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ESTUDO DIRIGIDO SANIDADE ANIMAL ! (1)

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SANIDADE ANIMAL
AULA 1: Introdução as doenças Infecciosas; Tríade Epidemiológica; Indicadores Epidemiológicos
1) Esquematize o conceito de doenças infecciosas.
Doença Não infeccioso
 Infeccioso Transmissível ou Não transmissível
2) Quais as classificações de doenças infecciosas? Descreva. 
Emergente; Reemergente; Controlada; Erradicada; Exótica.
São indicadores epidemiológicos que avaliam os padrões de ocorrência de doenças.
3) Quais os padrões de doenças infecciosas? Descreva.
Caso: Isolado ou esporádico, não mantém relação epidemiológica entre eles.
Foco: Existe relação entre os casos. Agrupamento de casos ligados epidemiologicamente.
Surto: Agrupamento de focos ligados epidemiologicamente.
Endemia: Ocorrem casos dentro do esperado (diagrama de controle).
Epidemia: Casos acima do limite superior esperado de uma doença.
Pandemia: Epidemias simultâneas em vários continentes.
4) O que é a Teoria da Transição Epidemiológica? O que deu errado?
“Com a evolução tecnológica na área de saúde, esperava-se que as doenças infecciosas transmissíveis reduzissem sua importância como causa de morbidade e mortalidade das populações.” Deu errado devido a ampliação do consumo de alimentos de origem animal, desestruturação dos serviços de saúde e/ou desatualização das estratégias de controle de doenças; etc.
5) Como uma doença X pode influenciar na incidência de outra doença Y? Este fato favorece um aumento da prevalência Y?
Quando algum fator na doença X associado a determinantes da doença Y
potencializam a sua ocorrência. Nem sempre, incidência e prevalência são indicadores independentes.
6) O que são Determinantes Epidemiológicos?
“Com o surgimento ou recrudescimento de novas e velhas doenças, novos padrões de ocorrência também emergem, fruto da interação entre seus agentes, do ambiente e da vulnerabilidade populacional.”
AULA 2: Notificação obrigatória de doenças dos animais
1) Quando falamos em Sanidade Animal, devemos lembrar que os serviços veterinários devem ser bem estruturados, capacitados e aptos para a detecção e adoção precoce das medidas de controle e erradicação das doenças. Escreva em ordem decrescente, os órgãos responsáveis pelas notificações de doenças.
OIE – Organização Mundial da Saúde Animal; Notifica a OMC (Organização Mundial do Comércio);
MAPA – Departamento de Saúde Animal - DSA/DAS: responsável pelas ações governamentais para a saúde de animais terrestres e aquáticos no Brasil, sendo
também representante do país em fóruns sobre o tema. 
SFA – Superintendência Federal Agropecuária.
SMA – Serviço Estadual.
SVO – Serviço Veterinário Oficial.
2) Do que se trata a lei da Instrução Normativa (IN) 50/2013 – MAPA?
É obrigatória a notificação de suspeita ou ocorrência de doença listada na Instrução Normativa 50/2013, por parte de qualquer cidadão, especialmente para profissional que atue na área de diagnóstico, ensino ou pesquisa em saúde animal. A notificação é fundamental para atuação precoce e efetiva do Serviço Veterinário Oficial.
3) Quem pode notificar? Deve haver notificação? Só podem ser notificadas doenças na IN?
Cidadãos, vigilância ou terceiros podem fazer a notificação. Deve haver notificação, pois ela é fundamental para atuação precoce e efetiva do Serviço
Veterinário Oficial (SVO). Apenas doenças poderão ser notificadas na IN 50.
4) Quais as normas de Sanidade Animal?
I – Fundamentação Animal – 1935 (obrigatória): Aprova normas reguladoras da aceitação, dispõe sobre a aceitação pelo Ministério da Agricultura, aprova o regulamento para execução das medidas de defesa sanitária animal, aprova o Regulamento do Serviço de Defesa Sanitária Animal, entre outros.
II – Programas de Saúde Animal – Regulamento Animal: O gerenciamento dos programas de saúde animal visa fortalecer a situação do país. Aplica diretrizes de prevenção, vigilância, controle e erradicação de doenças dos animais terrestres e aquáticos. 
III – Controle de Trânsito e Quarentena – Depende da Doença: Estabelece restrições de trânsito nacional dos animais terrestres e aquáticos.
5) Quais os tipos de notificações?
Notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial;
Notificação imediata de qualquer caso suspeito;
Notificação imediata de qualquer caso confirmado;
Notificação mensal de qualquer caso confirmado.
AULA 3: LEUCOSE ENZOOTICA BOVINA
1) O que é a LEB? Qual o seu agente etiológico?
É uma doença infecciosa causada por um retrovírus que causa uma proliferação linfocitária e/ou formação de linfossarcomas.
2) Classifique a LEB de acordo com o seu padrão de ocorrência.
É uma doença que ocorre dentro do esperado, ou seja, endêmica.
3) De acordo com o seu curso, qual o indicador epidemiológico mais adequado para medir a ocorrência da LEB em uma área geográfica?
Morbidade prevalente Nº de casos existentes 
 População
 
4) De acordo com a IN 50/2013 do MAPA, a LEB possui qual tipo de notificação?
Notificação mensal de qualquer caso confirmado.
5) De acordo com a apresentação clínica da LEB em rebanho-problema, o impacto da doença é de caráter econômico, saúde pública ou ambos?
De caráter econômico, devido às perdas financeiras, que incluem gastos com tratamento e diagnóstico, diminuição dos níveis de produtividade, mortes de animais ocasionadas pela doença, condenação de carcaças, custos com a reposição de animais, e principalmente, a impossibilidade de exportação dos animais.
5) Com relação ao agente etiológico assinale as afirmativas adequadas:
( ) alta resistência
(x) baixa resistência
(x) termolábil
( ) termoestável
( ) alta infecciosidade
(x) baixa infecciosidade
(x) pertence a mesma família do vírus HIV
( ) pertence a mesma família do vírus da raiva
(x) pertence à mesma família do vírus Anemia Infecciosa Equina
6) Construa a cadeia epidemiológica da LEB.
F.I.: Bovídeos infectados;
V.E.: Sangue, saliva, leite, secreções;
V.T.: Ingestão, fômites, inoculação;
P.E.: Transcutânea, mucosa, oral;
S.: Bovídeos saudáveis.
7) Quais testes sorológicos podem ser empregados para o diagnóstico
laboratorial da LEB?
 E= confirmatório
 S= triagem
Imunodifusão em gel de Agar (IDGA) ou Teste de Coggins– oficial;
Ensaio Imunoenzimático (ELISA).
8) Qual o principal fator relacionado com a ocorrência de resultado falso-
positivo em animais abaixo de 6 meses. Qual a estratégia sanitária empregada para anular esta interferência?
Reações falso-positivas podem ocorrer em neonatos que receberam anticorpos pelo colostro da mãe positivas até os 6 meses de idade. Com idade acima dos 6 meses com resultados positivos nos 3 exames consecutivos (intervalo de 1 mês), devem ser considerados como positivos infectados. Como medida, não podemos deixar que o bezerro se alimente do colostro da mãe positiva, alimentado-os então, com o colostro e leite pasteurizados ou de vacas livres da LEB, sendo isolados e retestados aos 9 meses, e somente serão reintroduzidos no rebanho negativo, se mantiverem a condição soronegativa.
9) Quais estratégias de prevenção e controle são indicadas para a proposta de
saneamento para rebanho-problema?
- Utilização de agulhas estéreis individuais para procedimentos profiláticos, clínicos e terapêuticos (aplicação de vacinas, antiparasitários, outros medicamentos, anestésicos e coleta de sangue).
- Utilização de luvas de palpação individuais para cada animal.
- Lavagem e desinfecção de instrumentos cirúrgicos ou de procedimentos potencialmente contaminados com sangue de animal infectado.
AULA 4: PROGRAMA NACIONAL DE ERRADICAÇÃO E PREVENÇÃO DA FEBRE AFTOSA – PNEFA
1) Quais os principais objetivos do PNEFA?
Criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa; ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação; fortalecer a vigilância para doenças vesiculares; proteger o patrimônio pecuário nacional, gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira.
2) Quais são os critérios para essa transição de status sanitário?Técnicos, estratégicos, geográficos e estruturais. Esses são os critérios fundamentais para favorecer a transição regionalizada de ZLFACV (Zona Livre da Febre Aftosa Com Vacinação) para a ZLFASV (Zona Livre da Febre Aftosa Sem Vacinação) entre 2019-2023. 
3) Qual o status sanitário atualmente no Brasil?
O Brasil é reconhecido para Febre Aftosa como uma Zona Livre com Vacinação.
