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O UNIVERSO E A ESTRUTURA INTERNA DA TERRA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS DE CRATEÚS CURSO DE ENGENHARIA DE MINAS DISCIPLINA: GEOLOGIA GERAL SEBASTIÃO RODRIGO CORTEZ DE SOUZA (Geol., M.Sc., Prof. Assist. UFC Campus Crateús) Aula 02: Disponível na biblioteca UFC-Crateús: • Grotzinger, J. P. & Jordan, Tom. (2013). Para Entender a Terra. 6° Ed. Bookman. 738p. Capítulos 09 e 14 • Teixeira, W.; Toledo, M.C.M.; Fairchild, T. R.; Taioli, F. (2009). Decifrando a terra. 2° Ed. Oficina de Textos, São Paulo, 623p. Capítulos 01 e 02. BIBLIOGRAFIA DESTA AULA Definição: Tudo aquilo que existe!! Engloba milhares de milhões de galáxias com diferentes formas. O Universo é gigantesco, contudo é FINITO!! Por estranho que pareça é fundamentalmente ESPAÇO VAZIO. A matéria está aglomerada em GALÁXIAS. Cada foco de luz (na imagem) mostra uma galáxia O UNIVERSO Uma GALÁXIA é um sistema complexo composto de numerosos corpos celestes, a maioria estrelas e planetas, com gás disperso e que apresentam uma movimentação própria provocada pela gravidade. A GALAXIA Estamos inseridos no sistema SOLAR da galáxia VIA LACTEA, dentro do UNIVERSO. LOCALIZANDO O NOSSO PLANETA NO UNIVERSO Teoria do “big-bang” ➢ No início, não haviam galáxias, estrelas. Só energia!! ➢ Ao invés disso, havia um “globo” de tremenda energia que explodiu e, ao expandir-se, resfriou transformando a energia em matéria (E = mc2). ➢ Com isso, as grandes quantidades de matéria transformaram-se em galáxias e as estrelas se individualizaram dentro de cada galáxia. TEORIAS SOBRE A FORMAÇÃO DO UNIVERSO Teoria do Universo Constante ➢ Sugere que à medida que as galáxias se afastam umas das outras, mais hidrogênio se forma nos espaços “vazios” deixados pelas mesmas, de maneira ainda desconhecida. ➢ Talvez novas galáxias se formem para substituir as que estão em recessão ou em extinção. NÃO É MUITO ACEITA!!! Não explica a criação e tampouco prevê a destruição do universo. TEORIAS SOBRE A FORMAÇÃO DO UNIVERSO Teoria do Universo Oscilante ➢ Sugere que a EXPANSÃO pode cessar e iniciar um processo contrário de RETRAÇÃO. ➢ As galáxias se aglomerariam para depois expandir. ➢ Eternamente expandindo e contraindo com um “Gigantesco Pulmão”. TEORIAS SOBRE A FORMAÇÃO DO UNIVERSO ➢ A observação espectroscópica mostra os elementos responsáveis pela radiação e uma análise cuidadosa das intensidades das linhas do espectro é possível fazer estimativas aproximadas das quantidades relativas dos diferentes elementos presentes nas camadas exteriores do corpora diante. ➢ Os dados sugerem que o Universo é constituído pelos mesmos elementos químicos que conhecemos. ➢ É obtida pelo exame espectroscópio da radiação solar e estrelar, pela análise dos meteoritos e pelo que sabemos da composição da Terra e dos outros planetas. COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO UNIVERSO ❖O Sistema Solar é o nosso sistema planetário. ❖Formado pelo sol, planetas e seus cometas, asteróides, cometas e meteoritos. ❖O Sol contém mais de 99% da massa o Sistema O SISTEMA SOLAR ❑Estudos espectroscópicos mostram que a maioria dos elementos químicos conhecidos estão presentes na atmosfera solar. ❑O Sol libera um conjunto de radiação e partículas carregadas que são ejetadas e se propagam pelo Sistema Solar a que se dá o nome de vento solar. ❑Estrela com um raio aproximado de 695.000 km. ❑Encontra-se a 150 milhões km da Terra. ❑É constituído por gás hidrogênio ionizado e Hélio. O SOL Planetas Internos: Mercúrio, Venus, Terra e Marte: Pequenas dimensões, pouca massa e elevada densidade. Constituídos de rochas silicáticas e núcleo provavelmente metálico. Possuem atmosfera rarefeita e exibem poucos ou nenhum satélite. Planetas Externos: Júpter, Saturno, Uranio e Netuno: Grandes dimensões, muita massa e baixa densidade. Superfície coberta por espessas camadas de gases. Possuem atmosfera densa e exibem um grande número de satélites. OS PLANETAS MOVIMENTOS PLANETÁRIOS MOVIMENTOS PLANETÁRIOS São corpos rochosos, normalmente metálicos (Asteróides) e gasosos (Cometas), de dimensões variáveis que orbitam o sistema solar, entre Marte e Júpiter. ASTERÓIDES E COMETAS ✓ São Fragmentos Extraterrestres, oriundos