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Teorias pedagógicas aplicadas: de�ciência visual Prof.ª Margareth de Oliveira Olegário Descrição A deficiência visual como campo de estudo na educação especial, os tipos de tecnologias assistivas e as teorias pedagógicas para a inclusão do deficiente visual. Propósito Compreender a deficiência visual, o papel do atendimento educacional especializado e as tecnologias assistivas (em consonância com as práticas pedagógicas para os educadores) em virtude da ampliação da inclusão escolar e dos cursos de licenciatura, assim como por conta de subsídios para futuros professores concernentes à inclusão do aluno com deficiência visual na educação básica. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 1 of 78 01/09/2023 10:49 Objetivos Módulo 1 Atendimento educacional aplicado à de�ciência visual Identificar a deficiência visual e o papel do atendimento educacional especializado na educação básica. Módulo 2 Tecnologias assistivas e a de�ciência visual Reconhecer as tecnologias assistivas utilizadas por estudantes com deficiência visual. Módulo 3 Práticas pedagógicas e inclusão Identificar as práticas pedagógicas aplicadas à inclusão do deficiente visual. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 2 of 78 01/09/2023 10:49 Introdução Falar de inclusão do deficiente visual na escola é, ao mesmo tempo, necessário e complexo. Necessário porque na formação de professores, ou de qualquer outro profissional que tenha como princípio o direito à igualdade de acesso ao conhecimento e aos serviços de todo cidadão, é importante termos contato, ainda que brevemente, com conceitos e metodologias que possibilitem ingressar nessa realidade. É complexo exatamente porque essa realidade é ampla e nem sempre depende apenas do profissional para que a inclusão aconteça, mas de políticas públicas que deem condições de acessibilidade. No caso da deficiência visual, será importante identificar as particularidades da cegueira e baixa visão, bem como compreender o papel dos profissionais do atendimento educacional especializado (AEE) e dos professores da sala de aula regular no que concerne ao atendimento dos alunos com deficiência visual. O mesmo grau de importância deve ser atribuído à identificação das tecnologias assistivas utilizadas por pessoas com deficiência visual para: escrita e leitura, cálculos aritméticos, acesso digital por meio do computador e orientação e mobilidade. Finalmente, é preciso compreender a importância das práticas pedagógicas aplicadas com o uso das tecnologias assistivas. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 3 of 78 01/09/2023 10:49 aplicadas com o uso das tecnologias assistivas. 1 - Atendimento educacional aplicado à de�ciência visual Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car a de�ciência visual e o papel do atendimento educacional especializado na educação básica. Ligando os pontos Quando lidamos com o atendimento educacional nas unidades escolares, é preciso estar claro a necessidade de haver profissionais que direcionem e deem suporte para o acolhimento do aluno. Tudo começa com o entendimento da deficiência visual e como dar suporte às pessoas com essa deficiência. Mas você sabe trabalhar com alunos Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 4 of 78 01/09/2023 10:49 cegos? Para entender melhor o assunto, analise o caso a seguir. Em uma escola pública localizada na zona urbana do estado do Rio de Janeiro, havia turmas do ensino fundamental com alunos entre 7 e 15 anos. Alguns desses estudantes possuíam defasagem idade-série. Além disso, a escola tinha dois alunos cegos. Um deles, matriculado no terceiro ano do ensino fundamental e o outro no quinto ano. Na turma em que foi alocado o primeiro, havia 42 estudantes; na turma do segundo, havia 40. No entanto, os respectivos professores não tinham formação na área de deficiência visual e a escola não possuía sala de recursos multifuncional do tipo 2, que poderia ter profissionais que dessem orientação aos professores e atenderiam aos estudantes no contraturno, a fim de suplementar o atendimento ofertado em sala de aula. Tanto o estudante cego matriculado no terceiro ano quanto o do quinto ano possuíam uma excelente interação com os colegas de sala, bem como com a equipe escolar. Recursos de tecnologia assistiva foram adquiridos por meio de recursos financeiros próprios de cada aluno: soroban (tecnologia assistiva para efetuar os cálculos aritméticos), reglete e punção (tecnologia assistiva para a escrita braille). Como os professores das turmas de terceiro e de quinto ano não sabiam braille, o processo de aprendizagem da escrita e da leitura desses estudantes ficou prejudicado, embora tivessem Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 5 of 78 01/09/2023 10:49 algumas noções tanto da leitura quanto da escrita em braille, adquiridas em outra escola. O mesmo ocorria com a realização de cálculos, pois não havia quem os orientasse quanto ao uso do soroban. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? Questão 1 Após analisar o caso em que os dois alunos cegos tinham dificuldade de escrever em braille, aponte de que forma o AEE e a sala de recursos multifuncionais da escola poderiam atuar para facilitar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos com deficiência. A A sala de recursos funcionais tem como papel ofertar tecnologias assistivas, exclusivamente, cabendo aos professores da sala de aula regular mediar essa relação. B A sala de recursos multifuncionais e o professor mediador são fundamentais para orientação dos professores do ensino regular e para o atendimento aos alunos no contraturno. C A sala de recursos é utilizada para ensinar aos alunos com deficiência quando os professores do ensino regular não têm formação suficiente. O atendimento educacional especializado deve ser Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 6 of 78 01/09/2023 10:49 Parabéns! A alternativa B está correta. A inclusão escolar das pessoas com deficiência visual no ensino regular deve ser realizada em parceria com o atendimento na sala de recursos multifuncionais 2, com recursos e materiais específicos para o público. A pessoa responsável pela mediação tem papel fundamental porque, além de atender aos alunos no contraturno, também orienta e acompanha os professores na sala de aula regular. Não existe inclusão de fato sem a parceria entre esses dois perfis profissionais. Questão 2 Como você viu no caso, alunos cegos utilizam o soroban como recurso de tecnologia assistiva para realizar cálculos, mas precisam de professores que os orientem quanto ao uso. Se você fizesse parte da equipe pedagógica da escola exemplificada, quais argumentos apresentaria para mostrar à direção da escola a importância do treinamento docente para o atendimento dos alunos com deficiência visual? D O atendimento educacional especializado deve ser solicitado apenas em casos de dificuldades por parte dos alunos com deficiência. E O AEE só deve considerar as atividades de complementação e suplementação curricular. A Trataria da questão custo e benefício, pois muitas escolas alegam dificuldades para arcar com os recursos, profissionais especializados e aparelhos necessários ao atendimento dos alunos cegos. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 7 of 78 01/09/2023 10:49 Parabéns! A alternativa C está correta. Os professores mediadores especializados são de grande importância no atendimentoaos alunos com deficiência porque os auxiliam no uso de recursos tecnológicos, como o soroban. Além disso, os mediadores também são responsáveis por orientar sobre estratégias mais inclusivas na sala de aula regular e auxiliar na interlocução com as famílias. Apesar de constar em decreto de lei que a sala de recursos multifuncionais deve contar com recursos físicos e pedagógicos, o maior argumento para a formação e/ou contratação específica de profissionais especializados é que sua B O treinamento possibilitaria que os estudantes fossem atendidos separadamente do restante da turma, no contraturno, para se concentrarem nos cálculos aritméticos. C Os estudantes, cegos ou não, teriam a oportunidade de entender que existem formas diversas de se calcular, integrando os indivíduos e contando com o apoio de professores especializados no atendimento inclusivo. D Já que os estudantes possuíam dificuldade somente em matemática, então, era importante contratar em caráter de urgência professores especializados no uso de soroban, pois assim não atrapalharia o desempenho da turma. E Usaria a legislação, tentando achar pontos da obrigatoriedade do uso do soroban, assim a diretoria teria que obrigatoriamente aceitar custear o treinamento. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 8 of 78 01/09/2023 10:49 contratação específica de profissionais especializados é que sua atuação é fundamental para as relações e interfaces de estudantes com deficiência no processo de ensino e aprendizagem. Questão 3 Diante da impossibilidade de treinar os professores atuais ou contratar novos profissionais especializados no sistema braille e soroban, se você atuasse como psicopedagogo na escola do exemplo, qual solução daria para o melhor atendimento aos alunos cegos? Digite sua resposta aqui Chave de resposta Tendo em vista essa situação, uma das soluções seria solicitar à secretaria de educação um professor mediador com proficiência tanto no sistema braille quanto no soroban. Trata-se de um direito do aluno e os mediadores são treinados para acompanhar as aulas a fim de atender às necessidade desses educandos. Além disso, poderiam prestar atendimento individualizado no contraturno algumas vezes na semana. Ligando os pontos Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 9 of 78 01/09/2023 10:49 Ligando os pontos A instituição especializada No Brasil, em 17 de setembro de 1854, no governo do imperador Dom Pedro II, foi inaugurado o Instituto Benjamin Constant (IBC), que, inicialmente, teve o nome de Instituto Imperial dos Meninos Cegos. Em 1891, o IBC recebeu o nome que tem hoje em homenagem ao seu terceiro diretor. Fachada do prédio do IBC no bairro da Urca (RJ). Atualmente, o IBC é a instituição brasileira vinculada ao gabinete do Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 10 of 78 01/09/2023 10:49 ministro da Educação e referência no atendimento das pessoas com deficiência visual. O instituto oferece a escolarização da educação precoce até o ensino médio técnico profissionalizante e ainda oferta formação de professores nas modalidades presencial e a distância. A instituição atende as demandas de alunos cegos, com baixa visão, com múltipla deficiência associada à deficiência visual e surdocegos matriculados no ensino regular. Pelo Decreto nº 7.690, de 2 de março de 2012, que aprovou a estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em comissão e das funções gratificadas do Ministério da Educação, o IBC passou legalmente a subsidiar a formulação da Política Nacional de Educação Especial na área de deficiência visual. Os decretos posteriores mantiveram a decisão, incluindo o último deles, o Decreto nº 10.195, de 30 de dezembro de 2019, conforme está descrito no artigo 35. O IBC possui um parque gráfico no qual produz materiais em braille distribuídos gratuitamente às escolas que os solicitam. Essa instituição centenária publica periodicamente estudos acerca da deficiência visual disponibilizados no site da instituição ou distribuídos na forma impressa. Atenção! Embora exista no Brasil uma instituição de referência nacional no Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 11 of 78 01/09/2023 10:49 atendimento e na educação de pessoas com deficiência visual, elas têm o direito de frequentar e ter ensino de qualidade nas escolas regulares, sendo facultada à família a escolha da instituição de ensino. De�ciência visual: o que é? A deficiência visual é entendida como a falta total ou parcial da visão de um olho ou dos dois olhos, podendo ser congênita ou adquirida. Ela é classificada como cegueira ou baixa visão. De acordo com Sá, a cegueira é explicada como: Uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capacidade de perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente. (SÁ, 2007, p. 15) Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 12 of 78 01/09/2023 10:49 A cegueira congênita é definida pela inexistência da visão a partir do nascimento até os primeiros cinco anos de vida. Já a adquirida é evidenciada pela perda da visão, podendo acontecer em qualquer fase da vida em razão de algumas doenças infecciosas, enfermidades sistêmicas ou traumas. Cubaritmo: ferramenta de cálculo com estímulo tátil. A cegueira não acarreta consequências somente para o sentido da visão: ela altera e reorganiza completamente a vida mental do indivíduo, pois ocasiona uma série de limitações. O processo de observação é organizado de modo diferente da pessoa que enxerga: a visão é o primeiro sentido pelo qual a forma, a dimensão, a altura e a largura são compreendidas – e, em virtude dessa ausência, a percepção sofre um atraso. A fim de remediar as perdas naturais ocasionadas pela cegueira e pela baixa visão, são necessárias atividades que trabalhem o sistema motor por meio de: Estimulações táteis Aluno cego. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 13 of 78 01/09/2023 10:49 Aluno cego. Estimulação visual e tátil Aluno com baixa visão. Na baixa visão (SÁ, 2007), incluem-se características variadas dependendo do tipo e da intensidade de comprometimentos das funções visuais, que podem englobar desde a capacidade de percepção da luz até a redução da acuidade e do campo visual, que interferem nas ações e no desempenho geral da pessoa. As pessoas com baixa visão, por vezes, são questionadas em relação ao que conseguem enxergar ou não, pois nem sempre essa deficiência é perceptível aos que estão à sua volta. Atendimento educacional especializado Com a inclusão escolar proposta no capítulo V (Da educação especial) da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), ou seja, da Lei nº 9.394/1996, tem crescido o número de pessoas com deficiência incluídas no ensino regular. Segundo a LDB: Art. 58 Entende-se por educação especial, para os Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 14 of 78 01/09/2023 10:49 efeitos desta lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com de�ciência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (BRASIL, 1996, p. 19) Já o Decreto nº 7.611/2011, que revogou o de nº 6.571/2008, define os objetivos do AEE em seu artigo 3º (BRASIL, 2008): I. Prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com asnecessidades individuais dos estudantes; II. Garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular; III. Fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; IV. Assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 15 of 78 01/09/2023 10:49 O AEE é oferecido ao aluno com deficiência matriculado na escola regular no espaço da sala de recursos multifuncionais (SRM), que é ministrado no contraturno. Propõe-se, em outras palavras, a atender e adaptar materiais a fim de suprir as demandas específicas do estudante e orientar o professor da sala de aula regular no que tange às adaptações das atividades e dos conteúdos ministrados. Seu objetivo é fazer com que o aluno não sofra perdas dos conteúdos curriculares. Esse currículo – tal como é para os alunos que não possuem deficiência – deverá pautar-se pelas diretrizes apontadas na Base Nacional Comum Curricular (2018), desenvolvendo habilidades e competências de acordo com a faixa etária e o ano escolar. Em nenhuma hipótese, o AEE substitui a classe regular, assim como essa classe não substitui o AEE: ambos se complementam. A sala de recursos multifuncionais, informa Gomes (2010), é um ambiente organizado com materiais didáticos e pedagógicos, tendo em vista as necessidades específicas de cada aluno, e dispõe de profissionais com formação para o atendimento às necessidades educacionais especiais. Esse atendimento precisa considerar as diferentes áreas e os aspectos relacionados: Ao estágio de desenvolvimento cognitivo do aluno. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 16 of 78 01/09/2023 10:49 O atendimento realizado pelo professor do AEE é uma condição indispensável à permanência e à inclusão da pessoa com deficiência visual. Soroban, instrumento de cálculo originário do Oriente, utilizado em escolas para fazer cálculos. O professor da sala de aula regular muitas vezes desconhece como utilizar o instrumento de cáculo chamado soroban; o sistema braille para ler e escrever; as fontes adequadas de escrita e leitura para o aluno com baixa visão; as atividades da vida diária; assim como a orientação e a mobilidade, entre outras especificidades no processo ensino- aprendizagem da pessoa com deficiência visual. Ao nível de escolaridade. Aos recursos específicos para sua aprendizagem. Às atividades de complementação e suplementação curricular. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 17 of 78 01/09/2023 10:49 aprendizagem da pessoa com deficiência visual. As escolas públicas podem possuir salas de recursos multifuncionais de dois tipos: I e II. Segundo o Programa de Implantação de Sala de Recursos Multifuncionais, o que define o tipo a ser utilizado são as matrículas ofertadas pela escola: A escola de ensino regular deve ter matrícula de aluno(s) público-alvo da educação especial em classe comum, [...], para a implantação da sala Tipo I; a escola de ensino regular deve ter matrícula de aluno(s) cego(s) em classe comum [...], para a implantação da sala de Tipo II [...]. (BRASIL, 2010a, p. 10) Além disso, há diferentes componentes que caracterizam cada sala de recursos. Observe alguns recursos que podem ser utilizados para os estudantes deficientes visuais. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 18 of 78 01/09/2023 10:49 As salas de recursos multifuncionais Tipo I são compostas de: Microcomputadores Monitores Fones de ouvido e microfones Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 19 of 78 01/09/2023 10:49 Fones de ouvido e microfones As salas de recursos multifuncionais Tipo II têm também os seguintes materiais: • Lupas manuais (foto) e lupa eletrônica; • Plano inclinado; • Mesas, cadeiras, armário. • Máquina de datilografia braille (foto); • Impressora braille; • Reglete de mesa. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 20 of 78 01/09/2023 10:49 • Punção e soroban (foto); • Guia de assinatura; • Globo terrestre acessível. • Kit geométrico acessível (foto); • Calculadora sonora; • Software para produção de desenhos gráficos e táteis. Antes de avançarmos, confira o vídeo a seguir! Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 21 of 78 01/09/2023 10:49 Sala de recursos multifuncionais Veja mais detalhes sobre as salas de recursos multifuncionais e seus recursos disponíveis. A alfabetização da pessoa com deficiência visual ocorre por meio da parceria da sala regular com o AEE, que, respeitando a metodologia escolhida pelo professor, orienta as adaptações de materiais de acordo com sua proposta da sala regular. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 22 of 78 01/09/2023 10:49 Para isso, a parte prática do processo de alfabetização (ler e escrever em braille ou por meio da escrita e leitura ampliada) é uma tarefa exercida pelo professor do AEE. No entanto, as atividades de preparo para o processo de alfabetização, especificamente necessário para o estudante cego, são realizadas pelo professor da sala regular por intermédio de brincadeiras, por exemplo. Essas tarefas precisam envolver as noções de lateralidade, tamanhos, diferenciação de texturas e distinção de objetos. Esse processo preparatório é de suma importância, pois a pessoa cega carece de estímulos táteis e necessita desenvolver os outros sentidos remanescentes: paladar, olfato e audição. O desenvolvimento de tais sentidos contribuirá para que ela leia e escreva com autonomia e garantirá a orientação espacial e a prática das atividades da vida diária. No caso do aluno com baixa visão, podem ser utilizados recursos ópticos e não ópticos desde a alfabetização, quando ele começa seu processo de alfabetização e letramento. Para esses alunos, utilizam-se textos ampliados no tamanho de fonte que vão de acordo com a necessidade de cada um. Para tanto, o profissional do AEE (ao lado do oftalmologista) precisa avaliar se a baixa visão se mostra suficiente para fins pedagógicos no que compete à tarefa de ler e escrever de maneira ampliada. São exemplos de recursos não ópticos: Acetato amarelo (que auxilia em suas leituras e escrita). Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 23 of 78 01/09/2023 10:49 Atenção! O livro acessível é um importante recurso de inclusão. Quando em formato digital, permite que os cegos possam acessá-lo por meio de softwares leitores de telas. Ele oferece a ampliação das fontes e a leitura de voz, contendo áudio e sendo em braille (inclusive quando impresso). Embora ainda não disponível nas prateleiras das livrarias e bibliotecas, esse material pode ser encontrado no Portal do Livro Acessível. Ainda cabe ao AEE orientar o professor da sala regular quanto à maneira adequada de se oferecer, com independência e segurança, uma orientação espacial do estudante cego e com baixa visão na escola seguindo os pressupostos dos estudos da orientação e mobilidade (OM), que recomendam o uso da bengala branca para a pessoa cega. Lápis 4B ou 6B. Caneta hidrográfica preta. Suportes para livros. Cadernos pautados espaçados. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 24 of 78 01/09/2023 10:49 (OM), querecomendam o uso da bengala branca para a pessoa cega. Vale mencionar que, em 1996, a professora argentina Perla Mayo, coordenadora de workshops e treinamentos em baixa visão para professores, oftalmologistas e médicos, criou a bengala verde para os indivíduos com baixa visão. Exemplo da bengala verde para os indivíduos com baixa visão, criada pela professora argentina Perla Mayo. O professor da sala de recursos precisa orientar o aluno em relação a pistas táteis e olfativas, além de aguçar sua audição. Esses ensinamentos contribuirão para a autonomia da pessoa cega e com baixa visão dentro e fora da escola. Esse profissional também necessita saber usar os seguintes recursos para ensiná-los aos estudantes: Programas de leitura de tela • NVDA • JAWS • Virtual Vision • Dosvox Ampliadores de tela • Lente do Windows Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 25 of 78 01/09/2023 10:49 • Lente do Windows • MAGIc Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Neste módulo, citamos alguns recursos não ópticos utilizados por alunos com baixa visão. A única opção que não se refere a recursos não ópticos é Parabéns! A alternativa C está correta. A acetato amarelo. B lápis 4B. C emborrachado. D cadernos pautados espaçados. E textos ampliados. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 26 of 78 01/09/2023 10:49 Parabéns! A alternativa C está correta. De acordo com o que estudamos, o emborrachado não é um recurso não óptico. Questão 2 De acordo com o que estudamos no tópico acerca da caracterização da deficiência visual, marque a opção correta: Parabéns! A alternativa B está correta. A A deficiência visual não pode ser congênita. B A cegueira congênita é definida pela inexistência da visão desde o início do nascimento até os primeiros cinco anos de vida. C A cegueira adquirida jamais ocorrerá na idade adulta. D A baixa visão ocorre somente a partir da adolescência. E A baixa visão é sempre visível aos que estão à sua volta. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 27 of 78 01/09/2023 10:49 A cegueira congênita é definida pela inexistência da visão desde o início do nascimento até os primeiros cinco anos de vida. 2 - Tecnologias assistivas e a de�ciência visual Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as tecnologias assistivas utilizadas por estudantes com de�ciência visual. Ligando os pontos Você já sabe o que é deficiência visual, certo? Mas sabe o que é tecnologia assistiva? Sabe como as pessoas cegas utilizam as tecnologias digitais? Para entender melhor o assunto, analise o caso a Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 28 of 78 01/09/2023 10:49 seguir. Uma escola localizada na cidade do Rio de Janeiro oferta o ensino fundamental em dois turnos diurnos. No ano corrente, a escola recebeu dois estudantes cegos. Ambos os estudantes foram matriculados no quarto ano do ensino fundamental, sendo um no turno da manhã e o outro no turno da tarde. Uma vez por semana, as professoras levam as turmas ao laboratório de informática. No entanto, as professoras perceberam que essas atividades não despertavam interesse nos estudantes cegos, que participavam das aulas de informática educativa apenas como ouvintes. Diante disso, as professoras procuraram a psicopedagoga que, juntamente com a equipe pedagógica da escola, buscou jogos educativos existentes no sistema Dosvox. Dessa maneira, puderam incluir esses estudantes nas atividades da informática educativa. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? Questão 1 Como você viu, a escola apresentada no caso teve o desafio de incluir dois estudantes cegos nas atividades de informática Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 29 of 78 01/09/2023 10:49 educativa e encontraram uma solução por meio da tecnologia. Aponte a alternativa que apresenta o tipo de tecnologia que possibilita a pessoa cega utilizar o computador. Parabéns! A alternativa D está correta. Atualmente, a pessoa cega pode utilizar computador, tablet e celular através da tecnologia assistiva. Esse apoio assistivo é possível com o uso dos leitores de tela. Atualmente, o uso pedagógico de tecnologia assistiva tem sido um forte aliado na inclusão educacional e cotidiana da pessoa cega, pois é possível utilizar as tecnologias digitais por meio da tecnologia assistiva. Nesse sentido, os leitores de tela e o sistema dosvox têm se configurado como solução nas práticas pedagógicas de professores de todos os segmentos da educação. Não menos importante, a audiodescrição também é uma tecnologia assistiva que promove o acesso à educação e à cultura. Questão 2 Imagine que você faça parte da equipe da escola exemplificada. A Tecnologia digital B Braille C Soroban D Tecnologia assistiva E Ampliador de tela Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 30 of 78 01/09/2023 10:49 Imagine que você faça parte da equipe da escola exemplificada. Então, você observa e interage com os alunos, vivenciando os seus desafios cotidianos e, assim como as professoras descritas no caso, busca alternativas que possam contribuir para uma aprendizagem significativa. Além disso, compreende que a adoção de tecnologias assistivas deve ser entendida como parte de um processo de despertar e que a escola precisa ir além de simplesmente cumprir o conteúdo programático das disciplinas. Sobre a indicação do uso das técnicas assistivas e da tecnologia na melhoria da aprendizagem do aluno, você, como psicopedagogo, deve A indicar acompanhamento psicopedagógico para todos os alunos com “problema” e assim oferecer o estímulo assistido. B garantir uma estrutura na escola que propicie o aprendizado, com computadores de ponta e produtos de realidade virtual e robótica. C oferecer atendimento psicológico para lidar com a dor do aluno e motivá-lo a alcançar resultados maiores em um mecanismo de mentoria. D organizar a escola em turmas segmentadas por interesses e condições, reunindo alunos com a mesma limitação para que usem a mesma tecnologia assistiva. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 31 of 78 01/09/2023 10:49 Parabéns! A alternativa E está correta. Oferecer atendimento da equipe especializada e o suporte aos docentes para que consigam ser eficientes no processo de desenvolvimento de aprendizagem também é uma necessidade em casos como do exemplo que analisamos. Para além disso, você deve orientar a equipe e reforçar o papel do uso dos meios disponíveis. A opção correta da questão aponta para a valorização do sujeito em todas as suas dimensões. Junto a isso, temos o devido cumprimento legislativo da Constituição brasileira de 1988 e LDB de 1996, que preconizam a demanda de uma escola democrática e inclusiva, em que todos têm direito ao acesso e à participação. Todos na escola têm a função de garantir esse processo, no entanto, a equipe pedagógica tem uma função especial em liderar essa dinâmica. Questão 3 Diante da desmotivação dos estudantes apresentados no caso, qual medida você, como psicopedagogo, adotaria para motivá-los a participar das aulas de informática educativa? Digite sua resposta aqui Chave de resposta E explorar o princípio de uma escola integrada, democrática e inclusiva, em que os alunos e turmas são atendidos em sua individualidade, com planejamento direcionado e apoio da equipe pedagógica. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html#32 of 78 01/09/2023 10:49 No caso, vimos que a informática educativa é a maneira pela qual a equipe pedagógica da escola aproxima os estudantes das tecnologias digitais. Desse modo, o psicopedagogo, juntamente com a equipe pedagógica da escola, tem a função de liderar, preparar, investigar tecnologias e possibilidades que permitam a integração, o interesse e a capacitação para o mundo contemporâneo. No exemplo analisado, as professoras serão direcionadas a utilizar jogos educativos existentes no sistema Dosvox, no intuito de possibilitar a participação e a consequente motivação dos estudantes cegos matriculados na escola e mostrar aos demais como essas ferramentas poderiam gerar seu interesse também. Ligando os pontos Sistema braille Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 33 of 78 01/09/2023 10:49 Antes de tudo, é importante definir o que significa tecnologia assistiva (TA), que deve ser entendida: Como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional de�citária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de de�ciência ou pelo envelhecimento. (BERSCH, 2013, p. 2) O sistema braille é um código universal de leitura e escrita inventado por Louis Braille (1809-1852), na França, em 1825, e usado pela pessoa cega. Ele se baseia na organização de seis pontos em relevo distribuídos em duas colunas de três pontos. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 34 of 78 01/09/2023 10:49 O conjunto de pontos forma a “cela braille”, e suas diferentes combinações resultam em 63 símbolos (ou 64 se levarmos em conta o espaço em branco) denominados símbolos universais do sistema braille. Esses símbolos representam: • as letras do alfabeto; • os números; • outros símbolos, como os químicos, os matemáticos, os físicos e os musicais. Como abordamos no módulo anterior, a escrita braille pode ser realizada com o uso de uma reglete e uma punção (escrita da direita para a esquerda) por intermédio de uma máquina de escrever braille (da esquerda para a direita) ou de meios digitais que aceleram a produção do conteúdo escrito. Vamos conhecer esses meios digitais: Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 35 of 78 01/09/2023 10:49 Impressora braille A impressora braille, que pode ser de médio ou grande porte, acelera a produção da escrita braille de materiais de cunho literário e didáticos, como livros, apostilas e gráficos táteis. Display braille Conhecido no Brasil como linha braille, ele é uma TA que possibilita a leitura de conteúdos dispostos nas telas de celulares, tablets e computadores ou na própria linha braille. Soroban Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 36 of 78 01/09/2023 10:49 Soroban Adaptado do ábaco japonês por Joaquim Lima de Moraes em 1949, o soroban (também conhecido como sorobã) é utilizado por pessoas cegas e com baixa visão para efetuar cálculos, mas nada impede que outras usem esse recurso. O soroban veio em substituição ao cubaritmo, caixa de madeira vazada em pequenos quadrados onde encaixavam-se pequenos cubos de seis faces. Em cinco faces, ficava a representação em braille do algarismo em alto relevo; na última face, o sinal da operação matemática que se realizaria. Cubaritmo Você pode encontrar mais informações sobre matemática inclusiva na oficina de capacitação para professores de Matemática na área da deficiência visual do IFRS (Instituto Federal do Rio Grande do Sul). O uso desse instrumento não era prático pelo fato de ser necessário movimentar peças pequenas, as quais, não raras vezes, se perdiam; entretanto, teve grande relevância no Brasil para a educação dos deficientes visuais, porque não havia opções melhores para efetuar cálculos. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 37 of 78 01/09/2023 10:49 De acordo com Fernandes (2006, p. 83), “o soroban deve fazer parte do material escolar de crianças cegas e com baixa visão”. É fundamental que o professor desses educandos saiba utilizar esse instrumento. Para isso, serão postas em prática duas metodologias: Duas metodologias É possível distinguir tais metodologias no Manual de técnicas operatórias para pessoas com deficiência visual publicado pelo Ministério da Educação em 2012. Metodologia Moraes Cálculos das maiores ordens para as menores. Método Bahia Das menores ordens para as maiores. O desejável é que as habilidades e as competências desenvolvidas na escola desdobrem-se para a vida além dos muros escolares. Contudo, a parceria da família é primordial no processo de inclusão e ascensão social da pessoa com deficiência visual. Saiba mais A calculadora sonora, disponível nas línguas inglesa, espanhola e portuguesa, é um importante recurso de tecnologia assistiva. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 38 of 78 01/09/2023 10:49 Acesso digital Leitores de telas O leitor de telas é um recurso de TA utilizado por pessoas cegas que possibilita o acesso aos sistemas operacionais existentes para computadores, celulares e tablets. No computador, os comandos são efetuados por meio do teclado, não sendo possível a manipulação deles pelo mouse. Nos equipamentos touch, os gestos são feitos na própria tela ou por um teclado com conexão via bluetooth. Em 1993, o professor José Antônio dos Santos Borges, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tornou possível a utilização do sistema Dosvox. Esse sistema permite o funcionamento de um computador com configurações mínimas, atendendo às pessoas cegas em: Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 39 of 78 01/09/2023 10:49 Sistema gratuito desenvolvido no Núcleo de Computação Eletrônica da UFRJ, o Dosvox é um programa de leitura de tela que auxilia o deficiente visual a utilizar o computador mediante o emprego de um aparelho sintetizador de voz. No entanto, segundo Silveira, Bassani e Reidrich (2007), outros três sistemas (Virtual Vision, JAWS e ) já atendem aos requisitos mínimos de acessibilidade: Fabricando no Brasil, ele é distribuído gratuitamente aos Leitura e audição de textos e pesquisas na internet. Edição de textos para impressão em braille. Emprego de calculadoras. Utilização de jogos pedagógicos e de entretenimento. Virtual Vision Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 40 of 78 01/09/2023 10:49 correntistas do banco Bradesco a fim de que eles possam acessar os serviços bancários na internet e os recursos contidos no pacote Office da Microsoft. Trata-se de um leitor de telas da empresa norte-americana Freedom Scientific. Seu objetivo principal é tornar os computadores pessoais com o Microsoft Windows acessíveis para deficientes visuais. A interface é realizada com a conversão do texto presente na tela para voz ou por meio de uma linha braille, permitindo, assim, uma interação maior do teclado com o computador. Ele também possibilita aos usuários a criação de scripts (conjunto de instruções para que uma função seja executada em determinado aplicativo) que podem alterar a quantidade e o tipo de informações apresentadas nas diversas aplicações, oferecendo um suporte de acessibilidade aos programas que não utilizam os controles predefinidos do Windows. É um software leitor de telas com código aberto e gratuito. Uma característica que diferencia o NVDA dos demais leitores é sua portabilidade, podendo ser transportado em um pen drive ou CD a fimde ser executado em qualquer computador sem a necessidade da instalação. Ele foi criado em 2006 pela NV Access, organização australiana e sem fins lucrativos. Pouco a pouco, tem sido desenvolvido, podendo ser, hoje em dia, equiparado aos leitores de tela comercializados. JAWS NVDA Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 41 of 78 01/09/2023 10:49 O JAWS e o NVDA possuem atalhos de teclado similares, facilitando a memorização dos usuários. Ambos disponibilizam uma lista de atalhos nos programas que indicam tanto o atalho específico do programa quanto o do leitor de tela a ser utilizado. Também é possível definir o display braille como um dispositivo tátil para visualização das letras no sistema braille. Por intermédio de um mecanismo eletrônico, conjuntos de pontos são levantados e abaixados, conseguindo-se, assim, uma linha de texto em braille com conteúdo dinâmico, já que ele é constantemente alterado. Atalho especí�co do programa O atalho do NVDA e do JAWS para o usuário escolher o tipo de fonte é insert+f. Já o usado no Word é ctrl+shift+f. Saiba mais Os atuais displays possuem dimensões desde uma única célula (de seis ou oito pontos) até linhas de 80 células. A maioria comporta entre 12 e 20 células por linha. O display é ligado ao computador ou ao celular via bluetooth e recebe do leitor de tela a mesma informação que ele enviaria para o sintetizador de voz. Ele é útil principalmente para as pessoas surdocegas, porém infelizmente ainda é pouco usado no Brasil devido ao seu altíssimo custo. Ampliadores de telas Tal como os leitores de tela, funcionam em conjunto com outros softwares no computador, possibilitando o aumento do tamanho da letra, a mudança da cor e do fundo, zoom de parte da tela e alteração do Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 42 of 78 01/09/2023 10:49 brilho e do contraste das letras e figuras. Conheça alguns ampliadores de tela: Ela apresenta os seguintes recursos: • nível de ampliação de até 16 vezes; • inversão de cores; • funções de rastreio (seguir o ponteiro do mouse, o foco do teclado e o ponto de inserção do texto); • três modos de exibição (tela inteira, lente e ancorado). Entretanto, a qualidade da ampliação será insuficiente quando o nível de zoom for muito alto. Pelo fato de o ampliador de tela lupa já fazer parte do sistema operacional Windows, ele é mais leve e não consome recursos do sistema, sendo uma opção viável. Desenvolvido pela mesma empresa do leitor de tela JAWS, o MAGIc é considerado por muitos o melhor ampliador de tela disponível no mercado. Ele possui um sintetizador de voz (o mesmo do leitor de tela JAWS) que lê de forma objetiva o que está na tela, constituindo uma espécie de ajuda auditiva para o usuário não cansar os olhos. O ponto negativo é que ele consome muitos recursos do sistema, deixando o computador um pouco mais lento. Lupa do Windows MAGIc Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 43 of 78 01/09/2023 10:49 Possui inúmeras opções de ampliação e funções para configurar o contraste da tela, cores e tamanhos diferentes para o cursor do mouse e um sintetizador de voz. Nesse último quesito, o ZoomText parece ter um leitor de tela mais bem incorporado que o MAGic, proporcionando uma integração entre ampliação e leitura da tela. Um ponto negativo, porém, é seu alto custo. Orientação e mobilidade No Brasil, a bengala é o recurso de orientação e mobilidade mais utilizado tanto por pessoas cegas quanto por pessoas com baixa visão. As bengalas podem ser classificadas por: Tipo de construção • Dobrável; • Retrátil; • Inteiriça (menos utilizada devido à falta de praticidade para guardá-la). ZoomText Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 44 of 78 01/09/2023 10:49 Material • Ferro; • Alumínio; • Fribra de carbono. Cor • Branca (indica pessoa cega); • Verde (pessoa com baixa visão); • Branca e vermelha (pessoa surdocega). Acessibilidade comunicacional No elenco de tecnologias assistivas existentes para o atendimento de pessoas com deficiência visual, a audiodescrição é classificada como um recurso de acessibilidade comunicacional que permite a pessoas com