4) Desde a sua criação, em 1992, o PNEFA vem combatendo a Febre Aftosa no Brasil. Cite os feitos já realizados desse programa. 
Eliminação da doença clínica há mais de 11 anos; ausência de transmissão/infecção viral (estudos soroepidemiológicos); incorporação da absoluta maioria do rebanho em zonas livres com e sem vacinação; forte participação e efetiva atuação da comunidade nas ações do Programa; campanhas de vacinação; etc.
5) Quais as diretrizes estratégicas no PNEFA?
Gestão compartilhada e participação social: efetiva participação social em todos os setores, prioritariamente no nível local. 
Aperfeiçoamento das capacidades do SVO: melhorias técnicas e estruturais sustentáveis, identificar fragilidades e corrigi-las no menor espaço de tempo, priorizando as áreas mais vulneráveis e estratégicas.
Cooperação internacional: articulação e cooperação no nível global e regional para fortalecer as ações de vigilância e controle da doença.
Agilidade e precisão no diagnóstico:
6) Quais são os fatores considerados nas diretrizes estratégicas e qual a expectativa do PNEFA?
Fatores considerados: Condições do SVO e suas relações com o setor privado; riscos de reintrodução da doença no país; fortalecimento dos mecanismos de prevenção da doença (priorizando áreas mais vulneráveis).
Expectativa: Abandono da vacinação sistemática; reforço dos mecanismos de prevenção e vigilância; ampliação da capacidade de detecção precoce; resposta rápida às possíveis ocorrências de febre aftosa.
7) Qual o único estado brasileiro classificado como Zona Livre Sem Vacinação? E os Estados com risco médio?
ZLFASV: Santa Catarina;
Risco Médio: Amazonas, Amapá e norte do Pará.
8) O que é área de proteção sanitária?
É uma área delimitada em 25km para o controle da Febre Aftosa
Área perifocal: 3 km
Área vigilância: 7 km
Área tampão: 15 km (mais importante, por impedir o agente de sair da zona de proteção). 
9) Mas afinal, o que é a febre aftosa? 
A febre aftosa (FA) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta animais biungulados, ou seja, animais que possuem dois dedos. Os mais afetados são bovinos de leite e de corte e os suínos. O vírus da FA pertence ao gênero Aphtovirus da família Picornaviridae, um dos menores do mundo. Não é envelopado, com genoma RNA, fita única.
AULA 5: MONITORAMENTO E VIGILÂNCIA NA DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
1) Qual a diferença entre monitoramento e vigilância?
Monitoramento: Há esforços para a verificação do status sanitário de uma população específica. Uso de amostragem sistemática ou contínua de indivíduos desta população (nacional, regional ou rebanho).
Vigilância: Há a observação sistemática e contínua da frequência, da distribuição e dos determinantes dos eventos de saúde e suas tendências na população. Forma intensiva de monitoramento com ações (intervenções) pré-definidas de acordo com o nível crítico. Direcionado a uma doença específica.
2) O que é vigilância baseada em riscos? Quais os 2 tipos de vigilância?
A vigilância baseada em riscos utiliza métodos quantitativos e qualitativos para aumentar a eficiência, sendo que suas atividades são voltadas a populações mais expostas a fatores que aumentam o risco de infecção.
Vigilância ativa: Atividade permanente, intensiva e que tem como propósito estabelecer a presença ou ausência de uma doença específica. Busca ativa, pelas equipes do sistema de defesa sanitária animal, da presença ou de evidências relativas à existência de atributos indicativos de anormalidades
Sanitárias.
Vigilância passiva: Obtenção de informações à Defesa por meio de relatos voluntários dos proprietários dos rebanhos, de comerciantes e de outros membros da comunidade, inclusive de médicos veterinários. Realiza notificações.
Encefalopatias Espongiformes Transmissível (EET’s)
1) O que são as Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis (EETs)? Qual o seu agente etiológico?
As EETs têm origem através das proteínas priônicas normais (PrPc) encontrada nas membranas de células nervosas, que através de uma mutação, se transformam em formas anormais de proteínas príonicas codificadas pelo hospedeiro (PrPsc), levando o hospedeiro a um quadro degenerativo crônico e transmissível do SNC.
2) Quais as características do Príon?
O príon é pequeno, altamente estável, com um longo período de incubação. Possui diferentes tipos de formas priônicas: ATÍPICAS e CLÁSSICAS. 
