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zoonoses conceitos e brucelose

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zoonoses conceitos e definições
Uma zoonose é uma doença transmitida ao animal e ao homem, como
leishmaniose, toxoplasmose, brucelose, entre outras. Outros conceitos são:
♡ zooantroponose: doença que passa de humanos (reservatório) para animais
(susceptíveis).
♡ antropozoonoses
♡ anfixenose: doenças comum ao homem e aos animais.
♡ spillback & spillover a transmissão de um agente patogênico adaptado a uma
população (reservatório) para uma nova população hospedeira (spillover) e o
retorno desse agente da nova população hospedeira para a população reservatória
original (spill-back).
♡ uma zoonose direta é transmitida diretamente pelo animal, a partir de
mordedura e arranhaduras, como a raiva.
➔ a raiva pode ser transmitida por via inalatória, deixando de ser uma “zoonose
direta”.
♡ ciclozoonoses apresentam duas espécies de vertebrados e são divididas em
euzoonose e parazoonose, sendo que a primeira obrigatoriamente passa por
humanos. A hidatidose é uma parazoonose.
♡metazoonoses necessitam de um invertebrado.
♡ saprozoonoses o agente necessita de transformação no ambiente, como
ocorre na esporotricose.
75% de doenças em animais emergentes podem ser transmitidas aos humanos
(potencial de spillover/zoonótico).
Levar em conta fatores como a relação predador-presa, a domesticação, os
processos de exploração e produção para alimentação e os animais de estimação e
companhia. No século XX, ocorreu a transição epidemiológica (> de doenças não
transmissíveis).
A saúde pública se preocupa com a saúde animal pensando, principalmente, na
saúde humana; a medicina veterinária pode atuar de forma preventiva (manejo e
controle de enfermidades animais, com ações locais ou coletivas; estruturação de
controle, erradicação e vigilância) ou como saúde pública (manejo e controle de
enfermidades de interface humana x animal, atuando em produtos de origem
animal, alimentos e zoonoses, com ações locais ou coletivas).
● erradicação da primeira enfermidade Rinderpest
Para o ministério da saúde, a abordagem para zoonoses algumas políticas de
programas nacionais pode envolver eutanásia; além disso, zoonoses apresentam
relevância regional ou local (exemplo: toxoplasmose, esporotricose, toxocaríase,
hidatidose, entre outras) e existem zoonoses classificadas como emergentes ou
reemergentes.
♡ os principais programas nacionais envolvem as zoonoses: peste, leptospirose,
febre maculosa brasileira, hantavirose, doença de Chagas, febre amarela,
Chikungunya e febre do Nilo Ocidental. A notificação de doenças constantes da
LNNC é obrigatória para os médicos, outros profissionais de saúde ou responsáveis
pelos serviços públicos e privados de saúde, que prestam assistência ao paciente.
● EVENTO DE SAÚDE PÚBLICA
Situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a
ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida,
alteração no padrão clinicoepidemiológico das doenças conhecidas,
considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade,
a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos
decorrentes de desastres ou acidentes.
A vigilância de zoonoses é feita, principalmente, por órgãos públicos ou – se for
uma zoonose de notificação obrigatória – por veterinários (notificação). Deve
apresentar observação contínua e sistemática.
● quesitos para colocar uma doença sobre vigilância: magnitude,
transcendência, potencial de disseminação, gravidade, severidade,
população exposta, etc.
● vigilância ativa: permanência sistemática feita pelo serviço público
(inquérito, agentes de saúde, entre outros).
● vigilância passiva: é oque mais acontece na veterinária; o problema chega
até você/serviço público.
A interrupção do ciclo de transmissão requer um conhecimento prévio sobre risco
iminente da doença ao chegar no território ou a exportação da doença para outros
territórios e o caráter da zoonose – incidente (raiva) ou prevalente (leishmaniose).
♡ a raiva é uma doença de risco iminente e incidente.
brucelose
É uma doença bacteriana (gram negativa, intracelular obrigatória) e apresenta
como sinais clínicos, em humanos, febre aguda ou insidiosa, anorexia, sudorese
profusa,mialgia e artralgia e pode ser chamada de “febre do mediterrâneo”. O
quadro clínico é variável, de subclínico a agudo, subagudo ou crônico. Difícil
diagnóstico, devido às inespecificidades dos sintomas. O PI (período de incubação)
é variável, variando de 5 a 60 dias e, até mesmo, 2 anos. É tratável (doxiciclina). A
notificação dos casos deve ser realizada pelas unidades e saúde, sempre que
houver uma suspeita de brucelose humana.