de um cinturão de asteróides. ✓ Meteoro é o um fenômeno luminoso que resulta da vaporização do fragmento ao atravessar a atmosfera terrestre: Estrela Cadente. ✓ Meteorito é o fragmento que chega ao solo. METEOROS E METEORITOS ✓ EXISTEM DOIS GRUPOS DE METEORITOS: Condritos (~87%) Não são semelhantes aos materiais terrestres e são chamados de Não Diferenciados. Ex: Cratheús (1950) - 367 g Acondritos (~7%) São semelhantes aos materiais terrestres e são chamados de Diferenciados. Ex: Cratheús (1931) - 27.5kg TIPOS DE METEORITOS Meteroritos Condritos podem representar fragmentos do núcleo de um Pseudo Planeta, anterior à TERRA!! Isso mostra a semelhança entre a terra atual e a terra pretérita! Origem da Terra Primitiva! A comparação entre SOL, METEORITOS e CROSTA DA TERRA sugere uma origem Condrítica para todos os planetas do SISTEMA SOLAR. IMPORTÂNCIA DOS METEORITOS Existem duas escolas de pensamentos, ambas considerando o Sistema Solar atual como derivado de um Sol ancestral ou Nebulosa Solar Primitiva: Catastróficas: Forças externas Não Catastróficas: Forças internas Núcleo de massa de Sol primitivo (nebulosa) em rotação rápida rodeada por um envólucro extenso constituído de partículas sólidas e gás em movimento turbulento, com temperatura diminuindo radialmente a partir desse núcleo. No envólucro formou-se vórtices semelhantes a redemoinhos, causando acumulações locais de matéria que se agregaram para formar os Planetas. ORIGEM DO SISTEMA SOLAR Lei de Hubble = Limita a expansão do UNIVERSO em 15 bilhões de anos!! O SISTEMA SOLAR iniciou a sua aglutinação a 6 bilhões de anos!! A TERRA se formou a 4,6 bilhões de anos e as rochas mais antigas preservadas são de 3.8 bilhões de anos atrás!! IDADE DO SISTEMA SOLAR • Esferóide achatado nos Pólos e dilatado no Equador. Grau de Achatamento ~ 1/300 • Diâmetro Polar: 12.712 Km. • Diâmetro Equatorial: 12.756 Km. • Maior elevação: Everest 8.840m (HIMALAIA). • Maior depressão: Fossas Filipinas 11.516m. • Massa (estimada): 6 sextilhões de toneladas. • Densidade: 5,52 (5,52 vezes o peso da água). • Rochas de ocorrência na superfície: d = 2,7-3,0. • Rochas no interior da terra: d > 5,5. Conclusão: Materiais que ocorrem em maiores profundidades apresentam maiores densidades!! A TERRA Composição da Terra • Raio Médio: 6400 Km. • Estudos por Meios Diretos: Túnel, minas, metrô, cortes de estradas, etc. • Escavação mais profunda: 12,4 km (Kola) • Problema? – Temperatura: 30°C a 50°C por km (Gradiente Geotérmico!!) – Alta pressão – Materiais • NOTA: calor do Sol é irrelevante no interior da Terra • Estudo do INTERIOR por Meios Indiretos: – Sismologia, gravidade e geomagnetismo Poço de Kola Zapolyarny - Rússia A TERRA Sismologia: Ciência que estuda os terremotos Terremotos: liberação espontânea de Energia na crosta da terra, através da propagação de ondas elásticas, com velocidades definidas que dependem da densidade e do módulo de elasticidade do material que atravessam. ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: SISMOLOGIA Ondas Sísmicas Quatro tipos de ondas: P, S, Rayleigh e Love. Nos terremotos estuda-se as ondas de corpo (P e S) mais importantes, pois penetram no interior da Terra. Tais ondas sofrem sucessivas reflexões e refrações nas interfaces onde ocorrem mudanças em suas velocidades. Nos traz informações sobre a estrutura interna da terra!!! Ondas superficiais (Rayleigh e Love) menos importantes para estudos geológicos, porém são mais destrutivas! Lei de Snell numa sucessão de camadas horizontais ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: SISMOLOGIA Modo de Propagação Ondas Sísmicas Internas e Superficiais • Ondas P (principal): ondas de compressão, longitudinais. • Ondas S (secundária): ondas transversais. • A Onda Rayleigh é uma combinação das ondasP e S, num movimento elíptico. • A Onda Love a oscilação das partículas é horizontal transversal. ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: SISMOLOGIA • A velocidade de propagação das ondas sísmicas no interior da Terra é proporcional à densidade do meio atravessado. A análise das ondas sísmicas permite conhecer física e quimicamente as regiões percorridas pelas mesmas, baseado na propagação da refração de um meio com V1 para outro com V2 V1 V2 ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: SISMOLOGIA A análise das ondas sísmicas permite conhecer física e quimicamente as regiões percorridas pelas mesmas O principio se baseia na propagação da refração de um meio com V1 para outro com V2 ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: SISMOLOGIA ➢ Os primeiros estudos datam do século XVI (Galileu), mas Newton quantificou: ➢ Portanto, a Aceleração da Gravidade depende apenas de MASSA!! Força Gravitacional = Aceleração Gravitacional = ➢ Aceleração centrífuga, dada pela rotação da terra: ac = (2πT) 2r ➢ T é o período de rotação e r é a distancia ao ponto. ➢ Aceleração centrífuga é 0 exatamente sobre o eixo de rotação GRAVIDADE (g) = ag + ac ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: GRAVIDADE Medidas do campo gravitacional da TERRA nos permite inferir importantes medidas sobre o seu interior e sobre a interação com outros corpos do SS. ➢ Cada ponto na TERRA possui uma gravidade (g) especifica. ➢ O VETOR de intensidade g sempre aponta para o centro da TERRA. ➢ Os instrumentos que medem a gravidade são os GRAVIMETROS. ➢ A unidade de aceleração é o Gal (em homenagem a Galileu) ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: GRAVIDADE ➢ O valor médio na superfície é 9,80 m/s2 ou 980 Gal (limite de 0,01 mGal !) ➢ Usamos a diferença de g nos nossos estudos interpretativos: anomalias graviméticas. ➢ Explica-se pela diferença de densidade entre os diferentes rochas. ❖ Anomalias Negativas: densidades mais baixas ❖ Anomalias Positivas: densidades mais altas Formula Internacional da Gravidade: Gravidade Latitude do ponto ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: GRAVIDADE Mapa de anomalia Bougher do Brasil e áreas adjacentes ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: GRAVIDADE ➢ ISOSTASIA é o termo utilizado para se referir ao estado de equilíbrio gravitacional na crosta terrestre. ➢ Baseia-se no principio do Equilíbrio Hidrostático de Arquimedes. ➢ Introduzido na geologia por P. Bougher (Andes) e G. Everest (Himalaia) que notaram que a FG era menor nas grandes cadeias de montanhas. Empuxo Liquido deslocado ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: GRAVIDADE E ISOSTASIA Significa que abaixo das montanhas existe uma deficiência de massa, igual à massa das montanhas: EQUILIBRIO GRAVITACIONAL!! d1 d2 d2 d3 d4 d5 DENSIDADES d1 > d2 > d3 > d4 > d5 ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: GRAVIDADE E ISOSTASIA ➢ A TERRA é um imã gigante e gera um campo magnético. ➢ Os POLOS MAG. não coincidem com os POLOS GEOG. ➢ O C.M. varia com o tempo (pode inverter a polaridade). Polo Sul Magnético Polo Norte Magnético ESTUDO DO INTERIOR DA TERRA: MAGNETISMO A TERRA É ESTRATIFICADA!! ESTRUTURA INTERNA DA TERRA A CROSTA • Sólida e Fina: • Parte externa da Terra • C. Oceânica: 5-10 km (SIMA) • C. Continental: 30-80 km (SIAL) • Limita-se na Descontinuidade de Mohorovicic • Ondas sísmicas propagam-se entre 5,5 a 7,5 km/s • 0,375 % da massa total da terra • Materiais leves • Baixa T e d:(< 600° C) – (2.65 – 2,95 g/cm3) • O, Si, Al, Fe, Ca, Na, K e Mg (95%) • Au, Ni, Ag, Cu, Ti, Mn, Rb, etc... ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO INTERNA DA TERRA O MANTO • Plástico e espesso: • Manto Superior: 80-400 km • Manto Transicional: 400-650 km • Manto Inferior: 650-2900 km • Limita-se na Descontinuidade de Gutemberg • Zonas de convecção e placas tectônicas • Ondas sísmicas propagam-se entre 8,0 a 13,0 km/s • 67 % da massa total da terra • Alta T e moderada d: (> 800°C – 2.200°C) - (3.3 – 5 g/cm3) • O, Si, Fe, Mg, Ca (90%) ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO INTERNA DA TERRA O NÚCLEO • Líquido e Sólido: • Núcleo Externo: 2900-5100 km • Núcleo Interno: 5100-6400 km • Núcleo Externo é líquido (onda S não se propaga!!) • Núcleo Interno é sólido (devido à altíssima pressão) • Ondas sísmicas propagam-se entre 6,0 a 15,0 km/s • 32 % da massa total da terra • Alta T e d: (2.200°C – 5.000°C) – (12 g/cm3) • Ni (20%), Fe (80%) ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO INTERNA DA TERRA ESTRUTURAÇÃO GERAL DA TERRA Noções de Estratigrafia PROXIMA AULA
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