 Atípicas: mutação espontânea de proteínas normais do tecido nervoso e linfoide.
Clássicas: ingestão de proteína animal com príon modificado.
3) Quais as doenças mais comuns causadas pelas EETs?
KURU: Doença que acometeu uma tribo na Nova Guiné em 50, devido o costume da tribo de se alimentar do cérebro dos mortos. 
Doença de Creutzfeldt-Jacob (DCJ): Acomete humanos com idade superior aos 60 anos. Causa demência progressiva e associada com sinais neurológicos, ataxia, mioclonias e perda de memória.
Scrapie: Doença priônica, que acomete ovinos e caprinos de 2 a 5 anos. Tem caráter neurodegenerativo, com prurido e incoordenação, convulsão é raro, com evolução lenta. Via de Transmissão (VT): ingestão de placenta ou fluidos contaminados; Transmissão vertical (grande importância!). Não é uma zoonose. Não existe vacina ou tratamento, sendo que a notificação é compulsória imediata na suspeita. O diagnóstico oficial é imunohistoquímica de tecido nervoso ou linfoide.
4) O que é a Encefalopatia Espongiforme Bovina? Qual sua via de transmissão?
 Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB): Acomete bovinos, sendo descoberto pela primeira vez em 1985. É conhecido como “doença da vaca louca”, causa uma condição degenerativa crônica e transmissível: nervosismo, reação exacerbadas a estímulos externos e dificuldades de locomoção, principalmente em membros pélvicos. Tem longo período de encubação (5 anos), sendo fatal! Via de transmissão incluem: Ingestão de alimento contendo farinha de carne e ossos provenientes de carcaças infectadas. Transmissão vertical (de mãe para o feto) é muito DIFÍCIL. 
5) Qual o material de coleta na suspeita de EETs? Qual o diagnóstico de triagem e definitivo?
Bovinos: cérebro, olhos, medula espinha e intestino; 
Ovinos e caprinos: Cérebro, olhos, baço, medula espinhal e intestino;
Diagnóstico: Imuno-histoquimica; 
Diagnóstico triagem: Western Blotting; ELISA
Histológico: amostra do sistema nervoso central.
6) Quais os programas sanitários e medidas de controle das EETs?
Existem 2 programas principais:
Programa para Controle (PC): Sistema combinado de monitoramento e vigilância, estratégias de controle e estratégias de intervenção.
Programa para Erradicação (PE): Tipo especial de PC no qual o objetivo é a eliminação de uma doença específica (circulação do agente causal da doença).
Medidas de controle: controle da importação de animais, produtos, rastreabilidade, controle de produtos utilizados na alimentação animal, etc.
7) Qual o tipo de notificação das EETs?
Doença de notificação compulsória imediata de casos suspeitos.
AULA 6: CLOSTRIDIOSES
1) Relacione as principais clostridiose animais em seus respectivos agentes etiológicos.
-Neurotrópicos: Bolutismo (C. botulinum) e Tétano (C. tetani).
-Mionecrosantes: Cárbunculo sintomático (C. chauvoei), Gangrena gasosa/Edema maligno (C. perfringens A, C. novyi, C. septicum, C. sordeli)
-Enterotoxemicas: Enterite hemorrágica aguda (C. perfringens A), Enterotoxemia (C. perfringens B, C e D)
-Hepatonecrótico: Hemoglobinúria bacilar (C. haemolyticum), Hepatonecrótica (C. novyi B).
2) Quais são as toxinas produzidas no tétano e no botulismo?
Toxinas produzidas pelo clostridium tetani: Tetanospasmina neurotóxica, Neurotoxina não convulsivante e Tetanolisina.
Toxinas produzidas pelo Clostridiumbotulinum: Toxina botulínica A, B e E causam doenças no homem, assim como a F, porém esta tem maior raridade. Tipo G está associado à morte súbita. Tipo C e D causam doenças em animais.
3) Qual o mecanismo de ação das principais toxinas que causam clostridiose paralisante?
Tétano: Em condições favoráveis, nas feridas, os esporos germinam, multiplicam-se e produzem a neurotoxina que através dos nervos periféricos é transportada para o sistema nervoso central e causam e os sinais clínicos.
Botulismo: Ingestão de alimentos com a toxina pré-formada.
4) Classifique a toxina dos clostrideos quanto a sua origem.