♡ como a bactéria não é circulante, a amostra de sangue não é o ideal.
♡ qualquer Brucella apresenta potencial zoonótico.
♡ as Brucella apresentam lipopolissacarídeos (LPS); algumas podem ser lisas (B.
suis, B. melitensis e B. abortus) ou rugosas/mucoides (B. canis e B. ovis), de forma
que a cultura fica “rugosa”. As bactérias lisas apresentammaior potencial
zoonótico. Além disso, o AAT (teste acidificante tamponado) identifica Brucella do
tipo lisa e pode haver reação cruzada. Dessa forma, se tratando de brucelose em
ovinos e caninos, deve-se realizar outro teste (PCR de abscesso ou biópsia de
órgãos com alteração). Tudo isso, culmina em subnotificações.
O modo de transmissão ocorre por ingestão de leite e/ou derivados lácteos não
pasteurizados, contato direto da pele lesionada/mucosas com secreções de aborto,
urina ou sangue de animais infectados, carcaça de animais mortos, pode haver
transmissão por via inalatória – aerossolização – ou por via iatrogênica direta
(acidente em aplicação de vacinas) e, como formas menos frequentes de
contaminação, existe a ingestão de carne, sangue e medula óssea ou visceras
malcozidas de animais contaminados, ingestão de vegetais contaminados e
contaminação dos ambientes e objetos pelas secreções infectadas.
♡ No Brasil, existem duas vacinas para Brucella abortus, sendo as duas do tipo viva
com cepas atenuadas e a B19 (B. abortus biovar 1) é a mais utilizada (fêmeas
bovinas de 3 a 8 meses) e a RB-51 (B. abortus 2308 biovar 1; resistente à
rifampicina) pode ser utilizada emmachos e em qualquer faixa etária – pois existe
menor possibilidade de causar doenças em bovinos, pois se torna atenuada e
rugosa.
O PPP (período pré-patente) para
brucelose vacinal é de 5 a 7 dias
(aparecimento de IgM e IgG — que
deve aparecer após 14 dias), dessa
forma, deve-se esperar alguns dias
para a realização dos testes. O pico
de IgG e IgM ocorre após 4 semanas.
● todos os mamíferos são suscetíveis. a brucelose, em equinos, pode causar
higroma (mal da cernelha; abscesso em área de pescoço). Quando ocorre a
supuração do abscesso (drenagem), ele se torna uma porta de saída –
devendo ser um procedimento asséptico.
● fonte de infecção: cães, ovinos, bovinos e bubalinos, além de outros
mamíferos.
Os principais diferenciais para brucelose são tuberculose (formação de abscesso),
dengue, febre tifoide, leptospirose, mononucleose, entre outras doenças que
podem causar abscessos, febre e dores musculares e/ou articulares.
O diagnóstico pode
ser direto (PCR ou
cultura) ou indireto
(SAR com rosa
bengala—
Brucella lisa —,
microaglutinação
— detecta B. canis
e B. ovis, devendo usar antígeno rugoso —, ELISA, fluorescência polarizada ou RIFI).
● PCR para gênero é sensível mas não é específico. Necessário exigir a espécie
(orientações).
● o teste de rosa bengala é o padrão na saúde humana; usado na triagem. Se
der negativo, deve ser repetido em 30 dias, ao positivar, realizar teste
comprovatório (ELISA). Se o teste de triagem for repetido e continuar
negativo, manter acompanhamento ambulatorial para realizar diagnóstico
diferencial.
○ Em caso de exposição ocupacional à cepa vacinal (cepa rugosa) de
Brucella abortus, RB51, deve-se lembrar que os testes diagnósticos
disponíveis, tanto os confirmatórios quanto os de triagem, baseiam-se
na detecção de anticorpos contra cepa lisa, a mais virulenta. Portanto,
casos expostos à cepa rugosa vacinal sempre serãonegativos, pois
nessa situação, os anticorpos formados são contra cepa rugosa.
● além de rifampicina (200mg/mL oral ou 300mg cápsula) e doxiciclina,
pode-se utilizar sulfato de estreptomicina 1g (injetável). O tratamento pode
variar de acordo com o estado.
Realizar castração e monitoramento (guarda responsavel). A prevenção da
brucelose no homem depende, sobretudo, do controle ou erradicação da doença
nos animais por meio da vacinação ou detecção e eliminação dos animais
infectados. Realizar inspeção de POA, pasteurização/fervura, desinfecção ambiental
e higiene. Controle do trânsito de animais.

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