deficiência visual assistir a filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, amostras, musicais e óperas, por exemplo, e entendê-los melhor, ouvindo o que pode ser visto. Nesse sentido, a audiodescrição amplia as possibilidades de acesso às imagens, com informações dispostas nos ambientes virtuais de aprendizagens virtuais ou presenciais, por meio de livros, vídeos etc. Ou seja, a formação de audiodescritores ocorre por meio de cursos presenciais e a distância ofertados por universidades e instituições Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 45 of 78 01/09/2023 10:49 presenciais e a distância ofertados por universidades e instituições públicas e privadas. Pessoa surdocega. A audiodescrição é feita por uma equipe composta por profissionais com formação no tema. Ela contempla a elaboração do roteiro com a consultoria de um profissional cego ou com baixa visão, cujo papel é apurar os possíveis erros nas escolhas tradutórias e ver se o produto audiodescrito explica de fato o que a imagem se propõe a expressar. Em seguida, o material audiodescrito deve ser gravado – preferencialmente, em um estúdio. A Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015) afirma que: Art. 67 Os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem permitir o uso dos seguintes recursos, entre outros: Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 46 of 78 01/09/2023 10:49 entre outros: I. subtitulação por meio de legenda oculta; [...] II. audiodescrição (BRASIL, 2015, p. 4) Esses recursos assistivos serão essenciais para auxiliar o aluno cego ou com baixa visão em todas as disciplinas. Tecnologias assistivas Saiba mais sobre a importância das tecnologias assistivas. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 47 of 78 01/09/2023 10:49 Questão 1 De acordo com o que estudamos, não representa exemplo de leitor de tela o Parabéns! A alternativa A está correta. O ampliador de telas do Windows possui exclusivamente a função de ser um ampliador de telas. Questão 2 Marque a opção correta: A ampliador de tela do Windows. B JAWS. C NVDA. D JAWS e NVDA. E Virtual Vision e JAWS. A O sistema braille foi criado no século XX. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 48 of 78 01/09/2023 10:49 Parabéns! A alternativa C está correta. O sistema braille é lido somente da esquerda para a direita. B O sistema braille é lido da direita para a esquerda. C O sistema braille é lido da esquerda para a direita. D O sistema braille foi desenvolvido por um professor inglês. E O sistema braille não possui representação de símbolos matemáticos. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 49 of 78 01/09/2023 10:49 3 - Práticas pedagógicas e inclusão Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as práticas pedagógicas aplicadas à inclusão do de�ciente visual. Ligando os pontos Você sabe quais são as práticas pedagógicas para o atendimento do estudante cego? Imagine a atuação do psicopedagogo na seguinte situação. Em uma escola pública localizada na Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro, foi matriculado um estudantecego no primeiro ano do ensino médio, no turno da tarde. Porém, os professores dessa turma não foram comunicados da sua chegada. Além disso, os professores não possuíam formação na deficiência visual e sequer sabiam braille. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 50 of 78 01/09/2023 10:49 Com o ano letivo já iniciado, não havia tempo hábil para realizarem formação para atender ao aluno. Desse modo, alguns professores solicitaram uma reunião com a psicopedagoga da escola, a fim de conhecerem as práticas pedagógicas a serem adotadas. Ela orientou os professores a tornar as aulas acessíveis, bem como os materiais didáticos. Sugeriu que eles entregassem os textos digitalizados, adaptassem os materiais didáticos utilizando recursos grafotáteis e fizessem audiodescrição de conteúdos imagéticos. A ideia dos textos digitalizados surgiu pois, ao verificarem quais tecnologias assistiva e digital o estudante fazia uso, viram que ele sabia braille e sabia usar o computador por meio do Dosvox e do NVDA. Depois de implementarem essa prática buscando o melhor atendimento do estudante, professores e equipe pedagógica criaram uma rede de apoio, contando com a psicopedagoga e o orientador pedagógico e, ainda, fizeram parcerias com instituições especializadas no atendimento de pessoas com deficiência visual, mas a escola ainda não possui impressora braille. Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos? Questão 1 Imagine que você faça parte do corpo de uma escola. Ela é composta por pedagogas, psicopedagogas e educadores de diversas áreas com bastante eficiência. A coordenação dá a você a responsabilidade de criar uma ação para lidar com os pais. Qual tomada de decisão é a melhor para o atendimento do aluno cego, de forma que o estudante se sinta incluído? A Sua decisão é primeiramente orientar os professores que aprendam braille e soroban imediatamente, assim como outras práticas de Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 51 of 78 01/09/2023 10:49 Parabéns! A alternativa C está correta. Aqui o foco é dar celeridade ao aprendizado com o usos dos recursos pedagógicos favoráveis ao atendimento do estudante. Assim, o psicopedagogo deve orientar que os textos entregues ao inclusão. B Sua decisão é que o estudante receba aulas de apoio, para que ele tenha uma carga preparatória para a inclusão na escola. C Sua decisão deve ser explicar aos docentes a responsabilidade de incluir o aluno com necessidades educacionais especiais e, por isso, eles devem promover práticas educativas inclusivas, como a implementação de textos digitalizados e materiais grafotáteis em seus planejamentos. D Sua decisão deve se encaminhar exclusivamente à luz da psicopedagogia, pois toda a responsabilidade de prover os recursos pedagógicos para atender ao estudante cego seria da responsabilidade da família do educando. E Sua decisão deve se encaminhar exclusivamente à luz da psicopedagogia, orientando que os professores dessem aulas sem, contudo, precisarem se preocupar com os recursos pedagógicos para atender às demandas do educando cego. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 52 of 78 01/09/2023 10:49 Assim, o psicopedagogo deve orientar que os textos entregues ao aluno cego sejam digitalizados e também elaborados materiais grafotáteis. A relação com professores assessorando nos planejamentos para incluir os alunos deve ser priorizada, assim como o uso de materiais que facilitem seu aprendizado. Questão 2 Se você também fizesse parte da equipe dessa escola como psicopedagogo, qual outro profissional da equipe pedagógica você chamaria para apoiar a implementação de recursos pedagógicos a fim de atender ao estudante cego do caso? Parabéns! A alternativa B está correta. Tendo em vista o viés estritamente pedagógico da situação descrita no caso, os profissionais com maior conhecimento para atender a esta demanda são o coordenador pedagógico e o orientador pedagógico, mas este último já tinha sido convocado, restando apenas o coordenador como opção correta. Além disso, as parcerias com instituições especializadas no atendimento de A Psicólogo B Coordenador pedagógico C Dirigente de turno D Inspetor de aluno E Orientador educacional Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 53 of 78 01/09/2023 10:49 parcerias com instituições especializadas no atendimento de pessoas com deficiência visual é de extrema importância, pois essas instituições lidam com este público no dia a dia. Questão 3 Ao acompanhar o caso do estudante com a equipe multidisciplinar, a psicopedagoga e o orientador pedagógico, mesmo sabendo que o estudante sabia ler e escrever em braille, optaram pela digitalização de textos. Na sua opinião, eles tomaram a decisão correta? Digite sua resposta aqui Chave de resposta Em razão do estudante saber ler e escrever em braille e utilizar o computador por meio dos sistemas Dosvox e do NVDA, a equipe tomou a decisão de utilizar os textos digitalizados, pois a escola não possui uma impressora braille e não haveria tempo hábil para que os professores aprendessem o sistema braille. Na situação do exemplo, foi a decisão correta a ser tomada, devido a facilidade de aplicação, rápidez e economia. Entretanto, em um segundo momento, a qualificação do professor e uma impressora braille são necessárias para plena inclusão das necessidades do estudante com deficiência visual. Podemos considerar possibilidades como: projeto de formação Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 54 of 78 01/09/2023 10:49 possibilidades como: projeto de formação continuada; aprendizado de outros alunos para o desenvolvimento do braille; contratação de profissionais capacitados para este suporte, um mediador com tais habilidades etc. Ligando os pontos Leitura e escrita pelo sistema braille Identificar a TA é um primeiro passo ao se pensar na inclusão de alunos com deficiência visual. Contudo, torna-se necessário inserir tais tecnologias no cotidiano escolar por meio de práticas pedagógicas a fim de que efetivamente possibilitem a autonomia do aluno cego ou com baixa visão. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 55 of 78 01/09/2023 10:49 Desse modo, pode-se perceber que a compreensão de noções básicas do sistema braille é fundamental na abordagem de tais práticas pedagógicas, decorrendo daí a importância de se aprofundar um pouco mais esse sistema. Como estudamos, o lugar ocupado pelos símbolos braille é denominado cela ou célula braille. Quando ocupa uma só cela, esses símbolos são denominados simples; se ocupam duas, duplos; três, são triplos – e assim por diante. Os seis pontos que compõem o sistema braille podem ser dispostos em três linhas (14, 25 e 36) ou em duas colunas (123 - coluna esquerda, 456 - coluna direita). Assim, para facilitar a compreensão relativa de cada um dos pontos do sistema, eles são numerados de cima para baixo e da esquerda para a direita, tal como é feito no momento da leitura. Os símbolos braille são dispostos em uma sequência chamada de ordem braille. Veja as letras do alfabeto e seus respectivos pontos que as formam em braille: Letra A Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 56 of 78 01/09/2023 10:49 Ponto 1 Letra B Ponto 1 e 2 Letra C Ponto 1 e 4 Letra D Ponto 1, 4 e 5 Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 57 of 78 01/09/2023 10:49Letra E Ponto 1 e 5 Letra F Ponto 1, 2 e 4 Letra G Ponto 1, 2, 4 e 5 Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 58 of 78 01/09/2023 10:49 Letra H Ponto 1, 2 e 5 Letra I Ponto 2 e 4 Letra J Ponto 2, 4 e 5 Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 59 of 78 01/09/2023 10:49 Letra K Ponto 1 e 3 Letra L Ponto 1, 2 e 3 Letra M Ponto 1, 3 e 4 Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 60 of 78 01/09/2023 10:49 Letra N Ponto 1, 3, 4 e 5 Letra O Ponto 1, 3 e 5 Letra P Ponto 1, 2, 3 e 4 Letra Q Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 61 of 78 01/09/2023 10:49 Ponto 1, 2, 3, 4 e 5 Letra R Ponto 1, 2, 3 e 5 Letra S Ponto 2, 3 e 5 Letra T Ponto 2, 3, 4 e 5 Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 62 of 78 01/09/2023 10:49 Letra U Ponto 1, 3 e 6 Letra V Ponto 1, 2, 3 e 6 Letra W Ponto 2, 4, 5 e 6 Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 63 of 78 01/09/2023 10:49 Para que a pessoa com cegueira congênita ou adquirida se aproprie da leitura e da escrita por meio do sistema braille, é necessário haver o exercício da coordenação motora fina e ampla, bem como de Letra X Ponto 1, 3, 4 e 6 Letra Y Ponto 1, 3, 4, 5 e 6 Letra Z Ponto 1, 3, 5 e 6 Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 64 of 78 01/09/2023 10:49 experiências táteis. O IBC possui materiais pedagógicos para o ensino que antecedem a escrita e a leitura em braille, como cartilhas e livros para se exercitar a leitura. Contudo, nada impede que o professor crie o próprio material. É importante frisar que, nesse processo de aprendizagem do braille, devem ser oferecidos recursos para que o aluno reconheça e distinga, entre outros, os seguintes itens: Tamanho das linhas Início, meio e �m delas Espaço da célula braille A escrita por meio do sistema braille pode ser realizada: Da esquerda para a direita Máquina de datilografia braille. Da direita para a esquerda Reglete e punção. Utilizando soroban para cálculos Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 65 of 78 01/09/2023 10:49 Utilizando soroban para cálculos aritméticos O soroban – que atualmente é a TA pela qual a pessoa cega ou com baixa visão efetua cálculos aritméticos – pode ser ensinado desde o primeiro ano do ensino fundamental. Tal ensino parte da noção do concreto em relação à quantidade, à lateralidade, ao superior e ao inferior. São introduzidas as noções de classes e ordens simultaneamente com a escrita de números. A posição das mãos, de maneira que consigam trabalhar com autonomia, é primordial para que os cálculos sejam efetuados com êxito. O soroban é dividido em sete classes. Cada uma possui três ordens: centena, dezena e unidade. A primeira classe fica na extremidade esquerda dele, enquanto a sétima classe está em sua extremidade direita. A anotação dos números é realizada da esquerda para a direita, isto é, da maior para a menor ordem. Exemplo: em 123, anota-se primeiro o 1 na centena, o 2 na dezena e o 3 na unidade. Os cálculos são feitos do maior valor relativo para o menor. No método Moraes, calcula-se da Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 66 of 78 01/09/2023 10:49 maior ordem para a menor. Utilizando o método Moraes: quanto somam 23 + 22? Resposta Anotaremos o 22 na sétima classe e o 23 na primeira, repetindo-o na quinta classe. Em seguida, com as mãos nas dezenas da sétima e da primeira classe, somaremos 2+2=4. Depois, somaremos o 2 da unidade da sétima classe com o 3 da unidade da primeira = 5. O resultado da soma ficará anotado na primeira classe, que, ao final do cálculo, será o número 45 (escrito na primeira classe). No vídeo deste módulo, aprenderemos mais a respeito desse método. Tecnologias digitais O uso de tecnologias digitais por pessoas cegas e com baixa visão por intermédio das tecnologias assistivas tem sido uma importante aliada na promoção da autonomia no exercício das atividades da vida diária e escolares. Conheça algumas dessas tecnologias assistivas: Geralmente é a primeira TA usada na introdução do ensino dos recursos computacionais tanto nas salas de recursos multifuncionais quanto nas instituições especializadas no atendimento à pessoa com deficiência visual. Inicialmente, ensina-se a posição das teclas do teclado do computador (que pode ser desktop ou notebook) pela opção teste do teclado do Dosvox. Ela tem sido aprimorada pelos Dosvox Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 67 of 78 01/09/2023 10:49 desenvolvedores do sistema com o propósito de motivar e colaborar com a promoção da autonomia da pessoa com deficiência visual no uso do computador. O Dosvox possui diversos jogos pedagógicos e de entretenimento. No entanto, a maior parte deles é usada no processo de alfabetização e no ensino da Matemática. Gradativamente, o usuário se apropria dos atalhos de teclado existentes nesse e em outros aplicativos, agilizando o manejo da tecnologia assistiva. Ao pressionar a tecla de função F9 em qualquer aplicativo Dosvox, é possível acessar a lista de atalhos. Consiste em um editor de textos semelhante ao bloco de notas do Windows. Nesse sistema, o importante é que o professor ensine os atalhos concernentes a copiar e colar, margens, remover linhas etc. No Edivox, pode-se contar com uma calculadora, que, além de realizar cálculos diversos, tem como diferencial o fato de deixá-los salvos em um arquivo. Para acesso à internet pelo Dosvox, existe o Webvox, um navegador web no qual é possível ter acesso a sites e baixar arquivos e programas. Contudo, infelizmente nem todos os sites possuem uma acessibilidade web compatível com o Webvox. Edivox Webvox Cartavox Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 68 of 78 01/09/2023 10:49 Aplicativo semelhante ao Outlook que possibilita enviar e receber e-mails. Permite