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AVD FILOSOFIA – 10,0 1,25 pts. 1. Kant e Fichte rejeitam a metafísica pura, que supõe a possibilidade de ideias autônomas, desencarnadas. Ambos chamam atenção para o fato de que as ideias só existem a partir da: ação social ação metafísica ação objetiva ação subjetiva ação pura 1,25 pts. 2. A filosofia de Hegel constitui, assim, exemplo de um grandioso e radical investimento especulativo, qualificado como Ideia de liberdade. Ao mesmo tempo em que tem a pretensão de analisar a liberdade segundo um modo conceitual (lógico-ontológico), quer, também, compreendê-la como uma forma histórica de sua manifestação. Ou, dito de ourto modo, sem abandonar o seu caráter autorreferencial (subjetivo), o filósofo pretende efetivá-la na sua necessária forma institucional (objetiva). (...) Se a liberdade subjetiva não alcançar essa dimensão e se circunscrever no âmbito dos interesses e dejoses particulares dos indivíduos nas suas relações privadas, o próprio princípio da liberdade se vê: MARÇAL, J. [org.] Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009. p. 309. Com base na citação anterior, assinale o que for correto. A efetividade do Estado e das instiut ições sociais constitui um obstáculo para os desejos particulares dos indivíduos. O livre arbítrio constitui uma ameaça para a realização da liberdade. A liberdade é uma síntese da religião com o autoconhecimento. O exercício da liberdade não é característico de um processo historicamente definido. A liberdade deve ser pensada em dois planos distintos: o primeiro, autorreferencial ou subjetivo, e o segundo, institucional ou objetivo. 1,25 pts. 3. O pensamento filosófico de Nietzsche desenvolve-se, em grande medida, como uma crítica à lógica da razão moderna. Trata-se de uma espécie de recepção crítica do Idealismo Alemão. Acerca das reflexões deste filósofo, assinale a alternativa correta. Para Nietzsche, o conhecimento e o desejo de poder ou a vontade de dominação estão interligados. Conforme o pensamento do referido filósofo, o conhecimento não depende de elementos como a vontade ou os instintos humanos, o que o aproxima da obra de Schopenhauer. À luz do pensamento nietzschiano, o conhecimento é um processo mental, que pouco se explica a partir do corpo ou dos desejos. A verdade inerente às coisas do mundo é o objetivo último da sua obra, que resgata a filosofia platônica. A sua obra descreve uma busca desinteressada e neutra pelo conhecimento, o que o aproxima do pensamento de Santo Agostinho. 1,25 pts. 4. Nietzsche é um dos filósofos mais controversos da modernidade, estabelecendo, em sua filosofia, uma forte crítica ao Iluminismo e ao idealismo alemão, ao mesmo tempo em que, de forma dialógica, por meia desta crítica mesma, se apropria de alguns conteúdos das referidas escolas filosóficas para cunhar o seu pensamento. Leia as afirmativas abaixo a respeito da filosofia de Nietzsche: I. Questiona a pretenção humana em torno de uma verdade intrínseca às coisas. II. O que leva o homem em busca do conhecimento é a vontade de poder, ou seja, a visão de que o conhecimento é maior possibilidade de dominação da natureza. III. Concorda com Kant a respeito do papel do conceito como via para acessar a experiência e daí a consequente produção do conhecimento. Considera-se correto o que está presente em: Os itens I, II e III Apenas os itens I e II Apenas o item III Apenas o item I Apenas o item II 1,25 pts. 5. O mundo é minha representação. SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação. São Paulo: 34, 2013. A categoria representação é central na filosofia de Schopenhauer e é a partir dela, e da categoria vontade, que o autor nega a promessa iluminista de que a razão seria o vetor do progresso e da felicidade humana. Sobre a representação em Schopenhauer, assinale a alternativa correta. A forma que o homem é capaz de representar o mundo por intermédio de seus sentidos e intelecto. Essência do mundo, solução para o enigma do universo. A forma que o homem se espelha no mundo, vejo aquilo que quero ver, ouço aquilo que quero ouvir. A forma que o homem se relaciona com o mundo, utilizando-se de valores e moral. A moral não existe para o autor, sua proposição é do abandono da ideologia e dos estudos sobre a sociedade. 1,25 pts. 6. "O homem é condenado a ser livre". Esta frase de Jean Paul Sartre sintetiza o movimento filosófico, que marcou a Europa no pós-Segunda Guerra Mundial, a saber o(a): Pós-estruturalismo. Estruturalismo. Existencialismo. Pós-modernidade. Dodecafonismo. 1,25 pts. 7. O ceticismo de David Hume inspirou Kant, que é reconhecido como o fundador do idealismo alemão. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que melhor define a leitura que Kant fez de Hume. Hume criticava a expansão colonial europeia na América, o que influenciou o idealismo alemão, que foi a primeira corrente filosófica europeia a defender a emancipação política do novo mundo. Hume desconfiava da ambição cognitiva iluminista, fundada no procedimento dedutivo. Essa desconfiança inspirou Kant e o idealismo alemão, fundado no procedimento indutivo. Hume desconfiava da modesta cognitiva do iluminismo, argumentando que se tratava de uma estratégia silenciosa de dominação, o que influenciou muito a crítica que o idealismo alemão fez ao iluminismo francês. Hume era cético em relação aos ideais democráticos modernos, o que o levou a defender o antigo regime, trilha seguida também por Kant e pelo idealismo alemão. Hume era cético em relação ao racionalismo moderno porque era admirador da tradição católica medieval, percepção que influenciou bastante Kant e o idealismo alemão, que se esforçaram em defender os valores cristãos. 1,25 pts. 8. "Vi os homens sumirem-se numa grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas obras. Proclamou-se uma doutrina e com ela circulou uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! O nosso trabalho foi inútil; o nosso vinho tornou-se veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os corações. Secamos de todo, e se caísse fogo em cima de nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos o próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós, e o mar retirou-se. Todos os solos se querem abrir, mas os abismos não nos querem tragar!" (NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra, Rio de Janeiro. Ediouro, 1977). O texto exprime uma construção alegórica, que traduz um entendimento da doutrina niilista, uma vez que Reforça a liberdade do cidadão. Determina a importância do comércio. Desvela os valores do cotidiano. Destaca a decadência da cultura. Exorta as relações de produção.
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