 Exotoxinas: São exotoxinas que chegam até a circulação por meio de três vias:
· Ingestão da toxina pré-formada em alimentos e água (neurotrópicas);
· Absorção intestinal de toxinas formadas no intestino (neurotrópicas, enterotoxemicas);
· Absorção das toxinas produzidas na musculatura(mionecrosantes).
5) Diferencie botulismo infantil de botulismo alimentar.
B. infantil: Normalmente associado ao consumo de mel contendo esporos do C. botulinum.
B. alimentar: Ingestão prévia de toxinas formadas pelo C. botulinum.
6) Quais as principais medidas de prevenção das clostridioses.
Deve basear-se em medidas adequadas de manejo e vacinações sistemáticas de todo rebanho, já que os animais estão sempre em permanente contato com os agentes e com fatores de risco. As vacinas clostridiais são em sua maioria polivalente e induzem proteção contra vários tipos de clostridium, além da vacinação sistemática, algumas medidas deem ser adotadas como apoio preventivo: desinfecção de pele, manter os animais em lugares limpos após procedimentos cirúrgicos ou de manejo com instrumentos perfuro cortantes, desinfecção do umbigo após o nascimento, garantir adequada administração de colostro aos filhotes, evitar mudanças bruscas de alimentação, evitar deficiência de fósforo em fêmeas, dietas ricas em carboidratos e proteínas devem ser evitados, não administrar alimentos (silagem) deterioradas aos animais.
7) Qual esquema de vacinação e sugerido para clostridioses em bovinos?
Primeira vacinação, composta por duas doses intercaladas de 4 a 6 semanas. Reforço anual (com exceção de C. haemolytum, em que se recomendam reforço semestral). 
8) Qual a diferença clínica entre botulismo e tétano? 
O botulismo causa paralisia flácida, enquanto que o tétano causa paralisia rígida muscular.
9) Diferença entre pré-toxina e toxina formada?
AULA 7: ANEMIA INFECCIOSA EQUINA (AIE)
 1) O que é a Anemia Infecciosa Equina?
A Anemia Infecciosa Equina (AIE) é uma doença viral crônica, causada por um vírus RNA envelopado (resistente no ambiente), da família Retroviridae, gênero Lentivirus, limitada a equinos, asininos e muares, caracterizada por episódios periódicos de febre, anemia hemolítica, icterícia, depressão, edema e perda de peso.
2) Por que a AIE tem uma relevância econômica considerável? 
A AIE gera embargos ao trânsito de equídeos, além de interferir nos eventos esportivos equestres, assumindo assim uma relevância econômica considerável.
3) Como é transmitida a AIE? 
O agente é transmitido primariamente por picadas de tabanídeos (Tabanus sp.) e moscas dos estábulos (Stomoxys calcitrans) sendo estes apenas vetores mecânicos. Os principais reservatórios da enfermidade são os portadores inaparentes do vírus, principalmente em tropas que não sofrem monitoramento sorológico periódico. A transmissão é mais comum nas épocas mais quentes do ano e em regiões úmidas e pantanosas.
4) Qual o exame definitivo da AIE? O que fazer com os animais soropositivos para a AIE?
A prova da imunodifusão em gel de Agar (IDGA) é considerada o teste padrão-ouro. No Brasil, os animais positivos no teste de IDGA devem ser sacrificados, conforme estabelecido pelo Programa Nacional de Sanidade dos Equídeos do Ministério da Agricultura.
5) Quais as medidas de controle para limitar a disseminação da AIE?
As medidas de controle para limitar a disseminação do vírus se baseiam principalmente em testes sorológicos de rotina e na remoção dos animais reagentes do plantel, além da restrição ao deslocamento de animais, do teste dos novos animais a serem introduzidos nas tropas, do controle da população de vetores e do não compartilhamento de seringas, agulhas e outros utensílios que possam ser veículo de células infectadas.
6) Qual o tipo de notificação da AIE?
Notificação imediata na suspeita – 24h para notificar e 12h para agir.
AULA 8: PARVOVIROSE E CINOMOSE
1) O que é a Parvovirose?
A parvovirose é uma doença altamente contagiosa, caracterizada por diarreia com sangue. Pode ser viral, infectocontagiosa, aguda ou hiperaguda, acometendo diversas espécies suscetíveis.
2) Qual o agente etiológico da Parvovirose?
