por exemplo, a questão da capacidade. 
Tal pois, o artigo 1.517 do Código Civil, determina que a capacidade para 
se casar é atingida quando os nubentes tiverem 16 (dezesseis) anos de idade, 
salvo leia-se o que estabelece referido dispositivo legal 
 
Art.1.517. O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, 
exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, 
enquanto não atingida a maioridade civil. 
 
Parágrafo único. Se houver divergência entre os pais, aplica-se o disposto 
no parágrafo único do art.1.631. 
 
Verifica-se que, o presente dispositivo legal não estabelece um rol 
específico a respeito das pessoas capazes ou incapazes de se casar, sendo 
apenas necessário para o casamento que se tenha de 16 (dezesseis) anos para 
que o ato seja efetivado, além de se exigir a autorização de ambos os pais, ou de 
seus representantes legais. 
 
Além disto, quando houver justo motivo, isto é, não for de forma injusta, os 
pais ou tutores podem revogar a autorização concedida, conforme prevê o artigo 
1.518 e 1.519 do Código Civil: 
 
Art.1.518. Até a celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar 
a autorização. 
 
Art.1.519. A denegação do consentimento, quando injusta, pode ser suprida 
pelo juiz. 
 
A existente a capacidade para se casar, e concedida uma das autorizações, 
dos pais ou representantes, o casamento poderá ser celebrado. Por outro lado, se 
a autorização for revogada de forma injusta, poderá esta ser suprimida via judicial. 
 
5 
 
Ademais, que na forma do artigo 6º, inciso I, da Lei 13.146/2015 (Estatuto 
da Pessoa com Deficiência), a deficiência não afeta a plena capacidade civil da 
pessoa, inclusive para casar-se e constituir união estável. 
 
Em cima da questão da antecipação da idade núbil, essa não é plausível 
de ocorrer, conforme dispõe o artigo 1.520 do CC: 
 
Art. 1.520. Não será permitido, em qualquer caso, o casamento de quem 
não atingiu a idade núbil, observado o disposto no art. 1.517 deste Código. 
 
As regras dispostas em nosso ordenamento jurídico são devidamente 
acompanhadas de exceções. Não é o caso da regra que estabelece a idade núbil. 
Como se vê, o menor de 16 anos não poderá se casar, sem exceções. 
 
 
 
 
 
Anteriormente era possível a antecipação da idade núbil, para evitar a 
imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez, entretanto, 
com a redação nova dada pela Lei nº 13.811, de 2019, ao artigo 1.520, ficou 
determinado a impossibilidade de antecipação da idade núbil, em qualquer caso. 
 
Se houver suprimento judicial de consentimento, o casamento será 
submetido ao regime de separação de bens (art. 1.641, II, do CC), para proteger 
6 
 
o patrimônio do menor. Ao completar 18 anos, o interessado poderá, com a 
anuência de seu consorte, pleitear a mudança do regime (art. 1.639, §2º, do CC). 
 
Sobre o tema, os seguidos Enunciados: 
Enunciado 329, IV Jornada de Direito Civil. A permissão para casamento 
fora da idade núbil merece interpretação orientada pela dimensão substancial do 
princípio da igualdade jurídica, ética e moral entre o homem e a mulher, evitando-
se, sem prejuízo do respeito à diferença, tratamento discriminatório. 
 
Enunciado 512, V Jornada de Direito Civil. O art. 1.517 do Código Civil, que 
exige autorização dos pais ou responsáveis para casamento, enquanto não 
atingida a maioridade civil, não se aplica ao emancipado. 
 
 A possiblidade de revogação da autorização dos pais/tutores para o 
casamento até a data da celebração do ato. Quanto a essa revogação, observa-
se que, assim como a autorização para o casamento, não há uma forma prescrita 
em lei, devendo apenas ser escrita. O ato é de caráter personalíssimo dos 
pais/tutores. Caso haja a retratação de um, ou de ambos os pais, ou do tutor, o 
casamento somente poderá ser celebrado com o suprimento de consentimento, 
sob pena de anulabilidade (art. 1.550 do CC). 
 
 O casamento de um indivíduo menor de 18 anos implicará em sua 
emancipação, antecipando-se os efeitos da plena capacidade. Em caso de 
eventual dissolução docasamento, não implicará no retorno à incapacidade. 
Todavia, devem ser observadas as hipóteses de invalidade (nulidade ou 
anulabilidade). Na hipótese de nulidade, significa que não produziu efeitos e, 
consequentemente, não gerou a emancipação, salvo se o incapaz estava de boa-
fé e requereu o reconhecimento da putatividade (art. 1.561, CC). Toda, se o 
casamento era anulável, significa que produziu regulares efeitos imediatamente, 
até a decisão desconstitutiva. Assim, o incapaz emancipou regularmente, não 
podendo ser atingido, neste ponto, pela desconstituição do matrimônio. 
 
 
7 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
TARTUCE, Flávio. Manual de direito civil: volume único – 10. ed. – Rio de 
Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2020. 
 
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro – Direito de Família, 22. 
ed. São Paulo, editora Saraiva, 2007. 
 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, volume 1, parte geral, 
editora Saraiva, 2003. 
 
LÔBO, Paulo Luiz Netto. Direito Civil – Famílias, São Paulo, editora Saraiva, 
2008. 
 
SANTOS, Wallace Costa. O casamento civil e os regimes de matrimoniais - 
IBDFAM – Instituto Brasileiro de Direito de Família. 18 de junho de 2020. Acesso 
em:https://ibdfam.org.br/artigos/1483/O+casamento+civil+e+os+regimes+de+ben
s+matrimoniais 
 
HENRIQUE, Kassio. Casamento no Direito Civil – Estratégia Concursos. Julho 
de 2022. Acesso em: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/casamento-
direito-civil/

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