a leitura de telas do Windows, do pacote Office, do Mozilla Firefox e do Google Chrome. Tal como o Dosvox, ele é gratuito. No entanto, pelo fato de o NVDA ser um leitor de telas, e não um programa com aplicativos próprios, como o Dosvox, ele amplia o acesso das pessoas cegas e com baixa visão, aproximando-se do que a pessoa que enxerga consegue fazer por meio do computador. Porém, o acesso à internet é limitado, pois nem todos os web designers se pautam pelas normas de acessibilidade web W3C. O leitor de telas NVDA possui atalhos próprios para cada programa que não devem ser confundidos com os próprios atalhos do programa em si. Exemplo: nos navegadores web, o atalho para listar os links de um site é o insert+F7 e, em seguida, seta para cima e para baixo. Enquanto isso, o atalho de qualquer programa para copiar um texto para a área de transferência é o ctrl+c. Leitor de telas utilizado pelas pessoas cegas bastante semelhante ao NVDA. Porém, devido ao custo elevado, tem sido pouco utilizado, sobretudo, nas escolas. NVDA JAWS Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 69 of 78 01/09/2023 10:49 Com o objetivo de ampliar as possibilidades de acesso do deficiente visual ao mundo digital, é fundamental que o professor de sala de recursos multifuncionais orienteos estudantes no uso dos leitores de tela para dispositivos móveis. Os leitores de tela mais conhecidos são: Voice Over Apple Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 70 of 78 01/09/2023 10:49 Talkback Android Ambos proporcionam autonomia no uso dos celulares e tablets, os quais, embora não sejam tecnologias disponíveis nas salas de recursos, podem auxiliar na realização de atividades extraclasse. É importante que o professor saiba orientar as ações para o uso desses recursos, que se diferenciam daqueles feitos sem o leitor de telas ativo. Práticas pedagógicas inclusivas Veja a aplicabilidade de alguns instrumentos de tecnologia assistiva na educação inclusiva. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 71 of 78 01/09/2023 10:49 Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 O sistema braille é, sem dúvidas, um dos elementos essenciais para a inclusão do aluno cego, e para aqueles que estão envolvidos nesse processo de inclusão, é necessário, minimamente, noções acerca desse processo de escrita. Assim, assinale a opção correta sobre o sistema braille: A O lugar ocupado pelos símbolos braille é denominado reglete. B O lugar ocupado pelos símbolos braille é denominado cela ou célula. C A escrita por meio do sistema braille, não deve ser ensinada para adultos. D No sistema braille, não existem símbolos representados em duas celas. E Os símbolos no sistema braille, não podem ser Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 72 of 78 01/09/2023 10:49 Parabéns! A alternativa B está correta. Como estudamos, o lugar ocupado pelos símbolos braille é denominado cela ou célula. Já o reglete é um dos instrumentos utilizados, juntamente com a punção, para a escrita braille. Ao escrever, os símbolos podem ser representados em 1, 2, ou mais células. E tal escrita pode ser ensinada a pessoas de todas as idades. Questão 2 O NVDA é um leitor de telas gratuito. Sendo assim, marque a alternativa correta em relação ao uso desse leitor de telas: E representados em mais de duas celas. A O NVDA possui as mesmas funções do Dosvox. B O NVDA possui somente os atalhos particulares de cada programa compatível com o Windows. C O NVDA possui atalhos próprios para cada programa. D O NVDA possui as mesmas teclas de atalho do Dosvox. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 73 of 78 01/09/2023 10:49 Parabéns! A alternativa C está correta. O NVDA possui atalhos para cada programa compatível com ele. Considerações �nais A escola especializada, IBC, oferece a educação básica para as pessoas com deficiência visual e apoia as ações de inclusão escolar por meio das publicações e da adaptação de materiais em braille, bem como das pesquisas que envolvem o deficiente visual. Já na escola de educação básica comum, o AEE precisa ser oferecido de forma a complementar o processo de escolarização regular. Em caso de necessidade, o aluno deve ter acesso ao aprendizado do sistema braille de leitura e escrita, bem como aos recursos de tecnologias assistivas adequados tanto para a realização de cálculos, orientação e mobilidade, quanto para o acesso às tecnologias digitais. No caso do estudante com baixa visão, ele tem de acessar as tecnologias digitais cabíveis ao seu processo de ensino-aprendizagem: recursos não ópticos, ampliadores de tela etc. Em relação aos leitores de tela e ao sistema Dosvox, cabe ao professor E Os atalhos do NVDA não podem ser compatíveis com o Windows. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 74 of 78 01/09/2023 10:49 da sala de recursos multifuncionais II orientar os alunos nos usos dessas tecnologias assistivas, auxiliando na inclusão digital e na realização de tarefas escolares por intermédio, inclusive, de tecnologias móveis. Podcast Para encerrar, ouça um resumo com respostas a perguntas-chave para o entendimento deste conteúdo. Explore + Confira as indicações que separamos especialmente para você! Conheça mais sobre JAWS, ZoomText e Fusion no site da Freedom Scientific e sobre acessibilidade na página da empresa Virtual Vision. Para informações minuciosas sobre o JAWS, acesse o site Ler para Ver. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 75 of 78 01/09/2023 10:49 Conheça a startup Cinema cego, desenvolvida na UnB, ela apresenta avanços na área da audiodescrição. Pesquise o portal Bengala legal, do MAQ (Marco Antonio de Queiroz), que tem como objetivo divulgar a acessibilidade, especialmente na internet. Visite o Centro Mayo de Baja Visión, coordenado por Perla Mayo, ele oferece assessoria e formação na área da deficiência visual. Assista aos vídeos. As cores das flores – AD, libras e legenda, excelente exemplo de um produto audiovisual com audiodescrição. Acessibilidade Android – demonstração da linha Braille Focus 40, que apresenta esta importante TA utilizando um smartphone. Referências BERSCH, R. Introdução à tecnologia assistiva. Porto Alegre: Assistiva Tecnologia e Educação, 2017. BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, e o atendimento educacional especializado e dá outras providências. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: Ministério da Educação e Cultura /Consed/Undime, 2018. BRASIL. Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Dispõe sobre a Lei Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 76 of 78 01/09/2023 10:49 Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Dispõe sobre a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. BRASIL. Manual de orientação: programa de implantação de sala de recursos multifuncionais. Brasília: Ministério da Educação e Cultura, 2010a. CENTRO MAYO DE BAJA VISIÓN. Perla Mayo. Consultado na internet em: 5 fev. 2021. FERNANDES, C. T. et. al. A construção do conceito de número e o pré- soroban. Brasília: Ministério da Educação, 2006. GOMES, A. L. L. V. A Educação especial na perspectiva da inclusão escolar: o atendimento educacional especializado para alunos com deficiência intelectual. v. 2. Coleção “A educação na perspectiva da inclusão escolar”. Brasília: Ministério da Educação; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. SÁ, E. D. et al. Atendimento educacional especializado – deficiência visual. Brasília: SEESP/SEED/Ministério da Educação e Cultura, 2007. SILVEIRA, C; BASSANI, P. B. S.; REIDRICH, R. O. Avaliação das tecnologias de softwares existentes para a inclusão digital de deficientes visuais através da utilização de requisitos de qualidade. Revista Renote – novas tecnologias na educação. v. 5. n. 1. 2007. p. 1-16. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Teorias pedagógicas aplicadas: deficiência visual https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212hu/04867/index.html# 77 of 78 01/09/2023 10:49 Download material O que você achou do conteúdo? 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