DNA vírus, fita simples, não envelopado, hemaglutinante
Família: Parvoviridae
Subfamília: Parvovirinae
Gênero: Parvovirus
Subgrupo da espécie Feline panleukopenia virus (FPV)
CPV-2a (1979 a 1981)
CPV -2b (1983/84)
CPV -2c (Alemanha 1996 e Itália 2001)
O CPV-2 é um vírus DNA fita simples, não envelopado e extremamente resistente ao ambiente, altamente contagioso. A Patogenicidade CPV-2c é alta, com casos atípicos em animais adultos, vacinados e de maior gravidade clínica.
3) O Parvovírus é resistente ao ambiente?
É resistente aos desinfetantes comuns, porém sensível aos produtos que liberam cloro e aos raios UV.
Congelamento: longos períodos;
Fezes ressecadas: 6 meses;
Geladeira (4 a 10ºC): 10 meses.
4) Qual o período de incubação (P.I.) do Parvovírus?
Varia entre 7 a 14 dias.
Fetos ou recém-nascidos: infecção sistêmica;
Animais mais velhos: restrito a tecidos com maior potencial mitótico como o
tecido intestinal (base das vilosidades).
5) Construa a cadeia epidemiológica da Parvovirose.
F.I.: Cães infectados;
V.E.: Fezes, secreções
V.T.: Oral, nasal, secreções
P.E.: Mucosa digestória
S.: Cães susceptíveis.
6) Quais as manifestações da Parvirose?
Apatia, anorexia, ânsia, êmese,hipoglicemia, diarréia (branda até a hemorrágica).
7) Qual o diagnóstico da Parvovirose? E a sua terapêutica?
Patologia clínica (leucopenia linfopênica, alterações hematimétricas e bioquímico), inibição da hemoaglutinação, isolamento viral, microscopia eletrônica, ELISA, Snap test direto. Como terapêutica podemos utilizar fluidoterapia, anti-eméticos (como a ranitidina), corrigir a hipoglicemia (dextrose a 2,5 ou 5%), hepatoprotetores? Antibióticos?
8) Quais as medidas profiláticas utilizadas no combate a Parvovirose?
A prevenção deve ser feita evitando contato de animais doentes com sadios, não os colocar em ambiente contaminado por no mínimo 6 meses e vacinação. A vacinação é a principal forma para evitar a "parvo", podendo ser feita na mãe antes de dar cria para que a imunidade possa ser passada aos filhotes através da amamentação e nos filhotes sendo feita três doses e reforço anual, apenas nos cães da raça Rottweiler é aconselhável fazer quatro doses pois essa raça tem mais predisposição a pegar a doença.
CINOMOSE
1) O que é a cinomose?
Cinomose é uma doença viral que acomete principalmente carnívoros (cão representa o principal reservatório e fonte de infecção para carnívoros selvagens). É altamente contagiosa, e não tem predileção entre faixa etária, raça ou sexo.
2) Qual o agente etiológico da Cinomose?
É um RNA vírus, fita simples, envelopado.
Família: Paramyxoviridae;
Gênero: Morbillivirus;
Acomete principalmente linfócitos, macrófagos e células dendríticas.
3) Qual a patogenia da Cinomose?
In vivo: 7 – 14 dias para produção da resposta imune humoral; 
Células infectadas podem se fusionar.
Células gigantes multinucleadas: necrose tecidual.
4) Construa a Cadeia Epidemiológica da Cinomose.
FI: Canídeos infectados;
VE: Urina, saliva, secreções oronasais, conjuntivais;
VT: Aerógena;
PE: Mucosas oronasais;
S.: Canídeos susceptíveis.
5) Quais os sinais/manifestações clínicas da Cinomose?
Cães infectados: lesões respiratórias, gastrintestinais, dermatológicas, oftalmológicas e neurológicas, de forma multissistêmica (pantrópica?). A ocorrência varia, sendo sequencial,simultânea ou isolada.
6) Qual o diagnóstico e o respectivo tratamento da Cinomose?
Terapêutica de Suporte: Reposição hidro-eletrolítica, anti emético, antibióticos, imunoestimulantes, acupuntura.
Antivirais: Isolado ou em associação, efetividade discutida, anemia (sequela), cura clínica.
7) Qual a medida profilática mais eficiente no combate a Cinomose?
A única forma de prevenção da doença é a vacinação. Ela é feita pela aplicação das vacinas V8 e V10. Outras mais específicas também estão disponíveis no mercado. Os cães podem ser vacinados a partir de 6 semanas de idade, a decisão da data de início fica pela responsabilidade do veterinário. Isso porque o animal precisa estar apto para iniciar as prevenções.

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